63
DIREITO DAS COISAS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total Direito das Coisas

DIREITO DAS COISAS - Centro de Capacitação Profissionalsejatotal.com.br/TTI/vitor/DIREITO_COISAS_TOTAL.pdf · de veículo que, ao final do contrato, não o devolve. POSSE CLASSIFICAÇÃO

Embed Size (px)

Citation preview

DIREITO DAS COISAS

Curso de Técnico em TransaçõesImobiliárias

Curso Total

Direito das Coisas

Direito Pessoal ? Direito das Coisas

• Direito Pessoal (ou obrigacional) – relaçãoentre pessoas, abrangendo tanto o sujeitoativo como o passivo e a prestação que osegundo deve ao primeiro (Ex.: contrato)

• Direito das Coisas – relação entre o homem ea coisa que se estabelece diretamente (Ex.:propriedade), contendo três elementos:sujeito ativo, coisa e relação (ou poder) dosujeito ativo sobre a coisa.

Direito das Coisas

Direito Pessoal x Direito dasCoisas

Direito das Coisas

Direito das Coisas

• Conceito: conjunto de normas que regem asrelações jurídicas concernentes aos bensmateriais ou imateriais suscetíveis deapropriação pelo homem. Prevê a aquisição, oexercício, a conservação e a perda do poderdos homens sobre os bens suscetíveis deapropriação, sejam eles corpóreos ouincorpóreos (ex.: direitos autorais e apropriedade industrial – marcas e patentes).

Direito das Coisas

Direito das Coisas• DAS OBRIGAÇÕES PROPTER REM: obrigações que se

situam numa zona intermediária entre o direito dascoisas (direito real) e o direito obrigacional. Surgemcomo obrigações pessoais de um devedor, masdecorrente do fato de ser ele titular de um direito depropriedade. Tais obrigações acabam se aderindomais à coisa do que ao seu eventual titular. Emoutras palavras: elas recaem sobre uma pessoa(pessoal), mas por força de um direito real (sobre acoisa). Seguem a pessoa do atual proprietário dacoisa. Ex.: pagamento de taxas condominiais e IPTU.

Direito das Coisas

Direito das CoisasCLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

• DIREITO DAS COISAS

– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)

– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)

• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE

• B) SOBRE COISA ALHEIA

–B.1) DE GOZO (OU FRUIÇÃO) = ex.: usufruto.

–B.2) DE GARANTIA = ex.: hipoteca

POSSE

• Conceito: estado de fato em que o possuidorexerce, de forma plena ou não, algum dospoderes inerentes à propriedade. O CódigoCivil, nesta definição, se filia à Teoria Objetivade IHERING, na qual se dispensa a intenção deser dono da coisa, necessitando, apenas e tãosomente do elemento material (poder físicode disponibilidade sobre a coisa = aparênciade dono).

Direito das Coisas

POSSE• DETENTOR ? POSSUIDOR (art. 1.198 do Código Civil): o

detentor exerce sobre o bem, não uma posse própria, massim uma posse em nome de outrem. Também conhecidocomo fâmulo de posse.

– Ex. 1: É aquele que detém a posse em virtude de uma situação dedependência econômica ou de um vínculo de subordinação(CASEIRO).

– Ex. 2: A (proprietário do automóvel) empresta seu veículo a B(amigo de A e possuidor do automóvel), que indo almoçarentrega o veículo ao manobrista do restaurante (detentor/fâmulode posse).

• ATOS DE MERA TOLERÂNCIA ? POSSE (art. 1.208 do CC).

Direito das Coisas

POSSECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

DIRETA (ou imediata) – quando é exercida porque detém materialmente a coisa; trata-se dopoder físico imediato. Ex.: posse exercida pelolocatário.

INDIRETA (ou mediata) – quando a posse éexercida através de outra pessoa. Ex.:proprietário que tem a posse através doinquilino.

POSSECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

JUSTA – é a posse que não é violenta, clandestina ou precária. Éadquirida de forma legítima, sem vício jurídico externo.

INJUSTA – é a posse adquirida com vícios, por meio de violência,clandestinidade ou precariedade.

• VIOLENTA – é a obtida através de esbulho, por forçafísica ou violência moral;

• CLANDESTINA – é obtida às escondidas, às ocultas, semviolência;

• PRECÁRIA – é a obtida com abuso de confiança, nãorestituindo a coisa ao final do contrato (Ex.: locatáriode veículo que, ao final do contrato, não o devolve.

POSSECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

DE BOA FÉ – quando o possuidor não conhece os vícios ouobstáculos que impedem a aquisição da coisa ou do direitopossuído. A pessoa tem convicção de estar agindo de acordocom a lei. Os vícios são a violência, a clandestinidade e aprecariedade. Neste caso o possuidor tem a convicção de quea coisa lhe pertence, é um critério subjetivo. Ocorre, em geral,quando o possuidor possui justo título (documento referenteà coisa possuída).

