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Resumo sobre principais tópicos de direito administrativo. Slides.
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Direito Administrativo Professora Amanda Almozara
Noes de Direito Administrativo
Professora Amanda Almozara
Advogada
Ps-graduada e Mestranda pela PUC/SP
www.professoraamanda.com.br
Direito Administrativo Professora Amanda Almozara
Noes de Direito Administrativo
AULA 1
1. Estado, governo e administrao pblica: conceitos, elementos, poderes e
organizao; natureza, fins e princpios.
2. Direito Administrativo: conceito, fontes e princpios.
Direito Administrativo Professora Amanda Almozara
Tpico 1:
Conceito de Estado
a nao jurdica e politicamente organizada. um ente personalizado. Pessoa jurdica territorial soberana. Art. 40 1 41 do CC PJ de Direito Pblico
Forma de Estado: FEDERAL. Poderes polticos distintos descentralizao poltica.
Poder poltico central: Unio
Poder poltico regional: Estados-membros
Poder polticos municipal: Municpios
Todos vinculados: CONSTITUIO E AS LEIS.
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Poderes do Estado:
So poderes flexveis. Exercem funes tpicas e atpicas.
Poder Legislativo: fiscaliza e elabora os atos normativos primrios.
Poder Judicirio
Poder Executivo: complexo de rgos estatais verticalmente estruturados, sob direo superior do
Chefe do Executivo.
A funo administrativa predominantemente exercida pelo Poder Executivo
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Elementos do Estado:
POVO: conjunto de indivduos. Populao o aspecto demogrfico (nmero de habitantes). Nao agrupamento poltico autnomo que ocupa territrio com limites definidos e cujos membros respeitam instituies compartidas.
TERRITRIO: dimenso espacial.
PODER/GOVERNO: relacionada com a funo poltica de comando, coordenao, direo, fixao de
planos e diretrizes de atuao do Estado.
No se confunde com o conceito de Administrao Pblica aparelhamento do Estado para a execuo das
polticas pblicas.
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Sistema de governo:
Presidencialista: Presidente Chefe de Estado e Governo.
Forma de governo:
Repblica: RESET (responsabilidade, eletividade, temporariedade)
Administrao Pblica
Em sentido amplo: funo poltica e administrativa (polticas pblicas diretrizes, programas de
aes governamentais e planos de atuao). amplamente discricionria.
Em sentido estrito: funo meramente administrativa ou executiva. Resume-se execuo das
polticas pblicas formuladas no exerccio da atividade poltica. Atividade consistente na defesa do
interesse pblico.
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A expresso Administrao Pblica pode ser tomada em dois sentidos (classificao de Maria Silvia Zanella de Pietro) a) Sentido Subjetivo, Formal ou Orgnico: conjunto de pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos, no exerccio da funo administrativa. Independe do poder a que pertenam.
ESCREVE COM LETRA MAISCULA.b) Sentido Objetivo, Material ou Funcional: caso em que identifica-se com funo administrativa. a atividade estatal consistente em defender concretamente o interesse pblico.
ESCREVE COM LETRAS MINSCULAS.Questo ESAF/2002 A expresso administrao pblica em sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade exercida pelas pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos.
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Caractersticas da Funo Administrativa So elas:
Concreta: aplica a lei ao caso concreto.
No inova inicialmente a ordem jurdica
Direta ou Parcial: Estado-Administrao exerce a Funo Administrativa como parte interessada.
Subordinada: sujeita a Controle Jurisdicional - art. 5, XXXV, da CF a lei no excluir da apreciao
do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito.
Obs.: Brasil: Sistema da Jurisdio nica ou Ingls. No vigora o Sistema do Contencioso Administrativo ou Francs (Tribunais Administrativos, alheios ao Poder Judicirio, que decidem os conflitos envolvendo a Administrao Pblica)
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sujeita a um Regime Jurdico de Direito Pblico.
