DIREITO CIVIL I PARTE GERAL Prof. Ana Paula Mansano
Baptista
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1. NOES ELEMENTARES DO DIREITO 1.1 Conceito 1.3 Direito e Moral
1.4 Direito objetivo e subjetivo 1.5 Direito pblico e privado 1.6
Fontes do direito 1.7 Sistemas Jurdicos
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PROVAS BIMESTRAIS COM QUESTES TERICAS E PRTICAS = 70 % DA NOTA
FINAL SEMINRIOS, PARTICIPAO DO ACADMICO EM SALA DE AULA E TRABALHOS
DE PESQUISA = 30 % DA NOTA DO BIMESTRE.
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CONCEITO: Direito o conjunto de normas gerais e positivas, que
regulam a vida social. Origina-se a palavra direito do latim
directum, significando aquilo que reto, que esta de acordo com a
lei. No existe Direito fora da sociedade O Ser humano tem a
necessidade de conviver com outras pessoas, e para que isso fosse
possvel, ele foi atravs da evoluo histria construindo com base em
valores, as normas gerais de convivncia.
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O que so esses valores ? so quando atribumos certos
significados, qualidades aos fatos e coisas pertencentes a nosso
meio, a nossa vida. Por exemplo quando afirmamos que uma pessoa boa
ou m, simptica ou antiptica, nada mais fazemos do que atribuir um
valor, porm, esse valor pessoal, podendo no ser o mesmo atribudo
por outrem ou por uma coletividade
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A Norma Jurdica a expresso formal do direito, disciplinadora
das condutas. No direito nada absoluto, tudo pode ser. Justamente
porque o homem vive em uma sociedade em constante transformao.
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Desta forma, podemos fazer uma distino, entre o ser do mundo da
natureza e o dever ser do mundo jurdico. O mundo do ser
caracteriza- se pela liberdade da escolha da conduta, e o mundo do
conhecimento, enquanto que o mundo do dever ser o objeto da ao
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Entre os vrios objetivos da NORMA, est o de conciliar o
interesse individual, egosta por excelncia, com o interesse
coletivo, que nem sempre muito claro, portanto o direito ordem
normativa, um sistema de normas harmnicas entre si.
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Portanto vive o direito da valorao dos fatos sociais, do qual
nascem as normas. Assim foi criada por Miguel Reali a Teoria
Tridimensional do Direito: que nada mais do que a trilogia fato
social valor norma. A medida de valor que d ao fato, transporta-se
para a norma
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podemos dizer que o direito uma realidade histrico-cultural,
que se desenvolve sempre na sociedade, atravs dos constantes
valores de convivncia, ou seja, o direito refere-se sempre ao todo
social como garantia de coexistncia. Da porque s existir direito em
sociedade. Direito a cincia do dever ser. Para que cada um receba o
que seu, o Direito coercitivo, imposto sociedade por meio de normas
de conduta.
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Distino entre o direito e a moral As normas jurdicas e morais,
tem em comum o fato de constiturem regras de comportamentos, porm
distinguem se principalmente pela sanso. E tambm pelo campo de ao
que na moral mais amplo. Ou seja, nem toda conduta humana interessa
ao direito, nem tudo o que moral jurdico, a justia apenas uma parte
do objeto da moral.
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Direito positivo e o direito natural Direito positivo: o
ordenamento jurdico em vigor em um determinado pas, e em um
determinado perodo, ou seja, o conjunto de princpios que pautam a
vida social de determinado povo em determinada poca. Direito
natural: a idia abstrata do direito, ordenamento ideal, corresponde
a uma justia superior e suprema.
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Direito OBJETIVO, o conjunto de normas imposta pelo Estado, de
carter geral, onde os indivduos devem observar sob pena de coero
(de serem punidos) DIREITO SUBJETIVO: o poder que a ordem jurdica
confere a gem de agir e de exigir de outrem determinado
comportamento. , portanto, o meio de satisfazer interesses humanos,
derivados do direito objetivo, nascendo com ele
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O direito subjetivo a expresso da vontade individual, um poder
atribudo vontade do individuo para a satisfao de sues prprios
interesses, protegidos pela lei, e o direito objetivo a expresso da
vontade geral.