DE MÁ FÉ – quando a posse é viciada porque foi obtida atravésde violência, clandestinidade ou precariedade, e o possuidortem ciência do vício. Neste caso, não há justo título.

POSSECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

OBS: A posse de boa-fé pode tornar-se de má-fé caso seja identificado qualquer vício.OBS2: O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e

úteis, de levantar as voluptuárias e de retenção, pelo valor das benfeitoriasnecessárias e úteis;O possuidor de má-fé tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias. Alémde não ter direito às úteis, não pode levantar as voluptuárias. Também não temdireito de retenção.

OBS3: O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa que nãoder causa, já o de má-fé responde pela perda e deterioração, mesmo a que não dercausa.

– Benfeitorias necessárias: são aquelas que se destinam à conservaçãodo imóvel ou que evitem sua deterioração.Ex: Substituição do sistemaelétrico devido a risco de incêndio.

– Benfeitorias úteis: são obras que aumentam ou facilitam o uso doimóvel. Ex: Construção de uma garagem ou fechamento de umavaranda.

– Benfeitorias voluptuárias: são obras que não aumentam ou facilitamo uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito ou mais agradável.Ex: Obras de jardinagem e de decoração.

POSSECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

POSSE NOVA – é a posse que conta com menos de um ano e umdia. O referido prazo tem importância em termos processuais,pois se a invasão ocorreu há menos de um ano e um diapoderá o prejudicado ingressar com a ação de reintegraçãode posse com pedido de liminar de retirada imediata daqueleque esbulhou a coisa.

POSSE VELHA – é a posse com mais de um ano e um dia.Diferentemente da posse nova, contando a posse com maisde um ano e um dia, a princípio, não haverá a possibilidadede liminar para retirada imediata daquele que esbulhou acoisa.

POSSEEFEITOS

Direito das Coisas

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em casode turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violênciaiminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ourestituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; osatos de defesa, ou de desforço, não podem ir além doindispensável à manutenção, ou restituição da posse.

? DESFORÇO IMEDIATO (INCONTINENTI) = AUTOTUTELA = atitude,proporcional, de defesa da posse.

*Turbação – ato que impede ou cria obstáculo ao exercício da posse.

*Esbulho – ato violento, clandestino ou precário pelo qual o possuidor se vêprivado de exercer sua posse.

POSSEEFEITOS – INTERDITOS (AÇÕES POSSESSÓRIAS)

Direito das Coisas

• INTERDITO PROIBITÓRIO – ação que visa proteção preventiva daposse, ante a ameaça de eventual turbação ou esbulho.Geralmente fixa-se multa para o caso de invasão. Ex.:acampamento junto à fazenda.

• MANUTENÇÃO DA POSSE – ação utilizada em caso de turbação, ouseja, algum ato que embarace, incomode, moleste o livre e plenoexercício da posse, sem ter havido o esbulho. Ex.: rompimento decercas.

• REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ação utilizada quando houver esbulho,ou seja, privação da posse por ato violento, clandestino ou precário.Ex.: invasão de fazenda, invasão de apartamento deixado porinquilino.

• OBS.: Em qualquer das ações acima, tendo havido prejuízo, poderá oAutor pedir indenização por perdas e danos.

POSSEPERDA DA POSSE

Direito das Coisas

• Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa,embora contra a vontade do possuidor, opoder sobre o bem, ao qual se refere o art.1.196.

• Art. 1.224. Só se considera perdida a possepara quem não presenciou o esbulho, quando,tendo notícia dele, se abstém de retornar acoisa, ou, tentando recuperá-la, éviolentamente repelido.

PROPRIEDADE

Direito das Coisas

CONCEITO: é o direito que a pessoa física oujurídica tem de usar, gozar (fruir), disporde um bem e reavê-lo de queminjustamente o detenha (art. 1.228, caput,CC). Trata-se de um dos mais completosdireitos, sendo o centro do direito dascoisas, garantido pela Constituição Federal(art. 5º XXII).

PROPRIEDADEELEMENTOS

Direito das Coisas

• Direito de Usar – consiste na faculdade que o dono tem deservir-se da coisa e utilizá-la da maneira que entender maisconveniente, sem modificação de sua substância, sem, todavia,causar danos a terceiros (ex.: morar em uma casa).

• Direito de Gozar (Fruir) – consiste na retirada dos frutos(naturais ou civis) e a utilização dos produtos da coisa (ex.:locação).

• Direito de Dispor – consiste no poder de se desfazer da coisa atítulo oneroso (venda) ou gratuito (doação), bem comoconsumi-la ou gravá-la de ônus (hipoteca).