A Funo Administrativa exercida de ofcio.
Tarefas precpuas da Administrao Pblica Moderna:
Exerccio do poder de polcia: limitao e condicionamento das atividades particulares, em nome do
interesse pblico
Prestao de servios pblicos: Wellfare state
Realizao de atividade de fomento: incentivar setores sociais, estimulando o desenvolvimento da
ordem social e econmica.
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Natureza da Administrao: mnus pblico para quem a exerce - encargo de defesa, conservao e
aprimoramento dos bens, servios e interesses da coletividade, impondo ao administrador pblico a
obrigao de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da Moral administrativa que regem sua atuao,
pois tais preceitos que expressam a vontade do titular dos interesses administrativos - o povo - e
condicionam os atos a serem praticados no desempenho do mnus pblico que lhe confiado.
Fins da Administrao Pblica: o bem comum da coletividade administrativa, em defesa do interesse
pblico.
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Tpico 2:
Conceito de Direito Administrativo:
- Escola Francesa (Legalistas) (sc. XIX): sustentava que o Direito Administrativo se detm no estudo do sistema de leis que regem a Administrao Pblica. Crtica: o direito administrativo no se reduz lei,
tendo outras fontes formais (princpios, costumes, jurisprudncias, doutrina, etc.).- Escola Italiana (sc. XX): concede ao Direito Administrativo o estudo dos atos do Poder Executivo. Crtica: Excludo esto os atos meramente administrativos, embora em reduzida escala, dos Poderes
Judicirio e Legislativo.
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- Critrio das Relaes Jurdicas: regula relaes entre o Estado e seus sditos - os administrados.
Crtica: tais relaes tambm so reguladas por outros ramos do direito pblico: constitucional, tributrio,
penal, processual.
- Critrio dos Servios Pblicos: o conjunto de normas jurdicas reguladoras dos servios pblicos. Crtica: nem toda atividade do Estado servio pblico, podendo exercer o Poder de Polcia, atividades
internas etc.
- Critrio da Administrao Pblica: conjunto de normas e princpios de Direito Pblico que regem a organizao e o funcionamento da atividade estatal de satisfao concreta e imediata dos interesses
pblicos (satisfao de necessidades coletivas) - administrao pblica.
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Hely Lopes Meirelles: o conjunto harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes, as atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
Odete Medauar: conjunto de normas e princpios que regem a atuao da Administrao Pblica; trata primordialmente da organizao, meios de ao, formas e relaes jurdicas da Administrao Pblica.
Celso Antonio Bandeira de Mello: conjunto de normas (princpios e regras) do Direito Pblico que disciplina a funo administrativa e os rgos que a exercem...
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Todavia, o Direito Administrativo no compreende a integralidade de tudo que se compreende na funo
administrativa; certas parcelas da funo administrativa so excludas da rbita de estudo do direito
administrativo, sendo estudado em apartado: tributrio, financeiro, previdencirio, urbanstico etc.
Diogo de Figueiredo Neto: sistema ordinrio, destinado a conciliar a proteo dos interesses individuais,
coletivos e difusos com a prossecuo do interesse pblico; assim como o direito civil o direito comum
do Direito Privado, o direito administrativo o direito comum do Direito Pblico.
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Maria Sylvia Zanella Di Pietro: ramo do Direito Pblico que tem por objeto os rgos, agentes e pessoas jurdicas administrativas que integram a Administrao Pblica, a atividade jurdica no contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus fins, de natureza pblica.
EM RESUMO:
conjunto de regras princpios: funcionamento de pessoas/rgos
relaes entre administrao pblica e seus agentes
exerccio da funo administrativa
gesto de bens pblicos
finalidade de atender ao interesse pblico
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FONTES do Direito Administrativo
FONTE PRIMRIA:
Lei
FONTE SECUNDRIA:Doutrina;
Jurisprudncia;
Costumes;
Princpios gerais do Direito.
