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DIREITO COMERCIAL DIREITO COMERCIAL PROFESSORA: ERIKA FIGUEIRA

DIREITO COMERCIAL PROFESSORA: ERIKA FIGUEIRA. I. ORIGEM DO COMÉRCIO Nas sociedades primitivas, seus componentes buscavam produzir os bens de que necessitavam

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DIREITO COMERCIALDIREITO COMERCIAL

PROFESSORA: ERIKA FIGUEIRA

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I. ORIGEM DO COMÉRCIOI. ORIGEM DO COMÉRCIO

Nas sociedades primitivas, seus componentes Nas sociedades primitivas, seus componentes buscavam produzir os bens de que buscavam produzir os bens de que necessitavam.necessitavam.

Outros eram extraídos da natureza, através da Outros eram extraídos da natureza, através da caça, da pesca, da pecuária ou do cultivo caça, da pesca, da pecuária ou do cultivo agrícola e vegetal.agrícola e vegetal.

Com o passar dos tempos e o natural Com o passar dos tempos e o natural crescimento dos grupos sociais, começou a crescimento dos grupos sociais, começou a haver uma permuta do excedente de produção haver uma permuta do excedente de produção entre as sociedades.entre as sociedades.

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CONT.......CONT.......

Esse modelo demonstrou-se ineficaz.Torna-se Esse modelo demonstrou-se ineficaz.Torna-se imperiosa a criação de uma unidade comum imperiosa a criação de uma unidade comum de valor – a MOEDA – cobiçada por todos.de valor – a MOEDA – cobiçada por todos.

MOEDAMOEDA: Fator Determinante para o : Fator Determinante para o surgimento do comércio, ou da atividade surgimento do comércio, ou da atividade mercantilmercantil,, uma vez que possibilitou a uma vez que possibilitou a transição de uma economia de subsistênciatransição de uma economia de subsistência,, para uma economia de escala.para uma economia de escala.

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Surgimento dos comerciantes, Surgimento dos comerciantes, conhecidos como conhecidos como mercadores, mercadores, identificados como identificados como intermediadores dos bens entre intermediadores dos bens entre produtor e o consumidor.produtor e o consumidor.

Desde o início, tiveram por Desde o início, tiveram por objetivoobjetivo auferir auferir lucro lucro da da profissão,profissão, pois adquiriram produtos por um pois adquiriram produtos por um preço inferior, para revendê-los preço inferior, para revendê-los com majoração no valor da com majoração no valor da compra. A diferença, excluídas os compra. A diferença, excluídas os custos, era à margem de lucro.custos, era à margem de lucro.

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Cont.............Cont............. À atividade do comerciante, ou seja, À atividade do comerciante, ou seja,

ao ato de comprar bens para ao ato de comprar bens para posterior revenda, deu-se o nome de posterior revenda, deu-se o nome de ““atividade mercantil ou comercial”.atividade mercantil ou comercial”.

É claro que nem sempre a equação É claro que nem sempre a equação funciona dessa forma, pois pode funciona dessa forma, pois pode acontecer do preço de venda ser acontecer do preço de venda ser inferior ao de compra. No entanto, o inferior ao de compra. No entanto, o objetivo da atividade objetivo da atividade sempresempre será o será o LUCROLUCRO..

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2. Surgimento do Direito 2. Surgimento do Direito ComercialComercial Com o fomento da atividade mercantil, os Com o fomento da atividade mercantil, os

governantes percebem uma promissora governantes percebem uma promissora fonte de renda e que deveriam agir para fonte de renda e que deveriam agir para seu disciplinamento, criando normas que seu disciplinamento, criando normas que regulassem a atividade comercial.regulassem a atividade comercial.

Tal providência remonta a civilização Tal providência remonta a civilização muito antiga, antes mesmo do nascimento muito antiga, antes mesmo do nascimento de Cristo, como os fenícios, que no apogeu de Cristo, como os fenícios, que no apogeu de sua civilização, intensificam o comércio de sua civilização, intensificam o comércio marítimo entre a Ásia e as cidades marítimo entre a Ásia e as cidades costeiras do mediterrâneos. costeiras do mediterrâneos.

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Cont....Cont.... A qualificação como disciplina só é possível A qualificação como disciplina só é possível

em face de um conjunto sistematizado, em face de um conjunto sistematizado, codificado ou não, que envolve normas, codificado ou não, que envolve normas, costumes, usos, além de outras fontes do costumes, usos, além de outras fontes do Direito. E isso só veio a ocorrer a partir da Direito. E isso só veio a ocorrer a partir da Idade Média, quando as corporações de Idade Média, quando as corporações de mercadores, criadas a partir do século XII, mercadores, criadas a partir do século XII, fizeram dos usos e costumes comerciais fizeram dos usos e costumes comerciais verdadeiros diplomas do Direito verdadeiros diplomas do Direito Consuetudinário. E depois foram absorvidas Consuetudinário. E depois foram absorvidas pelo próprio Estado.pelo próprio Estado.

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3. Evolução Histórica do Direito 3. Evolução Histórica do Direito ComercialComercial

A Idade Média marcou o surgimento A Idade Média marcou o surgimento do Direito Comercial, quando um do Direito Comercial, quando um conjunto sistematizado de normas conjunto sistematizado de normas lastreadas nos usos e costumes dos lastreadas nos usos e costumes dos mercadores nasceu no âmbito das mercadores nasceu no âmbito das corporações.corporações.

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Império da BabilôniaImpério da Babilônia

Aos babilônios, povo que ocupou Aos babilônios, povo que ocupou extensão territorial na Ásia e no extensão territorial na Ásia e no Oriente Médio, é creditada a Oriente Médio, é creditada a elaboração do Código de Hamurábi - elaboração do Código de Hamurábi - inscrição em pedra datada do ano inscrição em pedra datada do ano 2.083 a.C.-, com disposições sobre 2.083 a.C.-, com disposições sobre empréstimo a juro, contratos de empréstimo a juro, contratos de depósito, de sociedade e de comissão. depósito, de sociedade e de comissão.

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Os FeníciosOs Fenícios Esse povo intensificou o comércio dos Esse povo intensificou o comércio dos

tempos antigos, principalmente o tempos antigos, principalmente o marítimo, que se desenvolveu entre a marítimo, que se desenvolveu entre a Ásia e as cidades costeiras do Ásia e as cidades costeiras do Mediterrâneo. Mediterrâneo.

Não há indícios de que os fenícios Não há indícios de que os fenícios houvessem realizados qualquer obra houvessem realizados qualquer obra sistematizada do Direito Comercial.sistematizada do Direito Comercial.

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Cont......Cont...... Os RomanosOs Romanos Na Era Cristã, os romanos, praticaram o Na Era Cristã, os romanos, praticaram o

comércio que estava destinado aos comércio que estava destinado aos escravos, ou aos estrangeiros, sempre escravos, ou aos estrangeiros, sempre marginalizados na sociedade. Estavam marginalizados na sociedade. Estavam proibidos de exercer o comércio a classe proibidos de exercer o comércio a classe política e os senadores.política e os senadores.

A aristocracia romana considerava a A aristocracia romana considerava a prática do comércio uma atividade indigna prática do comércio uma atividade indigna de um cidadão romano.de um cidadão romano.

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Algumas questões envolvendo a Algumas questões envolvendo a prática mercantil (contratos e prática mercantil (contratos e obrigações), eram resolvidas pelo obrigações), eram resolvidas pelo Direito Civil. A falência teve origem na Direito Civil. A falência teve origem na Roma Antiga.Roma Antiga.

Apesar da origem desses institutos, Apesar da origem desses institutos, não podemos afirmar que o Direito não podemos afirmar que o Direito Comercial, como disciplina autônoma, Comercial, como disciplina autônoma, teve origem em Roma, pois faltava a teve origem em Roma, pois faltava a sua sistematização.sua sistematização.

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IDADE MÉDIAIDADE MÉDIA O Império Romano surgiu por volta do O Império Romano surgiu por volta do

século V, quando os árabes assumiram o século V, quando os árabes assumiram o controle sobre o Mar Mediterrâneo.controle sobre o Mar Mediterrâneo.

Após longo período de dominação árabe Após longo período de dominação árabe no Mediterrâneo, os europeus retornaram no Mediterrâneo, os europeus retornaram as antigas rotas, fazendo reflorescer um as antigas rotas, fazendo reflorescer um intenso comércio marítimo na região, por intenso comércio marítimo na região, por meio do qual a produção dos campos era meio do qual a produção dos campos era escoada por outras terras.escoada por outras terras.

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Cont....Cont.... Já no século XII, apareceram as Já no século XII, apareceram as

primeiras corporações, que reuniam primeiras corporações, que reuniam os praticantes da atividade os praticantes da atividade mercantil, sob determinadas regras. mercantil, sob determinadas regras.

Remonta ainda à Idade Média o Remonta ainda à Idade Média o aparecimento de alguns dos aparecimento de alguns dos principais contratos comerciais, a principais contratos comerciais, a exemplo do contrato de transporte, exemplo do contrato de transporte, de seguro marítimo e de seguro.de seguro marítimo e de seguro.

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OS ESTADOS NACIONAISOS ESTADOS NACIONAIS Os séculos XV e XVI são Os séculos XV e XVI são

caracterizados pela retomada do caracterizados pela retomada do poder central nos Estados, que logo poder central nos Estados, que logo perceberam a importância da perceberam a importância da atividade mercantil para o atividade mercantil para o fortalecimento de suas economias e fortalecimento de suas economias e conseqüente prosperidade das conseqüente prosperidade das nações.nações.

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CONT.......CONT....... O fato que marcou o surgimento do O fato que marcou o surgimento do

Direito Comercial foram as Direito Comercial foram as Ordenanças Francesas.Ordenanças Francesas.

A primeira baixada no ano de 1773, A primeira baixada no ano de 1773, quando a França encontrava-se sob a quando a França encontrava-se sob a regência de Luiz XIV, dispunha sobre regência de Luiz XIV, dispunha sobre o comércio terrestre, regulando o comércio terrestre, regulando agentes de bancos, sociedades, agentes de bancos, sociedades, falências, além de alguns títulos de falências, além de alguns títulos de crédito.crédito.

