55
Direito do Trabalho Profª Bruna Campos 1 Elaborado pela profª. Bruna Campos

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

  • Upload
    ngominh

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

1

Elaborado pela profª. Bruna Campos

Page 2: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

2

REFERÊNCIAS INDICADAS

1. BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr. 2011.

2. CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho. Salvador: Juspodivm, 2012

3. CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2012.

4. CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho, 5ª ed. Niterói: Impetus, 2011.

5. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2011.

6. ____________. Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTr, 2011.

7. GRAVATÁ, Isabelli; ANTUNES, Leandro; AIDAR, Leticia; BELFORT, Simone. CLT organizada. São Paulo: LTr,

2012.

8. JORGE NETO, Francisco Ferreira; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Manual de Direito do Trabalho. Rio

de Janeiro: Atlas, 2011.

9. MANNRICH, Nelson; VOGEL, Gustavo; FLORINDO, Valdir; FREDIANI, Yone. Atualidades de Direito do Trabalho.

São Paulo: LTr. 2012.

10. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2011.

11. __________. Assédio Moral no emprego. São Paulo: Atlas, 2011.

12. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2010.

13. SANTOS, Élisson Miessa dos; Correia, Henrique. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST. Salvador:

Juspodivm, 2012.

14. SILVA NETO, Manoel Jorge. Teoria Jurídica do Assédio e sua fundamentação constitucional. São Paulo: LTr, 2012.

SUSSEKIND, Arnaldo. Direito Constitucional do Trabalho. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.

Page 3: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

3

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Noções Iniciais do Direito do Trabalho.

1.1. Histórico

1.2. Conceito

1.3. Fontes

1.4. Princípios peculiares do Direito do Trabalho.

2. Direito Individual do Trabalho e Coletivo do Trabalho.

2.1. Conceito

2.2. Diferenças.

3. Relação de Emprego.

3.1. Conceito

3.2. Elementos da Relação de Emprego

3.3. Os sujeitos da relação de emprego: empregado e empregador

4. Contrato de Trabalho.

4.1. Conceito.

4.2. Consolidação das Leis Trabalhistas – Aplicação legislativa.

4.3. Requisitos essenciais: continuidade, alteridade, subordinação,

onerosidade, pessoalidade. Requisitos não essenciais.

4.4. Espécies de Contrato de trabalho.

4.4.1.1. Contrato de Experiência

4.4.1.2. Contrato de Trabalho por Obra Certa

4.4.1.3. Contrato de Trabalho por tempo determinado – CLT

4.4.1.4. Trabalho a Tempo Parcial

4.4.1.5. Contrato de Aprendizagem.

4.4.1.6. Contrato de Trabalho Voluntário.

4.4.1.7. Contrato de Estágio. Lei nº 11.788/2008. Mudanças lesgislativas.

Direitos do Estagiário.

4.4.1.8. Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado.

5. Proteção de Relação de Emprego.

5.1. Poder de direção do Empregador: poder de direção, poder de controle, poder

disciplinar

5.2. Jus Variandi versus Jus Resistentae

6. Retribuição do Trabalho: Salário, Remuneração e Adicionais.

Descontos salariais.

6.1. Conceito: Remuneração e Salário

Page 4: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

4

6.2. Tipos especiais de Salários:

6.2.1. Abonos

6.2.2. Adicionais

6.2.2.1. Adicional de horas extras

6.2.2.2. Adicional noturno

6.2.2.3. Adicional de periculosidade

6.2.2.4. Adicional de insalubridade

6.2.2.5. Adicional de penosidade

6.2.2.6. Adicional de transferência

6.2.2.7. Adicional por tempo de serviço

6.5. Ajuda de Custo

6.6. Comissões

6.7. Diárias

6.8. Gorjetas

6.9. Gratificações

6.10. Décimo Terceiro Salário

6.12. Prêmios

6.13. Quebra de caixa

6.14. Salário-família

6.15. Salário maternidade

6.16. Participação dos lucros

6.17. Proteção ao salário.

7. Equiparação Salarial.

7.1. Conceito

7.2. Requisitos

7.2.1. Trabalho de igual valor

7.2.2. Mesmo empregador

7.2.3. Mesma localidade

7.2.4. Simultaneidade na prestação dos serviços

7.3. Quadro organizado em carreira

7.4. Equivalência salarial

8. Formas de Garantias e Estabilidades no Emprego.

8.1. O regime do Fundo de Garantia do tempo de Serviço.

8.2. Tipos de Estabilidade.

8.2.1. Denominação

8.2.2. Estabilidade por tempo de serviço: CF e CLT

8.2.3. Exclusão do direito à estabilidade

8.2.4. Dirigente sindical

8.2.5. Gestante

8.2.6. Membro da CIPA

8.2.7. Acidentado

8.2.8. Membro do Conselho curador do FGTS

8.2.9. Reabilitados

8.2.10. Doente de AIDS

8.2.11. Empregados eleitos diretores de sociedades cooperativas

Page 5: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

5

8.2.12. Membros da CCP

8.2.13. Extinção da Estabilidade.

9. A Duração do Trabalho.

9.1. Jornada de Trabalho

9.2. Conceito de Horas Extras

9.3. Acordo de prorrogação de horas

9.4. Compensação de jornada de trabalho

9.5. Turnos ininterruptos de trabalho.

9.6. Tutela geral à jornada e ao horário de trabalho.

9.7. Horas in itinere.

9.8. Banco de horas.

9.9. Sobreaviso, prontidão e bip

9.10. Adicional de horas extras

9.11. Trabalho Noturno.

9.12. Intervalos para descanso

10. Repouso Semanal Remunerado.

11. Férias.

11.1. Período aquisitivo

11.2. Período Concessivo

11.3. Faltas

11.4. Perda do direito de férias

11.5. Comunicação das férias

11.6. Férias concedidas após o período concessivo

11.7. Férias coletivas

12. Aviso Prévio.

13. Extinção do Contrato de Trabalho.

13.1. Dispensa do empregado sem justa causa

13.2. Dispensa do empregado por justa causa

13.3. Pedido de demissão

13.4. Rescisão Indireta

13.5. Aposentadoria

14. Dano Moral e Assédio Moral no ambiente de Trabalho.

RESUMO DE ESTUDO

Page 6: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

6

CAPÍTULO I. INICIAÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO

1. HISTÓRICO:

Para melhor entender o Direito do Trabalho, urge fazer uma breve síntese da

evolução histórica deste ramo jurídico.

Até o século XIX, o trabalhador era tido como objeto, coisa, mercadoria, não

sendo reconhecido como sujeito de direito, principalmente devido aos resquícios do

sistema escravagista.

Na época do feudalismo, os senhores feudais davam proteção militar e política

aos obreiros, que não eram livres. Na verdade, eram obrigados a trabalharem para os

senhores feudais, sendo coagidos a entregar parte da produção em troca de proteção.

Neste momento histórico, os trabalhadores eram conhecidos como “servos da gleba”.

Renato Saraiva explica bem a evolução histórica do Direito do Trabalho:

“Na Idade Média, a sociedade medieval cede espaço à sociedade urbana,

baseada no comércio e na indústria rudimentar. Em função das cruzadas,

pestes e invasões, os feudos se enfraqueceram, possibilitando a fuga dos

colonos que se refugiavam nas cidades, onde passaram a procurar por

trabalho e a reunir-se em associações semelhantes aos antigos modelos de

collega e ghildas, juntamente com os artesãos e operários.

Com o surgimento dessas associações, nascem, no século XII, as corporação

de ofício, que se assemelham às empresas sob a direção e coordenação dos

mestres, os proprietários das oficinas que detinham verdadeiro monopólio na

exploração de determinada atividade, sendo vedado a qualquer outro

trabalhador ou corporação, explorar a mesma atividade desenvolvida no

mesmo território dos mestres. Além dos mestres, identificavam-se, na época,

duas outras categorias de trabalhadores, quais sejam: os companheiros

(também chamados de jornaleiros) e os aprendizes”.

Na época das corporações de ofício, a fornada de trabalho era muito exaustiva,

alcançando, muitas vezes, 18 horas diárias.

As corporações de ofício foram suprimidas com o advento da Revolução

Francesa, em 1789, uma vez que foram consideradas incompatíveis com o ideal de

liberdade do homem.

Ainda seguindo as palavras do professor Renato Saraiva,

Page 7: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

7

Em verdade, o Direito do Trabalho nasce como uma forma de resistência à

Revolução Industrial e à maneira como os trabalhadores eram explorados

pelas empresas. Os trabalhadores não possuíam qualquer garantia de salário

digno e as condições de higiene, saúde e segurança do trabalho eram sub-

humanas, sendo comum a exploração do trabalho do menor e do trabalho da

mulher. Diante de tamanha exploração, o Estado passou, então, a intervir nas

relações de trabalho, com fulcro de proteger o hipossuficiente.

(...)

A Constituição do México (1917) foi a primeira Carta a dispor sobre o

Direito do Trabalho, sendo fixada a jornada de 8 horas, proibição de trabalho

aos menores de 12 anos, limitação da jornada de menores de 16 anos a seis

horas, descanso semanal, proteção à maternidade, jornada máxima noturna de

7 horas, salário mínimo, direito à sindicalização, à greve, seguro social,

indenização proveniente de dispensa e proteção em face de acidente de

trabalho.

Já a Constituição da Alemanha (de Weimar, 1919) foi a segunda Carta a

dispor sobre regras de Direito do Trabalho, tratando, especificamente, sobre a

participação e representação dos trabalhadores nas empresas, autorizando a

liberdade de coalizão entre os obreiros, criando um sistema de seguro social e

também possibilitando que os trabalhadores colaborassem com os

empregadores na estipulação de condições de trabalho e salários.

Em 1919, surge o Trabalho de Versalhes, criando a Organização

Internacional do Trabalho OIT), coma principal função de estabelecer regras

gerais internacionais envolvendo a relação empregatícia, através de

Convenções e recomendações, sempre tendo em conta a proteção da

dignidade do trabalhador.

Em 1927, surge a Carta Del Lavoro (Itália), instituindo um sistema

corporativista-fascista que, infelizmente, serviu de inspiração para outros

países como Portugal, Espanha e Brasil.