Observao: Smula vinculante
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Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao, mediante deciso de dois
teros dos seus membros, aps reiteradas decises sobre matria constitucional, aprovar smula que, a
partir de sua publicao na imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do
Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 1 A smula ter por objetivo a validade, a interpretao e a eficcia de normas determinadas, acerca das quais haja controvrsia atual entre rgos judicirios ou entre esses e a administrao pblica que acarrete grave insegurana jurdica e relevante multiplicao de processos sobre questo idntica.
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Regime Jurdico Administrativo e os
Princpios Constitucionais da Administrao Pblica
O Regime Jurdico Administrativo o regime que se aplica ao Direito Pblico.
Regime Jurdico da Administrao Pblica: engloba todo e qualquer regime a que a Administrao
est submetida, seja de direito pblico ou privado. Que indica qual ser? A Constituio Federal e as leis infraconstitucionais
O Regime Jurdico Administrativo caracterizado pelo binmio: Prerrogativas e Sujeies. Vamos estud-los:
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1) As prerrogativas: supremacia do interesse pblico sobre o interesse do particular,
2) As restries: atender ao interesse pblico indisponibilidade do interesse pblico
Princpios Constitucionais da Administrao Pblica
1) Princpio da supremacia do interesse pblico sobre o interesse particular ou Princpio da finalidade pblica. Trata-se de princpio constitucional implcito, Na Constituio Paulista (CE/SP) princpio expresso no artigo. 111.
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Pode ser encarado sob dois aspectos:
a) Legislador e Administrador: na elaborao e na aplicao da Lei - levem em considerao o interesse pblico.
b) Prevalncia do interesse pblico sobre o interesse meramente privado, quando houver conflito entre eles.
2) Princpio da indisponibilidade do interesse pblico: a o interesse pblico indisponvel, porque, os agentes pblicos no so os senhores/donos de tal Interesse. Eles tm apenas a funo de gerir o
interesse pblico.
No vigora no Direito Administrativo o princpio da autonomia da vontade, mas, sim, a ideia de funo,
de dever de agir no atendimento do interesse pblico.
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3) Princpio da legalidade Trata-se de princpio constitucional expresso, porque consta do art. 37, caput, da CF.
Para Hely Lopes Meireles, enquanto ao particular lcito fazer tudo o que a lei no probe, na
Administrao Pblica s permitido fazer aquilo que a lei autoriza.
Princpio da juridicidade e bloco de legalidade: Lei 9784/99 (Lei do Processo Administrativo) - Art. 2, Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de: I - atuao conforme a lei e o Direito;
PORTANTO:
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BLOCO DE LEGALIDADE
Administrao obrigada a respeitar:
Constituio Federal (incluindo as Emendas Constitucionais e o Prembulo controle de legalidade)
Constituies estaduais e LO
Decretos legislativos e resolues
Leis ordinrias e complementares
Medidas provisrias
Tratados e convenes internacionais
Princpios gerais do direito
Atos administrativos normativos
Costumes
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EXCEES LEGALIDADE (Celso Antonio)MEDIDA PROVISRIA Artigo 62 da CFESTADO DE DEFESA Artigo 136 da CF
ESTADO DE STIO Artigo 137 da CF
ATENO: ATOS ADM. DISCRICIONRIOS NO SO EXCEO LEGALIDADE.
4) Princpio da impessoalidade Trata-se de Princpio Constitucional Expresso - art. 37 caput, CF. Administrador pblico - s pratique o ato para o seu fim legal. Exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pblica.
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Este Princpio pode ser encarado sob dois aspectos:
1) se relaciona com os Administrados: Administrao Pblica exera a sua funo, tendo como norte o interesse pblico, sem distines discriminatrias, benficas ou prejudiciais em relao aos Administrados - sempre respeitar a lei.
2) se relaciona com a Administrao: o agente que pratica o ato administrativo, o faz em nome da prpria Administrao Pblica. Trata-se da aplicao da Teoria do rgo atuao do agente imputada ao Estado.
