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i
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE
Direcção Nacional de Pesquisa e Bem-Estar
AVALIAÇÃO DA ADESÃO ÀS MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA
INFECÇÃO POR SARS-CoV-2 EM MOÇAMBIQUE-2020
Elaborado por:
Em parceria com:
Ficha Técnica
ii
Ficha Técnica
Redação
António Júnior1
Janeth Dulá1
Sérgio Mahumane1
Revisão
Caroline De Schacht 2
Sónia Enosse1
Sérgio Chicumbe1
Janeth Dulá1
Edição e Formatação
António Júnior1
Sérgio Mahumane1
Layout
António Júnior1
Janeth Dulá1
Afiliação
1. Instituto Nacional de Saúde. Direcção Nacional de Pesquisa e Bem-
Estar. Programa de Políticas e Sistemas de Saúde.
2. Friends in Global Health.
Colaboradores Provinciais
Núcleos Provinciais de Pesquisa
iii
ÍNDICE
1. Introdução ......................................................................................................................... 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 4
3. Metodologia ....................................................................................................................... 4
3.1. Limitações do estudo .................................................................................................... 5
4. RESULTADOS .................................................................................................................. 6
4.1. Caracteristicas sócio-demográfica de respondentes ........................................................ 6
4.2. O quotidiano e a vida profissional em momentos de pandemia ....................................... 8
4.2.1. O quotidiano em momentos de pandemia ................................................................ 8
4.2.2. O quotidiano e vida profissional dos participantes em momentos de pandemia ....... 10
4.3. Medidas de prevenção individuais e comunitárias ....................................................... 12
4.3.1. Medidas individuais ............................................................................................. 13
4.3.2. Medidas comunitárias .......................................................................................... 14
4.4. Avaliação da saúde individual ..................................................................................... 18
5. Conclusões ....................................................................................................................... 21
6. Recomendações ................................................................................................................ 23
7. Referências ...................................................................................................................... 24
ANEXOS ............................................................................................................................. 25
3
1. Introdução
A doença actualmente designada por COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, um novo
coronavírus, foi notificada à Organização Mundial de Saúde (OMS) a 31 de Dezembro de 2019,
com início na cidade de Wuhan, Hubei, China, e propagou-se para cerca de 210 países. SARS-
CoV-2causou cerca de 4.789.205 infecções e cerca de 318.789 mortes por COVID-19
reportados até ao dia 20 de Maio de 2020, sendo maioritariamente de adultos (WHO, 21
January; 20 de Maio de 2020). Moçambique até a mesma data contava 156 casos confirmados
de SARS-CoV-2 e nenhuma morte adultos (MISAU, 20 de Maio de 2020).
A transmissão de SARS-CoV-2 entre humanos ocorre através de gotículas respiratórias,
objectos contaminados e contacto físico directo com pessoas infectadas. Uma vez infectadas,
pessoas assintomáticas e sintomáticas podem manter uma cadeia transmissora da infecção,
sendo que não há tratamento específico contra o vírus até ao momento nem medidas profiláticas
do tipo vacina. AOMS recomenda ampla implementação de intervenções contra a cadeia de
transmissão, para conter a rápida disseminação do SARS-CoV-2, através de minimização do
contacto entre pessoas infectadas e não infectadas, detecção precoce e isolamento de casos, e
medidas gerais de higiene pessoal e colectivas.
Face ao cenário da rápida propagação da infeção e doença consequente em vários países, bem
como a alta taxa de morbi-mortalidade e o impacto social e económico negativo que a mesma
provoca, Moçambique, mesmo antes de registar qualquer caso de infecção por SARS-CoV-
2,iniciou com uma série de medidas preventivas e de prontidão para resposta ao possível surto
no país. O alerta nacional inicial foi oficialmente tornada pública no dia 14 de Março de 2020,
pela realização da primeira Comunicação do Presidente da República dando o ponto de situação
e anunciando um pacote de medidas para prevenir a pandemia.
As medidas sugeridas incluem encerramento de escolas e locais públicos, implementação de
métodos padronizados de higiene das mãos e distanciamento social. Com o notificação em
Moçambique do primeiro caso de SARS-CoV-2 no dia 22 de Março, o governo implementou
medidas adicionais para diminuir a rápida disseminação da SARS-CoV-2, incluindo o decreto
do Estado de Emergência, no dia 30 de Março, bem como sua prorrogação no dia 29 de Abril.
(Decreto Presidencial n.º 11/2020; Decreto Presidencial n.º 11/2020; MISAU, 14 de Maio de
2020),
4
2. Objectivos
O estudo teve como objectivo geral avaliar a adesão às medidas de prevenção do SARS-CoV-
2. Concretamente descrever o nível de adesão às medidas gerais actualmente recomendadas
pelo governo; ii) descrever as percepções dos respondentes sobre o seu estado de saúde e iii)
avaliar de forma genérica a adesão às medidas recomendadas pelo governo.
3. Metodologia
Este é um estudo transversal com abordagem quantitativa, que decorreu no período de 11 a 17
de abril de 2020, e contou com a voluntária participação de indivíduos, que seguindo que
divulgaram questionários para as suas redes de contactos no WhatsApp e outras redes sociais.
E por sua vez estes contactos também massificaram as partilhas do questionário, optando-se
por uma massificação da divulgação do questionário com vista a obter um grande número de
participantes, não se limitando ao cálculo da amostra.
