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Direito administrativo - 11ed · 03/12/2012 · Atos negociais 7.4. Atos enunciativos 7.5. Atos punitivos 8. FORMAÇÃO E EFEITOS. 8.1. Perfeição 8.2. Validade 8.3. Eficácia 8.4

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  • ISBN 978-85-472-1916-1

    Marinela, FernandaDireito administrativo / Fernanda Marinela. 11. ed. So Paulo : Saraiva, 2017.1. Direito administrativo 2. Direito administrativo - Concursos - Brasil I. Ttulo.16-1586 CDU 35

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Direito administrativo 35

    Presidente Eduardo Mufarej

    Vice-presidente Claudio Lensing

    Diretora editorial Flvia Alves Bravin

    Conselho editorial

    Presidente Carlos Ragazzo

    Gerente de aquisio Roberta Densa

    Consultor acadmico Murilo Angeli

    Gerente de concursos Roberto Navarro

    Gerente editorial Thas de Camargo Rodrigues

    Edio Liana Ganiko Brito Catenacci

    Produo editorial Maria Izabel B. B. Bressan (coord.) | Carolina Massanhi | Claudirene de Moura S. Silva | Ceclia Devus| Daniele Debora de Souza | Denise Pisaneschi | Ivani Aparecida Martins Cazarim | Ivone Rufino Calabria | Willians

    Calazans de V. de MeloClarissa Boraschi Maria (coord.) | Kelli Priscila Pinto | Marlia Cordeiro | Mnica Landi | Tatiana dos Santos Romo | Tiago

    Dela Rosa

    Diagramao (Livro Fsico) Microart Design Editorial

    Reviso Microart Design Editorial

    Comunicao e MKT Elaine Cristina da Silva

    Capa Casa de Ideias

  • Livro digital (E-pub)

    Produo do e-pub Guilherme Henrique Martins Salvador

    Servios editoriais Surane Vellenich

    Data de fechamento da edio: 9-1-2017

    Dvidas?

    Acesse www.editorasaraiva.com.br/direito

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva.A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

    http://www.editorasaraiva.com.br/direito

  • Este livro dedicado ao meu sobrinho Joaquim Santos Pessoa de Andrade (in memoriam), exemplo de inocncia

    aliada persistncia, de fragilidade unida fora interior, de sorriso aliado coragem, e de alegria na adversidade. A sua

    companhia foi curta, mas as suas lies foram profundas e a sua presena ser eterna. Obrigada por me permitir conhec-

    lo, am-lo e admir-lo.

  • Ainda que eu falasse as lnguas dos homens e dos anjos, e no tivesse

    amor, seria como o metal que soa ou como o cmbalo que retine.

    E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistrios

    e toda a cincia, e ainda que tivesse toda f, de maneira tal que

    transportasse os montes, e no tivesse amor, nada seria.

    E ainda que distribusse todos os meus bens para sustento dos pobres,

    e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e no

    tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

    O amor sofredor, benigno; o amor no invejoso; o amor no se

    vangloria, no se ensoberbece, no se porta inconvenientemente, no

    busca os seus prprios interesses, no se irrita, no suspeita mal, no

    se regozija com a injustia, mas se regozija com a verdade;

    tudo sofre, tudo cr, tudo espera, tudo suporta.