Exemplo: artigo 37, 1 da CF: A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que
caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.
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5) Princpio da moralidade ou probidade: dever do administrador no apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a
administrao. Toda atuao do administrador inspirada no interesse pblico.
MORALIDADE : HONESTIDADE, TICA, PROBIDADE, BOA-F, DECORO, LEALDADE.
Sirva de exemplo:
Artigo 37, 4: os atos de Improbidade Administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao
previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.
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Smula Vinculante n 13 do Supremo Tribunal Federal, que trata da proibio do Nepotismo na
Administrao Pblica.
Smula Vinculante 13: A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de
confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos
Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaes recprocas, viola a Constituio Federal.
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INSTRUMENTOS DE DEFESA DA MORALIDADE:
Ao popular: artigo 5, LVIII da CF
Ao Civil Pblica de Improbidade Administrativa: Lei 8429/92
Controle externo do Tribunal de Contas
Comisses Parlamentares de Inqurito (CPIs): artigo 58. 3 da CF
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6) Princpio da publicidade: levar a conhecimento pblico os atos que pratica, ressalvados os casos de sigilo previstos em lei.
Transparncia na atuao adm.
por meio da publicidade dos atos que possvel exercer o controle de legalidade quanto sua prtica.
A publicidade no impe, necessariamente, divulgao do ato em Dirio Oficial. A lei aplicvel espcie
dir de que forma se far o atendimento do princpio da publicidade.
Objetivos:Exteriorizar a vontade da adm.
Tornar exigvel o contedo
Desencadear a produo de efeitos
Permitir controle de legalidade
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Publicidade:
Divulgao no DO interessados indeterminados
Comunicao ao interessado em atos individuais
Natureza jurdica da publicao dos atos gerais:Corrente majoritria: condio de eficcia (Hely)Corrente minoritria: elemento de existncia (Celso Antonio) adotado na ESAF Auditor Fiscal da Receita
Excees publicidade:
Segurana do Estado artigo 5, inc. XXXIII da CF
Segurana da Sociedade
Intimidade dos envolvidos artigo 5, inciso X da CF
Obs.: STF s divulgar na Voz do Brasil no caracteriza respeito publicidade.
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7) Princpio da eficincia O princpio da eficincia foi acrescentado ao rol do artigo 37, caput da Constituio Federal, pela EC
19/98. Portanto, hoje princpio explcito.Eficincia: o poder, capacidade de ser efetivo; efetividade, eficcia, virtude ou caracterstica de (algum ou algo) ser competente, produtivo, de conseguir o melhor rendimento com o mnimo de erros e/ou dispndios.
objetivando ao princpio da eficincia, que ocorre a Descentralizao das funes administrativas, mediante a criao de entidades da administrao indireta ou contratao de pessoas para prestao de
servios pblicos A eficincia deve ser buscada dentro dos limites da legalidade.
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ATENO: A ECONOMICIDADE, REDUO DE DESPERDCIOS, QUALIDADE, RAPIDEZ, PRODUTIVIDADE E RENDIMENTO FUNCIONAL SO VALORES DA EFICINCIA.
Forma mnemnica dos princpios constitucionais expressos no caput do artigo 37 da
Constituio Federal.
L Legalidade
I Impessoalidade
M Moralidade
P Publicidade
E Eficincia
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Outros princpios da Administrao Pblica:
1) Finalidade: Toda atuao do administrador se destina a atender o interesse pblico relaciona-se com a impessoalidade.
O interesse pblico pode ser:
Primrio identifica-se com o de toda a coletividade. o interesse coletivo.Secundrio o pertinente Pessoa Jurdica de Direito Pblico. Ex.: a Unio tem interesse
secundrio em pagar menos aos seus servidores.
