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HISTÓRIA, CONQUISTAS E PERSPECTIVAS Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária POLÍCIA INTERATIVA

Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

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Page 1: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

HISTÓRIA, CONQUISTAS E PERSPECTIVAS

Diretoria de Direitos Humanose Polícia Comunitária

POLÍCIA INTERATIVA

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Page 3: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

HISTÓRIA, CONQUISTASE PERSPECTIVAS

Diretoria de Direitos Humanose Polícia Comunitária

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Page 5: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Diretoria de Direitos Humanose Polícia ComunitáriaHistória, conquistas e perspectivas

PolíCia Militar Do EstaDo Do EsPírito santo (PMEs)

CoManDantE-gEral Da PMEsCel PM Marcos Antônio Souza do Nascimento

subCoManDantE-gEral Da PMEsCel PM Ruy Guedes Barbosa Junior

CHEfE Do EstaDo-Maior-gEral Da PMEsCel PM Glauco Carminat Rodrigues

DirEtoria DE DirEitos HuManos E PolíCia CoMunitária (DDHPC)

DirEtorCel PM Carlos Henrique Pereira França

DirEtor aDjuntoTen Cel PM Jailson Miranda

CHEfE Da Divisão CorPorativa DE PolíCia CoMunitáriaTen Cel PM Jailson Miranda

CHEfE Da Divisão CorPorativa DE DirEitos HuManosTen Cel PM Jailson Miranda

CHEfE Da Divisão DE Mobilização CoMunitária E intEgração instituCionalMaj PM Sandro Roberto Campos

CHEfE Da sEção DE ProMoção Doutrinária EM PolíCia CoMunitáriaCap PM Clara Adriana da Fraga

CHEfE Da sEção DE ProMoção Doutrinária EM DirEitos HuManos E sECrEtaria1º Ten PM Sâmea Coelho

CHEfE Da sEção DE PrEvEnção ativa/ProErDCap PM Valc Angelo Rufino

aDMinistraçãoSub Ten PM Júlio César Freitas, 1º Sgt PM Luciana Bulhões, 2º Sgt PM Flávio de Souza Silva, Cb PM Valter Rodrigues Junior e Sd PM José Luiz Aguiar

CoorDEnação EstaDual Do PrograMa EDuCaCional DE rEsistênCias às Drogas (ProErD)

CoorDEnaDor EstaDual Do ProErDCap PM Valc Angelo Rufino

sEtor DE aCoMPanHaMEnto téCniCo1º Ten PM Luiz Carlos Soares da Silva

sEtor DE Cursos2º Ten PM Wamberto Reis da Silva Sd PM Thais Nascimento Leão Nunes

sECrEtaria1º Sgt PM Isaque Rodrigues

sEtor DE CoMuniCação soCialCb PM Ronaldo Duarte Barrozo

sEtor DE logístiCaCb PM Wagner Darci da Conceição

ExpEdiEntE

Page 6: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

AprEsEntAçãoA sEGUrAnçA QUE QUErEMos prECisA sEr ConstrUÍdA por todos nÓs

omo entidade pública e social que é, a Polícia

Militar deve ser representativa da comunidade,

ser responsável por ela e, ao mesmo tempo, pres-

tar-lhe contas. E para fazer cumprir essa premis-

sa junto à sociedade capixaba, apresentamos os

resultados obtidos de 2007 a 2014 pela Coordenação Esta-

dual de Polícia Interativa, inicialmente, e, depois, pela Dire-

toria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária.

A filosofia do policiamento interativo, ou comunitário,

no Estado do Espírito Santo foi posta em prática a partir do

início da década de 90, quando a PM incorporou em suas

atividades conceitos como produtividade, informatização,

qualidade total e gestão participativa. Desde então, o que

era apenas conceito se tornou prática e rotina na atuação

policial. A institucionalização do novo modelo de fazer poli-

cial foi instrumentalizado na Diretriz de Instrução n. 003/99

(3ª EMG “Parâmetros para o modelo interativo de polícia”)

e ficou a cargo de uma coordenação específica, a Coorde-

nação Estadual de Polícia Interativa, que, posteriormente,

em 2012, transformou-se na Diretoria de Direitos Humanos

e Polícia Comunitária.

Neste relatório de prestação de contas, dividido em quatro

partes, apresentamos, inicialmente, um histórico da polícia co-

munitária no mundo, no Brasil e no Espírito Santo para mos-

trar como esse conceito foi incorporado à atividade policial,

C

Page 7: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

de modo a mudar sua forma de atuação, passando de uma

polícia coercitiva para uma que trabalha para “prevenir o cri-

me e a desordem”, nas palavras de Robert Peel, que estabele-

ceu os fundamentos do policiamento comunitário no mundo.

Esse resgate histórico é importante porque permite en-

tender as iniciativas, projetos e programas que foram imple-

mentados ao longo dos sete anos que compreendem o pe-

ríodo deste relatório. Os resultados das ações empreendidas

pela PMES no sentido de prevenir a ocorrência criminal estão

descritos na parte dois desta prestação de contas. Dedicamos

a terceira parte para um programa especial desenvolvido no

âmbito da DDHPC: o Programa Educacional de Resistência

às Drogas (Proerd), cuja essência e metodologia são capazes

de sintetizar todo o trabalho desenvolvido pela Diretoria.

Na quarta parte do relatório, são expostas as projeções

que a Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

faz para o próximo biênio. Assim, a partir da experiência do

passado e da avaliação do presente, projetamos o futuro que

desejamos em policiamento interativo. Cabe à sociedade e

ao Estado, junto à PM, colaborar para que os resultados que

estão por vir sejam ainda melhores e que os projetos atinjam

mais pessoas, principalmente crianças e adolescentes em si-

tuação de vulnerabilidade social. Afinal, policiamento comu-

nitário se faz a muitas mãos: polícia, comunidade, entidades

representativas e privadas são todos copartícipes do proje-

to de segurança pública que queremos e buscamos, ou seja,

aquele que prevê, acima de tudo, o bem-estar do cidadão e

a prevenção de crimes.

Resgatando nossa história e trabalhando para que o fu-

turo seja melhor, a segurança deixará de ser apenas uma sen-

sação e passará a ser uma realidade, da qual todos são, ao

mesmo tempo, protagonistas e beneficiários.

Ten Cel Jailson MirandaDiretor adjunto da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária (DDHPC) da Polícia Militar do Espírito Santo e Coordenador Estadual de Polícia Comunitária

Page 8: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 9: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

sUMário

4» planejar o futuroAtUAr no prEsEntE, 59» » » » » » » » » » » » » » » »

3» de polícia de proximidade

proErd CoMofErrAMEntA 39» » » » » » » » » » » » » » » »

estratégica e preventivaAtUAção 21» » » » » » » » » » » » » » » »

História, conceitos e princípiospoLÍCiA CoMUnitáriA: 11» » » » » » » » » » » » » » » »

Page 10: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 11: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

História, conceitos e

princípios

poLÍCiA CoMUnitáriA:

1

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Page 13: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

oi a partir desse princípio, do ex-pri-

meiro ministro do Reino Unido Ro-

bert Peel, que surgem no mundo

os conceitos da polícia comunitária,

ainda na primeira metade do século

XIX. Responsável pela reforma da polícia ingle-

sa e autor do Regimento Policial Civil de Lon-

dres, em 1829, Robert Peel foi o criador dos

fundamentos de uma polícia cidadã, voltada

para as relações e os conflitos sociais nos es-

tados de direito.

