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Diretor-Presidente - DPRicardo Medeiros

Diretor de Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação de Empreendimentos - DEClaudio Guilherme Branco da Motta

Diretor de Gestão de Novos Negócios e de Participações - DNClaudio Danúsio de Almeida Semprine

Diretor de Operação e Manutenção - DODjair Roberto Fernandes

Diretor de Administração - DAJulio Cesar Jorge Andrade

Diretor Financeiro - DFJenner Guimarães do Rêgo

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CARTA AOS LEITORES

FURNAS, 60 anos. Nestas datas redon-das, em que costumamos passar a limpo certos aspectos de nossas vidas, torna-se mais difícil evitar que o afeto

traia o distanciamento necessário à reflexão sobre o contexto histórico, a trajetória e o legado de uma instituição. Portanto, peço li-cença para que a memória conduza este texto.

Como engenheiro recém-formado, vivenciei entre as décadas de 1970 e 1980 o sonho do Brasil Grande. Sonho que passava por empre-sas que, a exemplo de FURNAS, capitalizavam talentos e recursos para o desenvolvimento da infraestrutura do país.

Participei da construção da Usina de Itum-biara, gerenciei a hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, o extinto Departamento de Pro-dução Estreito (responsável pelas usinas Mascarenhas de Moraes e Luiz Carlos Barreto de Carvalho), o Centro Técnico de Ensaios e Medições (hoje, Gerência de Centro Técnico de Ensaios e Suporte à Manutenção), além de ocupar transitoriamente outros cargos de gestor na empresa. Tornei-me superinten-dente de Engenharia de Manutenção e, mais tarde, diretor de Operação e Manutenção. Desde agosto de 2016, exerço o cargo de diretor-presidente.

Em todas essas posições, sempre percebi como decisivos para o sucesso de FURNAS a capacitação profissional, o comprometi-mento e a motivação de seus colaboradores e colaboradoras.

Há 60 anos, formamos uma grande família. Um grupo coeso que trabalha por todas as famí-lias brasileiras, produzindo e transmitindo gran-de parte da energia que ilumina os lares, move o setor produtivo, gera empregos e riquezas no enfrentamento das desigualdades.

E que tem a responsabilidade de viabilizar, com sua experiência técnica e gerencial, a expansão de FURNAS e do setor elétrico brasileiro. Expansão esta que deve andar de mãos dadas com a eficiência operacional, a sustentabilidade econômica, a ética, o res-peito ao meio ambiente e às comunidades do entorno de nossos empreendimentos.

Por tudo isso, é com muito orgulho e esperança que apresento esta edição especial da Revista Furnas, comemorativa dos 60 da empresa.

Ricardo MedeirosDiretor-Presidente de FURNAS

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EDITORIAL60 anos de novos horizontes para o Brasil

SUMÁRIO

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08PIONEIRISMOS E

RECONHECIMENTOS• Seis décadas de conquistas

• Premiações/ Certificações

GESTÃO EFICIENTEReferência no setor

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICOExperiência e inovação

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EDICÃO COMEMORATIVARevista Furnas | Fevereiro 2017

MEIO AMBIENTEFoco na

preservação

RESPONSABILIDADE SOCIOCULTURALVitória da cidadania

PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO

De olho no futuro

NOSSA GENTEEquipe Furnas

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Presidente Juscelino Kubitschek visita canteiro de obras da Usina de Furnas (MG)

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Desde aquele emblemático 28 de fevereiro de 1957, quando o presidente Juscelino

Kubitschek assinou o decreto de criação de FURNAS, até os dias de hoje, as histórias do país e da empresa se entrelaçam, deflagrando os processos de industrialização, urbanização e modernização da sociedade brasileira.

Uma trajetória a reafirmar o aforismo do setor elétrico de que “aonde chega a energia, chega o progresso”. Com a construção da primeira usina de grande porte do Brasil na época, a Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais, eliminou-se o gargalo de abastecimento energético aos principais centros socioeconômicos: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A iniciativa propiciou o salto de um país eminentemente rural para uma nação com novos horizontes de crescimento e integração.

Nesta edição especial da Revista Furnas, sem a pretensão de abranger toda uma saga de várias gerações de colaboradores, procuramos traçar um panorama dos pioneirismos, desafios, conquistas, evolução tecnológica, ações socioculturais e ambientais representativos dessas seis décadas.

EDITORIAL

60 ANOS DE NOVOS HORIZONTES PARA O BRASIL

Do sonho de JK, ergueu-se a empresa que hoje orgulha todos os brasileiros, pujante, dinâmica, presente em 15 estados e no Distrito Federal, uma região que concentra 63% dos domicílios e 81% do PIB nacionais. Entre empreendimentos próprios e em parceria, FURNAS conta com 20 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, três parques eólicos, 70 subestações e 25,5 mil km de linhas de transmissão. Mais de 40% da energia consumida no Brasil passa pelo Sistema Furnas.

Com esta publicação, esperamos levar aos leitores uma visão do muito que vem sendo realizado por FURNAS e sua força de trabalho nesses 60 anos, em áreas como inovação, pesquisa e desenvolvimento, gestão corporativa, construção, operação, manutenção e promoção da cidadania, além das perspectivas que se apresentam.

A excelência dos serviços prestados e a contínua atualização de seus profissionais sustentam a posição de FURNAS em um patamar de reconhecimento internacional e referência no setor elétrico brasileiro. Que venham mais 60, 80, 100 anos...

Boa leitura!O Editor

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PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

SEIS DÉCADAS DE CONQUISTAS

Competência e ousadia tornam a empresa paradigma do setor elétrico brasileiro

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Por Magda Nunes Rocha

Empreendedorismo e vocação p a r a su p e r a r d e s a f i o s . E s -sas são as marcas registra-das de FURNAS, empresa cria-

da há 60 anos pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Propósito: superar a grave crise energética que ameaçava Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Para afastar o fantasma do desabastecimento desses três principais centros socioeco-nômicos do Brasil, a empresa, munida dos melhores engenheiros recrutados aqui e no exterior, deu início, em julho de 1958, às obras da primeira usina de grande por-te da época, a Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais.

O local escolhido, o rio Grande, foi es-tratégico por estar a 500 km do Rio de Janeiro, 400 km de São Paulo e 300 km de Belo Horizonte. Mão de obra especializa-da e equipamentos importados da Itália, Suécia, Estados Unidos, Suíça, Canadá e

Japão permitiram que, cinco anos depois, em setembro de 1963, entrasse em opera-ção a primeira unidade geradora. A sexta e última turbina, cumprindo o projeto original, começou a produzir energia em 1965. Duas novas máquinas foram ins-taladas na década de 1970, totalizando uma potência de 1.216 MW.

Fábio Carvalho Alves, que atuou nas obras como empregado de uma empreiteira, lembra que na ocasião “estávamos parti-cipando de algo que iria mudar o Brasil”. A afirmação reflete o sentimento de mais de 4 mil homens que trabalharam na construção da então maior usina hidrelétrica do país. E o reconhecimento do trabalho realiza-do por FURNAS nessas seis décadas, sem nunca se intimidar diante dos desafios, vem também do presidente da Eletro-bras, Wilson Ferreira Júnior: “A criação de FURNAS foi fundamental para a expansão do setor elétrico brasileiro”.

A construção da Usina de Furnas (MG) afastou o fantasma da crise energética na região Sudeste

Foto: JR Nonato

A criação de FURNAS foi fundamental para a expansão do setor elétrico brasileiro”.Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras

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GRANDES BLOCOS DE ENERGIA

Entre os empreendimentos construídos e operados por FURNAS, destaca-se o pio-neiro Sistema de Transmissão de Itaipu (PR), integrado por cinco linhas de transmissão que cruzam desde o estado do Paraná até São Paulo. Este sistema possui três linhas em corrente alternada de 750 kV e duas linhas em corrente contínua de ± 600 kV, necessá-rias para contornar as especificidades das frequências utilizadas por Brasil e Paraguai.

Considerada uma das mais importantes interligações entre os subsistemas Sul/Sudeste e vital para o escoamento da energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), a Subestação de Ibiúna, localizada no interior do estado de São Paulo, é responsável pela distribuição desses grandes blocos de energia. Ibiúna recebe a energia gerada pela Hidrelétrica de Itaipu que é transmitida pela Subestação de FURNAS em Foz do Iguaçu (PR) em corrente contínua, para

compatibilizar a frequência nominal das unidades geradoras do lado paraguaio da usina binacional (50 Hz) com a frequência do sistema elétrico brasileiro (60 Hz).

Depois de percorrer mais de 790 km, a energia é transformada em corrente al-ternada de 60 Hz, em Ibiúna, e distribuída para as subestações de Itatiba, Guarulhos, Tijuco Preto, Interlagos (SP) e Bateias (PR). A subestação foi pioneira em FURNAS e na América Latina ao receber, em 1998, a certificação ISO 14001 em reconheci-mento à sua gestão ambiental.

Conforme explica Agnaldo Bitencourt de Melo, gerente de Produção São Roque de FURNAS, “a capacidade de transmissão de energia da subestação representa atual-mente cerca de 10% da carga de energia do SIN”, o que comprova a importância da unidade para o setor elétrico.

Transportar enormes quantidades de energia são desafios que estimulam a competência do corpo técnico da empresa.

PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

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Vista aérea da Subestação de Ibiúna (SP), vital para o escoamento da energia de Itaipu no Sistema Interligado Nacional

O linhão atravessa 82 municípios nos es-tados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, e adiciona, aproximadamente, 6.600 MW ao SIN, em conjunto com o segundo linhão que interliga as mesmas subestações.