O administrador, praticando o ato fora dos fins expressa ou implicitamente contidos na norma, pratica
DESVIO DE FINALIDADE.
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2) Princpio da Continuidade do servio pblico: o servio pblico destina-se atender necessidades sociais. No se permite exceo do contrato no cumprido - a legislao j permite que o particular invoque a exceo de contrato no cumprido Lei 8666/93, art. 78, XV, apenas no caso de atraso
superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administrao.
Est previsto na Lei 8987/95, artigo 6, 1o Servio adequado o que satisfaz as condies de regularidade, continuidade, eficincia, segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e
modicidade das tarifas.
STJ: pode cortar o fornecimento do servio por:
a)Razes de ordem tcnica ou segurana das instalaesb)Inadimplemento do usurio
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3) Princpio da Autotutela: a Administrao tem o dever de zelar pela legalidade e eficincia dos seus prprios atos. por isso que se reconhece Administrao o poder dever de declarar a nulidade dos seus prprios atos praticados com infrao Lei.
Smula 473 do STF: A administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios
que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de
convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciao judicial.
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4) Princpio da razoabilidade: os poderes concedidos Administrao devem ser exercidos na medida necessria ao atendimento do interesse coletivo, sem exacerbaes EQUILBRIO, COERNCIA E BOM SENSO.
5) Princpio da proporcionalidade: conduta administrativa deve atingir o interesse pblico almejado. A PROIBIO DO EXAGERO. Lei 9784/99 artigo 2, VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries
e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico.
A adequao entre meios e fins associada proporcionalidade.
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O princpio da proporcionalidade, segundo a doutrina alem, subdivide-se em:
Adequao uma relao de causalidade entre o meio utilizado e o fim almejado. Necessidade ou exigibilidade ou princpio da menor ingerncia possvel dentre os vrios
meios existentes para se atingir o fim, deve-se adotar o menos gravoso possvel (Jellinek).Proporcionalidade em sentido estrito uma anlise da relao custo-benefcio da medida.
Toda medida vai ter como consequncia uma restrio aos direitos individuais.
OBS.: No exerccio do Poder de Polcia, deve-se atender ao Princpio da Proporcionalidade.
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6) Princpio da participao: Artigo 37, 3 - A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamaes relativas prestao
dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a
avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios; II - o acesso dos usurios a registros
administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII; III - a
disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na
administrao pblica.
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7) Princpio da celeridade processual: Artigo 5, LXXVIII a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao.
8) Princpio do devido processo legal formal e material: Artigo 5, LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
9) Princpio do contraditrio e da ampla defesa: Artigo 5, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;
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Smula Vinculante nmero 3: Nos processos perante o tribunal de contas da unio asseguram-se o
contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso
inicial de aposentadoria, reforma e penso.
ATENO:Lei 9784/99 (Lei do Processo Administrativo) - Art. 2o A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.
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Artigo 2, Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de:
I - atuao conforme a lei e o Direito; LEGALIDADE
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renncia total ou parcial de poderes ou competncias,
salvo autorizao em lei; FINALIDADE
III - objetividade no atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades; IMPESSOALIDADE
IV - atuao segundo padres ticos de probidade, decoro e boa-f; MORALIDADE
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V - divulgao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na
Constituio; PUBLICIDADE
VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida
superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico; PROPORCIONALIDADE
VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso; OBRIGATRIA MOTIVAO
VIII observncia das formalidades essenciais garantia dos direitos dos administrados; SEGURANA JURDICA
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IX - adoo de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurana e respeito
aos direitos dos administrados; INFORMALISMO
X - garantia dos direitos comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de provas e
interposio de recursos, nos processos de que possam resultar sanes e nas situaes de litgio;
CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA
XI - proibio de cobrana de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; GRATUIDADE DOS
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
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XII - impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dos interessados; IMPULSO OFICIAL OU OFICIALIDADE
XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a
que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao. SEGURANA JURDICA