Peel defendeu a prioridade para a preven-

ção ao crime e à desordem em vez da repres-

são militarizada e punições severas contra a po-

pulação, além da aprovação social da atuação

da polícia e da cooperação do público para a

aplicação das leis. Foi ele também quem esta-

beleceu a imparcialidade da polícia no cumpri-

mento das normas legais, livre de sectarismos

sociais ou econômicos, bem como a proteção

da vida como maior objetivo da polícia e o uso

da força física apenas como última alternativa,

dentro dos limites da lei.

Robert Trojanowicz e Bonnie Bucqueroux

aprofundaram as discussões sobre o policiamen-

to comunitário, sedimentando a necessidade de

participação de alguns segmentos sociais defi-

nidos como necessários para a implementação

e o sucesso da comunitarização dos serviços

policiais: a polícia, a comunidade, a comuni-

dade de negócios, a mídia, as autoridades cí-

vicas eleitas e outras instituições.

Esses autores destacam ainda princípios que

norteiam essa filosofia, como a parceria entre

polícia e comunidade e a prevenção contra a

violência e o crime. Outro princípio importan-

te é a fixação do efetivo da polícia nas comuni-

dades, a fim de promover maior envolvimento

com as pessoas e os problemas locais e, conse-

quentemente, a responsabilidade territorial por

parte dos policiais. Assim, a comunidade passa

a contar com o seu próprio policial, bem como

atendimento mais personalizado, que acaba por

gerar maior confiança, sensação de segurança

e diminuição do medo.

Outros estudiosos contemporâneos também

apontam como premissa central do policiamen-

to comunitário a necessidade de uma postura

mais ativa e coordenada, por parte do públi-

co, na obtenção de segurança. É o caso de Da-

vid H. Bayley e Jerome H. Skolnick, para quem

a população deve ser vista como coprodutora

da segurança e da ordem, cabendo às polícias

a criação de maneiras inovadoras e apropria-

das de associar o público ao policiamento e à

manutenção da ordem.

“A missão fundAmentAl pArA A políciA existir é prevenir o crime e A desordem.”

f

prEVEnção CoMo Missão

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 13

Page 14: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

o Brasil, os problemas de segurança

pública sempre foram considerados

uma questão “apenas da polícia” e,

com isso, os demais segmentos da

sociedade se eximiam de sua impres-

cindível participação. O fato de o modelo tradi-

cional de atuação da PM estar pautado em ações

repressivas de controle à criminalidade e violên-

cia – com a presença da polícia apenas de ma-

neira pontual – tornou essa situação ainda mais

complexa. Tanto que a instituição policial atua-

va apenas de maneira reativa às demandas das

comunidades e, em alguns casos, as ações des-

sa “polícia repressiva” causavam mais temor do

que a criminalidade e a violência que já existem.

No entanto, a nova ordem constitucional es-

tabelecida a partir de 1988 exigiu do Estado e da

sociedade comportamentos pautados no respei-

to e na promoção dos direitos humanos. Diante

desse novo modelo, as instituições policiais pas-

saram a buscar uma identidade que melhor se

adequasse aos novos paradigmas sociais.

Nesse contexto, a polícia interativa surge com

um importante diferencial: atuar de maneira proa-

tiva, junto à comunidade, promovendo parcerias

e trabalho recíproco. É a polícia do “pode acon-

tecer” substituindo a “polícia do aconteceu”. A

construção dessa nova identidade institucional da

polícia não é tarefa apenas dos seus integrantes,

mas sim de toda a coletividade. Poder público e

sociedade civil têm de atuar em conjunto nesse

processo. A própria Constituição é clara nesse sen-

tido, quando define que a segurança pública é res-

ponsabilidade de todos, e não apenas do Estado.

MUdAnçA dE pArAdiGMA

norMas básiCas Do PoliCiaMEnto CoMunitário sEgunDo baYlEY E sKolniCK

Para Bayley e Skolnick, existem normas básicas para a filosofia

de policiamento conhecida como polícia comunitária:

1. Organizar a prevenção do crime tendo como base a comunidade;

2. Reorientar as atividades de patrulhamento para

enfatizar os serviços não emergenciais;

3. Aumentar a responsabilização das comunidades locais;

4. Descentralizar o comando.

n

14 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 15: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

iante da necessidade de seguir os

novos princípios de policiamento

que apontavam para o conceito de

polícia comunitária, a Polícia Militar

do Espírito Santo passou a buscar

nas comunidades as parcerias necessárias para a

coautoria na produção da seguridade social. As-

sim, outras agências de controle social deixaram

a passividade de seus comportamentos para atua-

rem como protagonistas na construção das políti-

cas públicas de segurança.

O primeiro passo para a implementação des-

sa filosofia foi dado em 1994, na cidade de Gua-

çuí, onde foram incorporados conceitos especí-

ficos de polícia comunitária, aqui chamada de

polícia interativa, como produtividade, informa-

tização, qualidade total e gestão participativa.

A avaliação dessa experiência, a partir de 1997,

quando a PMES ingressou no Programa Iniciati-

vas da Qualidade na Gestão Pública do Estado

do Espírito Santo, constatou a necessidade do

estabelecimento de alguns critérios norteado-

res e mecanismos de controle para a sua imple-

mentação, posto que, embora os resultados te-

nham sido favoráveis, foram identificadas tam-

bém necessidades de ajustes.

a PolíCia Da CoPartiCiPação

A implementação e a promoção da

polícia comunitária devem seguir os

princípios de sua filosofia, obedecidas

as características e peculiaridades

regionais e locais. Isso significa dizer

que as mesmas estratégias para

a aplicação tático-operacional do

modelo podem não funcionar em

comunidades distintas. É preciso deixar

bem claro que a simples execução

do policiamento nas comunidades

pode não significar a aplicação da

filosofia da polícia comunitária.

O patrulhamento policial aleatório,

por exemplo, pode caracterizar-

se apenas como a prática de

uma modalidade no exercício do

policiamento ostensivo. Para caracterizar

o trabalho comunitário, policiais e as

comunidades envolvidas devem buscar

aproximação recíproca, com objetivo

de sedimentar uma parceria, baseada

no respeito e na confiança mútua.

A polícia comunitária deve nascer e viver

dessa coparticipação envolvendo policiais

e representantes dos demais segmentos

sociais na identificação de prioridades

locais, discussão e elaboração de

propostas para a solução dos problemas

de segurança pública que afetam as

comunidades, visando à melhoria da

qualidade de vida de todos os cidadãos.

poLÍCiA intErAtiVA no EspÍrito sAnto

D

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 15

Page 16: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

As mudanças necessárias foram delibera-

das através de consultas internas, seminário

técnico e discussões em comissão designada

pelo Comando-geral da Corporação, que cul-

minou na elaboração e publicação da Diretriz

de Instrução n. 003/99 – “Parâmetros para

o Modelo Interativo de Polícia”. Essa diretriz

estabelece os critérios e a forma como se da-

ria o cadastramento e o credenciamento dos

Conselhos Interativos de Segurança pela Polí-

cia Militar, bem como define os itens de con-

trole que permitiriam a verificação da confor-

midade e qualidade na aplicação do modelo

interativo de polícia.

