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Prof. Fernanda Marinela Direito Administrativo Atos Administrativos Nascimento de “x” Choveu ontem ATOS são manifestações de vontade. EX.: Aluguel de Casa, Casamento, ETC. 1.ATOS FATO É manifestação de vontade. Acontecimento do mundo em que vivemos Ex.: comprar um carro novo Se este ato produzir consequências para o Direito Administrativo, na sua órbita, será denominado ATO ADMINISTRATIVO. EX.: compra um carro novo – pagamento de IPVA, carteira da habilitação. Ex.: casamento meação do patrimônio (consequência para o mundo jurídico, é portanto ato jurídico) Se nossa manifestação de vontade atingir o Direito Administrativo. Provocam consequências no Mundo Jurídico. Ex.: falecimento – abertura de sucessão Dentro do mundo jurídico, nós temos uma parte que é o Direito Administrativo. Assim, ocorrendo um acontecimento além de agir a esfera do mundo jurídico, ela a atinge especificamente o Direito Administrativo, ele será chamado de FATO ADMINISTRATIVO. Ex.: falecimento de servidor público cargo vago, possibilidade de novo concurso, efeitos dentro do direito administrativo. Ex.: choveu demais na noite de ontem – destruição de bens públicos – consequência no Dir. Administrativo. ATO ADMINISTRATIVO vs ATO DA ADMINISTRAÇÃO FATO – acontecimento do mundo em que vivemos, estes fatos são diferente de

Direito Administrativo - Prof. Marinela - 2015

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Atos administrativos

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Prof. Fernanda MarinelaDireito Administrativo

Atos Administrativos

FATO acontecimento do mundo em que vivemos, estes fatos so diferente de ATOS.Nascimento de xChoveu ontem

ATOS so manifestaes de vontade. EX.: Aluguel de Casa, Casamento, ETC.

ATOS FATO manifestao de vontade.Acontecimento do mundo em que vivemos

Ex.: comprar um carro novo

Se este ato produzir consequncias para o Direito Administrativo, na sua rbita, ser denominado ATO ADMINISTRATIVO.

EX.: compra um carro novo pagamento de IPVA, carteira da habilitao.

Ex.: casamento meao do patrimnio (consequncia para o mundo jurdico, portanto ato jurdico)

Se nossa manifestao de vontade atingir o Direito Administrativo.Provocam consequncias no Mundo Jurdico.

Ex.: falecimento abertura de sucesso

Dentro do mundo jurdico, ns temos uma parte que o Direito Administrativo. Assim, ocorrendo um acontecimento alm de agir a esfera do mundo jurdico, ela a atinge especificamente o Direito Administrativo, ele ser chamado de FATO ADMINISTRATIVO.

Ex.: falecimento de servidor pblico cargo vago, possibilidade de novo concurso, efeitos dentro do direito administrativo.

Ex.: choveu demais na noite de ontem destruio de bens pblicos consequncia no Dir. Administrativo.

ATO ADMINISTRATIVO vs ATO DA ADMINISTRAO

Ato da Administrao atos praticados pela Administrao; ato praticado pela Administrao, podendo ter regime jurdico de direito pblico ou privado.

Ato administrativo necessariamente deve seguir o regime pblico.

Ato da Administrao Gnero do qual Ato administrativo espcie.

Lembrando que existe ato administrativo dentro e fora da Administrao Pblica.

So s atos da administrao, Atos administrativos e atos da administrao; Praticados sob o REGIME PRIVADO praticado sob o REGIME PBLICO.

1. Conceito de Ato administrativo.

Ato administrativomanifestao de vontade do Estado ou de que o represente.Ele ir criar, modificar ou extinguir direitos com o objetivo de satisfazer o interesse pblico; regime jurdico de direito pblico; ato complementar e inferior lei, a previso legal; sujeito a controle pelo Poder Judicirio (controle de legalidade, no significa que possa rev-lo sob qualquer circunstncia).

Para Lopez, este seria o conceito de ato administrao em sentido amplo. Seria necessrio entender o conceito em sentido estrito, que seria tudo o que foi dito mais UNILATERAL e CONCRETUDE.Assim, o ato administrativo em sentido estrito, ele tambm precisa ser concreto e unilateral.