    1 Corntios 13.1 a 7

  • Sumrio

    Sobre a Autora

    Apresentao

    Nota Dcima Primeira Edio

    Nota Dcima Edio

    Nota Nona Edio

    Nota Oitava Edio

    Nota Stima Edio

    Captulo 1 - Noes Preliminares

    1. DIREITO

    2. DIREITO ADMINISTRATIVO

    2.1. Conceito

    2.2. Relao com outros ramos do Direito

    2.3. Fontes do Direito Administrativo

    2.4. Codificao do Direito Administrativo

    2.5. Interpretao de regras do Direito Administrativo

    2.6. Evoluo histrica do Direito Administrativo

    2.7. Sistemas administrativos

    3. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAO PBLICA

  • 3.1. Estado

    3.1.1. Poderes e funes do Estado

    3.1.2. Organizao do Estado

    3.2. Governo

    3.3. Administrao Pblica

    4. ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

    5. QUADRO SINPTICO

    Captulo 2 - Regime Jurdico Administrativo

    1. CONCEITO DE REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO

    2. DISTINO ENTRE PRINCPIOS E REGRAS

    3. PRINCPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    3.1. Princpio da supremacia do interesse pblico

    3.2. Princpio da indisponibilidade do interesse pblico

    3.2.1. Conceito de interesse pblico

    3.3. Princpio da legalidade

    3.4. Princpio da impessoalidade

    3.5. Princpio da finalidade

    3.6. Princpio da moralidade

    3.7. Princpio da publicidade

    3.8. Princpio da eficincia

    3.9. Princpio da isonomia

    3.10. Princpio do contraditrio

    3.11. Princpio da ampla defesa

  • 3.12. Princpio da razoabilidade

    3.13. Princpio da proporcionalidade

    3.14. Princpio da continuidade

    3.15. Princpio da autotutela

    3.16. Princpio da especialidade

    3.17. Princpio da presuno de legitimidade

    3.18. Princpio da motivao

    3.19. Princpio da segurana jurdica

    4. A INOBSERVNCIA DE UM PRINCPIO

    5. QUADRO SINPTICO

    6. SMULAS CORRELATAS

    6.1. STF Smulas Vinculantes

    6.2. Smulas STF

    6.3. Smulas STJ

    7. decises interessantes

    Captulo 3 - Organizao da Administrao

    1. ADMINISTRAO PBLICA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

    1.1. Princpios fundamentais da Administrao Pblica Federal

    1.2. A manifestao de vontade da pessoa jurdica teorias sobre as relaescom seus agentes

    2. FORMAS DE PRESTAO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

    2.1. Formas de descentralizao

    3. RGOS PBLICOS

    3.1. Principais caractersticas

  • 3.2. Classificao

    4. ADMINISTRAO DIRETA

    5. ADMINISTRAO INDIRETA

    5.1. Caractersticas gerais

    5.2. Autarquias

    5.2.1. Conceito e outras consideraes

    5.2.2. Regime jurdico

    5.2.3. Autarquias profissionais

    5.2.4. Autarquias territoriais

    5.2.5. Autarquias de regime especial

    5.3. Agncias reguladoras

    5.3.1. Conceito e funo

    5.3.2. Espcies de agncias

    5.3.3. Regime especial

    5.3.4. Caractersticas

    5.4. Fundao pblica

    5.4.1. Conceito

    5.4.2. Natureza jurdica

    5.4.3. Fundao pblica de direito pblico

    5.4.4. Fundao pblica de direito privado

    5.5. Agncias executivas

    5.6. Empresas estatais

    5.6.1. Conceitos

    5.6.2. Finalidades

  • 5.6.3. Regime jurdico

    5.6.4. Principais semelhanas e diferenas entre as empresas pblicas e associedades de economia mista

    6. QUADRO SINPTICO

    7. SMULAS CORRELATAS

    7.1. STF Smulas Vinculantes

    7.2. Smulas do STF

    7.3. Smulas do STJ

    8. decises interessantes

    Captulo 4 - Terceiro Setor

    1. SETORES DA ECONOMIA NACIONAL

    2. ENTES DE COOPERAO

    2.1. Servios sociais autnomos

    2.2. Entidades de apoio

    2.3. Organizaes sociais

    2.4. Organizaes da sociedade civil de interesse pblico

    2.4.1. Semelhanas e distines entre OS e Oscip

    2.5. Organizao da sociedade civil

    3. PARCERIAS COM PODER PBLICO MARCO REGULATRIO

    3.1. Histrico e conceito

    3.2. Organizao da sociedade civil

    3.3. Dos impedimentos e vedaes (arts. 39 a 41)

    3.4. Formalizao

    3.4.1. Seleo

  • 3.4.1.1. Procedimento de manifestao de interesse pblico

    3.4.1.2. Chamamento pblico

    3.4.2. Novos instrumentos termo de colaborao, termo de fomento eacordos de cooperao

    3.5. Medidas para execuo e eficincia da parceria

    3.5.1. Planejamento

    3.5.2. Regras para execuo

    3.5.3. Monitoramento e avaliao

    3.5.4. Prestao de contas

    3.6. Responsabilidades e sanes

    4. QUADRO SINPTICO

    5. SMULAS CORRELATAS

    5.1. Smulas do STF

    5.2. Smulas do STJ

    6. decises interessantes

    Captulo 5 - Poderes da Administrao e dos Administradores

    1. CONCEITO

    2. CARACTERSTICAS

    3. PODER VINCULADO E PODER DISCRICIONRIO

    4. PODER REGULAMENTAR

    4.1. Consideraes sobre atos normativos, leis e regulamentos

    4.2. Tipos de regulamento

    4.3. Controle dos atos administrativos

    5. PODER HIERRQUICO

  • 6. PODER DISCIPLINAR

    7. PODER DE POLCIA

    7.1. Conceito

    7.2. A expresso poder de polcia

    7.3. Fundamento e essncia do poder de polcia

    7.4. Atos por meio dos quais se expressa o poder de polcia

    7.5. Delegao dos atos de polcia

    7.6. Atributos do poder de polcia

    7.7. Poder de polcia e o princpio da proporcionalidade

    7.8. Controle dos atos de polcia

    7.9. Setores da polcia administrativa

    7.10. Polcia administrativa e polcia judiciria

    8. PODERES E DEVERES DO ADMINISTRADOR PBLICO

    8.1. Deveres do administrador

    8.2. Uso e abuso de poder

    8.3. Formas de abuso de poder

    8.4. Abuso de poder e legalidade

    9. QUADRO SINPTICO

    10. SMULAS CORRELATAS

    10.1. STF Smulas Vinculantes

    10.2. Smulas STF

    10.3. Smulas STJ

    11. decises interessantes

  • Captulo 6 - Ato Administrativo

    1. INTRODUO E CONCEITO

    1.1. Ato e fato jurdico

    1.2. Ato da administrao e ato administrativo

    1.3. Conceito de ato administrativo

    2. VINCULAO E DISCRICIONARIEDADE

    3. ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

    3.1. Sujeito competente

    3.1.1. Principais regras

    3.2. Forma

    3.2.1. Princpio da solenidade

    3.2.2. Silncio administrativo

    3.2.3. Vcio na forma

    3.3. Motivo

    3.3.1. Legalidade do motivo

    3.3.2. Principais distines

    3.3.3. Teoria dos motivos determinantes

    3.4. Objeto

    3.4.1. Requisitos de validade

    3.4.2. Discricionariedade e vinculao

    3.5. Finalidade

    3.5.1. Distines: motivo, objeto e finalidade

    3.6. Quadro comparativo

    4. MRITO ADMINISTRATIVO

  • 4.1. Possibilidade de controle pelo Poder Judicirio

    5. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

    5.1. Presuno de legitimidade, legalidade e de veracidade

    5.2. Autoexecutoriedade

    5.3. Imperatividade

    5.4. Tipicidade

    6. CLASSIFICAO

    6.1. Quanto aos destinatrios

    6.2. Quanto ao alcance

    6.3. Quanto manifestao de vontade

    6.4. Quanto ao grau de liberdade

    6.5. Quanto ao objeto

    6.6. Quanto formao

    6.7. Quanto estrutura do ato

    6.8. Quanto aos efeitos

    6.9. Quanto aos resultados na esfera jurdica

    6.10. Quanto situao jurdica que criam

    7. MODALIDADES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

    7.1. Atos normativos

    7.2. Atos ordinatrios

    7.3. Atos negociais

    7.4. Atos enunciativos

    7.5. Atos punitivos

    8. FORMAO E EFEITOS

  • 8.1. Perfeio

    8.2. Validade

    8.3. Eficcia

    8.4. Possveis combinaes

    9. EXTINO DO ATO ADMINISTRATIVO

    9.1. Formas de extino

    9.2. Invalidao

    9.2.1. Formas de invalidao

    9.2.2. Anulao

    9.2.3. Convalidao e sanatria

    9.2.4. Estabilizao de efeitos

    9.2.5. Possveis vcios do ato administrativo

    9.3. Revogao

    9.4. Coisa julgada administrativa

    10. QUADRO SINPTICO

    11. SMULAS CORRELATAS

    11.1. STF Smulas Vinculantes

    11.2. Smulas STF

    11.3. Smulas STJ

    12. decises interessantes

    Captulo 7 - Licitao

    1. CONCEITO E FINALIDaDES

    2. COMPETNCIA PARA LEGISLAR

  • 3. SUJEITOS LICITAO

    4. PRINCPIOS BSICOS

    5. CONTRATAO DIRETA DISPENSA E INEXIGIBILIDADE

    5.1. Inexigibilidade

    5.1.1. Pressupostos para a realizao da licitao

    5.1.2. Objeto licitvel e a pluralidade

    5.1.2.1. Bem singular

    5.1.2.2. Servios singulares

    5.1.2.3. Hipteses legais de inexigibilidade

    5.2. Dispensa de licitao

    5.2.1. Licitao dispensada

    5.2.2. Licitao dispensvel

    5.3. Imperfeies

    6. REGISTROS DE PREOS

    7. REGISTROS CADASTRAIS

    8. MODALIDADES

    8.1. Concorrncia

    8.2. Tomada de preos

    8.3. Convite

    8.4. Concurso

    8.5. Leilo

    8.6. Prego

    8.6.1. Prego eletrnico

    8.7. Outras modalidades

  • 9. ALGUMAS LICITAES

    9.1. Licitaes de grande vulto e alta complexidade tcnica

    9.2. Licitaes internas e internacionais

    9.3. Licitaes das microempresas e empresas de pequeno porte

    9.4. Licitao para contratao de servio de publicidade

    9.5. Regime Diferenciado de Contrataes (RDC)

    9.6. Licitaes nas empresas pblicas e sociedades de economia mista (Lei n.13.303/2016)

    10. COMISSES DE LICITAO

    11. PROCEDIMENTO

    11.1. Procedimento da concorrncia

    11.1.1. Fase interna

    11.1.2. Fase externa

    11.2. Procedimento para tomada de preos

    11.3. Procedimento para convite

    11.4. Procedimento para concurso

    11.5. Procedimento para leilo

    11.6. Procedimento para prego

    11.7. Procedimento do prego eletrnico

    11.7.1. Fase interna

    11.7.2. Fase externa

    12. RECURSOS

    13. QUADRO SINPTICO

    14. SMULAS CORRELATAS

  • 14.1. Smulas STF

    14.2. Smula STJ

    15. decises interessantes

    Captulo 8 - Contratos Administrativos

    1. CONCEITO

    2. CARACTERSTICAS

    3. FORMALISMO

    4. CLUSULAS NECESSRIAS

    5. GARANTIA

    6. DURAO DO CONTRATO

    7. PAGAMENTOS DEVIDOS AO CONTRATADO

    8. CLuSULAS EXORBITANTES

    9. ALTERAO CONTRATUAL

    9.1. Teoria da impreviso

    10. RESPONSABILIDADES

    11. REGRAS PARA ENTREGA DO OBJETO DO CONTRATO

    12. FORMAS DE EXTINO

    13. SANES

    14. RESPONSABILIZAO CRIMINAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA

    15. CONTRATOS EM ESPCIE

    15.1. Contratos propriamente ditos

    15.2. Contrato de concesso

    15.3. Contrato de permisso de servio pblico

  • 15.4. Contrato de gesto

    16. CONVNIOS E CONSRCIOS

    17. CONSRCIOS PBLICOS

    18. Contratos nas empresas pblicas e sociedades de economia mista

    19. QUADRO SINPTICO

    20. SMULAS CORRELATAS

    20.1. Smulas STF

    20.2. Smulas STJ

    21. decises interessantes

    Captulo 9 - Servios Pblicos

    1. CONCEITO E ELEMENTOS DEFINIDORES

    2. PRINCPIOS

    2.1. Princpio da continuidade

    2.1.1. Instrumentos para garantir a continuidade

    2.1.2. Possibilidades de interrupo do servio

    3. DETERMINAO CONSTITUCIONAL

    4. CLASSIFICAO

    5. DELEGAO DO SERVIO PBLICO

    5.1. Concesso comum de servio pblico

    5.1.1. Fundamento legal

    5.1.2. Conceito

    5.1.3. Poder concedente

    5.1.3.1. Direitos e obrigaes do poder concedente

  • 5.1.4. O concessionrio

    5.1.4.1. Direitos e obrigaes do concessionrio

    5.1.5. Direitos e obrigaes do usurio

    5.1.6. Natureza jurdica

    5.1.7. Distines

    5.1.8. Formalidades da concesso

    5.1.8.1. Procedimento licitatrio

    5.1.8.2. Contrato de concesso

    5.1.8.3. Possibilidades de transferncia

    5.1.9. A remunerao e a poltica tarifria

    5.1.10. Formas de extino

    5.2. Parcerias do Poder Pblico com os particulares

    5.2.1. Conceito

    5.2.2. Legislao

    5.2.3. Objetivos

    5.2.4. Modalidades

    5.2.5. Caractersticas

    5.2.6. Diretrizes

    5.2.7. Formalizao da concesso especial

    5.2.7.1. Procedimento licitatrio

    5.2.7.2. Contrato de concesso especial

    5.2.7.3. Sociedade de propsito especfico

    5.2.8. Concesses especiais para o mbito federal

    5.3. Permisso de servio pblico

  • 5.3.1. Conceito e requisitos

    5.3.2. A precariedade e a formalizao

    5.3.3. Principais diferenas

    5.4. Autorizao de servio pblico

    6. QUADRO SINPTICO480

    7. SMULAS CORRELATAS

    7.1. STF Smulas Vinculantes

    7.2. Smulas STF

    7.3. Smulas STJ

    8. decises interessantes

    Captulo 10 - Agentes Pblicos

    1. CONCEITO

    2. CLASSIFICAO

    2.1. Agentes polticos

    2.2. Servidores estatais

    2.2.1. Servidores pblicos

    2.2.1.1. Regime jurdico dos servidores pblicos

    2.2.2. Servidores de entes governamentais de direito privado

    2.3. Particulares em colaborao com a administrao

    3. ORGANIZAO FUNCIONAL

    3.1. Conceitos

    3.1.1. Cargo pblico

    3.1.2. Funo pblica

  • 3.1.2.1. Cargo em comisso e funo de confiana: distino

    3.1.3. Emprego pblico

    3.1.4. Contrato temporrio

    3.2. Cargo pblico regras gerais

    3.2.1. Classificao

    3.2.2. Provimento

    3.2.3. Nomeao, posse e exerccio

    3.2.4. Formas de deslocamento

    3.2.5. Vacncia

    3.2.6. Desinvestidura exonerao e demisso

    4. REGRAS CONSTITUCIONAIS

    4.1. Acessibilidade

    4.2. Concurso pblico

    4.2.1. Excees ao concurso pblico

    4.2.2. Requisitos para concurso

    4.2.3. Publicidade

    4.2.4. Mudana no edital de concurso

    4.2.5. Prazo de validade

    4.2.6. Direito nomeao

    4.2.7. Realizao de novo concurso pblico

    4.2.8. Concurso pblico e a possibilidade de controle

    4.2.9. Nulidades da nomeao e da investidura teoria do fato consumado

    4.2.10. Contratao irregular consequncias

    4.3. Competncia para julgamento das aes

  • 4.4. Contratao temporria

    4.5. Estabilidade

    4.5.1. Conceitos: estabilidade, efetividade e vitaliciedade

    4.5.2. Estabilidade e o texto constitucional

    4.5.2.1. Estabilidade nas pessoas jurdicas de direito pblico