»»Cia. de Guaçuí.

»»A comunidade participa da Modalidade de

Interação Social na Cia. de Guaçuí.

»»Visita do comandante-geral ao Cel Julio César Costa,

idealizador da Polícia Interativa no Espírito Santo.

»»I Fórum Nacional sobre Polícia Interativa, com a

presença do comandante-geral Cel Carlos Magno.

»»I Fórum Nacional sobre Polícia Interativa.

»»I Fórum Nacional de Polícia Interativa com a presença de

autoridades públicas do Brasil. Na foto, Paulo Hartung, Luiz Ferraz Moulin, Nelson Jobim, Vitor Buaiz e Ricardo Ferraço.

16 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 17: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

A partir das experiências da evolução da polícia

interativa, em 26 de novembro de 2001 foi insti-

tuído o Decreto 936-R, o Accoountability Policial

no Espírito Santo, que conjugava o pensamento

da população associada e envolvida nos assuntos

da segurança pública, cuja essência é assegurar a

participação da sociedade civil na formulação e

no controle das ações de segurança pública, re-

presentando uma das legislações mais avança-

das com relação à filosofia de policia interativa.

Outra experiência exitosa foi realizada na

2ª Cia. do 1º BPM, na Região da Grande Santo

Antônio, com o projeto Célula Interativa do Mor-

ro do Quadro, em Vitória, que ganhou reconhe-

cimento nacional e internacional, após ter sido

escolhida como a melhor experiência de policia-

mento comunitário do Brasil, durante o primeiro

concurso promovido pela Motorola do Brasil em

2001/2002. O exemplo do Morro do Quadro foi

apresentado no livro “Policiamento Comunitá-

rio. Experiências no Brasil 2000-2002”, editado

pelo Ministério da Justiça em 2002, que propor-

cionou um reconhecimento ainda maior para as

experiências do Espírito Santo.

»»Equipe do Morro do Quadro.

»»O capitão Miranda mostra no quadro o resultado

da boa convivência com a comunidade.

»»Reunião do Conselho Interativo de Segurança

do Prêmio Motorola Morro do Quadro.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 17

Page 18: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Em 2006, por determinação do Comando-

geral da PMES foi elaborado o Projeto de Rees-

truturação da Polícia Interativa no Espírito San-

to. Em seu diagnóstico inicial, feito junto aos

Comandos de Unidades, no documento foram

constatados alguns problemas sobre a situação

do policiamento interativo no Espírito Santo, den-

tre eles a inexistência de um setor institucional

ou estrutura de apoio, responsável pelo acom-

panhamento, desenvolvimento e sedimentação

da filosofia comunitária e interativa e direitos hu-

manos na Polícia Militar.

Estimulada por esse projeto, além de reco-

mendações ministeriais e programas nacionais de

segurança pública e direitos humanos, foi insti-

tuída a Coordenação de Polícia Comunitária-In-

terativa, criando na estrutura da 3ª Seção do Es-

tado Maior Geral o Sistema de Polícia Comuni-

tária-Interativa, através da Portaria n. 477-R, de

16 de abril de 2009.

E tendo como base o modelo interativo de

polícia, em 2009, a Polícia Militar do Espírito

Santo apresentou também, na 1ª Feira do Co-

nhecimento em Segurança Pública, da 1ª Confe-

rência Nacional de Segurança Pública (Conseg),

em Brasília, o projeto Rede de Promoção de Am-

bientes Seguros (Repas) – Batalhão Participativo,

conquistando para o Estado do Espírito Santo o

primeiro lugar na votação popular como melhor

experiência do Brasil na temática da prevenção

à violência e à criminalidade.

Representantes do Programa das Nações Uni-

das para o Desenvolvimento (PNDU) que estiveram

na Conferência também aprovaram a excelência

da iniciativa do policiamento interativo capixaba,

que, com o Repas – Batalhão Interativo, chegou

a ser destaque na gestão pública estadual, ven-

cendo o Prêmio Inoves na categoria Participação

e Controle Social, em 2010.

No ano de 2010, o Decreto 2579-R, de 10 de

setembro, organiza a atuação dos órgãos de se-

gurança pública, estabelecendo áreas de compa-

tibilização mediante a integração de suas ativida-

des operacionais, e dispõe sobre a comunitariza-

ção de políticas de segurança pública no estado.

O Sistema de Polícia Comunitária-Interativa

foi reorganizado através da Portaria n. 528-R,

de 16 de junho de 2011, na estrutura do Esta-

do Maior Geral, criando as Coordenadorias Re-

gionais de Polícia Interativa. Nesse mesmo ano,

a Coordenação Estadual do Programa Educacio-

nal de Resistência as Drogas (Proerd), principal

ferramenta de polícia de proximidade da PMES,

foi inserida na responsabilidade da Coordena-

ção Estadual de Polícia Interativa.

A Coordenação Estadual de Polícia Interativa

assumiu status de Diretoria de Direitos Humanos

e Polícia Interativa (DDHPI) com a reformulação

do quadro organizacional da PMES, conforme es-

tabelecido no Decreto Estadual n. 3032-R, de 19

de junho de 2012, em seu artigo 13, Inciso XIX.

Nele, estabelece-se como missão da coordena-

ção “planejar, desenvolver, difundir e coordenar

a doutrina, a filosofia e a prática da polícia inte-

rativa, dos direitos humanos e de ações de res-

ponsabilidade social da corporação”.

18 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 19: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

No ano seguinte, com a reestruturação do quadro organizacional da

PMES, a Diretoria passa a ter uma nova nomenclatura: Diretoria de Di-

reitos Humanos e Polícia Comunitária (DDHPC), através do Decreto n.

3412-R, de 15 de outubro de 2013, trazendo como missão “promover,

através de planejamento, direção, organização e controle, a doutrina, a

filosofia e a prática do sistema comunitário, dos direitos humanos e de

ações sociais da corporação, bem como garantir a eficácia das políticas

do Comando-Geral no âmbito institucional”.

