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Direito Municipal e Direito Municipal e Urbanístico Urbanístico Prof. Bazolli Prof. Bazolli Volume 2 Volume 2

Direito Municipal e Urbanístico

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Direito Municipal e Urbanístico. Prof. Bazolli Volume 2. Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – “Estatuto da Cidade”. Panorama histórico Constituição de 1.988 Objetivos Diretrizes Instrumentos Impactos na Gestão Municipal Impactos na sociedade Impactos no mercado Imobiliário. - PowerPoint PPT Presentation

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Direito Municipal e UrbanísticoDireito Municipal e Urbanístico

Prof. BazolliProf. Bazolli

Volume 2Volume 2

Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – “Estatuto da Cidade”de 2001 – “Estatuto da Cidade”

1.1. Panorama históricoPanorama histórico

2.2. Constituição de 1.988Constituição de 1.988

3.3. ObjetivosObjetivos

4.4. DiretrizesDiretrizes

5.5. InstrumentosInstrumentos

6.6. Impactos na Gestão MunicipalImpactos na Gestão Municipal

7.7. Impactos na sociedadeImpactos na sociedade

8.8. Impactos no mercado ImobiliárioImpactos no mercado Imobiliário

“ “Depois de 11 anos de negociações e adiamentos, Depois de 11 anos de negociações e adiamentos, o Congresso Federal aprovou o o Congresso Federal aprovou o Estatuto da Estatuto da CidadeCidade, lei que regulamenta o capítulo de política , lei que regulamenta o capítulo de política urbana (artigos 182 e 183) da Constituição Federal urbana (artigos 182 e 183) da Constituição Federal de 1988.” de 1988.”

(ROLNIK, 2001) (ROLNIK, 2001)

Origem do Estatuto da Cidade – Projeto de Lei Origem do Estatuto da Cidade – Projeto de Lei 181/89 – de autoria do Senador Pompeu de 181/89 – de autoria do Senador Pompeu de Souza – Aprovado no Senado Federal em 1990 Souza – Aprovado no Senado Federal em 1990

“ “No ano de 1999, pelo fato da Presidência da Comissão No ano de 1999, pelo fato da Presidência da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados ter ficado sob a direção de partidos progressistas (Partido ter ficado sob a direção de partidos progressistas (Partido Comunista do Brasil e Partido Socialista Brasileiro) e da Comunista do Brasil e Partido Socialista Brasileiro) e da relatoria do Estatuto da Cidade ter sido assumida pelo relatoria do Estatuto da Cidade ter sido assumida pelo próprio Presidente da Comissão, Deputado Inácio Arruda próprio Presidente da Comissão, Deputado Inácio Arruda (PCdoB/Ceará), foi possível o estabelecimento de uma (PCdoB/Ceará), foi possível o estabelecimento de uma parceria entre esta Comissão e o Fórum Nacional de parceria entre esta Comissão e o Fórum Nacional de Reforma Urbana, e o desencadeamento de um processo Reforma Urbana, e o desencadeamento de um processo democrático envolvendo diversos atores da sociedade e democrático envolvendo diversos atores da sociedade e órgãos governamentais, visando a elaboração de um órgãos governamentais, visando a elaboração de um substitutivo regulamentando os instrumentos de política substitutivo regulamentando os instrumentos de política urbana que contemplasse os interesses essenciais de urbana que contemplasse os interesses essenciais de cada setor.”cada setor.”

(SAULE JUNIOR, 2001) (SAULE JUNIOR, 2001)

“ “Deve-se ter bem claro que o Estatuto da Cidade Deve-se ter bem claro que o Estatuto da Cidade não vai, por si só, garantir cidades mais justas. A não vai, por si só, garantir cidades mais justas. A nova lei traz o instrumental cirúrgico, que pode ser nova lei traz o instrumental cirúrgico, que pode ser bem usado, ou não, de acordo com a habilidade do bem usado, ou não, de acordo com a habilidade do cirurgião, no caso as municipalidades.”cirurgião, no caso as municipalidades.”

(ARRUDA, 2001)(ARRUDA, 2001)

“ “Instrumentos legais e planos urbanísticos que Instrumentos legais e planos urbanísticos que orientem as cidades em direção ao "crescimento orientem as cidades em direção ao "crescimento harmônico e equilibrado" (palavras freqüentes nas harmônico e equilibrado" (palavras freqüentes nas introduções dos Planos Diretores) não faltam. introduções dos Planos Diretores) não faltam. Temos inclusive motivos de otimismo já que em Temos inclusive motivos de otimismo já que em julho de 2001, após 12 anos de promulgada a julho de 2001, após 12 anos de promulgada a Constituição Federal de 1988, o Congresso Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional aprovou o Estatuto da Cidade” Nacional aprovou o Estatuto da Cidade”

(MARICATO, 2002)(MARICATO, 2002)

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO URBANA NO BRASIL

AnoPopulação Percentual

nº de municípios

2009 191.480.630 84,2 5.565

2000 137.755.550 81,2 5.507

1990 110.875.826 75,5 4.491

1980 82.013.375 67,7 3.991

1970 52.904.744 56,0 3.952

1960 32.004.871 45,1 2.766

1950 18.782.891 36,2 1.889

Fonte: Censos Demográficos IBGE

População

Ano

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

36,2

45,1

56

67,7

75,5

81,2

87

““Existe em nosso país, um desiquilíbrio social-econômico que leva a Existe em nosso país, um desiquilíbrio social-econômico que leva a nossa sociedade à uma situação de antagonismo.Estas pessoas nossa sociedade à uma situação de antagonismo.Estas pessoas ocupam áreas públicas em funçaõ deste desiquilíbrio.”ocupam áreas públicas em funçaõ deste desiquilíbrio.”