As dificuldades enfrentadas durante a obra foram diversas, conforme conta o ge-rente de Construção de FURNAS, Marcelo Carneiro Rennó. “Posso citar, entre tantos obstáculos, a transposição das regiões alagadas do Vale do Guaporé, o acesso pela floresta aos locais para implantação das fundações, o transporte e a monta-gem das torres, além da necessidade do alteamento das estruturas”.

O linhão do Madeira é mais um exemplo. Um dos principais projetos de transmissão do leilão realizado pela Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel) em 26 de novembro de 2008, a linha Porto Velho (RO)/Araraquara (SP) é o maior empreen-dimento de transmissão em corrente contínua do mundo, com 2.375 km de extensão, ligando a Subestação Coletora Porto Velho à Subestação Araraquara 2.

FURNAS, que detém 24,5% do empreen-dimento, participa juntamente com a Cteep (51%) e Chesf (24,5%) do consócio IE Madeira. O grupo arrematou também duas subestações, compostas pela Esta-ção Retificadora de Corrente Alternada em 500 kV para Corrente Contínua em ±600 kV, com capacidade de 3.150 MW, localizada na Subestação Coletora Por-to Velho (RO); e pela Estação Inversora de Corrente Contínua em ±600 kV para Corrente Alternada em 500 kV com 2.950 MW de capacidade, situada na Subestação Araraquara 2 (SP).

Foto: Holanda Cavalcanti

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CARÁTER INOVADOR

Em outro leilão de linha de transmissão realizado em fevereiro de 2014, FURNAS, ao lado da chinesa State Grid e Eletronor-te, formaram a Sociedade de Propósito Específico Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE) que arrematou a LT Xingu (PA)/Estreito (MG). A construção da linha tem por finalidade escoar a energia pro-duzida no Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (PA) para o SIN e carrega o caráter inovador da transmissão em extra-alta tensão (HVDC ± 800 kV) em corrente contínua. O investimento estimado é da ordem de R$ 5 bilhões e a conclusão da obra está prevista para 2018.

O projeto compreende duas estações conversoras de corrente alternada de 500 kV para corrente contínua de ±800 kV. A primeira terá capacidade de conver-são de 4.000 MW e será construída na Subestação de Xingu, localizada a 17 km da usina, que se conecta à interligação Manaus–Tucuruí; a segunda terá capaci-dade de conversão de 3.850 MW e será construída na área contígua à Subesta-ção Estreito, em Minas Gerais. Ao longo dos 2.092 km de extensão da linha serão implantadas 3.800 torres de transmissão.

Para o diretor de Gestão de Novos Ne-gócios e de Participações de FURNAS, Claudio Danúsio de Almeida Semprine, “transportar a energia gerada em Belo Monte por linhas de extra-alta tensão reflete o preparo e a disposição do ca-pital humano da empresa para superar diversidades”.

Detalhes da construção de Santo Antônio (RO), uma das maiores obras de infraestrutura do país

PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

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Fotos: José Lins

DESAFIO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

A Usina Santo Antônio, construída no rio Madeira, a sete quilômetros do centro da capital Porto Velho (RO), é a sexta maior hidrelétrica do Brasil em potência insta-lada, com 3.568 MW, energia suficiente para abastecer 11 milhões de residências, beneficiando cerca de 45 milhões de pessoas. É considerada uma das prin-cipais obras já realizadas na Amazônia Ocidental.

Para Antônio de Pádua Bemfica Guima-rães, diretor técnico da Sociedade de Pro-pósito Específico Santo Antônio Energia, na qual FURNAS é a principal acionista com 39% de participação, “os desafios enfren-tados durante a construção de uma das 20 maiores hidrelétricas do mundo foram enormes e superados graças à qualidade dos estudos de inventário, viabilidade técnica e ambiental desenvolvidos”.

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Reator da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (RJ)

Com um total de 50 turbinas do tipo bulbo (seis a mais do que o total previsto no pro-jeto original), a primeira unidade geradora iniciou operação em 30 de março de 2012 e a quinquagésima em janeiro deste ano.

Essas turbinas são consideradas as mais indicadas para geração de energia com grandes vazões e baixas quedas. A sua utilização dispensa a formação de exten-sos reservatórios, reduzindo considera-velmente os impactos socioambientais causados pela implantação e durante sua operação. Cada unidade tem a potência média de 71,6 MW, 900 toneladas de peso, oito metros de diâmetro e 15 de comprimento. Esta foi a primeira vez que um empreendimento de FURNAS fez uso dessa tecnologia.

Números surpreendentes traduzem a magnitude da obra, como o concreto empregado, suficiente para construir 40 estádios de futebol iguais ao Maracanã (RJ); e o aço que daria para erguer 18 torres Eiffel (Paris).

Vista aérea da Usina de Furnas (MG), onde tudo começou

PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

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dDÉCADA EMBLEMÁTICA

Foi nos anos 70 que FURNAS deu um passo importante para a diversificação da matriz energética brasileira: construir uma planta geradora de energia por fissão de urânio. Do desafio surgiu a primeira usina nuclear do Brasil: Angra 1, iniciada em 1972, na praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis (RJ). Quatro anos depois, em pleno canteiro de obras da usina, foram assinados os contratos para as obras civis de Angra 2 e Angra 3. Por sua apurada capacidade técnica, a empressa assumiu a linha de frente do projeto.

“FURNAS, como empresa pioneira no Brasil no ambiente de geração elétrica através de usinas nucleares, colocou-se mais uma vez como uma companhia de vanguarda naquela década”, constata Paulo Coreixas Jr, ex-funcionário que participou da construção das unidades de 1979 a 1990.

As duas primeiras usinas compõem a Cen-tral Nuclear Almirante Álvaro Alberto e têm, respectivamente, a potência de 640 MW, capaz de abastecer uma cidade com 1 milhão de habitantes, e 1.350 MW, o su-ficiente para atender 2 milhões de pessoas. Em 1985, Angra 1 entrou em operação comercial utilizando urânio enriquecido a 3% como combustível e água pressuriza-da (PWR) como refrigerador e moderador. FURNAS dava o pontapé inicial para a era da energia elétrica de origem nuclear no Brasil. Seis anos depois, em 2001, era a vez de An-gra 2. Para os próximos anos, está prevista a entrada em operação de Angra 3, com 1.405 MW de potência. A administração das centrais nucleares passou a ser exercida pela Eletronuclear após a sua criação, em 1997.

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FURNAS NA ÁFRICA

Espinha dorsal da transmissão de ener-gia elétrica no Brasil e detentora de um reconhecido corpo técnico profissional e especializado, FURNAS ultrapassou fronteiras levando sua marca a países como Angola.

Em meados de 1984, a empresa foi convi-dada a assessorar autoridades angolanas na estruturação do Gabinete de Aprovei-tamento do Médio Kwanza (Gamek), órgão criado para administrar as obras da Usina Hidrelétrica de Capanda. Após o primei-ro trabalho, a participação de FURNAS cresceu gradativamente, mantendo a sua presença em Angola por mais 20 anos.

Em duas décadas atuando em terras africanas, foram enfrentados e vencidos obstáculos de toda natureza. Um dos mais críticos foi a guerra civil que assolou o país, vitimando milhares de pessoas e

dificultando, inclusive, o acesso dos tra-balhadores à área do empreendimento. O avião que transportava os técnicos, muitas vezes, precisava fazer manobras impensáveis para escapar das ações da guerrilha. Mas nada os intimidava, conforme conta Almir Galvani Coutinho, funcionário da empresa que participou do empreendimento: “O conflito trouxe grande dificuldade para a logística e algumas interrupções no trabalho, mas tudo era superado graças à experiência e união da equipe”.

O principal contrato firmado na ocasião, foi o de cessão de pessoal, abrangendo diversas atividades de gerenciamento das obras. Mais de 200 técnicos angolanos foram capacitados para operar e manter o empreendimento.

A Usina Hidrelétrica de Capanda conta com 520 MW de potência e está localizada no rio Kwanza. n

Vista parcial de Capanda, localizada no rio Kwanza, durante as obras

Foto: Holanda Cavalcanti

PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

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PREM

IAÇÕES

Foto: Fátima Costa

Ao longo de sua história, FURNAS foi reconhecida em diversas áreas

de atuação. Competência, transparência, resultados positivos e um olhar

inovador garantiram uma série de premiações e certificações.

PRÊMIO A3P – MELHORES PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE

Em 2014, FURNAS foi premiada em duas cate-gorias na 5ª edição do Prêmio A3P – Melhores Práticas de Sustentabilidade, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente. Os projetos premiados foram o Programa de Reaproveita-mento de Óleo Vegetal no Escritório Central (RJ) e a Implantação de Conversor Offshore para Geração de Eletricidade pelas Ondas do Mar.

Em 2016, a empresa foi a vencedora da sexta edição, na categoria Inovação na Gestão Pú-blica, com o projeto de ônibus urbanos com tração elétrica. Já na categoria Gestão de Resíduos, o pro-jeto de aplicação de baterias estacio-nárias de lítio-ion em sistemas de informação e co m u n i c a ç ã o ficou com o se-gundo lugar.

PRÊMIOS DE QUALIDADE E GESTÃO

1994 • Prêmio Excelência Empresarial Miguel Calmon.

1998• Por meio da Subestação de Ibiúna (SP), FURNAS torna-se a primeira empresa do setor elétrico na América Latina a obter a certificação ABNT NBR ISO 14001:1996 de gestão ambiental.

1999• Prêmio Procel/Eletrobras (Menção Honrosa).

2000• Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental concedido à Subestação de Ibiúna.

2001/2004/2006• Prêmio Qualidade do Governo Federal.

2006• O site de FURNAS recebe o Top 3 do Prêmio iBest 2006, o principal da internet brasileira.

