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Ano da Liturgia e a oportunidade do encontro com o Cristo ressuscitado Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI - nº 114 – Março de 2011 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 3 Diocese de Blumenau Jornal da “A terra é mãe, é criatura viva; Também respira, se alimenta e sofre. É de respeito que ela mais precisa! Sem teu cuidado ela agoniza e morre” (Trecho do Hino da Campanha da Fraternidade 2011 – “Fraternidade e a Vida no Planeta”)

Diocese de Blumenau ANO XI - nº 114 – Março de … vez que, agradecido, eu lou-vo a Deus pela chance que me deu de ser alguém, estou com a minha atitude entrando no concerto da

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Ano da Liturgia e a oportunidade do encontro com o Cristo ressuscitado

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI - nº 114 – Março de 2011 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 3

Diocese de BlumenauJornal da

“A terra é mãe, é criatura viva;Também respira, se alimenta e sofre.É de respeito que ela mais precisa!Sem teu cuidado ela agoniza e morre”

(Trecho do Hino da Campanha da Fraternidade 2011 – “Fraternidade e a Vida no Planeta”)

www.dioceseblumenau.org.br Março de 2011 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião “Eu lhes falo como a filhos: abram também o coração de vocês”

2Cor 6,13

2

Quaresma é o tempo da con-versão, do retorno a Deus. Esse tempo será, para toda a noss a igreja, um tempo que nos prepa-rará para a Páscoa, fazendo-nos ref etir sobre o signif cado do Ba-tismo e sobre a nossa vida batis-mal, sobretudo sobre o que brotou e f oresceu a partir dessa vida na nossa Igreja local.

O texto do Concílio Vaticano II, que fala sobre a liturgia, propõe que se esclareça melhor a dupla índole do tempo quaresmal – que, principalmente pela lembrança ou preparação ao Batismo e pela pe-nitência, fazendo os f éis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e se entregarem à oração, os dispõe à celebração do misté-

rio pascal.Além de ser um tempo de graça,

a quaresma é também um tem po de luta, tempo em que devemos tomar consciência da realidade con-f itante de nossa vida, d as lutas que devemos empreender contra o mal, contra as tentações, contra todas as formas de desânimo, de medo e de angústia, que nos ameaçam.

Mas, como viver concretamente o caminho quaresmal em nossas comunidades? Uma das lei turas que ouviremos nesse tempo será a de Isaías (Is 58,4-10), em que ele denuncia, com fortes palavras, uma religiosidade longe da vida, atos re-ligiosos que não se traduzem em atos de justiça, de caridade e ho-nestidades.

Seremos, portanto, convida-dos a iniciar a quaresma com atos religiosos como, por exem-plo, a imposição das cinzas, que nos compromete num caminho de penitência e de conversão, a meditação, a oração silencio-sa e também a capacidade de fazer jejum. Com tudo isso, não nos esqueçamos de traduzir a conversão em atos cotidianos de caridade, de amor para com os nossos próximos.

A campanha da fraternidade deste ano nos levará a olhar com particular atenção a f gura de São Francisco, que louvava a Deus pelas criaturas e com as criaturas. O exemplo dele nos faça crescer mais no respeito da criação esperando o triunfo de Cristo que, na sua ressurreição, levou toda a criação à completa libertação.

Quaresma e conversão

Deus não fabrica lixo. Logo, ao me criar, criou um ser importante, que não existia antes e não será nunca mais repetido. Não haverá nunca outra pessoa ex atamente como eu, dure o mundo o tempo que durar. Deus não faz clones. Só o ser humano é capaz de tal aber-ração. Quem não sabe criar, copia e copia mal!

Quando digo que Deus me criou parece-me perfeitamente válido, ne-cessário até, que eu coloque o meu ser de indivíduo criado por Deus como o de um ser privilegiado. Ele podia, no concerto da criação, ter criado tudo o que lhe aprouvesse, menos eu. Se no meio de bilhões e bilhões e bilhões de criaturas Ele escolheu criar também a mim, é porque tenho um significado no seu projeto e na sua obra. Aqui, ao usar “eu”, não estamos sendo nem

Criado por DeusSalvar só a alma? Não. Também o corpo

“Além de ser um tempo de graça, a quaresma é um tempo de luta, em que devemos tomar consciência da realidade confl itante de nossa vida, das lutas que devemos empreender contra o mal, as tentações e todas as formas de desânimo, de medo e de angústia”

“Quando digo que Deus me criou parece-me perfeitamente válido, necessário até, que eu coloque o meu ser de indivíduo criado por Deus como o de um ser privilegiado”

No próximo dia 9 de março, em todo o Brasil, abre-se of cialmente a 47ª Campa-nha da Fraternidade, que se estende até o Domingo de Ramos, 17 de abril. Sua temática, no entanto, por abordar desa-f os sociais de certa gravidade, perdura, não só por todo o ano em curso, mas pe-netra a ação evangelizadora da Igreja por longo tempo, deixando rastros de recons-trução, de esperança e salvação.

O tema deste ano não poderia ser mais sintonizado com os anseios e temores dos seres humanos de todo o mundo: “Fraterni-dade e a V ida no Planeta”. O lema faz jus à contribuição específica da Igreja nesse campo da ecologia, ou seja, a perspectiva religiosa, bíblica, teológica: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).

“Salva tua alma” foi palavra de ordem durante muitos séculos para a obra evan-gelizadora. Na visão platônica e aristoté-lica, que determinou também a posição tomista, o corpo reduzia-se a mero “burro”, mal necessário para a existência da alma. Como síntese dos elementos cósmicos, o corpo humano também significa toda a

matéria, inclusive a animal e a vegetal. As-sim também, não valia a pena pensar no mundo, nas criaturas. Importante realmen-te era cultivar a alma, santif cá-la e salvá-la, desprezando o mundo e até dele fugindo.

O Concílio V aticano II trouxe uma reviravolta copernicana nesse sentido: declarou a autonomia das realidades ter-restres, isto é, o seu valor em si, como criaturas de Deus e não só relativamente à salvação eterna dos homens e mulhe-res. Como o corpo humano, chamada igualmente à ressurreição, a criação deve ser preservada, respeitada, aperfeiçoada, salva da ganância e exploração desequili-brada. Não só São Paulo refere-se a esta ressurreição do cosmos. Isaías já fala: “Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recor-darão” (Is 65,17).

A Campanha da Fraternidade desse ano vem alimentar em todos nós esse so-nho e essa luta: um planeta onde a vida é valorizada, conservada, resgatada e me-lhorada.

Dom

Jos

é

egoístas e nem excludentes ou exclu-sivistas.

Toda vez que, agradecido, eu lou-vo a Deus pela chance que me deu de ser alguém, estou com a minha atitude entrando no concerto da cria-ção e dizendo a Deus: “Muito obriga-do, Tu que és aquele que é e deste-me a graça de ser qu em sou. Mas, assim como Tu és quem és para tudo e para todos, eu também quero ser alguém para os outros. O meu ser só existe em função do Teu ser e da Tua criação. O meu ser perde a importân-cia se não em função dos outros”.

Todos esses sentimen tos são lindos e maravilhosos de se ter e de-vemos mantê-los, porque, sem isso, jamais mantemos o nosso lugar aqui, agora, já, no concerto da criação. Oremos para entendermos isso!

Padre Zezinho (scj)

DioceseMarço de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”

(Lc 24,31)

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Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja

ANO DA LITURGIA

Como continuidade do programa do ano passado, Ano da Palavra, em 2011 vamos dar sequ ência ao Plano de Pastoral, a partir do texto dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Depois d e ter explicado as Escrituras aos dois discípulos, Jesus se senta com eles à mesa, toma o pão, abençoa-o, parte-o e o dá a eles. Ele celebrou uma verdadeira liturgia. Naquele momento, os discípulos se sentiram transformados. Seus olhos se abriram, o coração se abriu, a fé desabrochou e eles reconheceram o Mestre.

O Ano da Liturgia, portanto, nos remete logo ao sentido e à maneira de vivermos os Sacramentos. Como reza o documento do Vaticano I I a respeito da pr imeira igreja, quando ela apareceu ao mundo depois do Pentecostes, retomando o livro dos Atos dos Apóstolos, os que “receberam a palavra de Pedro foram batizados.

E perseveravam na doutrina dos Apóstolos, na comunhão da fração do pão e nas orações, louvando a Deus e cativando a simpatia do povo”.

Nunca, depois disso, a Igreja deixou de reunir-se p ara celebrar o mistério pascal: lendo tudo quanto a Ele se referia em todas as Escrituras, celebrando a Eucaristia, na qual “se torna novamente presente a vitória e o triunfo de sua Morte”. A partir dessas considerações, desejamos, sobretudo neste ano, colocar no centro da nossa vida diocesana pastoral o Sacramento da Eucaristia, o sacramento do amor, que deveria ser o último dos sacramentos da iniciação cristã, porque é aquele que nos acompanha ao longo de toda a nossa vida.

Desaf os

Ao longo desses próximos anos, poderíamos ter presentes algumas metas para orientar-nos sobre como

para crer”. Isso acontece quando a Eucaristia não é colocada no centro da celebração, na vida da comunidade e na missão de cada um.

Uma coisa que nos impressiona é o abandono da missa dominical

pela m aior p arte d os n ossos fiéis, justificado por mil e uma

motivações. É con siderável, por exemplo, o número de jovens que depois da Cr isma abandonam a igreja e, portanto, também

a partic ipação na Eucaristi a. Muitos pais relatam aos seus

sacerdotes que os f lhos adolescentes não querem sequer saber mais da missa dominical. Sabemos que até crianças, que a inda se encontram no p rocesso d e f ormação d a iniciação cristã, frequentam apenas esporadicamente a missa do domingo.

Em alguns casos parece que esse abandono tem como causa a preguiça ou o desleixo de seus responsáveis. Em outros, está relacionado à perda do senso de pertença eclesial e dos gestos que a expressam. Não é raro o fato de que alguns entre os nossos f éis pensam que eles mesmos podem determinar o que é mais necessário para serem cristãos e excluem, a priori, a missa do domingo.