João Sette Whitaker Ferreira - Prof. de Arquitetura e Urbanismo da USPJoão Sette Whitaker Ferreira - Prof. de Arquitetura e Urbanismo da USP

Periferias longínquas e desprovidas de serviços e equipamentos urbanos essenciais

Constante retenção especulativa de terrenos

Poluição do solo, água e ar assumem grandes proporções

Nascimento e crescimento de favelas, invasões, alagados, etc.

Injustiça social gerando elevado índice de criminalidade

O Quadro Urbano Atual: Desafio do Século

Razões do crescimento urbanoRazões do crescimento urbano

“ “O primeiro fator é primordialmente uma O primeiro fator é primordialmente uma conseqüência da conseqüência da diminuição da taxa de diminuição da taxa de mortalidade, provocada pela difusão súbita dos mortalidade, provocada pela difusão súbita dos avanços da medicinaavanços da medicina. (...)Mas o fenômeno . (...)Mas o fenômeno essencial que determina o crescimento urbano é o essencial que determina o crescimento urbano é o das das migrações. A . A fuga para as cidades, (...) muito , (...) muito mais como uma mais como uma decomposição da sociedade rural do que como do que como expressão do dinamismo da sociedade urbana.”.”

(CASTELLS, 1975)(CASTELLS, 1975)

Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988

Artigo 182Artigo 182

Estabelece que a política de desenvolvimento Estabelece que a política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno urbano tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, definindo que o instrumento habitantes, definindo que o instrumento básico desta política é o básico desta política é o Plano Diretor..

Artigo 182 - AssuntosArtigo 182 - Assuntos

Plano Diretor (PD)Plano Diretor (PD)

Função social da propriedade urbanaFunção social da propriedade urbana

Desapropriações e indenizaçãoDesapropriações e indenização

Uso adequado do solo (aproveitamento)Uso adequado do solo (aproveitamento)

Plano DiretorPlano Diretor

O Plano Diretor é o instrumento básico da O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município. Sua política de desenvolvimento do Município. Sua principal finalidade é orientar a atuação do principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, visando dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a assegurar melhores condições de vida para a população. É parte integrante do processo de população. É parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo ser aprovado planejamento municipal, devendo ser aprovado por Lei. por Lei.

Função Social da propriedadeFunção Social da propriedade

"La función social es ni más ni menos que el "La función social es ni más ni menos que el reconocimiento de todo o titular del domínio, de reconocimiento de todo o titular del domínio, de que por ser um miembro de la comunidad tiene que por ser um miembro de la comunidad tiene derechos y obligaciones com relación a los derechos y obligaciones com relación a los demás miembros de ella, de manera que si él ha demás miembros de ella, de manera que si él ha podido elegar a ser titular del domínio, tiene la podido elegar a ser titular del domínio, tiene la obligacion de cumplir com el derecho de los obligacion de cumplir com el derecho de los demás sujeitos, que consiste en no realizar acto demás sujeitos, que consiste en no realizar acto alguno que pueda impedir u obstaculizar el bien alguno que pueda impedir u obstaculizar el bien de dichos sujetos, o sea, la comunidad" de dichos sujetos, o sea, la comunidad" (BORGES, 1994).(BORGES, 1994).

Observamos então, que o balizamento do direito de propriedade (com) função social, dá lugar a uma nova dimensão da propriedade, que tem, nas normas de direito urbanístico, a sua estruturação.

“ el contenido del derecho de propriedad lo define la ordenación urbanística, que, al efecto, posee uma estructura peculiar que la hace capaz de acomodar el estatuto objetivo de la propriedad a las características concretas que ésta presenta según los bienes específicos sobre os que recae”.

((Luciano Parejo Alfonso)

Uso adequado do solo Uso adequado do solo (aproveitamento)(aproveitamento)

Parcelamento ou edificação Parcelamento ou edificação

compulsóriocompulsório

IPTU progressivoIPTU progressivo

Desapropriação (títulos públicos)Desapropriação (títulos públicos)

Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988

Artigo 183Artigo 183 Institui a usucapião urbana, possibilitando Institui a usucapião urbana, possibilitando

a regularização fundiária, sob as a regularização fundiária, sob as seguintes condições:seguintes condições:

Área máxima de 250 MÁrea máxima de 250 M² utilizada para fins ² utilizada para fins de moradia, ocupada por 5 anos sem de moradia, ocupada por 5 anos sem oposição, não seja proprietário de outro oposição, não seja proprietário de outro urbano ou rural.urbano ou rural.

Macro ObjetivosMacro Objetivos

Aplicar o conceito constitucional da função social da propriedade urbana

Criar e fortalecer instrumentos para uma intervenção mais concreta e efetiva do Poder Público no desenvolvimento urbano

Mitigar a especulação imobiliáriaFortalecer a gestão democrática da cidade Implantar um direito urbanístico possível

Artigo 2ºArtigo 2º

A política urbana tem por objetivo ordenar o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:seguintes diretrizes gerais:

“ “É o Estado, na sua esfera municipal, que deverá indicar a É o Estado, na sua esfera municipal, que deverá indicar a função social da propriedade e da cidade, buscando o função social da propriedade e da cidade, buscando o necessário equilíbrio entre os interesses público e privado no necessário equilíbrio entre os interesses público e privado no território urbano.”território urbano.”

(OLIVEIRA, 2001)(OLIVEIRA, 2001)

Diretrizes GeraisDiretrizes Gerais

Garantia do direito a cidade sustentáveisGarantia do direito a cidade sustentáveis

“ “O dispositivo tem o sentido de exigir que o O dispositivo tem o sentido de exigir que o administrador público prestigie esse direito administrador público prestigie esse direito social dos habitantes da comuna, não social dos habitantes da comuna, não praticando atos que contrariem essa diretriz.”praticando atos que contrariem essa diretriz.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

"Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades "Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades" futuras atenderem as suas próprias necessidades"

(RELATÓRIO BRUNDTLANDT, 1987).(RELATÓRIO BRUNDTLANDT, 1987).