Embora o inquérito tenha abrangido indivíduos com acesso a internet, participaram deste
inquérito indivíduos de todas as províncias do país, de zonas rurais e urbanas. As redes sociais
constituem uma cada vez mais utilizada entre os pesquisadores de diferentes áreas e pelas
instituições envolvidas na prevenção e mitigação da pandemia de SARS-CoV-2 .
Esta é uma fonte de dados de baixo custo e rápido retorno, na medida em que reúnem diferentes
indivíduos e suas conexões, reduz a presença física de inquiridores no campo, que por outro
lado teria dificuldades práticas não somente devido a logística necessária como também
relativas as limitações de circulação impostas pelo estado de emergência.
Neste estudo foi feita a aferição da adesão às intervenções recomendadas pelo governo, que
incluem: distanciamento social, permanência em casa, e medidas de higiene pessoal e colectiva.
As variáveis sócio-demográficas dos respondentes incluem: zona de residência
(rural/periférica/urbana), tipo casa, idade, nível de educação, tamanho e composição do
agregado familiar, sexo dos respondentes, condição de saúde, ocupação, entre outros
indicadores relacionados; foram também explorada variáveis sobre o conhecimento da
COVID-19, riscos para infeção pela COVID-19, praticas de prevenção e sobre a auto-avaliação
do estado de saúde dos respondentes.
5
O estudo conformou-se e foi implementado seguindo normas éticas nacionais, tendo sido
aprovado pelo Comité Institucional de Bioética do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique
com a referência 029/CIBS-INS/2020. Os participantes sobre os quais recolheu-se os dados
consentiram de forma livre e informada a sua inclusão no estudo.
3.1. Limitações do estudo
Viés de selecção é uma possível limitação do estudo, pois para participar e responder ao
questionário os indivíduos precisaram de acesso a redes sociais e internet. Mesmo assim, apesar
de penetração desigual da tecnologia de informação e comunicação no país, o viés
eventualmente causado não poderá ser no sentido de sobrestimação de qualquer aferição, por
isso, os resultados podem mesmo assim ser indicativos e informativos para os objectivos da
avaliação. Por outro lado, as zonas com melhor penetração de tecnologias de informação e
comunicação utilizadas são aquelas onde as medidas de distanciamento social são
previsivelmente mais necessárias.
O Instituto Nacional de Saúde irá estimular a realização de estudos similares que abranjam
pessoas sem acesso a internet. Outra limitação que previa-se seria em relação aos locais onde
o inquérito chegaria, onde a prior esperava-se que não se tivesse afluência da zona rural,
contudo, o estudo mostrou que 15% dos respondentes residem em zonas rurais e 50% nas zonas
periféricas das Cidades, o que minimizou o risco de não se ter representatividade da população.
6
4. RESULTADOS
Os resultados serão apresentados em 4 secções, nomeadamente: i) Descrição de características
sócio-demográfica dos respondentes; ii) O quotidiano e vida profissional dos participantes em
momentos de pandemia; iii) Medidas de prevenção individuais e comunitárias; iv) e e auto-
reporte sobre a percepção dos respondentes em relação ao seu estado de saúde.
4.1. Caracteristicas sócio-demográfica de respondentes
As características são descritas em proporções de uma amostra final de 3770 respondentes. A
maior parte das respondentes estava na faixa etária dos 18-34 anos de idade (60%), mais
indivíduos do sexo masculino responderam ao questionário (58%), quase todo o universo são
de nacionalidade moçambicana (97%), e entre aqueles de nacionalidade estrangeira,
predominaram as nacionalidades Portuguesa (1%), Brasileira (0,3%) e Italiana (0,3%)1
(Gráfico 1).
Gráfico 1: Distribuição percentual de respondentes por faixa etária, sexo e nacionalidade
(N=3770)
*faixa etária: jovem=18-35 anos; adulto=36-60 anos; e idoso= mais de 60 anos.
Mais da metade (61%) reside na Cidade e Província de Maputo, 7% na Província de Sofala e
6% na província de Inhambane. Em relação a zona de residência, 49% reside na zona periférica
da cidade 15% na zona rural. A maioria reside em casas com vedação (62%), seguido de 14%
residindo em casas sem vedação e 14% residindo em apartamentos sem elevador (Tabela 1).
1 Vide tabela 6 em anexo
60%
37%
3%
42%
58%
3%
97%
Jovem
Adulto
Idoso
Feminino
Masculino
Estrangeiro(a)
Moçambicana
Faix
a e
tári
aS
exo
Na
cion
ali
dad
e
7
Tabela 1: Distribuição da amostra por província, zona de residência e tipo de casa
(N=3770)
Província
N° %
Niassa 119 3,2
Cabo Delgado 67 1,8
Nampula 192 5,1
Zambézia 165 4,4
Tete 104 2,8
Manica 97 2,6
Sofala 272 7,2
Inhambane 239 6,3
Gaza 222 5,9
Província de Maputo 1133 30,1
Cidade de Maputo 1160 30,8
Zona de
Residência
Zona Central da Cidade 1353 35,9
Zona Periférica da Cidade 1868 49,5
Zona Rural 549 14,6
Tipo de Casa
Apartamento com varanda 677 18
Apartamento sem varanda 76 2,1
Casa com vedação 2334 61,9
Casa sem vedação 518 13,7
Casa precária* ou cabana 88 2,3
Um quarto 74 2,0
Não tem casa (vive na rua) 3 0,1
*sem laje, piso de terra batida, paredes de caniço ou adobe ou cabana não partilhada.
