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Direito Processual Penal - Professor Sandro Caldeira Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito processual penal e disposições preliminares.

Direito Processual Penal - Professor Sandro Caldeira · O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: IV - os processos da competência

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Direito Processual Penal - Professor Sandro Caldeira • Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito

processual penal e disposições preliminares.

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1) Princípio do devido processo legal Art. 5º CRFB/88 LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus

bens sem o devido processo legal;

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2) Princípio do juiz natural Art. 5º CRFB/88 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão

pela autoridade competente;

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• Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito processual penal

3) Da presunção de inocência (ou da não culpabilidade)

Artigo 5º LVII CRFB/88- ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

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• Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito processual penal

3) Da presunção de inocência (ou da não culpabilidade)

• Da regra probatória (in dubio pro reo) • Da regra de tratamento

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• Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito processual penal

Constituição da

República Código de Processo Penal

Artigo 5º LVII — Ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. LXI — Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

Artigo 283 Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva

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• Disposições Constitucionais aplicáveis ao direito processual penal

STF admite execução da pena após condenação em segunda instância Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP)* não impede o início da execução da pena após condenação em segunda instância e indeferiu liminares pleiteadas nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44.

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O Partido Nacional Ecológico (PEN) e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autores das ações, pediam a concessão da medida cautelar para suspender a execução antecipada da pena de todos os acórdãos prolatados em segunda instância. Alegaram que o julgamento do Habeas Corpus (HC) 126292, em fevereiro deste ano, no qual o STF entendeu possível a execução provisória da pena, vem gerando grande controvérsia jurisprudencial acerca do princípio constitucional da presunção de inocência, porque, mesmo sem força vinculante, tribunais de todo o país “passaram a adotar idêntico posicionamento, produzindo uma série de decisões que, deliberadamente, ignoram o disposto no artigo 283 do CPP”. O caso começou a ser analisado pelo Plenário em 1º de setembro, quando o relator das duas ações, ministro Marco Aurélio, votou no sentido da constitucionalidade do artigo 283, concedendo a cautelar pleiteada. Contudo, com a retomada do julgamento na sessão desta quarta-feira (5/10/2016), prevaleceu o entendimento de que a norma não veda o início do cumprimento da pena após esgotadas as instâncias ordinárias.

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Primeiro a votar na sessão, o ministro Edson Fachin abriu divergência em relação ao relator e votou pelo indeferimento da medida cautelar, dando ao artigo 283 do CPP interpretação conforme a Constituição que afaste aquela segundo a qual a norma impediria o início da execução da pena quando esgotadas as instâncias ordinárias. Ele defendeu que o início da execução criminal é coerente com a Constituição Federal quando houver condenação confirmada em segundo grau, salvo quando for conferido efeito suspensivo a eventual recurso a cortes superiores. ADC nº43 05/10/2016

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4) Princípio do Contraditório e Ampla Defesa Artigo 5º, LV CRFB/88 - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; • Contraditório: • Ampla Defesa: a) Defesa técnica (processual ou específica) Art. 261.CPP Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Súmula 708 do STF: “é nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro b) Auto Defesa

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• Ampla Defesa:

a) Defesa técnica (processual ou específica) Art. 261.CPP Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Súmula 708 do STF: “é nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro Características da defesa técnica: a) é necessária – patrocinada por advogado habilitado b) indeclinável – não admite renúncia c) plena – deve ser manifestada durante todo o curso do

procedimento d) Efetiva – o advogado deve ter postura ativa frente aos fatos

imputados e não meramente contemplativa.

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• Ampla Defesa:

b) Auto Defesa É renunciável?

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5) Princípio da Publicidade Artigo 5º,CRFB/88 LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando

a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem Artigo 93, CRFB/88 IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e

fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

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6) Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos Artigo 5º Constituição Federal. “LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;” Art. 157 CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Aplicação da Lei processual no Espaço

Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); III - os processos da competência da Justiça Militar; IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: Regra geral: Aplicação do princípio da Territorialidade da Lei processual penal brasileira O crime deve ser processado e julgado por autoridades brasileiras, aplicando-se o CPP, quando o crime for cometido em território nacional

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: Exceções à territorialidade I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; Mesmo que o ato seja praticado no Brasil, haverá de ser respeitada o regramento processual internacional a que o País haja anuído. EX: A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto 56.435/65, traz uma série de imunidades penais aos integrantes da carreira diplomática que cometem delitos penais enquanto em serviço de seu país de origem. Ainda que a legislação processual penal brasileira lhes seja mais benéfica, esta é inaplicável por força do tratado.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); Nesses casos a conduta será processada e julgada perante o Poder Legislativo. O regimento interno da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que disciplinarão a forma de processar e julgar tais condutas.( Artigo 52, I e II da CRFB/88.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: III - os processos da competência da Justiça Militar;

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Lei Processual no tempo

Uma norma processual pode ser alterada ou mesmo excluída. E no tocante ao tempo, como será a aplicação da nova norma processual? •Início da vigência - se a própria lei processual não trouxer qualquer regulamentação, aplica-se a regra geral prevista no art. 1º da “Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro” (Decreto-Lei no 4.657/1942 – ex-LICC, Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro; alteração de nomenclatura pela L. 12.376/10): vigência após 45 dias.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Lei Processual no tempo

Art. 2º CPP A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Princípio da aplicação imediata das normas processuais, sem efeito retroativo. Desse princípio, derivam 2 efeitos: 1. As normas processuais têm aplicação imediata, regulado o desenrolar

restante do processo, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF; CPP, art. 2º).