    4.5.2.2. Estabilidade nas pessoas jurdicas de direito privado

    4.5.2.3. Estabilidade em resumo

    4.5.3. Estabilidade e dispensa

    4.5.4. Estgio probatrio

    4.6. Direito de greve

    4.7. Direito sindicalizao

    4.8. Acumulao

    4.9. Sistema remuneratrio

    4.9.1. Modalidades remuneratrias

    4.9.2. Regras para fixao da remunerao

    4.9.3. Reviso remuneratria

    4.9.4. Teto remuneratrio

    4.9.5. Princpio da irredutibilidade

    4.9.6. Princpio da isonomia

    4.9.7. Proibio de vinculao e equiparao

    4.9.8. Pagamentos em atraso

    4.10. Direitos sociais

    4.11. Limite de despesas com pessoal

    4.12. Aposentadoria

  • 4.12.1. Conceitos fundamentais premissas

    4.12.2. Histrico da aposentadoria as diversas emendas constitucionais esuas mudanas

    4.12.3. Modalidades

    4.12.4. Princpio da integralidade

    4.12.5. Princpio da paridade

    4.12.6. Teto de proventos e regime complementar

    4.12.7. Contribuio dos inativos e pensionistas

    4.12.8. Cenrio atual

    5. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES ESTATUTRIOS

    6. DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS SERVIDORES ESTATUTRIOS

    7. QUADRO SINPTICO

    8. SMULAS CORRELATAS

    8.1. Smulas Vinculantes

    8.2. Smulas do STF

    8.3. Smulas do STJ

    8.4. Smulas do TST

    9. decises interessantes

    Captulo 11 - Bens Pblicos

    1. Domnio Pblico

    2. Conceito

    3. Competncia Legislativa

    4. Classificao dos Bens Pblicos

    5. Afetao e Desafetao

  • 6. REGIME JURDICO DOS BENS PBLICOS

    7. Aquisio de bens para o Patrimnio Pblico

    8. Alienao de Bens Pblicos

    9. Gesto de Bens Pblicos

    9.1. Utilizao especial ou anormal uso privativo

    10. Bens Pblicos em espcie

    11. Quadro Sinptico

    12. Smulas Correlatas

    12.1. Smulas do STF

    12.2. Smula do STJ

    13. decises interessantes

    Captulo 12 - Interveno na Propriedade

    1. Direito de propriedade

    2. Interveno na propriedade

    3. Fundamentos e regras constitucionais

    4. Modalidades de interveno

    4.1. Limitao administrativa

    4.1.1. Indenizao

    4.1.2. Controle

    4.2. Servido administrativa

    4.2.1. Elementos definidores

    4.2.2. Formas de constituio

    4.2.3. Indenizao

  • 4.2.4. Distines

    4.2.5. Causas extintivas

    4.2.6. Modalidades

    4.3. Requisio

    4.4. Ocupao temporria

    4.4.1. Hipteses de ocupao temporria

    4.4.2. Distines

    4.5. Tombamento

    4.5.1. Conceito e caractersticas

    4.5.2. Natureza jurdica

    4.5.3. Competncia

    4.5.4. Bens objeto de tombamento

    4.5.5. Modalidades

    4.5.6. Obrigaes

    4.5.7. Indenizao

    4.5.8. Procedimento

    4.5.9. Extino

    4.6. Desapropriao

    4.6.1. Objeto

    4.6.2. Competncia

    4.6.3. Modalidades de desapropriao

    4.6.3.1. Desapropriao comum

    4.6.3.2. Desapropriao sancionatria

    4.6.3.3. Desapropriao indireta

  • 4.6.3.4. Desapropriao privada

    4.6.4. Situaes especiais destinao dos bens desapropriados

    4.6.5. Procedimento administrativo

    4.6.6. Procedimento judicial ao de desapropriao

    4.6.7. Da indenizao

    4.6.8. Ao de desapropriao rural

    4.6.9. Desapropriao de enfiteuse

    4.6.10. Direito de extenso

    4.6.11. Tredestinao

    4.6.12. Retrocesso

    5. Quadro sinptico

    6. Smulas Correlatas

    6.1. STF Smulas Vinculantes

    6.2. Smulas do STF

    6.3. Smulas do STJ

    7. decises interessantes

    Captulo 13 - Responsabilidade Civil do Estado

    1. Aspectos Gerais Fundamentos

    2. Evoluo

    3. Tipos de responsabilidade

    4. Elementos definidores

    4.1. Sujeitos

    4.2. Conduta estatal lesiva

  • 4.3. Dano indenizvel

    4.4. A indenizao

    4.5. Hipteses de excluso

    5. VIAS PARA REPARAO DO DANO

    6. AO JUDICIAL LEGITIMIDADE PASSIVA

    7. AO REGRESSIVA

    8. DENUNCIAO DA LIDE

    9. Prescrio

    10. QUADRO SINPTICO

    11. SMULAS CORRELATAS

    11.1. STF Smulas Vinculantes

    11.2. Smula STF

    11.3. Smulas STJ

    12. decises interessantes

    Captulo 14 - Controle da Administrao

    1. INTRODUO E CONCEITO

    2. Evoluo

    3. CONTROLE DO ESTADO ATIVIDADE POLTICA E ATIVIDADEADMINISTRATIVA

    4. CONTROLE DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

    4.1. Classificao

    4.1.1. Quanto ao rgo controlador

    5. CONTROLE ADMINISTRATIVO

    5.1. Aspectos gerais

  • 5.2. Meios de controle

    5.3. rgos especficos de controle

    6. CONTROLE LEGISLATIVO

    6.1. Tribunais de Contas

    7. CONTROLE JUDICIAL

    7.1. Meios de controle judicial

    7.1.1. Mandado de segurana

    7.1.2. Ao popular

    7.1.3. Ao civil pblica

    7.1.4. Mandado de injuno

    7.1.5. Habeas data

    7.1.6. Ao direta de inconstitucionalidade

    8. ATOS INTERNA CORPORIS

    9. QUADRO SINPTICO

    10. SMULAS CORRELATAS

    10.1. Smulas Vinculantes

    10.2. Smulas STF

    10.3. Smulas STJ

    11. decises interessantes

    Captulo 15 - Processo Administrativo

    1. CONCEITO

    2. FONTES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    3. OBJETIVOS E OBRIGATORIEDADE

  • 4. PRINCPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    4.1. Princpio do devido processo legal

    4.2. Princpio do contraditrio

    4.3. Princpio da ampla defesa

    4.4. Princpio da verdade real

    4.5. Princpio da legalidade e princpio da finalidade

    4.6. Princpio da motivao

    4.7. Princpio da razoabilidade e princpio da proporcionalidade

    4.8. Princpio da oficialidade

    4.9. Princpio da autotutela

    4.10. Princpio da celeridade

    5. MODALIDADES DE PROCEDIMENTO

    6. A lei geral do Processo Administrativo Lei n. 9.784/99

    6.1. Aspectos gerais

    6.2. Fases do procedimento

    7. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

    7.1. Conceito e finalidade

    7.2. Tipos de procedimento disciplinar

    7.2.1. Sindicncia

    7.2.2. Processo administrativo propriamente dito

    7.2.3. Processo sumrio

    7.2.4. Verdade sabida

    7.3. Processo administrativo disciplinar propriamente dito

    7.4. Prescrio e durao do processo

  • 7.5. Independncia das instncias

    8. CONTROLE PELO PODER JUDICIRIO

    9. QUADRO SINPTICO

    10. SMULAS CORRELATAS

    10.1. STF Smulas Vinculantes

    10.2. Smulas STF

    10.3. Smulas STJ

    11. decises interessantes

    Referncias Bibliogrficas

  • Sobre a Autora

    Fernanda Marinela advogada, presidente da seccional da OAB do Estado de Alagoas, Coordenadora Adjunta do

    Colgio de Presidentes de Seccionais, Professora de Direito Administrativo da Rede de Ensino LFG, Conselheira

    Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (2012-2015), Presidente da Comisso Nacional da Mulher Advogada da

    OAB, Membro da Comisso Nacional de Direito Administrativo da OAB, Membro da Comisso Nacional de Ensino

    Jurdico do Conselho Federal da OAB, Membro-Fundadora do Instituto Cultural para a Difuso do Conhecimento

    Jurdico INJUR, Professora de Curso de Capacitao em diversos rgos pblicos, Coordenadora do Curso de Ps-

    Graduao em Direito Pblico na Rede LFG.

    Autora dos livros:

    Servidores Pblicos, Editora Impetus

    Lei Anticorrupo Lei n. 12.846, de 1 de agosto de 2013, Editora Saraiva (coautoria)

    Lei n. 8.112/90 em questes comentadas, Editora Saraiva (coautoria)

    Advocacia Pblica Estadual (coordenadora)

    Vade Mecum da Mulher, Editora Forum (organizao)

    Temas Aprofundados Magistratura, Editora JusPodivm (obra coletiva, coautoria)

    Manual do Direito Homoafetivo (obra coletiva, coautoria)

    Leituras Complementares de Direito Administrativo Advocacia Pblica, Editora JusPodivm (coordenao e

    coautoria)

    Leituras Complementares de Direito Administrativo Licitaes e Contratos Administrativos, Editora

    JusPodivm (coordenao)

    Prtica Administrativa, v. 1 e 2, Editora Premier (coautoria)

    Grandes Temas de Direito Administrativo em Homenagem ao Professor Paulo Henrique Blasi, Editora

    Millennium (obra coletiva, coautoria)

    Site: www.marinela.ma

    http://www.marinela.ma

  • Apresentao

    O Direito Administrativo brasileiro, a partir da dcada de 1990, tornou-se o cenrio de uma ntida rediscusso

    epistemolgica. A tradicional influncia da Escola Francesa, baseada no trip servio pblico, administrao pblica e

    ato administrativo, notabilizou-se em todo o sculo XX, seja nas academias, seja na jurisprudncia. Gaston Jze, Lon

    Duguit e Louis Josserant, expoentes mximos dessa escola, encontraram no Brasil a integral aceitao nas obras de Hely

    Lopes Meirelles, Celso Antnio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Modernamente, a Escola Anglo-

    Sax tem obtido grande desenvolvimento terico no Pas, com a liderana de Carlos Ari Vieira Sundfeld e da Sociedade

    Brasileira de Direito Pblico. Novos institutos e figuras jurdicas, como as parcerias pblico-privadas, as agncias

    reguladoras e o princpio da eficincia, passaram a integrar o referencial terico do Direito Administrativo, rompendo

    com a antiga hegemonia francesa.

    nessa realidade de acomodao entre dois modelos diferentes que se observa o surgimento de novos doutrinadores

    no Direito Administrativo, cujo mrito est na ultrapassagem do momento atual e na formulao de um modelo terico

    ainda pouco claro e nada definido para essa importante cincia, responsvel pelo perfil jurdico das mais importantes

    instituies do Estado contemporneo. Assim pode-se dar as boas-vindas sexta edio do livro Direito Administrativo,

    de autoria da Professora Fernanda Marinela.

    O livro que chega s mos do leitor no apenas a atualizao da ltima estampa.

    A estrutura da obra muito interessante para os que buscam aprofundar seus conhecimentos em ateno aos

    concursos pblicos, porque apresenta o estado-da-arte da jurisprudncia nacional sobre Direito Administrativo, ao passo

    que confere ao estudante uma viso completa dos mais importantes doutrinadores contemporneos na rea. No entanto,

    os operadores do Direito encontraram no livro da Professora Fernanda Marinela muitos elementos imprescindveis sua

    atuao profissional, seja pelo rigor metodolgico, seja pela maneira aprofundada com que ela aborda temas muito

    polmicos como Servidores Pblicos, Agncias Reguladoras e Estrutura do Estado.

    O Direito Administrativo foi ordenado conforme a tradio francesa. Parte de categorias gerais do Direito, sua

    diviso e suas provncias, e chega aos princpios gerais do Direito Administrativo para, ento, apresentar os vrtices de

    cada uma de suas mais importantes subreas. O toque anglo-saxo, contudo, no esquecido, dada a adequada leitura de

    temas modernos como as parcerias pblico-privadas e os contratos de gesto. As licitaes e os contratos

    administrativos merecem grande destaque no livro, o que supre deficincias encontradias em obras do gnero, as quais,

    no raro, se dedicam s generalidades sobre esses temas, sem, contudo, fornecer ao leitor um instrumento eficaz para

    soluo de seus problemas quotidianos.

    Em cada Captulo, h diversos acrdos, com grande atualidade, sobre o tema abordado. A jurisprudncia, que a

  • autora teve o cuidado de atualizar, serve de reforo ou de necessrio contraponto s concluses de cada Captulo, o

    que facilita a pesquisa do leitor, dispensado de confrontar as lies tericas com o pensamento dos tribunais.

    Fernanda Marinela, paulista por geografia, alagoana in pectore, autora de outros livros, entre os quais se ressaltam

    Servidores Pblicos e Leituras Complementares de Direito Administrativo. Alm de prolfica autora, ela advogada e

    docente na ps-graduao em Direito Administrativo da Universidade Federal da Bahia. Seu contato com o universo dos

    concursos pblicos significativo. Fernanda Marinela tambm leciona na Rede LFG de Ensino Telepresencial, com

    transmisso para diversos estados brasileiros. Essa experincia forneceu-lhe subsdios dos mais ricos para compreender as

    necessidades didticas dos que se submetem aos cada vez mais difceis exames de admisso para as carreiras jurdicas.

    O grande mrito dos prefcios e das apresentaes o de revelarem um pouco das qualidades da obra e de seu autor,

    sem, contudo, cansar os leitores com textos enfadonhos, porque longos. E a ambio deste apresentador a de cumprir,

    tanto quanto possvel, esse desafio imposto aos que se aventuram nesse mister. Da a imperatividade de abreviar a

    apresentao, no sem antes deixar algumas palavras ao destinatrio deste livro, o leitor. A obra de doutrina um

    exemplo de sacrifcio. O autor dedica seu tempo e sua inteligncia a sistematizar conceitos e condensar centenas de

    posies dogmticas e jurisprudenciais em poucos captulos. De outro lado, um exemplo de coragem, pois seu

    responsvel expe-se crtica, no pouco generosa, muitas vezes, de seus pares na universidade e da comunidade

    jurdica. Sacrifcio e coragem, eis o signo que rege toda a empreitada de oferecer ao prximo um pouco do conhecimento

    adquirido, por ventura prpria e pela graa de Deus. Receba o leitor esta obra com a certeza de que a professora Fernanda

    Marinela descometeu-se de seu objetivo com esses dois valores, e o resultado desse esforo, ao meu sentir, digno dos

    melhores encmios.

    Humberto Martins

    Ministro do Superior Tribunal de Justia

  • Nota Dcima Primeira Edio

    De que adianta viver sem ter uma bela histria para contar no final?

    De que adianta lutar, sem ter um ideal?

    De que nos adianta lutar sem curtir

    Conquistar sem usufruir

    Ter direitos e no agir?

    Nada!

    Porque o melhor da conquista est na luta

    As pessoas que importam so aquelas que vo conosco para a disputa

    Os atos mais nobres vm das companheiras de labuta.