A maior parte dos respondentes são solteiros (45%), 34% são casados e 17% vive em união de
facto. Quanto ao nível educacional, 69% possui ensino superior e 31% possui ensino
secundário. Verifica-se diversidade de religiões, sendo a religião Cristã a mais reportada,
correspondendo a 75% (Tabela 2).
8
Tabela 2: Distribuição da amostra por estado civil, religião e nível educacional (N=3770)
Estado Civil
N %
Solteiro(a) 1681 44,6
Casado(a) 1296 34,4
União de Facto 655 17,4
Divorciado(a) 109 2,9
Viúvo 29 0,8
Religião
Crista* 2845 75,5
Islâmica 412 10,9
Nenhuma 268 7,1
Outra 245 6,5
Escolaridade Não estudou ou frequentou o ensino Primário 23 0,6
Secundário 1151 30,5
Superior 2596 68,9
*católica, protestante, adventista, testemunha de Jeová, entre outros.
4.2. O quotidiano e a vida profissional em momentos de pandemia
Esta secção apresenta resultados sobre o quotidiano e vida profissional dos participantes. A
primeira descrição será sobre nível de interação física entre os participantes e seus contactos
incluindo aspectos ligados ao agregado familiar e acesso à alimentos. Na segunda parte será
feita a descrição sobre a vida profissional dos participantes.
4.2.1. O quotidiano em momentos de pandemia
Uma das formas de transmissão do vírus é o contacto físico entre as pessoas. Neste âmbito,
uma das questões levantadas tem a ver com o contacto por aperto de mão ou beijo. Os
resultados mostram que mais de metade (59%) dos respondentes não deu aperto de mão, beijou
ou teve alguma forma de contacto físico de alguém que não seja uma pessoa que convive
consigo2 (Gráfico 2).
2 Vide tabela 7 em anexo
9
Gráfico 2: Distribuição percentual de respondentes por contacto físico por aperto de mão
ou beijo (N=3770)
Verifica-se que mais de metade dos respondentes vive com os seus filhos (60%) e 84% afirmou
não ter enfrentado dificuldades em ter acesso a alimentos na semana prévia ao inquérito3
(Gráfico 3).
Gráfico 3: Distribuição percentual de respondentes por filhos e dificuldade para obter
alimentos (N=3770)
3 Vide tabela 8 em anexo
7% 10%17%
8%
59%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Entre três a seisdias atrás
Há dois dias Há mais de umasemana
Hoje Nenhum contactocom pessoas
externas a minhacasa
84%
16%
16%
24%
60%
Sem dificuldade de obter alimentos
Com dificuldade de obter alimentos
Não vive coms os filhos
Não tem filhos
Vive com os filhos
10
Os respondentes foram fornecidos uma lista de fontes de informação onde poderiam escolher
várias opções que consideram confiáveis. Os resultados mostraram que a maioria confia nas
informações fornecidas pelo Ministério da Saúde (83%) e pela televisão (59%), 44% e 43%
confia nas informações fornecidas pelo Presidente da República e pelos profissionais de saúde,
respectivamente. As restantes fontes foram menos referidas4 (Gráfico 4).
Gráfico 4: Distribuição percentual de respondentes por fontes de informação confiável
(N=3770)
4.2.2. O quotidiano e vida profissional dos participantes em momentos de pandemia
Analisando a ocupação profissional dos respondentes verifica-se que 33% são funcionários do
Estado e 33% são trabalhadores de empresas privadas e 13% são estudantes. De realçar que
7% dos respondentes encontram-se desempregados e 2,5% referiu estar desempregada devido
a pandemia. Uma percentagem reduzida está distribuída entre as restantes formas de ocupação5
(Gráfico 5).
4 A pergunta sobre fonte confiável permitia mais de uma opção; Vide tabela 9 em anexo 5 Vide Tabela 10 em anexo
83%
59%
44%
43%
29%
29%
16%
12%
10%
8%
8%
7%
3%
Misau
Televisão
Presidente da República
Profissionais de saúde
Rádio
Midia impressa
Website
Midia Social
Governador Provincial
Presidente do Município
Outros
Amigos e familiares
Nenhuma fonte
11
Gráfico 5: Distribuição percentual de respondentes por tipo de ocupação (N=3770)
Relativamente à condições de trabalho, 28% dos respondentes referiu estar a trabalhar em casa,
24% trabalha sozinho em um espaço fechado. Cerca de 8% trabalha em espaço aberto como
mercados6 (Gráfico 6).
Gráfico 6: Percentagem de respondentes por condição de trabalho (N=3770)
6 Vide tabela 11 em anexo
5%
2%
3%
13%
3%
5%
2%
33%
33%
1%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Desempregado
Desempregado por causa da pandemia
Empresario
Estudante
Outra
Profissional auotonomo
Reformado
Funcionario(a) do Estado
Trabalhador(a) numa empresa privada
Renda de investimentos/patrimonios
21%
28%
8%
18%24%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Nao se aplica, nao
trabalho
Trabalho em casa Trabalho em um
espaco aberto
(mercado, entre outros)
Trabalho em um
espaco fechado
juntamente com varias
pessoas
(supermercados, lojas
por exemplo)
Trabalho em um
espaco fechado sozinho
(escritorio, por
exemplo)
12
Cerca de metade dos funcionários (54%) não foi ao serviço no dia do inquérito. Dentre os que
se deslocam ao serviço, 21% justificou que deveu-se a natureza do seu trabalho, 8% por falta
de permissão de ausência (ficar em casa ou trabalhar remotamente), 5% por outros motivos,
2% acha que deslocaram-se simplesmente por não significar risco sair de casa, 1% justificaram
ser a única fonte de sustento7 (Gráfico 7). Dos funcionários que deslocaram-se para o serviço
cerca de metade (59%) usou o transporte próprio, 26% usou transporte público, 13% não usou
meio de transporte, 3% usou táxi ou bicicleta8.