• Pela primeira vez, FURNAS é premiada como a empresa de capital fechado mais transparente em suas demonstrações contábeis, na 10ª edi-ção do Prêmio Anefac-Fipecafi-Serasa.

• A empresa ganha o Prêmio Destaque no Marketing 2006, da Associação Brasileira de Marketing e Negócios.

Por Eleonora Brazão

Troféu do Prêmio A3P – Melhores Práticas de Sustentabilidade (2016)

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PIONEIRISMOS E RECONHECIMENTOS

TROFÉU TRANSPARÊNCIA Em 2016, pela sétima vez, FUR-NAS foi agraciada com a pre-miação do Troféu Transparência, iniciativa da Associação Nacio-nal dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em parceira com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financei-ras (Fipecafi) e Serasa Experian.

PRÊMIO OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO Conquistado no ano de 2014, em reconhecimento a programas e projetos desenvolvidos pela empresa que contribuíram efeti-vamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU).

PRÊMIO WEPSEm 2014, FURNAS recebeu o Prêmio WEPs Brasil e, em 2016, ficou com a prata (as duas con-quistas na categoria Empresa de Grande Porte). Também em 2016, a fundação de previdência Real Grandeza, dos empregados de FURNAS e Eletronuclear, recebeu o bronze na mesma categoria, entre as Empresas de Médio Porte.O prêmio, chancelado pelo Pacto Global da ONU e ONU Mulhe-res, reconhece as corporações que promovem a igualdade de gênero em seus negócios e nas comunidades onde estão

inseridas, com base nos sete princípios de Empoderamento das Mulheres.

PRÊMIO ABERJEO Furnas Educa, programa edu-cacional que mobiliza crianças e adolescentes para o uso cons-ciente da energia elétrica e a preservação do meio ambiente, venceu, em 2014, a 40ª edição do Prêmio Aberje, na categoria Comunicação e Relacionamento com a Sociedade, Regional Rio de Janeiro – Espírito Santo. Este prê-mio é concedido pela Associação de Comunicação Empresarial.

RANKING 2016 DOS LEGÍTIMOS DA SUSTENTABILIDADE O case Furnas Educa ficou na quarta colocação entre as 17 empresas finalistas do Ranking 2016 dos Legítimos da Susten-tabilidade, selecionados pelo Programa Benchmarking Brasil, uma iniciativa pioneira na cer-tificação das melhores práticas socioambientais.O Ranking Benchmarking é um dos mais respeitados selos de sustentabilidade do Brasil. Na edição 2016, especialistas de vários países avaliaram e sele-cionaram organizações e cases detentores das melhores práti-cas socioambientais brasileiras, premiando aqueles que tratam a sustentabilidade como uma nova fronteira de inovação.

SELO PRÓ-EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇAA empresa foi contemplada cinco vezes (2010, 2011, 2012, 2013 e 2015) com o Selo do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, concedido pela Secretaria Nacio-nal de Políticas para as Mulheres. O resultado é reflexo das ações da empresa no desenvolvimento de uma política de acesso e ascensão no emprego em igual condições para ambos os sexos.

PRÊMIO FUNDAÇÃO COGEO prêmio, que valoriza práticas bem sucedidas de empresas do setor elétrico brasileiro, rendeu a FURNAS três vitórias consecu-tivas, nos anos de 2011, 2012 e 2013, em categorias diferentes. Em 2013, o prêmio foi conquis-tado na categoria Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas. Em 2012, foi a vez do Modelo de Educação Corporativa de FURNAS: Ferramenta para o Desenvolvi-mento da Estratégia e das Pessoas. Já em 2011, na categoria Ações de Responsabilidade Social figurou na primeira colocação.

PRÊMIO EMPRESA CIDADÃ FURNAS foi reconhecida como Empresa Cidadã, pelo Conse-lho de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ), em todas as 14 edições do prêmio, instituído em 2001. Seu objetivo é incentivar a melhoria da quali-dade das informações contábeis

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e socioambientais publicadas nos relatórios anuais de organizações de todos os portes, segmentos e regiões do Brasil.

PRÊMIO EMPRESA AMIGA DO ESPORTE A companhia ganhou, por três anos consecutivos (2012, 2013 e 2014), o Prêmio Empresa Amiga do Esporte, concedido pelo Ministério dos Esportes, que homenageia os apoiadores de projetos desportivos e para-desportivos.

PRÊMIO BRASIL AÇÃO AMBIENTAL Em 2011, FURNAS foi a única a vencer em duas categorias: Co-municação Social (pelas ações desenvolvidas na UHE Simplício) e Educação Ambiental (com o Projeto TransFORMAR).

SELO OURO DO PROGRAMA BRASILEIRO GHG PROTOCOL O inventário de gases de efeito estufa da empresa recebeu o Selo Ouro, por três anos consecutivos (2013, 2014 e 2015). Este é o mais alto reconhecimento concedido pelo Programa Brasileiro GHG Pro-tocol e demonstra a integralidade e a transparência nas informações do inventário de emissões e o compromisso em combater os efeitos das mudanças climáticas.

Algumas premiações recebidas por FURNAS

CERTIFICADO DE PROJETO INTERNACIONAL DE REFERÊNCIA FURNAS recebeu, em 2011, o Certificado de Projeto In-ternacional de Referência em reconhecimento à excelência do desempenho das barragens das usinas hidrelétricas Serra da Mesa (GO) e Foz do Chapecó (SC/RS).

CERTIFICAÇÃO NO ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESEm 2016, a Childhood Brasil, instituição fundada pela rai-nha Sílvia, da Suécia, concedeu a FURNAS a Certificação no Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Ado-lescentes. Esta certificação reconhece as empresas parti-cipantes do Pacto Empresarial contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras, apoiado pela empresa desde 2010. n

Fotos: José Lins

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Por Leonardo Cunha

GESTÃO EFICIENTE

REFERÊNCIA NO SETOR

Medidas propiciam redução de custos, melhor governança e mais transparência nos processos

FURNAS é referência para outras empre-sas de energia em iniciativas que visam adequar sua estrutura ao novo cenário regulatório do setor elétrico brasileiro,

priorizando eficiência operacional, atuação por processos e sustentabilidade dos investi-mentos, bem como por medidas destinadas a aumentar a transparência de sua gestão.

COMPLIANCE (*)

A companhia criou, há dois anos, uma unidade de compliance, denominada Superintendência de Gestão de Conformidade e Risco, que tem como principal objetivo manter a empresa em conformidade com leis, normativos e regulamentos externos e internos. O órgão é responsável pela coordenação do Sistema de Integridade de FURNAS, que engloba ins-tâncias como Ouvidoria, Comissão de Ética, Auditoria Interna, Segurança da Informação e Comissão Executiva de Correição.

(*) Conjunto de ações voltadas ao cumprimento de normas legais e regulamentares, bem como à detecção e correção de desvios ou inconformidades.

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REFERÊNCIA NO SETORA unidade conta com uma estrutura robusta e, apesar de estar vinculada à Presidência da empresa, a nomeação de seu gestor é validada pelo Conselho de Administração.

A Controladoria Geral da União (CGU) avaliou o programa de compliance de FURNAS e re-comendou medidas para seu fortalecimento. Com a contratação de uma consultoria espe-cializada, a empresa está aperfeiçoando seus processos, em sintonia com as melhores prá-ticas do mercado, e formatando treinamentos para todos os colaboradores. Este trabalho servirá de modelo para as demais estruturas de integridade do grupo Eletrobras.

Com a futura criação de uma matriz de riscos de compliance, a cultura da conformidade em FURNAS abarcará mais que as ações e instru-mentos voltados a impedir fraudes e corrupção. A importância do compliance deve ser vista também como uma variável que agrega valor para a companhia quando, por exemplo, evita uma multa ou um processo judicial.

GOVERNANÇA DE SPEs

O programa de compliance está sendo aplicado ainda nos atos societários de responsabilidade de FURNAS (seleção de sócios e de administradores) nas 57 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) onde a empresa participa como acio nista. A medida visa regular as práticas das entidades que reúnem FURNAS e investi-dores públicos e privados em projetos de geração e transmissão de energia.

Desde 2003, FURNAS investiu algo em torno de R$ 8,7 bilhões em suas SPEs. Empreendimentos como as hidrelétricas Santo Antônio (RO), Foz do Chapecó (SC/RS), São Manoel (MT) e Teles Pires (PA/MT); os parques eólicos Rei dos Ventos I e III e Miassaba (RN); e o sistema de trans-missão da Usina de Belo Monte (PA) são conduzidos por essas sociedades.

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A previsão é arrecadar, em 2017, R$ 400 milhões em dividendos de SPEs, cuja qua-lidade da governança é prioridade para FURNAS. Setenta profissionais da empresa exercem a função de conselheiros fiscais e de administração nessas instituições. “O papel dos conselheiros é cuidar dos interesses da sociedade e fazer a ligação entre os melhores interesses dos sócios e da SPE”, explica o superintendente de Gestão de Negócios e Participações, João Luiz Fontes de Almeida.

GESTÃO EFICIENTE

Segundo ele, FURNAS provê treinamento específico para todos os colaboradores que ocupam cadeiras nos conselhos e mantém um fórum interno de discussões para que eles troquem experiências e possam aprimorar sua atuação nas instâncias de governança corporativa das sociedades.

Como forma de otimizar a gestão das SPEs, a empresa está consolidando em holdings suas participações em diversas dessas ins-tituições. O objetivo é unificar estatutos societários, otimizar o processo de tomada de decisões e conferir maior eficiência e rentabilidade à operação das SPEs.