    E quando vencemos, tomamos ou conquistamos o que queremos

    Temos que olhar a trilha que deixamos

    E estar do lado daqueles que amamos

    Para ser um exemplo, na hora em que morremos.

    Estimado leitor, finalizo esta edio do livro em mais uma madrugada insone e em meio a muitas preocupaes.

    Estamos vivendo um momento histrico, em que nosso pas se encontra numa encruzilhada que definir o nosso futuro

    como nao democrtica constitucional.

    As instituies, pilares fundamentais de qualquer nao soberana, foram e continuam sendo testadas, avaliadas e

    submetidas a um rigoroso teste de compatibilidade constitucional jamais visto na histria da nossa jovem democracia.

    Nossa Carta Magna est sendo revisitada e reinterpretada de modo indito por todos os trs Poderes da nao, o que

    de certo ponto de vista saudvel, pois a Constituio Federal, mais do que uma Lei, o dispositivo que explicita

    tanto o passado de uma nao quanto direciona o seu futuro com base em seus valores maiores.

    E esses valores esto sendo postos em xeque.

    Nossa sociedade civil acordou de uma hibernao forada com a ditadura, os protestos so uma evidncia disso, e

    estamos cheios de tanta corrupo emanando de todos os nveis da estrutura governamental. Doutro lado, vemos uma

    verdadeira caa s bruxas, com vazamento seletivo de informaes confidenciais, ofensa s garantias constitucionais e

  • com uma notria publicidade ofensiva.

    Se de um lado tem-se corruptos, do outro tem-se inquisidores. E espremido no meio disso estamos ns, o povo.

    Estamos sendo bombardeados por denncias e escndalos sem precedentes, inundados por informaes imprecisas e

    coagidos a exigirmos uma reao forte, imediata e casustica.

    Nosso sistema constitucional de freios e contrapesos est sob forte estresse, com os trs Poderes da nao

    esticando a corda sob o lema da justia e da governabilidade, mas como saber quem est certo neste momento?

    a hora de confiarmos em nossas instituies. Sim, pois so elas quem garantem estabilidade a um governo, quem

    analisa os fatos de uma perspectiva histrica, prudente e justa, e no no calor da emoo dos acontecimentos.

    No temos como negar que agradvel para os cidados de bem ver os corruptos indo para a cadeia, assistir a

    trechos de gravaes telefnicas e ler trechos de delaes premiadas em primeira mo nos telejornais. D-nos uma

    sensao de que a Justia est saindo da letargia e que, finalmente, o bem vai vencer o mal.

    Mas a histria prdiga em nos mostrar inmeros exemplos em que, depois que certos limites so ultrapassados,

    as garantias constitucionais conquistadas a duras penas podem virar p, e a prxima vtima pode ser voc.

    No temos como deixar de aplaudir as operaes policiais, a fora-tarefa do MP e o esforo descomunal do

    Judicirio. Mas, como diz minha av: Prudncia e caldo de galinha no fazem mal a ningum.

    Nesta hora, lembro-me de uma clebre frase de James Madison no artigo 51 da obra The federalist papers: Mas o

    que o prprio governo, seno a maior das crticas natureza humana? Se os homens fossem anjos, no seria

    necessrio governo algum. Se os homens fossem governados por anjos, o governo no precisaria de controles externos

    nem internos.

    Deixemos as instituies exercerem o seu mister, deixemos o sistema de freios e contrapesos agir, no com embates

    institucionais, mas como forma de garantir a pura e verdadeira democracia. Confiemos no nosso Brasil e tentemos fazer

    dele um lugar cada vez mais justo, humano e igualitrio.

    Finalmente eu queria pedir a cada um de vocs que faa a SUA parte. Combata a corrupo dando exemplo em casa,

    no trabalho, para seus parentes, amigos, colegas e vizinhos. Um pas melhor se faz com instituies slidas e cidados

    melhores. Tenham a conscincia de que temos que lembrar do ONTEM, viver o HOJE e construir o AMANH!

    Vamos ao livro:

    Nesta 11 edio tivemos importantes inseres. O captulo de Licitaes foi reestruturado em razo da Lei n.

    13.303/2016, que instituiu o novo regime jurdico das empresas pblicas e sociedades de economia mista, estabelecendo

    as regras sobre as contrataes pelas estatais. A denominada Lei da Responsabilidade das Estatais (LRE) busca inserir

    em nosso ordenamento jurdico uma nova perspectiva de gesto, estabelecendo regras de governana corporativa, de

    transparncia e de estruturas, prticas de gesto de riscos e de controle interno, composio da administrao, dentre

    outras importantes normas que ainda sero objeto de implementao e at mesmo de discusses. O Decreto n. 8.945, de

  • 27 de dezembro de 2016, que regulamenta o Estatuto, tambm objeto de breve anlise em nosso livro.

    Outra importante inovao legislativa foi a aprovao da Lei n. 13.300/2016, que regulamentou o procedimento do

    mandado de injuno, estancando algumas dvidas e discusses, principalmente acerca dos seus efeitos. No captulo de

    Interveno na Propriedade, tambm foram inseridas as inovaes da Medida Provisria n. 759/2016, que, dentre outras

    disposies, estabeleceu novas regras para as desapropriaes para fins de reforma agrria.

    Alm das novas repercusses gerais julgadas pela Suprema Corte, tivemos a aprovao de mais Smulas

    Vinculantes, totalizando atualmente 56 enunciados. Comentamos tambm a promulgao de duas relevantes Emendas

    Constitucionais, a EC n. 94/2016 (institui o novo regime de pagamento de precatrios) e a EC n. 95/2016 (Teto dos

    Gastos Pblicos ou do Novo Regime Fiscal).

    Em todos os captulos foram insertas novas decises interessantes julgadas no ano de 2016 assim como outras

    atualizaes legislativas nas leis mais corriqueiras correlacionadas nossa disciplina.

    Bons estudos, bom trabalho.

    Sejamos todos FELIZES!

    Fernanda Marinela

  • Nota Dcima Edio

    A nica coisa necessria para o triunfo do mal, que os homens de bem no faam nada.

    Edmund Burke

    Prezado leitor, esta nota est sendo escrita em um diferente momento. Normalmente as escrevo assim que finalizo a

    atualizao da nova edio. Mas no desta vez. Acabo de passar por uma nova experincia em minha vida. Fui eleita,

    hoje, 18.11.2015, para a presidncia da Seccional da OAB de Alagoas, o que para mim uma alegria indescritvel.

    Desde pequena eu sonhava que poderia mudar o mundo, eu realmente queria tornar o mundo um lugar melhor.

    Com uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais feliz. Da um dia eu aprendi que os sonhos existem para se

    tornarem realidade. Para nos colocar em movimento, em marcha, para agirmos e serem alcanados. Ento, desde esse

    dia, eu no durmo para descansar, mas durmo para sonhar.

    Nunca me iludi, sei que ningum pode sozinho mudar o mundo. Mas sei que eu posso sozinha fazer a minha parte

    e comear a trabalhar para contagiar, angariar, cooperar com outros que pensam igual a mim. E assim, pouco a pouco,

    fazer a minha, a tua, a nossa parte e entregar aos nossos filhos um mundo melhor do que encontramos.

    Mas sonhar exige trabalho e dedicao. Sempre nos deparamos com pessoas falando mal da poltica e dos polticos.

    Ouvir as pessoas comentando desta forma me causava um srio incmodo: Porque tanta gente fala mal e ningum faz

    nada? Porque deixamos os mesmos polticos nos mesmos lugares e ningum tenta mudar esta realidade? Porque apenas

    criticar em vez de agir?

    Da resolvi alimentar o fogo que existia na plancie de minhalma, ouvir o rufar dos tambores e sucumbi ao mpeto

    de permitir que meu nome fosse entregue a uma pesquisa para avaliar a aceitao para concorrer s eleies da Seccional

    da OAB em Alagoas.

    Nunca pensei em fazer poltica, nem a de classe. Mas h trs anos pude conhecer o mundo que a Ordem dos

    Advogados do Brasil ao me tornar Conselheira Federal e ter a oportunidade de contribuir diretamente com melhorias

    tangveis na vida dos cidados, como a aprovao de 30% das vagas para as mulheres na Ordem e a aprovao da

    repescagem no Exame da Ordem. Ano passado fui convidada a fazer parte da equipe de transio do Governo do Estado e

    tive a oportunidade mpar de conhecer por dentro todas as engrenagens que fazem funcionar o Poder Pblico, com uma

    viso privilegiada. Essas experincias me permitiram ver na prtica como aes polticas e boa vontade podem interferir

    diretamente na vida do cidado e reafirmei a ideia de que querer fazer o bem e mudar o mundo uma questo apenas de

    ndole e boa vontade de cada um.

    Diante dessa realidade, e percebendo que o sistema poltico atual est notadamente falido, resolvi pegar meus bens

  • mais preciosos: meu nome, minha histria, minha credibilidade e jogar no abismo que a poltica (mesmo que de

    classe). Saltei para um abismo imenso e escuro sabendo que no havia rede de proteo l embaixo, confiando apenas

    que a vontade de mudar o mundo no era s minha.

    Durante a campanha fui alvo de zombarias. Chegaram ao absurdo de publicar um vdeo com uma animao em que

    eu aparecia apanhando do meu marido. Logo ele, meu maior apoiador e incentivador. Fui alvo de achincalhamentos, de

    pseudomatrias jornalsticas compradas que me atribuam calnias, com boatos de todos os tipos, que tentavam

    desconstruir minha imagem como advogada, como professora, como alagoana de corao que sou, como me e como

    mulher. E como mulher, pude perceber da pior forma possvel como ainda h discriminao. Como o simples fato de ser

    do sexo feminino pesava contra mim nas eleies.

    Mas eu no desisti. Segui trabalhando, lutando e suando para contagiar, convencer e empolgar os advogados

    alagoanos a trabalharem de mos dadas e darem a sua contribuio para um pas mais justo e fraterno. Como disse

    anteriormente, eu saltei para um abismo sem rede de proteo e sem saber o que havia l embaixo. Saltei porque

    acreditava em minhas convices, porque sonho com uma nova realidade, porque sei que algum tem que fazer alguma

    coisa. Ofereci-me. Saltei.

    E, como eu acreditava, fui pega no colo pelos advogados alagoanos, que votaram em mim e acreditaram que, junto

    comigo, podemos fazer uma OAB melhor, uma sociedade melhor, um mundo melhor.

    E por isso eu agradeo a voc, meu leitor. Agradeo porque com voc nenhum caminho difcil, nenhuma mentira

    vai me abalar, nenhuma calnia vai me tirar do eixo, porque caminho com os meus colegas, estou entre os meus

    amigos. Em todos os momentos difceis que eu passei, foram as palavras de apoio e de agradecimento que me apoiaram.

    Recebi recados de todo o Brasil, de norte a sul. Recados de fora, de f e de incentivo. Vocs no tem ideia do quanto

    isso foi importante!

    Na vida eu tenho uma grande ambio. A minha ambio , junto com vocs, de mos dadas, ajudarmos a mudar

    as coisas para o bem comum. provar para os nossos filhos que vale a pena ser tico, que vale a pena trabalhar duro,

    que vale a pena estudar muito e que vale a pena ser digno! Que vale a pena crescer por mritos prprios e no atacando

    quem est ao teu lado.

    Existe uma frase de Jung que diz: Todos morremos frustrados por no termos tido a vida que queramos. Eu digo

    que ns podemos realizar nossos sonhos e construir a vida que queremos, pois quem realiza um sonho, constri uma

    parcela de sua prpria eternidade. Uma parcela, s uma parcela...

    ...mas ainda assim, uma parcela.