Gráfico 7: Distribuição percentual de respondentes que estiveram presentes no trabalho
(N=3770)
4.3. Medidas de prevenção individuais e comunitárias
As medidas de prevenção encontram-se divididas em individuais e comunitárias. As medidas
de prevenção individuais incluem: etiqueta da tosse, lavagem das mãos, distância de segurança,
desinfecção das mãos e uso de máscaras. As medidas comunitárias incluem: presença em locais
de aglomeração (mercados, salão de beleza, ginásio, restaurantes, funerais, igreja, reunião com
mais de 10 pessoas e se usou o transporte público), partilha de loiça com familiares e fora de
casa, viagens e auto-avaliação da adaptação as medidas de prevenção.
7 Vide Tabela 12 em anexo 8 Vide Tabela 13 em anexo
46%
8%
21%
1% 2%5%
9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Presença no
serviço
Falta de
permissão
A natureza de
trabalho
Não trabalha Única forma
de sustento
Outro Não trabalha
13
4.3.1. Medidas individuais
Dentre as medidas de prevenção individuais contra SARS-CoV-2, foram seleccionadas cinco
(5), conforme indica o gráfico abaixo. Mais da metade dos respondentes referiu que cumpre
com as medidas de prevenção individuais. As medidas mais usadas são a etiqueta da tosse
(97%) e lavagem das mãos (96%) e a menos comum é a desinfecção das mãos (68%). Noventa
e quatro porcento dos respondentes afirmou que usa máscara quando sai de casa, e as máscaras
mais usadas são as reutilizáveis (74%)9 (Gráfico 8).
Gráfico 8: Distribuição percentual de respondentes por medidas de prevenção básicas
(N= 3770)
Desagregando por província, os resultados não mostram diferenças acentuadas, sendo que a
etiqueta da tosse e a lavagem das mãos são as medidas mais praticadas pelos respondentes em
todas províncias e a desinfecção das mãos a medida menos comum. Embora sem grande
diferença entre as províncias, os da Cidade de Maputo e Província de Maputo possuem maior
percentagem de respondentes que cumprem com as medidas individuais de prevenção e a
Província de Sofala apresenta a percentagem mais baixa de cumpridores das medidas10
(Gráfico 9).
9 Vide Tabela 14 em anexo 10 Vide Tabela 15 em anexo
97%
96%
94%
87%
68%
Etiqueta da tosse
Lavagem das mãos
Uso de máscaras
Distância de seguranca
Desinfeccão das mãos
14
Gráfico 9: Distribuição percentual de respondentes por medidas de prevenção individual,
desagregado por província (N= 3770)
4.3.2. Medidas comunitárias
Os locais de aglomeração podem ser um grande foco de contágio e propagação daSARS-CoV-
2. Assim, os participantes deste inquérito foram questionados sobre a ida para cada um destes
locais (mercados, salão de beleza, ginásio, restaurantes, funerais, igreja, reunião com mais de
10 pessoas e se usou o transporte público) nos 7 dias anteriores ao inquérito.
Mais de metade (58%) dos respondentes esteve no mercado, 29% usou transporte público, 26%
esteve num salão de beleza e 15% participou de uma reunião com mais de 10 pessoas. O resto
dos locais de aglomeração tiveram uma baixa aderência por parte dos respondentes11 (Gráfico
10).
11 Vide Tabela 16 em anexo
CA
BO
DE
LG
AD
O
GA
ZA
IN
HA
MB
AN
E
MA
NI
CA
MA
PU
TO
PR
OV
MA
PU
TO
CI
DA
DE
NA
MP
UL
A
NI
AS
SA
SO
FA
LA
TE
TE
ZA
MB
ÉZ
IA
90% 95% 95% 93% 95% 95% 88% 92% 92% 95% 92%
84% 89% 89% 88% 87% 89% 82% 82% 79% 86% 88%
100% 96% 96% 99% 97% 96% 95% 98% 94% 95% 97%
99% 98% 98% 95% 97% 96% 93% 97% 97% 98% 96%
60% 48% 61% 59% 72% 75% 66% 59% 61% 59% 57%
Máscara Distanciamento Etiqueta Lavagem Desinfecão
15
Gráfico 10: Distribuição percentual de indivíduos que frequentaram locais de
aglomeração nos 7 dias anteriores ao inquérito (N=3770)
A descrição acima foi feita para cada local de aglomeração. Com excepção de mercados, nota-
se uma baixa presença dos respondentes nos outros locais de aglomeração. Deste modo, com
vista a ter uma maior completude sobre o assunto, fez-se a combinação destas variáveis para
aferir a percentagem de respondentes que esteve em pelo menos um dos locais de aglomeração.
Assim, no geral, 77% dos respondentes esteve em pelo menos um local de aglomeração. Este
padrão mantém-se mesmo com a desagregação por província, onde mais de 70% dos
respondentes em todas as províncias esteve em algum local de aglomeração. A maior
percentagem é da província de Manica e a menor da Cidade de Maputo (Figura 1).