(...)

Podemos destacar ainda como fatos importantes na evolução do Direito do

Trabalho no cenário internacional:

A criação da Organização das Nações Unidas (ONU), na Conferência

de São Francisco (1945), com a aprovação da carta das Nações Unidas;

A aprovação da Declaração da Filadélfia (OIT, 1944) ampliando os

princípios estabelecidos no tratado de Versalhes;

Vinculação da OIT à ONU (1946);

Surgimento, em 1948, da Declaração dos Direitos do Homem.

Para entender o cenário brasileiro do Direito do Trabalho, é necessário apontar

situações relevantes, de acordo com as respectivas Constituições Federais do Brasil:

A Constituição de 1824 aboliu as corporações de ofício e estabeleceu a liberdade

do exercício de ofícios e profissões. Em 1871, foi publicada a Lei do Ventre Livre,

determinando que os filhos dos escravos nasceriam a partir de então livres. Em 1885, a

Lei Saraiva-Cotegipe (conhecida como Lei dos Sexagenários) garantiu a liberdade dos

Page 8: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

8

escravos com mais de 60 anos. Em 1888, em 13 de maio, a Lei áurea aboliu a

escravatura.

A Constituição de 1891 reconheceu, em caráter genérico, a liberdade de

associação e reunião livremente e sem armas.

Em 1930, Getúlio Vargas começa a idealizar uma política trabalhista, inspirada

pelas transformações ocorridas na Europa, após a 1ª Guerra Mundial, e o próprio

surgimento da OIT, em 1919. No mesmo ano de 1930, foi criado o Ministério do

Trabalho, Indústria e Comércio.

A Constituição de 1934 passou a dispor, especificamente, sobre normas atinentes

ao Direito do Trabalho, como a garantia à liberdade sindical, ao salário mínimo, à

isonomia salarial, à jornada de 8 horas de trabalho, proteção ao trabalho dos menores e

das mulheres, férias e repouso semanal.

A Constituição de 1937 representou uma fase extremada intervencionista do

Estado. Tratava-se de uma Constituição imposta por Getúlio Vargas, de cunho

corporativista, inspirado na Carta Del Lavoro de 1927. Nesta Carta foi criado o

sindicato único imposto por lei, o imposto sindical (atual contribuição sindical); foi

estabelecida a competência normativa dos Tribunais e a greve foi proibida, sendo

considerada um recurso anti-social.

Em 1943, objetivando reunir as diversas leis existentes à época sobre o Direito do

Trabalho, foi editado o Decreto-Lei nº 5452, de 01.05.1943, surgindo a CLT.

A Constituição de 1946, norma democrática, rompeu com o sistema corporativista

mantido pela Carta anterior, passou a admitir o direito à greve, ao repouso semanal

remunerado, estabilidade e participação dos empregados nos lucros das empresas.

A Constituição de 1967 manteve os direitos trabalhistas garantidos nas Cartas

anteriores. Surgiram diversas leis, tais como: Lei nº 5.859/72 (lei dos empregados

domésticos); Lei nº 5.889/73 (lei dos trabalhadores rurais) e Lei nº 6.019/1974 (lei do

trabalhador temporário).

A Constituição de 1988 dispõe sobre normas trabalhistas nos artigos 7º a 11,

passando a garantir inúmeros direitos sociais aos trabalhadores urbanos e rurais, além de

estabelecer regras sobre sindicatos, sobre o livre exercício ao direito de greve, etc.

Page 9: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

9

2. CONCEITO: É o conjunto de princípios e regras jurídicas aplicáveis às relações

individuais e coletivas que nascem entre empregadores privados – ou

equiparados – e os que trabalham sob sua direção e de ambos com o Estado, por

ocasião do trabalho ou eventualmente fora dele.

3. NATUREZA JURÍDICA: Existem, ao longo da história do Direito do Trabalho,

três teorias que buscam explicar a natureza jurídica do Direito do Trabalho, a

saber:

3.1. Teoria de Direito Público

3.2. Teoria do Direito Social (interesse coletivo)

3.3. Teoria do Direito Privado *

3.4. Teoria do Direito Misto = interesse público + interesse privado

4. FONTES

FONTES MATERIAIS: Momento pré-jurídico – fatores sociais, psicológicos,

econômicos, históricos, que intervêm no nascimento da regra jurídica.

FONTES FORMAIS: Momento jurídico – norma já constituída.

FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS: Cuja formação é materializada

por um agente externo, um terceiro, em geral o Estado, sem a participação

imediata dos destinatários principais das regras jurídicas.

Ex: CF/88; Emenda à CF, Lei Complementar, Lei Ordinária, Medida Provisória,

Decreto, Sentença Normativa, Súmulas Vinculantes e Convenções

Internacionais depois da ratificação pelo Brasil (STJ).

Page 10: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Direito do Trabalho Profª Bruna Campos

10

FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS: Cuja formação se caracteriza pela

imediata participação dos destinatários das regras produzidas, sem a

interferência do agente externo, terceiro.

Ex: Convenção Coletiva de trabalho, Acordo Coletivo de Trabalho e o Costume.

Art. 8º CLT.

5. HIERARQUIA ENTRE AS FONTES JUSTRABALHISTAS

5.1. Constituição Federal

5.2. Emendas à Constituição Federal

5.3. Lei Complementar e Lei Ordinária

5.4. Decretos

5.5. Sentenças normativas e sentenças arbitrais em dissídios coletivos.

5.6. Convenção Coletiva

5.7. Acordos Coletivos

5.8. Costumes.

Page 11: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Ápice flexível – norma mais favorável ao trabalhador

com limites – não deve sobrepor normas imperativas e proibitivas do Estado.

6. PRINCÍPIOS PECULIARES DO DIREITO DO TRABALHO.

Proposições genéricas que servem de fundamento e inspiração para o legislador na

elaboração da norma positivada – forma de integração da norma, suprindo as omissões

e lacunas da lei – forte balizador na interpretação dos dispositivos.

Funções dos princípios INFORMATIVA

NORMATIVA

INTERPRETATIVA

6.1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO – é o mais importante. Confere ao pólo mais

fraco da relação contratual (o empregado): uma superioridade jurídica capaz de lhe garantir

mecanismos destinados à tutela de direitos mínimos estampados na legislação em vigor.

Empregado – hipossuficiente. Proteção para diminuir a desigualdade no pacto

laboral.

Desdobra-se em In dúbio pro operário (misero)

Aplicação da norma mais favorável

Aplicação da condição mais benéfica

Princípio in dúbio pro operário: ao analisar um preceito ou regra trabalhista, e

existindo duas ou mais interpretações possíveis, deve-se optar pelo mais favorável ao

empregado.

Obs: No campo probatório, não se aplica este princípio, pois o Direito Processual

(CLT, art.818 e CPC, art. 333) impõe o autor a prova de fato constitutivo do direito, e, ao réu,

a prova do fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito.

Princípio da aplicação da norma mais favorável: Aplica-se a norma mais favorável

ao trabalhador na elaboração, na hierarquização e na interpretação das regras jurídicas.

Page 12: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

12

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Princípio da condição mais benéfica: As condições mais vantajosas estipuladas no

contrato de trabalho do obreiro, ou mesmo as constantes no regulamento da empresa,

prevalecerão, independentemente da edição de norma superveniente dispondo sobre a mesma

matéria, estabelecendo nível protetivo menor.

6.2. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS – Conhecido

como princípio da indisponibilidade de direitos: princípio da derrogabilidade (art. 9º da CLT).

6.3. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO: A regra

presumida é que os contratos sejam pactuados por tempo indeterminado.

Exceção: contrato por prazo determinado ou a termo. Súmula 212 TST – ônus de

provar o término do contrato é do empregador, quando negado a prestação do serviço e o

despedimento.

O FGTS enfraqueceu este princípio – Art. 7º, I CF/88.

6.4. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE – A verdade real prevalece

sobre a verdade formal, predominando, portanto, a verdade sob a forma.

6.5. PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL – Tem origem na

cláusula pacta sunt servanda. Art. 468 CLT – a alteração precisa de mútuo consentimento, e

desde que não cause, direta ou indiretamente, prejuízo ao obreiro, sob pena de nulidade da

cláusula infringente dessa garantia.

6.6. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL – Objetiva proteger o

salário do empregado – caráter alimentar.

Proteção em face:

Page 13: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

13

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

6.6.1. Das condutas abusivas do próprio empregador, por meio de regras que

previnam a retenção, o atraso, a sonegação ou descontos indevidos do salário. Arts. 459, 462,

463, 464, 465, etc. da CLT.

6.6.2. Dos credores do empregado – impenhorabilidade dos salários: art. 649, IV

CPC.

6.6.3. Dos credores do empregador – art. 449 CLT. Art. 83 da lei de Falência – lei

11.101/2005.

6.7. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL – Proteção contra a

diminuição do salário do obreiro. Art. 7º, VI da CF.

CAPÍTULO II. DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO:

RELAÇÃO DE TRABALHO x RELAÇÃO DE EMPREGO

1. RELAÇÃO DE EMPREGO E RELAÇÃO DE TRABALHO.

RELAÇÃO DE

EMPREGO

RELAÇÃO DE TRABALHO

1.1. RELAÇÃO DE TRABALHO AUTÔNOMO: Nesta relação de trabalho não

existe dependência ou subordinação jurídica entre o prestador de serviços e o respectivo

Page 14: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

14

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

tomador. O prestador de serviços desenvolve o serviço ou obra contratada de forma

autônoma, com profissionalidade e habitualidade, atuando por conta própria, assumindo o

risco da atividade desenvolvida.

1.2. RELAÇÃO DE TRABALHO AVULSO: Relação disciplinada pela lei nº

8.630/1993 (conhecida como Lei de Modernização dos Portos), no qual três são os sujeitos

envolvidos:

1.2.1. O ÓRGÃO GESTOR DE MÃO-DE-OBRA (OGMO)

1.2.2. O OPERADOR PORTUÁRIO (Representante do armador do porto)

1.2.3. O TRABALHADOR PORTUÁRIO AVULSO (estivadores,

conferentes, vigias portuários, arrumadores, trabalhadores de bloco, etc.).

A Lei nº 8.630/93 quebrou o monopólio de escalação de trabalhadores avulsos pelo

sindicato profissional, passando o OGMO a ser responsável pelo gerenciamento e escalação

de pessoal avulso na carga e descarga de navios.

O trabalhador avulso não mantém vínculo de emprego com o OGMO ou mesmo com

o armador ou o operador portuário – mantém uma relação de trabalho organizado.

Competência da Justiça do Trabalho – Art. 643 da CLT, § 3º e 652, V CLT – ações

entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o OGMO.

1.3. RELAÇÃO DE TRABALHO EVENTUAL: Trabalho eventual é aquele

realizado em caráter esporádico, temporário, de curta duração, em regra, não relacionado com

a atividade fim da empresa. Não há continuidade na prestação do serviço – “bicos”.

1.4. RELAÇÃO DE TRABALHO INSTITUCIONAL: Natureza estatutária –

servidores públicos e pessoas jurídicas de Direito Público Interno. Art. 39 CF – não há

vínculo de emprego.

Page 15: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

15

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

1.5. RELAÇÃO DE TRABALHO – ESTÁGIO: Lei nº 6.494/1977. Lei nº

11.788/2008.

Estágio de alunos matriculados em curso de ensino superior, público ou privado, de

ensino de duração profissional de nível médio ou superior, ou escolas de educação espacial,

objetivando proporcionar experiência profissional prática na linha de formação do estágio.

Objetivo: Complementação do ensino e da aprendizagem. Não gera vínculo de

emprego, de acordo com a lei 6494/77.

1.6. RELAÇÃO DE TRABALHO VOLUNTÁRIO: Lei nº 9608/98. “Atividade não

remunerada prestada pela pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a

instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,

científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade” – Art. 1º. Não há

vínculo empregatício.

1.7. RELAÇÃO DE TRABALHO SUBORDINADO – RELAÇÃO DE

EMPREGO: Requisitos do pacto laboral:

1.7.1. Trabalho prestado por pessoa física: não pode ser prestado por pessoa jurídica.

1.7.2. Pessoalidade: intuit personae para o empregado.

1.7.3. Não-eventualidade: trabalho contínuo e permanente.

1.7.4. Onerosidade: Recebimento pelo empregado de contraprestação pelos serviços

prestados: remuneração.

1.7.5. Subordinação: O empregado é subordinado ao empregador – subordinação

jurídica disciplinar.

1.7.6. Alteridade: Os riscos da atividade econômica pertencem única e

exclusivamente do empregador.

Page 16: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

16

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

OBS: A lei nº 10.101/2000 prevê a participação dos empregados nos lucros da

empresa.

2. RELAÇÃO DE TRABALHO E A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04

A EC nº 45/04 prevê a ampliação da competência da Justiça do Trabalho. O trabalho

é visto como prestação de serviços ou execução de mão-se-obra, mediante contraprestação.

Prestação dos serviços – do art. 593 ao art. 609 CLT. Competência da Justiça do

Trabalho.

CAPÍTULO III. DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO –

CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO

1. INTRODUÇÃO

Art. 442 CLT. É o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de

emprego. Acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física, denominada

empregado, compromete-se, mediante o pagamento de uma contraprestação salarial, a prestar

serviço não eventual e subordinado com proveito de outra pessoa, física ou jurídica,

denominada empregador.

2. NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO

TEORIAS:

TEORIA ACONTRATUALISTA ou ANTICONTRATUALISTA: Negava a

natureza contratual do Direito do Trabalho, negando a manifestação de vontade do empregado

– Esta teoria não progrediu.

Page 17: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

17

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

TEORIA INSTITUCIONALISTA: Aceita a manifestação de vontade, embora

não lhe dê muita importância. Existe uma situação externa que obriga o empregado a laborar

para o empregador. Compreende a empresa como uma instituição. Esta teoria também não foi

aceita.

TEORIA NEOCONTRATUALISTA: Natureza contratual, de Direito Privado.

O Estado intervém apenas para regular e normatizar algumas condições básica com o objetivo

de resguardar os direitos mínimos dos trabalhadores nos pactos laborais (princípio do

dirigismo estatal básico).

3. SUJEITOS DA RELAÇÃO DE TRABALHO

3.1. Empregado

3.2. Empregador

4. EMPREGADO – Art. 3º CLT. No conceito de empregado identificamos os

seguintes requisitos:

4.1. Trabalho prestado por pessoa física

4.2. Não-eventualidade

4.3. Subordinação Jurídica – dependência.

4.4. Onerosidade – pagamento de salário.

Obs: Os dois outros requisitos – Pessoalidade e Alteridade são encontrados no art.

2º CLT: conceito de empregador.

Conceito: “Toda pessoa física que presta serviços de natureza não-eventual a

empregador sob a dependência deste e mediante salário”.

Page 18: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

18

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

5. TRABALHO MANUAL, TÉCNICO OU INTELECTUAL. Art. 3º, § único

CLT. Não há distinção.

Art. 7º, XXXII CF

Regulamentações Específicas:

Advogado – Lei nº 8.906/94

Psicólogo – Lei nº 4.119/62

Professor – arts. 317 a 324 da CLT.

6. TRABALHO EM DOMICÍLIO- trabalho realizado na moradia do empregado.

HISTÓRICO: Este trabalho surgiu no século XVI na Europa, e perdeu sua

importância no século XIX, quando o trabalho com o algodão e com a lã foi deslocado das

casas para a fábrica.

Atualmente, este trabalho é adotado para as atividades como preparação de

publicidade, mecanografia, revisão de originais, tradução de textos e informática. Caso o

trabalhador se utilize de um terminal que o mantenha em contato com a empresa, isto se

denominará de teletrabalho.

Art. 6º CLT – não há distinção do trabalho.

Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do

empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância,

desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e

supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais

e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.

Art. 83 CLT – pagamento de salário mínimo ao trabalhador em domicílio.

Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este

como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta

de empregador que o remunere.

_ Artigo prejudicado pelo Decreto nº 89.589, de 26-4-1984, que unificou as regiões

e instituiu salário mínimo nacional.

Page 19: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

19

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

O trabalho a domicílio pode ser executado de forma autônoma ou subordinada. Na

primeira hipótese, o objeto da prestação de serviço é o resultado que o trabalhador irá fornecer

com os meios que considera oportunos, com uma organização própria e assumindo os riscos

do empreendimento econômico. Já no trabalho a domicílio subordinado, o objeto da prestação

é a energia que o trabalhador coloca à disposição do credor do trabalho, como elemento

inserido na organização empresarial, sob o comando do empregador, o qual assume os riscos

do processo produtivo.

Para que o Direito do Trabalho proteja esta relação, é preciso que o empregado

preste serviços de natureza não-eventual a empregador mediante salário e subordinação

jurídica. No teletrabalho, por exemplo, se o trabalhador se encontra em conexão direta e

permanente, por meio de computador, com o centro de dados da empresa, o empregador

poderá fornecer instruções, controlar a execução de trabalho e comprovar a quantidade e a

qualidade de tarefas de forma instantânea, como se o empregado estivesse no estabelecimento

do empregador. A internet permite, inclusive, aferir o tempo de conexão do terminal do

empregado, bem como quando foi acessado pela última vez o teclado. Esse controle revela,

sem sombra de dúvidas, a subordinação jurídica, que poderá ainda estar presente quando a

execução do serviço esteja desconectada (off line). Tudo dependerá da análise do programa de

informática utilizado.

Esta modalidade de trabalho traz flexibilidade na jornada de trabalho. A principal

desvantagem é que o empregado fica isolado dos colegas de trabalho, o que dificulta a

sindicalização e a fiscalização das condições de trabalho pelo órgão próprio.

7. EMPREGADO RURAL – Prestação de serviços na atividade da agricultura e

pecuária, a empregador rural, em propriedade rural ou prédio rústico.

Prédio rústico é aquele situado em zona urbana, mas dedicado à atividade

agropastoril.

Page 20: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

20

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico,

presta serviço de natureza não-eventual a empregador rural, sob a dependência deste e

mediante salário. Art. 2º da Lei nº 5.889/73.

Empregador rural é a “pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explora

atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de

prepostos”.

Os chamados “turmeiros” ou “gatos”, que agenciam o trabalho do bóia-fria, não

estabelecem com ele relação de emprego, sendo impossível invocar o art. 4º da lei 5889, para

equipará-los a empregador. Eles são meros intermediários, agindo como prepostos do

fazendeiro, sem qualquer capacidade econômico-financeira para suportar os riscos do

negócio, podendo ser considerados empregados em muitas situações. Na maioria das vezes, o

bóia-fria reúne os requisitos do empregado, não podendo ser equipara do a trabalhador

eventual.

HISTÓRICO: A CLT de 1943 não versava sobre o Contrato de Trabalho Rural.

Art. 7º, b.

Com o passar do tempo, a CLT foi sendo ajustada, para incluir em sua proteção

esta espécie de trabalho. Art. 76 CLT: Salário mínimo é a “contraprestação mínima devida e

paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem

distinção de sexo, por dia normal de serviço e capaz de satisfazer, em determinada época e

região do país, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e

transporte”.

ENQUADRAMENTO JURÍDICO DOS MOTORISTAS, APONTADORES,

FISCAIS, TRATORISTAS, PEDREIROS, EMPREGADOS DE ESCRITÓRIO,

PROFESSORAS DE ESCOLA RURAL, FORNEIROS, TRABALHADORES DO CAMPO

DE EMPRESA AGROPASTORIL: Consideram-se, igualmente, trabalhadores rurais os que,

embora não trabalhando em funções típicas de lavoura ou da pecuária, têm seus serviços

direcionados para a finalidade da empresa. Desta forma, são rurais os motoristas, apontadores,

fiscais, tratoristas, pedreiros, empregados de escritório, professoras de escola rural, forneiros,

Page 21: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

21

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

trabalhadores do campo de empresa agropastoril, cujos serviços convergem para a atividade

agroeconômica, sendo relevante para a conceituação do rurícola a finalidade da empresa.

JORNADA DE TRABALHO: 8 horas diárias, não podendo exceder 44 horas

semanais.

TRABALHO NOTURNO DO RURÍCOLA: Aquele prestado entre as 21 horas de

um dia às 5 horas do dia seguinte, para os que labutam na lavoura. Para os que exercem

atividade na pecuária, o trabalho noturno é aquele compreendido entre as 20 horas de um dia

às 4 horas do outro. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% sobre o valor da

remuneração normal do rurícola, não havendo, portanto, a redução da hora noturna para 52’

30’’, como ocorre no tocante ao empregado urbano. Ao menor de 18 anos é proibido o

trabalho neste turno.

Mesmo prazo prescricional para os créditos trabalhistas. A CLT não é aplicada.

Lei nº 5.889/1973 e Dec. nº 73.626/1974

É necessária a presença de requisitos característicos do liame empregatício.

Obs: contrato de safra: por tempo determinado. O safrista é um trabalhador rural.

OJ 315 da SDI-I/TST: São trabalhadores rurais os motoristas, tratoristas, etc., que

trabalham no âmbito da empresa cuja atividade é predominantemente rural.

Duração normal de trabalho – art. 58 da CLT.

O art. 2º da CLT equiparou os rurícolas aos trabalhadores urbanos, para efeitos

específicos de estender-lhes novos benefícios..

8. EMPREGADO DOMÉSTICO – é aquele que presta serviços de natureza

contínua e de finalidade não-lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.

Do conceito de empregado doméstico emergem os seguintes pressupostos:

2. O trabalho é realizado por pessoa física

3. Em caráter contínuo

Page 22: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

22

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

4. No âmbito residencial de uma pessoa ou família, pouco importando tratar-se de

residência consular, pois a imunidade de jurisdição de que gozam os cônsules restringem-se

aos atos de ofício

5. Sem destinação lucrativa. Ex: babá, copeira, cozinheira, lavadeira, governanta,

mordomo, jardineiro, vigia, motorista, piloto ou marinheiro particular, caseiros ou zeladores

de casas de veraneio ou sítios destinados ao recreio dos proprietários, sem qualquer finalidade

lucrativa.

PESSOA QUE PRESTA SERVIÇOS DE ACOMPANHAMENTO OU

ENFERMAGEM NO ÂMBITO FAMILIAR OU EM CASA DE REPOUSO, EM CARÁTER

PARTICULAR: Equipara-se a doméstico a pessoa que, no âmbito residencial de alguém,

presta serviços contínuos de acompanhamento a pessoa idosa ou a serviços de asseio e

enfermagem a membro da família doente ou inválido, sem qualquer finalidade lucrativa. Este

é o pensamento da jurisprudência dominante.

SERVIÇO DOMÉSTICO A PESSOAS QUE VIVEM COMUNITARIAMENTE

- REPÚBLICA DE ESTUDANTES: O empregado que lá trabalha é enquadrado como

doméstico, desde que não exista finalidade lucrativa.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL:

Lei nº 5.859/1972

Dec. nº 71.885/1973

Dec. nº 3.361/2000.

Os empregados de condomínio, descritos na Lei nº 2.757/1956 (porteiros,

serventes, faxineiros, zeladores), desde que a serviço da administração do edifício e não de

cada condômino em particular. NÃO são domésticos; sendo, pois, regulados pela CLT.

PEDREIRO QUE TRABALHA NA CONSTRUÇÃO DA RESIDÊNCIA: Inexiste

relação empregatícia entre o pedreiro e o proprietário da obra residencial, por não explorar

Page 23: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

23

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

este último atividade econômica, tampouco assumir os riscos a ela inerentes – Posição do

TST.

OBS: A Lei nº 7.195/84 dispõe sobre as agências especializadas na indicação de

domésticas. Estas agências são obrigadas a reparar os atos ilícitos cometidos pelos

empregados no período de 01 (um) ano.

IMPOSSIBILIDADE DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA AO SINDICATO DOS

EMPREGADOS DOMÉSTICOS – negando o direito ao ajuizamento do dissídio coletivo,

pois que não foi assegurado o reconhecimento de convenções coletivas de trabalho.

DIREITOS DOS DOMÉSTICOS – Conforme art. 7º, parágrafo único da CF/88:

1. Salário mínimo

2. Irredutibilidade de salário

3. 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.

4. Férias + 1/3

5. Licença à gestante, de 120 dias

6. Licença paternidade

7. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço

8. Aposentadoria

9. Integração à Previdência Social.

IMPORTANTE: A Lei nº 11.324/2006 veda a dispensa arbitrária ou sem justa

causa da empregada doméstica gestante, desde a gravidez até 05 meses depois do parto.

Não há avanço normativo quanto à jornada do doméstico.

Direito ao vale transporte – dec. nº 95.247/87

FGTS – Lei nº 10.208/2001 acrescentou os arts. 3-A, 6-A, 6-B, 6-C e 6-D à lei

nº 5859/72. Facultou o doméstico à inclusão ao recolhimento fundiário (lei. 8.036/90) –

escolha do empregador.

Page 24: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

24

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Dec. nº 3.361/2000 – se o empregador iniciar o recolhimento do FGTS, este ato

é irretratável com relação ao respectivo vínculo contratual. Seria cabível o acréscimo da multa

de 40%? Ausência de lei proibitiva. A CF não contemplou o direito à indenização

compensatória prevista no art. 7, I da CF, cumulada com o art. 10, I da ADCT. Por isso,

aplica-se o princípio da norma mais favorável.

EMPREGADO DOMÉSTICO X DIARISTA: Tendência dos Tribunais –

reconhecer vínculo se o trabalho é executado em 3 (três) ou mais dias da semana. Análise do

caso concreto: se o serviço for prestado com regularidade, se trabalhava para outras pessoas,

se escolhia o dia que iria trabalhar, se exercia o labor pessoalmente, etc.

A regra geral é que diarista não gera vínculo empregatício por faltar o requisito

da continuidade.

OJ nº 99 – SDI-I/TST: o empregador doméstico pode fazer substituir-se por

alguém da família na audiência trabalhista.

Art. 3º, I, da Lei nº 8.009/80 – Impenhorabilidade do bem de família – não se

aplica aos domésticos na fase de execução de Reclamação Trabalhista.

9. EMPREGADO PÚBLICO – Mantém vínculo de emprego contratual com uma

entidade da Administração Pública, direta ou indireta (União, Estados, Municípios, Distrito

Federal, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia

Mista).

10. MÃE SOCIAL: Lei nº 7.644/1987

10.1. Direitos:

Anotação na CTPS;

Remuneração não inferior a um salário mínimo;

Repouso semanal remunerado;

Férias;

Contribuição previdenciária;

Gratificação de Natal e

FGTS.

Obs: Não tem direito a recebimento de horas extraordinárias.

10.2. Requisitos de contratação.

Page 25: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

25

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

11. EMPREGADOR

11.1. Conceito – Art. 2º CLT

11.2. Grupo econômico – Art. 2º, § 2º CLT

OBS: Teoria do empregador único

Ver Sum. 129 STJ.

11.3. Dono de Obra

11.4. Contrato de Subempreitada – Art. 455 CLT.

11.5. Consórcio de Empregadores Rurais

11.6. Empresa de Trabalho Temporário – Lei nº 6.019/74

12. CONTRATO DE TRABALHO

12.1. Requisitos – art. 104 CC.

a) Quanto à forma

b) Quanto ao agente

c) Quanto ao objeto lícito

Trabalho Proibido # Trabalho Ilícito

12.2. Características do Contrato de Trabalho

a) De direito privado

b) Informal

c) Bilateral

d) Intuitu personae

e) Comutativo

f) Sinalagmático

g) Consensual

h) De trato sucessivo

i) Oneroso.

Page 26: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

26

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

12.3. Classificação dos Contratos de Trabalho

Art. 443 CLT.

- Tácito ou Expresso

- Verbal ou Escrito

- Por prazo Indeterminado

- Por prazo Determinado

Obs1.: Trabalho por Escrito: Menor aprendiz – Art. 428 CLT

Atleta profissional de futebol – Lei nº 9.615/98, art. 29.

Contrato de Trabalho Temporário – Lei nº 6.019/74, art. 11.

Obs2.: Contrato por Equipe

13. CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO DA CLT

ART. 443 DA CLT

Requisitos de Validade:

1. Serviço cuja natureza transitória justifique a predeterminação do prazo –

periodicidade do serviço;

2. Atividades empresariais de caráter transitório

Obs: Contrato de Experiência – prazo máximo de validade – 90 dias – ver arts. 445

e 451 da CLT.

Regras do Contrato por prazo determinado da CLT:

A. Prazo – art. 445 da CLT

B. Prorrogação – art. 451 da CLT

C. Contratos sucessivos – art. 452 da CLT

D. Ausência de aviso prévio – art 487 da CLT, salvo na hipótese do art. 481 da CLT.

E. Indenização-Empregador – art. 479 da CLT e art. 14 do dec. nº 99.684/99

(FGTS).

F. Indenização-Empregado – art. 480 da CLT

G. Cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão – art. 481 da CLT

H. Não se adquire estabilidade.

14. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO DA LEI Nº 9601/98

Page 27: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

27

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

14.1. Introdução – objetivos da lei.

14.2. Requisitos

a) Contratação – possibilidade

b) Indenização – art. 1º, § 1º, I da lei 9601/98. Indenização de 40% do FGTS

c) Prorrogação

d) Direito do trabalhador à estabilidade do dirigente sindical, da gestante, do

cipeiro e do acidentado.

e) Recolhimento do FGTS por 5 anos (tempo já esgotado) – art. 2º, II da lei.

f) Redução de contribuições sociais durante 5 anos – já esgotado.

g) número máximo de empregados contratados – art. 3º da Lei.

h) Contratos sucessivos

i) Cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão

15. CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO (LEI Nº 6019/74)

CARACTERÍSTICAS:

a) Há 3 atores sociais envolvidos – a empresa de trabalho temporário, o

trabalhador temporário e o tomador de serviços (cliente).

b) Utilizado no meio urbano

c) Empresa de trabalho temporário – intermediadora de mão-de-obra

d) Arts. 4º e 5º da lei – empresa de trabalho temporário – PF ou PJ – Registro do

MTE

e) Trabalhadores temporários

f) Contrato entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços.

g) Hipóteses de contratação dos trabalhadores temporários.

h) Hipóteses de fraude à lei 6019/74.

i) Prazo máximo

j) Anotação da CTPS

15. CONTRATO DE TRABALHO POR OBRA CERTA (LEI Nº 2959/56).

CARACTERÍSTICAS:

Page 28: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

28

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

1. Regras da CLT

2. Fim do trabalho – art. 443, § 2º da CLT

3. Se a obra continua mas o serviços acaba, o que ocorre?

4. Art. 478 da CLT

5. Rompimento antecipado do contrato.

CAPÍTULO IV. DIREITOS DOS TRABALHADORES

Análise do art. 7º da CF/88:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria

de sua condição social:

I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos

termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros

direitos;

(Art. 10 das Disposições Transitórias.)

II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

(Leis nos 7.998, de 11-1-1990; 8.019, de 11-4-1990; e 8.178, de 1º-3-1991, Resolução nº 19,

de 3- 7-1991, e Lei nº 8.900, de 30-6- 1994, que dispõem sobre seguro desemprego).

III – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

(Lei nº 8.036, de 11-5-1990, Decreto nº 99.684, de 8-11-1990 (Regulamento), e Lei nº 8.844,

de 20-1- 1994, que dispõem sobre o FGTS. Lei Complementar nº 110, de 29-6-2001, institui

contribuições sociais, autoriza créditos de complementos de atualização monetária em contas

vinculadas do FGTS e dá outras providências, regulamentada pelos Decretos nos 3.913, de

11-9-2001 e 3.914, de 11-9-2001).

Page 29: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

29

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas

necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,

saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos

que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

(Lei Complementar nº 103, de 14-7-2000, que autoriza os Estados e o Distrito Federal a

instituir o piso salarial a que se refere este inciso).

VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração

variável;

VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da

aposentadoria;

(Lei nº 4.090, de 13-7-1962; Lei nº 4.749, de 12-8-1965; Decreto nº 57.155, de 3-11-1965; e

Decreto nº 63.912, de 26-12-1968).

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,

excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

(Lei nº 10.101, de 19-12-2000, sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou

resultados da empresa).

XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos

termos da lei;

(Inciso XII com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15-12-1998. Lei nº

4.266, de 3-10-1963; Decreto nº 53.153, de 10-12-1963; e Lei nº 5.559, de 11-12-1968).

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro

semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante

acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Page 30: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

30

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

revezamento, salvo negociação coletiva;

XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por

cento à do normal;

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o

salário normal;

XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de

cento e vinte dias;

(Art. 10, II, b, das Disposições Transitórias. Lei nº 10.421, de 15-4-2002, estende à mãe

adotiva o direito à licença-maternidade e ao salário maternidade).

XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

(Art. 10, § 1º, das Disposições Transitórias).

XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos

termos da lei;

XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,

nos termos da lei;

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e

segurança;

XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,

na forma da lei;

XXIV – aposentadoria;

XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco anos de

idade em creches e pré-escolas;

XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a

indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Page 31: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

31

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo

prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois

anos após a extinção do contrato de trabalho.

(Inciso XXIX com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25-5-2000. a)

Revogada. Emenda Constitucional nº 28, de 25-5-2000. b) Revogada. Emenda Constitucional

nº 28, de 25-5-2000).

XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de

admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão

do trabalhador portador de deficiência;

XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os

profissionais respectivos;

XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e

de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a

partir de quatorze anos;

(Inciso XXXIII com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15-12-1998.

Proteção ao trabalho do menor na Consolidação das Leis do Trabalho: art. 402 e seguintes.

Decreto nº 4.134, de 15-2-2002, promulga a Convenção nº 138 e a Recomendação nº 146 da

OIT sobre Idade Mínima de Admissão ao Emprego. Arts. 27, V, e 78, XVIII, da Lei nº 8.666,

de 21-6-1993, alterada pelas Leis nos 8.883, de 8-6-1994, 9.648, de 27-5-1998, e 9.854, de

27-10-1999).

XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício

permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos

previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua

integração à previdência social.

(Leis nos 5.859, de 11-12-1972, e 7.195, de 12-6-1984; Decretos nos 71.885, de 9-3-1973, e

1.197, de 14-7-1994, que dispõem sobre empregado doméstico).

Page 32: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

32

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

CAPÍTULO V. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO.

1. REMUNERAÇÃO: consiste no somatório da contraprestação paga diretamente pelo

empregador, seja em pecúnia, seja em utilidades, com a quantia recebida pelo obreiro de

terceiro, a título de gorjetas.

Vide art. 457 CLT.

REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORJETA

2. SALÁRIO: Contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro

seja em utilidades (habitação, alimentos, etc.)

3. GORJETAS: Consiste na importância espontaneamente dada pelo cliente, como

também na que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer

título, e destinada à distribuição aos empregados. Art. 457, § 3º CLT.

Page 33: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

33

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Pagamento em dinheiro e por terceiro.

Sum. 354 TST. “As, gorjetas, cobradas pelo empregador nas notas de serviço ou

oferecidas espontaneamente pelo cliente integram a remuneração do empregado, não servindo

de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso

semanal remunerado”.

4. PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

A) PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL OU

INALTERABILIDADE. ART. 468 CLT.

EXCEÇÃO: Flexibilização de algumas normas trabalhistas – art. 7º, VI da CF – com

intermédio do sindicato, através de negociações coletivas (convenção ou acordo coletivo) –

redução do salário, temporariamente, comprovada a dificuldade da empresa em arcar com este

compromisso.

B) PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE:

Art. 7, X CF – retenção dolosa de salário é crime.

Descontos feitos – hipóteses do art. 462 CLT e Súm. 342 TST.

5. NORMAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO:

A) MENOR DE 18 ANOS: ART. 439 CLT

B) PERÍODO DE PAGAMENTO DE SALÁRIO – ART. 459 CLT (salvo às

comissões, percentagens ou gratificações)

C) PROIBIÇÃO DE EFETUAR DESCONTO – ART. 462, CLT.

D) DESCONTO EM CASO DE DANO PROVOCADO PELO EMPREGADO –

ART. 462, § 1º DA CLT.

E) PAGAMENTO EM MOEDA DO PAÍS – ART. 463 CLT.

Page 34: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

34

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

F) SALÁRIO MEDIANTE RECIBO – ART. 464 CLT

PROIBIÇÃO DE SALÁRIO COMPLESSIVO

G) LOCAL DO PAGAMENTO DE SALÁRIO – ART. 465 CLT.

6. CARACTERÍSITCAS DO SALÁRIO

o Caráter alimentar

o Comutatividade = serviço prestado – valor pago.

o Sinalagmático

o Caráter forfetário

o Continuidade do salário

o Pós-numerário

o Irredutibilidade

o Possibilidade de natureza composta do salário

o Determinação heterônoma – Estado.

7. MODOS DE AFERIÇÃO DO SALÁRIO

CRITÉRIOS:

1. Tempo trabalhado ou à disposição do empregador

2. Resultado obtido em função da produção

3. Tarefa realizada em determinado tempo.

8. TIPOS DE SALÁRIO

A) SALÁRIO BÁSICO

B) SALÁRIO IN NATURA

C) SOBRE-SALÁRIOS

D) SALÁRIO COMPLESSIVO

Page 35: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

35

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

SALÁRIO = SALÁRIO BÁSICO + SOBRE-SALÁRIOS

SALÁRIO BÁSICO: é aquele pago simplesmente em dinheiro (simples) ou em

dinheiro e utilidades (composto) (in natura).

Obs: Arts. 82, parágrafo único e 458,§ 1º CLT.

SALÁRIO IN NATURA: gratuidade e habitualidade

OBSERVAÇÕES:

1. Se a utilidade é fornecida como uma vantagem PELA prestação de serviços,

terá natureza salarial (ex: automóvel que o empregado também se utiliza nos fins de semana,

casa fornecida pela empresa etc.), pois representa uma vantagem concedida pelo trabalho

executado e não apenas para o trabalho;

2. Se a utilidade for fornecida PARA a prestação de serviços, será

descaracterizada a natureza salarial (ex: fornecimento de EPI, moradia cedida ao caseiro ou

zelador de edifício para desempenho de suas funções, etc.);

3. Bebidas alcoólicas ou drogas nocivas (art. 458 CLT).

4. Art. 458, § 2º da CLT – Lei 10.243/2001:

5. Alimentação fornecida de acordo com o PAT

6. Vale-refeição fornecido por força do contrato de trabalho – Sum. 241 TST

TST Enunciado nº 241 - Res. 15/1985, DJ 09.12.1985 - Mantida - Res. 121/2003,

DJ 19, 20 e 21.11.2003

Vale Refeição - Remuneração do Empregado - Salário-Utilidade – Alimentação.

O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter

salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.

7. Vale transporte – lei nº 7418/1985.

8. Cesta básica fornecida habitual e gratuitamente por determinação de

negociação coletiva

Page 36: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

36

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

9. Cesta básica fornecida habitual e gratuitamente de maneira espontânea.

10. §3º do art. 458 CLT – habitação (25%) e alimentação (20%)

11. Súm. 367 TST

Súmula nº 367 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005 - Conversão das

Orientações Jurisprudenciais nºs 24, 131 e 246 da SDI-1

Utilidades "In Natura" - Habitação - Energia Elétrica - Veículo - Cigarro -

Integração ao Salário

I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao

empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza

salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em

atividades particulares. (ex-OJs nº 131 - Inserida em 20.04.1998 e ratificada pelo

Tribunal Pleno em 07.12.2000 e nº 246 - Inserida em 20.06.2001)

II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

(ex-OJ nº 24 - Inserida em 29.03.1996)

SOBRE-SALÁRIO: é a prestação que, por sua natureza, integra o complexo salarial

como complementos do salário básico.

Art. 457, §1º CLT.

SALÁRIO COMPLESSIVO: é o pagamento englobado, sem discriminação das verbas

quitadas ao empregado. Súm. 91 TST.

1. TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIOS:

9.1. ABONOS: O abono consiste num adiantamento em dinheiro, numa

antecipação salarial ou num valor a mais que é concedido ao empregado.

De acordo com a lei nº 1999/53 (que alterou o art. 457, § 1º da CLT), os abonos

pagos pelo empregador se incluem nos salários.

9.2. ADICIONAIS: O adicional tem sentido de alguma coisa que se acrescenta.

Do ponto de vista trabalhista, é um acréscimo salarial decorrente da prestação de serviços do

empregado em copndições mais gravosas.

9.2.1. Adicional de horas extras: O adicional de horas extras é debido pelo

trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal (art. 7º, XVI da CF).

Se as horas extras são pagas com habitualidade, integram o cálculo de

outras verbas, como indenização (Súm. 24 do TST), 13º salário (Súm. 45 do TST), FGTS

Page 37: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

37

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

(Súm. 63 do TST), aviso prévio indenizado (§5º do art. 142 da CLT) e descanso semanal

remunerado (Súm. 172 do TST e art. 7º da lei nº 605/49).

9.2.2. Adicional noturno: O adicional noturno é devido ao empregado urbano

que trabalhar no período entre 22 e 5 horas do dia seguinte. O trabalhador rural terá direito ao

adicional do período de 21 horas de um días às 5 horas do dia seguinte, na lavoura; entre as 20

horas de um dia às 4 horas do dia seguinte, na pecuária (art. 7º da lei nº 5889/73).

9.2.3. Adicional de periculosidade: O adicional de periculosidade é devido ao

empregado que presta serviços em contato permanente com elementos inflamáveis ou

explosivos. O contato permanente tem sido entendido como diario. O adicional será de 30%

sobre o salário do empregado, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou

participações nos lucros da empresa (art. 193, §1º da CLT).

A natureza do adicional de periculosidade é de salário, pois remunera o

trabalho em condições perigosas e não de indenização. Adicional é espécie de salário.

9.2.4. Adicional de insalubridade: O adicional de insalubridade é devido ao

empregado que presta serviço em condições insalubres, sendo calculado à razão de 10 %

(grau mínimo), 20 % (grau médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo (art. 192

CLT).

Insalubre é o prejudicial à saúde, que dá causa à doença.

9.2.5. Adicional de transferência: O adicional de transferência é devido ao

empregado quando for transferido provisoriamente para outro local, desde que importe

mudança de sua residência (art. 469, § 3º da CLT). Não é devido nas transferências

definitivas. O adicional é de 25% sobre o salário.

9.2.6. Adicional por tempo de serviço: Na verdade, o adicional por tempo de

serviço não pode ser chamado de adicional, pois não visa ao maior esforço do empregado ou é

devido por este ter trabalhado em condições mais gravosas, mas representa salário, que muitas

vezes é chamado de anuênio, qüinqüênio, etc. é uma gratificação, pois é paga por liberalidade.

Ver Súm. 203, 226 e 240 do TST.

9.3. AJUDA DE CUSTO: A ajuda de custo tem origem no Direito

Administrativo. É a importância paga ao funcionário pelos cofres públicos visando a cobrir as

despesas de sua transferência para outra localidade. Verifica-se do conceito que a natureza do

Page 38: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

38

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

pagamento desta verba é indenizatória, de compensar as despesas havidas pelo funcionário em

razão de sua mudança de um local para outro e as despesas de viagem.

Para o Direito do Trabalho, a ajuda de custo é a importância paga pelo

empregador ao empregado com o objetivo de proporcionar condições para a execução do

serviço, não se tratando, porém, de valores pagos pela contraprestação dos serviços.

Cabe transcrever o art. 457 da CLT:

Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos

legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como

contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as

comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos

pagos pelo empregador.

§ 2º Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para

viagem que não excedam de cinqüenta por cento do salário percebido pelo

empregado.

§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao

empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como

adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados.

9.4. COMISSÕES: A comissão integra o salário (§ 1º do art. 457 da CLT).

É uma modalidade de salário normalmente estipulada para os empregados no comércio,

porém os representantes comerciais também podem perceber pagamento à base de comissão,

assim como os bancários, pela venda de papéis do banco.

Percebendo o empregado apenas comissões, não tendo salário fixo, o empregador

deve assegurar ao obreiro pelo menos um salário mínimo no mês em que as comissões não

atingirem essa importância. Assim, se as comissões forem inferiores ao salário mínimo em

certo mês, deve a empresa complementar tal valor até atingir um salário mínimo. Se a norma

coletiva da categoria estabelecer piso salarial, este deve ser observado como mínimo a ser

pago ao empregado, e mais comissões.

9.5. DIÁRIAS: São pagamentos feitos ao empregado para indenizar

despesas com o deslocamento, hospedagem ou pousada e alimentação e sua manutenção

quando precisa viajar para executar as determinações do empregador. São, portanto,

pagamentos ligados diretamente à viagem feita pelo empregado para a prestação dos serviços

ao empregador, decorrentes da mobilidade do empregado.

Page 39: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

39

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

9.6. GORJETAS: Gorjeta, segundo o § 3º do art. 457 da CLT, é não só a

importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for

cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, sendo destinada

à distribuição aos empregados. O pagamento da gorjeta é feito, assim, por um terceiro, e não

pelo empregador, daí não ser considerada como salário, mas como remuneração, que

corresponde aos salários mais as gorjetas (art. 457 da CLT).

9.7. GRATIFICAÇÕES: As origens da gratificação são encontradas nos

pagamentos de valores feitos por liberalidade do empregador. Seria uma forma de

agradecimento ou de reconhecimento por parte do empregador em razão dos serviços

prestados.

A gratificação pode ter várias finalidades: 1. Retributiva, de modo a remunerar o

empregado pelo serviço prestado, seja de maneira tácita ou expressa; 2. Premial, ou de recompensa

pelos serviços extra prestados; 3. Estimulante, de modo a fazer com que o empregado produza mais ou

melhore sua produção.

9.8. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO: Também denominada de

gratificação de Natal. A lei nº 4.090/62 inovou, transformando esta gratificação, que antes era

espontânea e facultativa, em obrigatória/compulsória. A lei nº 4.749/65 dividiu o pagamento

do 13º salário em duas parcelas. A primeira deverá ser paga entre os meses de fevereiro e

novembro (até 30.11) e a segunda até o dia 20 de dezembro de cada ano.

9.9. PRÊMIOS: Os prêmios decorrem da produtividade do trabalhador,

dizendo respeito a fatores de ordem pessoal deste, como a produção, a assiduidade, a

qualidade. Não podem, porém, ser a única forma de pagamento do salário, por serem

dependentes de uma condição, devendo o obreiro perceber pelo menos um salário fixo.

O pagamento habitual do prêmio implica a impossibilidade de ser suprimido, pois tem

natureza salarial, importando pagamento tacitamente ajustado.

9.10. QUEBRA DE CAIXA: A quebra de caixa normalmente é paga aos

funcionários que fazem recebimentos pelo empregador, trabalhando diretamente no caixa da

empresa. O pagamento feito a título de quebra de caixa tem natureza de compensar os

descontos feitios no salário do obreiro em virtude de erro de caixa, por ter recebido numerário

Page 40: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

40

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

inferior ao que deveria receber. Assim, sua natureza é de verba compensatória, de indenização

e não de contraprestação pelos serviços prestados pelo empregado. Possuindo natureza

compensatória ou indenizatória e não salarial, não se integra no salário para nenhum efeito.

9.11. SALÁRIO-FAMÍLIA: o Salário-família é uma prestação

previdenciária devida ao empregado. Não é salário, pois não é pago pelo empregador, mas

pelo INSS. É devido ao segurado que tiver filho menor de 14 anos ou inválido. O empregado-

doméstico não tem direito ao salário-família. O empregado deverá apresentar a certidão de

nascimento do seu filho, a carteira de vacinação, que foi substituída pelo “Cartão da Criança”

e prova de freqüência à escola. Quem paga o salário-família é o empregador, ficando a

Previdência Social responsável pelo reembolso das prestações pagas a tal título, mediante

abatimento na guia de recolhimento das contribuições previdenciárias.

9.12. SALÁRIO-MATERNIDADE: Consiste numa renda mensal igual à

remuneração integral da segurada. É pago pelo empregador que desconta o valor adiantado a

trabalhadora em relação à contribuição previdenciária devida. Não se trata exatamente de

salário, mas de benefício previdenciário, pois não é pago pelo empregador, e sim pelo INSS.

9.13. PARTICIPAÇÃO DOS LUCROS: É o pagamento feito pelo empregador

ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho, referente à distribuição do resultado

positivo obtido pela empresa, o qual o obreiro ajudou a conseguir.

CAPÍTULO VI. EQUIPARAÇÃO SALARIAL

1. CONCEITO: É o instituto que garante a igualdade salarial para o trabalho de

igual valor. Obediência ao art. 5º da CLT: “a todo trabalho de igual valor corresponderá

salário igual, sem distinção de sexo”. O princípio da igualdade salarial é enunciado com o

direito assegurado aos trabalhadores de receberem o mesmo salário desde que prestem

Page 41: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

41

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

serviços considerados de igual valor e segundo os requisitos exigidos pelo direito interno de

cada país; é garantido pela CF (art. 7º, XXX) e disciplinado pela CLT (art. 461).

2. REQUISITOS

Para se configurara equiparação salarial, é necessário a observância dos seguintes

requisitos para a equiparação salarial:

a) trabalho para o mesmo empregador;

b) na mesma localidade;

c) entre empregados da mesma função;

d) com diferença de tempo de função não superior a 2 anos;

e) que exerçam o trabalho com a mesma produtividade;

f) que tenham a mesma perfeição técnica.

3. SUJEITOS: Equiparando e Paradigma.

4. QUADRO ORGANIZADO EM CARREIRA – Exclui a equiparação salarial.

4. EQUIVALÊNCIA SALARIAL – Conseqüência fundamental deste instituto,

condicionada à irredutibilidade salarial do obreiro.

CAPÍTULO VII. A DURAÇÃO DO TRABALHO.

1. JORNADA DE TRABALHO: Equivale à quantidade de labor diário do

empregado.

2. CONCEITO DE HORAS EXTRAS: Horas extras são as prestadas além do

horário contratual, legal ou normativo, que devem ser remuneradas com o adicional

Page 42: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

42

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

respectivo. A hora extra pode ser realizada tanto antes do expediente quanto após o seu

término normal ou durante os intervalos destinados a repouso e alimentação. São usadas as

expressões: hora extras, horas suplementares ou horas extraordinárias.

3. ACORDO DE PRORROGAÇÃO DE HORAS: O acordo de prorrogação de

horas é o ajuste de vontade feito pelas partes para que a jornada de trabalho possa ser

elastecida além do limite legal, mediante o pagamento de adicional de horas extras. O acordo

pode ser feito por prazo determinado ou indeterminado. O artigo 59 permite que as partes

façam um pacto da prorrogação da duração normal da jornada de trabalho. O acordo deverá

ser necessariamente escrito, podendo ser um adendo ao contrato de trabalho, ou inserido no

próprio pacto laboral ou, ainda, por meio de acordo ou convenção coletiva.

O limite da prorrogação de horas é de mais duas por dia, totalizando 10 horas (art. 59

da CLT). É claro que se o empregado prestar mais de 10 horas por dia terá que recebê-las,

pois geraria enriquecimento ilícito do empregador em detrimento do esforço do empregado,

além do que as partes não poderiam voltar ao estado anterior, devolvendo ao obreiro a energia

despendida. Excedido o limite de duas horas por dia, haverá multa administrativa.

4. COMPENSAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO:

5. TURNOS ININTERRUPTOS DE TRABALHO.

6. TUTELA GERAL À JORNADA E AO HORÁRIO DE TRABALHO.

7. HORAS IN ITINERE: É o tempo correspondente à ida e volta da residência do

obreiro ao local de trabalho e vice-versa, em transporte fornecido pelo empregador.

Vale transcrever o art. 58, § 2º da CLT: “O tempo despendido pelo empregado até o

local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na

jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por

transporte público, o empregador fornecer a condução”.

8. BANCO DE HORAS.

Page 43: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

43

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

9. SOBREAVISO, PRONTIDÃO E BIP: Por analogia, o artigo 244 da CLT é

aplicado a outras categorias.

Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de

sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para

substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.

§ 1º Considera-se “extranumerário” o empregado não efetivo, candidato à

efetivação, que se apresentar normalmente ao serviço, embora só trabalhe quando

for necessário. O extranumerário só receberá os dias de trabalho efetivo.

§ 2º Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua

própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada

escala de “sobreaviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas. As horas de

“sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de um terço do salário

normal.

§ 3º Considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da

Estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas.

As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de dois terços do

salário-hora normal.

§ 4º Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado,

houver facilidade de alimentação, as doze horas de prontidão, a que se refere o

parágrafo anterior, poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois

de seis horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de uma hora para cada

refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço.

Relativamente ao uso do bip ou até de celulares pelo obreiro, a doutrina não o tem

caracterizado como horas de sobreaviso, pois o uso do Pager ou do telefone móvel não

impede o deslocamento do trabalhador, o qual pode desempenhar outras atividades

desvinculadas do trabalho enquanto não for acionado pela empresa. (Ver OJ nº 49 da SDI-1

do TST).

10. ADICIONAL DE HORAS EXTRAS

11. TRABALHO NOTURNO:

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno

terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um

acréscimo de vinte por cento, pelo menos, sobre a hora diurna.

Page 44: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

44

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e

trinta segundos.

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as

vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.

§ 3º O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que

não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito

tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante.

Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas

atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo, não sendo devido

quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem.

§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e

noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus

parágrafos.

12. INTERVALOS PARA DESCANSO: Pode ser:

12.1. INTERVALO INTERJORNADA: É a pausa concedida ao obreiro entre o

final de uma jornada diária de trabalho e o início de nova jornada no dia seguinte, para

descanso do trabalhador.

12.2. INTERVALO INTRAJORNADA: São as pausas que ocorrem dentro da

jornada diária de trabalho, objetivando o repouso e a alimentação do trabalhador.

CAPÍTULO VIII. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

1. CONCEITO: O repouso semanal remunerado é o período em que o

empregado deixa de prestar serviços uma vez por semana ao empregador, de preferência aos

domingos, e nos feriados, mas percebendo remuneração. Esse período é de 24 horas

consecutivas (art. 1º da lei nº 605/49).

Page 45: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

45

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

O repouso semanal remunerado é, para o empregado, o direito de se abster do

trabalho, percebendo remuneração.

2. NATUREZA JURÍDICA: O repouso semanal remunerado não deixa de ter

natureza salarial, pois o empregado desfruta do descanso, mas recebe pelo dia que não presta

serviços. O Estado também tem interesse em que o empregado goze efetivamente do

descanso, daí a natureza tutelar deste instituto, de ordem pública e higiênica, para que o

operário possa recuperar as energias gastas na semana inteira de trabalho que enfrentou,

inclusive para ter convivência com a família ou a sociedade, desfrutando, até mesmo, de lazer.

3. ARTIGOS 67 a 69 DA CLT: Encontram-se revogados pela lei nº 605/49, pois

esta regula inteiramente a matéria e certos preceitos são incompatíveis com suas disposições.

CAPÍTULO IX. FÉRIAS

1. PERÍODO: o período de férias anuais deve ser de 30 dias corridos, se o

trabalhador não tiver faltado injustificadamente, mais de 5 vezes ao serviço.

2. PERÍODO AQUISITIVO: admitido na empresa, o empregado precisa

cumprir um período para adquirir o direito de férias; é denominado período aquisitivo; é de 12

meses (CLT, art. 130).

3. PERDA DO DIREITO: nos casos de afastamento decorrente de concessão

pelo INSS de auxílio doença, previdenciário ou acidentário, o empregado perde o direito às

férias quando o afastamento ultrapassar 6 meses, contínuos ou descontínuos; no afastamento

de até 6 meses, o empregado terá integralmente assegurado o direito às férias, sem nenhuma

redução, considerando-se que não faltou ao serviço (CLT, arts. 131 a 133); a licença por mais

de 30 dias fulmina o direito; a paralisação da empresa, por mais de 30 dias, também.

Page 46: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

46

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

4. PERÍODO CONCESSIVO: o empregador terá de conceder as férias nos 12

meses subseqüentes ao período aquisitivo, período a que se dá nome de período concessivo;

não o fazendo, sujeita-se a uma sanção (CLT, art. 134).

5. REMUNERAÇÃO: será a mesma, como se estivesse em serviço, coincidindo

com a do dia da concessão, acrescida de 1/3 (CF, art. 7º, XVII).

6. FÉRIAS VENCIDAS: são as que se referem a período aquisitivo já

completado e que não foram ainda concedidas ao empregado; “na cessação do contrato de

trabalho, qualquer que seja a causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em

dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido”

(art. 146 da CLT).

7. FÉRIAS PROPORCIONAIS: se refere ao pagamento em dinheiro na

cessação do contrato de trabalho, pelo período aquisitivo não completado, em decorrência da

rescisão; em se tratando de empregados com mais de 1 ano de casa, aplica-se o disposto no

art. 146, § único da CLT: “na cessação do contrato de trabalho após 12 meses de serviço, o

empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração

relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por

mês de serviço ou fração superior a 14 dias; para empregados com menos de 1 ano de casa, a

norma aplicável é o art. 147 da CLT: “o empregado que for despedido sem justa causa ou cujo

contrato se extinguiu em prazo predeterminado, antes de completar 12 meses, terá direito à

remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o artigo

anterior”.

8. PRESCRIÇÃO: extinto o contrato é de 2 anos o prazo para ingressar com o

processo judicial, e durante a relação de emprego é de 5 anos; a prescrição, durante o vínculo

empregatício, é contada a partir do fim do período concessivo e não do período aquisitivo.

Page 47: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

47

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

9. FÉRIAS COLETIVAS: podem ser concedidas a todos os trabalhadores, a

determinados estabelecimentos, ou somente a certos setores da empresa, para serem gozadas

em 2 períodos anuais, nenhum deles inferior a 10 dias (CLT, arts. 134 e 135).

10. FALTAS

11. PERDA DO DIREITO DE FÉRIAS

12. COMUNICAÇÃO DAS FÉRIAS

13. FÉRIAS CONCEDIDAS APÓS O PERÍODO CONCESSIVO

CAPÍTULO X. TRANSFERÊNCIA

1. CONCEITO: A transferência descrita no artigo 469 da CLT é a ocorrida

dentro do território brasileiro, constituindo numa alteração do local da prestação do serviço

pelo obreiro.

Page 48: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

48

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Obs: A lei nº 7.064/82 estabelece as regras de transferência de trabalhadores

contratados no Brasil, ou transferidos por empresas prestadoras de serviços de engenharia,

inclusive consultoria, projetos e obras, montagens, gerenciamentos e congêneres, para

prestar serviços no exterior.

2. CARACTERÍSTICAS.

Inicialmente, cabe transcrever os artigos 469 e 470, ambos da CLT, a saber:

Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para

localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a

que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.

§ 1º Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam

cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou

explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.

§ 2º É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que

trabalhar o empregado.

§ 3º Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado

para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do

artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca

inferior a vinte e cinco por cento dos salários que o empregado percebia naquela

localidade, enquanto durar essa situação.

Art. 470. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do

empregador.

Quando for provisória e acarretar na mudança de domicilio, caberá adicional de 25%.

É vedado ao empregador transferir o empregado, SEM a sua anuência, para

localidade diversa da que resultar o contrato de trabalho, não considerando transferência, a

que não acarretar necessariamente a mudança de domicilio.

Para evitar a transferência abusiva, cabe RT c/c pedido de liminar (art. 659, IX e X

CLT).

Exceção ao art. 469 CLT – os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles

cujos contratos tenham como condição (transferência), quando esta decorra de real

necessidade do serviço.

É licita a transferência quando ocorrer a extinção do estabelecimento em que

trabalhar o empregado.

OJ Nº 113 SDI 1 – TST

Page 49: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

49

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para localidade mais

distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da

despesa de transporte.

CAPÍTULO XI. ALTERAÇÃO, INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO

DE TRABALHO

1. Alteração do Contrato de Trabalho

1.1. Alteração Bilateral – art. 468 CLT.

Alterações: 1) Subjetivas .

2) Objetivas.