DiretrizesDiretrizes

DiretrizesDiretrizes

Gestão DemocráticaGestão Democrática

“ “A participação da população na formulação, A participação da população na formulação, execução e acompanhamento de planos de execução e acompanhamento de planos de governo é uma tendência dos dias atuais, governo é uma tendência dos dias atuais, resultante de politização da massa e resultante de politização da massa e conseqüente reafirmação da cidadania.”conseqüente reafirmação da cidadania.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Cooperação entre governos e iniciativa Cooperação entre governos e iniciativa privadaprivada

“ “A cooperação do setor privado também é A cooperação do setor privado também é de vital importância na medida em que a de vital importância na medida em que a gama de necessidades públicas a serem gama de necessidades públicas a serem satisfeitas pelo Estado é sempre maior satisfeitas pelo Estado é sempre maior que a disponibilidade de recurso que a disponibilidade de recurso financeiro do Poder Público.”financeiro do Poder Público.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Planejamento para evitar o crescimento Planejamento para evitar o crescimento desordenado da cidade e os seus reflexos desordenado da cidade e os seus reflexos sobre o meio ambientesobre o meio ambiente

“ “Detalhando o conteúdo do inciso I, esse inciso Detalhando o conteúdo do inciso I, esse inciso sob comento preconiza a distribuição espacial sob comento preconiza a distribuição espacial da população e das atividades econômicas no da população e das atividades econômicas no território municipal de maneira a preservar o território municipal de maneira a preservar o equilíbrio do meio ambiente, indispensável à equilíbrio do meio ambiente, indispensável à qualidade de vida dos habitantes da comuna.”qualidade de vida dos habitantes da comuna.”

(HARADA, 2004) (HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Equipamentos urbanos e comunitários, Equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos transporte e serviços públicos adequados às características locais.adequados às características locais.

“ “Isso leva ao abandono da velha prática Isso leva ao abandono da velha prática de importação de modelos estrangeiros, de importação de modelos estrangeiros, divorciados da realidade local.”divorciados da realidade local.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Ordenação e controle do uso do solo, de Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:forma a evitar:

Parcelamentos inadequados, especulação Parcelamentos inadequados, especulação imobiliária, poluição e degradação imobiliária, poluição e degradação ambiental, deterioração de áreas ambiental, deterioração de áreas urbanizadas e usos e utilização urbanizadas e usos e utilização inadequada dos imóveis urbanos.inadequada dos imóveis urbanos.

DiretrizesDiretrizes

Relação entre as atividades urbanas e Relação entre as atividades urbanas e rurais (visão sistêmica do município)rurais (visão sistêmica do município)

O urbanismo ultrapassa os limites da cidade O urbanismo ultrapassa os limites da cidade para englobar um território inteiro, que se para englobar um território inteiro, que se influencia mutuamente, devendo, pois, ser influencia mutuamente, devendo, pois, ser estudado de forma sistêmica e conjugada.estudado de forma sistêmica e conjugada.

DiretrizesDiretrizes

Relação entre os padrões de produção Relação entre os padrões de produção e consumo de bens, de serviços e de e consumo de bens, de serviços e de expansão urbana e a sustentabilidade expansão urbana e a sustentabilidade ambientalambiental

“ “Aqui há uma clara condenação à política Aqui há uma clara condenação à política do do desenvolvimento a qualquer custodesenvolvimento a qualquer custo.”.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Justa distribuição (benefícios e ônus)Justa distribuição (benefícios e ônus)

“ “Esse inciso determina a justa distribuição dos Esse inciso determina a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização, de sorte a equilibrar a equação urbanização, de sorte a equilibrar a equação beneficiados/prejudicados, dentro daquele beneficiados/prejudicados, dentro daquele preceito programático do art. 170 da CF, que preceito programático do art. 170 da CF, que objetiva assegurar a todos uma vida condigna, objetiva assegurar a todos uma vida condigna, de acordo com os ditames da justiça social”de acordo com os ditames da justiça social”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Relação entre os instrumentos de Relação entre os instrumentos de política econômica, tributária e política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimentos urbanoobjetivos do desenvolvimentos urbano

“ “Preconiza medidas de expansão de Preconiza medidas de expansão de investimentos, que gerem bem-estar geral investimentos, que gerem bem-estar geral e a fruição dos bens pelos variados e a fruição dos bens pelos variados segmentos da sociedade.”segmentos da sociedade.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Recuperação dos investimentos do Poder Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização Público de que tenha resultado a valorização

de imóveis urbanosde imóveis urbanos

“ “Esse inciso legal prescreveu a instituição da Esse inciso legal prescreveu a instituição da contribuição de melhoria a que faz jus a contribuição de melhoria a que faz jus a entidade política que executar obras públicas entidade política que executar obras públicas que acarretem valorização direta e específica do que acarretem valorização direta e específica do imóvel.”imóvel.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Audiência do Poder Público municipal Audiência do Poder Público municipal e da população interessada para e da população interessada para empreendimentos que afetem o meio empreendimentos que afetem o meio ambiente natural ou construído e ambiente natural ou construído e demais patrimônios da cidade.demais patrimônios da cidade.

DiretrizesDiretrizes

Regularização fundiária, urbanização de Regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa áreas ocupadas por população de baixa renda e simplificação da legislação de renda e simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias.normas edilícias.