No modelo a seguir, podemos verificar os principais parâmetros do

modelo interativo de policiamento, como o executado no Espírito Santo:

princípios cArAcTErísTicAs

Comunitarização» Gestão participativa e prestação de contas» Interação/troca de informações» Fixação do efetivo

Cidadanização

» Politização» Supervisão civil da polícia» Defesa dos Direitos Humanos» Isenção político-partidária

Controle da

Qualidade total

» Produtividade» Orientação pelo cliente-cidadão» Qualidade em primeiro lugar » Ação orientada por prioridades» Ação orientada por fatos e dados (cientificidade)» Clientes no processo» Controle prévio (proatividade na prevenção)» Ação de bloqueio» Valorização humana» Comprometimento da alta direção

Profissionalização

» Ênfase proativa» Reação técnica e legal» Qualificação (treinamento/formação)» Valorização da inteligência policial» Implementação do policiamento velado» Opção pelo policiamento integrado» Metodologia científica para a administração

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 19

Page 20: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 21: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

estratégica e preventiva

AtUAção

2

Page 22: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 23: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

De 2007 a 2014, a PMES por meio da Coor-

denação Estadual de Polícia Interativa, primei-

ramente, e da Diretoria de Direitos Humanos

e Polícia Comunitária, mais tarde, participou

de diversos projetos e programas, seja como

condutor principal, seja como coadjuvante do

processo. Neste capítulo, relatamos cada um

deles e apresentamos seus avanços, que, aci-

ma de tudo, representam benefícios para toda

a população do Espírito Santo.

partir do diagnóstico do Projeto

de Reestruturação da Polícia In-

terativa, de 2006, a Coordena-

ção Estadual de Polícia Interativa

reestruturou as práticas policiais

militares no Espírito Santo. Seu objetivo é criar,

estabelecer e manter ambientes seguros, capa-

zes de potencializar o desenvolvimento de pro-

jetos sociais públicos e privados, bem como ga-

rantir o pleno exercício de todos os aspectos da

cidadania a partir de projetos pilotos nos muni-

cípios com locais de vulnerabilidade social até

alcançar todo o Estado.

Para isso, são implementadas ações de melho-

ria na aquisição de equipamentos, materiais de

proteção individual e viaturas e capacitação conti-

nuada em polícia comunitária e direitos humanos

de policiais militares. Para desenvolver as ações,

a PMES conta com parceiros como o Ministério

da Justiça, através da Secretaria de Segurança

projEto dE rEEstrUtUrAção dA poLÍCiA intErAtiVA no EspÍrito sAnto

a

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 23

Page 24: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Pública (Senasp) e Secretaria de Estado da Se-

gurança Pública e Defesa Social do Espírito San-

to (Sesp). Com eles, foram construídos projetos

e acordos de cooperação junto ao Programa Na-

cional de Segurança Pública com Cidadania (Pro-

nasci) e no Plano Estadual de Segurança Pública.

Além disso, também foram realizadas adesões aos

programas Brasil Mais Seguro e Crack, é Possível

Vencer, ambos do Governo Federal

A capacitação profissional também ganhou

força. Com a Coordenação Estadual de Polícia

Interativa, de 2007 a 2014 foram realizados 63

cursos, dos quais participaram 2.815 pessoas,

entre policiais militares, civis e rodoviários fe-

derais, integrantes das comunidades e guardas

municipais. Também foram promovidos 15 con-

gressos e seminários, que atingiram um públi-

co de 2.564 participantes.

24 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 25: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

cUrsos rEALiZADos AnTEs DA coorDEnAÇÃo EsTADUAL DE poLíciA inTErATiVA

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Cursos 1 15 37 1 1 1 1

Participantes

PM 32PM 292 PM 684 PM 44 PM 30 PM 21 0

PC 120 PC 495 PC 1 PC 2 PC 2 0

T 32COM 132 COM 224 COM 0 COM 7 COM 5 0

T 544 T 1.403 T 45 T 39 T 28 0

Congressos e seminários 1 Não

houve 1 Nãohouve

Nãohouve 1 0

Participantes 300 — 1.166 — — 35 0

total deParticipantes 332 544 2.569 45 39 63 0

cUrsos rEALiZADos ApÓs A criAÇÃo DA coorDEnAÇÃo DE poLíciA inTErATiVA

Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014Cursos 10 10 11 11 6 6 5 4

Participantes

PM 360 PM 340 PM 353 PM 447 PM 255 PM 300 PM 189 PM 169

PC 12 PC 10 PC 7 PC 4 PC 0 PC 2 PC 6 PC 3

CB 13 CB 6 CB 12 CB 14 CB 6 CB 5 CB 10 CB 3

GM 43 GM 22 GM 23 GM 23 GM 23 GM 14 GM 35 GM 12

PRF 4 PRF 4 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0

COM 8 COM 5 COM 27 COM 20 COM 8 COM 0 COM 13 COM 5

T 440 T 387 T 422 T 508 T 292 T 321 T 253 T 192

Congressos e seminários 1 0 2 3 2 2 3 2

Participantes 150 0 459 750 213 300 431 261

total deParticipantes 590 387 881 1.258 442 621 684 453

»»PM = policiais militares • PC = policiais civis • COM = integrantes das comunidades • T = total

»»PM = policiais militares • PC = policiais civis • COM = integrantes das comunidades

PRF = policiais rodoviários federais • GM = guardas municipais • OF = oficiais • T = totalObs.: Incluídas em 2012 duas edições do ciclo de cursos do Programa Crack, é Possível Vencer e quatro CNPPC.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 25

Page 26: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Pronasci (2007 a 2012)

» Realização de acordos de cooperação técnica para a realização do

Curso Nacional de Multiplicadores de Polícia Comunitária (CNMPC),

Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária (CNPPC) e

Curso Internacional de Multiplicador de Polícia Comunitária.

» Execução de 49 edições do CNPPC e cinco do CNMPC com o objetivo

de capacitar policiais militares e civis, bombeiros militares, guardas

municipais e lideranças comunitárias para gerenciar a ordem

pública, orientados pela filosofia de polícia comunitária, bem

como para atuar na docência da filosofia de polícia comunitária

e mobilização social. Mais de 2 mil pessoas foram capacitadas.

1» Outras ações reestruturantes da Coordenação Estadual de Polícia

Interativa estão descritas a seguir:

»»1ª turma do

Curso Nacional de Polícia

Comunitária Senasp.

26 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 27: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

2» Parceria brasil-japão: sistema Koban (2009 a 2011)

» Realização do Curso de Gestor de Policiamento Comunitário

Sistema Koban (CGPC-SK) e Curso de Operador de

Policiamento Comunitário Sistema Koban (COPC-SK).

» Execução de oito edições do CIMPC-SK com 24 oficiais da

PMES formados no curso internacional realizada na PMSP para

sedimentação da filosofia de polícia comunitária japonesa (Sistema

Koban). Três desses oficiais capacitados foram indicados para

participação de intercâmbio junto a Polícia Nacional do Japão.

» Capacitação de 46 sargentos no CGPC-SK e de 41 cabos e soldados

no COPC-SK para gerenciar e operar os Serviços de Atendimento ao

Cidadão (SACs) na filosofia do sistema Koban e Chuzaisho de bases

comunitárias, orientando-os pela filosofia de polícia comunitária, bem

como para atuar na mobilização social das lideranças comunitárias.

»»Treinamento Intercâmbio, na Policia Nacional do Japão.

»»Recepção da delegação brasileira no Japão, em 2011.

»»Primeiro Seminário Internacional de Policia Comunitária - Sistema Koban, na PMES.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 27

Page 28: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

3» outras ações de fortalecimento da comunitarização e integração da segurança pública

» Cadastro anual dos Conselhos Municipais,

Regionais e Interativos de Segurança Pública,

Serviços de Atendimentos ao Cidadão (bases

comunitárias) e Bases Comunitárias Móveis.