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Embora haja uma diviso do direito objetivo, em direito PUBLICO
E PRIVADO, na vida pratica essa distino no tem importncia, o
direito deve ser entendido como um todo. Fazemos portanto essa
distino por motivos didticos Podemos dizer que o critrio utilizado
pelo direito romano para diferenciar o Direito publico do direito
privado foi a utilidade ou do interesse, onde o, Direito Publico
corresponde s coisas do ESTADO, e o direto privado o que pertence
utilidade das pessoas.
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Ocorre hoje, no mundo jurdico o fenmeno chamado de PUBLICIZAO
do direito privado, que nada mais do que a interveno do estado, nos
direitos individuais. Essa interveno do estado cada dia mais
freqente, onde podemos observar uma restrio ao direito
individual
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O direito civil o cerne do Direito privado, o direito comum que
rege as relaes entre os particulares. Que disciplinam a vida das
pessoas desde a concepo at a morte, e ainda depois dela,
reconhecendo a eficcia post mortem do testamento e exigindo
respeito memria dos mortos (art.12, pargrafo nico do CC)
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O cdigo civil a constituio do homem comum, por reger as relaes
mais simples da vida cotidiana, os direitos e deveres das pessoas
na sua qualidade de esposo ou esposa, pai ou filho, credor ou
devedor, alienante ou adquirente, proprietrio e possuidor, condmino
ou visinho, dentre outros, toda a vida social est impregnada no
direito civil, que regula as ocorrncias do dia a dia.
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Devido complexidade e o enorme desenvolvimento das relaes da
vida civil que o legislador chamado a disciplinar, no possvel
encaixar o direito civil no respectivo cdigo. Assim, muitos
direitos e obrigaes concernentes s pessoas, aos bens e suas relaes
encontram-se reguladas em leis extravagantes, que no deixam de
pertencer aos direito civil, bem como prpria Constituio
Federal.
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Alm de ser o cerne do direito privado, e regular as relaes da
vida privada de uma determinada sociedade. O Direito civil, tambm
pode ser encarado como cincia: estudo que feito para pesquisar seu
contedo, seus institutos, no s do direito positivo, como tambm o
estudo de Direito Civil de outros povos, comparando-o, para trazer
solues ao direito interno, tanto no campo pratico, como no campo
legislativo (Direito Civil Comparada). ). A cincia do Direito
Civil, estampa-se na Doutrina, a doutrina, investiga, instrui,
ensina, fundamenta, interpreta raciocina sobre os postulados do
direito posto, direito positivo. atravs da doutrina, que estudamos
o direito civil, para se alcanar o ideal mais elevado de
justia.
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A expresso fonte do direito possui dois sentidos: um histrico,
e outro que a diferentes maneiras de realizao do direito. No inicio
da evoluo social, antes do surgimento da escrita, a principal fonte
do direito eram os COSTUMES, trata-se do direito no escrito,
conservado no sistema de Common Law, com o passar do tempo e a
evoluo social, bem como a organizao do Estado, o Direito passa a
emanar de uma autoridade, sob forma de LEI, originado pelo sistema
romano-germanico, que o nosso.
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Fontes do direito: o meio tcnico de realizao do direito
objetivo. Para a compreenso da natureza e eficcia das normas
jurdicas pressupe o conhecimento de sua origem ou fonte. Assim no s
as autoridades encarregadas de aplicar o direito como tambm todos
aqueles que devem obedec-los, precisam conhecer suas fontes, suas
origens.
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Nesse sentido, podemos dizer que a Lei o objeto da Lei de
Introduo ao Cdigo Civil e a principal fonte do direto. A Lei de
introduo ao Cdigo Civil, no uma simples introduo ao cdigo civil,
mas a todo o ordenamento jurdico brasileiro, apresenta sem seu art.
4, como fontes do Direito: a lei, a analogia, os costumes e
princpios gerais do direito.
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So consideradas como fonte FORMAL do direito: a Lei, a
analogia, os costumes e os princpios gerais do direito. E como
fonte no formais: a doutrina e a jurisprudncia.