2%
2%
4%
7%
15%
26%
29%
58%
Participacão em cultos religiosos
Frequência de ginásios
Participacão em funerais
Frequência de restaurantes, bares, festas
Participacão em reuniões + 10pessoas
Frequência a salões de beleza
usou transporte
Mercados
16
Figura 1: Distribuição percentual de indivíduos que frequentaram pelo menos um lugar
com aglomeração nos 7 dias anteriores ao inquérito (N=3770)
Os gráficos abaixo mostram a distribuição por faixa etária dos respondentes que estiveram em
pelo menos um local de aglomeração nos sete dias anteriores ao inquérito. Mais da metade dos
respondentes de todas as faixas etárias estiveram em pelo menos um local de aglomeração, e
dentre todos respondentes, os jovens apresentam-se em maior percentagem (62%) e os idosos
em menor percentagem (2%) (Gráfico 11).
17
Gráfico 11: Distribuição percentual de indivíduos que frequentaram pelo menos um lugar
com aglomeração nos 7 dias anteriores ao inquérito, por faixa etária (N=3770)
Quase todo o universo dos respondentes referiu que nos últimos sete dias usou prato ou colher
comum para se alimentar em refeições junto a familiares (98%) e perguntados sobre uso de
pratos e talheres fora de casa, 62% referiu ter usado pratos ou talheres comuns fora de casa.
Mais de três quartos afirmou não ter viajado nos sete dias anteriores ao inquérito. A maioria
afirmou que as pessoas que moram ou convivem com eles adaptaram as recomendações do
governo12 (Gráfico 12).
Gráfico 12: Distribuição percentual de respondentes que viajou, adaptou-se as medidas e
partilhou utensílios comuns com familiares e fora de casa (N=3770)
12 Vide Tabela 17 em anexo
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Jovem Adulto Idoso
80%75%
57%
20% 25%
43%
Sim Não
62%
36%
2%
Jovem Adulto Idoso
98%
62%
85%82%
Prato ou talher comum
(com familiares)
Pratos e talheres
comuns (fora de casa)
Não viajei Adaptaram-se
18
4.4. Saúde individual (auto-avaliação)
Esta secção descreve a auto avaliação que os respondentes fazem da sua saúde. As questões
estão relacionadas com a presença de sintomas de gripe, os hábitos alimentares de
suplementação dos respondentes, doenças crónicas, conhecimento de pessoas diagnosticadas
com COVID-19 e grupos de risco.
Explorando sobre presença de sintomas de gripe nos últimos 7 dias, foi possível encontrar que
a maioria não teve sintomas gripais (76%), apesar disso um número considerável de indivíduos
respondeu ter tido (18%), e perguntados pelo tempo de duração dos sintomas a maioria referiu
de 1 a 3 dias (67%), alguns referiram ter de 4 a 6 dias (17%) e 16% referiu ter tido por 7 ou
mais dias (Tabela 3).
Tabela 3: Descrição de sintomas gripais dos respondentes
Teve sintomas Gripais nos últimos
7 dias
N° %
Não 2882 76,4
Sim 660 17,5
Não sei 228 6,0
Sintomas Gripais por quantos
dias*
1 128 19,4
2 195 29,6
3 119 18,1
4 48 7,3
5 57 8,6
6 10 1,5
7+ 102 15,5
Sintomas estão presents Não Teve Sintomas de Gripe 3110 82,5
Não 375 9,9
Sim 285 7,6
*corresponde a informação dos indivíduos que referiram ter apresentado sintomas de gripe,
em numero de dias que os sintomas duraram.
Quando questionados sobre o consumo de alimentos saudáveis, como frutas e suplementos
vitamínicos; constatou-se que 17% não consome alimentos saudáveis e 74% não consome
suplementos de vitamina frequentemente. Cinco porcento da população do estudo é fumadora
e metade consome bebidas alcoólicas (50%)13 (Gráfico 13).
13 Vide Tabela 18 em anexo
19
Gráfico 13: Distribuição percentual de respondentes por hábitos alimentares, tabagismo
e alcoolismo (N=3770)
Do total dos respondentes que foram questionados sobre possuir ou não doença crónica como
por exemplo, doença cardíaca, asma, diabetes, hipertensão, cancro, HIV/AIDS, tuberculose,
entre outros; 22% refere possuir alguma doença crónica e destes 2% teve problemas para obter
os medicamentos14 (Gráfico 14).
Gráfico 14: Distribuição percentual de respondentes por doença crónica (N=3770)
*corresponde a proporção de indivíduos que responderam ser ou não doentes crónicos ou
então desconhecerem padecer de doença crónica.
14 Vide Tabela 19 em anexo
17%
74%
5%
50%
Não consumiu alimentos saudáveis
Não consumiu suplementos de vitaminas
Fumador
Consome bebidas aloólicas
Não possui doença
crónica, 49%
Não sabe se possui
doença crónica, 29%
Possui doença
crónica, 22%
Possui doença
crónica e passou
por dificuldades,
2%
20
Sete respondentes afirmaram que foram diagnosticados com a SARS-CoV-2/COVID-19. Dois
porcento dos respondentes conhecem ou convivem com pessoas diagnosticadas com esta
doença. Os resultados mostram que 4 das 7 pessoas que auto-reportaram ter SARS-CoV-
2/COVID-19 estiveram em pelo menos um local de aglomeração na semana anterior ao
inquérito (Tabela 4).