Comunhão

Outro ponto que deve ser relevado

diz a respeito à superficialidade com que se trata muitas vezes a santa comunhão. Longe de querer expressar

qualquer julgamento, não é incomum ouvirmos a observação de que muitas vezes as pessoas entram na fila da comunhão mais por hábito do que por convicção, e sem uma adequada preparação para receber esse sacramento.

Se, por um lado, estamos assistindo a uma diminuição da sensibilidade dos fiéis d iante do mistério eucarístico, de outro, porém, devemos admitir que a maneira de celebrar nem sempre é a mais adequada. Não é fácil a presentar aqui as razões dessa forma de celebrar , como também não é fácil levar em consideração o justo equilíbrio entre os dois extremos: um ritualismo formal de um lado e, de outro, uma familiaridade exasperada com o mistério, ao ponto de reduzi-lo a banalidade.

Nesses casos, podemos observar que quando a Eucaristia perde o seu espaço no centro de nossas vidas, quando em lugar de Cristo outros interesses se colocam, ela não consegue mais liberar a plenitude de sua força e não atrai mais as pessoas. É necessário percorrer um caminho de conversão, que nos ajude a descobrir o mistério eucarístico não como um bem que está simplesmente à nossa disposição, mas identificar nesse mistério a presença viva de Cristo, a força do seu Espírito, que nos atrai naquele movimento de obediência ao Pai.

(Texto do Bispo Diocesano Dom José Negri para o Ano Eucarístico.

Continua na próxima edição).

fazer para que a Eucaristia se torne o ponto central de nossa Pastoral. Mas, para chegar a isso, é necessário encontrar uma resposta para os seguintes questionamentos: sabemos celebrar de verdade o mistério de Deus? Ele é, verdadeiramente, para todos nós, um grande valor? A nossa missa transforma nossa vida? Nós nos sentimos atraídos pela Eucaristia? As missas que celebramos são de verdade um momento de crescimento para toda a comunidade? O que está faltando para que, de fato, a Eucaristia se torne o centro do nosso ser e fazer?

A primeira dificuldade pode surgir a partir do fato mais evidente que se refere à Eucaristia, vivida no seu aspecto da celebração. V ale a pena aqui vivenciarmos aquilo que a Escritura diz a respeito da atitude íntima da pessoa diante do mistério de D eus, m istério n em s empre compreendido. Fala-se em “dureza de coração” ou em “coração lento

Diocese comemora seu padroeiroA Catedral de São Paulo Apóstolo

se encheu de alegria no dia 25 de janeiro, para a comemoração do padroeiro do templo e da

Diocese de Blumenau. A missa solene, celebrada por Dom José Negri, reuniu lideranças católicas,

rel ig iosos e a comunidade da região.

Na ocasião, o bispo proferiu a bênção apostólica com indulgência plenária. Na homilia, Dom José se lembrou da celebração eucarística p res id ida pe lo padre A lbe r to Gattone, em 1865, marcando o início da caminhada da comunidade católica blumenauense, ao redor do Alimento da Eucaristia.

A comunidade festejou o dia do Santo Padroeiro.

“Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança, o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo”

(Mt 25,34)

4 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

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São Nicolau de Flue

SANTO DO MÊS

Na história da Igreja, edif cam-nos muitos santos que exerceram decisiva influência na paci-ficação, reconcilia-ção e unif cação de seus países. Um dos mais eloquen-tes nesse sentido é São Nicolau de Flue, celebrado em 21 de março, dia de sua natividade, em 1417, na Suíça.

Nicolau passou a mocidade na casa paterna. Sua inclinação chamava-o à vida monástica, mas, por solicitação dos pais, casou-se com uma moça muito religiosa e virtuosa. Teve dez f lhos que educou no temor de Deus. Numerosos sacerdotes surgiram de sua descendência.

Sua integridade moral, retidão de consciência e capacidade de discerni-mento eram evidentes. Foi procurado para exercer altos cargos públicos. To-mou parte ativa em diversas guerras, como soldado e of cial.

Aos 37 anos decidiu seguir seu ideal de vida, retirado na solidão e na oração. Separou-se da família e dos bens e foi viver numa humilde cabana, com uma capelinha para rezar. Penitência, jejum e oração preenchiam seus dias. Alimen-tava-se de frutas e ervas silvestr es. Nos domingos e dias santos ia à missa. Fez romarias aos santuários de Einsiedeln e Engelberg.

Por mais de 20 anos só se alimentou da Eucaristia. Atraía muita gente, até da alta sociedade, que reconhecia o valor de seus conselhos e orientações. Sua inf uência nos assuntos sociais e políticos da Confederação Suíça foi altamente be-néf ca. Desempenhou papel decisivo na reconciliação dos ânimos exasperados e conseguiu a unificação dos partidos na famosa Dieta de Stans, em 1481. Tornou-se venerado pelo povo, símbolo de paz, concórdia e f delidade à pátria.

O eremita morreu santamente no mesmo d ia em que nascera, a os 70 anos, consumido pelas penitências, mas rico de merecimentos per ante Deus e a sociedade. Ainda hoje é venerado como herói da Igreja e da pátria, exemplo de ho-mem cristão, numa sociedade conf itiva.

IgrejaENTREVISTA

“O Senhor me escolheu e enviou. Também ele há de inspirar, amparar e orientar”Ordenado bispo auxiliar, Dom Jaime Spengler segue sua missão, na arquidiocese de Porto Alegre

Na mesma Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, em Gaspar, onde foi batizado, recebeu a Primeira Euca-ristia, foi crismado e ordenado, Dom Jaime Spengler recebeu, no dia 5 de fevereiro, a consagração episcopal. Foi um dia de festa para a comunida-de, que lotou o templo, na celebração presidida pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, jun-tamente com o arcebispo da capital gaúcha, Dom Dadeus Grings. Dom Jaime agora é bispo auxiliar de Porto Alegre e, nesta entrevista, fala sobre sua missão, o chamado de Deus e a importância das vocações.

Como o senhor se sentiu ao re-ceber o chamado para a missão do episcopado?

Com surpresa e a legria. Alegria porque sempre gostei de ser religio-so. Surpresa porque jamais imaginava que pudesse ser indicado para bispo numa realidade como Porto Alegre, cidade de grande importância no ce-nário nacional, tanto em nível político como religioso, uma metrópole. É uma responsabilidade e um desaf o abraçar este ministério, um serviço em favor do povo de Deus.

Qual a sua expectativa em rela-ção a esse novo desaf o?

O desaf o representa convocação a se desinstalar . Espero poder cor-responder às exigências e desafios apresentados à Igreja presente em Porto Alegre. Espero poder ser , com os presbíteros que atuam na região, presença evangelizadora, testemunho da paz e do bem, um pastor cuidado-so e atento às necessidades do povo de Deus.

Quais serão estes desafios e como enfrentá-los?

O primeiro é conhecer o local, a região do V icariato de Gravataí e a realidade da própria Arquidiocese de Porto Alegre. Conhecer os presbíte-ros, diáconos, seminaristas, religiosos, religiosas, as lideranças eclesiais e as pastorais. Adquirir conhecimento e sensibilidade para corresponder às diversas situações do cotidiano. Tudo exigirá tempo, disposição e capacida-de de escuta. Construindo relações, fortalecendo contatos, amizades... É preciso ver e compreender os desa-fios a partir da fé e por ela entender que se trata de uma escolha. O Se-nhor me elegeu e me enviou, então Ele também haverá de inspirar, ampa-rar, orientar e sugerir.

De que forma esse chamado de Deus pode ref etir no contexto reli-gioso de Gaspar?

O povo do V ale do Itajaí é bata-lhador, trabalhador, honesto. Povo marcado pela fé e tradição católica. A fé cristã moldou seu caráter . Portanto, estamos falando de um povo determi-nado! Talvez um reflexo possa ser a convicção da necessidade de conser-

var e perpetuar às novas gerações um pouco do brio, da determinação, da decisão, do empenho e da fé dos que nos precederam.

De que forma o seu SIM pode incentivar as vocações nas comuni-dades onde atuou?

Todo SIM ao projeto de Jesus ref ete, comunica algo. É como a pe-drinha que atiramos na água: forma ondas. E esse movimento, por menor que seja, transforma a realidade. Todo o universo é tocado, se transforma. Do mesmo modo, a decis ão de alguém de se lançar nesse ou naquele estilo/forma de vida, transforma tudo. Creio que um evento como esse, vivido pela Paróquia de Gaspar, toca não só a Paróquia, mas toda a comunidade diocesana. Mexe, provoca e faz pen-sar! Vocação é sempre uma graça, é dom, é chamado. Chamado que vem do próprio Senhor! Da nossa compe-tência é somente cuidar do terreno, cultivar o chão, preparar a terra! E isso está sendo feito!

A vocação sacerdotal, na maioria

[+] PERFILFilho de Genésio e Léa Maria Spengler, nasceu em 6 de setembro de 1960, em Gaspar. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982 e fez a profissão solene em 1985. Cursou Filosofia e Teologia no Brasil, concluindo a formação no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel. Foi ordenado diácono em 1989 e presbítero em 1990. Fez doutorado em Filosofia em Roma e atuou em seminários e comunidades em cidades de São Paulo e Paraná. Seu lema episcopal é “Gloriar-se na cruz” (Cl 6,14).

das vezes, é fruto de uma experiên-cia cristã em família. De que forma as famílias podem fomentar uma vocação? De que forma a sua famí-lia o fez?

Toda vocação é graça! E em se tra-tando de graça, diz de algo muito par-ticular, especial, pessoal. É através do desenvolvimento da obra do cuidado para com a vida que vai se desenvol-vendo, constituindo e formando os ali-cerces da vocação. Pai que é pai, mãe que é mãe, comunidade que é comu-nidade... Todos forjam os elementos necessários para que a graça possa atuar. E a graça se faz presente mes-mo quando não a percebemos. Daí a urgência de fomentar a perspicácia, a sensibilidade, o tato! Graça diz de uma singeleza, de uma nobreza, de uma dignidade atuante e perceptível nos corações retos e sinceros. Essa retidão e sinceridade de coração talvez sejam coisas que as famílias - juntamente com a escola e a Igreja - pudessem fomentar no seio de nossa juventude!

