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Direito à Cultura

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DireitoS CulturaiS No BraSil

Ícaro Vasques Inchauspe1

reSumo

O breve artigo visa observar e compreender o contexto e a trajetória das políticas culturais enquanto direitos culturais no Brasil. Atenta para aspectos importantes da história relacionada à cultura como direito, na perspectiva de verificar como foram pensadas e elaboradas as políticas culturais, e de que forma ocorreram as transformações nos processos políticos, econômicos, governamentais e sociais, propondo a reflexão do estudo, e um breve panorama dos resultados alcançados na efetivação das políticas culturais nos dias de hoje.

Palavras-Chave: cultura, direitos culturais, políticas culturais.

aBStraCt

This brief article aims to reflect and better understand the context and history of cultural policies as cultural rights in Brazil. Situating important aspects of history related to culture as a right, in order to check how cultural policies were conceived and developed, and how the changes occurred in the political, governmental and social processes through the aimed historical period. Then, proposing the study of reflection, and a brief overview of the results achieved in the execution of cultural policies today.

Keywords: culture, cultural rights, cultural policies.

1 Graduando em Bacharelado de Produção e Política Cultural da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA. Email: [email protected].

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iNtroDuÇÃo

Este breve trabalho tem o objetivo de expor algumas transformações que o termo “cultura” através de seus significados e variações vem sofrendo modificações em torno da sociedade para a sua conquista de fato como direitos culturais através dos direitos humanos.

O escopo desse pensamento percorrerá desde sua concepção primária de cultura até os tempos atuais, luta dos movimentos contra hegemônicos, em tempos de globalização, chegando até a realidade em que estamos inseridos e de que forma é pensada e articulada a cultura como direito social na legislação brasileira.

Pensar a cultura desde seus conceitos e significados históricos, tendo em vista como atividade social que institui um objeto de símbolos e significados de valores, comportamentos e práticas, acrescentando que há campos culturais diferenciados no interior da sociedade, em decorrência da divisão social das classes e da pluralidade de grupos e movimentos sociais.

De forma que é preciso entender e interpretar a relação entre o Estado e a cultura, como e de que forma se manifestaram na sociedade através de condições, práticas políticas e sistemas econômicos, como elementos integrantes da cultura, isto é, como uma das maneiras pelas quais, em condições históricas determinadas e sob os imperativos da divisão social das classes, uma sociedade cria para si própria os símbolos, os signos e as imagens do poder.

O direito à participação nas decisões de política cultural é o direito dos cidadãos intervirem na definição de diretrizes culturais, a fim de garantir tanto o acesso quanto a produção cultural pela sociedade. Trata-se de uma política cultural definida pela ideia de cidadania cultural, onde a cultura se realiza como direito de todos os cidadãos, para que possam manifestar-se e trabalhar nas práticas e ações no que tange ao exercício do direito à cultura, como sujeitos sociais que podem entrar em contato, através da interação, troca de experiências, conflitos, para que possam criar e descontruir todo o processo cultural.

uNiVerSo Da Cultura: SiStema De SiGNiCaDoS

Inicia-se então uma reflexão histórica sobre o termo cultura, originário do latim, que remete ao significado do cultivo e cuidado com plantas e animais. O antropólogo francês Denys Cuche (1999), transcrevendo a evolução do termo, afirma que este adquire um sentido figurado no qual representa uma ação que serve para desenvolver uma faculdade ou realização de potencialidades. Desta maneira, aproxima-se do pensamento no século XVIII, através da revolução iluminista, quando se associa com as ideias de progresso e razão.

Seguindo o mesmo raciocínio, a filósofa Marilena Chauí (2008) defende que cultura, neste

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momento, deve assemelhar-se a civilização e progresso. Chauí (2008) cita que as sociedades passam a ser medidas e comparadas pelo seu grau de civilização, determinado pelas suas práticas culturais.

A cultura torna-se medida e critério para hierarquizar as sociedades, afirma ainda Chauí (2008), e a referência padrão é o modelo ocidente capitalista. O padrão dominante é formado pelo seu modo de organizar a economia por meio da supremacia dos mercados, das relações salariais e das trocas mercantis e pelo modelo estruturado do conhecimento adotado pelas sociedades ocidentais; às demais, restou a denominação de “sociedades primitivas. (CHAUÍ, 2008, p.55).

Conforme Cristina Amélia Pereira de Carvalho, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e pesquisadora do Observatório da Realidade Organizacional, no Pará, cujo foco de interesse de pesquisa são as mudanças no universo da cultura e das organizações culturais, trata-se de uma clara construção etnocêntrica das ideias, na qual se forma uma hierarquia das nações e dos povos classificados em estágios “avançados” e “primitivos”. Estes últimos estariam dispostos a desenvolver esforços para alcançar aqueles. Ainda assim, Cuche (1999), sustenta que o termo cultura é empregado no singular para indicar o caráter universalista da ideologia iluminista, que o aproxima de “civilização”.