• Direito de Reivindicar – poder de acionar judicialmente aqueleque injustamente detenha o bem que lhe pertence (açãoreivindicatória).

PROPRIEDADELIMITAÇÕES

Direito das Coisas

Apesar de se tratar do direito subjetivo mais completo, o direitode propriedade não é absoluto, cabendo-lhe, portanto,algumas limitações. Exemplos:

• Constitucionais – a) desapropriação por necessidade ouutilidade pública ou por interesse social (art. 5º, XIV e art. 184da CF/88); b) confisco de terras onde se cultivem ilegalmenteplantas psicotrópicas (art. 243, CF/88).

• Administrativas – a) coisas tombadas (decreto nº 25/1937); b)proibição de construir acima de certa altura, dentro do setorde aproximação de aviões (aeroportos).

• Direito de vizinhança – impede que o vizinho seja prejudicadoquanto à segurança, sossego, saúde, etc.

PROPRIEDADECLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

• PLENA – quando o proprietário tem o direito de uso, gozo edisposição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceirostenham qualquer direito sobre aquele bem. Todos oselementos da propriedade se encontram reunidos com seutitular.

• LIMITADA – quando a propriedade tem sobre ela algum ônus(ex.: hipoteca, usufruto, etc.). O proprietário abriu mão dealgum dos elementos da propriedade. Ex.: se o proprietário fezum usufruto em favor de um filho, em tese não poderá maisusar e fruir o bem, pois abriu mão desses direitos; constitui-se,assim, um direito real sobre coisa alheia – o pai mantém apropriedade, mas de forma limitada – não pode usar nem fruirdela.

PROPRIEDADECARACTERES

Direito das Coisas

• ABSOLUTO – é o mais completo dos direitos reais; seu titularpode utilizar o bem como quiser, sujeitando-se apenas àslimitações específicas decorrentes da lei ou dointeresse/necessidade pública.

• EXCLUSIVO – significa que uma mesma coisa não podepertencer com exclusividade (ressalvada a hipótese decondomínio) e simultaneamente a duas ou mais pessoas.

• PERPÉTUO – o direito de propriedade subsiste independentede seu exercício, enquanto não ocorrer alguma causa extintiva.

• ELÁSTICO – a propriedade pode ser distendida ou contraída noseu exercício, conforme lhe adicionem ou subtraiam poderesdestacáveis. Ex.: locação = subtração do direito de uso.

PROPRIEDADEAQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL

Direito das Coisas

CONCEITO: é a incorporação dos direitos de dono em um titular.As espécies são:

• ORIGINÁRIA – quando não houver transmissão de uma pessoa paraoutra; o indivíduo faz seu o bem sem que este lhe tenha sidotransmitido por alguém. Pode se dar:– ACESSÃO– USUCAPIÃO

• DERIVADA – quando houver a transmissibilidade do domínio; apropriedade passa de uma pessoa para outra.– ATO CAUSA MORTIS (EM RAZÃO DA MORTE) = herança– ATO INTER VIVOS (ENTRE VIVOS) = negócio jurídico seguido de

registro (ex.: contrato de compra e venda).

PROPRIEDADE (aquisição originária)

ACESSÃO (art. 1.248 CC)

Direito das Coisas

CONCEITO: é modo originário de aquisição em virtude do qualfica pertencendo ao proprietário tudo que se une ou seincorpora ao seu bem. Há um aumento do valor ou do volumedo objeto, geralmente devido a forças externas.

“Art. 1.248. A acessão pode dar-se:

I - por formação de ilhas;

II - por aluvião;

III - por avulsão;

IV - por abandono de álveo;

V - por plantações ou construções”.

PROPRIEDADE (aquisição originária)

ACESSÃO - ESPÉCIES

Direito das Coisas

• Formação de Ilhas – acúmulo paulatino de areia, cascalho emateriais levados pela correnteza, ou de rebaixamento de águas,deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito.Traça-se uma linha meridiana e imaginária no leito do riodividindo-o em duas partes. Até o meio do leito a ilha pertence aoproprietário fronteiro da margem esquerda e a outra metade aoproprietário da margem direita.

• Aluvião – acréscimo paulatino de terras às margens do rio,mediante lentos e imperceptíveis depósitos naturais ou desviosdas águas. Esses acréscimos pertencem aos donos dos terrenosmarginais, seguindo a regra de que o acessório segue o principal.O aluvião é obra da natureza e não do trabalho humano.

PROPRIEDADE (aquisição originária)

ACESSÃO - ESPÉCIES

Direito das Coisas

• Avulsão – repentino deslocamento de uma porção de terra“avulsa” por força natural violenta, desprendendo-se de umprédio e juntando-se a outro. O dono do imóvel desfalcadoperderá a parte descolada, mas lhe será lícito exigir indenizaçãodentro do prazo de 1 ano. Se o dono do imóvel acrescido nãoquiser pagar, deverá permitir a remoção da parte acrescida (art.1.251 do CC).