2. Elementos do ato administrativo

Regra: Lei 4.717/65Lei de Ao Popular

Divergncia: Celso Antnio Bandeira de Mello - separa em dois grupos: elementos de validade, e pressupostos do ato. Como feita essa distribuio? Aquilo que est dentro do ato elemento, o que estiver fora, ser pressuposto, que por sua vez poder ser pressuposto de validade e pressuposto de existncia.- elemento do ato: o que estiver dentro ator = condio de ato jurdico. Ex.: manifestao de vontade

-existncia: para que o ato administrativo exista, preciso pressuposto de existncia = condio para ato administrativo.Ex.: assunto de Direito administrativo p/ q o ato jurdico sej- pressupostoato administrativo.

-validade: uma condio para que o ato, que j existe, seja vlido.Ex.: forma de materialidade.

Para a maioria, ns temos ELEMENTOS ou REQUISITOS de validade, seguindo as regras trazidas pela Lei 4717/65 e pela Lei de Ao Popular.

1. Sujeito Competente (ou sujeito ou competncia)

Quem pode ser o sujeito do ato administrativo? O sujeito o agente pblico, todo aquele que exerce funo pblica, seja de forma temporrio ou permanente, com ou sem remunerao. Ele independe de vnculo.

Ex.: Jos agente pblico. Ele pode praticar qualquer ato? NO, ele tem que ser o sujeito COMPETENTE para faz-lo.

Onde fao para saber da competncia? Ns estamos falando da fonte da competncia, para tanto, a competncia deve estar prevista na Constituio Federal ou na lei. Em nome do princpio da legalidade. A maioria decorre de lei infraconstitucional.

Como se faz a relao entre o Estado e os seus agentes? No Brasil, o que vale a TEORIA DA IMPUTAO, o agente manifesta vontade porque a lei assim autoriza. Alguns autores chamam de teoria do rgo.

ATENO!A lei me diz que o Prefeito competente para cuidar dos bens municipais. faculdade ou obrigao? OBRIGAO, a competncia administrativa de exerccio obrigatrio, no liberdade, no facultativo.

Competncia caractersticas:

a) Exerccio obrigatrio = dever/obrigaoO administrador no pode renunci-la. Por isso a competncia administrativa :

b) Irrenuncivel no significa que ir sempre condenar. No significa que vai ter que punir sempre, tem a prerrogativa, sua competncia continua, ainda que em processo x absolva.

c) Imodificvel - O Administrador no pode modificar, j que dever, uma obrigao. O que a lei manda, o administrador no modifica.

d) No admite transao -

e) Imprescritvel - Mesma que a Autoridade seja competente para punir, se ningum pratica infrao e o Administrador no precisa punir, a competncia no prescreve. Mesmo que a autoridade no a exera por um determinado perodo, ela continua tendo competncia para faz-lo.

f) Improrrogvel - aprendemos em P.Civil que quando a competncia relativa e as parte no contestam, as parte no alegaram, aquela autoridade que era incompetente se torna competente, a competncia se prorroga, e a autoridade inicialmente incompetente passa a ser competente. NO ACONTECE NO DIREITO ADMINISTRATIVO, devido ao princpio da legalidade. A nossa autoridade incompetente por A LEI assim determina.

Quais os CRITRIOS para determinar a competncia?Ex.: Jos o incompetente pode delegar para Maria?

Delegao - Avocao

Em regra, no pode transferir ou delegar. No entanto, em casos excepcionais, a lei permite.Delegao: a lei me d competncia e eu/agente a transfiro para mim. Ex.: Pedro competente e a repassa para Marcos.Avocao: a lei d competncia a outro, e o agente a assume. Ex.: Jos competente, Maria, sua chefe, assume-a.

LER! DECORAR! Lei n 9784/99Art. 11. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos a que foi atribuda como prpria, salvo os casos de delegao e avocao legalmente admitidos. REGRA GERAL

Competncia exclusiva PROIBIDA A DELEGAOcompetncia para ATO NORMATIVO ART.13competncia par deciso de RECURSO ADMINISTRATIVO

Art. 12. Um rgo administrativo e seu titular podero, se no houver impedimento legal, delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, ainda que estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social, econmica, jurdica ou territorial. Pargrafo nico. O disposto nocaputdeste artigo aplica-se delegao de competncia dos rgos colegiados aos respectivos presidentes.