Ungido pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, Dom Jaime agora assumirá um novo desafio, no Rio Grande do Sul

Catequese“Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode

receber. Tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras, é nossa alegria”.

(Documento de Aparecida)

5Março 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

CATEQUESE

Iniciação à Vida Cristã – Um processo de inspiração catecu-menal. Um percurso a ser per-corrido, que provoque transfor-mações concretas no modo de educar n a f é A c atequese d e Iniciação Cristã não é apenas doutrinação ou instrução, mas a construção de um itinerário, uma nova maneira de conduzir o pro-cesso catequético, com critérios e horizonte que ajudarão a compre-ender o novo jeito de fazer cate-quese.

O objetivo não será o sacra-mento a ser celebrado, mas a vida cristã que dele nasce. Um projeto aberto, para ser seguido por todas as paróquias e comuni-dades, não podendo ser limitado à idade ou turma, ou por tarefas cumpridas na sala, mas, pela v i-vência da fé, participação e per-

Fone: 3323 9564 - 9143 4451Rua Regente Feijó 1196 - Blumenau SC - E-mail [email protected]

CURTASHOMENAGEM

CF 2011

COORDENAÇÃO

Ao Padre Raul Kestring, coordenador do Jornal da Diocese, que comemorou ani-versário dia 9 de fevereiro. A ele desejamos muita saúde, luz e bênçãos especiais em sua missão de comunicador.

Os catequistas da Paróquia da Catedral São Paulo Apóstolo estão muito envolvidos, participando do curso de formação ofereci-do no início do ano, trabalhando a criação sob o tema “Fraternidade e a V ida do Pla-neta”, da Campanha da Fraternidade 2011.

N o s d i a s 16 e 17 de fe-vereiro, as co-ordenações diocesanas de catequese se reuniram e m L a g e s para rever a caminhada d a c a t e -quese nas

dioceses e encaminhar o encontro do 7º Sulão, que acontecerá em São José do Rio Preto (SP), em agosto. O tema do evento será “Mistagogia, novo cami-nho formativo de catequistas” e o lema, “Encontramos o Senhor... Vem e vê” (Jo 1,41b.46c).

tencimento à comunidade cristã.O fundamento e ssencial é

Jesus e o seu seguimento, a par-tir de sua vida e de seu projeto. Queremos discípulos missioná-rios e não pessoas que fazem “cursinho” sem compromisso com a vida cristã.A nova propos-ta é uma experiência integral, que cada pessoa vai viver a seu jeito, sempre em comunidade, sem “ponto f nal de chegada”!

A catequese de Iniciação à Vida Cristã é o elo entre a açã o missionária que chama à fé e a ação pastoral que alimenta a co-munidade (DGC 64). A catequese iniciática atual adaptada recupera do catecumenato aspectos im-portantes para colocar o iniciante em contato e em comunhão com Jesus Cristo (DGC 80).

É um processo progressivo,

que precisará de adaptações e solu-ções locais e criativas, que possibili-tem aprender a conviver com as di-f culdades e limites que aparecerão. Não podemos mudar tudo. É impor-

tante considerar as conquistas de nossa catequese, que devem ser valorizadas, conservadas e apro-fundadas. O novo proposto não invalida o que temos de bom.

Neste modelo, é fundamental respeitar a gradualidade progres-siva, dando passos processu-ais, sem pressa para a meta de construir uma identidade cristã, formando discípulos missionários a serviço da vida no mundo, a

exemplo de Jesus! É fundamental apresentar

aos iniciantes algo precioso, que vai dar sentido e mudar a vida pelo encontro pessoal com Jesus Cristo. “Ser cris-

tão não é uma carga, mas um dom. Deus Pai nos abençoou

em Jesus Cristo, seu Filho, Sal-vador do Mundo” (Documento de Aparecida, 28).

O pré-catecumenato é o pri-meiro tempo do catecumenato. Um espaço para o acolhimento do iniciante na comunidade cristã, para receber o primeiro anúncio (querigma) - ou evangelização - e uma primeira adesão à fé (cf RICA 7a, 9-13; Estudos CNBB 97, 78-79; 125).

O processo de Iniciação Cris-tã envolverá introdutores, pais, padrinhos, catequistas, equipe de coordenação, comunidade, minis-tros, ordenados, bispo, presbíte-ros e diáconos.

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Processo de educação da fé em vidaObjetivo dessa caminhada não é o sacramento a ser celebrado, mas a vida cristã que dele nasce

A iniciação, na práticaPara facilitar a compreen-

são do que é a Iniciação à V ida Cristã – Um processo de inspi-ração catecumenal - queremos esclarecer que o processo se inicia com a admissão ou inscri-ção, como o primeiro tempo do catecumenato (cf.Estudos da CNBB 97). O catecumenato é o segundo tempo e inicia com a catequese em que os iniciantes recebem formação e exercitam-se na vida cristã. Este segundo tempo é dedicado ao ensino, à

reflexão e aprofundamento da fé (cf. RICA, nº 7).

Para isso os catequistas deve-rão também ser iniciados. A f nali-dade da catequese é aprofundar e amadurecer na fé, educando para a mudança de atitude, para que se integre, incorpore à comunidade cristã. A Iniciação à Vida Cristã é a introdução de uma pessoa no mis-tério de Cristo, da Igreja e dos sa-cramentos, por meio da proclama-ção da mensagem (querigma), da catequese e dos ritos sacramentais

e outras celebrações. Querigma, no Novo Testamento,

é o anúncio central da fé, o núcleo de toda mensagem cristã, a boa notícia da salvação (Evangelho). O primeiro tem-po (pré-catecumenato), consiste nesse anuncio essencial da fé. Os sacramen-tos da iniciação - Batismo, Crisma e Eucaristia - expressam uma unidade da Obra Trinitária e indissolúvel na Inicia-ção à Vida Cristã!

Catequistas

Preparemo-nos com carinho, dedica-ção e coragem para fazer acontecer esta mudança preconizada pela Igreja do Bra-

sil e America Latina, participando de cursos nas paróquias, na tenta-tiva de formar os catequistas, pos-sibilitando a eles próprios viverem a Iniciação Cristã!

“Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele que não ouviram? E como ouvirão, se ninguém o proclamar? E como proclamarão se não houver enviados” (Rm 10,14-15).

(Irmã Anna Gonçalves, coordenadora diocesana de catequese)

6 www.dioceseblumenau.org.br Março 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Ecumenismo

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“Eu não vim por mim mesmo. Quem me enviou é verdadeiro e vocês não o conhecem”

(Jo 7,28)

ENCONTRO

Lideranças refl etem sobre ecumenismo e diálogo religioso

A Comissão Episcopal Pas-toral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB promoveu, em janeiro, em São Paulo, o 14º Encontro de Profes-sores de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso. O evento reuniu 52 integrantes de várias regiões bra-sileiras, entre educadores, coorde-nadores do ecumenismo e mem-bros de entidades ecumênicas.

O objetivo era refletir sobre como os temas do ecumenismo e do diálogo inter-religioso podem e devem ser contemplados nos diferentes espaços do ensino. O coordenador do curso, Padre Elias Wolff, assessor da CNBB, lembrou que esta formação é de gran-de importância para qualificar os agentes de pastoral, para desen-volverem a dimensão do ecume-nismo e do diálogo em sua ação evangelizadora, como orienta o Magistério da Igreja Católica.

O curso, também, contou com

N a c e l e -b r a ç ã o q u e marcou o en-cerramento da S e m a n a d e Oração pe la Unidade dos Cr istãos, em Roma, no dia 25 de janeiro, o Papa Bento XVI d isse que

o movimento ecumênico surgido sob o im -pulso da graça do Espírito Santo deu pas-sos signif cativos, tornando possível atingir convergências encorajadoras e consensos sobre vários aspectos, desenvolvendo entre as igrejas e as comunidades eclesiais, re-lações de estima e respeito recíproco e de colaboração concreta diante dos desafios do mundo contemporâneo.

Em sua homilia, o Sumo Pontífice de-clarou que ainda estamos distantes da unidade pela qual Cristo rezou e a qual encontramos ref etida no retrato da primei-ra comunidade de Jerusalém. “A unidade à qual Cristo, mediante o seu Espírito, chama a Igreja não se realiza apenas no plano das estruturas organizativas, mas conf gura-se a um nível muito mais profu ndo, como uni-dade expressa na conf ssão de uma só fé, na comum celebração do culto divino e na concórdia fraterna da família de Deus”.

“A busca do restabelecimento da unida-de entre os cristãos divididos não pode re-duzir-se a um rec onhecimento das diferen-ças recíprocas, nem à consecução de uma convivência pacíf ca: aquilo ao que aspira-mos é a unidade pela qual o próprio Cristo rezou e que, por sua natureza, se manifesta na comunhão da fé, dos sac ramentos e do ministério. O caminho rumo a esta unidade deve ser sentido como um imperativo mo-ral, resposta a um chamamento específ co do Senhor. Por isso, é necessário vencer a tentação da resignação e do pessimismo, que é falta de conf ança no poder do Espí-rito Santo”.

Papa reza pela unidade dos cristãos

Reunião ocorreu em São Paulo, promovida pela Comissão Episcopal Pastoral da CNBB

Religiosos e leigos participaram do encontro em São Paulo

a assessoria do Padre Marcial Ma-çaneiro, que ref etiu sobre a natu-reza, o objetivo, o método e o con-teúdo do ensino do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Dom Oneres Marchiori, bispo emérito de Lages e Administrador Apos-tólico da Diocese de Caçador , pa-lestrou sobre a mística do diálogo. Os participantes - em sua maio-

ria professores - refletiram sobre como possibilitar que os lugares de ensino sejam de fato espaços que possibilitem uma educação para o diálogo.