    Falando agora do livro, este Manual chega sua 10 edio com uma Marinela muito mais vivida, mais madura e

    com uma viso de quem conhece a teoria e a prtica do Direito Administrativo brasileiro. No me ative apenas aos

    balces da academia, mas fui conhecer a prtica e o dia a dia da matria. Aliar a teoria prtica o meu desafio mais

    recorrente. Como explicar determinados institutos que existem na teoria e no na prtica e vice-versa?

  • Seguindo essa linha, esta edio foi totalmente atualizada com a insero das novas smulas vinculantes, das

    recentes smulas aprovadas pelo Superior Tribunal de Justia e das repercusses gerais julgadas durante o ano de 2015.

    Tambm inclumos as alteraes introduzidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficincia (Lei n. 13.146/2015), que

    instituiu novas regras de desempate no procedimento licitatrio e nos contratos administrativos. As alteraes

    legislativas da Lei de Servios Pblicos (Lei n. 8.987/95) e a Lei das Parcerias Pblico-Privadas (Lei n. 11.079/2004)

    tambm foram analisadas nesta edio, oportunidade em que tecemos comentrios ao Decreto n. 8.428/2015, que dispe

    sobre o Procedimento de Manifestao de Interesse (PMI).

    No captulo de agentes pblicos foram atualizadas as regras acerca da aposentadoria compulsria em razo da

    aprovao da Emenda Constitucional n. 88/2015. Outra novidade que tivemos no ano de 2015 e que representou um

    grande avano foi a aprovao da Lei n. 13.129/2015, que dispe sobre a autocomposio de conflitos no mbito da

    administrao pblica e tambm introduziu importantes alteraes na Lei de Arbitragem de interesse para o Poder

    Pblico.

    Assim, apesar das eleies e de todo o tempo dedicado campanha, em momento algum esqueci dos meus leitores,

    e a 10 edio entregue totalmente atualizada e contando com todas as relevantes novidades pelas quais o Direito

    Administrativo passou durante este inesquecvel ano de 2015!

    Um excelente ano e no se esqueam: devemos tambm agir, para o bem do nosso Brasil.

    Bons estudos!

    Fernanda Marinela

  • Nota Nona Edio

    A mudana a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente iro com certeza perder o

    futuro.

    John Fitzgerald Kennedy

    Se voc j leu O pequeno prncipe, peo que o leia de novo. Tenho esse livro sempre perto de mim e cada vez que

    o leio parece um novo livro. Tenho certeza de que isso vai acontecer contigo. O interessante que isso prova que o livro

    no muda, e sim a gente. Mudamos constantemente no decorrer da vida.

    Quero comear contando uma histria verdadeira de que tive o prazer de participar.

    H alguns anos, conheci um leo. Isso mesmo, um leo!

    Tratava-se de um espcime excepcional! Muito bonito, forte, gil e perspicaz, mas que nasceu preso em uma jaula.

    Para poder viver na jaula, o leo foi submetido a uma srie de adaptaes, que deixaram fortes cicatrizes em seu

    corpo, mas que eram estritamente necessrias para permitir sua estadia.

    A jaula o impedia de correr, de crescer, de conviver com seus semelhantes e de exercer a fora de sua alma. Mas

    mesmo dentro daquela jaula, onde, frise-se, era tratado com todo o carinho possvel, ele soube ser feliz, pois entendia

    que aquilo seria apenas por um tempo. O tempo necessrio para o seu prximo estgio: a evoluo e a liberdade total.

    O leo foi crescendo e se acostumando com a vida dentro da jaula, mas, dentro de si, ele sabia que aquilo era

    temporrio. Tinha que ser, pois seu esprito era maior que aquela jaula. Sabendo disso, em vez de se lamentar, ele

    aproveitou cada minuto que passou preso, aprendendo, brincando, curtindo e extraindo tudo que havia de bom em seu

    cativeiro e tudo que lhe era oferecido. Dando e recebendo amor, carinho, dedicao e solidariedade.

    E por dois anos e pouco ele foi feliz, do jeito que dava para ser, do nico jeito que tinha que ser. O leo irradiava

    alegria, iluminava coraes e exalava simpatia, sempre do seu jeito bravo, afinal, tratava-se de um leo. Mas ele soube

    extrair e devolver felicidade para os seus prximos, do seu jeito, como s um leo sabe fazer e s os que conviveram

    com ele sabiam compreender; ele dominou e reuniu os seus semelhantes, sem deixar ningum se desgarrar de seu bando.

    E ento, quando ele j parecia completamente adaptado jaula, resolveram, corajosamente, destrancar os cadeados,

    abrir a porta e dar-lhe a chance de escolher o seu caminho.

    O leo pensou... pensou... titubeou... sofreu um pouco.

    Mas, ao final, a sua alma de leo falou mais alto e, aos poucos, como uma estrela cadente em cmera lenta, como

    uma flor que vai secando, ou mesmo como uma rosa desabrochando, o leo vagarosamente passou pela porta da jaula e

  • partiu para a floresta, ganhou a merecida liberdade e, agradecendo do seu jeito, adentrou no desconhecido deixando em

    todos um sentimento confuso e misto de alegria por ter com ele convivido, tristeza por t-lo deixado, alegria novamente

    por t-lo conhecido e, mais do que tudo, conforto por ter dado a ele, todo o conforto e todo o amor que podia ser doado.

    Joaquim Santos Pessoa de Andrade, meu sobrinho querido, nasceu em 12.03.2012 com a metade do corao, o

    lado direito, e nem se sabia se ele nasceria vivo. Passou sete meses na UTI de um hospital em Fortaleza e no primeiro

    ano de vida sobreviveu a quatro cirurgias e a uma srie de procedimentos; sua chance de sobreviver ao primeiro ano de

    vida era de uma em 5.000.

    Esta linda criana superou tudo com sorrisos e demonstraes de alegria indescritveis, fazendo compensar todo o

    esforo e renncia heroicos de minha irm e meu cunhado.

    Aos dois anos de vida, era uma criana aparentemente normal, alegre e, dentro de suas limitaes, feliz, muito feliz

    e amada.

    Ento, no auge de sua sade, ele fez a ltima cirurgia, aquela que selaria seu destino. E, aps uma semana de

    complicaes, quis os cus que este leo em esprito deixasse a jaula de seu corpo e seguisse seu caminho, deixando-nos

    ao mesmo tempo meio rfos e uma linda lio de vida, a qual tenho o privilgio de poder compartilhar com vocs.

    Contei a histria acima no para ser encarada como um drama, mas como uma lio de amor vida, de como se

    deve viver e para nos lembrarmos sempre de duas coisas: aproveite cada momento e saiba que isso vai mudar.

    uma linda manh de vero na minha querida terra das Alagoas. Faz pouco tempo que o sol irradiou seus

    primeiros raios deste primeiro dia de 2015, mais um ano, mais uma mudana. Mudana, j ensinava o filsofo grego

    Herclito, a nica coisa constante em nossas vidas.

    Ento, aproveite! Beba aquela garrafa de bebida cara que est guardada, acenda as velas que enfeitam a mesa, use

    aquela roupa nova. O dia especial para o qual voc est guardando isso tudo o HOJE!!! Amanh, tudo pode estar

    diferente, afinal, tudo muda na vida.

    Mudamos ns mesmos nossa forma de pensar, mudamos as pessoas que convivem conosco, mudamos o ambiente

    a nossa volta, que, por sua vez, muda a gente. A mudana uma realidade que devemos sempre encarar com coragem,

    alegria e vontade de aprender, de se adaptar.

    Comigo, como voc j percebeu, ocorreram muitas mudanas, muitas mesmo!

    Mudei de editora, agora publico pela Saraiva, uma grande editora, a maior do Brasil, que no s me convidou, mas

    que bravamente lutou por mim, fato que muito me alegra. Mas no poderia deixar de dizer o quanto a Impetus me

    ajudou e foi importante em minha carreira, pois foi l que reuni coragem e obtive o incentivo para escrever o livro

    completo, foi l que iniciei, de verdade, minha carreira como escritora, pelo que serei sempre grata.

    Mas a vida feita de mudanas, ciclos que iniciam e terminam quando somos impelidos por nossos coraes a

    crescer, a alar sempre novas empreitadas, a voar cada vez mais alto seguindo a estrela guia de nossos coraes. Assim,

  • acreditando no impondervel, confiei e mudei.

    E a mudana no foi s de editora. Hoje me sinto mais madura e, graas s oportunidades que a vida me

    proporcionou, tive o privilgio de conhecer o Direito Administrativo na sua verso mais pura. Neste 2014, tive a honra

    de conhecer Ministrios e de participar de reunies no Congresso Nacional e terminei o ano com a participao na equipe

    de transio do Governo do Estado das Alagoas, na qual imergi por trs meses (uma das razes do atraso no lanamento

    do livro que valeu muito a pena, pois pude, por mais uma vez, estudar, analisar e entender cada engrenagem que move o

    sistema governamental, com a viso do todo). Vi a fundo cada Secretaria, cada rgo, cada departamento, cada funo. Vi

    como atuam, para que atuam e por que atuam. Vi as dificuldades prticas e, especialmente, o porqu da existncia de

    cada instituto do Direito Pblico e de suas relaes com o Estado.

    Assim, enxergando novamente a Administrao Pblica tambm de dentro para fora, as coisas ficam ainda mais

    claras, e elas me permitiram crescer, mudar e tambm realizar muitas mudanas no livro, no s no seu contedo geral,

    mas tambm para refletir as alteraes legislativas ocorridas desde a ltima edio. Repensar o novo Direito

    Administrativo frente aos desafios da atualidade.

    Com o novo CPC e a Lei das Parcerias Voluntrias, vrios conceitos foram alterados, mais uma razo do atraso da

    obra. O livro ganhou mais um captulo, o do Terceiro Setor, que passa a tratar dos entes de cooperao, bem como o

    Marco Regulatrio das Parcerias Voluntrias e as denominadas Organizaes da Sociedade Civil.

    Nas licitaes e contratos, tambm tivemos mudanas importantes em razo da edio da Lei Complementar n.

    147/2014, que estabeleceu novas regras para as microempresas e empresas de pequeno porte. Regras que, apesar de no

    alterarem diretamente a Lei n. 8.666/93, criam novas preferncias para essas empresas.

    A Emenda Constitucional n. 81, de 05.06.2014, introduziu mudanas significativas nas desapropriaes previstas

    no art. 243 da CF.

    Alm das novidades legislativas, a nova edio conta com as atualizaes jurisprudenciais, com comentrios s

    novas smulas, repercusses gerais e recursos repetitivos julgados no ltimo ano, aspecto fundamental para os

    aplicadores do Direito Administrativo, pois se trata de disciplina que, pela falta de codificao, convive com uma grande

    divergncia doutrinria, encontrando, muitas vezes, a soluo na jurisprudncia. O fato de muitos temas do Direito

    Administrativo estarem pautados em smulas vinculantes e repercusses gerais obriga os aplicadores do Direito a

    estud-los e conhec-los com profundidade.

    Assim foi construda a 9 edio da nossa obra, em processo de mudana, de crescimento pessoal e profissional, de

    muito aprendizado.

    Um grande abrao.

    Fernanda Marinela

  • Nota Oitava Edio

    No deixe o mar te engolir!!!

    Charlie Brown Jr.

    Como que voc acorda de manh? Ser voc do tipo que comea o dia resmungando, dizendo para si mesmo:

    Meu Deus, outro dia... Tomara que chegue logo a sexta!? Ou voc simplesmente levanta e pensa: Legal, mais um

    dia, tanta coisa para fazer!? O primeiro caso a norma para a maioria das pessoas. Normalmente no somos animados

    para nosso dia a dia. Basta olhar para os rostos das pessoas nos carros ao lado esto sorrindo? Parece que a maioria

    das pessoas hoje perdeu a vontade de viver e se divertir na vida.