2. Os atos realizados sob a vigência da lei anterior são considerados válidos.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES OBS: Ressalva, que diz respeito às normas mistas, ou seja, de caráter processual e material, conjuntamente -. Se a norma contiver disposições de ordem material e processual, deve prevalecer a norma de caráter material, aplicando-se o art. 2º e parágrafo único do CP: se beneficiar o acusado, retroage. Se não beneficiar, não retroage. Ex: Renúncia, perdão.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º CPP A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. •Interpretação extensiva: EX:quando se cuida das causas de suspeição do juiz (art. 254, CPP), deve-se incluir também o jurado, que não deixa de ser um magistrado, embora leigo. Onde se menciona no Código de Processo Penal a palavra réu, para o fim de obter liberdade provisória, é natural incluir-se indiciado.

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º CPP A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. •aplicação analógica EX: Art. 254 CPP O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

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DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º CPP A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. •Analogia: A 6ª. Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial nº. 1.420.960, decidiu que as lacunas da lei podem ser preenchidas pela interpretação extensiva ou aplicação analógica de outras normas especiais.

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Para tanto, aplicou-se o disposto no art. 3º. do Código de Processo Penal, rejeitando o recurso de um empresário que queria a devolução de um avião monomotor apreendido por ordem judicial durante as investigações feitas pela Polícia Federal em 2008. A aeronave está sendo utilizada pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais. A defesa sustentou nas razões recursais que a utilização do avião apreendido por órgão do poder público é ilegal, uma vez que não se admite a aplicação analógica da permissão concedida pela Lei de Drogas (Lei nº. 11.343/2006). O relator, Ministro Sebastião Reis Júnior, afastou a ilegalidade do uso da aeronave por um órgão público, aplicando o art. 61 da Lei de Drogas, que prevê o uso de bens apreendidos quando houver interesse público, apontando que o próprio Código de Processo Penal autoriza essa analogia, e citando um precedente do próprio Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Inquérito nº. 603. Ainda segundo o Ministro, para o uso da analogia não importa a natureza da situação concreta nem a natureza da lei de onde se extrai a norma, ressaltando a preocupação em se evitar que o bem se deteriore no decorrer do processo judicial. Para ele, “observada, de um lado, a inexistência de norma condizente no Código de Processo Penal para a utilização de bens apreendidos por órgãos públicos e verificada, de outro lado, a existência de norma nesse sentido no ordenamento jurídico, é possível o preenchimento da lacuna por meio da analogia, sobretudo se presente o interesse público em evitar a deterioração do bem.” (Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ).

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Lei Processual penal em relação à pessoas

•Das Imunidades Diplomáticas: a) agentes diplomáticos (embaixador, secretários da embaixada, pessoal técnico das representações); b) componentes da família dos agentes diplomáticos; c) funcionários das organizações internacionais (ONU e OEA etc) e; d) chefe de estado que visita o Brasil.

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Lei Processual penal em relação à pessoas

•Das Imunidades Parlamentares

a)material, também chamada de penal ou absoluta (CF, art. 53, caput), Art. 53 CRFB/88 . Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. b) processual ou formal A imunidade processual subdivide-se em: garantia contra a instauração de processo (CF, art. 53, §§ 3º, 4º e 5º); Art. 53 CRFB/88 § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato

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Lei Processual penal em relação à pessoas

•Das Imunidades Parlamentares a)material, também chamada de penal ou absoluta (CF, art. 53, caput), b) processual ou formal A imunidade processual subdivide-se em: direito de não ser preso, salvo em caso de flagrante por crime

inafiançável (CF, art. 53, § 2º); Artigo 153 CRFB/88 § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional

não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

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Lei Processual penal em relação à pessoas

•Das Imunidades Parlamentares a)material, também chamada de penal ou absoluta (CF, art. 53, caput), b) processual ou formal A imunidade processual subdivide-se em: direito ao foro privilegiado (competência originária do STF para

processar deputados e senadores (CF, art. 53, § 1º); Artigo 153 CRFB/88 § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão

submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

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Lei Processual penal em relação à pessoas

•Das Imunidades Parlamentares a)material, também chamada de penal ou absoluta (CF, art. 53, caput), b) processual ou formal A imunidade processual subdivide-se em: imunidade para servir como testemunha (CF, art. 53, § 6º) Artigo 153 CRFB/88 § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a

testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.