Art. 13. No podem ser objeto de delegao: I - a edio de atos de carter normativo; II - a deciso de recursos administrativos; III - as matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.Art. 14. O ato de delegao e sua revogao devero ser publicados no meio oficial. 1oO ato de delegao especificar as matrias e poderes transferidos, os limites da atuao do delegado, a durao e os objetivos da delegao e o recurso cabvel, podendo conter ressalva de exerccio da atribuio delegada. 2oO ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante. 3oAs decises adotadas por delegao devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-o editadas pelo delegado.Art. 15. Ser permitida, em carter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocao temporria de competncia atribuda a rgo hierarquicamente inferior.

1.2. Forma

2.2.a Exteriorizao da vontade

A manifestao de vontade.

2.2.bFormalizao especfica

Ato administrativo manifestao de vontade. Para isso, observam-se as exigncias especficas:b.1. EscritaDeve ser praticado por ESCRITO. Porm h excees:

Ex.: Blitz da lei seca quando o policial gesticula para parar ato administrativo. Em regra, tem que ser por escrito, mas, excepcionalmente, como no caso, quando a lei assim o estabelecer, pode ser de outra maneira.

Art.60, nico, Lei n. 8666/93

b.2 Princpio da Solenidadeb. 3 Silencio Administrativo = nada jurdico

ex.: silencio administrativo falta de resposta significa sim ou no? Pedido de construo, no h resposta? Posso construir? O silncio NADA JURDICO, ele no produz efeito algum. A no ser que a lei diga em X dias, a reposta Y. A lei atribuiu efeito.

Se a Administrao no responder AO JUDICIAL podendo entrar com Mandado de Segurana, mas qual o direito lquido e certo? O direito de petio, de pedir e de obter uma resposta (direito constitucional, art.5, CR/88)

O que faz o juiz? Normalmente o juiz no pode substituir a Administrao, ele determinar prazo para apresentao de resposta.

CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO a deciso extremamente vinculado, uma lista de atos em que sero checados os requisitos, o juiz poderia sim decidir (posio minoritria).

2.c.Vcio de forma

I. Mera irregularidadePadronizao, uniformizao. Este defeito no compromete o ato, que continua vlido.

II. Vcio SanvelVcio que pode ser consertado. Ex.: Faltou assinatura. um ato anulvel = vou consertar, convalidar o ato. No momento que o corrigir, estar convalidado.

III. Vcio InsanvelNo pode ser consertado, no h correo possvel. ato nulo = resultar em sua anulao, ser retirado do ordenamento (o ato).

2.d.Processo Administrativo Prvio

Se eu quero demitir um servidor, ato de demisso, ser observado um processo administrativo. Somente depois de realizado, poder ocorrer o ato de demisso. Assim como a sentena tem um processo que a prepara, tambm o ato seguir um processo determinado.

O processo fundamenta, legitima a prtica do ATO. Um processo que atende o MODELO CONSTITUCIONAL, art. 5, LV, CR/88, contraditrio + ampla defesa.

2.e. Motivao

O ato administrativo TEM QUE SER MOTIVADO, que tambm requisito da forma. Raciocnio lgico/ coerncia entre os elementos do ato e a lei.

MOTIVAO MOTIVO mais ampla que o motivo.

Para a maioria dos autores, OBRIGATRIO MOTIVAR, a motivao de v acontecer de forma prvia, ou, no mximo, durante a prtica do ato. Pela previso do art.1, nico, CR/88 o poder emana do povo, e como dono do poder, o povo tem o direito de ter conhecimento do que est sendo feito com este poder. Ele tem direito de tomar cincia do que acontece.Tambm o art.1, no inciso II exerccio da cidadania, e isso tambm lhe d o direito motivao.O art.5, XXXIII, CR/88 direito a informao a motivao informar.A art.5, XXXV, CR/88 QUALQUER leso ou ameaa de leso pode ser levada ao judicirio se falamos que pode ser levado ao judicirio, para que este possa analisar, ele necessita saber quais os motivos que justificaram o ato. A motivao necessria para o controle pelo Poder Judicirio.O art. 93, X, CR/88 atos administrativos do judicirio precisam ser motivos funo secundria do Poder Judicirio. Se ele tem que motivar, tambm a Administrao, que a faz como regra, como funo primria. utilizada a interpretao por analogia para justificar a obrigatoriedade de motivao tambm Administrao Pblica.O art. 50, lei n.9784/94 lista dos atos que precisam ser motivados TODOS OS ATOS ESTO NESTA LISTA.