    No h nenhum sucesso legtimo sem esforo rduo.

    No h nenhum sucesso legtimo sem esforo rduo.

    No h nenhum sucesso legtimo sem esforo rduo.

    No, no defeito da grfica. Escrevi trs vezes mesmo, e o fiz para dizer a mim mesma a frase acima, para dizer a

    voc e a terceira vez para reforar.

    So 04h15min da manh de um sbado, estou sentada em uma das apertadas poltronas do avio saindo de Macei

    com destino a So Paulo.

    Acabei de atualizar o livro h exatas trs horas. Passei as ltimas trs semanas dormindo no mximo trs horas por

    dia, intercalando com os fins de semana cuidando dos meus pequenos com febre e com dois intensos dias no Conselho

    Federal da OAB. J chorei, j me abusei, sofri e j briguei. J tive tudo o que voc possa imaginar. Me confesso exausta,

    cansada, acabada... Mas nunca derrotada.

    Neste momento, apesar de estar s o p, eu estou feliz!!!

    Pousarei em So Paulo e irei direto para um evento acerca da Mulher Advogada, pois sou Presidente da Comisso

    Nacional da OAB, que comea s oito da manh. De l volto ao aeroporto direto, pois meio-dia tenho um voo para

    Braslia e, l pousando, outro evento da Comisso Nacional de Estudos Jurdicos da OAB, da qual tambm fao parte,

    para emendar o domingo e a segunda-feira imersa no Conselho Federal da OAB.

    Tem mais, apesar de exausta, tenho que estar bem. Bem-humorada, bem-vestida, bem-penteada e bem-maquiada. E

    depois dizem que a vida de mulher no diferente...

    Li a frase que repeti acima em um e-mail da aluna Tmera Padoin Marques e fiquei com ela na cabea. Serviu-me

    de inspirao para esta nota. Da resolvi reescrev-la para que voc possa perceber que, para todo objetivo alcanado na

  • vida, existem sacrifcios a serem feitos, que na vida o que importa no o quanto voc quer algo, mas o quanto est

    disposto a se sacrificar para atingir uma meta, e se o faz com alegria, com felicidade, com o sentimento de dar sua

    energia e sua vitalidade. Fazer o seu melhor, saber que est fazendo o seu mximo, percorrendo o caminho certo pela

    coisa certa a fazer. E fazer com alegria, curtindo cada momento, vivendo cada timo e se entusiasmando com cada passo

    dado, cada item conquistado.

    disso que trata a vida.

    Toda esta maratona est ocorrendo por uma revoluo que resolvi fazer em minha vida, a de fazer parte da OAB.

    Como dito na nota da edio passada, resolvi entrar na Ordem para ajudar de outra forma, para contribuir para uma

    evoluo verdadeira no Exame da Ordem, na qualidade do ensino jurdico do nosso pas e para uma maior aplicao dos

    critrios constitucionais para os advogados que prestam concursos pblicos. Vi que de nada adianta ficar s falando, agir

    s reclamando quando, em sendo agraciada com a confiana depositada, posso chegar a uma alada que me permite

    contribuir para uma melhora no que creio serem conquistas que devem ser alcanadas.

    Foi e est sendo um desafio. Primeiro, porque sou mulher, e percebi que, de um total de 81 Conselheiros Federais,

    a Ordem s tem 05 mulheres.

    Notei, me indignei, desafiei! Resultado: para a minha surpresa, apesar de ser uma novata, fui nomeada Presidente

    da Comisso da Mulher Advogada da OAB. Assumi um desafio enorme de estudar esta nova rea e lutar para uma maior

    igualdade entre os gneros. Est sendo cansativo, mas vale a pena. A causa justa e ns, mulheres, temos que ajudar a

    promover uma Ordem mais representativa quanto ao gnero, que reflita mais a nossa representatividade na classe.

    Neste ritmo, o acaso me encontrou e fui sorteada para relatar um processo atinente a eventuais alteraes no Exame

    de Ordem, que tanto barulho tem feito neste ltimo ano. O que acabou me conduzindo nomeao para a Comisso

    Nacional de Estudos Jurdicos, e gera mais um novo desafio: tentar ser uma atora nas mudanas a fim de elevar o nvel

    das instituies de ensino.

    Para quem v de fora, quem no me conhece, pensa que a vida s feita de flores, sem se dar conta dos enormes

    desafios e sacrifcios que so necessrios em prol de um objetivo.

    O ponto que, apesar de esgotada, exausta, sei que estou contribuindo para o bem. Fao tudo com paixo, e isso,

    repito, me deixa feliz!

    Tudo isso pode at parecer uma exibio, mas estou descrevendo esta parte de minha vida para mostrar-lhe que,

    para que alcancemos um objetivo, devemos empreender esforos e sempre, sempre, pensar em fazer o bem ao prximo,

    pois a melhor maneira de receber coisas boas, dando algo de bom.

    Assim, optei por mostrar um pouco de minha vida para que voc saiba que a vida de ningum um mar de rosas.

    Todos temos problemas, desafios e desejos, todos queremos crescer na vida, ter um amor de verdade, uma paixo

    incontida e uma carreira com dignidade, todos queremos a sorte garantida e alcanar a felicidade. Enfim, todos temos

    objetivos a serem alcanados. Mas que graa teria a vida se, na busca por estes objetivos, no nos sacrificssemos nem

  • encontrssemos obstculos? E quando os encontramos, por que focarmos nos problemas ao invs de nas solues? Que

    romantismo ter o xito sem o esforo da conquista? Qual a beleza da corrida sem a disputa ferrenha? Qual a virtude da

    vitria sem luta? Que graa tem o gol sem os dribles? (Tenho que falar em futebol, afinal estamos no ano da Copa.)

    O que eu quero que voc, leitor, perceba que a vida o hoje, o aqui, o agora. A vida este momento em que voc

    est lendo esta nota. Pare e pense o quanto bom estar aqui tendo esta conversa, e quantas coisas boas voc tem para

    comemorar e agradecer. (Sempre temos algo a agradecer.)

    Saiba que a luta pelas suas conquistas uma deliciosa aventura que vale a pena ser vivida, vale a pena ser curtida

    com graa, com piadas, com emoo, com desejo e com paixo. T certo que a vida no um mar de rosas, mas

    tampouco um calvrio. E a que est o legal de viver.

    Portanto, amanh, ao acordar, sinta-se bem e pense: Que legal, mais um dia, vou viv-lo com alegria!

    Faa isso e:

    D um abrao em quem est do seu lado,

    D um beijo de sopeto em seu amado,

    Transmita uma boa vibrao aos mais chegados.

    Afague o cachorro ou o gato,

    D um bom dia quele cara chato,

    Abra aquele sorriso imediato.

    Curta o sol, a chuva ou o frio e sinta: Viver uma emoo.

    Sinta o ar inflando cada pulmo,

    Perceba o sangue em suas veias, a batida incessante do corao,

    Reconhea a energia que o permeia, viva cada momento com paixo.

    Sugue o que a vida tem a lhe oferecer:

    O simples fato de estar, de ser, de existir e de poder lutar.

    Isso VIVER!!!

    Portanto, mos obra. Vamos estudar com alegria no corao, desfrute este momento, torne divertida cada pgina

    lida, faa legtima cada inspirao tida e, produtiva cada hora batida.

    A edio que chega em suas mos foi revisada e atualizada. O ano de 2013 foi marcado pelas decises do Supremo

    Tribunal Federal. O julgamento histrico da Ao Penal 470 ( Mensalo) teve os holofotes da imprensa focados nos

    longos debates dos Ministros na Suprema Corte. Contudo, no Direito Administrativo tambm tivemos embates que

    resultaram em decises importantssimas como o julgamento da repercusso geral do RE n. 589.998, que consolidou o

  • entendimento de que os empregados das empresas pblicas e sociedades de economia mista prestadoras de servios

    pblicos admitidos por concurso pblico no gozam da estabilidade preconizada no art. 41 da CF, mas sua demisso

    deve ser sempre motivada, no restringindo a deciso somente a ECT como inicialmente almejava a ao proposta.

    Alis, outras repercusses gerais importantes que envolvem a Empresa de Correios Telgrafos foram julgadas em 2013,

    como os Temas 235 e 644, que discutiam aspectos relacionados a privilgios processuais e tributrios.

    A Emenda dos Precatrios tambm foi analisada e julgada parcialmente inconstitucional, fato este que trar

    consequncias valiosas no cotidiano forense. O Superior Tribunal de Justia tambm foi destaque nos julgamentos dos

    Recursos Repetitivos e, por exemplo, ps fim discusso quanto ao prazo prescricional da pretenso indenizatria contra

    a Fazenda Pblica, estabelecendo o prazo quinquenal do Decreto n. 20.910/1932. Temas envolvendo concurso pblico e

    sistema remuneratrio foram tambm analisados pelo STF e pelo STJ. Importante deciso foi a proferida

    monocraticamente pelo Ministro Luiz Fux nos autos do Mandado de Injuno MI 5.126, que determinou a aplicao

    da Lei Complementar n. 142, de 08.05.2013, a qual regulamenta o 1 do art. 201 da Constituio Federal, no tocante

    aposentadoria da pessoa com deficincia segurado do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), enquanto no for

    aprovada a lei prpria para os servidores.

    No ano em que completamos vinte e cinco anos de Constituio Federal, 5 (cinco) emendas constitucionais foram

    aprovadas. Destaque para a Lei n. 12.846, publicada em 02.08.2013, denominada Lei Anticorrupo, que disps

    sobre a responsabilizao administrativa e civil de pessoas jurdicas pela prtica de atos contra a Administrao Pblica,

    nacional ou estrangeira. A Lei n. 8.666/1993 foi alterada pela Lei n. 12.873, de 24.10.2013, que introduziu mais uma

    hiptese de dispensa em seu art. 24. Em 23.01.2013 foi aprovado o Decreto n. 7.892, que trouxe nova regulamentao

    ao Sistema de Registro de Preos previsto no art. 15 da Lei n. 8.666/93. Essas so algumas das atualizaes que vocs

    encontraro ao longo dos captulos.

    Outra novidade para esta edio que ser a primeira que vai ser publicada inicialmente na verso eletrnica, por

    meio do APP iBuki (exclusivo para ipad), e, por uma questo meramente de logstica, s chegar s livrarias um

    pouco depois.

    Dvidas, elogios, crticas e sugestes pelo e-mail [email protected].

    Um beijo no corao.

    Fernanda Marinela

    mailto:[email protected]

  • Nota Stima Edio

    O que mais surpreende o homem, pois perde a sade para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a sade. Vive

    pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por no viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse

    morrer e morre como se nunca tivesse vivido.

    Dalai Lama

    Estimado leitor, mais uma vez estamos aqui juntos. Para os poucos de vocs que perdem tempo lendo minhas

    notas, um prazer especial que sinto ao escrev-las. Invariavelmente as redijo imediatamente aps o trmino da

    atualizao deste livro. um momento mpar, uma sensao indescritvel de dever cumprido aliado a um cansao

    extremo, mas um dos poucos momentos em que me desnudo e me permito falar um pouco de mim mesma, da minha

    vida, sempre no intuito de passar frente a experincia de vida, na esperana de que ajude algum, que d fora para

    alcanar algum objetivo e alento em momentos difceis. Neste exato momento, mais uma vez o sol est nascendo no

    mar da Jatica, em Macei, e tenho o prazer de apreciar a paisagem enquanto escrevo, enquanto exponho brevemente

    minhalma.