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Dentre as fontes formais, a LEI a fonte principal, e as demais
so fontes acessrias. Costuma-se tambm, dividir as fontes do direito
em: Diretas ou imediatas (a lei e o costume, que por si s gera a
regra jurdica) e; Indiretas ou mediatas ( a doutrina e a
jurisprudncia, que contribui para que a norma seja elaborada).
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Obs.: a Jurisprudncia, apesar de no ser considerada uma fonte
formal do direito, no plano da realidade prtica ela tem se tornado
uma fonte criadora do direito. Basta observarmos a invocao da smula
oficial de jurisprudncia, nos tribunais superiores (STF E STJ). Tal
situao se confirmou, com a entrada em vigor da Lei 11.417 de 2006,
onde regulamentou o art. 103-A da CF, disciplinado a edio, reviso e
o cancelamento de smulas vinculantes pelo STF.
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Primeiramente vamos afastar da denominao Lei, as Leis Naturais,
o que nos importa a regra jurdica, como lei do dever ser. CONCEITO
DE LEI: uma regra geral de direito abstrata e permanente, dotada de
sano, expressa pela vontade de uma autoridade, de cunho obrigatrio
e de forma escrita.
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Lei nada mais do que toda regra geral de conduta, abrangendo as
normas escritas e costumeiras, ou seja, tida norma escrita,
expressa no nosso ordenamento jurdico, atravs de um processo
legislativo. Lei, um ato do poder legislativo que estabelece normas
de comportamento social.
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GENERALIDADE: Dirige-se a todos os cidados indistintamente
ABSTRATA: porque regula uma situao jurdica abstrata, o legislador
visa proteger condutas sociais futuras a serem alcanadas pela lei.
PERMANENTE: os efeitos da aplicao da lei so permanentes
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EMANAO DE AUTORIDADE COMPETENTE: A estrutura do Estado (de
acordo com as competncias legislativas previstas na Constituio
Federal) dir qual o poder competente para expressar determinada
lei. ESCRITA: a Lei apresentada por uma formula escrita, em geral,
imperativa e categrica.
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IMPERATIVIDADE OU SANO: como imperatividade ela impe um dever,
uma conduta ao indivduos. A lei uma ordem um comando. Como sano o
elemento constrangedor, obriga o individuo a fazer o que a lei
determina. A sano pode ser direita ou indireta, no direito
repressivo a sano sempre direita, ex. no cdigo penal obriga a no
matar e impe uma pena a quem praticar o crime de homicdio. J no
direito privado a sano atuar em geral de forma indireta, por ex. se
para um contrato for exigida a presena de duas testemunha, sua
ausncia poder acarretar a anulao do contrato. por meio da sano que
se obriga ao cumprimento da Lei.
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QUANTO A IMPERATIVIDADE: COGENTES: MANDAMENTAIS E PROIBITIVAS
NO COGENTES: PERMISSIVAS E SUPLETIVAS
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COGENTES: tambm denominada de ordem pblica ou de imperatividade
absoluta so: Mandamentais (determinam uma ao) ou; ex. art. 1.630
CC: Os filhos esto sujeitos ao poder de famlia, enquanto menores.
Proibitivas (ordenam uma absteno).
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NO COGENTES tambm chamadas de dispositivas, ou de
imperatividade relativa: impe-se supletivamente as partes. Cabe aos
interessados valerem- se dela ou no. No determinam nem probem de
modo absoluto determinada conduta, mas permitem uma ao ou absteno
ou suprem declarao de vontade no manifestada. Distingue-se em
:
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Permissivas: quando permite que os interessados disponham como
lhes convier. Por ex. a que permite as partes estipular, antes do
casamento, quanto aos bens o que lhes aprouver (art. 1.639 CC)
Supletivas: quando se aplica na falta de manifestao da vontade das
partes. Essas costumam vir acompanhada das expresses: salvo
estipulao em contrrio, ou salvo se as partes convencionarem
diversamente.
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QUANTO AO CONTEUDO DO AUTORIZAMETNO Considera-se a intensidade
da sano aplicada, assim podemos classific-la em: MAIS QUE PERFEITA:
So as que estabelecem ou autorizam a aplicao de DUAS sanes na
hiptese de serem violadas. Por ex. art 19 da Lei de Alimentos e seu
pargrafo primeiro, que prevem: a pena de priso para o devedor de
penso alimentcia, e ainda a obrigao de pagar as prestaes vencidas e
vincendas, sendo que o cumprimento integral da pena corporal, no o
eximir de referida obrigao.