Foto: José Lins

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FORÇA DE TRABALHO

Nos últimos anos, FURNAS tem conjugado iniciativas voltadas à sustentabilidade de seus investimentos a um amplo trabalho de rees-truturação organizacional com a finalidade de reduzir custos operacionais e ampliar a sinergia entre as diferentes áreas de negócios. Estas ações tiveram o mérito de preparar a empresa para o novo cenário de negócios configurado pela Lei 12.783, de 2013, que antecipou a re-novação das concessões de ativos de geração e transmissão de energia e estabeleceu a re-muneração dos concessionários pela operação e manutenção dos empreendimentos.

Entre outubro de 2011 e dezembro de 2014, a companhia promoveu o Plano de Readequa-ção do Quadro de Pessoal (Preq), que con-cedeu incentivos ao desligamento de 1.723 funcionários em condição de aposentadoria. O programa contou com ações específicas de repasse e gestão do conhecimento. Com investimento de R$ 581 milhões, a economia propiciada alcançou R$ 1 bilhão.

O Preq soma-se ao desligamento escalonado de colaboradores contratados. Este processo decorre de acordo firmado em 2012 entre FURNAS, Federação Nacional dos Urbanitários e Ministério Público do Trabalho, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Por meio dos dois programas, o quadro de pessoal de FURNAS passou de 6.484 colabora-dores, em 2010, para 4.904, em 2016. E deve se reduzir a 3.738 funcionários até o final de 2018. O custo da empresa com a folha de pa-gamentos caiu, no período entre 2010 e 2016, de R$ 1,7 bilhão para R$ 1,4 bilhão. A previsão é de que chegue a R$ 1,2 bilhão em 2018.

Vista noturna da Hidrelétrica Foz do Chapecó (SC/RS), um dos empreendimentos de FURNAS em SPE

Até o momento, já foram constituídas duas holdings para a implantação de novos parques eólicos no litoral da região Nordeste: Itaguaçu da Bahia Renováveis, com 49% de participa-ção de FURNAS; e Brasil Ventos (CE e RN), em que a empresa detém 100% do capital.

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UNIDADES ESTRATÉGICAS

A redução do número de colaboradores foi acompanhada de um projeto voltado a redesenhar os processos da empresa e seu modelo de gestão. Realizado em duas etapas, entre 2012 e 2015, o Programa de Reestruturação Organizacional de FURNAS contou com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o apoio da consultoria internacional Roland Berger Strategy Consultants.

Como resultado do projeto, destacam-se a redução de unidades gerenciais e comitês de negócios e a definição, inédita no setor estatal brasileiro, de um quadro quali-quantitativo de referência de pessoal. Este quadro, que orienta ações de capacitação dos colaboradores, mobilidade interna e preenchimento de vagas por concurso público, viabilizou a alocação de 62% da força de trabalho de FURNAS em proces-sos de negócios, contra 49% registrados anteriormente.

Outro legado do programa foi a criação de unidades estratégicas, responsáveis pelo planejamento, execução e supervisão de processos cruciais para a empresa. São exemplos o Escritório de Projeto, cuja missão é gerenciar os riscos e cronogra-mas das obras de FURNAS; o Escritório de Processos (Assessoria de Organização e Processos), responsável por coordenar e apoiar metodologicamente as ações de otimização da companhia; e o Centro de Serviços Compartilhados (CSC), pioneiro entre as empresas Eletrobras e que servirá de modelo para a implantação de uma unidade de serviços comum a todas as empresas da holding.

GESTÃO EFICIENTE

Escritório Central de FURNAS (RJ): iniciativas para a eficiência da gestão incluem redução de custos operacionais, sustentabilidade dos investimentos e compliance

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SERVIÇOS COMPARTILHADOS

Concebido em 2011 para abrigar as atividades de suporte aos negócios da empresa, o CSC propiciou a extinção de 26 divisões administrativas e dois de-partamentos que prestavam serviços às diretorias de Operação e Manutenção; Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação de Empreendimentos; e de Administração.

A maturação do modelo de CSC em FURNAS fez com que as atribuições do órgão, antes restritas às áreas regionais da empresa, se estendessem também ao Escritório Central e a processos inicialmente não coordenados pela unidade, como folha de pagamento, cadastro de pessoal, serviços gerais, gerenciamento de hardware e software e contas a pagar e receber. A estrutura conta, atualmente, com cerca de 500 colaboradores e representou, para a empresa, uma mudança de filosofia de trabalho e cultura organizacional.

A otimização do uso da frota de FURNAS gerou uma economia de 25%

Com o advento do centro, houve uma redu-ção significativa de processos de compra em pequeno vulto (que dispensa licitação para produtos e serviços gerais até R$ 16 mil e serviços de engenharia até R$ 30 mil). Antes, eram cerca de 26 mil aquisições por ano. Hoje, o número varia entre 14 mil e 15 mil.

Dois fatores que contribuíram decisi-vamente para este resultado foram a instituição do cartão combustível para abastecimento da frota de FURNAS e a centralização da manutenção dos veículos num único prestador de serviço. O aprimo-ramento desses processos resultou em uma economia de 25% nos custos.

No momento, a unidade aposta na tercei-rização do serviço de reserva de hotéis, iniciativa que está sendo testada pela Gerência de Centro de Serviços Compar-tilhados Brasília, e no monitoramento por satélite da frota. A experiência do CSC de FURNAS será de grande valia para o projeto do Centro de Serviços Compar-tilhados da Eletrobras. n

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Numa área com cerca de 168 mil metros quadrados e diversos prédios em tijolo aparente, espalhados em meio ao verde

preservado, está instalado o Laboratório de FURNAS em Aparecida de Goiânia (GO). Reconhecida internacionalmente, a unida-de já prestou serviços a mais de 30 obras em 19 países dos cinco continentes e, no Brasil, em mais de 170 empreendimentos hidrelétricos, do inventário à operação. O laboratório está acreditado junto ao Instituto Nacional de Metrologia e Qua-lidade Industrial (Inmetro) desde 1994 e mantém certificação ISO 9001 desde 1996. “O reconhecimento internacional foi importante, principalmente para a ex-portação dos serviços”, explica o gerente do laboratório, Ricardo André Marques.

Laboratórios de FURNAS são reconhecidos internacionalmente

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

EXPERIÊNCIA & INOVAÇÃOEXPERIÊNCIA & INOVAÇÃOEXPERIÊNCIA & INOVAÇÃO

Por Behula Spencer

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Pioneiro na tecnologia de construção de barragens, seus estudos definem e otimizam o uso de materiais, minimizando custos e proporcionando melhor desempenho, segu-rança e durabilidade dos empreendimentos.

Dentro de uma ampla gama de atuação, destacam-se os estudos e serviços presta-dos nas áreas de tecnologia do concreto, materiais de construção, mecânica dos so-los, mecânica das rochas, instrumentação e auscultação, controle de qualidade da água e metrologia.

A inovação e a pesquisa estão entre as principais atividades do laboratório. Des-de 2002, foram desenvolvidos dezenas de projetos de P&D que correlacionam carac-terísticas intrínsecas dos materiais com os desempenhos dos empreendimentos de energia ao longo de toda a vida útil, com ensaios convencionais e avançados, inclu-sive os aerodinâmicos (túnel de vento) e não-destrutivos (END). Os projetos de P&D possibilitaram o desenvolvimento, moder-nização e aperfeiçoamento de materiais, equipamentos, dispositivos e processos executivos, capacitação dos empregados, e a atuação em novas fontes de energia, como a solar e eólica.

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Em Aparecida de Goiânia FURNAS desenvolve pesquisas de materiais utilizados em empreendimentos hidrelétricos

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Equipamentos de suporte ao laboratório da Subestação de São José (RJ). Ao lado, detalhes do modelo reduzido da UHE Santo Antônio

Fotos: José Lins

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

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LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA EXPERIMENTAL

Desde o projeto e construção da pioneira Usina de Furnas (MG), em 1958, a empresa utilizava laboratórios privados para os estudos em modelo reduzido, necessá-rios ao desenvolvimento dos projetos e acompanhamento das diversas fases construtivas de suas usinas.

A partir de dezembro de 1983, junto à Subestação de Jacarepaguá (RJ), foi ini-ciada a implantação do Laboratório de Hidráulica Experimental (LAHE), que teve como marco a construção do modelo das obras da Usina Serra da Mesa (GO). Desde então, o LAHE atende às necessidades de FURNAS e de seus parceiros nos aspectos referentes ao diagnóstico, otimização e garantia da segurança das obras hidráu-licas das usinas.

Em 2007, para superar o desafio imposto pelas dimensões do modelo da Usina Hi-drelétrica Santo Antônio (RO), foi montada uma nova unidade do LAHE, com o apoio

dos parceiros de FURNAS no empreen-dimento, na Subestação de São José, em Belford Roxo (RJ). A implantação dessa segunda unidade habilitou o LAHE ao atendimento das demandas de obras cujos estudos exijam a reprodução de grandes extensões de reservatório, estruturas, calha de rio etc.

Criado originalmente para atender às necessidades internas de FURNAS, atual-mente o laboratório presta serviços para as demais empresas do setor elétrico, projetistas e órgãos de planejamento e construção de obras hidráulicas, tanto no Brasil como no exterior. Além dos es-tudos hidráulicos em modelos reduzidos, o LAHE ainda oferece assistência técnica à construção, operação e manutenção dos empreendimentos.

Assim como os outros laboratórios de FURNAS, o LAHE também participa de projetos de P&D e, em parceria com universidades e centros de pesquisas, desenvolve projetos voltados para a área de geração de energia.

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DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

CENTRO TÉCNICO DE ENSAIOS E SUPORTE À MANUTENÇÃO

Outra área de excelência e desenvol-vimento de tecnologia da empresa é a Gerência de Centro Técnico de Ensaios e Suporte à Manutenção (GES.O), localizada na Usina de Furnas, em São José da Barra (MG), que conta com as divisões de Labo-ratório de Medidas Elétricas e Eletrônicas, e de Ensaios e Apoio à Manutenção.

A unidade é reconhecida por sua capa-citação nas áreas de instrumentação, medições, ensaios eletroeletrônicos, ele-tromecânicos e físico-químicos. Além de propiciar confiabilidade, menores custos, maior disponibilidade e segurança dos equipamentos de geração e transmissão de FURNAS, inclui o componente ambien-tal em seus processos. Presta serviços para clientes nacionais e internacionais, privados e públicos, como as indústrias de energia elétrica, montagem de equi-pamentos e máquinas, construções e fabricantes.

Equipada com as mais recentes tecnolo-gias, a gerência conta com o novo Sistema Ressonante para Ensaios de Alta Tensão (400kV/800kV/50Hz/60Hz), único no Sistema Eletrobrás com capacidade para realizar estes procedimentos. Também inovador é o portátil Ensaiador de Tempos de Disjuntores (ETD-64), desenvolvido e fabricado por técnicos da unidade, com um custo dez vezes menor que os similares do mercado e já distribuído às dez áreas de produção da empresa. Com esta ferra-menta, reduziram-se substancialmente os tempos de manutenção e reparos e, por conseguinte, do valor da parcela variável despendido por indisponibilidades de equipamentos.

O centro ainda integra a Rede Brasileira de Calibração (RBC) como credenciado do Inmetro, é membro do National Conferen-ce of Standards Laboratories (EUA) e tem vários desenvolvimentos patenteados no Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (IPI). n

Laboratório de análise de óleos isolantes e lubrificantes dos equipamentos de geração e transmissão

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Monitores com informações do campo enviadas pelo equipamento ETD-64 desenvolvido por técnicos de FURNAS

Sistema Ressonante para Ensaios em Alta Tensão, inédito nas empresas Eletrobras

Fotos: José Lins

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FOCO NA PRESERVAÇÃO

MEIO AMBIENTE

A dimensão ambiental está incorporada aos processos de decisão de FURNAS

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realizada durante o fechamento da barra-gem de Marimbondo (MG/SP) para salvar a fauna local. A ação contou com apoio de 200 pessoas, dois aviões, quatro lanchas e oito viaturas.

Neste mesmo ano, foi criada na Usina de Furnas (MG) uma Estação de Piscicultura com o objetivo de repovoar os reservató-rios da empresa nos rios Grande (MG) e Paranaíba (GO/MG). Ao longo desses 60 anos, a dimensão ambiental foi incorpo-rada aos processos de decisão da com-panhia. Exemplos de comprometimento com o desenvolvimento sustentável e as gerações futuras são diversos nesse pe-ríodo, como a implantação, em março de 1998, da Política Ambiental de FURNAS.

Vista aérea da Estação de Piscicultura (MG); ao lado, equipe de FURNAS durante resgate de fauna em reservatório

Com a criação da Política Nacio-nal do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), o setor elétrico adotou os preceitos estabelecidos por

este primeiro grande marco de prote-ção ambiental do país. As hidrelétricas goianas de Serra da Mesa e Corumbá, que tiveram suas construções iniciadas, respectivamente, em 1986 e 1987, são as primeiras geradoras de FURNAS a seguir os critérios preconizados pela legislação, considerada por muitos inovadora para a época.

Antes mesmo da promulgação da lei, a empresa já demonstrava sua preocupação com a conservação ambiental. Em 1975, uma verdadeira operação de guerra foi

Por Luiz Fajardo

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MEIO AMBIENTE

Também em 1998, o Sistema de Ges-tão Ambiental adotado na Subestação de Ibiúna (SP) conferiu à empresa seu primeiro certificado NBR ISO 14001 do Bureau Veritas Quality International do Brasil/Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), em nível nacional; e do BVQI/Raad Voor Accreditatie (RVA), em nível internacional. No ano de 1999, a Subes-tação de Foz do Iguaçu (PR) recebeu esta mesma certificação.

INEDITISMO

Em março de 2000, FURNAS inicia um pioneiro programa de estudo da ictio-fauna e da pesca na região do Aprovei-tamento Múltiplo de Manso (MT), abran-gendo os municípios de Nobres, Rosário Oeste, Jangada, Acorizal, Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço. Os estudos, inéditos na Baixada Cuiabana até então, foram conduzidos em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura da Universidade Estadual de Maringá (NUPELIA/UEM) e buscaram identificar as mudanças na fauna de pei-xes e na pesca, propor formas de manejo e atenuação dos impactos.

Outro projeto de vanguarda liderado por FURNAS é o balanço de carbono em usi-nas hidrelétricas, inserido no programa de Pesquisa e Desenvolvimento Ciclo 2001/2002 da companhia. As primeiras ações começaram em 2003, quando oito reservatórios foram investigados para determinar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), identificar as rotas do ciclo de carbono e os fatores ambientais en-volvidos neste processo.

Participaram do projeto o Instituto Al-berto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental (IIEGA).

Para André Carlos Prates Cimbleris, coor-denador do projeto e atual gerente de Es-tudos e Integração Ambiental e Fundiária de FURNAS, os resultados alcançados nos cinco anos de trabalho contribuíram para desmistificar o discurso de que as hidrelé-tricas são uma das grandes responsáveis pela emissão de GEE.

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Fotos: José Lins

Coleção de peixes doada por FURNAS à Unir. No detalhe, diversidade de espécies do rio Madeira (RO)

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SUSTENTABILIDADE

A Hidrelétrica Santo Antônio, que FURNAS construiu com parceiros privados em Porto Velho (RO), é mais um exemplo do com-promisso socioambiental assumido pela empresa com a atual e as futuras gerações. Pela primeira vez em empreendimentos do setor elétrico brasileiro, foi utilizada a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), ferramenta que mobiliza empreendedores, governos e sociedade civil organizada a desenhar e construir em parceria progra-mas de políticas públicas que atendam às demandas futuras e garantam o desenvol-vimento sustentável da região.

Outro legado de Santo Antônio foi a doação do maior conjunto de lotes de peixes da bacia do rio Madeira disponível no mun-do à Universidade Federal de Rondônia (Unir). Este enorme volume de material, que atualmente supera os 200 mil exem-plares, constitui o mais completo registro da diversidade originalmente presente na bacia Amazônica.

O Programa de Conservação de Ictiofauna, realizado em parceria com a Universidade Federal de Rondônia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (IMPA) e pes-quisadores de diversas outras instituições, possibilitou identificar cerca de 40 espécies desconhecidas antes do início das obras da usina. Na bacia Amazônica vivem em torno de 3 mil espécies de peixes. Somente no rio Madeira, que nasce nos Andes e percorre mais de 3 mil quilômetros em território brasileiro até o rio Amazonas, são cerca de mil espécies. Tamanha riqueza faz do Madeira, entre os rios já estudados, o de maior biodiversidade de peixes do planeta.

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Um dos mais importantes projetos am-bientais de FURNAS está em andamento na baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro, abrangendo parte dos municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Macaé. Totaliza 342 mil m², pertencentes à Reserva Biológica União (Rebio União), unidade sob administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodi-versidade (ICMBio).

Ao final de quatro anos, tempo de dura-ção do projeto, mais de 68 mil mudas de espécies da Mata Atlântica ocuparão o lugar de eucaliptos plantados pela Rede Ferroviária Federal, antiga proprietária daquela área.

Segundo Yucatan Teixeira da Silva, da Divisão de Meio Ambiente Físico e Biótico e coordenador do projeto, os trabalhos que começaram em setembro de 2014 têm como objetivo assegurar a proteção e recuperação de remanescentes da Mata Atlântica e da fauna local, em especial o mico-leão-dourado. O projeto ajuda, ainda, na conservação e ampliação de um maciço florestal de Mata Atlântica, além de proporcionar às comunidades locais a manutenção de mananciais hídricos, a amenização do microclima regional, a propagação do estoque de diversas espécies de insetos úteis à agricultura e pecuária. Para todo o país, significa a preservação de espécies cujos valores e importância ainda estão sendo estuda-dos pela ciência.

Seleção de sementes e cultivo de mudas para assegurar a proteção e recuperação de áreas remanescentes da Mata Atlântica

Fotos: Daniela Monteiro

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INCLUSÃO

FURNAS utilizou pela primeira vez no setor elétrico brasileiro a Ata Notarial como ferramenta para prevenir conflitos socioambientais com reflexos fundiá-rios. A ata é um instrumento público pelo qual o tabelião atesta a presença de habitantes em determinadas áreas. Neste caso, foi aplicada na região de influência da Hidrelétrica Santo Antô-nio (RO). Além de garantir o direito dos atingidos previstos nas condicionantes ambientais, foram atenuados pontos de conflitos que historicamente colocavam em lados opostos empreendedores e comunidades. Com isto, a cidadania foi assegurada a todas as famílias, lembra Luis Kazuhico Fuchikami, da Divisão Re-gional Fundiária e Ambiental Sul que, na época, foi o responsável pela aplicação do instrumento legal.

Em 2005, FURNAS desenvolveu um pro-grama de educação ambiental voltado para as populações da área de influência da Linha de Transmissão Ouro Preto 2 (MG)/ Vitória (ES). Neste mesmo ano, a empresa recebeu pela iniciativa o Prêmio Bramex Ambiental, na categoria Comuni-dade, da Câmara Brasil México - Indústria, Comércio e Turismo.

Em parceria com as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), de Juiz de Fora (UFJF) e do Espírito Santo (UFES), foi realizado um pro-jeto de pesquisa de educação ambiental em processo de gestão inédito no setor elétrico. Segundo Beatriz Rodrigues, da Divisão de Meio Ambiente Socioeconô-mico e Cultural, à época coordenadora do projeto, a metodologia foi recomendada pelo Subcomitê de Meio Ambiente do Sistema Eletrobras como referência de educação ambiental para o licenciamento nas empresas do grupo. A iniciativa foi também apresentada no VII Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental (Lima, Peru, 2014) e no Congresso Mun-dial de Educação Ambiental (Gotembug, Suécia, 2015).

Estes são alguns de muitos exemplos de ações protagonizadas por FURNAS, sejam elas oriundas de condicionantes ambien-tais ou de iniciativas próprias. Gerar e transmitir energia limpa e renovável em bases sustentáveis é o principal desafio para FURNAS. A empresa baseia a sua gestão na constante busca da viabilidade econômica, respeito ao meio ambiente e inclusão social, tornando-se cada vez mais competitiva e renovando o seu compro-misso com o desenvolvimento do país. n

Canteiros de mudas de espécies nativas cultivadas por FURNAS na Rebio União (RJ)

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Compromissos pautados pelo desenvolvimento humano e a redução das desigualdades

RESPONSABILIDADE SOCIOCULTURAL

VITÓRIA DA CIDADANIA Por Eleonora Brazão

Foto: Arquivo FURNAS

O programa Furnas Educa já mobilizou mais de 150 mil estudantes de todas as regiões do Brasil

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S essenta anos de compromissos pautados no desenvolvimento sustentável, promoção dos di-reitos humanos e da cidadania.

Iniciativas alinhadas com programas do governo federal, políticas públicas, legis-lação e diretrizes da Eletrobras. Assim, FURNAS vem escrevendo uma história vitoriosa na área de Responsabilidade Sociocultural.

Os investimentos neste segmento são de aportes próprios ou decorrentes de renúncias fiscais (Lei Rouanet e Lei de Incentivo ao Esporte). Com esses recur-sos, a empresa desenvolve centenas de programas, campanhas, ações e projetos nas suas diversas áreas de atuação. O sucesso também é garantido por conta de parcerias com órgãos públicos, univer-sidades, organizações sem fins lucrativos e instituições sociais.

Em 2015, os investimentos somaram R$ 14,8 milhões, sendo R$ 2,076 milhões com a Lei Rouanet. E mais: agregando os valores aplicados nos programas Luz para Todos (iniciativa do governo federal que garante o acesso à energia elétrica para a população rural); Desenvolvimento Ener-gético dos Estados e Municípios (Prode-em); Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep); e o Furnas Educa (programa educacional itinerante que atua na mobilização para o uso consciente da energia elétrica e a preservação do meio ambiente), as contribuições para a sociedade atingiram o valor de R$ 30,5 milhões neste mesmo ano.

As obras do Luz para Todos atenderam, em todo Brasil, até julho de 2016, 3.293.948 famílias, beneficiando 15,8 milhões de moradores do meio rural. Os investimentos

totalizam R$ 22,9 bilhões. FURNAS, atual-mente, participa do Comitê Gestor Estadual do programa no Rio de Janeiro e São Paulo, tendo coordenado os do Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais. Uma das comuni-dades beneficiadas são os quilombolas do território Kalunga, no estado de Goiás. Mais de 4 mil kalungas irão dispor de energia elétrica em suas casas, escolas, postos de saúde e poços d´água comunitários. As obras serão concluídas até o final de 2018.

SUSTENTÁVEL

Já o Prodeem, que atende às populações desassistidas da rede elétrica convencio-nal com a utilização de fontes renováveis e livres de poluição, tem a participação direta de FURNAS desde 2004. Neste ano, a empresa passou a ser responsável pela execução do Plano de Revitalização de Capacitação do Prodeem (PRC/Prodee-em) nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Goiás.

O desenvolvimento sustentável é resul-tado de uma junção de interesses eco-nômicos, ambientais, culturais e sociais. Com esta fusão, a atuação social deixou de ser uma ação secundária para fazer parte da gestão estratégica de FURNAS, contribuindo, de forma decisiva, para a melhoria de qualidade das comunidades próximas aos empreendimentos da em-presa e da sociedade como um todo.

A política de Responsabilidade Socio-cultural da companhia visa o combate à pobreza e às desigualdades por meio da promoção da cidadania e do desenvolvi-mento humano. São seis décadas na busca de uma sociedade sustentável e solidária, em equilíbrio com o meio ambiente.

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A cultura também reverbera em FURNAS que apoia, patrocina e promove múltiplas atividades para a preservação da iden-tidade cultural brasileira e em prol da valorização das manifestações populares. Entre 2011 e 2015, foram patrocinados 93 projetos por meio da Lei Rouanet, tanto por escolha direta quanto pelo Edital de Cultura do Sistema Eletrobras, totalizando investimentos de R$ 21 milhões.

ACESSO

Inaugurado em 2003, o Espaço Furnas Cultural, no Escritório Central da em-presa (RJ), já recebeu 139 projetos, entre espetáculos musicais, peças teatrais, ex-posições de arte e dança, também selecio-nados por meio de edital. O investimento total (até 2016) foi de R$ 7,2 milhões. São eventos gratuitos, permitindo que todos tenham acesso à cultura. Marcos Machado, gerente de Responsabilidade Sociocultural, assinala que “FURNAS, além de promover a diversidade nas artes, facilita o acesso a ela”.

Esta missão é reiterada nos números al-cançados: entre 2011 e 2015 cerca de 900 projetos foram implantados. Todos eles com foco na educação, capacitação para o trabalho de jovens e adultos, promoção da cidadania e dos direitos (esporte, lazer e inclusão digital), geração de trabalho e renda e segurança alimentar.

Exemplo de ferramenta de inclusão e ge-ração de empregos é o Programa Furnas Social. “Atendemos a instituições sem fins lucrativos cuja atuação esteja volta-da principalmente à proteção da família, infância, adolescência e terceira idade; à implementação de ações de prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência; à promoção gratuita de assistência educacional ou de saúde; e à integração no mercado de trabalho”, explica Ana Claudia Gesteira, superintendente de Comunicação e Re-lações Institucionais.

PROFISSIONALIZAÇÃO

Lançado em forma de edital, o Furnas So-cial destinou R$ 4,5 milhões a 283 ações, selecionadas entre 1.561 propostas nos anos de 2015 e 2016. Uma das instituições contempladas foi o Centro de Aprendi-zagem Pró-Menor, localizado em Passos (MG). A unidade, que atende a crianças e adolescentes, montou uma oficina de tecelagem com dez teares comprados com a verba do projeto. Os alunos assis-tem às aulas e ganham uma profissão, aprendendo a fazer colchas, toalhas de mesa e outros produtos artesanais. O valor arrecadado com a venda das peças é revertido em parte para a manutenção do centro.

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Show de Toquinho e apresentação de peça teatral no Espaço Furnas Cultural com acesso gratuito

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Por este espaço democrático já passaram nomes consagrados da Música Popular Brasileira, como João Bosco, Moraes Moreira, Leila Pinheiro, Roberto Menes-cal, Danilo Caymmi, Verônica Sabino e Toquinho, que fez questão de enaltecer a atuação da empresa. “O que FURNAS faz pela cultura é uma raridade. Poucas empresas fazem isso. É uma iniciativa louvável. Agradeço como artista e como brasileiro”, disse o cantor e compositor.

DIVERSIDADE

Outro capítulo relevante desta trajetória é a adesão ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, uma iniciativa do governo federal na reafirmação dos compromissos de promoção da igualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Cria-do em 2005, o programa concede o Selo Pró-Equidade de Raça e Gênero às insti-tuições participantes. FURNAS recebeu o selo em todas as cinco edições do projeto. Em 2016, a empresa aderiu à sexta edição, se comprometendo a cumprir um plano

de ações em que constam, entre outras medidas, a expansão da licença pater-nidade para 30 dias (inclusive em casos de adoção), a capacitação de agentes multiplicadores das questões de gênero nas unidades regionais da companhia e a realização de campanhas sobre assédio moral. O prazo para execução das inicia-tivas é de 24 meses.

Ainda em 2016, um fato inédito no uni-verso corporativo com o lançamento do caderno Promoção do Respeito à Diversi-dade nas Empresas. A publicação é fruto de uma parceria de empresas do Grupo Eletrobras (FURNAS, Cepel, Eletrobras e Eletronuclear) com diferentes organiza-ções (Instituto Promundo, Conexão G e Embaixada do Reino dos Países Baixos). Seu objetivo: elaborar estratégias contra a discriminação de lésbicas, gays, bisse-xuais, travestis, transexuais, transgêne-ros e outros segmentos sociais vítimas de preconceito.

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Igualdade extensiva à prática esportiva. FURNAS vê no esporte um mecanismo de inserção social, apoiando o Natação Sem Barreiras (patrocínio a 40 nadado-res portadores de Síndrome de Down); Dream Football (uso da tecnologia na busca por novos talentos para o futebol mundial em comunidades carentes); Equi-pe Santer Rio de Rugby de Cadeiras de Rodas, Praticando Cidadania (atividades esportivas e culturais para 300 crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos) e o Fla Olímpico (voltado para 220 atletas das equipes de natação, pólo aquático e nado sincronizado). Nesta lista, constam, ainda, o Praia para Todos, que dissemina ações de acessibilidade nas praias para deficientes físicos, e o Pedaleiros, que oferece a portadores de deficiência visual a experiência de andarem de bicicleta com o auxílio de guias capacitados.

De 2011 a 2015, FURNAS investiu R$ 67,8 milhões em ações e projetos sociais, patro-cínios culturais incentivados, patrocínios de eventos, patrocínios esportivos, pro-gramas de voluntariado e de gênero, além de promover a ocupação do Espaço Furnas Cultural (foto abaixo).

GESTÃO DE IMPACTOSSão desenvolvidos programas com o ob-jetivo de identificar, analisar e eliminar/minimizar os impactos decorrentes das atividades de geração e transmissão de energia elétrica. Um dos instrumentos é o Programa de Desenvolvimento Territorial, que visa impulsionar o progresso de co-munidades com altos índices de pobreza. Desde o ano de sua criação (2007), até 2015, foram implantados 23 Núcleos de Integração em quilombos, assentamentos rurais, no aterro sanitário de Gramacho (RJ) e em comunidades no entorno de li-nhas de transmissão e reservatórios, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Mais de 29 mil pessoas foram beneficiadas com as ações.

ALDEIA DA CIDADANIAProjeto destinado às comunidades cir-cunvizinhas aos empreendimentos de FURNAS. Suas atividades englobam: ativi-dades lúdicas; oficinas pedagógicas e de artesanato; palestras informativas sobre doenças sexualmente transmissíveis, drogas, gravidez precoce e amamentação; serviços de saúde, além da emissão de documentos. Sua execução conta com a parceria de instituições do poder público federal, estadual e municipal.

Conheça outras iniciativas de uma empresa cidadã

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PROGRAMA FURNAS DE VOLUNTARIADOImplantado em 2002, tem por objetivo in-centivar seus colaboradores a participarem ativamente como voluntários em ações so-ciais. São 300 voluntários que receberam o reconhecimento do diretor-presidente de FURNAS. “Fico orgulhoso ao constatar que o número de voluntários aumenta a cada ano e, mais ainda, com as ações propostas que têm deixado um legado de sustentabilidade para as instituições assistidas. É a demonstração do amadurecimento e da evolução da experiência de se fazer o bem. Construímos, com atos va-lorosos, um ciclo virtuoso de solidariedade”, declarou Ricardo Medeiros.

CUIDADORES SOCIAISDesde 1997, FURNAS promove o curso de cui-dador social e já formou cerca de 3 mil pessoas. No conteú do, temas relacionados à fisiotera-pia, enfermagem, serviço social, psicologia, pediatria, fonoaudiologia, medicina, nutrição e educação continuada. Os profissionais passam a fazer parte do banco de cuidadores sociais da empresa para atender seus funcionários e familiares que necessitem de tratamentos especiais.

FURNAS EDUCAPrograma educacional e ambiental itinerante que visa estabelecer ou estreitar relaciona-mento com comunidades do entorno dos em-preendimentos de FURNAS. Desde 2013 a abril de 2016, mais de 150 mil estudantes foram mobilizados, em 59 municípios e 15 capitais de 17 estados e do Distrito Federal. Sua atuação lhe rendeu, em 2014, a vitória na 40ª edição do Prêmio Aberje, concedido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, na categoria Comunicação e Relacionamento, Regional Rio de Janeiro – Espírito Santo.

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COMITÊ DE ENTIDADES NO COMBATE À FOME E PELA VIDA (COEP)FURNAS apoia a Secretaria Executiva do Coep, que reúne organizações públicas e privadas comprometidas com inicia-tivas para o desenvolvimento humano, social e sustentável e estímulo de ações complementares às políticas públicas.

PARCERIAS DE CUNHO SOCIALMovimento ODM Brasil – Todos os proje-tos e ações sociais apoiados por FURNAS estão alinhados aos Objetivos de De-senvolvimento do Milênio. A empresa firmou uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi-mento (PNUD) e tem trabalhado pela construção de um futuro sustentável.

NA MÃO CERTAParceria com a Childhood Brasil que promove o engajamento da sociedade no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. As ações renderam a FURNAS a Certificação de Enfrentamento da Exploração de Crianças e Adolescentes, concedido pela Childhood Brasil.

ABRINQFURNAS é uma das mantenedoras da Abrinq, fundação que trabalha pelo respeito aos direitos de crianças e adolescentes.

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COZINHA BRASILA empresa é parceira do SESI (Serviço Social da Indústria) em um projeto que ensina à população carente preparar alimentos de baixo custo e alto valor nutritivo com ingredientes locais.

GRUPO PRÓ-MEDULAParceria com o Hemorio na realização de várias campanhas que incentivam o cadastramento de doadores no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

PARCERIAS COM RÁDIOSO Espaço Furnas Cultural abrigou uma série de gravações para dois progra-mas: Invasão da Cidade (Rádio Cida-de FM) e Palco MPB (Rádio MPB FM). No espaço, já passaram as bandas O Rappa, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Jota Quest, além de Fernanda Abreu e Ivan Lins, dentre outros.

ACORDO PARA INDENIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS ATINGIDAS PELO APM MANSOAcordo firmado com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em 2012, que indenizou 761 famílias residentes na área de influência do Aproveitamento Múltiplo de Manso (APM Manso), em Mato Grosso (MT). O valor da quitação, de R$ 72 milhões, foi definido em conjunto com as lideranças do MAB com base nas contrapartidas acertadas por ocasião da implantação do APM (2000).

DIÁLOGO COM OS INDÍGENAS• Avá-Canoeiro – A parceria da empresa com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a comunidade indígena Avá-Canoeiro teve início em 1992, por ocasião da cons-trução da UHE Serra da Mesa, em Goiás (GO). Em agosto de 2015 foi assinado novo contrato dando continuidade aos serviços de vigilância dessa área indígena. Em de-zembro (também de 2015) foi concluído o processo de doação de um terreno, em Minaçu (GO), para a construção do Centro Técnico Avá-Canoeiro. As áreas adquiridas por FURNAS para reposição da reserva indígena estão em processo de transfe-rência para a Funai. Outra providência é o Termo Aditivo para o prazo de conclusão da implantação do Programa de Apoio aos Avá-Canoeiro (PAAC) pela Funai.

• Kaingang – Duzentas famílias da tribo Kaingang de Queimadas, em Ortigueira, no Paraná (PR), estão sendo atendidas por FURNAS através de ações sociais nas áreas de segurança alimentar, ar-tesanato e festividades tradicionais. Em parceria com a Funai, será elaborado um plano de trabalho para ajudar a tribo em seu desenvolvimento socioeconô-mico e cultural. n

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EQUIPE FURNAS

NOSSA GENTE

Dedicação e competência a serviço do Brasil

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A grandiosidade de uma empresa como FURNAS não se faz apenas com máquinas e concreto. O res-peito pela qualidade técnica de

seus trabalhos e a liderança na inovação tecnológica são resultantes da dedicação de milhares de homens e mulheres que se empenharam nesses 60 anos de história. Hoje, a empresa possui 4.904 colaborado-res. A equipe passa por um intenso proces-so de renovação. Nos últimos cinco anos, 1.723 funcionários se aposentaram e 643 foram admitidos. Nas suas diversas áreas, a experiência alia-se à energia de quem chega disposto a mostrar o seu valor. E as histórias que guardam o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro são passadas de geração em geração.

Que o diga o engenheiro eletricista José Antônio Fabiano Mendes, 69 anos, lota-do no Centro de Operação do Sistema (CTOS.O), o colaborador com mais tempo em atividade na empresa. Formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), ele foi admitido em FURNAS em 1º de janeiro de 1971. Carioca do Engenho de Dentro, aos 21 anos procurava por uma oportunidade no setor. Fez uma prova e foi aprovado para trabalhar no Departamento de Estudos Elétricos da Operação, no qual eram feitos estudos de curto-circuito, fluxo de potência e estabilidade. Ele conta que os dados dos trabalhos de curto-circuito eram leva-dos para o Centro de Processamento da Pontifícia Universidade Católica (PUC--Rio), onde havia um dos poucos com-putadores usados em tarefas científicas:

Por Patrícia Melo e Souza

O colaborador há mais tempo em atividade na empresa, José Fabiano Mendes, com a equipe do Centro de Operação do Sistema: a sinergia entre a experiência e a juventude enriquece os quadros de FURNAS

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NOSSA GENTE

“Eu ficava lá a noite inteira esperando os dados serem processados, dormíamos em sofás e depois levávamos os resultados para a empresa. Em FURNAS, nós tínha-mos um computador, mas destinado à área administrativa. Isso só foi mudar com o lançamento da máquina IBM360, que unia as duas funções”.

Os estudos de curto-circuito e fluxo de potência, segundo Fabiano, eram realizados por algumas poucas empre-sas estrangeiras. Até que, em 1974, a empresa Philadelphia Eletric Company (Peco) passou a distribuir gratuitamente programas que permitiram às compa-nhias de todo o mundo tornarem-se autônomas. “Nós passamos a desen-

volver, tendo como ponto de partida os programas da Peco, os nossos próprios programas de fluxo de potência e es-tabilidade. Foi a nossa independência tecnológica”, conta. O engenheiro, que estava passando por um ano de treina-mento nos Estados Unidos, estagiando na Power Technologies Inc., uma empre-sa de consultoria, e na New York Power Pool – coordenadora das empresas de energia daquele estado –, viu tudo acon-tecer: “Era incrível. O estado de Nova Iorque tinha uma potência instalada maior do que a do Brasil”. Os softwares na área de estabilidade customizados por FURNAS tornaram-se referência no setor e foram distribuídos para outras companhias nacionais.

O bom ambiente de trabalho é reconhecido pelos colaboradores

Foto: Fátima Costa

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ORGULHO

Seus olhos brilham ao falar sobre o pas-sado. Perguntado sobre o que mais o im-pressionou, ele aponta o desenvolvimento tecnológico. “Em 1971, levávamos caixas de cartões perfurados para uma leitora, que transformava o material em arquivos de dados. Hoje, quanta coisa mudou”, reconhece.

Laerte Hemetério dos Santos Filho, 66 anos, o segundo colaborador mais antigo na empresa, contratado em 26 de julho 1971, orgulha-se de sua trajetória, e não poupa palavras de amor à empresa. Lotado atualmente na Divisão de Suporte à Gestão de Pessoas e Consultoria Interna de RH, foi o seu trabalho que lhe proporcionou a compra da casa própria, e, no amor, onde conheceu a esposa, Sonira Cirne Maia dos Santos, já aposentada. Ele testemunhou a construção das unidades três e quatro da Usina Termelétrica de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a ida de alguns colaboradores para fazerem parte da equipe de construção da Usina Nuclear Angra 1, em Angra dos Reis (RJ), e lembra de quando a empresa alcançou a marca de 12 mil colaboradores. “Eram muitas obras e desafios. FURNAS transferia até cemitério de lugar, quando erguia um empreendimento”, recorda. Para ele, a empresa escapou da tentativa de privatização devido a sua tecnologia e competência. “O então presidente da em-presa, Luiz Carlos Santos, assumiu em 1999 e disse que tinha chegado para privatizar FURNAS. Mas ele ficou encantado com a grandiosidade da empresa e resolveu lutar por ela”, afirma. “Eu construí parte dessa companhia, temos a experiência. Lidar com o novo é desafiador. Temos que andar com cautela e não desprezar o aprendizado que nossa história nos proporcionou”, explica.

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Eu construí parte dessa companhia, temos a experiência. Lidar com o novo é desafiador. Temos que andar com cautela e não desprezar o aprendizado que nossa história nos proporcionou”.Laerte Filho

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NOSSA GENTE

A HISTÓRIA DO BRASIL É A HISTÓRIA DE FURNAS

E haja história. A designer Lucia Pacheco da Rocha, da Gerência de Responsabilidade Sociocultural (GRS.P), nasceu em fevereiro de 1957, mês e ano da criação de FURNAS. Sua vida foi marcada pelos mesmos fatos históricos, alguns que trouxeram mudan-ças à companhia. “Sessenta anos de vida é muita coisa. O tempo fez aumentar a minha capacidade de reflexão acerca de tudo. O que eu passo para as pessoas é que devemos ter serenidade diante dos desafios. Foi o que aprendi”, afirma. Antes de entrar em FURNAS, ela pouco sabia sobre a importância da companhia. Hoje, reconhece o seu valor para o país: “Eu tenho um ótimo ambiente de trabalho, sinto-me privilegiada de trabalhar aqui, onde quero ficar até me aposentar”.

E a história não para por aqui. Ainda existem muitas mãos para escrevê-la. Um exemplo é o engenheiro ambiental Diogo Singulani Ribeiro Marques, 35 anos, contratado em 5 de dezembro de 2016, egresso do concurso

realizado em 2009. Ele conta que o pai de sua esposa, já falecido, era colaborador da empresa. Desde quando a conheceu, sempre ouviu histórias de como FURNAS era uma empresa de excelência, e um bom lugar para se trabalhar. Sua sogra é pensionista da Fundação Real Grandeza e associada da Caixa de Assistência dos Empregados de Furnas (Caefe). Durante a sua última atividade, antes de ingressar em FURNAS como gerente de Licenciamento de Atividades de Risco Ambiental do Ins-tituto Estadual do Ambiente (Inea), ele reunia-se com profissionais da empresa: “Sempre se falou muito bem do quadro técnico da companhia, por isso, estou muito feliz em iniciar uma carreira aqui. Fui muito bem recebido”. Ele participou do Programa de Integração dos Novos Empre-gados (Pine), e do curso sobre normas de segurança. “O treinamento foi fantástico. Gostaria de, em dois anos, conhecer todo o sistema de FURNAS e contribuir para a empresa à altura do que ela espera da gente”, afirma o colaborador, lotado na Gerência de Licenciamento Ambiental. E que venham mais 60 anos. n

Fotos: Patrícia Melo e Souza

A designer Lucia da Rocha, que nasceu no mesmo mês e ano da criação da empresa; e o engenheiro ambiental Diogo Marques, que sonha em conhecer todo o Sistema Furnas

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FURNASem números

3.834Funcionários

1.070Contratados

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= 3.908

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FURNASDistribuição pelos estados e Distrito Federal

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= 996

Posição: 31 de dezembro de 2016

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PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO

DE OLHO NO FUTURO

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FURNAS chega aos 60 anos celebrando conquistas, mas já voltada aos novos desafios que uma empresa sólida,

competitiva e sustentável precisa superar a cada dia, reafirmando seu protagonismo no setor elétrico. São muitas as ações em pauta voltadas à construção, expansão e modernização nas áreas de geração, transmissão, manutenção, gestão corporativa, sociocultural e ambiental.

Como ressaltou o diretor-presidente Ricardo Medeiros, 2017 marca o início de um novo ciclo na história da com-panhia. “O perío do promete ser desa-fiador não só para FURNAS, mas para todas as empresas com participação importante na economia brasileira”. Ele reconheceu a excelência técnica dos colaboradores como fator pri-mordial para que a empresa continue atuando dentro de suas reconhecidas características de pioneirismo, ética, ousadia e excelência técnica.

“Nossas metas estão alinhadas às da Ele-trobras, no sentido de aperfeiçoar a gover-nança, aumentar a eficiência operacional e reduzir o endividamento. Internamente, nossos objetivos incluem ainda a adoção de um controle orçamentário rígido, com maior autonomia às áreas fins de FURNAS em seus processos críticos”, alinhou.

Dando continuidade ao cronograma ini-ciado em 2015 e com conclusão prevista para 2018, o Plano Geral de Empreendi-mentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET) é uma das importantes ações de FURNAS no futuro próximo. São investimentos em reforços autorizados pela Aneel e em atualizações nas suas su-bestações e linhas de transmissão visando aumentar a confiabilidade e disponibi-lidade dos equipamentos em todo país.

Na área de geração, em janeiro último foi finalizada a construção da Hidrelétrica Santo Antônio (RO), com a entrada em operação da 50ª turbina, totalizando 3.568 MW de potência instalada.

Por Eduardo Franklin

O período promete ser desafiador não só para FURNAS, mas para todas as empresas com participação importante na economia brasileira”.Ricardo Medeiros, diretor-presidente de FURNAS

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Em 2018, será a vez da Hidrelétrica São Manoel, na divisa do Pará e Mato Grosso, adicionar ao sistema elétrico nacional mais 700 MW, o suficiente para abastecer 2,5 milhões de pessoas, o equivalente a quatro vezes a população da cidade de Cuiabá (MT) ou uma vez e meia a de Belém (PA). A obra é tocada pela SPE formada por FURNAS, EDP Energias do Brasil e China Three Gorges Corporation.

Também com conclusão prevista para 2018 e investimentos de R$ 5 bilhões, FURNAS participa da construção da linha de transmissão Xingu-Estreito (PA/MG), em parceria com a chinesa State Grid e Eletronorte, que irá escoar a energia gerada no Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (PA). Este projeto, com 2.092 mil km de extensão, está sendo implantado com um sistema de transmissão em extra-alta tensão de ± 800kV em corrente contínua, inédito no Brasil.

PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO

A experiência de FURNAS na construção das linhas de Itaipu está sendo levada às novas obras de transmissão de grandes blocos de energia

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O maior empreendimento de transmissão em corrente contínua em ±600 kV do mundo, o Linhão do Madeira, também conta com a expertise de FURNAS e as parcerias da Cteep e Chesf. Responsável pelo escoamento da energia gerada nas usinas Jirau e Santo Antônio, em Rondô-nia, o empreendimento terá 2.375 km atravessando 82 municípios dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Em parceria com outras empresas, FURNAS concluirá, até 2018, o crono-grama de implantação de 48 parques eólicos que acrescentarão 1,2 mil MW à oferta de energia gerada pela força dos ventos nos estados do Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte.

A empresa amplia sua produção de energia limpa e renovável com a implantação de parques eólicos no Nordeste

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No horizonte dos próximos dois anos, FURNAS e seus parceiros irão ofertar, aproximada-mente, mais 3 mil MW ao sistema elétrico, totalizando 20 mil MW em capacidade ins-talada. Na área de transmissão, a expectativa é para a construção e modernização de 14 subestações e cerca de 5 mil km de linhas.

No ano em curso, serão atualizadas e am-pliadas diversas iniciativas socioculturais. Destaque para o bem sucedido Programa Furnas Educa, as ações sociais dos colabo-radores voluntários, o acesso e valorização da cultura brasileira por meio de editais pú-blicos e atrações gratuitas do Espaço Furnas Cultural, além do apoio à conservação de áreas de proteção ambiental. n

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REVISTA FURNASEDIÇÃO COMEMORATIVAFEVEREIRO 2017

Gerência de Comunicação Social - GCA.P

Projeto Editorial e EdiçãoEduardo Franklin (Reg. 0286/79 MTb - DF)

ReportagemBehula SpencerEduardo FranklinEleonora BrazãoLeonardo da CunhaLuiz FajardoMagda Nunes RochaPatrícia Melo e Souza

FotografiaArquivo FURNAS Holanda CavalcantiDaniela Monteiro José LinsFátima Costa JR NonatoGeraldo Kosinski Teresa Travassos

Projeto Gráfico e DiagramaçãoNeila Maria da Matta Martinho

IlustraçãoClaudio Alecrim

RevisãoEduardo FranklinMagda Rocha

ColaboradoraMonica Milone

RedaçãoRua Real Grandeza, 219 Bl. B - sala 401 Botafogo - Rio de Janeiro - RJCEP: 22281-900Tels.: 21-2528-2236/ 5431/ 3206M.O. 851 2236 - [email protected]

Assessoria de Produção GráficaGerência de Centro de Serviços Compartilhados do Escritório Central - CSE.A

7 mil exemplares/ distribuição gratuita

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