» Implementação de cinco projetos pilotos (Territórios

de Paz) na Região Metropolitana da Grande Vitória

com investimentos em equipamentos, viaturas,

rádios transmissores e ocupação nos territórios de

150 policiais capacitados no CNPPC para atuação

no policiamento comunitário em 2010.

» Inclusão do Proerd, com atuação de 36

policiais militares instrutores com exclusividade

nos Territórios de Paz em 2010.

» Elaboração do Decreto n. 2579-R, de 10 de setembro

de 2010, que organiza a atuação dos órgãos

de Segurança Pública, estabelecendo áreas de

compatibilização mediante a integração de suas

atividades operacionais e dispõe sobre a comunitarização

de políticas de segurança pública no Estado.

» Criação da Diretoria de Direitos Humanos e

Polícia Interativa, tendo a Coordenação Estadual

de Polícia Interativa como embrião.

28 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 29: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

riado pelo Governo Federal e alinhado

com os projetos sociais do Programa

Nacional de Segurança Pública com

Cidadania (Pronasci), o Projeto Ter-

ritórios de Paz abrange áreas da Re-

gião Metropolitana da Grande Vitória de maior

vulnerabilidade social. No Espírito Santo, o Terri-

tórios de Paz foi coordenado pela PMES através

da Coordenação Estadual de Polícia Interativa.

No dia 15 de maio de 2010, data do lançamento

oficial do projeto pela PMES, a gestão dos Terri-

tórios de Paz passou a ser orientada pelo Siste-

ma de Governança Operacional, que visa a am-

pliar a abrangência da filosofia e das práticas de

excelência em policiamento interativo com base

na resolutividade, motivação profissional, logís-

tica e ostensividade policial.

Cabe destacar que o Projeto Territórios de

Paz tem origem no projeto de reestruturação da

polícia interativa do Espírito Santo e que, quan-

do apresentado à Senasp, foi reconhecido como

um dos melhores projetos apresentados pela Po-

lícia Militar no Brasil, servindo de inspiração para

outros estados, com financiamento da União.

Conforme levantamento da Gerência de

Estatística e Análise Criminal (Geac) verificou-

se que o objetivo principal do projeto, ou seja,

a diminuição da criminalidade, em especial os

homicídios, alcançou resultados favoráveis, com

significativa redução.

No primeiro ano de projeto, a Região Metro-

politana reduziu em 21,18% o número de homicí-

dios. Ocorreram 934 crimes fatais contra a vida de

maio de 2010 a abril de 2011, contra quase 1.200

homicídios no mesmo período do ano anterior. Os

bairros da Grande Vitória onde foram implemen-

tados os Territórios de Paz também acompanha-

ram essa tendência, conforme a tabela a seguir.

projEto tErritÓrios dE pAZ

VAriAÇÃo no númEro DE homicíDios

região 15/05/2009 01/04/2010

15/05/2010 01/04/2011

Variação ao ano (%)

Espírito santo 1.825 1.499 -17,86região

Metropolitana da grande vitória

1.185 934 -21,18

são Pedro 34 21 -38,24terra vermelha 50 41 -18

feu rosa 33 26 -21,21nossa senhora

da Penha 16 6 -62,5

vila bethânia 12 4 -66,67

C

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 29

Page 30: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

30 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 31: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

proGrAMA EstAdo prEsEntEom a transição do Governo Federal

após as eleições de 2010, o Proje-

to Territórios de Paz, que era man-

tido majoritariamente por recursos

da União, viu-se necessitado de con-

tinuidade. Coube ao Governo do Estado então

prover e ampliar as políticas públicas de segu-

rança. Surge assim o Estado Presente, que her-

dou do Territórios de Paz não só a metodologia

de atuação, mas também o objetivo de desen-

volver respostas rápidas e permanentes, em par-

ceria com municípios, ONGs e iniciativa privada,

para reduzir os crescentes índices de criminalida-

de, na maior parte das vezes associados ao trá-

fico de drogas, além de democratizar o acesso

aos serviços públicos, especialmente para a po-

pulação residente em áreas de grande vulnera-

bilidade social.

De 2009 a 2013, o Estado Presente foi res-

ponsável pela redução de 16,32% do índice de

homicídios no Espírito Santo, principalmente nos

bairros da Grande Vitória atendidos inicialmen-

te pelo Territórios de Paz e depois pelo Estado

Presente, conforme tabela a seguir.

C

VAriAÇÃo no númEro DE homicíDios

região 2009 2010 2011 2012 2013Variação

por período

(%)Espírito santo 2.034 1.847 1.710 851 1.702 -16,32

região Metropolitana

da grande vitória

1.307 1.160 1.091 551 1.102 -15,68

são Pedro 39 38 24 5 10 -74,36terra vermelha 69 46 68 28 56 -18,84

feu rosa 56 42 41 26 52 -7,14nossa senhora

da Penha 19 21 18 8 16 -15,79

vila bethânia 23 15 13 6 12 -47,83

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 31

Page 32: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Para coordenar as ações do Estado Presente,

que previa uma governança democrática e par-

ticipativa, orientada para resultados, o Governo

do Estado instituiu a Secretaria Extraordinária

de Ações Estratégicas (Seae), que ficou encar-

regado de articular e integrar as diversas secre-

tarias, órgãos e instituições públicas e privadas

participantes do programa.

xecutado pela Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comuni-

tária entre 2013 e 2014, o Programa Brasil Mais Seguro, lança-

do em 2012 pelo Governo Federal objetivava a redução da cri-

minalidade violenta, por meio de acordo de cooperação técni-

ca entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Seu in-

tuito era diminuir a impunidade, aumentar a sensação de segurança da

população e promover maior controle de armas.

proGrAMA BrAsiL MAis sEGUro

E

Projetos da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária vinculados ao Estado Presente

» Expansão do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

» Expansão das práticas do policiamento comunitário nos aglomerados urbanos.

» Inclusão do Proerd no Programa Estadual de Ações

Integradas sobre drogas, o Rede Abraço.