    As respostas sempre chegam no decorrer do ano e sinto uma grata satisfao com os e-mails e depoimentos lindos

    que recebo ao longo de todo o ano.

    Na ltima mensagem de natal a que vocs assistiram na minha aula ou no YouTube, eu falei que a vida sempre nos

    pe de joelhos, nos testa e sempre vai nos colocar para baixo. Tambm falei que cabe a ns mesmos fazer a diferena. a

    gente que tem de saber achar a fora para se levantar novamente, sem medo de apanhar de novo da vida. Acredite, a tal

    fora est l, s achar.

    O ano de 2012 representa uma etapa marcante em minha vida, pois, finalmente, aps 10 anos de LFG eu consegui a

    condio de poder dar minhas aulas a partir de um estdio em Macei. A alegria veio com muito trabalho e dedicao,

    especialmente de meu marido, Paulo Nicholas, que no mediu esforos para montar o estdio do jeito que o LFG e eu

    quisemos. Desde fevereiro de 2012 eu posso dizer que comecei a ter uma vida em famlia. Que alegria! Sem mais

    viagens semanais, sem mais hotis como moradia e, principalmente, sem ter de me separar dos meus mais que amados

    filhos.

    Falando em filhos, neste 2012 eu tive (e ainda estou tendo) o privilgio de conviver com um serzinho muito

    iluminado. Em maro veio ao mundo meu sobrinho Joaquim, segundo filho da minha irm. Mas, Joaquim veio ao

    mundo somente com a metade do corao, o lado direito, e nem se sabia se ele nasceria vivo, as chances eram bem

    pequenas. J foram meses de UTI, quatro cirurgias, e ele continua na batalha. Nosso HERI, bebezinho que luta todos

    os dias para estar vivo e que nos ensina a cada minuto o quanto a vida preciosa, o quanto ns precisamos dar valor a

  • tudo que temos.

    E sua vida tem sido uma lio muito especial para todos ns. Um serzinho to pequeno, to inocente, to frgil,

    com um lindo, sincero e genuno sorriso escancarando alegria em seus olhinhos brilhantes, exalando emoo e se

    mostrando para mim e para todos dizendo: Eis-me aqui, titia, sou uma prova viva de persistncia, de amor vida, de

    viver sem medo um dia de cada vez, de saber amar e ser amado sem me importar com minha condio e com meu

    futuro. Futuro que vai contra todas as expectativas, mas que vale a pena pelo HOJE, por cada momento que passo com

    voc, por cada sorriso dado e recebido, por cada batida do meu coraozinho, por cada respirao.

    No sabemos por quanto tempo ele ficar entre ns, mas o legado que ele deixa em meu corao j est marcado no

    resto de minha vida: viver, aproveitar, sorver cada momento que a vida nos oferece.

    E ns, que temos o privilgio de estar sua volta, aprendemos como muitas vezes somos injustos com a vida,

    como reclamamos de besteiras, como somos intolerantes com as coisas que no saem exatamente como a gente quer,

    como temos pena de ns mesmos por banalidades...

    Mas sabemos do nosso potencial, sabemos que podemos ir luta...

    O que importa ser feliz a cada dia, viver intensamente cada momento, aproveitar cada instante que ns temos

    junto s pessoas que amamos. beijar muito, abraar muito, agradar muito queles que esto do nosso lado. respeitar

    os limites e defeitos do outro. suportar com resignao as contrariedades da nossa vida. E lutar com toda garra por

    aquilo que ns acreditamos e queremos...

    E com este esprito que coloquei a citao de Dalai Lama no incio, para tentar passar a voc, querido Leitor, a

    lio do Joaquim: de que devemos viver pensando no hoje, nos momentos presentes, curtindo quem est ao nosso lado

    hoje (filhos, pais, irmos, amigos...) e aproveitando o que temos AGORA.

    Vivemos uma vida cheia de incertezas, de ansiedades, de previses e de momentos em que nos sentimos

    pequeninos diante das adversidades da vida. No pense que isso um privilgio teu (rsrs). Todos ns temos os nossos

    momentos assim. Mas nestes momentos, quando estamos nos sentindo em uma tormenta, no fundo do poo, devemos

    procurar aquela luzinha no lugar onde geralmente nunca olhamos... Dentro dos nossos coraes.

    Tomem o exemplo desse gigante, que leva a vida sempre por um fio e que, ao mesmo tempo, capaz de

    enfrentar tudo, de desafiar prognsticos e de no s se manter vivo, mas de ainda nos dar um sorriso genuno e um lindo

    brilho nos olhos!

    No concurso... No trabalho...

    A luta pelo sonho do concurso algo muito bom, algo que deve ser visto com muita energia positiva. Ao contrrio

    do que muitos pensam, essa no uma carga pesada demais a ser carregada, no um problema, no algo negativo.

    Abra os olhos e veja que chance maravilhosa que est tendo na sua vida, que bom que voc est aqui, que bom que est

    lutando, que bom que pode e quer lutar! Acredite, voc pode e vai conseguir! Acredite, a sua hora vai chegar!

  • Podemos sim vencer nossos desafios pessoais, podemos sim alcanar nosso objetivo, mas podemos e devemos

    faz-lo vivendo e apreciando o presente. Claro que temos de pensar no futuro, mas no podemos, nunca, esquecer de

    aproveitar o presente.

    Nessa perspectiva, me faz um favor? Olha para o lado, ou pega o telefone ou entra na internet e diz para algum que

    voc gosta: s pra dizer que te amo. Depois me conta como foi pelo [email protected].

    No mais, alm do estdio e do Joaquim, muita coisa boa aconteceu e est para acontecer. Esta ser a primeira

    edio da revoluo! Estou atualizando este livro pensando na verso especial que sair no comeo de fevereiro na

    verso eletrnica, por meio do app iBuki, que estar disponvel, por enquanto, na APPSTORE apenas para usurios de

    ipad.

    Trata-se de um meio muito legal, que eu mesma j estou usando e todos vocs podero buscar mais informaes no

    site www.ibuki.com.br. Creio que estamos vivendo um momento mpar na histria da humanidade. Voc j parou para

    pensar h quanto tempo no revela uma foto? Ou vai a uma loja de CDs? Pois , em poucos anos nos perguntaremos h

    quanto tempo no vamos a uma livraria. J se imaginou levando 30 ou 40 livros na mo?!?!?!

    Outra boa nova a OAB. Ousei e me candidatei na chapa RENOVA OAB-AL, e ganhamos! Fao parte agora do

    Conselho Federal da OAB. Isso representa um novo desafio em minha vida, um ramo que no conheo e do qual

    nunca havia participado, mas me senti impelida a isso porque acho que os meus alunos, advogados concurseiros, no

    esto devidamente representados na Ordem. Sempre entendi que a participao poltica necessria a todo cidado que

    vive em uma democracia. Temos a obrigao de, no mnimo, nos inteirar e cobrar as aes devidas dos polticos, pois

    se as ignorarmos, seremos condizentes com as injustias que entendemos serem cometidas.

    Deste modo, tomada pelo sentimento de que falta algum que levante a bandeira dos advogados-concurseiros, fui,

    eu mesma, assumir o posto, e me coloco disposio de cada um de vocs advogados, concurseiros ou no, jovens ou

    no para que me ajudem a defender seus interesses na Ordem.

    Mas... E o livro, Marinela?

    Bem, est mais uma vez atualizado at o dia 01.01.2013, com novas jurisprudncias, comentrios sobre a Emenda

    Constitucional n. 70 e o Regime Complementar de Previdncia, que interferem na vida dos servidores pblicos, alm

    das novas smulas, repercusses gerais e alteraes legislativas do ano de 2012.

    Espero que gostem e aproveitem!

    Olhem para o futuro, mas no se esqueam de aproveitar o presente.

    Um carinhoso abrao.

    Fernanda Marinela

    mailto:[email protected]://www.ibuki.com.br

  • CAPTULO 1

    Noes Preliminares

    1. DIREITO

    A coexistncia de todos os seres e a luta por sua continuidade constituem a Lei Fundamental de qualquer um deles,

    o que no diferente para o ser humano que tambm possui, como instinto bsico, a perpetuao da espcie.

    No mundo moderno, o homem, desde que nasce e durante toda sua vida, faz parte, simultnea e sucessivamente, de

    diversas instituies ou necessidades, formadas por indivduos ligados pelo parentesco, por interesses materiais ou por

    objetivos espirituais. Essa amlgama indefinvel de sentimentos de simpatia recproca, de amor s mesmas tradies, de

    aspiraes de grandeza futura, de unidade e permanncia de uma personalidade coletiva caracteriza-o como ser social.

    Desde que o homem passou a viver em sociedade, abdicou de uma parcela de sua liberdade, buscando, como

    contrapartida, normas e regras que garantissem sua segurana e os seus direitos. Assim surgiu a necessidade do Direito,

    enquanto conjunto de normas de conduta, impostas coativamente por um Estado politicamente organizado, traduzindo-

    se em princpios reguladores do convvio social tendentes a realizar a busca pela Justia. A sistematizao desses

    princpios de conduta social, em normas legais, constitui a denominada ordem jurdica, ou seja, o sistema legal

    adotado para assegurar a existncia do Estado e a coexistncia pacfica dos indivduos em sociedade.

    Essa ordem jurdica pode ser dividida em duas facetas: ordem jurdica interna, quando estabelece os princpios

    jurdicos vigentes em cada Estado, respeitados os limites de sua soberania, e ordem jurdica internacional, quando se

    constitui em regras superiores aceitas reciprocamente pelos Estados, visando harmonia entre as diversas Naes, bem

    como dos indivduos que as compem nas suas relaes externas.

    O Direito, enquanto cincia jurdica, dividido, somente para fins didticos, em diversos ramos. Reconhecem-se

    dois grandes ramos, consoante a sua destinao: ramo do direito pblico e ramo do direito privado.

    O ramo do direito pblico compe-se predominantemente de normas que disciplinam as relaes jurdicas, tendo

    o Estado como parte, seja nas questes internas, seja nas internacionais, visando regular, precipuamente, os interesses

    estatais e sociais, cuidando s reflexamente da conduta individual. Nessa perspectiva, so ramos do direito pblico: o

    Direito Administrativo, que o objetivo deste trabalho, os Direitos Constitucional, Tributrio, Penal, Processual e

    outros.

    Por outro lado, o ramo do direito privado rege as relaes entre particulares, tutelando, sobretudo, os interesses

  • individuais, de modo a assegurar a convivncia harmnica das pessoas em sociedade, alm da fruio de seus bens,

    pensando nas relaes de indivduo a indivduo. Esse ramo do Direito compe-se, notadamente, de normas supletivas

    que podem ser modificadas por acordo das partes. So ramos do direito privado: o Direito Civil e o Direito Comercial

    ou Direito de Empresa, como preferem denominar os autores mais modernos aps o novo Cdigo Civil.

    Nesse contexto, relevante ressaltar, ainda, o conceito de normas de ordem pblica, que so regras imperativas e

    inafastveis pela vontade das partes 1. Entretanto, tais normas no podem ser tratadas como sinnimos de regras de

    direito pblico; no so conceitos sobreponveis, considerando que o leque de normas de ordem pblica mais amplo

    que o de direito pblico. Assim, conclui-se que toda regra de direito pblico tambm de ordem pblica, mas o inverso

    no verdadeiro, porque tambm possvel verificar regras inafastveis pela vontade das partes no ramo do direito

    privado. Por exemplo, as normas sobre a capacidade das pessoas e os impedimentos para o casamento, alm de outras,

    que, apesar de serem normas de ordem pblica, compem o ramo do Direito Civil, portanto, direito privado.

