Direito Comercio Internacional e Lex Mercatoria-livia (1)

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    Direito Comercio Internacional e Lex

    MercatoriaGrupo:Alyne Maria, Gleyci Kelly,Hortncia Brainer,Joice Maria e Marcos

    Gabriel.

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    Histria

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    Historicamente Falando

    A histria do Direito Comercial inicia-se no Renascimento, emque foi preciso enfrentar uma Europa dividida em pequenosfeudos fechados em suas prprias atividades agrcolas, semqualquer atividade comercial entre eles Com o Renascimento e

    o crescimento das cidades italianas mercantis, passou-se autili!ar, no mercado europeu, o que ho"e # chamada le$mercatoria %egundo &rineu %trenger '%(RE)*ER, 2++,*oldman de.ne a le$ mercatoria como sendo /precisamente umcon"unto de princpios, institui0es e regras com origem em

    vrias fontes, que nutriu e ainda nutre estruturas e ofuncionamento legal espec.co da coletividade de operadores docom#rcio internacional3

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    DA EXPANSO NO PERODO MEDIEVAL SUA ABSORO EDESINTEGRAO PELO PODER ESTATAL

    A queda do &mp#rio Romano inseriu a Europa medieval em

    um mundo de anarquia e inseguran0a, fato que, diante daaus5ncia de poder poltico capa! de manter a pa! e areali!a06o do direito, possi7ilitou a cria06o das corpora0esde classe, incluindo as de mercadores, voltadas para aprote06o e assist5ncia dos comerciantes

    %egundo %trenger, tais corpora0es formavam umaestrutura similar a de um pequeno Estado, dotado de umpoder legislativo e de um poder "udicirio, com atri7ui0esque iam desde a viglia da guerra, da pa! e das represlias,

    at# a ela7ora06o de leis e estatutos que, so7 "urisdi06oprpria, eram aplicadas *o!avam de patrim8nio prprioformado a partir da contri7ui06o dos associados e decidiamas causas comerciais com a maior 7revidade e semformalidade

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    Direito Internacional Privado (DIP):rocura regular rela0es entre particulares, quepelos elementos que apresentam, est6o relacionadascom sistemas "urdicos diversos s6o eles; polticos,

    "urdicos, econ8micos e sociaisFatores PolticosA diversidade de sistemas "urdicos est 7aseada na divis6oterritorial do mundo, que foi esta7elecida em fun06o de umacontnua disputa pelo poder entre diferentes Estados e outrasformas de organi!a06o poltica< A grande motiva06o pelo

    surgimento do D&: se deu pela grande mo7ili!a06o de capitaise de pessoas entre as fronteiras desses territriosFatores JurdicosA divis6o territorial, com a multiplicidade de estados so7eranos,provocou a e$ist5ncia de diversos sistemas "urdicos, que por sua

    ve! afetam de algum modo todo tipo de intera06o concreta entrepessoas ou organi!a0es que se relacionam a partir de dois oumais sistemas "urdicos

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    Fatores EconmicosDo ponto de vista econ8mico h, em termos glo7ais,uma profunda interdepend5ncia n6o so entre os

    pases, mas tam7#m entre pessoas e organi!a0escomo entes privados = comercio internacional # umdos processos em que mais ocorre intera06o entrepessoas e organi!a06o, de forma independente deseus pases de origem, um e$emplo disso # o turismoFatores sociais

    Est6o diretamente relacionados com o con>ito de leis =smovimentos migratrios, a mo7ilidade das pessoas de umpas para outro, por diversos motivos' negcios, la!er outra7alho por e$emplo, que causam repercusses do D&:?aseado nesses fatores # que se torna necessrio o Direito

    &nternacional :rivado para 7uscar a solu06o aos con>itos queocorrem nas rela0es privadas internacionais que envolvemtanto pessoas como as organi!a0es

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    Direito internacional privado

    Cuidas das rela0es "urdicas do homem na sua dimens6ointernacional,a7rangendo temas como nacionalidade,condi06o

    "urdica dos estrangeiros,con>ito de leis e con>ito de "urisdi0es'@aco7 Dollinger

    Direito internacional privado 'D&:r # o con"unto denormas "urdicas, criado por uma autoridade polticaaut8noma 'um Estado nacional ou umasua provncia que disponha de uma ordem "urdicaaut8noma, com o propsito de resolver os con>itos deleis no espa0o

    B

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    D&:r # um con"unto de regras de direito interno que indica ao"ui! local que lei se a do foro ou a estrangeira< ou dentre duas

    estrangeiras - dever ser aplicada a um caso 'geralmenteprivado que tenha rela06o com mais de um pas

    A possi7ilidade de o "ui! de um pas '/"ui! do foro3 aplicar leiestrangeira decorre da necessidade de se reconhecer fatos e

    atos "urdicos constitudos em outros pases e cu"a nega06opelo "ui! do foro causaria uma in"usti0a :or e$emplo, o D&:r7rasileiro dispe que a lei do pas em que for domiciliadaapessoa determina as regras so7re a capacidade; esta regraespec.ca foi esta7elecida pelo direito 7rasileiro para evitar,

    dentre outros pro7lemas, que uma pessoa domiciliada numpas estrangeiro e reconhecida ali como maior de idadevenhaa ser considerada menor de idade no ?rasil 'caso a lei7rasileira e a estrangeira divir"am nesse particular um/con>ito de leis3, o que seria inconveniente e in"usto Este #apenas um e$emplo do con"unto de regras que o ?rasil crioupara evitar con>itos semelhantes Da mesma maneira que o

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    %6o nacionais porque derivam deordem "urdica interna de umestado,onde se esta7elecemdeterminadas regras a seremseguidas nas questesinternacionais )o ?rasil nosdiferentescdigos'civil,processual,penal,deprocesso civil e de direitoencontram-

    se dispositivos relacionados comdireito internacional privado

    %6o internacionais quando s6oesta7elecidos em tratados ouconven0es internacionais,comoconfer5ncia de aia de Direito&nternacional privado,entre outros,

    em7ora s adquiram for0a de lei noterritrio de um estado quando estes asincorpora em sua ordem "urdicainternaFma fonte importante denature!a e$terna # o cdigo

    internacional de direito privadoaprovado na conven06o de avana, emH

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    As normas de direito internacional privado apresentamcaractersticas Inicas,pois,a classi.ca06o dedireito,tradicionalmente conhecida,# a que divide em

    direito pu7lico e privado

    %e distingue por regular rg6os do governo de umestado, e sua rela0es entre si e com atores privados< De direito internacional pu7lico regulas as rela0es

    entre os rg6os do governo do estadoito de leis no espa0o qualquer

    rela06o humana ligada a duas ou mais ordens"urdicas cu"as normas n6o s6o coincidentes = "ui! ouo int#rprete da lei, diante de um caso de con>ito de leisno espa0o, assiste portanto J concorr5ncia de duas oumais leis - produ!idas por pases 'ou provnciasdiferentes - so7re a mesma quest6o "urdicaNacionalidade)acionalidade # o vnculo "urdico de direitopI7lico interno entre uma pessoa e um Estado Anacionalidade pressupe que a pessoa go!e dedeterminados direitos frente ao Estado de que #nacional, como o direito de residir e tra7alhar noterritrio do Estado, o direito de votar e ser votado'este, conhecido como cidadania, o direito de n6o sere$pulso ou e$traditado e o direito J prote06o do Estado

    'inclusive a prote06o diplomtica e a assist5ncia

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    Elementos de conexo=s elementos de cone$6o constituem-se na chave para solucionar oscon>itos de leis no espa0o

    Lex patriae; lei da nacionalidade da pessoa fsica

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    Principais fontes do Direito Internacional Privado

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    Tratado InternacionalComiss6o das )a0es Fnidas para o Direito Kercantil&nternacional 'C)FDK&;1 Conven06o das )a0es Fnidas so7re os Contratos de Compra

    e Lenda &nternacional de Kercadorias 'Liena, 1GH+2 Conv5nio das )a0es Fnidas so7re o (ransporte Kartimo de

    Kercadorias de 1GH 'Regras de am7urgo44 Conv5nio das )a0es Fnidas so7re a Responsa7ilidade dos

    Empresrios de (erminais de (ransporte no Com#rcio&nternacional 9

    9 Mei modelo da C)FDK& so7re a Ar7itragem Comercial

    &nternacional'1GH Mei Kodelo da C)FDK& so7re Concilia06o Comercial&nternacional '2++1

    B *uia @urdico da C)FDK& para a Reda06o de Contratos&nternacionais de Constru06o de &nstala0es &ndustriais'1GHH

    Mei Kodelo da C)FDK& so7re (ransfer5ncias &nternacionais de

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    Costume Internacional

    Jurisprudncia Internacional

    Os principais gerais do Direito Internacional Privado

    A doutrina

    onfer5ncia da aia so7re o Direito &nternacional :rivadonstituto &nternacional para a Fni.ca06o do Direito :rivado'F)&DR=&(

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    Direitos comerciais e Lex Mercatria

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    NA le$ mercatria, pode ser de.nida como um con"unto deprincpios, regras, usos e institui0es de direito, mercantil ecomercial 7asicamente, eu # utili!ada como fonte de direitoinformal e internacional e apresentando um carteruniversal, sendo regulada "uridicamente pela ar7itragem do

    comercio internacional, em particular, nos diversosmodelos de contrato

    N %urgiu no s#culo O&&, onde nas feiras medievais sedesenvolveu um direito mercantil constitudo pelos

    costumes e usos de uma camada social, dos mercadoresN %eu processo era rpido e informalN A antiga Me$ mercatria se relacionava com os demaissistemas legais 'feudalismo, eclesisticos, ur7ano e real

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    N Em OL& diminui a importPncia da lex mercatriapela sua proi7i06o e o rec#m surgimento do estadomoderno ' forma a7solutista mas no s#culo OO

    ressurge

    N A nova lex mercatria ressurge como sistemalegal aut8nomo de carter internacional utili!ada pelosoperadores comerciais e regulado "uridicamente pela

    ar7itragem internacional

    N Lex Mercatoria - )ovas (end5ncias e Anlise daLia7ilidade de um %istema de Aut8nomo de )ormas&nternacionais tem por o7"etivo demonstrar as novas

    vertentes do direito internacional e a possi7ilidade deado06o de um sistema aut8nomo de normasinternacionais para regular o com#rcio privado eprincipalmente os contratos

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    A antiga Me$ Kercatria foi gerada em fun06o das demandascaractersticas do tempo em quest6o, incluindo-se os valores,cultura e provises futuras da #poca =u se"a, os donos decom#rcio, que eram reconhecidamente parte principal de uma

    classe emergente, estavam 7atalhando para conquistarem ali7erdade do sistema feudal, ao qual estavam interligados desdeseu prprio surgimento

    A )ova Me$ Kercatria, ent6o, passa a ser reconhecida comotendo a responsa7ilidade de Direito Comum do Com#rcio&nternacional Essa nova ordem determina que os Estados passema ser consideravelmente mais responsa7ili!ados diante de suaso7riga0es, ampliando a nature!a costumeira da Me$ Kercatriapara uma nature!a Megislativa

    De forma resumida, # possvel di!er que a Me$ Kercatria # oagrupamento de regras legais, que orientam e em7asam ocom#rcio internacional, que atua de forma totalmenteindependente do direito positivo dos Estados, sendo consideradanormativa

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    Principais elementos de sustentao da Lex Mercatoria

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    A Me$ Kercatoria se sustenta em alguns elementos ess5nciasentre os quais se encontram;

    a) Os usos e costumes comerciais;=s atores econ8micos internacionais criaram uma s#rie de

    costumes e usos que sustentam em seu conhecimentopro.ssional, a repeti06o desses usos ao longo do tempo ea generali!ada aceita06o de sua e$ist5nciab) Os contratos-modelo;

    As organi!a0es e associa0es "urdicas pro.ssionaiscriaram modelos de contrato que converteram eminstrumentos legais dentro do circuito comercialinternacional

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    c) Os cdigos de condutaAs organi!a0es internacionais notaram aaus5ncia de vigilPncia internacional so7re asatividades das empresas multinacionais etransnacionaisd) A arbitragem internacional e sua jurisprudncia.A "urisprud5ncia demanda da Ar7itragem &nternacional #outro elemento constituitivo Me$ Kercatoria

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    Aspectos positivos da Lex Mercatoria

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    A importPncia da Me$ Kercatoria para as rela0es comerciaisinternacionais pode ser 7em dimensionada pela aceita06o do:oder @udicirio de diferentes Estados, inclusive o ?rasil, dandovalidade a esses modelos contratuais praticados no com#rciointernacionala Constitui um esfor0o para reacomodar as ci5ncias "urdicasaos atuais processos de transforma06o7 =ferece uma alternativa de agilidade e efetividadeprocessual em rela06o aos comple$os procedimentos dediversos direitos locaisc =ferece uma maior neutralidade para quem administra a

    "usti0a, especi.camente no Pm7ito comerciald *arante o principio da autonomia das partes em um contratointernacionale = ar7itramento principal ferramenta "urdica da Me$Kercatoria, oferece as partes em litgio a garantia de que os

    r7itros possuam um amplo conhecimento so7re a partesu7stantiva do con>ito

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    Concluso

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    De todo o e$posto, # possvel concluir que a defesa daaplica06o da nova le$ mercatoria no Pm7ito dasrela0es comerciais internacionais n6o # uma quest6oapenas de utilidade, mas, antes, de necessidade &ssoporque, peculiaridades prprias das contrata0esinternacionais n6o costumam ser acompanhadas demodo adequado pelas legisla0es nacionais,principalmente diante da diversidade de sistemas"urdicos e culturais e$istentes no mundo Al#m disso,os sistemas "udiciais de todo o mundo apresentamma!elas que di.cultam, em muito, a dinPmica docom#rcio internacional, a e$emplo da falta deconhecimento t#cnico, do e$cesso de 7urocracia, damorosidade, do histrico de corrup06o, al#m de outrasde nature!a ideolgica, $enof7ica, cultural ou racistaQ nesse conte$to que a nova le$ mercatoria ganhafor0a e espa0o, agindo, paralelamente ao processo

    estatal de desenvolvimento das integra0es regionaispolticas e econ8micas como facilitadora do processo