• Álveo abandonado (ou abandono de álveo) – álveo é o leito dorio. Secando ou desviando (fenômeno natural), tem-se oabandono de álveo; dá-se a mesma solução da formação de ilhas.

• Acessões artificiais ou físicas ou industriais – derivam de umcomportamento ativo do homem, como plantações, construções,etc. Tais acessões presumem-se ser do proprietário.

PROPRIEDADE (aquisição originária)

USUCAPIÃO

Direito das Coisas

CONCEITO: é modo de aquisição originária da propriedade,independente da vontade do titular anterior. Ocorre quandoalguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono, porum tempo determinado, sem interrupção e sem oposição,desde que não seja posse clandestina, violenta ou precária.

• Necessidade de ajuizamento de ação e sentença declaratória, quedeverá ser registrada no Cartório de registro de Imóveis;

• Não podem ser usucapidas as coisas fora do comércio (ar, luz solar)e os bens públicos.

• O possuidor pode, para fim de contar o tempo exigido, acrescentar àsua posse a do seu antecessor, contando que ambas tenha asmesmas características (art. 1.243 CC)

PROPRIEDADE (aquisição originária)

USUCAPIÃO

Direito das Coisas

• A posse, para induzir a usucapião, deverá ser exercida com intençãode dono e deverá ser:

• MANSA E PACÍFICA – exercida sem contestação de quem tenhalegítimo interesse (ou seja, do proprietário);

• CONTÍNUA – sem intervalos, porém admite a sucessão (art.1.243 CC); o possuidor pode acrescentar à sua posse a do seuantecessor para o fim de contar o tempo exigido, desde queambas sejam uniformes;

• JUSTA – sem os vícios da violência, clandestinidade ouprecariedade. Se a situação de fato for adquirida por meio deatos violentos ou clandestinos, não induzirá a posse, enquantonão cessar a violência ou a clandestinidade; se for adquirida atítulo precário tal situação jamais se convalescerá.

PROPRIEDADE (aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADES

Direito das Coisas

EXTRAORDINÁRIA:

• POSSE MANSA E PACÍFICA

• ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO)

• PRAZO:

- POSSE SIMPLES: PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEM DESENVOLVEATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 15 ANOS (ARTIGO 1238 DO CC/02).

- POSSE QUALIFICADA PELA FUNÇÃO SOCIAL: A PESSOA RESIDEHABITUALMENTE, OU DESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 10ANOS (ARTIGO 1238, § ÚNICO DO CC/02).

OBS.: A SENTENÇA NÃO É REQUISITO, POIS CONFORME O ARTIGO 941 DO CPC EARTIGO 1241 DO CC/02, TEMOS QUE DA AÇÃO DE USUCAPIÃO, ORIGINARÁUMA SENTENÇA MERAMENTE DECLARATÓRIA.

PROPRIEDADE (aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADES

Direito das Coisas

ORDINÁRIA:

• POSSE MANSA E PACIFICA

• ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO)

• JUSTO TÍTULO (ART. 1201, P. ÚNICO, CC)

• BOA-FÉ (SUBJETIVA)

• PRAZO:

- POSSE SIMPLES: OCORRE QUANDO A PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEMDESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA, CONTUDO É NECESSÁRIO A PRESENÇA DOSREQUISITOS SUPRA CITADOS – PRAZO 10 ANOS (ARTIGO 1242 DO CC/02).

- POSSE QUALIFICADA PELA FUNÇÃO SOCIAL: AQUISIÇÃO TENHA SIDO ONEROSA(DECORREU DE UM CONTRATO DE COMPRA E VENDA), DESDE QUE OSPOSSUIDORES NELE TENHAM ESTABELECIDO SUA MORADIA, OU REALIZADOINVESTIMENTOS DE INTERESSE SOCIAL E ECONÔMICO – PRAZO 5 ANOS (ARTIGO1242, PARÁGRAFO ÚNICO DO CC/02).

PROPRIEDADE (aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADESUSUCAPIÃO CONSTITUCIONAL/ESPECIAL

URBANA E RURAL

Direito das Coisas

PROPRIEDADE (aquisição derivada)

REGISTRO

Direito das Coisas

Os contratos constitutivos (ex.: hipoteca) ou translativos (ex.: compra e venda) dedireitos reais sobre imóveis tem de ser realizados por escritura pública. Oscontratos criam os direitos e obrigações, mas a transmissão da propriedadeimóvel só se opera com o registro de transferência.

TRANSCRIÇÃO é o registro da escritura feito no Cartório de Registro de Imóveis. Valea partir da “prenotação”, que é um apontamento protocolizado que assinala aentrada em cartório de um documento. Na verdade, somente o registro transferea propriedade do imóvel. O art. 1.245, §1º do CC determina que “enquanto não seregistrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono doimóvel”.

Devem ser registrados os títulos translativos da propriedade por ato inter vivos(entre vivos), tais como a compra e venda, doação, etc., bem como os causamortis (em razão de morte), como herança – formal de partilha, testamento, etc.Registram-se, ainda, as sentenças de divisão de bens (divórcio), assim como asarrematações em hastas públicas e sentenças de usucapião.

PROPRIEDADE (aquisição derivada)

REGISTRO

Direito das Coisas

PROPRIEDADE (aquisição derivada)

DIREITO HEREDITÁRIO

Direito das Coisas

O Direito Hereditário é a forma de transmissão derivada dapropriedade que se dá por um ato causa mortis (em razão da morte),em que o herdeiro (legítimo ou testamentário) ocupa o lugar dofalecido em todos os seus direitos e obrigações. Segundo o art.1.784 do CC, com a abertura da sucessão (morte do autos daherança), a herança se transmite, desde logo, aos herdeiros. Osherdeiros são considerados, num primeiro momento, condôminosdos bens herdados. Realizado o inventário e a partilha é expedido oformal de partilha ou carta de adjudicação, que deverá ser transcritono Cartório de Registro de Imóveis competente. Somente depoisdisso cada herdeiro adquire a propriedade individual dos imóveis daherança ou sua quota parte.

PROPRIEDADEPERDA DA PROPRIEDADE IMÓVEL

Direito das Coisas

• ALIENAÇÃO – é a transmissão de um direito ou patrimônio a outra pessoa (ex.:compra e venda, doação, etc.);

• RENÚNCIA – ato unilateral pelo qual o proprietário declara, expressamente, oseu intuito de “abrir mão” de seu direito sobre a coisa (éx.: renúncia deherança);

• ABANDONO – um imóvel abandonado pelo proprietário pode ser ocupadopor outra pessoa, que, como já vimos, poderá adquiri-lo por usucapião;

• PERECIMENTO – é a perda do objeto por não servir mais (ex.: terras alagadaspor inundação, terremoto, etc.);

• CONFISCO – exemplo único em que se permite o confisco no direito brasileiroé o do art. 243 da Constituição Federal, qual seja, quando se verifica a culturailegal de plantas psicotrópicas. Não há qualquer indenização para oproprietário.

• DESAPROPRIAÇÃO – procedimento através do qual o Poder Público, por atounilateral, despoja alguém de um bem, fundado em necessidade/utilidadepública ou interesse social.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

Direito das Coisas

CONDOMÍNIO (ou compropriedade) significa domínio oupropriedade em comum. Um mesmo bem pertence avárias pessoas, cabendo a cada uma igual direito sobre otodo. Temos o condomínio quando a mesma coisapertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada umadelas igual direito, idealmente sobre o todo e cada uma desuas partes. Todos os condôminos tem direitosqualitativamente iguais sobre a totalidade do bem,sofrendo limitações na proporção quantitativa.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

Direito das Coisas

CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO

• QUANTO À ORIGEM:

• a) CONVENCIONAL (ou voluntário) – resulta de acordo devontades dos consortes. Ex.: duas pessoas compram umimóvel em “sociedade”.• b) NECESSÁRIO (fortuito) – resulta de causas alheias à

vontade dos condôminos. Ex.: doação de uma casa a duaspessoas; herança deixada a duas ou mais pessoas.NECESSÁRIO (forçado) – deriva de imposição de lei. Ex.:condomínio por meação de paredes, cercas, muros, etc (art.1.327 do CC).

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

Direito das Coisas

CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO

• QUANTO À FORMA:

• a) PRO DIVISO (DIVISÍVEL) – a comunhão existe juridicamente,mas não de fato, já que cada comproprietário tem uma partecerta e determinada do bem (condomínio em edifícios).• b) PRO INDIVISO (INDIVISÍVEL) – a comunhão perdura de fato

e de direito; o bem se mantém indivisível.

PROPRIEDADECONDOMÍNIO CONVENCIONAL

Direito das Coisas

REGRAS GERAIS• Cada condômino exerce seu direito de propriedade sobre a coisa

toda, delimitado, naturalmente, por igual direito dos demaiscondôminos;

• Pertence a todos a utilidade econômica da coisa;• As quotas-parte ideais são apenas elementos aferidos do valor

econômico pertencente a cada condômino, para que possa disporda coisa.