Tabela 4: Conhecimento de casos de SARS-CoV-2 (N=3770)
N° %
Conhecimento de pessoas com Covid
Tenho SARS-CoV-2 7 0,2
Alguém que mora comigo tem SARS-CoV-2 11 0,3
Colega de trabalho tem SARS-CoV-2 21 0,6
Conhecido que não mora comigo tem Covid 48 1,3
Vizinho tem SARS-CoV-2 16 0,4
Não conhece alguém com SARS-CoV-2 3685 97,7
Seis porcento dos respondentes referiu que faz parte de um grupo de risco, dentre eles mulher
grávida (2%), mulheres com até dois meses depois do parto (1%) e pessoas com doenças
autoimunes (3%) (Tabela 5).
Tabela 5: Respondentes que pertencem a um grupo de risco (N=3770)
N° %
Grupo de risco
Mulher grávida 90 2,4
Mulher com até 2 meses depois do parto 30 0,8
Pessoas com doenças auto imunes 104 2,8
Nenhum dos grupos 3528 93,6
21
5. Conclusões
Os resultados revelam que a maioria dos respondentes eram jovens (18-34 anos), residentes
na cidade e província de Maputo, em zonas periurbanas e profetizam a religião cristã; tem o
nível superior, são na sua maioria casados e em união de facto, e residem em casas com
vedação, tendo a maioria um emprego formal.
O quotidiano das pessoas ficou condicionado pela pandemia da SARS-CoV-2. Verifica-se que
a maior cumpre com o distanciamento social, mudou de hábitos de convivência, bem como
adequou-se as modalidades de trabalho. Não obstante, existem ainda pessoas que pela natureza
do seu trabalho, situação familiar, económica e sócio-comportamental continuam com seu
padrão de vida normal e outros pautam por uma adesão parcial continuando a expor-se ao risco
de contaminação e propagação.
A luta contra a pandemia da SARS-CoV-2/COVID-19 pressupõe a adopção efectiva de
medidas de prevenção. Neste âmbito, aferiu-se que a maioria das pessoas envereda pelas
medidas de prevenção individual, como por exemplo a lavagem e desinfecção das mãos, a
etiqueta da tosse e o uso de máscaras. No entanto, a eficácia destas medidas passa
necessariamente pelo rigor na sua aplicação combinada.
Quanto a presença das pessoas em locais de aglomeração, tais como mercados, reuniões com
10 ou mais pessoas, funerais, encontros religiosos, transporte público e salões de cabeleireiro,
constatou-se que as pessoas estiveram em pelo menos um local; e de forma geral, as pessoas
frequentam pouco os locais de aglomeração, com excepção dos mercados. A combinação
destes locais mostrou que mais de ¾ das pessoas estiveram em pelo menos um local de
aglomeração, contrastando com as recomendações sobre as medidas de prevenção e elevando
o risco de contágio e propagação da doença. Portanto, mantem-se o desafio de intensificar as
acções de sensibilização e vigilância para maior adesão as medidas de prevenção.
A maioria das pessoas não teve gripe na semana anterior ao inquérito e cerca de ¼ possui
doença crónica. Embora o número reduzido de doentes crónicos tenha tido dificuldades de
aceder a medicação é importante garantir o acesso efectivo e contínuo de medicamento,
tratamento e acompanhamento destes doentes.
22
No geral os indivíduos que responderam a este inquérito aderem a pelo menos uma das medidas
preventivas; contudo, há que reforçar estas medidas dado que uma proporção considerável
continua a frequentar locais públicos como mercados, salões de beleza, reuniões com mais de
10 pessoas e restaurantes ou bares. A recomendação do governo é que as medidas preventivas
sejam adotadas como um todo, assim há necessidade de se reforça a adoção de todas as
medidas.
23
6. Recomendações
Com base nos principais resultados deste estudo, recomenda-se o seguinte:
- Incentivar a adopção de modalidades diferentes e criativas de trabalho, reduzindo a
presença física das pessoas no locais de trabalho e consequente presença nos transportes
públicos de passageiros;
- Reforçar a sensibilização e vigilância para o cumprimento efectivo das medidas de
prevenção em locais com aglomerações, com destaque para os mercados, transportes
públicos, supermercados e eventos fúnebres.
- Intensificar a divulgação e vigilância do cumprimento das medidas de prevenção em
todas as províncias, mesmo as que não registam casos diagnosticados de Covid-19.
- Implementar intervenções comunitárias com vista a disseminar as medidas de
prevenção e observar os comportamentos, práticas e hábitos, garantindo em tempo real
uma promoção de saúde voltada as necessidade das pessoas;
- Intensificar as acções de sensibilização para que todas as pessoas adiram as medidas de
segurança, garantido o rigor e a combinação entre as diferentes medidas;
- Implementar medidas mais rigorosas de modo a reduzir aglomerações, evitando o risco
de contaminação das pessoas;
- Mobilizar mecanismos de garantir alimentos a pessoas que em resultado do
cumprimento das medidas possam enfrentar falta de alimentação básica;
- Traçar medidas para proteger os grupos vulneráveis, como por exemplo doentes auto-
imunes, doentes crónicos, idosos, entre outros;
- Garantir a disponibilidade de medição para doentes crónicos mesmo em período de
pandemia.
24
7. Referências
Decreto Presidencial n.º 11/2020 de 30 de Março. Maputo-Moçambique
Decreto Presidencial n.º 12/2020, de 29 de Abril. Maputo-Moçambique
MISAU (2020). Coronavírus (Covid-19). BOLETIM DIÁRIO COVID-19 Nº64 20 DE MAIO
DE 2020. Maputo
WHO (2020). Novel Coronavirus (2019-nCoV). SITUATION REPORT – 1, 21 JANUARY
2020, Genebra
WHO (2020). Coronavirus disease (COVID-19). Situation Report– 121, 20 May 2020.