“É urgente fazer com que, tanto as escolas públicas e particulares, quanto os seminários, as faculda-des de Filosofia e Teologia con-tribuam para que os estudantes

possam adquirir uma postura de diálogo com as diferentes igrejas e as religiões. E isso se faz conhe-cendo bem a orientação da Igreja sobre o tema, participando dos or-ganismos ecumênicos existentes e desenvolvendo uma espiritualida-de do diálogo que consolide a for-mação e a prática ecumênica de cada um”, expressou dom Oneres.

Contra a intolerância religiosa

Outro evento ecumênico foi promovi-do pela Rede Ecumênica de Juventude (REJU), em janeiro, com o lançamento da campanha contra a intolerância reli-giosa. Esta campanha se estende duran-te todo o ano de 201 1, envolvendo todas as regiões do Brasil, com o objetivo de promover uma discussão sobre o tema entre as conf ssões religiosas, estimulan-do a prática da convivência.

Os jovens estão se reunindo em en-contros, celebrações e manifestações,

Movimento é encabeçado pelos jovens, com objetivo de promover a igualdade

lembrando casos de violência pela intolerância à religião, as mobiliza-ções pela liberdade religiosa no Bra-sil, bem como as lutas pelos direitos humanos e justiça social no Brasil.

O dia 21 de janeiro foi of cializa-do como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, data que marca um episódio de desprestígio a uma mãe-de-santo por uma seita brasileira. O versículo bíblico nortea-dor da campanha está no evangelho de João – “O vento sopra onde quer , ouvimos sua voz, mas não sabemos de onde vem, nem para onde vai” (Jo 3,8).

Enfoque Pastoral7Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Irmãs Catequistas

Nosso Contato:

FranciscanasTransforme seu sonho em projeto de vida! Atuamos nas áreas de: Educação, Catequese, Grupos de Refl exão, CEBs, formação de lideranças, movimentos populares, trabalhos com indígenas e afro descendentes, mulheres, economia solidária, juventudes, ecologia, saúde popular...

Província Imaculado Coração de Maria - Tel: (0..47) 3323-1789Correio eletrônico: Irmã Marlene Eggert: [email protected] Visite nosso site: www.cicaf.org

“O jejum que eu quero é este:repartir a comida com quem passa fome, hospedar os pobres, vestir o que

se encontra nu e não se fechar à sua própria gente”(Is 58,6-7)

EXEMPLO

Todos nós e todo o Brasil nos co-movemos com as tragédias do último janeiro, no Rio de Janeiro e em outros estados brasileiros. Ocorre, porém, que esses tristes acontecimentos que, in-felizmente, ceifaram vidas humanas, tornam-se ocasião de manifestações do espírito de solidariedade, tão caracterís-tico do nosso povo.

Próximo da nossa região, a cidade de Mirim Doce foi duramente atingida por enorme avalanche de água, lama, pedra, madeira. Muito pouco sobrou da-

Na catástrofe que atingiu a cidade, o Padre Genésio Vargas permaneceu ao lado de sua comunidade

Pároco de Mirim Doce, testemunho de solidariedade

A nova EucaristiaQuando ocorrem grandes tragé-

dias climáticas, como a que destruiu Mirim Doce ou o Rio de Janeiro, a comunidade prontamente se mo-biliza, arrecadando donativos para garantir que não faltem alimentos, água, roupas e remédios para os desabrigados. A solidariedade é um dom divino, atitude que merece elo-gios da sociedade.

Não é só nas situações ocasio-nais, porém, que a solidariedade é bem-vinda. Especialmente nós, cris-

tãos, que desejamos viver a Eucaristia diariamente, precisamos ref etir sem-pre sobre a vontade de Cristo ao nos ensinar a “partilhar o pão”.

A verdadeira Eucaristia não exis-te enquanto há crianças desnutridas, abandonadas, violentadas; jovens perdidos para a droga, a prostituição, à margem da vida; famílias desa-gregadas, desorientadas, sem casa; homens e mulheres iludidos por um sistema consumista e explorador; ido-sos abandonados, feridos, desejando a morte. Essas são as tragédias do nosso dia a dia, tragédias sociais per-

quele pequeno povoado, que já vinha apresentando significativo desenvolvi-mento e infraestrutura.

Felizmente em Mirim Doce não hou-ve ocorrência de morte nessa circuns-tância. No entanto, em meio às perdas e sofrimentos que o povo não esquece, destacou-se o testemunho de solidarie-dade do Padre Genésio Vargas, pároco daquela comunidade, que tem por pa-droeiro, São José Operário. A casa pa-roquial onde reside o Padre Genésio, foi tomada também pela repentina avalan-

che. Como seus f éis mirimdocenses, o pároco viu-se sem nada e ainda cercado pela lama que não poupou nem mesmo a Igreja Matriz São José Operário.

Alguns dias depois se comentou que o pároco se teria ausentado, em bus-ca de local mais seguro, confortável. Ao contrário, os próprios moradores da cidadezinha semi-destruída asseguram a todo momento: “Padre Genésio per-maneceu conosco, vivendo nossa dor , confortando-nos, fazendo de tudo para aliviar momentâneas atitudes de deses-

pero, limpar objetos litúrgicos enlamea-dos, providenciar material de primeira necessidade para as pessoas desaloja-das e famintas”.

Gesto desse tipo lembra imediata-mente o exemplo de Jesus. Vindo mo-rar entre os homens, particip ou de suas angústias, dores, doenças, tr istezas. E mais: morto e ressuscitado, permaneceu vivo e presente nas alegrias e esperan-ças da humanidade, como alimento di-vino de amor, esperança e ressurreição.

Nada impedia que Padre Vargas de-cidisse sair daquele caos e refugiar-se

A cidade ficou debaixo d’água, com a maioria das casas, empresas e até a igreja destruídas

Após as cenas trágicas, a esperança move os habitantes de Mirim Doce, que vão reconstruindo suas vidas

na casa de famílias amigas, que geral-mente não faltam ao sacerdote. Num gesto verdadeiramente eucarístico, pas-toral, ele submeteu-se ao desconforto, à renúncia, ao sacrifício para estar juntos dos seus paroquianos.

Exemplos desse valor precisamos descrever e publi car para que Deus seja glorif cado em nossas boas obras e para que os irmãos e as irmãs tenham suas dores minoradas.

Padre Raul Kestring

e as catástrofes que se repetem em todos os lugares do Brasil e do pla-neta? Qual é a nossa atitude diante do meio ambiente? Estamos sen-do consumidores responsáveis de água, alimentos, energia e produtos de toda ordem? O que estamos fa-zendo com o nosso lixo?

Não mais nos deixarmos inter-pelar por esses outros verdadeiros gritos de socorro da natureza e dos nossos irmãos, talvez indique a tragédia maior da humanidade de hoje.

manentes às quais, lamentavelmente acabamos por nos acostumar.

Os desafios c limáticos também

merecem nossa reflexão. Até que ponto estamos tendo atitudes que contribuem com os eventos climáticos

9Especial8

“A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)

PLANETA

Cartaz da Campanha da Fraternidade de 2011

Campanha da Fraternidade 2011 alerta para o nosso papel de cristãos, diante da exploração ambiental e suas consequências

A cada ano, a Campanha da Frater-nidade traz a preocupação da Igreja do Brasil em criar condições, para que o Evangelho seja mais bem vivido, numa sociedade que se torna indiferente aos problemas humanos. Em 2011, o assunto é o meio ambiente. Através do tema “Fra-ternidade e a V ida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22) somos convidados a ref etir sobre a nossa contribuição para a exploração dos recursos da terra, o aquecimento global e todas as suas consequências.

Esta não é a primeira vez que a Igreja aborda a problemática ambiental. Antes, em 2002, alertou para a questão indíge-na, lembrando a relação harmônica dos nossos antepassados com a natureza, de onde extraíam apenas o necessário para sua subsistência e viam a divindade nas coisas da terra.

Em 2004, fomos exortados a repen-sar o consumo de água e as consequ-ências de sua escassez para a vida do planeta. Em 2007, a reflexão sobre a Amazônia já era um indicativo dos pro-blemas ambientais e sociais que repre-sentam a derrubada de áreas imensas das nossas f orestas.

Estas três correntes voltam à luz nes-te ano, quando a Campanha da Fraterni-

Propostas para a sustentabilidadeOs cristãos não podem f car indiferen-

tes à questão climática e são conclama-dos, especialmente no período da Quares-ma – tempo de escutar a Palavra, de viver a oração, o jejum e a caridade – a ref etir e a mudar sua consciência em relação à vida do Planeta. Entender que o amor ao

meio ambiente é uma resposta de amor ao Criador e com Ele salvaguardar o direi-to e a dignidade de vida das futuras gera-ções.

Sustentabilidade é a harmonização de três vertentes: a economia, o meio ambiente e o bem-estar social. Já dizia

o pacifista Mahatma Gandhi, “o mundo tem recursos suf cientes para atender às necessidades de todos, mas não às am-bições de todos”. Temos que ref etir sobre que planeta queremos deixar aos nossos filhos, mas sobretudo, que filhos quere-mos deixar para o planeta.

Senhor Deus, nosso Pai e Criador.A beleza do universo revela a vossa grandeza,A sabedoria e o amor com que f zestes todas as coisas,E o eterno amor que tendes por todos nós.Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.A beleza está sendo mudada em devastação,E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.Que nesta Quaresma nos convertamosE vejamos que a criação geme em dores de parto,Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.Amém.

Oração da Campanha da Fraternidade 2011

[+] O tema, na prática [+] PARA PROPOR NA COMUNIDADE

[+] COMO AGIR EM CASA

O documento da CNBB sobre a Campanha da Fraternidade 2011 apresenta três propostas à Igreja, que somos nós.

✗ 1 - VER: como cristãos precisamos enxergar a problemática do aquecimento global e suas consequências para o planeta, sob a perspectiva da consciência de que o consumo exagerado ocasiona, ou contribui para esta situação.

✗ 2 – JULGAR: o projeto de Deus, Criador para com o mundo e o ser humano nos conclama a uma conversão, uma mudança de comportamento com o meio ambiente. O nosso objetivo deve ser o bem comum, não o enriquecimento de alguns.