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PERFEITAS: so aquelas que impe a nulidade do ato simplesmente,
sem a aplicao da pena ao violador. Por ex. a que considera nulo o
negocio jurdico celebrado por pessoa absolutamente incapaz (ar.
166, I, CC) MENOS QUE PERFEITA: so as que no acarretam a nulidade
ou anulao do ato ou negocio jurdico na circunstncia de serem
violadas, somente impondo ao violador um sanso. IMPERFEITAS: so as
leis cuja a violao no acarreta nenhuma conseqncia. Ex. as dividas
de jogo e as dividas prescritas.
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SEGUNDO A SUA NATUREZA Sob esse aspecto as Leis so:
Substantivas (materiais) ou adjetivas (formais) SUBSTANTIVAS: so as
que definem direitos e deveres e estabelecem os seus requisitos e
forma de exerccio. So tambm chamadas de materiais, porque tratam do
direito material. ADJETIVAS: so as que traam os meios de realizao
do direito, sendo tambm denominadas processuais ou formais.
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QUANTO A SUA HIERARQUIA Sob esse enfoque, as normas
classificam- se em constitucionais, complementares, ordinrias,
delegadas, medidas provisrias, decretos legislativos, resolues e
normas internas.
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Normas Constitucionais: so as que constam da constituio, as
quais as demais devem amoldar-se Normas complementares: so as que
encontram-se entre as normas constitucionais e as leis ordinrias,
porque tratam de matrias especiais, que no podem ser deliberadas em
leis ordinrias e cuja a aprovao exige um quocum especial (art. 59 e
69 da CF).
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Leis Ordinrias: so as leis comuns que emanam dos rgos investido
de funo legislativa pela Constituio Federal. Leis delegadas: so
elaboradas pelo executivo, por autorizao expressa do Legislativo,
tem a mesma posio hierrquica que as leis ordinrias.
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Medidas Provisrias: apesar de no serem propriamente considerada
uma Lei, esto no mesmo plano das leis ordinrias e delegadas. So
editadas pelo poder executivo, que exerce funo normativa, nos caos
previstos pela Constituio Federal. A CF permite que o Presidente da
Republica adote tais medidas, que tem fora de lei, nos casos de
relevncia e urgncia, devendo submet-la de imediato ao congresso
nacional. Tais medidas devem ser convertidas pelo congresso em lei
no prazo de 60 dias, do contrario, perder sua eficcia.
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Decretos Legislativos: so instrumentos normativos por meio dos
quais so materializada as competncias exclusivas do congresso
nacional, como a de resolver definitivamente sobre os tratados
internacionais que acarretam compromisso gravosos ao patrimnio
nacional, e a de disciplinas os efeitos decorrentes da medida
provisria no convertida em lei.
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Resoluo: so normas expedidas pelo Poder Legislativo,
regulamentando matria de competncia privativa da Cmara dos Deputas
e do Sanado Federal, com natureza administrativa ou poltica. Ex. a
suspenso da execuo da lei que foi declarada inconstitucional pelo
STF Normas Internas: so os regimentos e estatutos que disciplinam
as regras procedimentais sobre o funcionamento do legislativo.
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QUANTO A COMPETENCIA E A EXTENSO TERRITORIAL Sob esse ngulo,
tendo em vista a competncia legislativa estabelecida pela CF,
divide-se as Leis em: Leis Federais; Leis Estaduais; Leis
Municipais.
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QUANTO AO ALCANCE Gerais: so as que se aplica a todo um sistema
de relaes jurdicas, como o Cdigo Civil, tambm chamado de direito
comum. Especiais: so as que afastam as regras de direito comum, e
se destinam a situaes jurdicas especificas ou a determinadas
relaes, como as de consumo, as de locao, as concernentes ao
registro publico, etc.