• O direito de cada condômino, em face de terceiros, abrange atotalidade dos poderes referentes ao direito de propriedade. Assimo condômino, mesmo minoritário, pode mover ação de despejocontra um inquilino, mesmo ante a omissão ou a declarada oposiçãodos demais. O condômino só pode reivindicar o imóvel contraterceiro e não contra os demais condôminos.

PROPRIEDADECONDOMÍNIO CONVENCIONAL

Direito das Coisas

DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.314 do CC)

• Usar livremente da coisa conforme sua destinação e sobre elaexercer todos os direitos compatíveis com a indivisão;

• Reivindicá-la de terceiros e defender a posse;• Vender a respectiva parte indivisa, respeitando o direito de

preferência dos demais consortes. A venda feita pelo condômino aum estranho, com preterição dos demais só será definida após odecurso do prazo de 180 dias (contado a partir do momento em quecada condômino teve conhecimento da venda);

• Gravar de ônus (ex.: hipotecar) a parte indivisa. Não pode gravar oimóvel em sua totalidade sem a anuência dos demais condôminos.

PROPRIEDADECONDOMÍNIO CONVENCIONAL

Direito das Coisas

DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.314, parágrafo único, e art. 1.315 do CC)

• Concorrer, na proporção de sua quota, para asdespesas de conservação ou divisão da coisa;

• Suportar, na proporção de sua quota parte, osônus a que a coisa está sujeita (ex.: hipoteca);

• Não alterar a coisa comum sem o consentimentodos outros.

PROPRIEDADECONDOMÍNIO CONVENCIONAL

Direito das Coisas

DIVISÃO DO CONDOMÍNIO – EXTINÇÃOHá casos em que o condomínio perdura indefinidamente, como nos

casos de condomínio forçado, em que a lei não permite divisão ouesta é impossível. Contudo, nos casos em que o condomínio recaisobre bem divisível, a divisão pode se constituir meio adequado parasua extinção. A divisão pode ser:

• AMIGÁVEL – por escritura pública, desde que todos os condôminos sejamabsolutamente capazes;

• JUDICIAL – por sentença do Juiz, quando não houver acordo ou um doscondôminos for incapaz. O objetivo é a obtenção da autonomia de cadaquinhão, de modo a constituir um todo independente, perfeitamenteindividualizado, livre de ingerência dos demais condôminos. A açãodivisória é meio judicial para obter tal objetivo (art. 1.320 do CC).

PROPRIEDADECONDOMÍNIO CONVENCIONAL

Direito das Coisas

VENDA DE COISA COMUM INDIVISÍVEL – EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO

Existem casos, contudo, em que o bem em condomínio é indivisível. Tendo em vistaque ninguém é obrigado a permanecer em condomínio contra a sua vontade,apresenta o Código Civil duas soluções (art. 1.322), quais sejam:

• ADJUDICAÇÃO a um condômino, indenizando-se os demais. Uma únicapessoa compra o bem, pagando o preço proporcional aos demaiscondôminos;

• VENDA DA COISA COMUM. Se não houver acordo quanto à adjudicação.Essa venda será feita em hasta pública. Há uma preferência dos demaiscondôminos em relação aos estranhos. Basta a vontade de um dosconsortes para que se ordene a venda. O preço obtido será repartidoentre os condôminos na proporção de seus quinhões.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

O condomínio em prédios de apartamento (arts. 1.331 a 1.358 do CC eLei nº 4.591/64) se apresenta como uma propriedade comum aolado de uma privativa. Caracteriza-se, juridicamente, pelajustaposição de propriedades distintas e exclusivas ao lado docondomínio de partes do edifício, forçosamente comuns. Cadacondômino é titular da unidade autônoma (apartamento, escritório,garagem) e de partes ideais das áreas comuns (terreno, estrutura doprédio, escadas, corredores, salão de festas, etc.). A cada unidadecaberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nasoutras partes comuns, que será identificada em forma decimal ouordinária no instrumento de instituição do condomínio.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento,registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente, devendoconstar daquele ato o seguinte:

• Discriminação e individualização das unidades de propriedadeexclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;

• A determinação da fração ideal atribuída a cada unidade,relativamente ao terreno e partes comuns;

• O fim a que as unidades se destinam (residencial ou comercial);

(ART. 1.332 DO CÓDIGO CIVIL)

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO

Cada condomínio edilício possui sua convenção, que é o estatutobásico que o rege, onde se consignam os direitos e deveres de cadacondômino, inclusive na participação das despesas para manutençãodo condomínio. Essa convenção deve ser subscrita pelos titulares de,no mínimo, 2/3 das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatóriapara os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobreelas tenham posse ou detenção. Para ser oponível contra terceiros, aconvenção deverá ser registrada no competente Cartório deRegistro de Imóveis (Art. 1.333 do Código Civil).

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO

A Convenção do condomínio determinará, ainda (art. 1.334 CC):

• a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições doscondôminos para atender às despesas ordinárias e extraordináriasdo condomínio;

• a sua forma de administração;• a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum

exigido para as deliberações;• as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;• o regimento interno.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DOS DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.335 do CC)

• USAR, FRUIR E LIVREMENTE DISPOR DAS SUAS UNIDADES; ASPARTES PRIVATIVAS PODEM SER ALIENADAS OU GRAVADASLIVREMENTE POR SEUS PROPRIETÁRIOS. JÁ AS PARTES COMUNSNÃO PODEM SER ALIENADAS SEPARADAMENTE, OU DIVIDIDAS;

• USAR DAS PARTES COMUNS, CONFORME A SUA DESTINAÇÃO, ECONTANTO QUE NÃO EXCLUA A UTILIZAÇÃO DOS DEMAISCOMPOSSUIDORES;

• VOTAR NAS DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLÉIA E DELAS PARTICIPAR,ESTANDO QUITE.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DOS DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.336 do CC)

• CONTRIBUIR PARA AS DESPESAS DO CONDOMÍNIO, NA PROPORÇÃODE SUAS FRAÇÕES IDEAIS;

• NÃO REALIZAR OBRAS QUE COMPROMETAM A SEGURANÇA DAEDIFICAÇÃO;

• NÃO ALTERAR A FORMA E A COR DA FACHADA, DAS PARTES EESQUADRIAS EXTERNAS;

• DAR ÀS SUAS PARTES A MESMA DESTINAÇÃO QUE TEM AEDIFICAÇÃO, E NÃO AS UTILIZAR DE MANEIRA PREJUDICIAL AOSOSSEGO, SALUBRIDADE E SEGURANÇA DOS POSSUIDORES, OU AOSBONS COSTUMES.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DAS PENALIDADES (art. 1.336, §§1º e 2º do CC)

• CONDÔMINO QUE NÃO PAGAR A CONTRIBUIÇÃO – ficará sujeitoaos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os deum 1% ao mês e multa de até 2% sobre o débito.

• CONDÔMINO QUE NÃO CUMPRIR QUALQUER DOS DEMAISDEVERES – estará sujeito ao pagamento de multa prevista no atoconstitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a 5x ovalor de suas contribuições mensais, independentemente dasperdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa,caberá à assembléia geral, por 2/3 no mínimo dos condôminosrestantes, deliberar sobre a cobrança da multa

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DAS PENALIDADES (art. 1.337, do CC)

• CONDÔMINO ou POSSUIDOR QUE REITERADAMENTE NÃO CUMPRECOM SEUS DEVERES PERANTE O CONDOMÍNIO – estará sujeito aopagamento de multa correspondente até ao quintúplo do valoratribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme agravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas edanos que se apurem, por deliberação de ¾ dos condôminos restantes.

• CONDÔMINO COM REITERADO COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL –poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo dovalor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, atéulterior deliberação da assembléia.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DAS OBRAS (art. 1.341 do CC)

A realização de obras no condomínio depende:

• VOLUPTUÁRIAS – voto de 2/3 dos condôminos;• ÚTEIS – voto da maioria dos condôminos;• NECESSÁRIAS – podem ser realizadas pelo síndico, ou em caso de omissão

deste, por qualquer condômino, independentemente de autorização*.

*Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesasexcessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia(maioria dos presentes), especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de

omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTALOU EDILÍCIO)

Direito das Coisas

DAS OBRAS

• Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às jáexistentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende daaprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidasconstruções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, porqualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.

• Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outroedifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende daaprovação da unanimidade dos condôminos.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)

• A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, paraadministrar o condomínio, por prazo não superior a 2 anos, compossibilidade de renovação.

• SÍNDICO – exerce a administração geral do condomínio, fazendo cumprir aconvenção. É ele quem contrata empregados, impõe multas, representa ocondomínio em juízo. A assembléia pode eleger um subsíndico, que oauxilia nas funções e eventualmente o substitui. O síndico poderá serdestituído em assembléia especificamente convocada para tal fim, porvoto da maioria absoluta de seus membros, quando praticarirregularidades, negar-se a prestar contas, ou não administrarcorretamente o condomínio. Competências do síndico – art. 1.348 do CC.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)

• ASSEMBLÉIA GERAL – é o órgão máximo e soberano do condomínio.Suas decisões a todos obriga (salvo se forem contrárias à lei ou àconvenção). Anualmente é realizada a assembléia geral ordináriaque apreciar a ordem do dia, bem como verbas para as despesas decondomínio, etc. Já a assembléia geral extraordinária pode serconvocada por condôminos que representem ¼ do condomínio,sempre que exijam os interesses gerais. Os votos são proporcionaisàs frações ideais. Qualquer alteração da convenção e do regimentointerno depende de aprovação de 2/3 dos condôminos.

PROPRIEDADEPROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OUEDILÍCIO)

Direito das Coisas

OUTRAS DISPOSIÇÕES E TEMAS

• Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos,preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos,e, entre todos, os possuidores.

• Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesasda sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliáriasinferiores.

• Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante,em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.

• Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco deincêndio ou destruição, total ou parcial. (Responsabilidade do síndico).

Direito das CoisasCLASSIFICAÇÃO

Direito das Coisas

• DIREITO DAS COISAS

– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)

– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)

• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE

• B) SOBRE COISA ALHEIA

–B.1) DE GOZO (OU FRUIÇÃO) = ex.: usufruto.

–B.2) DE GARANTIA = ex.: hipoteca

Direito das CoisasUSUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

Direito das Coisas

• CONCEITO: É um direito real sobre coisa alheia degozo ou fruição, que atribui ao seu titular o direitode usar a coisa alheia (móvel ou imóvel) e/ou retiraros frutos por ela produzidos, sem alterar-lhe asubstância.

• PARTES:

– Usufrutuário – pessoa que tem o direito de usar a coisa eservir-se dela, ficando com a posse, o uso, a administraçãoe os frutos da coisa;

– Nú proprietário – é o dono da coisa, o senhor dapropriedade.

Direito das CoisasUSUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À EXTENSÃO

Direito das Coisas

Direito das CoisasUSUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À DURAÇÃO

Direito das Coisas

• VITALÍCIO – perdura enquanto viver ousufrutuário ou enquanto não sobrevier causalegal extintiva; não se transmite aosherdeiros.

• TEMPORÁRIO – perdura por tempo certo,definido na constituição do usufruto.

Direito das CoisasUSUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

CONSTITUIÇÃO

Direito das Coisas

• POR DISPOSIÇÃO LEGAL - é o estabelecido pela lei em favorde certas pessoas. Exemplo: usufruto legal dos pais sobre osbens dos filhos menores (art. 1.689, I, CC); usufruto de umcônjuge sobre os bens do outro, quando lhe competir taldireito.

• POR CONVENÇÃO OU CONTRATO (ato entre vivos) – oproprietário concede o usufruto a uma pessoa, conservandopara si a nua propriedade; o proprietário doa a nuapropriedade, reservando para si o usufruto.

• POR ATO DE ÚLTIMA VONTADE (ato em razão de morte) – éo usufruto resultante de um testamento.

Direito das CoisasHIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

Direito das Coisas

• CONCEITO: é um direito real de garantia, de natureza civil,que grava a coisa imóvel, pertencente ao devedor ou aterceiro, sem transmissão de posse ao credor, conferindo aeste direto de vender judicialmente a coisa.

• PARTES:

– Devedor hipotecante – é a pessoa que oferece o bemcomo garantia do pagamento da dívida. Recebe o dinheiro,mas um bem imóvel seu ficará gravado com o ônus dahipoteca.

– Credor hipotecário – é a pessoa que empresta o dinheiro,mas seu crédito está garantido pela hipoteca do bemimóvel.

Direito das CoisasHIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

CARACTERÍSTICAS

Direito das Coisas

• Trata-se de um contrato acessório. O contrato de mútuo(empréstimo) é o principal, e o de hipoteca o acessório;

• É indivisível, subsiste mesmo que for paga parte da dívida;

• Exige-se publicidade e especialização. Ou seja, precisa serregistrada no Cartório de Registro de Imóveis competente;além disso, o bem hipotecado deve ser atual e determinado,descrevendo-se e individualizando-se todas as suasparticularidades e eventuais acessórios;

• O devedor hipotecante continua na posse do bem gravado,exercendo sobre ele todos os seus direitos, podendo,inclusive, perceber-lhe os frutos. Só perderá a posse porocasião de venda judicial, se deixou de cumprir a obrigaçãoprincipal, pagamento da dívida.

Direito das CoisasHIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

EXTINÇÃO

Direito das Coisas

• Desaparecimento da obrigação principal, por ser a hipotecaacessória;

• Destruição da coisa , por deixar a hipoteca sem objeto; a destruiçãodeverá ser total, pois se for parcial a relação hipotecário subsiste noremanescente, autorizando o credor a pedir remanescente, sobpena de vencimento antecipado. Se a coisa estiver no segurohaverá sub-rogação (substituição) no valor pago pela seguradora.

• Renúncia do credor (deve ser expressa);

• Remição (resgate ou quitação);

• Sentença que declarar nula ou rescindir a hipoteca;

• Arrematação ou adjudicação em processo de execução da hipotecaou em outros processos, desde que o credor hipotecário tenha sidonotificado.