✗ 3 – AGIR: cada um deve perceber que, também, tem sua contribuição, que é parte do problema, adotando ações concretas para conter o consumo desenfreado e suas consequências. Uma das propostas da Igreja diz respeito ao resgate do sentido do domingo, dia de descanso e louvor a Deus, agradecendo à vida através da Eucaristia. Outra forma de agir é não considerar o problema, globalmente, mas pensar, localmente, adotando e incentivando o próximo às práticas mais corretas de se relacionar com o meio ambiente.

✗ Promova cursos e palestras de conscientização

✗ Adote um programa de controle de emissão de gases, diminuindo os gastos energéticos nas igrejas, seminários e casas

✗ Sugira a instalação de sistemas para reduzir o consumo energético, como painéis solares, captação da água da chuva,

sensores de luz e torneiras inteligentes

✗ Promova o plantio de árvores em terrenos das paróquias, ou em áreas públicas

✗ Denuncie os descasos com o meio ambiente por parte de empresas e poder público

✗ Reafirme e promova em sua paróquia o sentido do domingo como dia santo, dedicado ao Senhor

✗ Troque a sacola plástica por papel ou tecido, que têm ciclo de decomposição mais rápido

✗ Consuma produtos locais e alimentos orgânicos

✗ Diminua a temperatura da geladeira e do ar condicionado

✗ Desligue totalmente os aparelhos que não estão em uso

✗ Utilize energia solar e procure captar água da chuva para uso em casa

✗ Prefira carros a gás ou etanol✗ Use vidros, ao invés de alumínio ou

plástico, para guardar alimentos✗ Só imprima documentos, quando for

necessário✗ Não escove os dentes, ou faça a barba

com a torneira aberta✗ Tome banhos rápidos ✗ Use lâmpadas mais econômicas✗ Reaproveite e reutilize tudo que puder✗ Use pilhas recarregáveis✗ Faça coleta seletiva

e as mudanças climáticas, com sérias ameaças à vida, sobretudo as mais frágeis: a dos pobres e vulneráveis.

MudançasAo longo da existência, a terra sofreu mui-

tas mudanças. No passado, por causas naturais (como as variações da órbita da terra, a queda de meteoritos e as erupções vulcânicas), as transfor-mações levavam milhões de anos para ocorrer . A partir do crescimento populacional e do domí-nio das culturas ocidentais, no recente século 18, surgiram os sistemas de produção industrial e o incentivo ao consumismo e as mudanças se torna-ram mais frequentes e drásticas.

A temperatura da terra aumentou, causando elevação nos níveis do mar , derretimento de gelei-ras e aquecimento das águas. O desmatamento e a poluição mudaram os ciclos das estações, alte-rando os padrões climáticos, que nos impõem se-cas rigorosas, furacões, enchentes e inundações.

A humanidade já consome 25% a mais do que o planeta é capaz de disponibilizar . Nessas condições, sofre a vida em geral e, em especial, o homem, pois apesar da riqueza gerada, um sex-to da população mundial (um bilhão de pessoas) passa fome. Milhares já vivem sem água, mesmo na América Latina, onde este recurso natural é dos mais abundantes do mundo. Outros milhares não têm saneamento básico, expostos a doenças e privações de toda ordem.

dade conclama as pessoas de boa vonta-de para olhar a natureza e perceber como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global

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“A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)

PLANETA

Cartaz da Campanha da Fraternidade de 2011

Campanha da Fraternidade 2011 alerta para o nosso papel de cristãos, diante da exploração ambiental e suas consequências

A cada ano, a Campanha da Frater-nidade traz a preocupação da Igreja do Brasil em criar condições, para que o Evangelho seja mais bem vivido, numa sociedade que se torna indiferente aos problemas humanos. Em 2011, o assunto é o meio ambiente. Através do tema “Fra-ternidade e a V ida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22) somos convidados a ref etir sobre a nossa contribuição para a exploração dos recursos da terra, o aquecimento global e todas as suas consequências.

Esta não é a primeira vez que a Igreja aborda a problemática ambiental. Antes, em 2002, alertou para a questão indíge-na, lembrando a relação harmônica dos nossos antepassados com a natureza, de onde extraíam apenas o necessário para sua subsistência e viam a divindade nas coisas da terra.

Em 2004, fomos exortados a repen-sar o consumo de água e as consequ-ências de sua escassez para a vida do planeta. Em 2007, a reflexão sobre a Amazônia já era um indicativo dos pro-blemas ambientais e sociais que repre-sentam a derrubada de áreas imensas das nossas f orestas.

Estas três correntes voltam à luz nes-te ano, quando a Campanha da Fraterni-

Propostas para a sustentabilidadeOs cristãos não podem f car indiferen-

tes à questão climática e são conclama-dos, especialmente no período da Quares-ma – tempo de escutar a Palavra, de viver a oração, o jejum e a caridade – a ref etir e a mudar sua consciência em relação à vida do Planeta. Entender que o amor ao

meio ambiente é uma resposta de amor ao Criador e com Ele salvaguardar o direi-to e a dignidade de vida das futuras gera-ções.

Sustentabilidade é a harmonização de três vertentes: a economia, o meio ambiente e o bem-estar social. Já dizia

o pacifista Mahatma Gandhi, “o mundo tem recursos suf cientes para atender às necessidades de todos, mas não às am-bições de todos”. Temos que ref etir sobre que planeta queremos deixar aos nossos filhos, mas sobretudo, que filhos quere-mos deixar para o planeta.

Senhor Deus, nosso Pai e Criador.A beleza do universo revela a vossa grandeza,A sabedoria e o amor com que f zestes todas as coisas,E o eterno amor que tendes por todos nós.Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.A beleza está sendo mudada em devastação,E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.Que nesta Quaresma nos convertamosE vejamos que a criação geme em dores de parto,Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.Amém.

Oração da Campanha da Fraternidade 2011

[+] O tema, na prática [+] PARA PROPOR NA COMUNIDADE

[+] COMO AGIR EM CASA

O documento da CNBB sobre a Campanha da Fraternidade 2011 apresenta três propostas à Igreja, que somos nós.

✗ 1 - VER: como cristãos precisamos enxergar a problemática do aquecimento global e suas consequências para o planeta, sob a perspectiva da consciência de que o consumo exagerado ocasiona, ou contribui para esta situação.

✗ 2 – JULGAR: o projeto de Deus, Criador para com o mundo e o ser humano nos conclama a uma conversão, uma mudança de comportamento com o meio ambiente. O nosso objetivo deve ser o bem comum, não o enriquecimento de alguns.

✗ 3 – AGIR: cada um deve perceber que, também, tem sua contribuição, que é parte do problema, adotando ações concretas para conter o consumo desenfreado e suas consequências. Uma das propostas da Igreja diz respeito ao resgate do sentido do domingo, dia de descanso e louvor a Deus, agradecendo à vida através da Eucaristia. Outra forma de agir é não considerar o problema, globalmente, mas pensar, localmente, adotando e incentivando o próximo às práticas mais corretas de se relacionar com o meio ambiente.

✗ Promova cursos e palestras de conscientização

✗ Adote um programa de controle de emissão de gases, diminuindo os gastos energéticos nas igrejas, seminários e casas

✗ Sugira a instalação de sistemas para reduzir o consumo energético, como painéis solares, captação da água da chuva,

sensores de luz e torneiras inteligentes

✗ Promova o plantio de árvores em terrenos das paróquias, ou em áreas públicas

✗ Denuncie os descasos com o meio ambiente por parte de empresas e poder público

✗ Reafirme e promova em sua paróquia o sentido do domingo como dia santo, dedicado ao Senhor

✗ Troque a sacola plástica por papel ou tecido, que têm ciclo de decomposição mais rápido

✗ Consuma produtos locais e alimentos orgânicos

✗ Diminua a temperatura da geladeira e do ar condicionado

✗ Desligue totalmente os aparelhos que não estão em uso

✗ Utilize energia solar e procure captar água da chuva para uso em casa

✗ Prefira carros a gás ou etanol✗ Use vidros, ao invés de alumínio ou

plástico, para guardar alimentos✗ Só imprima documentos, quando for

necessário✗ Não escove os dentes, ou faça a barba

com a torneira aberta✗ Tome banhos rápidos ✗ Use lâmpadas mais econômicas✗ Reaproveite e reutilize tudo que puder✗ Use pilhas recarregáveis✗ Faça coleta seletiva

e as mudanças climáticas, com sérias ameaças à vida, sobretudo as mais frágeis: a dos pobres e vulneráveis.

MudançasAo longo da existência, a terra sofreu mui-

tas mudanças. No passado, por causas naturais (como as variações da órbita da terra, a queda de meteoritos e as erupções vulcânicas), as transfor-mações levavam milhões de anos para ocorrer . A partir do crescimento populacional e do domí-nio das culturas ocidentais, no recente século 18, surgiram os sistemas de produção industrial e o incentivo ao consumismo e as mudanças se torna-ram mais frequentes e drásticas.

A temperatura da terra aumentou, causando elevação nos níveis do mar , derretimento de gelei-ras e aquecimento das águas. O desmatamento e a poluição mudaram os ciclos das estações, alte-rando os padrões climáticos, que nos impõem se-cas rigorosas, furacões, enchentes e inundações.

A humanidade já consome 25% a mais do que o planeta é capaz de disponibilizar . Nessas condições, sofre a vida em geral e, em especial, o homem, pois apesar da riqueza gerada, um sex-to da população mundial (um bilhão de pessoas) passa fome. Milhares já vivem sem água, mesmo na América Latina, onde este recurso natural é dos mais abundantes do mundo. Outros milhares não têm saneamento básico, expostos a doenças e privações de toda ordem.

dade conclama as pessoas de boa vonta-de para olhar a natureza e perceber como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global

www.dioceseblumenau.org.br Março 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

CONTO

São João Maria Vianney entrava em Ars, paróquia descui-dada havia muito tem-po. Disseram-lhe: “aqui nada mais há para fa-zer”! E ele respondeu: “então, aqui precisa fazer tudo”!