32 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 33: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

proGrAMA CrACK, É possÍVEL VEnCEr

aseado no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Ou-

tras Drogas, instituído pelo Governo Federal em 2010 e exe-

cutado no Espírito Santo desde 2012, o Programa Crack, é

Possível Vencer estrutura-se em três eixos:

As formas de atuação do eixo Autoridade, à cargo da DDHPC, se dão

por meio da capacitação de policiais para atuação ostensiva, articula-

ção com estados e municípios, revitalização e criação de espaços públi-

cos de convivência comunitária, instalação de videomonitoramento em

pontos fixos e unidades de comando e controle móveis para monitora-

mento de áreas deflagradas. Entre as ações empreendidas pela PMES

dentro do Programa Crack, é Possível Vencer, destacam-se:

b1. Prevenção: ações voltadas à educação, informação e capacitação

2. Cuidado: ações dedicadas ao aumento da oferta de tratamento

de saúde e atenção aos usuários

3 autoridade: enfrentamento ao tráfico de drogas e às organizações criminosas

Para isso, foram firmados dois acordos de

cooperação técnica com a Senasp para exe-

cução de cinco edições do Curso de Promotor

de Polícia Comunitária em 2013 e três edições

em 2014. Foram formadas 410 pessoas, entre

policiais militares e civis, bombeiros militares,

guardas municipais e lideranças comunitárias

para o desempenho de seus papéis no contex-

to da segurança pública orientada pela filosofia

de polícia comunitária.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 33

Page 34: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» Execução de três edições do ciclo de cursos do

Programa Crack, é Possível Vencer, composto

pelo Curso Nacional de Multiplicador de Polícia

Comunitária: Tópicos Especiais em Policiamento

e Ações Comunitárias (Tepac) – Redes de Atenção

e Cuidados e Tópicos Especiais em Policiamento

e Ações Comunitárias (Tepac) – Abordagem

Policial a Pessoas em Situação de Risco.

» Capacitação de 49 operadores de segurança pública

na terceira edição do curso, em 2014, totalizando,

com edições anteriores, 139 policiais militares, civis e

guardas municipais para atuação em cenas de uso e

tráfico de drogas no que tange ao emprego racional

e adequado das tecnologias de menor potencial

ofensivo e no reconhecendo das redes de atenção,

prevenção e cuidado aos usuários de drogas de Vitória.

34 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 35: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» Duas edições do Curso de Capacitação de

Unidade Móvel Volare Programa Crack, é Possível

Vencer, totalizando 57 policiais militares.

» Execução de duas edições do Treinamento de utilização

da Unidade Móvel de Videomonitoramento do Programa

Crack, é Possível Vencer, totalizando 36 policiais militares.

» Plano de Emprego Tático-Operacional do

Programa apresentado ao Estado Maior do EMG,

CPOM e DDHPC pelo Comando do 1º BPM.

» Oficina de alinhamento com os gestores em cena de

uso da assistência, saúde e Guarda Civil Municipal

de Vitória, em parceria com a Coordenação

Estadual de Políticas sobre Drogas e PMV.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 35

Page 36: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» Treinamento do efetivo do Programa Crack, é Possível

Vencer, realizado pela Diretoria de Saúde sobre aspectos

de prevenção à saúde dos policiais nas cenas de uso.

» Entrega de equipamentos, armas de menor

potencial ofensivo e viaturas para execução e

desenvolvimento do programa de policiamento

comunitário com vídeo monitoramento ao 1º BPM:

» 2 Unidades Móveis: Micro-ônibus (Comando e Controle) e bases comunitárias moveis com vídeo monitoramento

» 40 câmeras PTZ Domo, HD (com toda infraestrutura para seu funcionamento)

» 4 viaturas e 4 motos

» 100 pistolas elétricas Spark

» 300 espargidores de pimenta

» Luvas de proteção individual e EPI para o efetivo empregado, sendo 50 óculos de proteção, 50 respiradores e 50 pares de luvas descartáveis

36 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 37: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» Participação em reuniões e audiências públicas na construção do PEDH,

em especial no eixo que trata da segurança pública, democratização e

modernização, e do PEEDH, na área que trata da educação dos profissionais dos

sistemas de Justiça e segurança pública e demais agentes do poder público.

» Representação e participação em reuniões, fóruns, seminários dos órgãos

ligados aos direitos humanos, em especial da Secretaria de Estado da

Assistência e Direitos Humanos do Espírito Santo (Seadh) e do Conselho

Estadual dos Direitos Humanos e Conselho Estadual sobre Drogas.

» Inclusão da PMES na Comissão Interinstitucional do Sistema

Socioeducativo do Estado do Espírito Santo.

pLAno EstAdUAL dE EdUCAção EM dirEitos HUMAnos (pEEdH) E proGrAMA EstAdUAL EM dirEitos HUMAnos (pEdH)

Plano Estadual de Educação em Di-

reitos Humanos (PEEDH) e o Pro-

grama Estadual de Direitos Huma-

nos (PEDH) do Espírito Santo são

documentos mutuamente com-

plementares. O primeiro cuida da realização da

formação em Direitos Humanos na educação

básica, superior, não formal ou não escolar;

formação dos profissionais dos sistemas de jus-

tiça e segurança e do poder público em geral,

e a mídia como parte do campo da educação.

Dentro do escopo do PEEDH e do PEDH,

a PMES participou dos planos com as seguin-

tes ações:

o

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 37

Page 38: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 39: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

3de polícia de proximidade

proErd CoMo fErrAMEntA

Page 40: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 41: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

rEConHECEndo E rEsistindo às droGAs

Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd)

é uma efetiva ferramenta de polícia de proximidade, que

consiste em um esforço cooperativo entre policiais milita-

res, famílias e comunidade escolar de modo a prevenir o

uso de drogas e, consequentemente, atos de violência pra-

ticados por crianças e adolescentes. O cerne do programa está em au-

xiliar os alunos a reconhecerem e resistirem à pressão para experimen-

tar drogas ou mesmo se envolver em atividades violentas. No entan-

to, para que esse objetivo seja alcançado, é necessário que o relaciona-

mento entre a corporação policial e a comunidade seja construído de

forma colaborativa e harmoniosa.

No Proerd, o papel do policial professor segue por dois caminhos:

por um lado, ele é o facilitador da aprendizagem, atuando na preven-

ção ao uso de drogas e à prática de atos de violência; por outro, é um

agente de promoção dos direitos humanos e exercício da cidadania para

o fortalecimento dos vínculos sociais.

Desde a criação do Proerd no Espírito Santo, em 2000, foram for-

mados cerca de 500 instrutores e atendidos mais de 257 mil alunos em

todo o Estado do Espírito Santo. Hoje, o programa conta com quatro

currículos: anos iniciais, quinto e sétimo anos do Ensino Fundamental e

Pais/Comunitário. O programa possui como materiais didáticos o Livro

do Estudante, o Livro dos Pais, cartazes para Educação Infantil e o Ma-

nual do Instrutor, que auxiliam os cursandos e os policiais no desenvol-

vimento das lições do Proerd.

Os policiais militares que trabalham no programa, denominados

instrutores Proerd, são formados, não apenas no Espírito Santo, mas

também em vários outros estados da Federação com os quais a Coor-

denação do Proerd do Espírito Santo está alinhada e trabalha de for-

ma equânime.

o

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 41

Page 42: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

o Proerd é processado basicamente em oito etapas:

CoMo fUnCionA o proGrAMA

formatura do policial instrutor

Contato com as escolas

relatório secretaria

O policial militar é

selecionado e passa

80 horas/aula se

capacitando para

atuar em sala de aula,

tornando-se assim um

instrutor do programa.

Os instrutores

procuram ou

são demandados

pelas escolas.

O policial encaminha

o relatório de

planejamento de

aula à Coordenação

Estadual do Programa.

A Coordenação

encaminha o relatório

à Secretaria, que vai

gerar o relatório anual

de atendimentos

do programa.