    2. DIREITO ADMINISTRATIVO

    2.1. Conceito

    O Direito Administrativo pode ser conceituado, em sentido amplo, como um ramo do Direito Pblico Interno que

    tem como objeto a busca pelo bem da coletividade e pelo interesse pblico.

    A coletividade, nessa seara, deve ser compreendida como uma entidade dotada de interesses, de direitos e deveres,

    de pretenses e obrigaes. Da por que se fala em direitos difusos e coletivos, aes pblicas, interesse pblico,

    utilidade pblica e outros.

    Contudo, na doutrina brasileira, o conceito de Direito Administrativo tema de grande divergncia. Essa polmica

    decorre da ausncia de uma definio clara quanto ao seu objeto, que vem sendo sistematicamente ampliado, modificado,

    ou mesmo reduzido em alguns pontos, em virtude dos novos anseios da sociedade, como tambm das mutaes estatais

    que foram vivenciadas nas ltimas dcadas. Em razo disso, sero verificados, inicialmente, os critrios adotados pela

    doutrina para delimitar o objeto e demarcar a rea de atuao dessa disciplina.

    Nos primeiros tempos, o objeto do Direito Administrativo foi definido pela Escola Legalista, tambm denominada

    exegtica, emprica ou catica, segundo a qual os doutrinadores limitaram-se a compilar as leis existentes e interpret-las

    principalmente com base na jurisprudncia. Essa corrente no prosperou, tendo em vista que o Direito no se esgota na

    lei; ele muito mais amplo que a norma posta.

    Com a mudana de pensamento, em momento posterior, os doutrinadores passaram a ampliar o objeto de estudo

    do Direito Administrativo, fixando princpios aliados Cincia da Administrao, que envolve matria de poltica de

    administrao, e no matria jurdica propriamente dita.

    Todavia, aps a Revoluo Industrial, na segunda metade do sculo XIX, o Estado teve de interferir de forma mais

    efetiva para solucionar questes sociais e econmicas geradas pelo Estado liberal, o que ampliou, sobremaneira, o campo

  • de atuao dessa disciplina, exigindo-se uma ciso, ficando a Cincia da Administrao com a atividade social do Estado

    e o Direito com a atividade jurdica, o que acaba envolvendo um complexo de normas e princpios jurdicos que regem a

    organizao e a atividade administrativa desse Estado.

    Fica, assim, concretizada a reduo do objeto do Direito Administrativo. Estando restrito aos temas de natureza

    jurdica, a sua formatao ficou mais sistemtica e cientfica. Atribuem-se a essa disciplina instituies jurdicas prprias

    que sofreram inmeras influncias do Direito alemo, adotando-se o mtodo tcnico-jurdico, afastando-se, de vez, a

    orientao legalista que adotava o mtodo exegtico.

    Delineado de forma sucinta o mbito do Direito Administrativo, passa-se a conceituar essa disciplina.

    Inicialmente, cumpre esclarecer que a doutrina estrangeira no parece habilitada a fornecer o exato conceito do

    Direito Administrativo brasileiro, porque a concepo nacional desse ramo do direito pblico interno conferida, em

    outros pases, ao Direito Constitucional. Por isso, no se deve copiar conceitos estrangeiros de forma acrtica. Todo

    cuidado pouco!

    A disciplina surgiu na Frana e, no decorrer da histria, vrios critrios e teorias foram adotados para conceituar o

    Direito Administrativo. O propsito inicial que desencadeou a constituio dessa disciplina foi a ideia de definir ao

    Estado poderes exercitveis em relao aos administrados. A impresso inicial era de que esse Direito teria sido criado

    para armar o Estado de instrumentos jurdicos para que pudesse exercer ascendncia sobre seus administrados.

    Esse mote inicial foi substitudo pelo de Leon Duguit, que passou a utilizar a noo de servio pblico, isto ,

    de servios prestados coletividade pelo Estado, por serem indispensveis coexistncia social, dando origem Escola

    do Servio Pblico. Segundo essa orientao, o Direito Administrativo tinha, como objeto de estudo, o servio

    pblico, o que abrangia, na poca, praticamente toda a atuao do Estado, inclusive as atividades industriais e

    comerciais por ele exploradas. Esse critrio acabava gerando inmeras confuses, j que inclua, em seu estudo, normas

    de outros ramos do Direito, tais como o Direito Constitucional, o Tributrio, o Financeiro, alm dos Direitos Civil e

    Comercial. Com essa corrente, o Direito Administrativo passava a se preocupar com atividades estranhas sua

    verdadeira misso, deixando de fora outras atividades relevantes para seu objeto e que no estavam includas no conceito

    de servio pblico, como, por exemplo, o exerccio do poder de polcia, o que impedia que essa orientao prosperasse.

    Uma outra corrente doutrinria passou a se valer da atuao do Poder Executivo, definindo o chamado Critrio do

    Poder Executivo, para o qual o Direito Administrativo centralizou todo o seu estudo na atuao desse Poder. Da

    mesma maneira, esse entendimento demonstrou-se insuficiente, desprezando o fato de que os outros Poderes do Estado

    tambm exercem a atividade administrativa e que o prprio Poder Executivo exerce outras atividades que no

    interessam, efetivamente, disciplina, porque gozam de natureza poltica, configurando-se objetivo do Direito

    Constitucional.

    Encontram-se, ainda, aqueles que consideram o Direito Administrativo como o conjunto de regras que disciplinam

    as relaes entre a Administrao e os administrados, denominado Critrio das relaes jurdicas. Essa orientao

  • tambm imprecisa, pois esses juristas esqueceram os outros ramos de Direito Pblico que, da mesma maneira,

    preocupam-se com essas relaes, como o caso do Direito Constitucional, Penal, Processual, Eleitoral e outros, alm

    de exclurem assuntos importantes para essa disciplina, tais como a atividade que ela exerce em proteo de seus bens.

    Pode-se, ainda, apontar o Critrio teleolgico, conforme o qual o Direito Administrativo um sistema de

    princpios jurdicos que regula as atividades concretas do Estado, para cumprimento de seus fins, na busca do interesse

    pblico. Essa corrente foi defendida, no Direito brasileiro, por Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, com algumas

    ressalvas.

    O quinto critrio est intimamente ligado ao anterior e denomina-se Critrio negativo ou residual. Para essa

    orientao, o Direito Administrativo deve ser observado em dois sentidos diferentes: no sentido positivo (representa os

    institutos jurdicos pelos quais o Estado busca a realizao dos seus objetivos) e no sentido negativo (representa uma

    forma de definio de seus objetos, o que se faz por excluso, afastando-se as demais funes do Estado, a legislativa e a

    jurisdicional, alm das atividades regidas pelo direito privado). No Direito brasileiro, esse critrio foi adotado por Tito

    Prates da Fonseca.

    Alguns doutrinadores brasileiros conceituaram o Direito Administrativo como o conjunto dos princpios que

    regulam a atividade jurdica no contenciosa do Estado e a constituio dos rgos e meios de sua ao em geral,

    palavras de Mrio Masago 2 e, no mesmo sentido, conceitua Jos Cretella Jnior 3. Esse critrio foi titulado Critrio

    da distino entre atividade jurdica e social do Estado.

    Ressaltem-se os critrios teleolgico, residual e da distino entre atividade jurdica e social do Estado, os quais

    no se mostraram incompatveis com o nosso ordenamento. Todavia, so insuficientes quando considerados de forma

    isolada.

    Por fim, resta discorrer sobre o Critrio da Administrao Pblica, que parece representar uma evoluo conjunta

    dos trs critrios anteriores. Segundo essa orientao, o Direito Administrativo o conjunto de princpios que regem a

    Administrao Pblica, entendimento adotado pelo saudoso Hely Lopes Meirelles, e tambm por este trabalho.

    Para Hely Lopes Meirelles 4, o Direito Administrativo brasileiro sintetiza-se no conjunto harmnico de

    princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e

    imediatamente os fins desejados pelo Estado.

    Consoante o prprio autor, esse conceito exige uma anlise pormenorizada, o que ser feito por partes.

    Inicialmente, trata-se de um conjunto harmnico de princpios jurdicos, sintetizao indispensvel para a

    definio de uma disciplina autnoma, j que esta no poderia existir, enquanto cincia, sem princpios tericos

    prprios, ordenados e verificveis na prtica, o que constitui o regime jurdico administrativo.

    Esses princpios regem os rgos, os agentes e as atividades pblicas, disciplinando os atos da Administrao

    Pblica praticados, nessa qualidade, alm da ordenao de sua estrutura e de seu pessoal, independentemente de essa

    atividade administrativa 5 ser exercida pelo Poder Executivo, Judicirio ou Legislativo. No caso desses dois ltimos

  • Poderes, a atividade administrativa revela-se secundria, paralela e instrumental das suas atividades principais, que so a

    jurisdicional e a legislativa, respectivamente.

    Para completar, essas normas so tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo

    Estado, o que permite conceituar essa disciplina pelo critrio da excluso. No que tange concretude, essa atividade

    afasta a atuao abstrata do Estado, que caracterstica tpica da sua funo legislativa. Quanto ao seu exerccio direto,

    isto , a atuao independe de provocao, fica afastada a sua funo jurisdicional, que representa uma atuao indireta,

    uma vez que a jurisdio inerte. Quanto atuao imediata do Estado, essa corresponde atividade administrativa por

    ele exercida, que no se confunde com sua funo social, caracterizada como funo mediata desse ente.

    Por fim, importante grifar que o Direito Administrativo no define os fins do Estado, obrigao essa do Direito

    Constitucional. Ele somente os realiza.

    Em razo da grande divergncia sobre o conceito do Direito Administrativo, no se poderia deixar de apontar

    algumas ressalvas indicadas pelo Professor Celso Antnio Bandeira de Mello 6 ao conceito aqui adotado. Segundo esse

    doutrinador, o Direito Administrativo no pode ser um conjunto de normas e princpios que disciplina a funo

    administrativa e os rgos que a exercem, porque consideraria a integralidade de tudo o que estivesse compreendido na

    funo administrativa, o que no ocorre, tendo em vista que uma parcela dessas atividades tratada por outros ramos,

    como o Direito Tributrio, o Financeiro, o Previdencirio e outros. O autor pede cuidado com a integralidade e alerta

    para a existncia de funo administrativa fora do Direito Administrativo.

    Tambm observa o citado jurista que alguns conceitos devem ser analisados com muita cautela como, por exemplo,

    formulaes doutrinrias que estabelecem que o Direito Administrativo um Direito concebido em favor do Poder 7.

    Essa definio no representa o ideal e contribui para que a disciplina seja vista como um ramo aglutinador de poderes

    desfrutveis pelo Estado, quando, na verdade, deveria representar um conjunto de limitaes aos poderes do Estado,

    como deveres da Administrao perante administrados.

    2.2. Relao com outros ramos do Direito

    A disciplina de Direito Administrativo est intimamente ligada a diversos outros ramos do Direito. Sendo assim,

    sero analisadas algumas dessas interseces.

    Em face do Direito Constitucional, h estrita afinidade, tendo em vista que essas disciplinas cuidam da mesma

    entidade: o Estado. Entretanto, o Direito Constitucional representa a sua parte estrutural, a sua anatomia, cuidando das

    formas, estruturas e polticas estatais, estabelecendo os seus fins, os direitos e as garantias dos administrados. De outro

    lado, o Direito Administrativo cuida do Estado em seu papel dinmico, funcional, sua fisiologia, estabelecendo a sua

    organizao interna, visando satisfazer as finalidades que lhe so constitucionalmente atribudas.

    Com o Direito Tributrio e o Direito Financeiro, o ponto de congruncia a receita pblica, pois, enquanto estes

    estudam as atividades vinculadas imposio e arrecadao de tributos, a realizao da receita e a efetivao das de