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H uma hierarquia na utilizao dos mecanismos de integrao do
sistema jurdico, figurando a analogia em primeiro lugar. Somente
sero utilizado os demais se a analogia no puder ser aplicada, isso
porque o Direito Brasileiro consagra a supremacia da LEI.
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O emprego da analogia consiste em aplicar ao caso no previsto
na norma legal concernente a uma hiptese anloga prevista, e assim
tipificada. Ou seja, em situaes semelhantes deve se aplicar a mesma
regra do direito
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REQUISITOS: INEXISTNCIA DO DISPOSITIVO LEGAL, prevendo ou
disciplinando a hiptese do caso concreto. SEMELHANA entre a relao
no contemplada e outra regulada por lei. IDENTIDADE DE FUNDAMENTO
lgico e jurdico no ponto comum as duas situaes.
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Obs.: No pode-se confundir a analogia com a interpretao
extensiva, ou seja, na analogia implica o recurso a uma norma
semelhante do sistema jurdico em razo da inexistncia da norma
adequada em razo do caso concreto. J a interpretao extensiva
consiste na extenso do mbito de uma norma j existente, a situaes no
expressamente prevista, mas compreendida pelo seu esprito, mediante
uma interpretao menos literal.
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Fontes do Direito: conceito- de onde surgiram as normas
jurdicas/forma de expresso dessas normas. Divide-se em: Fontes
Formais e No Formais (porque so fontes criadoras do direito).
Podemos dizer que dentre as fontes formais do direito a Lei a
principal e as demais (analogia, costumes e princpios gerais do
direito) so acessrias.
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Lei: Suas principais caractersticas: Generalidade: dirige-se
abstratamente a todos. Imperatividade: impe um dever, uma conduta
Permanncia: seus efeitos perduram at ser revogada por uma outra
lei. CLASSIFICAO DA LEI: Quanto a sua imperatividade: Cogentes
Mandamentais e Proibitivas (independem da vontade de seus
interessados) No cogentes Permissivas e as supletivas
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Quanto ao contedo do autorizamento: intensidade da sano
aplicada: MAIS QUE PERFEITAS: prevem duas sanes PERFEITAS: prevem a
nulidade do ato como sano. MENOS QUE PERFEITAS: no anula o ato,
somente impe uma sano. IMPERFEITA: no gera conseqncias. Ex. divida
de jogo.
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Segundo sua natureza: Substantivas: MATERIAIS Adjetivas:
PROCESSUAIS (traam os meios de realizao do direito). Quanto a sua
hierarquia: Constitucionais Complementares Ordinrias Delegadas
Medidas provisrias Decretos Legislativos Resolues Normas
internas
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Quanto a Competncia: Federais Estaduais Municipais Quanto ao
seu alcance: Gerais: Direito Comum a todos Especiais: destinam a
situaes jurdicas especficas. Ex. Cdigo de Defesa do Consumidor
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ANALOGIA: consiste em aplicar ao caso no previsto na norma
legal concernente a uma hiptese anloga prevista, e assim
tipificada. Ou seja, em situaes semelhantes deve se aplicar a mesma
regra do direito Requisitos: Inexistncia do dispositivo legal
Semelhana Identidade de Fundamento
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Brota o costume da prpria sociedade, da repetio de uso de
determinada parcela do corpo social. Quando o uso se torna
obrigatrio, converte-se em costume. Porm nem todo uso costume, o
costume um uso considerado juridicamente obrigatrio. Por isso so
necessrias determinadas caractersticas: Exige-se que o costume seja
GERAL: largamente disseminados no meio social. Que tenha certo
Lapso de tempo: deve se constituir por um habito arraigado, bem
estabelecido. Deve o costume ser Constante: repetitivo na parcela
da sociedade que o utiliza.
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No existe um conceito, nem podemos definir quais so os
princpios gerais do direito. Por esses princpios os interpretes
investiga o pensamento mais alta da cultura jurdica universal,
buscando uma orientao geral do pensamento jurdico. Algumas
correntes, o identifica como sendo o Direito Natural, como
principio da equidade, princpios fundamentais da organizao social e
poltica do Estado So Regras que se encontram na conscincia dos
povos e so universalmente aceitas, mesmo no escritas.