1 2 3 4» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

42 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 43: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

logística reunião pedagógica e de pais

início das aulas

formatura

A Coordenação

também encaminha

os dados para o

setor de Logística,

que vai encaminhar

ao instrutor os

materiais necessários

para que seja dado

início as aulas.

O instrutor dá início às

aulas do programa.

O instrutor reúne-

se com a direção e a

equipe pedagógica da

escola para explicar

a metodologia do

trabalho e também

com os pais dos

alunos, para adiantar-

lhes o conteúdo das

aulas do Proerd.

Formatura dos alunos

do programa.

5 6 7 8» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 43

Page 44: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

o proErd no EspÍrito sAnto

Inicia-se a formação de instrutores do Espírito

Santo, com 27 instrutores formados.

Começam os atendimentos das primeiras

turmas de alunos do ensino fundamental

das escolas do Estado do Espírito Santo.

2000»

2001»

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

44 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 45: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

O Proerd é institucionalizado na PMES, por

meio da Portaria 346-R. Neste ano, também é

formado o primeiro facilitador do Espírito Santo.

Inicia-se a formação de mentores,

com 13 mentores formados.

2003»

2002»

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 45

Page 46: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

O Proerd alcança a marca de

107.087 atendimentos.

É realizada a formação de instrutores e aplicação

do Proerd nas escolas dos cinco Territórios de

Paz, projeto da PMES com o Governo Federal.

2009»

2010»

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

46 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 47: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 47

Page 48: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

2011-2014: UM noVo proErd

A partir da incorporação da Coordenação

Estadual do Proerd à Coordenação Estadual

de Polícia Interativa, em 2011, gerenciada à

época pelo então major Jailson Miranda, ini-

cia-se o modelo de Gestão pela Qualidade

com Foco nos Resultados. Com isso, o Proerd

passou a trabalhar com recursos e ferramen-

tas do próprio setor público, como plano de

trabalho, termo de referência, ata de regis-

tro de preços, licitação e acordos de coope-

ração técnica.

Um diagnóstico do Proerd foi elaborado

a partir das demandas e anseios dos princi-

pais colaboradores, ou seja, os instrutores do

Proerd. Eles apontaram a necessidade de re-

uniões com a coordenação do programa, a

realização de seminários e encontros entre

a comunidade e os profissionais que atua-

vam no Proerd, bem como a criação da co-

missão de monitoramento das práticas de di-

reitos humanos e interação social da PMES,

o que culminou com a elaboração do Proje-

to de Expansão do Proerd no Espírito Santo.

Para a melhoria da qualidade do progra-

ma, foi ainda fundamental a elaboração do

Projeto de Ensino Permanente, com metas

na execução dos cursos de atualização, ca-

pacitação e formação dos instrutores, men-

tores e facilitadores.

Tudo isso somado, o quadriênio 2011-

2014 foi realmente muito profícuo para o

Proerd. Além de o programa ter alcançado a

marca de 132.429 atendimentos, em 54 mu-

nicípios, foram estabelecidas parcerias e fir-

mados acordos com a Secretaria Nacional de

Segurança Pública; a Secretaria Nacional So-

bre Drogas/MJ, através do Programa Crack, é

Possível Vencer, e os programas Estado Pre-

sente e Rede Abraço, do governo estadual.

O reconhecimento veio com quatro

premiações importantíssimas: o Gente

que Transforma o Amanhã, na área social,

conferido pela ArcelorMitaal Foundation;

a Medalha Paulo Freire, pelo destaque à

educação da coletividade, concedida pela

Assembleia Legislativa do Espírito Santo;

o Diploma de Mérito pela Valorização da

Vida, do Conselho Estadual sobre Drogas,

e o Prêmio Inoves, na categoria Resultados

para a Sociedade.

48 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 49: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »É realizada a formação de instrutores para

aplicação do Proerd nas escolas dos cinco

projetos pilotos do Projeto Territórios de

Paz, do Governo Federal. Também há a

expansão do Proerd tendo como base o

modelo de Gestão pela Qualidade com

Foco nos Resultados. O projeto de expansão

do programa é incluso no Sistema de

Gerenciamento Estratégico de Programas

e Projetos do Espírito Santo (SigES).

2011»

»»Formatura no Território de Paz da Grande São Pedro.

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 49

Page 50: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

O Proerd alcança a marca de 221.291

atendimentos e vence o Prêmio Inoves, na

categoria Resultados para a Sociedade. Também

recebe a premiação internacional Gente

que Transforma o Amanhã, na área social,

conferida pela ArcelorMittal Foundation.

Conquista também a medalha Paulo Freire

pelo destaque à educação coletiva, concedida

pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo,

e o Diploma de Mérito pela valorização da

vida do Conselho Estadual Sobre Drogas. O

Projeto de Expansão do Proerd é elaborado

e conveniado com o Ministério da Justiça no

valor de R$ 1,879 milhão para sua execução.

O Proerd passa a integrar o Programa Crack,

é Possivel Vencer, do Governo Federal.

É criado o Cine Proerd e 41 viaturas são

adquiridas para atuação exclusiva dos

instrutores do programa. Além disso, o 1º

Encontro Estadual da Comunidade Proerd

é realizado no Espírito Santo, bem como o

1º Curso de Proerd para Pais/Comunitário.

Neste mesmo ano, quatro facilitadores são

formados no Centro de Treinamento do Proerd

da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

Também em 2012 é criado o mascote do

Proerd, o amigável e corajoso Leão Daren.

2013»

2012»

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

50 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 51: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

A partir da aplicação do modelo de

Gestão pela Qualidade com Foco nos

Resultados no período de 2011 a 2014,

o Proerd alcança a expressiva marca de

132.310 atendimentos entre esses anos. É

lançado o Projeto Conhecendo a Lei Maria

da Penha (Convênio PMES e TJES) para

desenvolvimento de palestras de prevenção

da violência contra a mulher, crianças e

adolescentes no âmbito das escolas de

Ensino Fundamental através dos instrutores

Proerd, com capacitação de 88 instrutores

do programa. Entre os anos de 2012 e

2014, o Proerd realiza 16.100 atendimentos

diretos com o Cine Proerd, atuando em

nove municípios da Grande Vitória, e de

norte e sul do Estado no evento Estado

Presente: Ação Integrada Pela Cidadania.