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Cont.Cont. O primeiro Código Comercial, só foi O primeiro Código Comercial, só foi

elaborado em 1807 (França), que, à elaborado em 1807 (França), que, à época, estava sob o comando de época, estava sob o comando de Napoleão, ficando conhecido como o Napoleão, ficando conhecido como o Código Napoleônico (CN).Código Napoleônico (CN).

O CN regulamentou as questões relativas O CN regulamentou as questões relativas ao exercício do comércio, qualificando o ao exercício do comércio, qualificando o comerciante como qualquer pessoa que comerciante como qualquer pessoa que praticasse “atos de comércio’’, de forma praticasse “atos de comércio’’, de forma profissional e habitual.profissional e habitual.

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Cont.......Cont....... Se o Código Napoleônico não Se o Código Napoleônico não

acrescentou grandes inovações ao acrescentou grandes inovações ao Direito Positivo então vigente, Direito Positivo então vigente, influenciou, a elaboração de outros influenciou, a elaboração de outros Códigos Comerciais (Bélgica, Códigos Comerciais (Bélgica, Espanha, Portugal, Itália e, inclusive, Espanha, Portugal, Itália e, inclusive, do Brasil, que só implantou em 1850, do Brasil, que só implantou em 1850, através da Lei nº. 556, de 25 de através da Lei nº. 556, de 25 de junho de 1850).junho de 1850).

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O Histórico do Direito Comercial O Histórico do Direito Comercial no Brasilno Brasil

No período colonial brasileiro, apesar No período colonial brasileiro, apesar do intenso comércio, o Direito do intenso comércio, o Direito aplicado era o português. E foi esta aplicado era o português. E foi esta que, em 1603, sob a regência de que, em 1603, sob a regência de Felipe II, editou as Ordenações Felipe II, editou as Ordenações Filipinas. Filipinas.

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Cont....Cont.... Outro importante diploma foi a Lei da Outro importante diploma foi a Lei da

Boa Razão, de 1769, conhecida por Boa Razão, de 1769, conhecida por determinar que, na ausência de determinar que, na ausência de norma legal, deveriam ser adotadas norma legal, deveriam ser adotadas leis de outras “ nações cristãs, leis de outras “ nações cristãs, iluminadas e polidas, que com elas iluminadas e polidas, que com elas estavam resplandecendo na boa, estavam resplandecendo na boa, depurada e sã jurisprudência”.depurada e sã jurisprudência”.

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Com a chegada da Corte lusitana, o Brasil Com a chegada da Corte lusitana, o Brasil – Colônia (Sede Provisória da Coroa) foi – Colônia (Sede Provisória da Coroa) foi contemplado com uma série de medidas contemplado com uma série de medidas de caráter econômico, decisivas para o de caráter econômico, decisivas para o incremento da atividade mercantil no incremento da atividade mercantil no País. Destacam-se a “País. Destacam-se a “abertura dos abertura dos portos às nações amigasportos às nações amigas”, em ”, em 18081808; a ; a criação da criação da Real Junta do ComércioReal Junta do Comércio; e a ; e a criação do criação do Banco do Brasil Banco do Brasil (1808).(1808).

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Com forte influência francesa, O Com forte influência francesa, O Código Brasileiro adotou a teoria dos Código Brasileiro adotou a teoria dos Atos de Comércio, reputando Atos de Comércio, reputando comerciante aquele que praticasse comerciante aquele que praticasse compra e venda de mercadorias de compra e venda de mercadorias de forma profissional.forma profissional.

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Cont....Cont.... O Código Comercial não enumerou os “atos O Código Comercial não enumerou os “atos

de comércio”, como fizera o Código Francês.de comércio”, como fizera o Código Francês.

Com a edição do regulamento 737 relacionou Com a edição do regulamento 737 relacionou todas as operações que se constituíam em todas as operações que se constituíam em “atos de comércio”, tais como operações de “atos de comércio”, tais como operações de câmbio, banco e corretagem, seguro, câmbio, banco e corretagem, seguro, transporte de mercadorias, além da compra transporte de mercadorias, além da compra ou semovente, ou até para alugar seu uso.ou semovente, ou até para alugar seu uso.

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Após a declaração da independência, Após a declaração da independência, já em 1834, foi apresentado à já em 1834, foi apresentado à Câmara o Projeto do Código Câmara o Projeto do Código Comercial. Dezesseis anos de Comercial. Dezesseis anos de discussões legislativas passaram-se, discussões legislativas passaram-se, até surgiu a Lei Federal nº. 556, de até surgiu a Lei Federal nº. 556, de 25.06.1850, conhecido como o 25.06.1850, conhecido como o Código Comercial Brasileiro.Código Comercial Brasileiro.

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Em 2002, foi editado o Novo Código Em 2002, foi editado o Novo Código Civil, que revogou todos os artigos Civil, que revogou todos os artigos que vigoravam no Código Comercial que vigoravam no Código Comercial de 1850, permanecendo apenas os de 1850, permanecendo apenas os relativos ao comércio marítimo, relativos ao comércio marítimo, contemplado em sua Parte Segunda.contemplado em sua Parte Segunda.

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CONT........CONT........ Hoje a Lei nº. 10.406, de 10 de Hoje a Lei nº. 10.406, de 10 de

janeiro de 2002, conhecida como janeiro de 2002, conhecida como Código Civil Brasileiro, disciplina Código Civil Brasileiro, disciplina matérias específicas do Direito matérias específicas do Direito Comercial, tais como empresa, Comercial, tais como empresa, empresário, registro público de empresário, registro público de empresas, livros empresariais, nome empresas, livros empresariais, nome empresarial, dentre outras.empresarial, dentre outras.

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Cont....Cont.... O NCC foi inspirado no modelo do Código O NCC foi inspirado no modelo do Código

Civil Italiano, de 1942, que provocou uma Civil Italiano, de 1942, que provocou uma fusão entre os dois ramos do Direito Privado fusão entre os dois ramos do Direito Privado unificando normas básicas do Direito Civil e unificando normas básicas do Direito Civil e do Comercial.do Comercial.

Implantou um novo sistema jurídico para o Implantou um novo sistema jurídico para o direito Comercial, fundamentado no perfil direito Comercial, fundamentado no perfil subjetivo do empresário. Mas introduziu subjetivo do empresário. Mas introduziu outras grandes inovações: passou a outras grandes inovações: passou a enquadrar pessoas jurídicas, antes enquadrar pessoas jurídicas, antes consideradas sociedades civis, como consideradas sociedades civis, como sociedades empresariais.sociedades empresariais.

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5. Autonomia do direito 5. Autonomia do direito comercialcomercial

Essa polêmica é antiga, basta Essa polêmica é antiga, basta reportamo-nos ao início do século XX, reportamo-nos ao início do século XX, em 1911, quando o estudioso Inglês de em 1911, quando o estudioso Inglês de Souza, incumbido de elaborar projeto Souza, incumbido de elaborar projeto do NCC, apresentou dois projetos: um, do NCC, apresentou dois projetos: um, com a matéria comercial e civil com a matéria comercial e civil unificadas em um único código; e unificadas em um único código; e outro, onde o Direito comercial era outro, onde o Direito comercial era codificado de forma exclusiva.codificado de forma exclusiva.

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Cont.....Cont..... Segundo o ensinamento de Marcelo Bertoldi, a Segundo o ensinamento de Marcelo Bertoldi, a

autonomia de uma disciplina não deve ser autonomia de uma disciplina não deve ser vista como um princípio absoluto, pois vista como um princípio absoluto, pois nenhuma é autônoma. Existe uma correlação nenhuma é autônoma. Existe uma correlação entre as disciplinas jurídicas, como, por entre as disciplinas jurídicas, como, por exemplo, o Direito Comercial, aproveita exemplo, o Direito Comercial, aproveita dispositivos do Código Penal, ao regular dispositivos do Código Penal, ao regular crimes falimentares. Nada disso compromete crimes falimentares. Nada disso compromete a autonomia da disciplina.a autonomia da disciplina.

Vamos relacionar a relação do Direito Vamos relacionar a relação do Direito Comercial com outros ramos do Direito Comercial com outros ramos do Direito Público ou Privado:Público ou Privado:

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Com o Direito ConstitucionalCom o Direito Constitucional Com relação ao Direito Comercial, o art, Com relação ao Direito Comercial, o art,

22, I, da CF, prevê a competência 22, I, da CF, prevê a competência privativa da União para legislar, Também privativa da União para legislar, Também no título VII, que trata da Ordem no título VII, que trata da Ordem Econômica e Financeira, há menção ao Econômica e Financeira, há menção ao exercício da atividade empresarial.exercício da atividade empresarial.

Com o Direito TributárioCom o Direito Tributário Responsabilização dos sócios-gerentes de Responsabilização dos sócios-gerentes de

limitada por obrigações da sociedade de limitada por obrigações da sociedade de natureza tributária (135, III, C.T.N).natureza tributária (135, III, C.T.N).

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Cont....Cont.... Com o Direito do TrabalhoCom o Direito do Trabalho P.ex.: as causas trabalhistas sendo P.ex.: as causas trabalhistas sendo

decidida no âmbito da Justiça do decidida no âmbito da Justiça do Trabalho para em seguida Trabalho para em seguida habilitarem-se no Quadro Geral de habilitarem-se no Quadro Geral de credores admitidos na falência. credores admitidos na falência.

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Cont....Cont.... Com o Direito CivilCom o Direito Civil SãoSão inúmeras as relações com o inúmeras as relações com o

Código Civil como título de crédito, Código Civil como título de crédito, empresa, empresário, registro de empresa, empresário, registro de empresas etc.empresas etc.

Com o Direito InternacionalCom o Direito Internacional O Brasil é seguidor de convenções O Brasil é seguidor de convenções

internacionais que tratam de títulos de internacionais que tratam de títulos de crédito.crédito.