Diante disso, percebe-se que a cultura é uma grande disputa de significados entendendo o termo civilização como ponto de partida inicial para a possibilidade de conquista dos direitos culturais. Tanto a sua apropriação por diferentes áreas da ciência como a popularização de seu uso resultam em diferentes definições e propósitos. No Brasil, apontam Sophia Cardoso (2012) e Ana Lúcia Aragão (2012), ao entender que

Os direitos culturais podem ser elencados como aqueles que dizem respeito à valorização e proteção do patrimônio cultural; à produção, promoção, difusão e acesso democrático aos bens culturais, à proteção dos direitos autorais e à valorização da diversidade cultural. Direitos que exigem um protagonismo por parte do Estado, eles estão intrinsecamente relacionados à consolidação da democracia, ideais de cidadania plena e fator de desenvolvimento. (CARDOSO, ARAGÃO, 2011, p.1).

Compreendendo a cultura como um grande potencial de desenvolvimento humano, através de suas especificidades individuais e coletivas, os direitos culturais entraram na agenda internacional, especialmente, através da iniciativa das Nações Unidas (ONU).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de 1948, concebido pós-guerra e marco direto da internacionalização desses direitos, descrito no artigo 22, diz que “todo ser humano, como membro da sociedade, deve ter assegurados, os direitos culturais, considerados indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade”. Já o artigo 27 “enfatiza o direito das pessoas de participar e fruir dos benefícios da cultura”.

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Em 1996, sob a coordenação da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foi realizado o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, correspondente aos desdobramentos do DUDH. No processo de implementação mundial dos direitos culturais, foi adotada pela UNESCO, em 2001, a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural.

Segundo Cavalcante (2011), nesse momento, certifica-se o direito das pessoas pertencentes às minorias a fruir da livre expressão cultural. O direito à participação na vida cultural situa-se historicamente no contexto emergente dos Estados social-democráticos. De forma que pode ser incluído entre os direitos conquistados pelo movimento operário em suas lutas por mais igualdade. Nos termos em que foi formulado, fica nítida a preocupação com a universalização do acesso aos bens culturais, até então restrito às classes elitistas ou privilegiadas.

PolÍtiCaS CulturaiS No BraSil

Para entender os direitos culturais e os direitos humanos no Brasil, faz-se necessário contextualizar o percurso e trajetória de aspectos importantes da história relacionada à cultura, como a formação e construção dos direitos culturais, a partir dos direitos humanos. De que forma a cultura foi pensada através das mais diversas ideologias políticas e suas relações entre Estado e sociedade?

Inicia-se em 1933, na Era Vargas, um governo, segundo Carvalho (2015) autoritário e populista que faz das massas sua base de sustentação, enquanto se estabelece um corporativismo de Estado classista, em cujos conselhos de decisão política apenas os empresários tinham o poder de decisão. O papel da cultura nesse momento é de extrema importância, pois tem o seu objetivo no plano ideológico/simbológico, com a finalidade de legitimar o projeto nacional de regime. Segundo Doria (2007), forma-se uma estrutura institucional de promoção de políticas públicas para a cultura.

Há a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e diversos institutos nacionais para as artes. O cinema foi muito utilizado através de propagandas, com a exibição da identidade nacional ajustada ao gosto do Estado, centralizador e articulador, pela definição dos valores culturais da sociedade.

Em 1955, chega-se ao governo de Juscelino Kubitschek, implantando-se uma política econômica liberal sobre forte influência estadunidense no país. Seu governo foi conhecido popularmente como nacional-desenvolvimentista, cuja meta associa-se a programa de desenvolvimento econômico pelo crescimento da industrialização e da infraestrutura.

João Goulart, em 1961, procurou implementar políticas de avanço social, com reformas de

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base, entre elas, agrária, política, educacional, entre outras. Na cultura, são criadas estruturas públicas, como o Departamento de Assuntos Culturais do Ministério da Educação (MEC), centralizando os assuntos culturais e artísticos, de forma incluí-los nas políticas de governo.

Após o golpe de estado no governo de João Goulart, no período da ditadura-civil militar (1964-1985), através da forte repressão do Estado à sociedade por governos autoritários, de certo modo, as políticas culturais foram se modificando e operando de forma centralizada. Após o declínio da ditadura civil-militar, a década é marcada por forte movimentação da sociedade civil que abre espaço para um novo sistema político-social, a democracia.