1.2. Alteração Unilateral

Obs: Jus variandi X jus resistentae

2. Interrupção do Contrato de Trabalho

Hipóteses:

1. Até 02 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,

descendente, irmão, ou pessoa que declarada na sua CTPS, viva sob sua

dependência econômica – Art. 473, I CLT;

2. Até 03 dias consecutivos, em caso de casamento – Art. 473, II;

3. Por 01 dia a cada 12 meses de trabalho, para doação voluntária de sangue

(comprovada). – Art. 473, IV;

Page 50: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

50

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

4. Até 02 dias, consecutivos ou não, para se alistar eleitor, nos termos da lei. Art.

473, V;

5. No período de tempo em que estiver cumprindo as exigências do serviço militar –

Art. 473, VI;

6. Realizando provas de vestibular – Art. 473, VII;

7. Comparecimento a juízo. Art. 473, VIII;

8. Licença-paternidade;

9. Encargos públicos específicos (atuar em Júri, eleições, etc.)

10. Repouso semanal remunerado – Art. 7º, XV CF/88

11. Férias- Art. 7º, XVII da CF;

12. Feriados – lei 605/1949 – Art. 1º.

13. Licença-maternidade – Art. 7º, XVIII CF. Art. 71 da lei 8.213/91

14. Licença remunerada em caso de aborto não criminoso – art. 395 CLT.

15. Casos diversos de licença remunerada

16. Empregado membro da CIPA, atuando como conciliador – Art. 625 – B, §2º da

CLT;

17. Pelo tempo que se fizer necessário, quando na qualidade de representante sindical,

estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil

seja membro – Art. 473, IX da CLT.

18. Acidente de trabalho até o 15º dia.

3. Suspensão do Contrato de Trabalho.

Hipóteses:

1. Acidente de trabalho ou doença após o 15º dia;

2. Serviço militar obrigatório;

3. Greve – lei 7.783/89

4. Empregado eleito para o cargo de dirigente sindical – art. 543, §2º CLT,

no exercício de suas funções sindicais

5. Empregado eleito diretor de SA, salvo se permanecer a subordinação

jurídica inerente à relação de emprego. – Súm. 269 TST.

Page 51: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

51

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

6. Licença não-remunerada;

7. Afastamento do empregado em caso de prisão;

8. Aposentadoria por invalidez – art. 475 CLT

9. Afastamento do obreiro para participar de curso de qualificação

profissional, pelo período de 2 a 5 meses. Art. 476-A, §2º da CLT.

Em resumo:

1. SuspenSão: Sem salário

- não há trabalho

- não há salário

- não há contagem de tempo de serviço

Ex. Falta injustificada, desconta-se o dia de trabalho = SUSPENSÃO

2. InterrupÇão: Com salário

- não há trabalho

- há salário

- há contagem de tempo de serviço

Ex. Foi ao médico e não foi trabalhar, apresenta atestado, vai ter salário.

CAPÍTULO XII. FORMAS DE GARANTIAS E

ESTABILIDADES NO EMPREGO.

1. FGTS: O regime do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

1.1. Conceito: é uma conta bancária, que o trabalhador pode utilizar nas ocasiões

previstas em lei, formada por depósitos efetuados pelo empregador; foi instituído com

alternativa para o direito de indenização e de estabilidade para o empregado e como poupança

compulsória a ser formada pelo trabalhador da qual pode valer-se nos casos previstos; o

empregado tem direito, quando é despedido sem justa causa ou dá por rescindido o contrato

Page 52: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

52

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

em decorrência de justa causa do empregador, faz jus a uma indenização de dispensa, além de

efetuar o levantamento dos depósitos recolhidos pelo empregador; a indenização

corresponderá a um acréscimo de 40% do valor dos referidos depósitos.

1.2. Características Gerais: todo empregador é obrigado a efetuar mensalmente

depósito no valor de 8% dos salários que paga aos empregados; incide sobre todos os salários

recebidos pelo empregado, incluindo o 13º, horas extras, gratificações e prêmios, habituais ou

não; os valores do FGTS que favorecem o empregado despedido atuam mesmo no sentido da

indenização de dispensa; porém, o empregado pode obter os mesmos recursos de modo

desvinculado à dispensa, caso em que estará usando um pecúlio, como na construção de

moradia; os recolhimentos do empregador são compulsórios e se caracterizam como uma

obrigação muito próxima à parafiscal; tem natureza jurídica múltipla diante dos diferentes

ângulos da sua estrutura.

1.3. Levantamento dos depósitos: poderá ser levantado nos seguintes casos: por

falecimento; doença grave; despedida imotivada; extinção do contrato de trabalho por tempo

determinado; aposentadoria; como pagamento de prestações da casa própria, liquidação ou

amortização de saldo devedor de financiamento imobiliário, ou ainda, pagamento total ou

parcial do preço de aquisição de moradia própria, conforme normas do SFH; culpa recíproca

ou força maior; fechamento de estabelecimento; falta de depósitos por 3 anos ininterruptos;

suspensão do contrato de trabalho do avulso por mais de 90 dias.

2. Estabilidade.

2.1. Conceito

2.2. Tipos de Estabilidade

a) Denominação

b) Estabilidade por tempo de serviço: CF e CLT

c) Exclusão do direito à estabilidade.

d) Dirigente sindical: (art. 543, §3º da CLT e artigo 8º, inciso VIII, da

Constituição Federal) – É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a

Page 53: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

53

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato,

salvo se cometer falta grave nos termos da lei (art. 543, parágrafo 3º. Da CLT)

A estabilidade se estende ao suplente ou vice.

Obs1: no caso de extinção do estabelecimento no âmbito da base territorial do sindicato

não existirá mais o direito da estabilidade (súmula 369 do tst)

Obs2: o empregado não terá direito à estabilidade se esta foi adquirida na vigência do

aviso prévio (súmula 369 do TST).

e) Gestante: (art. 10, inciso II, letra “b” do ADCT): Estabilidade desde a

confirmação da gravidez até 05 meses após o parto. Com a morte do feto, ou do bebê, cessa a estabilidade.

OBS.1: não tem direito à estabilidade se estiver em contrato de experiência (súmula 244 do TST)

OBS.2: o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador, não afasta o direito ao pagamento da

indenização da estabilidade (súmula 244 do TST)

OBS.3: doméstica não tem direito à estabilidade da gravidez, mas apenas aos 120 dias do salário maternidade

do artigo 7º, inciso XVIII da Constituição Federal.

f) Membro da CIPA: (art. 10, inciso II, letra “a” do ADCT):

Estabilidade desde sua candidatura até 01 ano após o final do mandato. Para formar a CIPA

deve existir no mínimo 20 empregados

Obs1: suplente da cipa também tem o direito a estabilidade (súmula 339 do tst e súmula 676

do stf)

Obs2: no caso de extinção do estabelecimento não existe mais a estabilidade e não é devida a

indenização da estabilidade (súmula 339 do tst)

Obs3: o único vice que não tem estabilidade é o vice do diretor de cooperativa

g) Acidentado: (art. 118 da Lei 8213/91 e Súmula 378 do TST):O empregado

que sofreu acidente de trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção de seu contrato de

trabalho na empresa, após a cessão do auxílio doença acidentária, a partir do seu retorno ao trabalho,

independentemente de percepção de auxílio-acidente.

A empregada doméstica terá direito à estabilidade, diferente da diarista!

Requisitos:

- Acidente de Trabalho

- Afastamento por pelo menos 15 dias

- CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) no 10º. Dia

OBS: a súmula 378 do TST também prevê a estabilidade da doença profissional mediante perícia médica

judicial, mesmo que o empregado não tenha sido afastado pelo INSS.

Page 54: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

54

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

h) Membro do Conselho curador do FGTS

i) Reabilitados

j) Doente de AIDS

k) Empregados eleitos diretores de sociedades cooperativas

l) Membros da CCP

2.3. Extinção da Estabilidade:

1. morte do empregado

2. aposentadoria espontânea

3. ocorrência de força maior (eventos da natureza, ex. terremoto destrói a empresa)

4. falta grave praticada pelo empregado (justa causa)

5. pedido de demissão

6. Falência (Recuperação Judicial não é causa de extinção da estabilidade)

OBS. 1. Qualquer empregado que goze de estabilidade e comete uma justa causa, deverá ser

submetido à um inquérito judicial para apuração de falta grave, no prazo de 30 dias a partir do

conhecimento do fato.

OBS. 2. Ocorrendo um acidente de trabalho com um empregado contratado por prazo determinado,

os 15 primeiros dias de afastamento serão pagos pela empresa, e os demais serão pagos pelo INSS,

até o termo final do contrato.

OBS. 3. Não há estabilidade para empregados contratados por tempo determinado, estes, portanto,

não podem candidatar-se à estabilidade provisória.

OBS. 4. O empregado, contratado por prazo indeterminado, que esteja em cumprimento de aviso

prévio, também não poderá se candidatar e sequer ter benefício da estabilidade. A partir do

recebimento do Aviso Prévio, o contrato passa a ser por prazo determinado.

OBS. 5. Nenhum empregado pode ser demitido sem justa causa, se isto ocorrer a medida cabível

para reintegrá-lo será:

1 – Reclamação Trabalhista c/c Pedido de Liminar = Dirigente Sindical

2 – Reclamação Trabalhista c/c Pedido de Tutela Antecipada = Todos os demais

CAPÍTULO XIII. AVISO PRÉVIO

1. Conceito

Page 55: Direito do Trabalho Profª Bruna Campos · CAIRO JUNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho ... DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do ... Lei nº 11.788/2008. Mudanças

Disciplina: Direito do Trabalho Profa.Esp. Bruna Campos

55

Coordenação de Pós-Graduação FTC-SSA

Especialização em Gestão de Pessoas – Turma VIII

2. Características

3. Concessão

4. Amparo legal

CAPÍTULO XIV. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.

1. Dispensa do empregado sem justa causa

2. Dispensa do empregado por justa causa

3. Pedido de demissão

4. Rescisão Indireta

5. Aposentadoria

CAPÍTULO XV. ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE

DE TRABALHO.

1. Conceito

2. Características

3. Dano

4. Dano Moral # Assédio Moral

5. Conseqüências para o empregado

6. Conseqüências para o empregador