Genebra
25
ANEXOS
i
Tabela 6: Descrição da faixa etária dos respondentes (N=3370)
Faixa etária
Faixa etária N° %
Jovem (18-34 anos) 2272 60,3
Adulto (35-59 anos) 1402 37,2
Idoso (60+ anos) 96 2,5
Total 3770 100
Tabela 7: Distribuição de respondentes por contacto físico por aperto de mão ou beijo (N=3770)
Último aperto de mão/beijo
N° %
Entre três a seis dias atras 257 7%
Há dois dias 387 10%
Há mais de uma semana 626 17%
Hoje 281 7%
Nenhum contacto com pessoas externas a minha casa 2219 59%
Total 3770 100
Tabela 8: Distribuição de respondentes por filhos e dificuldade para obter alimentos (N=3770)
Dificuldade de acesso alimentar
N° %
Não 3151 84
Sim 619 16
Total 3770 100
Coabitação com filhos
Sim 2280 60
Não tenho filhos 899 24
Não 591 16
Total 3770 100
ii
Tabela 9: Distribuição respondentes por fontes de informação confiável (N=3770) N° %
Misau 3127 82,9
Televisão 2206 58,5
Presidente da República 1669 44,3
Profissionais de saúde 1607 42,6
Rádio 1078 28,6
Mídia impressa 1076 28,5
Website 591 15,7
Mídia Social 453 12,0
Governador Provincial 390 10,3
Outras 302 8,0
Presidente do Município 314 8,3
Amigos e familiares 256 6,8
Nenhuma fonte 2,5 2,5
* Os respondentes poderiam optar por várias opções de resposta
Tabela 10: Distribuição de respondentes por tipo de ocupação (N=3770)
Tipo de ocupação
N° %
Desempregado 205 5%
Desempregado por causa da pandemia 93 3%
Empresário 102 3%
Estudante 497 13%
Outra 105 3%
Profissional Autónomo 193 5%
Reformado 55 2%
Funcionário(a) do Estado 1261 33%
Trabalhador(a) numa empresa privada 1229 33%
Renda de investimentos/patrimónios 30 8%
iii
Total 3770 100
Tabela 11: Percentagem de respondentes por condição de trabalho (N=3770)
Condições de trabalho
N° % Não se aplica, não trabalho 796 21%
Trabalho em casa 1072 28%
Trabalho em um espaço aberto (mercado, entre outros) 308 8%
Trabalho em um espaço fechado com várias pessoas (supermercados, lojas por exemplo) 694 18%
Total 3770 100
Tabela 12: Distribuição de respondentes que estiveram presentes no trabalho (N=3770) N° %
Motivo de Presença física no trabalho
(Estes Trabalharam em casa) 2395 63%
Falta de permissão 286 8%
A natureza de trabalho 799 21%
Não trabalha 51 1%
Não há risco em sair de casa 7 1%
Única forma de sustento 52 1%
Outro 180 5%
Tabela 13: Meio de transporte usado pelos respondentes que se deslocaram para o local de trabalho
N° %
Meio de transporte
Taxi, carro alugado 33 2,5
Transporte público 348 26,1
Transporte próprio 781 58,6
Caminha (vai a pé) 171 12,8
Total 1333 100
iv
Tabela 14: Descrição das medidas de prevenção individuais (N=3370)
N° %
Uso de máscaras Não 229 6,1
Sim 3541 93,9
Distância de 1,5 metros Não 500 13,3
Sim 3270 86,7
Etiqueta da tosse Não 130 3,4
Sim 3640 96,6
Lavagem das mãos Não 134 3,6
Sim 3636 96,4
Desinfecção das mãos Não 1219 32,3
Sim 2551 67,7
Tabela 15: Descrição das medidas de prevenção desagregado por província
Uso da máscara Distanciamento Etiqueta da tosse Lavagem das mãos Desinfecção
Cabo Delgado Não 7 (10,4) 11 (16,4) 0 (0) 1 (1,5) 27 (40,3)
Sim 60 (89,6) 56 (83,6) 67 (100) 66 (98,5) 40 (59,7)
Total 67 (1000 67 (100) 67 (100) 67 (100) 67 (100)
Gaza Não 11 (5,0) 25 (11,3) 8 (3,6) 5 (2,3) 115 (51,8)
Sim 211 (95,0) 197 (88,7) 214 (96,4) 217 (97,7) 107 (48,2)
Total 222 (100) 222 (100) 222 (100) 222 (100) 222 (100)
Inhambane Não 11 (4,6) 27 (11,3) 10 (4,2) 5 (2,1) 94 (39,3)
Sim 228 (95,4) 212 (88,7) 229 (95,8) 234 (97,9) 145 (60,7)
Total 239 (100) 239 (100) 239 (100) 239 (100) 239 (100)
Manica Não 7 (7,2) 12 (12,4) 1 (1,0) 5 (5,2) 40 (41,2)
Sim 90 (92,8) 85 (87,6) 96 (99,0) 92 (94,8) 57 (58,8)
Total 97 (100) 97 (100) 97 (100) 97 (100) 97 (100)
Maputo Não 56 (4,9) 145 (12,8) 30 (2,6) 34 (3,0) 313 (27,6)
Sim 1077 (95,1) 988 (87,2) 1103 (97,4) 1099 (97,0) 820 (72,4)