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Vamos analisar a tese da autonomia, sob os Vamos analisar a tese da autonomia, sob os seguintes aspectos:seguintes aspectos:

Autonomia didáticaAutonomia didática – é medida de acordo – é medida de acordo com a grade curricular das universidades, com a grade curricular das universidades, pois a disciplina aparece em todos os pois a disciplina aparece em todos os programas dos cursos de Direito;programas dos cursos de Direito;

Autonomia legislativa - Autonomia legislativa - temos que admitir temos que admitir a autonomia do Direito Comercial, pois, a autonomia do Direito Comercial, pois, ainda que o C.C. Brasileiro de 2002, tenha ainda que o C.C. Brasileiro de 2002, tenha unificados dois ramos, ainda restou sua unificados dois ramos, ainda restou sua Segunda Parte, tratando do Direito Marítimo.Segunda Parte, tratando do Direito Marítimo.

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Cont....Cont....

Autonomia substancialAutonomia substancial - tem a ver - tem a ver com o conteúdo da disciplina, sua com o conteúdo da disciplina, sua abrangência, a matéria que regula. abrangência, a matéria que regula. Podemos apontar como exemplo os Podemos apontar como exemplo os empresários, as sociedades empresários, as sociedades empresários, os títulos de créditos, a empresários, os títulos de créditos, a falência e a recuperação de empresas. falência e a recuperação de empresas. Já o Direito Civil cuida de sucessão, Já o Direito Civil cuida de sucessão, família, obrigações civis, dentre outros.família, obrigações civis, dentre outros.

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CONCEITO DE DIREITO CONCEITO DE DIREITO COMERCIALCOMERCIAL

É o ramo do direito privado que cuida do É o ramo do direito privado que cuida do exercício da atividade econômica organizada de exercício da atividade econômica organizada de fornecedores de bens ou serviços.fornecedores de bens ou serviços.

CONCEITOS ANTIGOS CONCEITOS ANTIGOS

É a disciplina jurídica que regula os atos de É a disciplina jurídica que regula os atos de comércio e, ao mesmo tempo, dos direitos e comércio e, ao mesmo tempo, dos direitos e obrigações das pessoas que os exercem obrigações das pessoas que os exercem profissionalmente e dos seus auxiliares (Carvalho profissionalmente e dos seus auxiliares (Carvalho de Mendonça, 1946:30). de Mendonça, 1946:30).

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CONCEITOS ANTIGOSCONCEITOS ANTIGOS Complexo de normas jurídicas que Complexo de normas jurídicas que

regulam as relações derivadas das industrias regulam as relações derivadas das industrias e atividades que a lei considera mercantis, e atividades que a lei considera mercantis, assim como os direitos e obrigações das assim como os direitos e obrigações das pessoas que profissionalmente as exercem pessoas que profissionalmente as exercem (João Eunápio Borges, 1969:18). (João Eunápio Borges, 1969:18).

Conjunto de regras jurídicas que Conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e dos regulam as atividades das empresas e dos empresários comerciais, bem como os atos empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, mesmo que esses considerados comerciais, mesmo que esses atos não se relacionem com as atividades atos não se relacionem com as atividades das empresas (Fran Martins, 1977:100/127).das empresas (Fran Martins, 1977:100/127).

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FONTES DO DIREITO FONTES DO DIREITO COMERCIALCOMERCIAL

1.1. LeiLei - é a principal fonte primária do Direito - é a principal fonte primária do Direito Comercial. P.ex. Código Comercial de 1850, Comercial. P.ex. Código Comercial de 1850, Lei 6.404-76 (S.A) e a 5.474-68 Lei 6.404-76 (S.A) e a 5.474-68 (duplicatas), Código Civil de 2002 (Direito (duplicatas), Código Civil de 2002 (Direito de Empresa).de Empresa).

2.2. RegulamentosRegulamentos3.3. Tratados internacionaisTratados internacionais - O Direito - O Direito

comercial incorporou alguns, a exemplo da comercial incorporou alguns, a exemplo da Lei Uniforme de Genebra, que versa sobre Lei Uniforme de Genebra, que versa sobre cheque, nota promissória e letra de câmbio.cheque, nota promissória e letra de câmbio.

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Fontes SecundáriasFontes Secundárias1)1) Usos e costumes comerciaisUsos e costumes comerciais – Os costumes para – Os costumes para

serem aceitos como fonte de direito é preciso que se serem aceitos como fonte de direito é preciso que se trate de prática reiterada e uniforme; deve ter trate de prática reiterada e uniforme; deve ter previsão legal e não pode ser contra a lei. previsão legal e não pode ser contra a lei.

Espécies de costumes:Espécies de costumes:a)a) Praeter legemPraeter legem - são aqueles que decorrem de prática - são aqueles que decorrem de prática

mercantil, aceitos e aplicados para suprirem as mercantil, aceitos e aplicados para suprirem as lacunas legislativas. P.ex. cheque visado.lacunas legislativas. P.ex. cheque visado.

b)b) Secundum legemSecundum legem - devem ter previsão na lei, como - devem ter previsão na lei, como no caso do art. 113 do NCC.no caso do art. 113 do NCC.

c)c) Contra legemContra legem - não são tolerados pelo ordenamento - não são tolerados pelo ordenamento jurídico. P.ex. cheque pré-datado, que vai de jurídico. P.ex. cheque pré-datado, que vai de encontro à própria natureza deste título.encontro à própria natureza deste título.

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Fontes SecundáriasFontes Secundárias

2) 2) AnalogiaAnalogia - é a possibilidade de utilizar-se - é a possibilidade de utilizar-se a aplicação de um caso concreto similar, já a aplicação de um caso concreto similar, já julgado, a fim de dirimir a lide.julgado, a fim de dirimir a lide.

3) 3) Jurisprudência - Jurisprudência - Isso não implica na Isso não implica na obrigatoriedade do juiz segui-la, pois ele obrigatoriedade do juiz segui-la, pois ele pode desenvolver sua própria convicção, pode desenvolver sua própria convicção, mesmo quando diversa daquela.mesmo quando diversa daquela.

4) 4) Princípios gerais do DireitoPrincípios gerais do Direito - são - são norteadores da construção do próprio norteadores da construção do próprio sistema jurídico positivo vigente.sistema jurídico positivo vigente.

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Característica do Direito ComercialCaracterística do Direito Comercial A) Simplicidade ou informalismoA) Simplicidade ou informalismo Adoção de fórmulas simples para soluções Adoção de fórmulas simples para soluções

de conflitos. de conflitos. Ex circulação de títulos de crédito Ex circulação de títulos de crédito

mediante endosso.mediante endosso. B) Internacionalidade ou B) Internacionalidade ou

cosmopolitismocosmopolitismo Está regulamentado por normas de alcance Está regulamentado por normas de alcance

internacional.internacional. Ex L.U. Genebra, que dispõe sobre letras Ex L.U. Genebra, que dispõe sobre letras

de câmbio, N. P. e cheques. de câmbio, N. P. e cheques.

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Cont....Cont.... D) ElasticidadeD) Elasticidade Permanece em constante processo Permanece em constante processo

de mudanças, adaptando-se à de mudanças, adaptando-se à evolução das relações do comércio.evolução das relações do comércio.

Ex: contratos de leasing e franquia.Ex: contratos de leasing e franquia. E) OnerosidadeE) Onerosidade Tem o lucro como o fim perseguido Tem o lucro como o fim perseguido

pelos empresários, cuja atividade é pelos empresários, cuja atividade é sempre onerosa.sempre onerosa.

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EMPRESÁRIOEMPRESÁRIO Durante muito tempo convivemos com Durante muito tempo convivemos com

uma legislação comercial que já não uma legislação comercial que já não atendia às transformações ocorridas.atendia às transformações ocorridas.

Muitos dispositivos da principal lei Muitos dispositivos da principal lei Comercial, elaborada há mais de 150 Comercial, elaborada há mais de 150 anos, estavam expressamente revogada, anos, estavam expressamente revogada, seja pela CF/88, seja por leis esparsas, seja pela CF/88, seja por leis esparsas, outras vinham sendo, ignoradas pelas outras vinham sendo, ignoradas pelas autoridades judiciárias e pelos tribunais.autoridades judiciárias e pelos tribunais.

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Cont....Cont.... Daí o fortalecimento de teorias, como a Daí o fortalecimento de teorias, como a

da empresa ou do empresário, ao qual se da empresa ou do empresário, ao qual se atribuía uma nova visão ao profissional atribuía uma nova visão ao profissional do comércio, agora não mais restrita do comércio, agora não mais restrita àquele agente que pratica atos de àquele agente que pratica atos de intermediação de mercadorias, como intermediação de mercadorias, como bancos, transporte de mercadorias, bancos, transporte de mercadorias, seguros e outros, excluindo a prestação seguros e outros, excluindo a prestação de serviço. A teoria da Empresa alargou de serviço. A teoria da Empresa alargou o campo de incidência do Direito o campo de incidência do Direito Comercial.Comercial.

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Cont....Cont.... O NCC, aprovado pela Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro O NCC, aprovado pela Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro

de 2002, só veio confirmar a teoria, introduzindo de 2002, só veio confirmar a teoria, introduzindo definitivamente no Direito Brasileiro as modificações definitivamente no Direito Brasileiro as modificações de empresa e empresário.de empresa e empresário.

Em seu art. 966, Em seu art. 966, caputcaput, o empresário é considerado , o empresário é considerado como “quem exerce profissionalmente atividade como “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviço”. O parágrafo único circulação de bens ou serviço”. O parágrafo único excluiu “ os profissionais que exercem atividade excluiu “ os profissionais que exercem atividade intelectual, de natureza científica, literária ou intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.constituir elemento de empresa.

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EMPRESÁRIOEMPRESÁRIO Destacam-se as noções de:Destacam-se as noções de: 1. 1. ProfissionalismoProfissionalismo – é a habitualidade, a – é a habitualidade, a

pessoalidade e o monopólio de informações.pessoalidade e o monopólio de informações. 2. 2. AtividadeAtividade – a empresa não se confunde – a empresa não se confunde

com o sujeito de direito (empresário).com o sujeito de direito (empresário). P.ex. A empresa faliu ou a empresa P.ex. A empresa faliu ou a empresa

importou mercadorias.importou mercadorias. A empresa foi reformada, ficou mais bonita.A empresa foi reformada, ficou mais bonita. Não se diz Fulano e beltrano abriram uma Não se diz Fulano e beltrano abriram uma

empresa, mas sim eles contrataram uma empresa, mas sim eles contrataram uma sociedade.sociedade.

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CONT........CONT........ 3. 3. EconômicaEconômica – O lucro pode ser objetivo – O lucro pode ser objetivo

da produção ou circulação de bens ou da produção ou circulação de bens ou serviços, ou apenas instrumento para serviços, ou apenas instrumento para alcançar outras finalidades.alcançar outras finalidades.

4. 4. OrganizadaOrganizada – A existência de quatro – A existência de quatro fatores de produção: capital, mão-de-obra, fatores de produção: capital, mão-de-obra, insumos e tecnologia.insumos e tecnologia.

5. 5. Produção de bens ou serviçosProdução de bens ou serviços – é a – é a fabricação de produtos ou mercadorias. fabricação de produtos ou mercadorias. P.ex. montadora de veículos, fábrica de P.ex. montadora de veículos, fábrica de eletrodomésticos. Produzem serviços: eletrodomésticos. Produzem serviços: bancos, seguradora, hospital, escola.bancos, seguradora, hospital, escola.

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CONT.....CONT..... 6. 6. Circulação de bens ou serviçosCirculação de bens ou serviços – A – A

atividade de circular é do comércio – ir atividade de circular é do comércio – ir buscar o bem no produtor para trazê-lo ao buscar o bem no produtor para trazê-lo ao consumidor. P. ex. donos de supermercado, consumidor. P. ex. donos de supermercado, concessionárias de automóveis e lojas de concessionárias de automóveis e lojas de roupas. Circular serviços – intermediar a roupas. Circular serviços – intermediar a prestação de serviços. p.ex. agência de prestação de serviços. p.ex. agência de viagem.viagem.

7. 7. Bens ou serviçosBens ou serviços – Bens são corpóreos, e – Bens são corpóreos, e os serviços não tem materialidade. A os serviços não tem materialidade. A prestação de serviços consiste sempre numa prestação de serviços consiste sempre numa obrigação de fazer.obrigação de fazer.

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ATIVIDADES ECONÔMICAS ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVISCIVIS

São quatro hipóteses:São quatro hipóteses:1.1. A explorada por quem não se A explorada por quem não se

enquandra no conceito legal de enquandra no conceito legal de empresário.empresário.

2.2. Profissional intelectualProfissional intelectual - Não - Não estam sujeitas ao Direito Comercial. estam sujeitas ao Direito Comercial. P.ex. advogado, médico, dentista, P.ex. advogado, médico, dentista, arquiteto, os escritores e artistas de arquiteto, os escritores e artistas de qualquer expressão (plásticos, qualquer expressão (plásticos, músicos e atores) etc.músicos e atores) etc.

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CONT...........CONT...........3. 3. Empresário RuralEmpresário Rural – São rurais as – São rurais as

atividades de plantação de vegetais atividades de plantação de vegetais destinadas a alimento, fonte energetica, destinadas a alimento, fonte energetica, criação de animais para abate, reprodução criação de animais para abate, reprodução ou competição ou lazer.ou competição ou lazer.

O Código Civil de 2002 reservou para o O Código Civil de 2002 reservou para o exercente de atividade rural um tratamento exercente de atividade rural um tratamento específico. Se optar pela inscrição na Junta específico. Se optar pela inscrição na Junta Comercial será empresário (agronegócio). Comercial será empresário (agronegócio). Caso não requeira a inscrição na Junta Caso não requeira a inscrição na Junta comercial, não é empresário e seu regime é comercial, não é empresário e seu regime é direito civil. Deve ser a opção entre os direito civil. Deve ser a opção entre os titulares de negócios rurais familiares.titulares de negócios rurais familiares.

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CONT.......CONT.......

4. 4. CooperativaCooperativa - São sempre - São sempre sociedades simples, independentes sociedades simples, independentes da atividade que exploram (986). da atividade que exploram (986). Não estão sujeitas à falência e sua Não estão sujeitas à falência e sua disposição encontra-se na Lei 5764-disposição encontra-se na Lei 5764-71 e nos artigos 1.093 a 1.096 do 71 e nos artigos 1.093 a 1.096 do CC-2002.CC-2002.

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9.2 - Requisitos9.2 - Requisitos 9.2.1- Profissionalismo9.2.1- Profissionalismo O titular do negócio deverá fazê-lo não em O titular do negócio deverá fazê-lo não em

caráter eventual, mas habitualmente, caráter eventual, mas habitualmente, assumindo o ofício como sua profissão.assumindo o ofício como sua profissão.

9.2.2-Organização9.2.2-Organização Significa a necessidade de o exercente da Significa a necessidade de o exercente da

atividade econômica aparelhar-se de forma atividade econômica aparelhar-se de forma adequada para o desempenho de sua adequada para o desempenho de sua profissão.profissão.

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Cont....Cont.... Todo empresário deverá dispor de Todo empresário deverá dispor de

estabelecimento empresarial, estabelecimento empresarial, definido no art. 1142 do Código Civil, definido no art. 1142 do Código Civil, como o complexo de bens como o complexo de bens organizados para o exercício de organizados para o exercício de empresa, por empresário ou por empresa, por empresário ou por sociedade empresária.sociedade empresária.

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9.2.3 –9.2.3 – ATIVIDADE ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICA É a atividade econômica organizada para a É a atividade econômica organizada para a

produção ou circulação de bens ou serviços.produção ou circulação de bens ou serviços. 9.2.4- Capacidade9.2.4- Capacidade Requisito fundamental à correta atuação Requisito fundamental à correta atuação

empresarial, na qualidade de empresário empresarial, na qualidade de empresário individual ou administrador de sociedade, é individual ou administrador de sociedade, é o pleno gozo da capacidade civil.o pleno gozo da capacidade civil.

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Cont....Cont.... A regra do art. 972 do CC, deve ser conjugada A regra do art. 972 do CC, deve ser conjugada

com as disposições previstas nos arts. 1º a 10º com as disposições previstas nos arts. 1º a 10º da mesma Lei. Significa dizer que, qualquer da mesma Lei. Significa dizer que, qualquer individuo, independente de sua idade, saúde individuo, independente de sua idade, saúde mental ou vícios possui capacidade para mental ou vícios possui capacidade para contrair direitos e assumir obrigações. contrair direitos e assumir obrigações.

Entretanto, o exercício dessa capacidade pode Entretanto, o exercício dessa capacidade pode ser restringido por algum fator genérico, como ser restringido por algum fator genérico, como o tempo (a menoridade), ou devido a uma o tempo (a menoridade), ou devido a uma insuficiência somática (deficiência mental).insuficiência somática (deficiência mental).

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Cont...Cont... Mesmo que assistidos ou Mesmo que assistidos ou

representados, a regra geral do art. representados, a regra geral do art. 972 torna proibitiva aos incapazes a 972 torna proibitiva aos incapazes a atividade de empresário.atividade de empresário.

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Continuação da empresa por Continuação da empresa por IncapazIncapaz

O art. 972 vedou o exercício da atividade O art. 972 vedou o exercício da atividade de empresário aos juridicamente de empresário aos juridicamente incapazes. incapazes.

Mas o art. 974 permitiu aos Mas o art. 974 permitiu aos interditosinterditos (caso de incapacidade superveniente ao (caso de incapacidade superveniente ao exercício da atividade empresarial), ou exercício da atividade empresarial), ou aos aos menores tuteladosmenores tutelados, dar , dar continuidade à empresa, desde que continuidade à empresa, desde que assistidos ou representados, conforme assistidos ou representados, conforme seja a incapacidade absoluta ou relativa.seja a incapacidade absoluta ou relativa.

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Os impedidosOs impedidos

Os impedidos não são incapazes.Os impedidos não são incapazes.

Alguma circunstância tornou-os Alguma circunstância tornou-os incompatível ao exercício da incompatível ao exercício da atividade empresarial.atividade empresarial.

P.ex. servidores públicos em geral.P.ex. servidores públicos em geral.

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Cont....Cont....

Outro exemplo é o falido (art. 102 da Outro exemplo é o falido (art. 102 da LF), fica inabilitado com a decretação LF), fica inabilitado com a decretação da falência, só poderá voltar a da falência, só poderá voltar a exercer com a declaração de exercer com a declaração de extinção de todas as obrigações (art. extinção de todas as obrigações (art. 158) ou na reabilitação por crime 158) ou na reabilitação por crime falimentar.falimentar.

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O Empresário Rural e o de O Empresário Rural e o de Pequeno PortePequeno Porte

O art. 971 do CC.O art. 971 do CC.O empresário rural não está obrigado a O empresário rural não está obrigado a

registro. Mas se for efetivado, o praticante registro. Mas se for efetivado, o praticante de uma atividade econômica rural passa a de uma atividade econômica rural passa a ser equiparado ao empresário, para todos ser equiparado ao empresário, para todos os efeitos.os efeitos.

Com relação ao pequeno empresário deve Com relação ao pequeno empresário deve ser aproveitado em favor dos ser aproveitado em favor dos microempresários e empresários de microempresários e empresários de pequeno porte (Lei n. 9.841/1999).pequeno porte (Lei n. 9.841/1999).

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Este diploma foi regulamentado pelo Este diploma foi regulamentado pelo Decreto 3.474, de 19 de maio de Decreto 3.474, de 19 de maio de 2000, que, em seu art. 170, IX, 2000, que, em seu art. 170, IX, previu tratamento favorável as previu tratamento favorável as microempresas e empresas de microempresas e empresas de pequeno porte, constituídas sob as pequeno porte, constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país.sede e administração no país.

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Cont...Cont...

Art. 2º, I e II, Decreto, foi estabelecido:Art. 2º, I e II, Decreto, foi estabelecido:I. Microempresa, a pessoa jurídica e a firma I. Microempresa, a pessoa jurídica e a firma

mercantil individual que tiver receita brutal mercantil individual que tiver receita brutal anual igual ou inferior a R$ 244.000,00;anual igual ou inferior a R$ 244.000,00;

II. Empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica II. Empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual, que, não e a firma mercantil individual, que, não enquadrada como microempresa, tiver enquadrada como microempresa, tiver receita brutal anual superior a R$ receita brutal anual superior a R$ 244.000,00 e igual ou inferior a R$ 244.000,00 e igual ou inferior a R$ 1.200,000,00.1.200,000,00.

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Cont....Cont....

Tanto os microempresários como os Tanto os microempresários como os empresários de pequeno porte empresários de pequeno porte gozam de benefícios concedidos pela gozam de benefícios concedidos pela legislação, relacionados à legislação, relacionados à simplificação do exercício da simplificação do exercício da empresa.empresa.

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PREPOSTOS DO EMPRESÁRIOPREPOSTOS DO EMPRESÁRIO

Está disciplinada nos arts. 1169 a 1178 Está disciplinada nos arts. 1169 a 1178 do NCC/2002:do NCC/2002:

a)a) O gerente;O gerente;b)b) O contabilista.O contabilista.O legislador detalhou as O legislador detalhou as

responsabilidades e limitações dos responsabilidades e limitações dos dois agentes diretamente ligados dois agentes diretamente ligados ao empresário.ao empresário.

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Cont....Cont....

O O gerentegerente atua no desempenho de atua no desempenho de atividades administrativas, atividades administrativas, relacionando-se com clientes e relacionando-se com clientes e funcionários ou até representando os funcionários ou até representando os empresários (tarefas externas).empresários (tarefas externas).

O O contadorcontador responsabiliza-se pela responsabiliza-se pela escrituração da empresa.escrituração da empresa.

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Cont.....Cont.....

O art. 1.178 destaca responsabilidade O art. 1.178 destaca responsabilidade do preponente pelos atos dos do preponente pelos atos dos prepostos, quando praticados no prepostos, quando praticados no estabelecimento, mesmo que não estabelecimento, mesmo que não haja autorização. E fora do haja autorização. E fora do estabelecimento, somente dentro estabelecimento, somente dentro dos limites dos poderes conferidos.dos limites dos poderes conferidos.

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Cont....Cont....

O Direito Comercial regulamenta a O Direito Comercial regulamenta a profissão de outros agentes: profissão de outros agentes: corretores, leiloeiros e titulares de corretores, leiloeiros e titulares de armazéns geraisarmazéns gerais (agem em nome (agem em nome próprio, assumindo responsabilidade próprio, assumindo responsabilidade por seus atos e devendo obedecer a por seus atos e devendo obedecer a formalidades necessárias ao exercício formalidades necessárias ao exercício da profissão, como registro na junta da profissão, como registro na junta comercial, autenticação de livros comercial, autenticação de livros escriturais e plena capacidade civil).escriturais e plena capacidade civil).

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Do Registro Público de EmpresasDo Registro Público de Empresas

Os empresários, pessoas físicas ou jurídicas, Os empresários, pessoas físicas ou jurídicas, vinculam-se ao vinculam-se ao RegistroRegistro Público de Público de Empresas, a cargo das Empresas, a cargo das Juntas ComerciaisJuntas Comerciais..

Lei Federal n. 8.934/94 regulamentada pelo Lei Federal n. 8.934/94 regulamentada pelo Decreto n. 1.800/96 e pelos arts. 1150 a Decreto n. 1.800/96 e pelos arts. 1150 a 1154 do CC/2002, tem por fim 1154 do CC/2002, tem por fim dar dar garantia, publicidade, autenticidade, garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos segurança e eficácia aos atos jurídicos dos empresários individuais e das dos empresários individuais e das sociedades empresárias, proporcionando sociedades empresárias, proporcionando segurançasegurança aos que desenvolvem atividade aos que desenvolvem atividade mercantil.mercantil.

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Cont...Cont...Conseqüências para o empresário omisso:Conseqüências para o empresário omisso:1. É a vedação de requerer recuperação 1. É a vedação de requerer recuperação

judicial ou extrajudicial para si ou falência judicial ou extrajudicial para si ou falência de outro empresário;de outro empresário;

2. O art. 178 da NLF prescreve, que o 2. O art. 178 da NLF prescreve, que o empresário que não tenha elaborado, empresário que não tenha elaborado, escriturado ou autenticado documentos escriturado ou autenticado documentos contábeis, ficará sujeito à pena de contábeis, ficará sujeito à pena de detenção, de um a dois anos, e detenção, de um a dois anos, e multamulta. .

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Cont....Cont....

Tais livros não-autenticados na Junta Tais livros não-autenticados na Junta Comercial, estão desprovidos de Comercial, estão desprovidos de eficácia probatória (art. 379 do CPC).eficácia probatória (art. 379 do CPC).

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Modelo organizacional do RegistroModelo organizacional do Registro

O O SIREM SIREM (Sistema Nacional de Registro (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis): DNRC e de Empresas Mercantis): DNRC e Juntas Comercias nos Estados.Juntas Comercias nos Estados.

DNRCDNRC – Funções: - supervisão, - – Funções: - supervisão, -orientação, - coordenação e - orientação, - coordenação e - normalização técnica dos serviços normalização técnica dos serviços (estabelecimento de normas gerais a (estabelecimento de normas gerais a ser seguida pelas Juntas Comerciais).ser seguida pelas Juntas Comerciais).

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Cont....Cont....

JuntasJuntas – órgãos locais que executam – órgãos locais que executam funções técnicas determinadas pelo funções técnicas determinadas pelo DNRC. Os DNRC. Os serviços técnicosserviços técnicos são são decididas pela Justiça Federal, decididas pela Justiça Federal, enquanto as disputas envolvendo enquanto as disputas envolvendo aspectos administrativosaspectos administrativos, como , como funcionalismo em geral, são de funcionalismo em geral, são de competência da Justiça Estadual.competência da Justiça Estadual.

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ATOS DE REGISTROATOS DE REGISTRO

Conforme o art. 32 da Lei Federal n. 8.934/94, Conforme o art. 32 da Lei Federal n. 8.934/94, são:são:

a) a) MatrículaMatrícula é a inscrição dos leiloeiros oficiais, é a inscrição dos leiloeiros oficiais, tradutores públicos, intérpretes comerciais;tradutores públicos, intérpretes comerciais;

b)b)ArquivamentoArquivamento são documentos relativos à são documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais e sociedades de firmas mercantis individuais e sociedades empresárias. empresárias.

c) c) AutenticaçãoAutenticação refere-se a livros empresariais. refere-se a livros empresariais.

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Eficácia do RegistroEficácia do Registro

Para produzir efeitos, os atos sujeitos a Para produzir efeitos, os atos sujeitos a registro devem ser requeridos pelas registro devem ser requeridos pelas pessoas habilitadas. Sociedades pessoas habilitadas. Sociedades empresárias, os administradores, e na empresárias, os administradores, e na inércia, qualquer sócio ou interessado.inércia, qualquer sócio ou interessado.

Prazo para protocolo: 30 dias da Prazo para protocolo: 30 dias da lavratura.lavratura.

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Cont....Cont....

Exceção: 20 dias (ata de reunião ou Exceção: 20 dias (ata de reunião ou assembléia de cotista das Limitadas (art. assembléia de cotista das Limitadas (art. 1075, §2º, do CC/2002).1075, §2º, do CC/2002).

Tais atos não são Tais atos não são prova absolutaprova absoluta, mas , mas relativarelativa, pois podem ser elididas face a , pois podem ser elididas face a melhor melhor prova admitida no Direitoprova admitida no Direito. Por . Por exemplo é possível desconsiderar certidão exemplo é possível desconsiderar certidão fornecida pelas Juntas Comerciais, desde fornecida pelas Juntas Comerciais, desde que apresente outro documento que se que apresente outro documento que se sobreponha ao primeiro.sobreponha ao primeiro.

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Inatividade do RegistroInatividade do Registro

Todo empresário, pessoa física ou jurídica, Todo empresário, pessoa física ou jurídica, que não proceder, no prazo de que não proceder, no prazo de dez anos dez anos consecutivosconsecutivos, algum arquivamento, , algum arquivamento, deverá comunicar a Junta que permanece deverá comunicar a Junta que permanece ou quer continuar em atividade, sob pena ou quer continuar em atividade, sob pena de ser inativo.de ser inativo.

A inatividade não significa A inatividade não significa dissolução da dissolução da sociedadesociedade, mas seu funcionamento de , mas seu funcionamento de forma irregular, forma irregular, perdendoperdendo direito à direito à exclusividade do nomeexclusividade do nome..

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Do Estabelecimento EmpresarialDo Estabelecimento Empresarial

Conceito: Complexo de bens reunidos Conceito: Complexo de bens reunidos segundo a vontade do empresário, segundo a vontade do empresário, seja pessoa física ou jurídica, que lhe seja pessoa física ou jurídica, que lhe serve como instrumento para a serve como instrumento para a realização de sua atividade realização de sua atividade econômica.econômica.

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Cont....Cont....

Empresário – sujeito de direito, pessoa Empresário – sujeito de direito, pessoa física ou jurídica;física ou jurídica;

Empresa é a atividade econômica Empresa é a atividade econômica desenvolvida pelo empresário;desenvolvida pelo empresário;

Estabelecimento Empresarial – Estabelecimento Empresarial – aparelhamento necessário ao aparelhamento necessário ao exercício da empresa.exercício da empresa.

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Cont....Cont....

Por exemplo Panificadora Pão de Ouro Por exemplo Panificadora Pão de Ouro LTDA, LTDA, empresárioempresário é a sociedade, é a sociedade, empresaempresa é a fabricação e é a fabricação e comercialização de pães, enquanto comercialização de pães, enquanto que os que os meios utilizadosmeios utilizados para o para o fabrico, somados ao nome, título, fabrico, somados ao nome, título, ponto (ponto (estabelecimento estabelecimento empresarialempresarial).).

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Composição do EEComposição do EE

Bens Corpóreos (destinados ao exercício Bens Corpóreos (destinados ao exercício da empresa) + Bens Incorpóreos.da empresa) + Bens Incorpóreos.

Cada bem individualmente possui um Cada bem individualmente possui um valor econômico.valor econômico.

A reunião de todos acarreta um valor A reunião de todos acarreta um valor agregado bem maior agregado bem maior (aviamento).(aviamento).

Aviamento (doutrina) Aviamento (doutrina) é um atributo da é um atributo da empresa, não um bem do empresário.empresa, não um bem do empresário.

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Cont.....Cont.....

Bens Imóveis – são necessários à atividade Bens Imóveis – são necessários à atividade econômica do empresário (galpão ou econômica do empresário (galpão ou armazém). armazém).

Doutrina dominanteDoutrina dominante (Fran Martins, Sérgio (Fran Martins, Sérgio Campinho e Fábio Ulhoa Coelho) aceitam os Campinho e Fábio Ulhoa Coelho) aceitam os bens imóveis que utilizados diretamente na bens imóveis que utilizados diretamente na atividade empresarial, e desde que atividade empresarial, e desde que pertencentes ao empresário, integram o pertencentes ao empresário, integram o estabelecimento.estabelecimento.

Contrário:Contrário: Rubens Requião não recepcionou a Rubens Requião não recepcionou a tese.tese.

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Ponto ComercialPonto Comercial

É uma espécie de bem incorpóreo do É uma espécie de bem incorpóreo do empresário. É o lugar no qual aquele empresário. É o lugar no qual aquele que exerce suas atividades que exerce suas atividades profissionais.profissionais.

A lei reconhece o esforço desenvolvido A lei reconhece o esforço desenvolvido por seu titular, protegendo-o, em caso por seu titular, protegendo-o, em caso de prédio alugado, através da ação de prédio alugado, através da ação renovatória de contrato de locação renovatória de contrato de locação comercial. comercial.

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Cont......Cont......

O ponto é um direito à inerência sobre O ponto é um direito à inerência sobre o ponto, não é domínio, mas uma o ponto, não é domínio, mas uma faculdade de permanecer no local, ou faculdade de permanecer no local, ou de ser indenizado, se for obrigado a de ser indenizado, se for obrigado a sair.sair.

Direito do locador de exigir a retomada Direito do locador de exigir a retomada do imóvel em prédio alugado, desde do imóvel em prédio alugado, desde que preenchidos requisitos da Lei que preenchidos requisitos da Lei Federal n. 8.245/1991:Federal n. 8.245/1991:

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Cont......Cont......

1.1. Contrato por escrito e com prazo Contrato por escrito e com prazo determinado;determinado;

2.2. Prazo do contrato a renovar ou Prazo do contrato a renovar ou soma dos prazos seja de 5 anos;soma dos prazos seja de 5 anos;

3.3. Quando o locatário esteja Quando o locatário esteja explorando mesmo ramo pelo prazo explorando mesmo ramo pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos;mínimo e ininterrupto de 3 anos;

4.4. Regularidade de seus atos Regularidade de seus atos arquivados no Órgão competente;arquivados no Órgão competente;

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Cont.....Cont.....

5. O locatário deverá dar entrada, de 5. O locatário deverá dar entrada, de no máximo, até seis meses, no no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data de mínimo, anteriores à data de finalização do contrato.finalização do contrato.

OBS:OBS: Caberá indenização para Caberá indenização para locatário, sempre que tiver de deixar locatário, sempre que tiver de deixar o ponto em função de proposta mais o ponto em função de proposta mais vantajosa oferecida por outrem.vantajosa oferecida por outrem.

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Título do EstabelecimentoTítulo do Estabelecimento

Não se confunde com o nome Não se confunde com o nome empresarial (este identifica o sujeito empresarial (este identifica o sujeito do direito, seja empresário ou do direito, seja empresário ou sociedade empresária).sociedade empresária).

Título é o meio pelo qual a empresa Título é o meio pelo qual a empresa torna-se conhecido do público torna-se conhecido do público singularizando o ponto comercial. Por singularizando o ponto comercial. Por exemplo Casa das Baterias, Espaço exemplo Casa das Baterias, Espaço das Vitrines, Império do Colchão.das Vitrines, Império do Colchão.

Obs: Permite-se a alienação do título.Obs: Permite-se a alienação do título.

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Cont.....Cont.....

Quanto a proteção semelhante ao nome Quanto a proteção semelhante ao nome empresarial, a doutrina se divide em:empresarial, a doutrina se divide em:

Fran Martins:Fran Martins: apesar da omissão apesar da omissão legislativa, estaria comprovado o legislativa, estaria comprovado o direito à exclusividade de seu uso, à direito à exclusividade de seu uso, à semelhança do nome empresarial (art. semelhança do nome empresarial (art. 1166 do CC/2002)1166 do CC/2002)

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Sérgio CampinhoSérgio Campinho – a presença no – a presença no título do ato de registro deve ser título do ato de registro deve ser tomada como elemento de prova, a tomada como elemento de prova, a favor de quem primeiro providenciou favor de quem primeiro providenciou o arquivamento, a fim de demonstrar o arquivamento, a fim de demonstrar que sua utilização antecedeu à da que sua utilização antecedeu à da outra parte envolvida na disputa.outra parte envolvida na disputa.

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Natureza JurídicaNatureza Jurídica

Art. 90 CC/2002 – sua natureza é de Art. 90 CC/2002 – sua natureza é de uma universalidade de fato.uma universalidade de fato.

Exemplo de uma universalidade de Exemplo de uma universalidade de direito é a herança e a massa falida direito é a herança e a massa falida por disposição legal e não pelo por disposição legal e não pelo desejo de alguém.desejo de alguém.

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Alienação do Estabelecimento (art. Alienação do Estabelecimento (art. 1145 CC/20021145 CC/2002

É possível a mudança de titularidade É possível a mudança de titularidade do estabelecimento (do estabelecimento (trespasse ou trespasse ou traspasse).traspasse).

Trespasse XXXXXX CessãoTrespasse XXXXXX CessãoNo Trespasse, o estabelecimento No Trespasse, o estabelecimento

muda de titular, passando a integrar muda de titular, passando a integrar o patrimônio de outra pessoa.o patrimônio de outra pessoa.

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Cont....Cont....

Cessão de quotas sociais de uma LTDA Cessão de quotas sociais de uma LTDA ou ações de SA (permanece na ou ações de SA (permanece na propriedade da mesma pessoa propriedade da mesma pessoa jurídica. Só que a pessoa jurídica terá jurídica. Só que a pessoa jurídica terá novos sócios).novos sócios).

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Cont......Cont......

Sendo eficaz o trespasse, passa o Sendo eficaz o trespasse, passa o adquirenteadquirente a ser responsável pelos a ser responsável pelos débitos anteriores ao ato, desde que débitos anteriores ao ato, desde que contabilizados no Livro do vendedor contabilizados no Livro do vendedor (alienante). (alienante).

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Cont.......Cont.......

O vendedor continua solidário com o O vendedor continua solidário com o adquirente pelo prazo de um ano, adquirente pelo prazo de um ano, contado da publicação de contado da publicação de transferência na imprensa oficial, transferência na imprensa oficial, para os vencidos.para os vencidos.

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Cont......Cont......

Não pode o alienante fazer Não pode o alienante fazer concorrência nos concorrência nos cinco anoscinco anos subseqüentes à transferência, a subseqüentes à transferência, a menos que haja menos que haja concordância do concordância do adquirente. adquirente.

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Cont.......Cont.......

A A finalidadefinalidade é evitar o é evitar o desvio de desvio de clientela do compradorclientela do comprador, em , em função do conhecimento que gozem função do conhecimento que gozem junto ao público em geral.junto ao público em geral.

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EXERCICIOEXERCICIO1.1. (Magistratura/SP – 173) As juntas comerciais são:(Magistratura/SP – 173) As juntas comerciais são:a)a) Orgaos normativos vinculados ao poder judiciário, Orgaos normativos vinculados ao poder judiciário,

com competência para regular o comércio em com competência para regular o comércio em geral.geral.

b)b) Tribunais Federais do comércio, com competência Tribunais Federais do comércio, com competência para julgar questoes entre comerciantes.para julgar questoes entre comerciantes.

c)c) Órgaos da Administracao estadual que Órgaos da Administracao estadual que desempenham função de natureza federal atinente desempenham função de natureza federal atinente ao registro público.ao registro público.

d)d) Órgaos da Administração Federal incumbidos de Órgaos da Administração Federal incumbidos de tornar legítimos os atos praticados pelas empresas tornar legítimos os atos praticados pelas empresas mercantis e auxiliares do comércio.mercantis e auxiliares do comércio.

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ExercicioExercicio2. (M2. (Magistratura Federal/ 5ª Regiagistratura Federal/ 5ª Regiãão) Insere-se na o) Insere-se na

competência do Departamento Nacional do competência do Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC):Registro do Comércio (DNRC):

a)a) A aplicaçA aplicaçãão de penalidades administrativas a o de penalidades administrativas a comerciantes irregulares.comerciantes irregulares.

b)b) O arquivamento de atos constitutivos de O arquivamento de atos constitutivos de empresas públicas e sociedades de economia empresas públicas e sociedades de economia mista vinculadas a Administraçmista vinculadas a Administraçãão Pulica o Pulica Federal.Federal.

c)c) O registro da matricula de leiloeiros e O registro da matricula de leiloeiros e tradutores públicos.tradutores públicos.

d)d) A supervisA supervisãão, coordenaço, coordenaçãão e fiscalizaço e fiscalizaçãão das o das atividades das juntas comerciais estaduais.atividades das juntas comerciais estaduais.

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ExercicioExercicio3. (Magistratura Federal/3ª Regiao) A proteçao do ponto 3. (Magistratura Federal/3ª Regiao) A proteçao do ponto

comercial, nos termos dos arts. 51 e 71 da lei n. 8.245, comercial, nos termos dos arts. 51 e 71 da lei n. 8.245, de 18 de outubro de 1991, conhecida como Lei do de 18 de outubro de 1991, conhecida como Lei do Inquilinado, pode ser fundar:Inquilinado, pode ser fundar:

a) Na vedação legal ao alienante do estabelecimento a) Na vedação legal ao alienante do estabelecimento comercial de concorrer com o adquirente.comercial de concorrer com o adquirente.

b) Na vedação a terceiros de instalarem estabelecimentos b) Na vedação a terceiros de instalarem estabelecimentos comerciais concorrentes em local próximo.comerciais concorrentes em local próximo.

c) Na ação revisional de alúguel.c) Na ação revisional de alúguel.

d) No direito do locatário a renovação do contrato, se d) No direito do locatário a renovação do contrato, se preenchidos os requisitos da locação empresarial.preenchidos os requisitos da locação empresarial.

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EXERCICIOEXERCICIO4. (OAB/SP – 119º Exame) O Estabelecimento:4. (OAB/SP – 119º Exame) O Estabelecimento:a)a) Não pode ser objeto unitário de direito e de Não pode ser objeto unitário de direito e de

negócios jurídicos, translativos ou constitutivos.negócios jurídicos, translativos ou constitutivos.b)b) Uma vez arrendado, tal ato negocial, produzirá Uma vez arrendado, tal ato negocial, produzirá

efeitos em relação a terceiros.efeitos em relação a terceiros.c)c) É elemento essencial a empresa, pois É elemento essencial a empresa, pois

impossível é qualquer atividade empresarial impossível é qualquer atividade empresarial sem que antes se o organize.sem que antes se o organize.

d)d) Com o trespasse, não gera, para o adquirente, a Com o trespasse, não gera, para o adquirente, a responsabilidade pelo pagamento de dívidas responsabilidade pelo pagamento de dívidas pendentes, desde que regularmente pendentes, desde que regularmente contabilizadas.contabilizadas.

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ExercicioExercicio5. (OAB/SP – 118º Exame) Não é condição para 5. (OAB/SP – 118º Exame) Não é condição para

que o locatário tenha direito a renovação que o locatário tenha direito a renovação compulsória do contrato e locação não-compulsória do contrato e locação não-residencial:residencial:

a)a) Contrato escrito e por prazo determinado.Contrato escrito e por prazo determinado.b)b) Prazo do último contrato superior a 5 anos.Prazo do último contrato superior a 5 anos.c)c) Exercício da mesma atividade pelos Exercício da mesma atividade pelos

últimos 3 anos.últimos 3 anos.d)d) Propositura da ação renovatória no Propositura da ação renovatória no

penúltimo semestre de vigência do penúltimo semestre de vigência do contrato renovando.contrato renovando.

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Direitos da Propriedade IndustrialDireitos da Propriedade Industrial

Conceito Conceito É um ramo do direito que protege as É um ramo do direito que protege as

criações intelectuais, facultando aos criações intelectuais, facultando aos seus titulares direitos econômicos os seus titulares direitos econômicos os quais ditam a forma de quais ditam a forma de comercialização, circulação, utilização comercialização, circulação, utilização e produção dos bens intelectuais ou e produção dos bens intelectuais ou dos produtos e serviços que dos produtos e serviços que incorporam tais criações intelectuais.incorporam tais criações intelectuais.

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Cont......Cont...... Principais Ramos da Propriedade IntelectualPrincipais Ramos da Propriedade Intelectual Propriedade Industrial:Propriedade Industrial: - - Patentes de InvençãoPatentes de Invenção - Patentes de Modelos de Utilidade- Patentes de Modelos de Utilidade - Desenhos Industriais- Desenhos Industriais - Marcas- Marcas - Indicações Geográficas- Indicações Geográficas Cultivares (Obtenções Vegetais ou Variedades Cultivares (Obtenções Vegetais ou Variedades

Vegetais)Vegetais) Direitos de Autor e Direitos ConexosDireitos de Autor e Direitos Conexos Informação Não Divulgada (Informação Confidencial)Informação Não Divulgada (Informação Confidencial) Topografia de Circuitos IntegradosTopografia de Circuitos Integrados

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Cont.........Cont......... Patentes de InvençãoPatentes de Invenção

A patente é um título de privilégio A patente é um título de privilégio concedido com relação a uma invenção – concedido com relação a uma invenção – produto ou processo – que atenda aos produto ou processo – que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.e aplicação industrial.

Prazo de proteção de 20 anos contados da Prazo de proteção de 20 anos contados da data do depósito.data do depósito.

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Cont...........Cont........... Patentes de Modelos de UtilidadePatentes de Modelos de Utilidade

É patenteável como modelo de utilidade o É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação .fabricação .

Prazo de proteção de 15 anos contados da Prazo de proteção de 15 anos contados da data do depósito.data do depósito.

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Cont.......Cont....... Desenhos IndustriaisDesenhos Industriais

Considera-se desenho industrial a forma Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.possa servir de tipo de fabricação industrial.

Prazo de proteção de 25 anos (10+5+5+5) Prazo de proteção de 25 anos (10+5+5+5) contados da data do depósito.contados da data do depósito.

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Cont.........Cont......... MarcasMarcas São suscetíveis de registro como marca os São suscetíveis de registro como marca os

sinais distintivos visualmente perceptíveis, sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais, não compreendidos nas proibições legais, que identificam produtos ou serviços como que identificam produtos ou serviços como produzidos ou fornecidos por determinado produzidos ou fornecidos por determinado indivíduo ou empresa e que os distinguem indivíduo ou empresa e que os distinguem de outros similares de procedência diversa.de outros similares de procedência diversa.

Prazo de proteção de 10 anos, contados da Prazo de proteção de 10 anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.por períodos iguais e sucessivos.

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Cont......Cont...... Indicações GeográficasIndicações Geográficas Constitui indicação geográfica a indicação de Constitui indicação geográfica a indicação de

procedência ou a denominação de origem:procedência ou a denominação de origem: a) a) Considera-se indicação de procedência o Considera-se indicação de procedência o

nome geográfico de país, cidade, região ou nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.serviço.

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Cont........Cont........ b) b) Considera-se denominação de origem o Considera-se denominação de origem o

nome geográfico de país, cidade, região ou nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.incluídos fatores naturais e humanos.

Prazo de proteção ilimitado (perdura Prazo de proteção ilimitado (perdura enquanto a indicação geográfica tiver suas enquanto a indicação geográfica tiver suas características preservadas).características preservadas).

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Cont.......Cont.......

Cultivares (Obtenções Cultivares (Obtenções Vegetais ou Variedades Vegetais ou Variedades Vegetais)Vegetais)

É passível de proteção a nova cultivar É passível de proteção a nova cultivar ou a cultivar essencialmente ou a cultivar essencialmente derivada, de qualquer gênero ou derivada, de qualquer gênero ou espécie vegetal. espécie vegetal.

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Cont......Cont......

Cultivar é a variedade de qualquer gênero ou Cultivar é a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outros cultivares conhecidas por distinguível de outros cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.de híbridos.

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Cont.....Cont.....

Prazo de proteção de 15 anos, a Prazo de proteção de 15 anos, a partir da data de concessão, partir da data de concessão, excetuadas as videiras, as árvores excetuadas as videiras, as árvores frutíferas, as árvores florestais e as frutíferas, as árvores florestais e as árvores ornamentais, inclusive, em árvores ornamentais, inclusive, em cada caso, o seu porta-enxerto, para cada caso, o seu porta-enxerto, para as quais a duração será de 18 anos. as quais a duração será de 18 anos.

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Cont.....Cont..... Direitos de Autor e Direitos ConexosDireitos de Autor e Direitos Conexos

Conjunto de direitos morais e patrimoniais Conjunto de direitos morais e patrimoniais sobre as criações do espírito, expressas por sobre as criações do espírito, expressas por quaisquer meios ou fixadas em quaisquer quaisquer meios ou fixadas em quaisquer suportes, tangíveis ou intangíveis, que se suportes, tangíveis ou intangíveis, que se concede aos seus criadores por suas obras concede aos seus criadores por suas obras literárias ou artísticas.literárias ou artísticas.

A proteção independe de registro.A proteção independe de registro.

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Cont....................Cont.................... Os programas de computador Os programas de computador

recebem proteção como obras recebem proteção como obras literárias.literárias.

Prazo de proteção de 70 anos, como Prazo de proteção de 70 anos, como regra geral, para os direitos regra geral, para os direitos patrimoniais. O início da contagem patrimoniais. O início da contagem varia conforme o tipo de obra.varia conforme o tipo de obra.

Page 113: DIREITO COMERCIAL PROFESSORA: ERIKA FIGUEIRA. I. ORIGEM DO COMÉRCIO Nas sociedades primitivas, seus componentes buscavam produzir os bens de que necessitavam

Cont......................Cont...................... Prazo de programas de computador Prazo de programas de computador

é de 50 anos contados a partir de 1º é de 50 anos contados a partir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao da de janeiro do ano subseqüente ao da sua publicação ou, na ausência sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.desta, da sua criação.

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Cont.........Cont......... Informação Não-divulgadaInformação Não-divulgada É passível de proteção, contra o uso É passível de proteção, contra o uso

comercial desleal, as informações relativas comercial desleal, as informações relativas aos resultados de testes ou outros dados aos resultados de testes ou outros dados não-divulgados apresentados às autoridades não-divulgados apresentados às autoridades competentes como condição para aprovar competentes como condição para aprovar ou manter o registro para a comercialização ou manter o registro para a comercialização de produtos farmacêuticos de uso humano e de produtos farmacêuticos de uso humano e veterinário, fertilizantes, agrotóxicos e afins.veterinário, fertilizantes, agrotóxicos e afins.

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Cont....................Cont.................... Prazo de proteção de 10 anos, 5 anos Prazo de proteção de 10 anos, 5 anos

ou 1 ano, conforme o tipo de ou 1 ano, conforme o tipo de informação ou da sua associação informação ou da sua associação com o produto (não aplicável para com o produto (não aplicável para produtos farmacêuticos de uso produtos farmacêuticos de uso humano).humano).

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Cont................Cont................ Topografia de Circuitos IntegradosTopografia de Circuitos Integrados Topografia de circuitos integrados significa uma Topografia de circuitos integrados significa uma

série de imagens relacionadas, construídas ou série de imagens relacionadas, construídas ou codificadas sob qualquer meio ou forma, que codificadas sob qualquer meio ou forma, que represente a configuração tridimensional das represente a configuração tridimensional das camadas que compõem um circuito integrado; e camadas que compõem um circuito integrado; e na qual cada imagem represente, no todo ou em na qual cada imagem represente, no todo ou em parte, a disposição geométrica ou arranjos da parte, a disposição geométrica ou arranjos da superfície do circuito integrado em qualquer superfície do circuito integrado em qualquer estágio de sua concepção ou manufatura.estágio de sua concepção ou manufatura.

Prazo proposto em Projeto de Lei de 10 anos Prazo proposto em Projeto de Lei de 10 anos contados da data do depósito ou da primeira contados da data do depósito ou da primeira exploração, o que tiver ocorrido primeiro.exploração, o que tiver ocorrido primeiro.

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O Empresário e o Direito do O Empresário e o Direito do ConsumidorConsumidor

Histórico:Histórico:Antes do advento do Código de Defesa do Antes do advento do Código de Defesa do

Consumidor - CDC (Lei n. 8078-90), as Consumidor - CDC (Lei n. 8078-90), as relações e contratos dos consumidores relações e contratos dos consumidores com os empresários estavam disciplinadas com os empresários estavam disciplinadas pelo direito civil ou comercial.pelo direito civil ou comercial.

Aplica-se, assim, o CDC sempre que os Aplica-se, assim, o CDC sempre que os sujeitos de direito se encontram numa sujeitos de direito se encontram numa relação de consumo (Fornecedor e relação de consumo (Fornecedor e Consumidor).Consumidor).

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Empresário e o CDCEmpresário e o CDCFornecedor é a pessoa que desenvolve atividade de Fornecedor é a pessoa que desenvolve atividade de

oferecimento de bens ou serviços ao mercado.oferecimento de bens ou serviços ao mercado.

Consumidor é aquela que os adquire ou utiliza como Consumidor é aquela que os adquire ou utiliza como destinatária final.destinatária final.

O conceito de empresário, núcleo do moderno direito O conceito de empresário, núcleo do moderno direito comercial, está compreendido no de fornecedor.comercial, está compreendido no de fornecedor.

Desse modo, os deveres e responsabilidades Desse modo, os deveres e responsabilidades pertinentes aos empresários nas suas relações pertinentes aos empresários nas suas relações com os consumidores.com os consumidores.

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Cont.......Cont.......

Quanto a qualidade dos produtos ou serviços, Quanto a qualidade dos produtos ou serviços, o CDC introduziu três conceitos: o CDC introduziu três conceitos: fornecimento perigoso, defeituoso e viciado.fornecimento perigoso, defeituoso e viciado.

a)a) Fornecimento perigoso dos produtos ou Fornecimento perigoso dos produtos ou serviços quando decorre dano, motivado serviços quando decorre dano, motivado pela insuficiência ou inadequação das pela insuficiência ou inadequação das informações prestadas pelo fornecedor informações prestadas pelo fornecedor sobre os riscos a que se expõe o sobre os riscos a que se expõe o consumidor.consumidor.

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b) FORNECIMENTO DEFEITUOSO – O dano b) FORNECIMENTO DEFEITUOSO – O dano ocorre em razão de um problema intrínseco ocorre em razão de um problema intrínseco ao fornecimento.ao fornecimento.

p. ex. erro no envasamento do refrigerante p. ex. erro no envasamento do refrigerante ocorreu maior concentração de gás, que ocorreu maior concentração de gás, que resultou na quebra da garrafa e em resultou na quebra da garrafa e em ferimentos no consumidor.ferimentos no consumidor.

Por mais cauteloso e diligente que seja o Por mais cauteloso e diligente que seja o fornecedor, por mais que invista em controle fornecedor, por mais que invista em controle de qualidade e em aperfeiçoamento de qualidade e em aperfeiçoamento tecnológico de sua empresa, alguma tecnológico de sua empresa, alguma margem de defeituosidade no fornecimento margem de defeituosidade no fornecimento acaba ocorrendo.acaba ocorrendo.

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São excludentes de responsabilidade São excludentes de responsabilidade objetiva:objetiva:

prova de que não houve prova de que não houve fornecimento;fornecimento;

inexistência do defeito;inexistência do defeito; culpa exclusiva do consumidor ou de culpa exclusiva do consumidor ou de

terceiro.terceiro.

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Empresário responde pelo acidente de Empresário responde pelo acidente de consumo apenas se conservou consumo apenas se conservou inadequadamente o produto perecível inadequadamente o produto perecível ou se o fabricante, produtor, ou se o fabricante, produtor, construtor, importador não puderem construtor, importador não puderem ser identificados.ser identificados.

Prazo prescricional de 5 anos para Prazo prescricional de 5 anos para responsabilizar o fornecedor.responsabilizar o fornecedor.

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c) Fornecimento Viciado – defeito ou c) Fornecimento Viciado – defeito ou vício, mas se o problema não for vício, mas se o problema não for detectado a tempo e em razão detectado a tempo e em razão ocorrer acidente de trânsito ou se o ocorrer acidente de trânsito ou se o automóvel apresenta problema em automóvel apresenta problema em seu sistema de freios, mas é seu sistema de freios, mas é detectado pelo consumidor antes de detectado pelo consumidor antes de qualquer acidente.qualquer acidente.

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O consumidor pode optar:O consumidor pode optar: pelo desfazimento do negócio com a pelo desfazimento do negócio com a

devolução dos valores pagos e devolução dos valores pagos e devidamente corrigidos (ação redibitória devidamente corrigidos (ação redibitória – CV)– CV)

redução do preço (ação estimatória – redução do preço (ação estimatória – CV)CV)

eliminação do vício, com a substituição eliminação do vício, com a substituição do produto ou a reexecução do serviço do produto ou a reexecução do serviço (ação executória específica).(ação executória específica).

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ESPECIES DE FORNECIMENTO VICIADOS:ESPECIES DE FORNECIMENTO VICIADOS: - VÍCIO DE QUALIDADE – quando é impróprio ao - VÍCIO DE QUALIDADE – quando é impróprio ao

consumo se está vencido o seu prazo de validade, consumo se está vencido o seu prazo de validade, se há adulteração, alteração, falsificação, se há adulteração, alteração, falsificação, inobservância de normas técnicas.inobservância de normas técnicas.

VÍCIO DE QUANTIDADE – ocorre se o seu conteúdo VÍCIO DE QUANTIDADE – ocorre se o seu conteúdo líquido é inferior às indicações constantes da líquido é inferior às indicações constantes da rotulagem, embalagem ou publicidade, salvo as rotulagem, embalagem ou publicidade, salvo as variações próprias de sua natureza.variações próprias de sua natureza.

O direito de reclamar de vícios de fornecimento O direito de reclamar de vícios de fornecimento decai em 30 dias (produtos e serviços não-duráveis) decai em 30 dias (produtos e serviços não-duráveis) ou de 90 dias (produtos e serviços duráveis).ou de 90 dias (produtos e serviços duráveis).

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Por exemplo alimentos e bebidas – produtos Por exemplo alimentos e bebidas – produtos não duráveis.não duráveis.

Eletrodomésticos – produto durável.Eletrodomésticos – produto durável. Lavagem de automóvel – serviço não durável.Lavagem de automóvel – serviço não durável. Pintura de casa – serviço durável.Pintura de casa – serviço durável. Termo inicial: entrega do produto;Termo inicial: entrega do produto; Término da execução do serviço, quando o Término da execução do serviço, quando o

vício é aparente e da sua manifestação vício é aparente e da sua manifestação quando é oculto.quando é oculto.

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PUBLICIDADEPUBLICIDADE Simulada - Procura ocultar o caráter de Simulada - Procura ocultar o caráter de

propaganda. Por exemplo a inserção em jornais e propaganda. Por exemplo a inserção em jornais e periódicos, de propaganda com aparência externa periódicos, de propaganda com aparência externa de reportagem.de reportagem.

Enganosa - Capaz de induzir o consumidor em Enganosa - Capaz de induzir o consumidor em erro. Mas nem sempre o fantasioso (falso) induz ou erro. Mas nem sempre o fantasioso (falso) induz ou é capaz de induzir o consumidor em erro.é capaz de induzir o consumidor em erro.

A promoção, por exemplo, de drops, através da A promoção, por exemplo, de drops, através da apresentação de filme com pessoas levitando ao apresentação de filme com pessoas levitando ao consumi-lo, implica a veiculação de informações consumi-lo, implica a veiculação de informações falsas. Mas é necessário o dolo do fornecedor, para falsas. Mas é necessário o dolo do fornecedor, para que se caracterize a enganosidade.que se caracterize a enganosidade.

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Abusiva – é aquela que agride os valores Abusiva – é aquela que agride os valores sociais, por exemplo racista, sexista, sociais, por exemplo racista, sexista, discriminatória e a lesiva ao meio ambiente.discriminatória e a lesiva ao meio ambiente.

A realização de publicidade enganosa ou A realização de publicidade enganosa ou abusiva gera responsabilidade civil, penal e abusiva gera responsabilidade civil, penal e administrativa. Assim, o fornecedor que administrativa. Assim, o fornecedor que promover deve indenizar material e promover deve indenizar material e moralmente, o consumidor. Além de moralmente, o consumidor. Além de responder pela prática de crime (art. 67 do responder pela prática de crime (art. 67 do CDC) e deverá veicular contrapropaganda, CDC) e deverá veicular contrapropaganda, que desfaça os efeitos do engano ou do que desfaça os efeitos do engano ou do abuso.abuso.

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´PEQUENAS OPORTUNIDADES PODEM ´PEQUENAS OPORTUNIDADES PODEM SER O COMEÇO DE GRANDES SER O COMEÇO DE GRANDES OPORTUNIDADES´ OPORTUNIDADES´ DEMÓSTELES.DEMÓSTELES.