Neste momento, através do texto constitucional de 1988, são reformuladas as noções de cultura, abrangendo e inserindo a memória dos grupos sociais. A Constituição Federal de 1988 foi igualmente um marco nas estruturas de representação, ao diversificar e pluralizar a representação dos interesses e garantir a participação direta dos cidadãos conforme Carvalho, Gameiro e Goulart (2008) e ainda conforme Tapia (2004) e Almeida (2004).

A partir dos anos 80 inicia-se uma nova concepção econômica neoliberal, descendente do período ditatorial na cultura, marcada pela intermediação dos mecanismos de fomento privado facilitados pelas leis de incentivo fiscal, detentores do capital de mercado.

Somente em 2003, com um governo dito progressista pensando a diversidade cultural enquanto a principal marca da identidade nacional, há a criação de mecanismos inclusivos e a participação da sociedade civil, com a criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), em 2012, nas esferas estaduais e municipais e a criação de conselhos de políticas culturais nas esferas da união, estados e município, com plena autonomia para definir as prioridades para o controle e o acompanhamento das ações.

Outra grande ação de inclusão é o Programa Cultura Viva, criado pelo Ministério da Cultura em 2004. No dia 22 de julho de 2014, foi sancionada a Lei 13.018, Lei Cultura Viva que transforma o Programa Nacional de Promoção da Cidadania e da Diversidade Cultural – Cultura Viva – em uma Política de Estado Brasileiro, dando perenidade as ações do programa, independente das alternâncias de gestão na administração pública:

Art. 2º: [...] promover o acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural;

[...] estimular a exploração, o uso e a apropriação dos códigos, linguagens artísticas e espaços públicos e privados que possam ser disponibilizados para a ação cultural.

De acordo com a Portaria 156/2004, o Cultura Viva deve ser viabilizado através de publicações de editais dirigidos para organizações privadas sem fins lucrativos e entidades públicas e a sua

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execução deve acontecer através de projetos e ações. Indica, também, que tem como público “populações de baixa renda; estudantes da rede básica de ensino; comunidades indígenas, rurais e quilombolas; agentes culturais, artistas, professores e militantes que desenvolvam ações no combate à exclusão social e cultural. ” (Art. 3º).

A partir dessas definições, percebe-se que o Programa está voltado ao âmbito da inclusão cultural e social:

[...] apoia, valoriza e dinamiza as culturas tradicionais e comunitárias, promovendo também sua articulação com meios modernos e tecnológicos de produção e difusão cultural [...]. Visa garantir os direitos culturais e construir a democracia cultural. Atua no estímulo a circuitos cujos agentes culturais principais são associações periféricas e comunitárias que, sem política deste tipo, não ganhariam visibilidade nem receberiam apoio público. (BARBOSA; ARAÚJO; IPEA, 2010, p. 12-14).

CoNSiDeraÇÕeS FiNaiS

As modificações da cultura no sistema político são percebidas, mediante as formulações de políticas públicas de cultura centralizadas, para a democratização do acesso e participação da sociedade civil na gestão pública contemporânea que visa o individual, coletivo e minorias, através de mecanismos dinâmicos assegurados na legislatura brasileira.

De forma que os processos sociais transformaram-se ao decorrer do tempo, passando do Estado como “detentor autoritário” da produção da cultura hegemônica para interlocutor e mediador com a finalidade de potencializar e promover a multiculturalidade, com o objetivo de criar condições de acesso, produção, difusão, preservação e livre circulação; regulando as economias da cultura para evitar monopólios, exclusões e ações predatórias que antecederam a democratização do acesso aos bens e serviços culturais e assegurando o direito a participação da sociedade civil nas decisões sobre políticas culturais.

A cultura nunca foi tratada como objeto propulsor e disseminador das práticas de cidadania cultural, enquanto elemento de transformação e inclusivo na sociedade, através da participação da sociedade civil na tomada de decisão em suas ações e, mais além, propiciando desenvolvimento político, social e econômico através da pluralidade cultural garantidos na legislação, enquanto direitos culturais subsequentes aos direitos humanos.

No atual momento, entende-se que este é um processo social de desenvolvimento humano, a fim de propiciar a construção do indivíduo, enquanto liberdade de criação, fruição e acesso a bens culturais como formas de expressão que, fazendo parte da rotina dessas pessoas, organiza-se em um processo mútuo entre direitos culturais, no qual estão inseridos atores individuais e coletivos, diversidade cultural, recurso sistêmico, e o capital, entendido por suas capacidades adquiridas.

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reFerÊNCiaS BiBlioGrÁFiCaS

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