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Equidade uma forma de manifestao da justia que tem o condo de
atenuar a rudeza de uma regra jurdica. O direito regula a sociedade
com normais gerais do justo e do equitativo, e a equidade procura
adaptar essas normas ao cosa concreto. A equidade se traduz na
busca constante e permanente do julgador da melhor interpretao
legal e da melhor deciso para o caso concreto, busca a adequao do
caso concreto para a norma.
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a forma de manifestao da justia, adaptar as normas gerais aos
casos concretos, uma adequao da norma ao caso concreto. o
sentimento de justia aplicado pelo julgador. Ex. art. 1.584, CC,
permite que o juiz na separao judicial ou divorcio, atribua a
guarda dos filhos a um dos genitores ou a terceiro que revele
compatibilidade com a natureza da medida.
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DOUTRINA Trabalho dos juristas, estudiosos do direito dentro
dos campos tcnicos, cientficos e filosficos. A doutrina ela auxilia
os aplicadores do direito, possibilitando uma melhor interpretao
das normas jurdica, traz sempre um novo sopro aplicao do
direito.
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O valor da obra jurdica baseia-se no fato de no se limitar a
reproduzir conceitos, mas de buscar novas solues, avaliar solues do
direito comparado, criticar a injustia e lacunas do nosso sistema
legislativo, enfim, prepara o esprito do legislador para as
reformas que se fizerem necessria, e dar base ao julgador para
partir para vos mais elevados, no os transformando em mero escravos
aplicadores da lei ou seguidores de conceitos atrasados,
ultrapassados.
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JURISPRUDNCIA Jurisprudncia, o conjunto de decises dos
tribunais, ou uma srie de decises similares sobre a mesma matria. A
jurisprudncia, nunca constituda de um nico julgado, mas de uma
pluralidade de decises. O termo Jurisprudncia, no Direito antigo,
significava a sabedoria dos prudentes, aos sbios do direito.
Significava a cincia do Direito.
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A jurisprudncia no est mencionada na lei como uma fonte formal
do direito, porm, vem ganhando grande importncia, para a aplicao do
direito. Porque, as leis envelhecem, perdem a atualidade e
distanciam-se dos fatos sociais para as quais foram criadas.
Cumpre, a jurisprudncia atualizar o entendimento da lei, dando-lhe
uma interpretao atual que atenda s necessidades do momento do
julgamento. Por isso, entendemos que a jurisprudncia dinmica.
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Smula Vinculante: com base no fundamento de desafogar os
Tribunais, postula-se que os casos repetitivos e idnticos receberam
uma smula que obrigatoriamente deve ser seguida pelos julgadores de
instncia inferior, autorizando-se assim o julgamento coletivo de
inmeros processos. As smulas j existentes no STF somente tero
efeito vinculante se confirmadas por dois teros de seus
integrantes.
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O sentido da codificao: nada mais do que um processo de
organizao que reduz em um nico diploma diferentes regras jurdicas
da mesma natureza. Antecedentes Histricos: Idade Mdia:
predominava-se os conceitos de direito natural, onde a codificao
era vista como algo menor. Havia uma supervalorizao do direito
cannico. Idade Moderna: com o surgimento das universidades, e a
redescoberta do Direito Romano, surgiu a necessidade da criao de
diplomas unificados para reger as relaes sociais.
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No Brasil a codificao se deu da seguinte forma: No perodo
colonial: vigoravam no Brasil as Ordenaes Filipinas. Com a
independncia, em 1822, a legislao portuguesa continuou sendo
aplicada, com a ressalva de que vigoraria at que tivssemos uma
legislao prpria. Em 1824, foi elaborada a primeira Constituio
Brasileira, que determinava a organizao de um Cdigo Civil
Brasileiro, baseado na JUSTIA E NA EQUIDADE.
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Em 1865, essa tarefa foi confiada pelo Governo Imperial
TEIXEIRA DE FREITAS, que j havia realizado em 1858 um trabalho
sobre a consolidao das leis civis Teixeira, criou um projeto
denominado Esboo do Cdigo Civil, que aps crticas da comisso
revisadora, foi rejeitado.