“ “Aqui o legislador revela sua preocupação com Aqui o legislador revela sua preocupação com a ocupação irregular do solo urbano por parte a ocupação irregular do solo urbano por parte da população de baixa renda, fato que pode da população de baixa renda, fato que pode comprometer o meio ambiente.”comprometer o meio ambiente.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

DiretrizesDiretrizes

Isonomia de condições para os agentes Isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanizaçãoprocesso de urbanização

“ “Esse inciso legal deve ser interpretado com Esse inciso legal deve ser interpretado com intensa restrição a fim de não investir o intensa restrição a fim de não investir o particular em prerrogativas do Poder Público, particular em prerrogativas do Poder Público, ainda que atuando em setor no qual há ainda que atuando em setor no qual há predomínio de natureza pública.”predomínio de natureza pública.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

InstrumentosInstrumentos

Art 4ºArt 4º

Para fins desta Lei, serão utilizados, entre Para fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:outros instrumentos:

InstrumentosInstrumentos

De PlanejamentoDe Planejamento

Plano Diretor (PD)Plano Diretor (PD)

“ “É plano, porque estabelece os objetivos a É plano, porque estabelece os objetivos a serem atingidos, o prazo em que estes devem serem atingidos, o prazo em que estes devem ser alcançados (ainda que, sendo plano geral, ser alcançados (ainda que, sendo plano geral, não precise fixar prazos, no que tange às não precise fixar prazos, no que tange às diretrizes básicas), as atividades a serem diretrizes básicas), as atividades a serem executadas e quem deve executá-las. É diretor, executadas e quem deve executá-las. É diretor, porque fixa as diretrizes do desenvolvimento porque fixa as diretrizes do desenvolvimento urbano do Município.”urbano do Município.”

(SILVA, 1997)(SILVA, 1997)

InstrumentosInstrumentos

Planos setoriais (4-III-g), como o de Planos setoriais (4-III-g), como o de

transporte urbano integrado para cidades transporte urbano integrado para cidades

com mais de 500.000 hab. (41-§2)com mais de 500.000 hab. (41-§2)

Planos de desenvolvimento econômico e Planos de desenvolvimento econômico e

socialsocial

De PlanejamentoDe Planejamento

InstrumentosInstrumentos

IPTU e contribuição de melhoria (4-IV- a e IPTU e contribuição de melhoria (4-IV- a e

b)b)

Incentivos e benefícios fiscais e Incentivos e benefícios fiscais e

financeiros (4-IV-c)financeiros (4-IV-c)

Tributários e financeirosTributários e financeiros

InstrumentosInstrumentos

Concessão de uso especial para fins de Concessão de uso especial para fins de moradiamoradia

Parcelamento, edificação ou utilização Parcelamento, edificação ou utilização compulsórioscompulsórios

Usucapião especial de imóvel urbanoUsucapião especial de imóvel urbanoDireito de superfícieDireito de superfícieDireito de preempção em favor do Poder Direito de preempção em favor do Poder

PúblicoPúblico

Jurídicos e PolíticosJurídicos e Políticos

InstrumentosInstrumentos

Outorga onerosa do direito de construirOutorga onerosa do direito de construirTransferência do direito de construirTransferência do direito de construirOperações urbanas consorciadasOperações urbanas consorciadasRegularização fundiáriaRegularização fundiáriaEIA e EIVEIA e EIV

Jurídicos e PolíticosJurídicos e Políticos

Utilização compulsóriaUtilização compulsória

“ “Muito embora a propriedade privada continue Muito embora a propriedade privada continue figurando no capítulo dos direitos e garantias figurando no capítulo dos direitos e garantias individuais (art. 5º, XXII, da CF) – (...) sua individuais (art. 5º, XXII, da CF) – (...) sua inclusão juntamente com sua função social no inclusão juntamente com sua função social no capítulo da ordem econômica importou capítulo da ordem econômica importou inegavelmente, em conferir à propriedade um inegavelmente, em conferir à propriedade um alto grau de relativismo, à medida que os alto grau de relativismo, à medida que os princípios de ordem econômica estão pré-princípios de ordem econômica estão pré-ordenados com vistas ao atingimento da ordenados com vistas ao atingimento da finalidade de dignificar a criatura humana, finalidade de dignificar a criatura humana, segundo preceitos da justiça social.”segundo preceitos da justiça social.”

Conclusão:Conclusão:

“ “Vale dizer, a propriedade privada só se Vale dizer, a propriedade privada só se justifica enquanto cumpre a função social. justifica enquanto cumpre a função social. Forçoso reconhecer, pois, que a Forçoso reconhecer, pois, que a propriedade de base individualista cedeu propriedade de base individualista cedeu lugar a propriedade de finalidade social.”lugar a propriedade de finalidade social.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

Utilização compulsóriaUtilização compulsória

Utilização compulsóriaUtilização compulsória

Na concepção da CF quem define função Na concepção da CF quem define função social da propriedade?social da propriedade?

O município por meio da Lei do Plano O município por meio da Lei do Plano Diretor o que possibilitou a flexibilização Diretor o que possibilitou a flexibilização do conceito de função social, que poderá do conceito de função social, que poderá variar de um município para outro.variar de um município para outro.

As obrigações decorrentes da utilização As obrigações decorrentes da utilização

compulsória é transferida pela compulsória é transferida pela

transmissão do imóvel, por ato inter vivos transmissão do imóvel, por ato inter vivos

ou causa mortis. Essa obrigação tem a ou causa mortis. Essa obrigação tem a

natureza natureza propter rempropter rem, ou seja, uma , ou seja, uma

obrigação vinculada à propriedade do obrigação vinculada à propriedade do

imóvel urbano.imóvel urbano.

Utilização compulsóriaUtilização compulsória

Progressividade punitiva que permite ao Progressividade punitiva que permite ao poder público a majoração do IPTU por poder público a majoração do IPTU por cinco anos consecutivos pelo cinco anos consecutivos pelo descumprimento pelo proprietário do descumprimento pelo proprietário do imóvel da função social da propriedade imóvel da função social da propriedade urbana.urbana.