Ento, no h dvida de que a motivao obrigatria e deve acontecer antes ou durante a prtica do ato administrativo.

Divergncia: especialmente Jos dos Santos Carvalho Filho. A motivao facultativa. Quando o constituinte no art. 93, X, CR/88 diz que os atos administrativos do Judicirio devem ser fundamentados, ele tambm poderia ter dito aos outros. Se no o fez, por escolha, no h necessidade para os outro.No art.50, da lei n 9784, se l tem uma lista, porque no precisa.O STF J DISSE QUE OBRIGATRIA. POSIO MAJORITRIA.

MOTIVO DO ATO ADMINISTRATIVO

FATO + FUNDAMENTO JURDICO = prtica do ato

EX.: PASSEATA TUMULTUOSA a Administrao pode dissolv-la.

3.a. Legalidade do MotivoI. MaterialidadePara ter legalidade do motivo, eu preciso ter um motivo VERDADEIRO, materialidade.

II. Motivo declarado deve ser compatvel com o motivo legalSe o servidor pratica uma infrao leve, a lei determina a aplicao de pena leve de advertncia. Se o servidor pratica infrao grave, pena grave demisso.Eu no posso demitir um servidor porque ele praticou uma infrao leve, porque no compatvel com o que a legislao exige.III. Motivo declarado deve ser compatvel com o resultado do atoSe eu quero aplicar contra a Maria, que praticou uma ao grave, no poderei punir outro em seu lugar.Ex.: A, B e C receberam permisso para porte de arma. Se A, violento, perde o porte de arma, porm, B e C no podero ter seus portes retirados por violncia praticada por A.

3.b. Teoria dos motivos determinantesUma vez declarado o motivo, a Administrao dever obedecer, ela estar vinculada.A Autoridade tem que cumprir o motivo. Ex.: exonerao por excesso de quadro no dia seguinte no posso contratar.I. Compatvel com a LEIO MOTIVO precisa ser legal.

Obs.: Exonerao ad nutum = dos cargos em comisso, os chamados cargos de confiana. Estes atos no dependem de motivo. NO PRECISO RESPEITAR OS MOTIVOS DESTE ATO. Posso exonorar sem justificao. Se quiser poder apresentar motivo, ex.: excesso de despesa, etc. A partir do momento que fala, TER QUE OBDECER. No precisa de motivo, no entanto, se declarado ter que obedecer.

Obs.: TREDESTINAO mudana do motivo permitida, autorizada pelo ordenamento jurdico, desde que mantido o interesse pblico. H uma hiptese na DESAPROPRIAO = quando mantida o interesso pblico, condio para a mudana.Ex.: Desapropriao para construir escola no meio do processo, necessidade de hospital se torna mais urgente PODE! Interesse Pblico.

Obs.: Alegao de motivo FALSO ilegalidade NO PRECISA OBEDECER, no tem como cumprir. Estar descumprindo a Teoria dos Motivos Determinantes, a autoridade no ter como cumprir devido a ilegalidade.

Para CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO O motivo pode ser de fato ou de direito. O motivo: pressuposto de fato e/ou pressuposto de direito.

Objeto do Ato

Resultado prtico do ato. O objeto o ato considerado em si mesmo. Produz o efeito jurdico IMEDIATO.

Requisitos do objeto:I. Licitude para o Administrativo o que est autorizado por leiII. Possvel objeto suscetvel de ser realizado, seja no mbito material quanto no jurdico. Ex.: remoo de servidor falecido objeto impossvel;III. Determinado que pode ser determinado desde j, ou durante o processo, ou seja, determinvel.