Bem-aventu-rados os que sofrem

A bem-aventurada Madre Teresa de Cal-cutá, Prêmio Nobel da Paz em 1979, resume todo o sonho da sua vida dedicada aos po-bres e moribundos e a história da sua vocação num relato. De Calcutá, escrevia numa carta: “Nos primeiros dias da minha atividade entre o paupérrimo povo da periferia, adoeci de uma febre altíssima. Deliran-do, encontrei-me diante de São Pedro, mas ele não queria deixar-me entrar no paraíso! Di-zia ser impossível que alguém da periferia pudesse entrar no céu. Não existem perife-rias no paraíso. Eu lhe respondi enraivecida: como? É assim mes-mo? Então farei de tudo para encher o paraíso de gente das periferias da cidade e, dessa for-ma, serás constrangido a deixar passar tam-bém a mim. Pobre São Pedro! A partir de então as irmãs e os irmãos não lhe dão mais paz, porque existe sempre uma multidão da nossa gente que se assegu-rou um lugar no paraíso com os seus sofrimen-tos!”

Tudo para fazer DESAFIO

“Temos dons diferentes conforme agraça concedida a cada um de nós”

(Rm 12,6)

DESAFIO BÍBLICO RESPOSTA DO ÚLTIMO

TESTE BÍBLICO:

1. A bíblia diz que Deus encontrou Moisés e o quis matar, por quê:A) negara a sua nacionalidadeB) casou-se com uma mulher que não era do seu povoC) não colocou no f lho o sinal da aliança do seu povoD) tinha estado muito tempo longe do seu povo

2. Deus deixou claro que Moisés não entraria na Terra Prometida:A) quando o povo saiu do EgitoB) quando o povo atravessou o Mar Vermelho

C) quando os espias voltaram de CanaãD) quando Arão fez o bezerro de ouro

3. A causa principal pela qual Moisés não entrou na Terra Prometida foi:A) idolatriaB) teimosiaC) incredulidadeD) imoralidade

4. Moisés, quando se encontrou com o seu sogro Jetro, teve a

seguinte atitude:A) apertou a sua mãoB) abraçou-oC) saudou-o de longeD) inclinou-se e o beijou

5. Moisés esteve na Terra Prometida quando:A) os espias foram até aliB) no Monte da Transf guração com JesusC) quando atravessou o Jordão com o povoD) depois que subiu no Monte Nebo

Na edição anterior do Jornal da Diocese, lançamos um Desaf o Bíblico sobre Moisés e os ganhadores foram Carlos Alberto Monteiro e Dorotéia Fel-ler. Nesta edição, além das respostas

daquele teste, apresentamos novas questões sobre a vida do profeta que atravessou o Mar Vermelho e conduziu o povo de Israel à Terra Prometida.

Responda às perguntas e envie

até 10 de março para o email jornal@diocesedeblumenau,org.br ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blumenau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro,

955 / Bl umenau-SC / C EP 8 9010-003). Informe seu nome completo, te-lefone e endereço. Se acertar a todas as questões, você estará concorrendo a uma bíblia.

O que você sabe sobre Moisés?Nesta edição, mais uma vez, lançamos perguntas para testar seus conhecimentos sobre o profeta

RECORDAÇÃO

Memória de uma tragédia “Terrorismo: hora da reflexão” é o

título destacado à página 4 da edição de dezembro 2001/janeiro 2002 do Jor-nal Diocese de Blumenau / edição nº 14. Assinado pelo jornalista Waldemar Bastos, de Doutor Pedr inho, o artigo faz ecoar o fatídico 11 de setembro de 2001, quando foram tragicamente der-rubadas as “Torres Gêmeas” em Nova York, matando milhares de pessoas.

Alude o escritor a artigo anterior , de mesmo título, publicado pelo professor Valmor Schiochet, da FURB, na edição de outubro do nosso jornal. Salienta Bastos que os atos terroristas têm sua origem no tripé Fanatismo Religioso, Miséria e Capitalismo Neo-liberal.

VOCÊ SABE? 1. Quem eram os pais de Moisés:A) Anrão e Joquebebe

2. A princesa ,quando encontrou Moisés:A) ouviu que ele chorava

3. Uma das características do temperamento de Moisés era:D) pessimismo

4. Deus deu testemunho de Moisés como alguém que:B) mostrava as coisas apenas em visão

5. A bíblia diz que certa vez Moisés saiu da presença do Faraó:C) cantando

Ainda esse modelo de desenvolvi-mento neoliberal capitalista, avalia o es-critor, além de destruir vidas humanas, acirra as tensões da ameaça nuclear , sempre presente e apocalíptica.

Na sua visão, Estados Unidos, In-glaterra, Canadá e Alemanha aliam-se no combate ao terrorismo, confrontan-

do-se com Afeganistão, Paquistão e Índia, países de maioria muçulmana e de grande maioria analfabeta.

A “guerra santa” contra os “inf éis” - isto é, os ocidentais - é apregoada pelos países de predominância islâmi-ca “em nome de Deus”, numa f agrante exploração da ignorância de um povo subjugado pelo analfabetismo e o capi-talismo neoliberal. “Seu dinheiro é sujo de sangue”, afirma Bastos, corajosa-mente.

O autor fecha com chave de ouro seu artigo referindo-se ao Papa João Paulo II. Atingido pelo ódio de um terrorista em plena Praça de São Pedro, o magnânimo líder religioso perdoou a seu agressor . Revelava, assim, o verdadeiro amor de Deus para com todas as suas criaturas, base da paz e da justiça que sonhamos para todos e todas.

Situa o “campo fértil” do terrorismo junto ao povo miserável e analfabeto do Oriente Médio, naturalmente com exceção de Israel. Nomeia “os líde-res e dirigentes políticos detentores do poder, donos do petróleo, de cassinos e rentosas casas noturnas que, acintosamente, se beneficiam da situação miserável do povo.

O j ornalista d e D outor Pe drinho acentua que a miséria e o analfabetis-mo trazem o agravamento da violência terrorista, ou seja, não são as causas, mas, antes, uma consequência do mode-lo econômico globalizado, que fu nciona para excluir e não para incluir as pessoas no sistema produtivo.

cestademe

11Março 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolaresConfecções em geral - Roupas para Toda a Família

Fone/ Fax: (047) 3323 3339

Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni

Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

Direção Geral:Dom José Negri PIME

Diretor Geral:Pe. Raul Kestring

Diretor Comercial:Pe Almir Negherbon

Textos e edição:New Age Comunicação

Rua Sete de Setembro, 2587 – sala 202 - Centro – Blumenau/SC

(47) 3340-8208

Jornalista Responsável:Marli Rudnik (DRT 484)

[email protected]

Fotografi as:Acervo da Diocese de Blumenau,

e Divulgação

Editoração:Job Designer

[email protected]

Revisão:Pe Raul KestringRaquel ResendeAlfredo Scottini

Impressão:Jornal de Santa Catarina

Tiragem:20 mil

Periodicidade:Mensal

Distribuição gratuitaCorrespondência

Cúria Diocesana de BlumenauRua XV de Novembro, 955 -

Centro(47) 3322-4435Caixa Postal 222CEP: 89010-003

Blumenau/SC

comunicacoes@diocesedeblumenau.org.brwww.diocesedeblumenau.org.br

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

Igreja Matriz da Paróquia Santa Inês, criada em 28 de fevereiro de 1946

“Ele é o nosso Deus e nenhum outro a ele se compara”

(Br 3,36)

Pe. Antônio Francisco Bohn

Dom Pio Freitas, bispo da Diocese de Joinville, no dia 28 de fevereiro de 1946, pelo seu decreto, decidiu criar e estabe-lecer a Paróquia de Indaial, separando-a da Paróquia de Blumenau.

“Terá por limites os mesmos que tem o primeiro distrito, o da sede do município, na divisão administrativa de 1944, limites estes que não poderão ser alterados sem ato formal da Autoridade Diocesana”.

Diz ainda o decreto: “compreenderá a citada Paróquia as capelas de São Bo-nifácio, em Encano Baixo, São Luís, em Encano Alto, Santa Luzia, em Estradinha, Santo Estanislau, em Estrada da Areia, Santo Antônio, em W arnow Pequeno, Perpétuo Socorro, em Warnow Grande e as outras que para o tempo adiante nos referidos limites forem constituídas”.

Foi elevada a Igreja de Santa Inês à categoria de Igreja Matriz, com todas as insígnias, prerrogativas e privilégios. Dom Pio, pelo seu decreto, determinou: “concedemos à dita Igreja, por todo tem-po, o direito e faculdade de ter o sacrário, de nele conservar a sagrada eucaristia com o necessário ornato e decência e com a lâmpada acesa dia e noite. Que nela se celebrem todos os atos litúrgicos que compete à Matriz celebrar. Conf rma-mos que Santa Inês seja também a pa-droeira principal da cidade e da paróquia. Que sua festa seja celebrada no rito que lhe compete, com toda pompa e religioso esplendor”.

PARÓQUIAS

Igreja Matriz de Indaial foi instituída em 1946, desmembrada de Blumenau

A criação da comunidade de Santa Inês

História da capelaA Capela Santa Inês não foi a primei-

ra de Indaial. Antes dela existiam outras duas. No entanto, por se situarem distan-tes e devido ao rápido crescimento popu-lacional no centro do povoado, foi fundada a capela em 1894.

No dia 21 de janeiro do ano seguinte foi colocada a pedra fundamental, estando as paredes a meia altura das janelas. Foi abençoada no dia 21 de janeiro de 1896.

Tanto ela quanto as outras eram aten-didas pelos padres franciscanos da Paró-quia São Paulo Apóstolo. Com o grande aumento do movimento religioso, resol-veram os f éis e fabriqueiros, pelo ano de 1945, solicitar a Dom Pio que criasse a Paróquia de Indaial. O pedido foi atendi-do em 1946 e nomeado o primeiro páro-co, Padre Aldolino Gesser (10.03.1946 - 07.03.1947). Constituía a Paróquia, as seguintes capelas: São Bonifácio (Encano Baixo, 1875), Santo Estanislau (Estrada das Areias, 1878), São Luiz (Encano Alto, 1902), Nossa Senhora do Perpétuo So-corro (Warnow Alto, 1902), Santo Antônio (Warnow Pequeno, 1938), Santa Luzia (Estradinha, 1938).

Após a criação da Paróquia, em vir-tude do crescimento de novos bairros e o aumento da população, foram criadas outras capelas. Inúmeros f lhos e f lhas de famílias católicas de Indaial seguiram a vida religiosa. O espírito religioso das fa-mílias católicas sempre foi bastante ativo e começou antes mesmo da criação da Paróquia, pois já em 1893 foi recebido o primeiro membro da Ordem Terceira de São Francisco.

12 Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

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“Eis o Cordeiro de Deus! Vinde e vede!

(Jo 1,35-39)

EVENTO

Movimentos

Enquanto a maioria das pessoas pensa em aproveitar os dias de carna-val para pular, dançar ou viajar, muitas vezes, expondo-se a riscos na noite e nas estradas, outros preferem se reco-lher em oração e buscar uma vivência mais próxima com Deus. A Comunida-de Arca da Aliança proporciona esta oportunidade aos que desejarem, atra-vés do 12º Queremos Deus, que acon-tece nos dias 5 e 8 de março, na chá-cara Cidade de Deus, em Blumenau.

O retiro de carnaval é uma tradi-ção de 21 anos e tem o objetivo de oferecer uma programação diferente e diversif cada nesse período. Consi-derado o evento de maior expressão apostólica da comunidade, o evento faz parte do seu calendário fes-tivo, atraindo caravanas da região e de todo o Brasil. O Queremos Deus oferece atrações para t oda a família, com espaços reservados aos jo-vens e crianças, exibi-ções artísticas, danças e música.

Comunidade aproveita o feriado para organizar o retiro “Queremos Deus”

Um carnaval diferente com a Arca da Aliança

FRANCISCANISMOVale uma lembrança muito valio-

sa o ato de comer de São Francis-co. Por vezes, ele se sentia atacado pela gula, mas com penitências du-ras, logo, afastava este mal.

Conta-se que, certa feita, foi es-molar de casa em casa, como o fa-zia quase sempre. Depois se retirou para a sombra de um bosque, a f m de comer, olhando a comida mistu-rada, sentiu náuseas e teve vontade de jogar tudo fora. V enceu, porém, a repugnância e dominou a tenta-ção. Comeu devagar e sentiu haver dominado mais este momento de fraqueza. Nunca mais teve outra tentação desse gênero.

Estes fatos nos levam a pensar se valorizamos, de fato, a comida que temos e sabemos usá-la com a verdadeira consciência de seres humanos, filhos de Deus. Muitas vezes, reclamamos do que temos para comer e nos esquecemos de que muitos nada possuem, ou dis-põem de tão pouco, que não con-seguem satisfazer a fome que os atormenta.

Não se faz necessário praticar os grandes jejuns dos santos, mas, é possível abster-se de algumas gu-loseimas, de especialidades a que nos leva a gula. Todos temos bas-tante, inclusive para doar um pouco aos que pouco, ou quase nada têm.

A comida é e sempre será um hábito saudável que toda pessoa deve cultivar . Muitos males que atacam a pessoa provêm da comi-da, ou da mesma mal administrada, ou mal ingerida. Diz-se que o peixe morre pela boca, o mesmo se pode dizer do ser humano, sempre que não consegue controlar a gula e os vícios.

Sejamos franciscanos, pratique-mos um pouco de penitência e ve-remos a Paz com nosso irmão cor-po, produzindo o Bem para nós e para todos os nossos irmãos.

Alfredo Scottini

[+] FIQUE POR DENTRO

O que vai ter:✗ Início todos os dias, às 15 horas✗ Missa todos os dias, às 20 horas✗ Shows todos os dias, após a missa✗ Animação e adoração✗ Atendimento de oração✗ Confissão✗ Lazer e Queremos Deus Mirim

(para crianças)✗ Lanchonete✗ Encerramento às 23 horas

Para se inscrever:✗ Informe-se junto à Rádio

Blumenau Arca da Aliança, pelo fone (47) 3340-1260

Escola de Liturgia para Jovens

Oração, diversão e encontro com Deus fazem parte da programação de carnaval na Arca da Aliança

Jovens participam da capaci-tação para o serviço litúrgico, em Joaçaba

Nos dias 14 a 23 de janeiro, aconteceu em Joaçaba, a Esco-la de Liturgia para Jovens, uma promoção das Pastorais da Ju-ventude d o R egional S ul, e m conjunto com a Comissão Re-gional de Liturgia. Este evento serviu para capacitar os jovens para o serviço litúrgico da igre-

ja, a lém de levar uma experi-ência de participação litúrgica como fonte de espiritualidade e de revigoramento da fé, confor-me sugere o Concílio V aticano II. A Escola reuniu 44 participan-tes de sete dioceses catarinen-ses, uma do Rio de Janeiro e uma do Paraguai.

Paróquias13Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“A ti elevo a minha alma. Em ti confio, meu Deus”

(Sl 25,2)

Padre Pedro Bastos assume Paróquia Santa Luzia

MISSÃO

Transferido da comunidade São José Operário, o religioso traça perspectivas para a evangelização

A Paróquia Santa Luzia, no Bairro Machados, em Navegan-tes, acolheu seu novo pároco no dia 22 de janeiro. O Padre Pe-dro Rodrigues de Bastos está à frente dos trabalhos e da evan-gelização na comunidade, que abrange cerca de sete mil f éis. Antes disso, ele atuava na Pa-róquia São José Operário, em Blumenau.

Bastos traça várias perspec-tivas de trabalho na nova paró-quia, que tinha como dirigente espiritual até então o Padre Idonizete Kruger. “Será uma ca-minhada pastoral de presença e acompanhamento próximo, que

A fé construída em 150 anos

As reformas da estrutu-ra física da Paróquia São Pedro Apóstolo, no centro de Gaspar, representam a imagem da igreja, ao co-memorar 150 anos. O ani-versário é celebrado no dia 25 de abril, mas as ações comemorativas iniciaram ainda em 2010. A pintu-ra (nas paredes internas, externas e no telhado) e alguns reparos t ranspare-cem a fé e a comunhão, com o engajamento da co-munidade.

Para viabilizar a refor-ma os fiéis se uniram e organizaram churrascos, pasteladas, venda de pães e cucas case iros e doces natalinos, arrecadando os recursos necessários. Doações da comunidade também foram de grande ajuda ne sse p rojeto. “ O povo faz a Igreja, tanto na celebração como na ma-nutenção”, afirma o Frei Germano Gesser, pároco

da São Pedro Apóstolo. A secretaria e a casa

paroquial também rece-beram pintura e um novo projeto de jardinagem dei-xou ainda mais bonito o conjunto arquitetônico e turístico da Igreja. Para re-forçar a segurança, foram instaladas câmeras de vi-gilância no seu entorno.

Ação de graças

A missa de ação de graças pelos 150 anos da Paróquia São Pedro Após-tolo será celebrada no dia 25 de abril, presidida pelo Bispo Dom José Negri. Além da comunidade, fo-ram convidados todos os padres que nasceram ou atuaram na paróquia. Uma homenagem à Paróquia São Pedro Apóstolo ainda será prestada na Câmara de Vereadores de Gaspar e na Assembleia Legislati-va, em Florianópolis.

[+] Atuação✗ Pedro Rodrigues de Bastos foi ordenado

sacerdote em 13 de dezembro de 1987, em Mafra, sua cidade natal.

✗ Começou a vida religiosa atuando na Paróquia Santíssima Trindade, em Campo Alegre e já trabalhou também nas comunidades Cristo Rei, Santa Izabel, Santa Cruz e São José Operário (todas em Blumenau), e nas paróquias Nossa Senhora da Paz (Balneário Piçarras) e Divino Espírito Santo (Barra Velha).

já é bastante forte em Navegan-tes”, af rma o pároco.

Ele cita como prioridades, os trabalhos com os grupos de re-

f exão, a Pastoral do Dízimo, a formação permanente mensal de todas as lideranças da paró-quia e valorização dos Conse-

lhos de Pastoral, sem esquecer das pastorais constitutivas, da catequese, da liturgia, do Minis-tério da Eucaristia, do Apostola-do da Oração e dos movimentos de irmãos, coroinhas e renova-ção carismática.

O padre afirma que, neste primeiro ano, não serão realiza-das mudanças. Estas, quando e se necessárias, serão definidas em acordo com o Conselho de Pastoral. “Precisamos respeitar o que já foi planejado para ser exe-cutado e decidido em assembleia de pastoral”. A pintura externa da igreja, por exemplo, está na proposta administrativa de 2011. “Vamos buscar concretizar esse desejo da comunidade”.

Identif cação

A nova missão também exi-giu a mudança de endereço e de cidade, uma rotina à qual os religiosos devem estar sempre prontos, pois sua missão evan-gelizadora não tem uma parada def nitiva. Na nova comunidade, é preciso se ambientar aos hábi-tos e costumes locais, para estar sempre para servir. “É necessá-rio ter paixão pelo ambiente e o estilo de seus moradores”, afir-ma.

O pároco destaca a impor-tância do entrosamento com o Conselho de Pastoral e a co-munidade. “Sem isso, não es-taríamos fazendo a vontade do Divino Mestre Jesus Cristo, que deu sua vida por amor , em vista da unidade”. Ele complementa: “Sem este comportamento não estaríamos nos portando como igreja”.

Ele pontua que a casa pa-roquial da Santa Luzia, em Na-vegantes, tem sua estrutura no estilo casa de família, com de-pendências suficientes para a morada de até dois padres. No local, residem um padre e um diácono, que está se preparando para o sacerdócio.

RICARDO SILVA

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Vida Missionária14 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

“Que a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês”

(Rm 1,7)

VOCAÇÕES

A cidade de Cartago, na Costa Rica, recebeu cerca de 500 congressistas nos dias 31 de janeiro a 5 de fevereiro, para o 2º Congresso Continental Latinoamerica-no de Vocações. De Blumenau, o Padre Marcelo Martendal representou não ape-nas a Diocese, mas par ticipou como dele-gado da Regional Sul IV.