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Houve-se a partir da vrias tentativas de se criar um cdigo
civil brasileiro, mas somente aps a proclamao da repblica, com a
indicao de Clvis Bevilaqua, que o projeto do Cdigo Civil foi
elaborado, e depois de revisto encaminhado ao Presidente da
Repblica, que remeteu ao Congresso Nacional em 1900, e somente foi
aprovado em 1916, entrando em vigor em Janeiro de 1917.
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Continha 1.807 artigos, e era antecedido pela Lei de Introduo
ao Cdigo Civil (LICC). Possua uma parte Geral, onde constavam
conceitos, categorias e princpios bsicos, aplicveis a todos os
livros da parte especial. Refletia as concepes predominantes nos
fins do sc. XIX e inicio do sc. XX, baseado no INDIVIDUALISMO. Se
preocupava mais com o ter (o contrato e a propriedade) do que com o
ser (os direitos de personalidade e dignidade da pessoa
humana).
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Porm com a evoluo e progresso cultural e cientfico que a
sociedade brasileira passou no decorrer do sculo passado,
provocaram transformaes que exigiam do direito constantes adaptaes,
mediante uma crescente elaborao de Leis Especiais, que trouxeram
relevantes modificaes ao direito civil. Gerando uma descentralizao
do direito civil.
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Conseqentemente com a elaborao da Constituio Federal de 1988,
que privilegia os direitos sociais. O legislador constituinte
redimensionou a Norma Privada. O direito civil passou a ser
interpretado com base nos princpios Constitucionais
Constitucionalizao do Direito Civil.
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O direito civil- constitucional, est baseado em viso unitria do
sistema, ambos os ramos no so interpretados isoladamente, mas
dentro de um todo. Assim, a fonte primria do Direito Civil, a
Constituio da Repblica, que reuniu todos o sistema jurdico em seu
eixo fundamental, estabelecendo como princpios norteadores da
Repblica: A dignidade da pessoa humana A solidariedade social A
isonomia (igualdade)
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Aps tentativas frustradas de promover a reviso do Cdigo Civil
(frente as mudanas sociais), o Governo nomeou em 1967, uma comisso
de jurista, sob a superviso de Miguel Reali, para a elaborao do
Novo Cdigo Civil, que resultou no Projeto de Lei 634/1975. Tinha
como objetivo, o de preservar no que fosse possvel, o aspecto
geral, a estrutura e as disposies do Cdigo de 1916, porm
reformulando a parte especial, com base nos valores ticos e
sociais.
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Foi dividido em Parte Geral: Das pessoas; Dos bens; Dos fatos
Jurdicos. Parte Especial: Direito das obrigaes; Direito da Empresa
Direito das coisas Direito de Famlia Direito da Sucesses.
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Manteve portanto a estrutura do cdigo de 1916, afastando porm
as concepes individualistas, para seguir as orientaes compatveis
com a socializao do Direito CONTEMPORNEO. Implementou o sistema de
CLUSULAS GERAIS
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Resultaram o convencimento do legislador de que as leis rgidas,
fixas, so insuficientes e levam a situaes de graves injustias,
assim, o legislador criou as Clusulas Gerais, que norteiam o
direito civil. So janelas abertas deixadas pelo legislador, para
que a doutrina e a jurisprudncia definam o seu alcance,
possibilitando que o julgador defina a prpria regra concreta do
caso. Ex. Clusula Gerais, princpios da probidade e da boa-f, art.
422 e a que proclama a funo social do contrato, art. 421 CC. So
clusulas que podem ser valoradas pelos julgadores, que desfrutam de
certa margem de interpretao.
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Princpios Bsicos do Cdigo Civil de 2002: Socialidade:
prevalncia dos direitos coletivos sobre os individuais. Princpio da
eticidade: fundamenta-se no valor da pessoa humana, como fonte dos
demais valores. Dando prioridade a equidade, a boa-f, a justa causa
e demais valores ticos. Confere maior poder ao juiz para encontrar
a soluo justa ao caso concreto. Ex. Reviso Contratual. Princpio da
Operabilidade: Simplicidade e a Efetividade do Cdigo Civil.
Tornando o cdigo mais concreto, legisla para o homem enquanto
marido, para mulher enquanto esposa, e para o filho enquanto
subordinado ao poder familiar.