2014»

» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 51

Page 52: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

27

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INSTRUTORES FORMADOS

ALUNOS ATENDIDOS

MENTORES FORMADOS FACILITADORES FORMADOS

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

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52

INSTRUTORES FORMADOS

ALUNOS ATENDIDOS

MENTORES FORMADOS FACILITADORES FORMADOS

11.346

7.1739.977 10.119

17.178

12.133 11.089

16.056

12.016

18.351

32.058

28.004

35.791 36.576

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A EVoLUção nA forMAção dE instrUtorEs E nos AtEndiMEntos rEALiZAdos pELo proErd

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Page 53: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

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AtEndiMEntos

2011por UnidAdE

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5.636

51

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2.9602.662

2.881

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474 662

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1.772

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1.827 1.632

292818

2900

315708

AtEndiMEntos

2012por UnidAdE

51

1.349

2.6212.138

3.508

4.056

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3.922

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AtEndiMEntos

2013por UnidAdE

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1.407

6090 256 0 225 298

1.192

AtEndiMEntos

2014por UnidAdE

1º B

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A DS

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3º BPM 9º BPM10ª Cia Ind

9ª Cia Ind

6ª Cia Ind

10º BPM

6º BPM1º BPM

4º BPM7º BPM

11ª Cia Ind

7.527

1.972

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Page 59: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

planejar o futuro

AtUAr no prEsEntE,

4

Page 60: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 61: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

ara o biênio 2015-2016, a Diretoria

de Direitos Humanos e Polícia Co-

munitária se prepara para fortalecer

a atuação dos instrutores do Progra-

ma Educacional de Resistência às Dro-

gas (Proerd), por meio do Projeto de Expansão do

Proerd no Espírito Santo, com a contratação de ser-

viços de editoração, diagramação, impressão de

materiais didáticos e de divulgação. Além disso, es-

pera-se facilitar a atuação dos instrutores do pro-

grama por meio da aquisição de equipamentos de

informática. Os investimentos para isso são da or-

dem de R$ 1,8 milhão, vindos do Governo Federal.

Na tabela a seguir, é possível perceber o

quão ousadas são as metas do Proerd para os

próximos dois anos:

PAÇõEs rEsULTADo

Em 2014 rEsULTADo pLAnEjADo

Atender 10 mil crianças por ano do currículo de Educação Infantil/Anos Iniciais (quatro a nove anos)

8.106 crianças atendidas

20 mil crianças atendidas

Atender 50 mil crianças por anos do currículo do 5º ano do Ensino Fundamental (dez a 12 anos)

22.102 crianças atendidas

100 mil crianças atendidas

Atender 10 mil adolescentes por ano do currículo do 7º ano do Ensino Fundamental (13 a 16 anos)

5.314 adolescentes atendidos

20 mil adolescentes atendidos

Atender 2 mil adultos por ano no currículo para pais

1.054 adultos atendidos

4 mil adultos atendidos

Formar de 180 instrutores Proerd por ano

60 instrutores Proerd formados

360 instrutores Proerd formados

Formar de 144 instrutores no currículo Proerd para pais/comunidade por ano

94 instrutores formados

288 instrutores formados

Propor à Sesp Ata de Registro de Preço para atender eventos e formaturas do programa.

Nenhum evento ou formatura custeada pelo Estado

Atender 40 formaturas (duas por unidade), custeadas pelo Governo do Estado

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 61

Page 62: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Além do estabelecimento de metas para o Proerd, a DDHPC construiu

o plano diretor para o biênio 2015-2016, prevendo a realização dos se-

guintes projetos:

1. Projeto de ocupação e práticas policiais comunitárias em

regiões de vulnerabilidade social latente.

2. Projeto de implantação do policiamento comunitário com videomonitoramento

em cenas de usos do Programa Crack, é Possível Vencer, do Governo Federal,

a serem pactuados com os municípios de Serra, Vila Velha e Cariacica.

3. Projeto de educação continuada em Direitos Humanos,

Polícia Comunitária e Proerd/PMES.

4. Acordo de Cooperação Técnica entre Senasp/MJ, PMES, Agência Brasileira

de Cooperação (ABC/MRE) e Japan International Cooperation Agency

(Jica/Japão) para capacitação de gestores e operadores em segurança

pública no policiamento comunitário pelo Sistema Koban.

62 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 63: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 64: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

posfáCiopoLÍCiA CidAdã E protAGonistA

o tempo em que cumprimentamos a Direto-

ria de Direitos Humanos e Polícia Comunitá-

ria (DDHPC) da PMES pela perseverança, cons-

tância de propósitos e resultados alcançados,

não poderíamos deixar de destacar a impor-

tância de seu trabalho para a gestão da segurança pública.

No cenário de turbulência, há anos vivido em todo o

território nacional, é da maior relevância a constante revi-

são, reavaliação e revalidação de nossos princípios opera-

cionais, com foco na prevenção.

Assim, a contínua requalificação dos policiais e os in-

vestimentos na atenção à infância e à juventude represen-

tam tanto em qualquer sociedade moderna e são alguns

dos principais esteios do exercício democrático do contro-

le social, pautado nas leis, no bem comum e nas liberda-

des individuais.

A polícia que ora se constrói não pode estar distante

dos clamores da sociedade da qual ela própria é oriunda.

Assim, não podemos nos furtar da percepção de que a jus-

tiça social é um dos principais fatores do desenvolvimento

das sociedades e de que não haverá condições básicas para

o desenvolvimento da justiça social onde não haja paz so-

cial. Este é o papel das polícias modernas, colaborar para a

construção da paz social de todas as formas possíveis.

a

64 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a

Page 65: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Cada policial requalificado é um profissional que renas-

ce para a sociedade, sendo mais capaz de atendê-la em suas

múltiplas e crescentes demandas. Cada criança ou adoles-

cente ao qual se dá atenção é mais uma semente de cida-

dania que será capaz de germinar no seio da sociedade.

Embora as condições de desenvolvimento do trabalho

policial sejam quase sempre adversas e os ambientes pare-

çam hostis e o recursos, insuficientes, nada disso pode re-

presentar senão estímulo ao desenvolvimento de nossos ta-

lentos em prol da sociedade.

Nesse sentido, a DDHPC tem dado sobejas mostras de

que a dedicação de nossos homens e mulheres pode produ-

zir transformações significativas na realidade social. Mui-

to além do atendimento de ocorrências policiais e patru-

lhamento de rotinas, há muito espaço para a atuação da

Polícia Militar como uma polícia cidadã e protagonista na

transformação da realidade.

A herança que deixaremos a nossos descendentes come-

ça a ser construída em cada gesto de mútua consideração

e respeito entre polícia e comunidade, ou mesmo no bri-

lho do olhar de jovens e crianças que passam a perceber no

policial militar um aliado em seu caminhar para o futuro.

Parabenizando à DDHPC pelo trabalho. Fica, então, lan-

çado o desafio de continuidade sem continuísmo, de inova-

ção com respeito às tradições e de enriquecimento da ativi-

dade policial, por intermédio da constante valorização da

cidadania, dos direitos humanos e da ordem democrática.

Cel PM Marcos Antônio Souza do NascimentoComandante-geral da PMES

H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 65

Page 66: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária

Elaboração

tEn CEl PM jailson MiranDaCaP PM valC angElo rufino

EDição Do ContEúDo

PrEviEw EDitora27 3225.6119Rua Professor Sarmento, 41, Lj 01, Ed. Eller, Praia do SuáCEP: 29.052-370, Vitória, ES

ProjEto gráfiCo E DiagraMação

linK EDitoração27 3337.7249Rua Vila Lobos, 118, Bairro de FátimaCEP: 29.160-821, Serra, ES

iMPrEssão

grafitusa27 3434.2200Av. José Maria Vivacqua, 580, Rod. Norte-Sul, Jardim CamburiCEP 29.090-160, Vitória, ES

Page 67: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
Page 68: Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária