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Aulas
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Docente: Firmino Emí[email protected]
826842240/849208240
FEGFEG
Curso: Administração PúblicaCurso: Administração Pública
2º ano, 2º Semestre - 20122º ano, 2º Semestre - 2012
ConceitoRamo do Direito Público, fundamental à
organização e funcionamento do Estado, à articulação dos seus elementos primários e ao estabelecimento das bases da estrutura política.
Ramo de direito público interno formado pelo conjunto das normas que estabelecem os princípios políticos e jurídicos da sociedade, regulam material, processual e formalmente a organização do poder político, consagram e garantem os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos e pessoas jurídicas e definem positivamente a ordem-quadroordem-quadro, económica, social e cultural.
Ocupa o ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica, consideradas Leis Supremas de um Estado soberano.
É a ordem jurídica que rege o próprio Estado, enquanto comunidade e enquanto poder (J. Miranda).
Elementos do ConceitoConjunto de normas;Estabelecimento de princípios (políticos e
jurídicos) de uma sociedade;Regulamentação da organização do poder
político;Consagração e garantia dos direitos e
deveres fundamentais;Definição da ordem-quadro económica, social
e cultural.
ElementosElemento Subjectivo: Destinatário - Estado
Elemento Material: matérias - normas e princípios jurídicos que traçam as opções fundamentais do Estado;
Elemento Formal: posição hierárquico-normativa - nível supremo da Ordem Jurídica.
Carácter Distintivo do DCA: Posição Hierárquico-normativa: Autoprimazia normativa (fundamento de
validade em si mesmo)Normas de normas (normae normarum)Prin cípio da conformidade constitucionalFonte de produção normativaDireito HeterodeterminanteNatureza supra-ordenamental
B: Auto garantia do Direito Constitucional - Normas imperfectae ou minus quam perfectae vs medidas de coerção (sanções).
C: Transversalidade – Relação com outras áreas de direito
D: Policidade
E: Estadualidade
Teoria da Constituição Pressupostos: o fenómeno político e o
EstadoO Estado como comunidade política:
Estado-comunidade (fins comuns) e Estado-poder (autoridade).
• Constituição como estatuto jurídico fundamental da comunidade política.
As funções actuais da ConstituiçãoNormativo da organização Estadual -
competências dos órgãos de soberania e as formas e processos de exercício do poder. PR, AR, Governo, Tribunais e CC.
Racionalização/limites dos poderes públicos – Divisão de poderes (separação e interdependência)
Fundamentação da ordem jurídica da comunidade –fundamentação dos actos do poder público
Programa de acção - tarefas e programas
Constituição - ConceitoLei suprema dos Estados que dispõe sobre a organização do mesmo, sobre as garantias e direitos individuais do cidadão, os objectivos do Estado.
Estados democráticos possuem constituições democráticas - origina e emana do povo – Soberania.
Sentidos da Constituição Sentido Jurídico – Hans Kelsen – Conjunto de normas fundamentais que exterioriza os elementos essenciais de um Estado.
Sentido Político – Carl Schimitt – decisão política fundamental.
Sentido Sociológico – Ferdinand Lassale –soma dos factores reais de poder.
Formas ConstitucionaisQuanto à forma: Escrita (ou positiva) Não escrita (ou costumeira, ou consuetudinária)
Quanto à estabilidade (ou consistência/processo de reforma):
RígidaFlexível (ou plástica)
Ainda: Material (ou substancial) Formal Constituição instrumental
Constituição como acto do poderPoder Constituinte (Formal ou material)Titularidade do poder constituinte: Nação vs
Povo.Legitimidade e conteúdoLimites do Poder Constituinte:Transcendentes – Direito NaturalImanentes - Org. do EstadoHeterónimos – Rel. Internacionais
Procedimento ConstituinteModelo procedimental - justiça da
constituição depende do procedimento Modelo substantivo ou material - medidas
autónomas para se aferir do "justo" constitucional
Legitimidade da Constituição = bondade
intrínseca da lei fundamental. Mas também "legitimidade através do procedimento"
Formas do Proc. ConstituinteDemocráticas
Autocráticas
Mistas
Monocráticas – Uma só pessoaConvencionais – Assembleia não eleita
DirectasRepresentativasReferentárias
PlebicitáriasPactícias
Normas ConstitucionaisMateriais - formam ou reflectem o núcleo da
Constituição em sentido material De Garantia: modos de assegurar o seu
cumprimento
Preceptivas - eficácia imediata (art. 26 e 40 CRM)
Programáticas - dirigidas a certos fins e as transformações jurídicas e sociais (ex. arts. 84, 88, 89, 90 CRM);
Exequíveis - aplicáveis só por siNão Exequíveis por si mesmas - carecidas de
normas legislativas
Princípios ConstitucionaisPrincípios Axiológicos Fundamentais - limites
transcendentes - (art. 35 e ss da CRM).Princípios Políticos Constitucionais - limites
imanentes e de revisão (ex. princípios democrático, representativo, da separação dos órgãos do poder,
Princípios Constitucionais Instrumentais ou Adjectivos - Estruturação do sistema constitucional, em termos de racionalidade e operacionalidade, por ex. princípio da proporcionalidade, o da publicidade das normas jurídicas (artigo 144), etc.
Princípios Constitucionais (Canotilho)Jurídicos fundamentais – recepção expressa
ou implícita na Constituição. Têm força vinculativa.
Politicamente conformadores – valorações políticas fundamentais do legislador constituinte (Forma de Estado, estruturação da ordem económico-social e regime político.
Impositivos - Impõem aos órgãos do Estado a realização de fins e a execução de tarefas (programáticas).
Princípios-garantia – Voltados à estatuição de garantias para os cidadãos. Ex.: Nullum crimen sine lege, in dubio pro reo, presunção da inocência.
Interpretação da ConstituiçãoPrincípio da unidade da constituição
Princípio do efeito integrador - Inte gração política e social e o reforço da unidade política
Princípio da máxima efectividade - Uma norma constitucional deve ser atribuído o sentido que maior eficácia lhe dê.
Princípio da «justeza» ou da conformidade funcional - Órgão (ou órgãos) encarregado da interpretação da lei constitucional não pode chegar a um resultado que subverta ou per turbe o esquema organizatório-funcional constitucionalmente esta belecido.
Princípio da concordância prática ou da harmonização - Evitar o sacrifício (total) de uns em relação aos outros.
Princípio da força normativa da Constituição -Prevalência dos pontos de vista que contribuem para uma eficácia óptima da lei fundamental.
Teorias de InterpretaçãoElemento literal – textoElemento sistemático - sistemaElemento histórico - temporalElemento teleológico - fins Método tópico-problemáticoConcretização – do texto a norma concreta.
História ConstitucionalAs principais mudanças nas constituições moçambicanasA preponderância do Poder Executivo Acumulação de poderes e tentativa de
atenuação (1975-1989)Lei nº 4/86, de 25 de Julho - Criação do cargo
do Presidente da Assembleia Popular e o de 1º Ministro (direcção do Governo).
1990 a 2012- Nova Constituição - 1990- Partidos Políticos – 1991- AGP – 1992- 1as Eleiçoes Multi-partidárias – 1994 -
FRELIMO- 2as Eleiçoes – 1999 - FRELIMO- Nova Constutuição – 2004 4as Eleições 2004 – FRELIMO 4as Eleições – 2009 – FRELIMO- Revisão Constitucional?
Estado e Sistemas de Gov.Platão - formas de Governo dependem do número
de governantes (boa e má governação)Monarquia - Um só, poder conforme a leiTirania - Um só, poder não conforme a lei. Aristocracia - mais de um, de acordo com a leiOligarquia - mais de um e não de acordo com a
lei.
Democracia – concentrado nas mãos de mais pessoas, de acordo com a lei
Demagogia - concentrado nas mãos de mais pessoas mas não de acordo com a lei.
MonarquiasMonarquia Romana - Chefe de Estado era o Rei, com existência de outros poderes (Legislativo)
Monarquia Feudal – Rei com poderes a prestar serviços ao monarca;
Monarquia limitada - Outros órgãos com actuação bastante limitada (decorativos, simbólicos).
Monarquia Absoluta: Extinguiu outros poderes.
Monarquia Cesarista (César): Ruptura com o princípio da hereditariedade.
Monarquia Constitucional: limitação do poder por via de um texto constitucional.
Monarquia Parlamentar: Parlamento com poder legislativo e de fiscalização do monarca
Monarquia simbólica - Sem qualquer competência para controlo político sobre o monarca.
Formas Republicanas de Governo (Res-publica)
Critérios de Escolha – Demos/laços de sangueTeocracia: líder religioso – VaticanoCesarpapismo:- Igualdade e Cooperação- Separação hostil- Neutralidade
Órgaos do EstadoPR (Unipessoal);AR(Colegial);Governo (Colegial);Tribunais (Colegiais);Conselho Constitucional (Colegial). Moç: Repúblicano, Democrático, separação
de poder.