IPTU Progressivo IPTU Progressivo no tempono tempo

Alíquota máxima de 15% sem prejuízo da Alíquota máxima de 15% sem prejuízo da

prerrogativa da desapropriação do imóvelprerrogativa da desapropriação do imóvel

Depende de disposição no PDDepende de disposição no PD

Majoração anual até duas vezes o valor Majoração anual até duas vezes o valor

do exercício anteriordo exercício anterior

Vedado isenções e anistiasVedado isenções e anistias

IPTU Progressivo IPTU Progressivo no tempono tempo

Decorridos o prazo de cinco anosDecorridos o prazo de cinco anosPagamento com títulos da dívida pública Pagamento com títulos da dívida pública

resgatáveis em até 10 anos em resgatáveis em até 10 anos em prestações iguais e sucessivasprestações iguais e sucessivas

Valor real da indenização e os juros legais Valor real da indenização e os juros legais de 6% a.a.de 6% a.a.

Desapropriação Desapropriação com pagamento com pagamento

em Títulosem Títulos

Possuidor de área urbana de até 250 MPossuidor de área urbana de até 250 M²²

Possuidor durante cinco anos sem Possuidor durante cinco anos sem oposiçãooposição

Utilização para moradia (homem ou Utilização para moradia (homem ou mulher)mulher)

Não poderá ser proprietário de outro Não poderá ser proprietário de outro imóvel urbano ou ruralimóvel urbano ou rural

Da Usucapião Da Usucapião Especial de imóvel Especial de imóvel

UrbanoUrbano

Possuidor de área urbana com mais até 250 Possuidor de área urbana com mais até 250 MM² ocupadas por população de baixa ² ocupadas por população de baixa

rendarendaUsucapião especial coletivaUsucapião especial coletivaAtribuição de fração idealAtribuição de fração idealCondomínio indivisível, não sendo Condomínio indivisível, não sendo

passível a extinçãopassível a extinçãoObedece a constituição de condomínio Obedece a constituição de condomínio

especialespecial

Da Usucapião Da Usucapião Especial de imóvel Especial de imóvel

UrbanoUrbano

“ “O direito de superfície é o direito real autônomo, O direito de superfície é o direito real autônomo, temporário ou perpétuo, de fazer e manter temporário ou perpétuo, de fazer e manter construção ou plantação sobre ou sob solo construção ou plantação sobre ou sob solo alheio; é a propriedade – separada do solo - alheio; é a propriedade – separada do solo - dessa construção ou plantação, bem como é a dessa construção ou plantação, bem como é a propriedade decorrente da aquisição feita ao propriedade decorrente da aquisição feita ao dono do solo de construção ou plantação nele já dono do solo de construção ou plantação nele já existente.”existente.”

(LIRA, 1997)(LIRA, 1997)

Do Direito de Do Direito de SuperfícieSuperfície

“ “Ao contrário da transferência de parcela Ao contrário da transferência de parcela do direito de construir, que se do direito de construir, que se depreenderia do direito de propriedade depreenderia do direito de propriedade por imposições urbanística o direito de por imposições urbanística o direito de superfície apresenta-se como forma de superfície apresenta-se como forma de uso e gozo do solo de propriedade alheia, uso e gozo do solo de propriedade alheia, implementada sempre por acordo de implementada sempre por acordo de vontades.”vontades.”

(FERNANDES, 1998)(FERNANDES, 1998)

Do Direito de Do Direito de SuperfícieSuperfície

Direito real sobre o solo, subsolo e espaço Direito real sobre o solo, subsolo e espaço aéreoaéreo

Poderá ser gratuita ou onerosaPoderá ser gratuita ou onerosaTransferência a terceiros (terreno ou Transferência a terceiros (terreno ou

concessão)concessão)Extinção (termo ou descumprimento das Extinção (termo ou descumprimento das

obrigações contratuais)obrigações contratuais)Recuperação do pleno domínio Recuperação do pleno domínio

(averbação)(averbação)

Do Direito de Do Direito de SuperfícieSuperfície

“ “Pelo direito de preempção (ou preferência) o Pelo direito de preempção (ou preferência) o Município, em determinadas áreas definidas nos Município, em determinadas áreas definidas nos planos urbanísticos, atribui-se a opção planos urbanísticos, atribui-se a opção preferencial para a aquisição de todos os preferencial para a aquisição de todos os imóveis postos em mercado, de forma ao imóveis postos em mercado, de forma ao estabelecimento de uma reserva de terrenos estabelecimento de uma reserva de terrenos públicos que lhe propicie maior poder de públicos que lhe propicie maior poder de interferência no espaço urbano, sem precisar interferência no espaço urbano, sem precisar recorrer a expedientes mais morosos e recorrer a expedientes mais morosos e burocráticos, como a desapropriação.” burocráticos, como a desapropriação.”

(FERNANDES, 1998)(FERNANDES, 1998)

Do Direito de Do Direito de PreempçãoPreempção

Estar delimitado no PDEstar delimitado no PD

Prazo máximo de cinco anos (renovável)Prazo máximo de cinco anos (renovável)

Casos elencados no artigo 26Casos elencados no artigo 26

Do Direito de Do Direito de PreempçãoPreempção

OperacionalizaçãoOperacionalizaçãoNotificação com a intenção de alienar o Notificação com a intenção de alienar o

imóvelimóvelEdital de notificação recebida (município)Edital de notificação recebida (município)Transcorrido o prazo sem manifestação o Transcorrido o prazo sem manifestação o

proprietário fica autorizado a realizar a proprietário fica autorizado a realizar a alienação pelo valor da proposta sob pena alienação pelo valor da proposta sob pena de nulidade de pleno direitode nulidade de pleno direito

Do Direito de Do Direito de PreempçãoPreempção

“ “Urbanisticamente, a idéia do solo criado Urbanisticamente, a idéia do solo criado pressupõe a adoção de um coeficiente pressupõe a adoção de um coeficiente único de aproveitamento do solo em único de aproveitamento do solo em determinada municipalidade.”determinada municipalidade.”

“ “(...)solo criado é o excesso de construção (...)solo criado é o excesso de construção (piso utilizável) superior ao limite (piso utilizável) superior ao limite estabelecido pela aplicação do coeficiente estabelecido pela aplicação do coeficiente único de aproveitamento.”único de aproveitamento.”

(LIRA, 1997)(LIRA, 1997)

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

A outorga onerosa assume a versão A outorga onerosa assume a versão

financeira do solo criado (solução financeira do solo criado (solução

francesa) na qual o usuário do solo francesa) na qual o usuário do solo

artificial compensa a coletividade pelo plus artificial compensa a coletividade pelo plus

que consentidamente pratica vertendo à que consentidamente pratica vertendo à

municipalidade uma certa importância em municipalidade uma certa importância em

dinheiro.dinheiro.

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

“ “A taxa de ocupação refere-se a área do A taxa de ocupação refere-se a área do terreno que poderá ser utilizada para a terreno que poderá ser utilizada para a construção.”construção.”

“ “Coeficiente de aproveitamento é a Coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área do lote e o total da relação entre a área do lote e o total da construção.”construção.”

(FERNANDES, 1998)(FERNANDES, 1998)

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

Exemplo:Exemplo:Construção com a taxa de ocupação de Construção com a taxa de ocupação de

0,3 poderá ocupar 30% da projeção 0,3 poderá ocupar 30% da projeção horizontal do terreno (não ultrapassa de 1)horizontal do terreno (não ultrapassa de 1)

Área de 1000 MÁrea de 1000 M² com ² com Coeficiente de 2 Coeficiente de 2 poderá receber construção de 2000 Mpoderá receber construção de 2000 M² ²

A primeira indica o espaço que a A primeira indica o espaço que a edificação ocupa no terreno e o segundo, edificação ocupa no terreno e o segundo, a sua densidade.a sua densidade.

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

PD estabelece áreas onde o CA poderá PD estabelece áreas onde o CA poderá ser exercido acima do básico adotadoser exercido acima do básico adotado

Pode adotar CA único para toda a zona Pode adotar CA único para toda a zona urbanaurbana

Estabelece limites máximos (Infra-estrutua Estabelece limites máximos (Infra-estrutua existente X densidade esperada para a existente X densidade esperada para a área)área)

Operacionalização por Lei municipal Operacionalização por Lei municipal específicaespecífica

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

Destinação dos Recursos

“ “Os recursos arrecadados com a outorga Os recursos arrecadados com a outorga onerosa do direito de construir, bem como com onerosa do direito de construir, bem como com a alteração de uso do solo, serão destinados à a alteração de uso do solo, serão destinados à consecução das finalidades previstas nos consecução das finalidades previstas nos incisos I a X do art. 26, isto é, no atingimento incisos I a X do art. 26, isto é, no atingimento daquelas finalidades, que legitimam a instituição daquelas finalidades, que legitimam a instituição da preempção a favor do Poder Público da preempção a favor do Poder Público municipal.”municipal.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

Da Outorga Da Outorga OnerosaOnerosa

“ “um conjunto de intervenções coordenadas pelo um conjunto de intervenções coordenadas pelo Poder Público, com participação da sociedade Poder Público, com participação da sociedade civil, e que tem como objetivo alcançar civil, e que tem como objetivo alcançar transformações urbanísticas estruturais, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, melhorias sociais e a valorização ambiental, notadamente ampliando os espaços públicos, notadamente ampliando os espaços públicos, organizando o transporte coletivo, implantando organizando o transporte coletivo, implantando programas habitacionais de interesse social e programas habitacionais de interesse social e de melhorias de infra-estrutura e sistema viário, de melhorias de infra-estrutura e sistema viário, num determinado perímetro.”num determinado perímetro.”

(Lei 10.257)(Lei 10.257)

Das Operações Das Operações Urbanas Urbanas

ConsorciadasConsorciadas

Fonte dos recursos: Certificados de Potencial Fonte dos recursos: Certificados de Potencial Adicional de Construção CEPAC Adicional de Construção CEPAC

Possibilita ao incorporador construir acima do Possibilita ao incorporador construir acima do permitido pela Lei de Zoneamentopermitido pela Lei de Zoneamento

Podem ser alienados em leilão, ou utilizados Podem ser alienados em leilão, ou utilizados diretamente para pagamento das obras da diretamente para pagamento das obras da operação,desapropriações e aquisições de operação,desapropriações e aquisições de terrenos para Habitação de Interesse Socialterrenos para Habitação de Interesse Social

Podem livremente negociados, masPodem livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir somente na conversíveis em direito de construir somente na

área da operação urbana.área da operação urbana.

Das Operações Das Operações Urbanas Urbanas

ConsorciadasConsorciadas

Existentes:(Águas Espraiadas, Faria Lima, Existentes:(Águas Espraiadas, Faria Lima, Água Branca e Centro)Água Branca e Centro)

Previstas: Diagonal Sul, Diagonal Previstas: Diagonal Sul, Diagonal Norte,Carandiru-Vila Maria, Rio Verde-Norte,Carandiru-Vila Maria, Rio Verde-Jacú, Vila Leopoldina, Vila Sônia - Celso Jacú, Vila Leopoldina, Vila Sônia - Celso Garcia e Santo Amaro Tiquatira)Garcia e Santo Amaro Tiquatira)

Das Operações Das Operações Urbanas Urbanas

ConsorciadasConsorciadas

Águas Espraiadas: área de 14.134.000 Águas Espraiadas: área de 14.134.000 MM²², onde estão previstos custos de R$ , onde estão previstos custos de R$ 1,1 bi, ou o equivalente a 3.750.000 1,1 bi, ou o equivalente a 3.750.000 CEPAC´s de R$ 300,00 (preço mínimo CEPAC´s de R$ 300,00 (preço mínimo deste papel)deste papel)

Destino recursos: R$ 350 milhões -favelas Destino recursos: R$ 350 milhões -favelas e R$ 750 milhões desapropriações e e R$ 750 milhões desapropriações e obras de melhoria e infra-estrutura.obras de melhoria e infra-estrutura.

Das Operações Das Operações Urbanas Urbanas

ConsorciadasConsorciadas

OperacionalizaçãoOperacionalizaçãoDefinição de áreaDefinição de áreaPrograma de ocupaçãoPrograma de ocupaçãoEIVEIVContrapartidaContrapartidaDestinação dos recursosDestinação dos recursosControle dos CertificadosControle dos Certificados

Das Operações Das Operações Urbanas Urbanas

ConsorciadasConsorciadas

“ “Aqui, o dispositivo, ao contrário do que Aqui, o dispositivo, ao contrário do que ocorre na operação urbana consorciada, ocorre na operação urbana consorciada, permite transferir o potencial construtivo permite transferir o potencial construtivo de um imóvel, situado em determinado de um imóvel, situado em determinado local, para outro imóvel, situado em outra local, para outro imóvel, situado em outra localidade.”localidade.”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

Da Transferência Da Transferência do Direito de do Direito de

ConstruirConstruir

OperacionalizaçãoOperacionalização

Situações específicas previstas nos Situações específicas previstas nos incisos I a III do artigo 35.incisos I a III do artigo 35.

Imóveis com potencial construtivo Imóveis com potencial construtivo congelado ou doadocongelado ou doado

Da Transferência Da Transferência do Direito de do Direito de

ConstruirConstruir

"se é certo que o destino urbanístico e a função "se é certo que o destino urbanístico e a função social delimitam o direito de propriedade, menos social delimitam o direito de propriedade, menos certo não será que lhes acrescenta outros certo não será que lhes acrescenta outros valores e outras vantagens em favor do valores e outras vantagens em favor do proprietário, especialmente numa sociedade proprietário, especialmente numa sociedade capitalista, em que os detentores do solo capitalista, em que os detentores do solo perseguem a máxima privatização da cidade, perseguem a máxima privatização da cidade, não só da propriedade imobiliária mas também não só da propriedade imobiliária mas também das mais-valias que sua atividade gera.“das mais-valias que sua atividade gera.“

(SILVA, 1997) (SILVA, 1997)

EIVEIV

EIVEIV

Elementos analisadosElementos analisadosAdensamento populacional, equipamentos Adensamento populacional, equipamentos

urbanos e comunitários, uso e ocupação urbanos e comunitários, uso e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte de tráfego e demanda por transporte público, ventilação e iluminação, público, ventilação e iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. cultural.

Metodologia aplicada?Metodologia aplicada?

Equação ônus e benefíciosEquação ônus e benefícios

Não confundir com impacto ambientalNão confundir com impacto ambiental

Efeitos positivos e negativosEfeitos positivos e negativos

EIVEIV

A função social da propriedade deve ser A função social da propriedade deve ser tratada por região (não é estática ou tratada por região (não é estática ou homogênea)homogênea)

Plano estratégico básico da política de Plano estratégico básico da política de desenvolvimento e expansão urbanadesenvolvimento e expansão urbana

Princípios da participação popular e da Princípios da participação popular e da transparênciatransparência

Princípio da contigüidadePrincípio da contigüidadeNorteador de diretrizes e prioridadesNorteador de diretrizes e prioridades

Plano DiretorPlano Diretor

Revisão a cada 10 anosRevisão a cada 10 anos

Municípios acima de 20 mil habitantes ou Municípios acima de 20 mil habitantes ou

outros com características especiaisoutros com características especiais

Delimitação das áreas urbanosDelimitação das áreas urbanos

Regulamenta artigos do Estatuto da Regulamenta artigos do Estatuto da

cidadecidade

Plano DiretorPlano Diretor

Prescreve a cooperação das associações Prescreve a cooperação das associações representativas no planejamento representativas no planejamento municipalmunicipal

Instrumentos: colegiado, debates, Instrumentos: colegiado, debates, audiências, consultas públicas, audiências, consultas públicas, conferências, iniciativa popular de projeto conferências, iniciativa popular de projeto de lei, planos e programasde lei, planos e programas

Gestão Gestão Democrática da Democrática da

CidadeCidade

Prescreve a cooperação das associações Prescreve a cooperação das associações representativas no planejamento representativas no planejamento municipalmunicipal

Instrumentos: colegiado, debates, Instrumentos: colegiado, debates, audiências, consultas públicas, audiências, consultas públicas, conferências, iniciativa popular de projeto conferências, iniciativa popular de projeto de lei, planos e programasde lei, planos e programas

Gestão Gestão Democrática da Democrática da

CidadeCidade

Urbanização de áreas ocupadas por Urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda (2-XIV)população de baixa renda (2-XIV)

Quando o Poder Público necessitar de Quando o Poder Público necessitar de áreas para regularização fundiária (26-I)áreas para regularização fundiária (26-I)

Quando a lei especial autoriza o Quando a lei especial autoriza o proprietário a transferir o direito de proprietário a transferir o direito de construir se o imóvel servir para construir se o imóvel servir para programas de regularização fundiária (35-programas de regularização fundiária (35-III)III)

Regularização Regularização FundiáriaFundiária

InstrumentosInstrumentosContratação coletiva da concessão de Contratação coletiva da concessão de

direito real de uso de imóveis públicos (4 direito real de uso de imóveis públicos (4 §2)§2)

Usucapião especial de imóvel urbano (9)Usucapião especial de imóvel urbano (9)Usucapião coletivo (10)Usucapião coletivo (10)Direito de superfície (21)Direito de superfície (21)

Regularização Regularização FundiáriaFundiária

Consórcio ImobiliárioConsórcio ImobiliárioRecai sobre o proprietário de imóvel que Recai sobre o proprietário de imóvel que

foi atingido pela obrigatoriedade de foi atingido pela obrigatoriedade de parcelarparcelar

Transfere o imóvel ao Poder Público e Transfere o imóvel ao Poder Público e posteriormente recebe unidades posteriormente recebe unidades urbanizadas ou edificadas como urbanizadas ou edificadas como pagamentopagamento

Disposições Disposições GeraisGerais

“ “O valor dessas unidades corresponderá O valor dessas unidades corresponderá ao valor do imóvel transferido antes da ao valor do imóvel transferido antes da execução das obras, isto é, não haverá execução das obras, isto é, não haverá incorporação da mais valia decorrente da incorporação da mais valia decorrente da obra pública(§ 2º).”obra pública(§ 2º).”

(HARADA, 2004)(HARADA, 2004)

Disposições Disposições GeraisGerais

Disponibiliza ferramentas para a Disponibiliza ferramentas para a

implementação da política urbanaimplementação da política urbana

Impõe expressivos deveres ao MunícipioImpõe expressivos deveres ao Munícipio

Assegura direitos e deveres de cidadania Assegura direitos e deveres de cidadania

à sociedade civil organizadaà sociedade civil organizada

Impactos na Impactos na Gestão MunicipalGestão Municipal

Impactos na Impactos na Gestão MunicipalGestão Municipal

Editar e revisar o PD a cada 10 anosEditar e revisar o PD a cada 10 anos

Propor aprofundamento nos estudos Propor aprofundamento nos estudos

necessários à edição do PDnecessários à edição do PD

Propor leis específicas para o manejo de Propor leis específicas para o manejo de

determinados instrumentos da política urbanadeterminados instrumentos da política urbana

Priorizar o atendimento às normas já aplicáveis Priorizar o atendimento às normas já aplicáveis

como: a usucapião, direito de superfície, como: a usucapião, direito de superfície,

concessão de uso especial para fins de moradiaconcessão de uso especial para fins de moradia

Participação efetiva nos processos de Participação efetiva nos processos de aprovação da PPA, LDO e LOA, bem aprovação da PPA, LDO e LOA, bem como na elaboração do PDcomo na elaboração do PD

Possibilita acesso aos documentos Possibilita acesso aos documentos produzidos na elaboração do PD e EIVproduzidos na elaboração do PD e EIV

Participação nos processos de Participação nos processos de implantação de empreendimentos e implantação de empreendimentos e atividades que afetem o meio ambiente ou atividades que afetem o meio ambiente ou conforto da populaçãoconforto da população

Impactos na Impactos na SociedadeSociedade

Pode:Pode:

Investir nas operações consorciadasInvestir nas operações consorciadas Participar do controle dessas operaçõesParticipar do controle dessas operações Participar dos organismos gestoresParticipar dos organismos gestores Obter benefícios com o uso do solo criado, Obter benefícios com o uso do solo criado,

direito de superfície e direito de construir, etc.direito de superfície e direito de construir, etc.

Impactos na Impactos na SociedadeSociedade

Contesta a utilização compulsória por Contesta a utilização compulsória por confundir o investidor com o especuladorconfundir o investidor com o especulador

Contesta a preempção por entender como Contesta a preempção por entender como uma desapropriação camufladauma desapropriação camuflada

EIV interfere na aprovação de EIV interfere na aprovação de empreendimentos imobiliáriosempreendimentos imobiliários

Não definiu claramente as questões do Não definiu claramente as questões do parcelamento do solo urbanoparcelamento do solo urbano

Impactos no Impactos no Mercado Mercado

ImobiliárioImobiliário

BibliografiaBibliografia Brasil, Constituição. Brasil, Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 textoConstituição da República Federativa do Brasil: 1988 texto

constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações das emendasconstitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações das emendas

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Janeiro: IBAM/DUMA, 2001.Janeiro: IBAM/DUMA, 2001.

ConsultasConsultas Artigo: Artigo: ESTATUTO DA CIDADE INSTRUMENTO PARA AS CIDADES QUE ESTATUTO DA CIDADE INSTRUMENTO PARA AS CIDADES QUE

SONHAM CRESCER COM JUSTIÇA E BELEZASONHAM CRESCER COM JUSTIÇA E BELEZA Raquel Rolnik - Raquel Rolnik - Artigo:Artigo: ESTATUTO DA CIDADE INSTRUMENTO DE REFORMA URBANA- Nelson ESTATUTO DA CIDADE INSTRUMENTO DE REFORMA URBANA- Nelson

Saule JúniorSaule Júnior

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Rodrigo Pagani de Souza - Sociedade Brasileira de Direito Público – Rodrigo Pagani de Souza - Sociedade Brasileira de Direito Público – Estatuto da Estatuto da Cidades Cidades http://www.inova.unicamp.br/inovanosmunicipios/aprepdf/pal1/Rodrigohttp://www.inova.unicamp.br/inovanosmunicipios/aprepdf/pal1/Rodrigo%20Pagani.pdf%20Pagani.pdf

Ermínia Maricato, 2002 – Estatuto da Cidade - Ermínia Maricato, 2002 – Estatuto da Cidade - http://www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid18.htmhttp://www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid18.htm

Inacio Arruda. Estatuto da Cidade: E Agora?Inacio Arruda. Estatuto da Cidade: E Agora?

BibliografiaBibliografia