Total 1133 (100) 1133 (100) 1133 (100) 1133 (100) 1133 (100)
Maputo (cidade) Não 63 (5,4) 132 (11,4) 43 (3,7) 48 (4,1) 294 (25,3)
Sim 1097 (94,6) 1028 (88,6) 1117 (96,3) 1112 (95,9) 866 (74,7)
Total 1160 (100) 1160 (100) 1160 (100) 1160 (100) 1160 (100)
v
Nampula Não 24 (12,5) 34 (17,7) 10 (5,2) 14 (7,3) 66 (34,4)
Sim 168 (87,5) 158 (82,3) 182 (94,8) 178 (92,7) 126 (65,4)
Total 192 (100) 192 (100) 192 (100) 192 (100) 192 (100)
Niassa Não 9 (7,6) 22 (18,5) 2 (1,7) 4 (3,4) 49 (41,2)
Sim 110 (92,4) 97 (81,5) 117 (98,3) 115 (96,6) 70 (58,8)
Total 119 (100) 119 (100) 119 (100) 119 (100) 119 (100)
Sofala Não 23 (8,5) 57 (21,0) 16 (5,9) 9 (3,3) 107 (39,3)
Sim 249 (91,5) 215 (79,0) 256 (94,1) 263 (96,7) 165 (60,7)
Total 272 (100) 272 (100) 272 (100) 272 (100) 272 (100)
Tete Não 5 (4,8) 15 (14,4) 5 (4,8) 2 (1,9) 43 (41,3)
Sim 99 (95,2) 89 (85,6) 99 (95,2) 102 (98,1) 61 (58,7)
Total 104 (100) 104 (100) 104 (100) 104 (100) 104 (100)
Zambézia Não 13 (7,9) 20 (12,1) 5 (3,0) 7 (4,2) 71 (43)
Sim 152 (92,1) 145 (87,9) 160 (97,0) 158 (95,8) 94 (57,0)
Total 165 (100) 165 (100) 165 (100) 165 (100) 165 (100)
Tabela 16: Descrição da frequência de aglomerados nos últimos 7 dias Reunião com mais de 10 pessoas
N° %
Não 3211 85,2
Sim 559 14,8
Total 3770 100,0
Esteve em restaurantes, bares, boates, festas ou shows nos Não 3506 93,0
Sim 264 7,0
Total 3770 100,0
Reunião de cunho religioso Não 3690 97,9
Sim 80 2,1
Total 3770 100,0
Frequentou um funeral Não 3610 95,8
Sim 160 4,2
Total 3770 100,0
Esteve dentro de um transporte público com mais de cinco pessoas Não 2681 71,1
Sim 1089 28,9
vi
Total 3770 100,0
Frequentou alguma academia de ginástica Não 3713 98,5
Sim 57 1,5
Total 3770 100,0
Frequentou algum salão de beleza, spa ou cabeleireiro Não 2808 74,5
Sim 962 25,5
Total 3770 100,0
Frequentou algum mercado Não 1573 41,7
Sim 2197 58,3
Total 3770 100,0
Tabela 17: Distribuição de respondentes que viajou, adaptou-se as medidas e partilhou utensílios comuns com familiares e fora de casa
nos últimos dias (N=3770) N° %
Que tipo de pratos ou talheres utilizou para se alimentar junto com familiares Prato, talher comum 3707 98,3
Prato, talher descartável 63 1,7
Total 3770 100,0
Que tipo de pratos ou talheres utilizou para se alimentar junto a outras pessoas Não aplicável 1101 29,2
Prato, talher descartável 329 8,7
Pratos, talheres comuns 2340 62,1
Total 3770 100,0
Viajou? Não viajei 3218 85,4
Sim, eu viajei para fora do país 3 ,1
Sim, eu viajei para outra província 168 4,5
viajei para outro distrito da mesma província 381 10,1
Total 3770 100,0
Em uma escala de 1 a 10, indica como as pessoas que moram e convivem contigo
se adaptaram às recomendações do governo: 1= não adaptaram a nenhuma
recomendação a 10= adaptaram totalmente
1 58 1,5
2 44 1,2
3 74 2,0
4 122 3,2
5 333 8,8
6 241 6,4
vii
7 464 12,3
8 901 23,9
9 564 15,0
10 702 18,6
Total 3503 92,9
Sistema 267 7,1
Total 3770 100
Tabela 18: Distribuição percentual de respondentes por hábitos alimentares, tabagismo e alcoolismo (N=3770)
N° %
Consome alimentos mais saudáveis, como frutas e vegetais, desde o início da pandemia? Não 641 17,0
Sim 3129 83,0
Total 3770 100,0
Consome com mais frequência, vitaminas e sais minerais (em comprimidos ou xarope)? Não 2798 74,2
Sim 972 25,8
Total 3770 100,0
É Fumador Não 3565 94,6
Sim 205 5,4
Total 3770 100,0
Consome bebidas alcoólicas Não 1867 49,5
Sim 1903 50,5
Total 3770 100,0
Tabela 19: Distribuição percentual de respondentes por doença crónica (N=3770)
N° %
Possui alguma doença crónica (por exemplo, doença cardíaca, asma, diabetes, hipertensão, cancro, HIV/AIDS, tuberculose, entre outros)?
Não 1846 49,0
Não 1091 28,9
Sim 833 22,1
Total 3770 100,0
Passou por dificuldades para obter seus medicamentos desde o momento em que a epidemia iniciou? Sim 90 2,4