O congresso teve como tema, a frase inspirada no evangelho de Lucas: “Cha-mados a lançar as redes para alcançar a vida plena em Cristo”. E o lema, o próprio versículo bíblico: “Mestre, em teu nom e lançarei as redes” (Lc 5,5). Entre os par-ticipantes estavam três cardeais, 30 bis-pos, mais de 200 padres, 100 religiosos e religiosas, 20 diáconos e seminaristas, mais de 20 consagrados e consagradas seculares e mais de 120 leigos e leigas. A delegação brasileira era composta por 52 representantes.

Entre os objetivos do congresso, destaca-se a importância de examinar a consciência que os batizados têm da cul-tura vocacional e a ref exão sobre o projeto do Pai para o ser humano nas circunstâncias atuais (apresen-tar a vocação batismal como eixo transversal de toda ação p astoral da Igreja).

No encerramento, o presiden-te do CELAM, cardeal Raymundo Damasceno Assis, ressaltou que a Pastoral Vocacional, responsabilida-de de todo o povo de Deus, começa na família e continua na comunidade cristã. “É fruto de uma sólida pasto-ral feita nas famílias, nas paróquias, nas escolas católicas e demais insti-tuições eclesiais”.

Ele afirmou que a Igreja na América

Padre Marcelo Martendal, da Diocese de Blumenau, representou a Regional Sul IV no evento

Congresso Latinoamericano encerra na Costa Rica

O que é ser missionárioTodos somos chamados a

ser discípulos e missionários de Jesus. Ser discípulo significa “aprendiz”, aquele que aprende com o Mestre. Missionário signi-f ca “enviado”, no sentido de mis-são, ou seja, é aquele que põe em prática o que aprendeu.

Ser missionário não é privi-légio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristão: “anunciar o evangelho é neces-sidade que se me impõe” (1Cor 9,16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. Nenhuma comunidade cristã é f el à sua vo-cação se não é missionária. Ser missionário é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, do “diferente”, do marginalizado – o preferido de Jesus.

Ser missionário exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e

comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Je-sus: “assim como o Pai m e en-viou, eu também vos envio” (Jo 20,20). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora. Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao Reino de Deus, em prol da promoção humana. A seguir, uma lista dos 10 man-damentos do missionário, com o desaf o: como eu posso ser mis-sionário em minha casa, no tra-balho e na comunidade em que vivo?

Padre Alcimir José Pillotto

Padre Marcelo Martendal (à direita)

Países do Mercosul marcaram presença no encontro, que ocorreu na Costa Rica

[+] Dez mandamentos do Missionário1. Ter HUMILDADE para servir e

acolher a todos, sem distinção (Mt 20,25-28; Lc 10,30-34).

2. Ter DISPONIBILIDADE para estar sempre a serviço do Reino de Deus (Lc 9,57-62).

3. Ter DESPOJAMENTO para servir a Deus e aos irmãos, confiando sempre na Providência divina (Lc 9,1-6).

4. Ter FORÇA ESPIRITUAL através de uma vida de oração (Lc 6,12; Lc 9,28-28; Mt 14,32-34).

5. Ter CORAGEM E CONFIANÇA em Deus, diante de todos os desafios para anunciar o Evangelho, denunciando as injustiças e vencendo todos os tipos de males que oprimem (Lc 4,16-19; Mt 10,28-31).

6. Buscar sempre a INSPIRAÇÃO DE DEUS para levar o amor, o carinho, a paz, o perdão e a reconciliação (Jo 14,12-13).

7. Ter CLAREZA E SABEDORIA de Deus no agir e no falar, lembrando sempre as atitudes, ações e palavras de Jesus.

8. Ter SOLIDARIEDADE e COMPANHEIRISMO, para que seu testemunho seja verdadeiro e coerente (Jo 15,4-5; Mt 10,12).

9. Ter profunda COMUNHÃO COM DEUS, para que seu testemunho seja verdadeiro e coerente (Jo 15,4-5; Mt 10,12).

10. Reconhecer a GRANDEZA DE DEUS e se alegrar pelo valor e dons que Ele dá a cada um (Lc 10,17-21).

Latina e no Caribe está forta-lecendo a cultura vocacional para que os batizados assu-mam o chamado missionário de Cristo. “Estamos tentando fortalecer a cultura vocacional para que os batizados assu-mam seu chamado como discípulos missionários de Cristo nas atuais circunstân-cias da América Latina e do Caribe, destacando os as-pectos principais da dinâmi-ca vocacional, examinando

a consciência-cultural vocacional dos batizados”, disse.

“Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem”

(Lc 11,12)Espaço da Família

15

REFLEXÃO

Exemplo e oração para prevenir, coragem para agir, quando este drama atinge um lar cristão

A família e as drogas

A família nunca espera, muito menos d eseja, q ue u m m embro querido do seu seio, seja um filho ou amigo, venha a se envolver com o mundo das drogas. Nenhum lar cristão, porém, por mais fervoroso que seja, está livre deste “mal do século”, que desestabiliza comple-tamente a estrutura familiar . O uso e abuso das drogas estão tomando proporções epidêmicas no mundo inteiro e não é diferente por aqui, perto de nós.

O problema, muitas vezes, co-meça na própria família, onde as

Março de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

A Comissão Episcopal Pastoral para a V ida e a Família da CNBB e a Comissão Nacional da Pastoral Fa-miliar publicaram o subsídio “Hora da Família 2011”, com o tema “Família, Pessoa e Sociedade”. Este docu-mento traz uma ref exão sobre temas familiares para a Semana Nacional da Família, que será realizada de 14 a 20 de agosto.

A Semana da Família é um even-to anual, que ocorre em praticamen-te em todas as paróquias do Brasil, desde 1992. O subsídio começou a ser editado desde a vinda do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e se tornou anual, estando na 15ª edição, com 21 mil exemplares publicados.

“A família vem enfrentando gran-des desaf os, inquietações e ataques

de quem deveria defendê-la. Convo-camos a sociedade a debater este ano sobre este tema”, disse o asses-sor da Comissão, Padre Luiz Antonio Bento. A publicação traz sugestões de c elebrações e r eflexões s obre os dias das Mães, dos Pais, do Ca-tequista e do Nascituro, além de 10 encontros a serem realizados pelas famílias.

Semana Nacional da Família discute desafi os

ditas drogas lícitas - como o álco-ol, o cigarro, os medicamentos e outros - aparecem entre as princi-pais causas de morte evitáveis.

O combate pode ser feito por várias ações: a repressão ao trá-fico, a redução da produção e, principalmente, com a prevenção, procurando evitar que nossos jo-vens comecem a consumir dro-gas. Esta é, sem dúvida, a ação mais ef caz, que pode ser pratica-da por todos nós.

[+] Como ajudar os filhos?

✗ Dê afeto: manifestações de carinho e amor são sempre bem-vindas. Abrace, beije, incentive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.

✗ Ambiente: reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.

✗ Diálogo: ache tempo para conversas e consultas frequentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.

✗ Dê o exemplo: álcool e cigarro são drogas lícitas. Evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que contestem ou questionem, eles terão nos pais os melhores exemplos e guias.

✗ Liberdade: mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.

✗ Modelo: cuide para que a relação com os

filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.

✗ Ocupação: encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas.

✗ Participação: tome decisões em conjunto. Assim, todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados.

✗ Presença: reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos.

✗ Prevenção: explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las.

✗ Princípios: evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.

✗ Regras claras: imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.

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CNBB Regional Sul 4

pág. 7O exemplo de força e de solidariedade que vem de Mirim Doce

CELEBRAÇÕES

O Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes ficou lotado no dia 6 de fe-vereiro, para a missa em comemoração ao dia da pa-droeira da cidade litorânea. A celebração foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom José Negri, e marcou o encerramento de uma pro-gramação que envolveu fé, tradição e história.

A 115ª Festa de Nossa Senhora dos Navegantes ocorreu de 28 de janeiro a 6 de fevereiro, incluindo missas, novenas, atrações gastronômicas, feira co-mercial e shows musicais. Neste ano, o maior evento religioso do Estado teve um engajamento expressivo da Secretaria do Turismo da ci-dade e também da impren-sa local.

Louvor a Nossa Senhora de Navegantes, homenagem às religiosas e à presença de Dom José

Festas e visita pastoral marcam a vida da comunidade

O Bispo Diocesano, Dom José Negri, reconhece o valor da profunda religiosidade do povo em ocasiões como a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes. Em diversos dias, ele se fez presente à tradicional festa com outros sacerdotes, seminaristas, diáconos.

Presença marcante e carismática na Festa de Nos-sa Senhora dos Navegantes foi o Padre Reginaldo Manzotti, cantor e comunicador católico, no dia 05 de fevereiro. Ele anima o programa diário “Experiência de Deus”, transmitido por várias emissoras de TV e rádio no Brasil. A Rádio Blumenau Arca da Aliança, por exemplo, prestigia seus ouvintes, diariamente, com o programa, das 10 às 11 horas.

No alto da parede, à frente do presbitério do Santuário de Nossa Senhora dos Navegant es, permanece a bela imagem da Mãe dos nave-gantes, presente à vida da cidade e dos cida-dãos da simpática cidade catarinense. Dali, todos os dias ela escuta as preces, dores, ale-grias, louvores dos seus queridos f lhos e f lhas.

N lt d d à f t d bité i d

O Dia da Apresentação de Jesus (2 de fevereiro) foi também o Dia Internacional das Religiosas, celebrado com missa solene na Catedral, presidida pelo Padre João Bachmann. Um grupo de religiosas de Blumenau pr esente à missa re-novou seus votos diante de Jesus Eucarístico, pouco antes do momento da Comunhão.

A comunidade da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, no Bairro Bar-racão, em Gaspar, recebeu Dom José Negri no dia 1 1 de fevereiro, em sua visita pastoral. O Bispo Diocesano percorreu também as capelas da região.

A comunidade Paroquial do Belchior, com o seu pároco Pe. Márcio, no dia 18 de fe-vereiro, acolheu Dom José que iniciava, ali, sua visita pastoral.