Upload
internet
View
103
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Abril de 2007
Prof. Carlos H. Marcondes
Universidade Federal Fluminense / Departamento de Ciência da Informação
© Marcondes
[ [ A IMPORTÂNCIA DA AUTOMAÇÃO PARA UMA BIBLIOTECAA IMPORTÂNCIA DA AUTOMAÇÃO PARA UMA BIBLIOTECA]]
Em 1992 Lancaster perguntava se as tecnologias de informação seriam ameaças ou oportunidades para as Bibliotecas. Hoje nenhum bibliotecário pensa mais que elas constituam uma ameaça, mas sim uma grande OPORTUNIDADE.
Automação não é um fim em sí. É uma oportunidade, porque as tecnologias de informação podem significar para uma Biblioteca:
• melhores serviços prestados a um maior número de usuários;• serviços mais personalizados e prestados com maior rapidez;• estatísticas sobre o trabalho da Biblioteca em geral e sobre seus serviços, que permitem a avaliação.
Automação também significa padronização. Lancaster também falava em ACESSO em vez de POSSE, para se referir ao potencial das tecnologias de informação de permitirem que a Biblioteca coopere e compartilhe recursos, podendo trabalhar de forma crescente com recursos que não mais estão entre as quatro paredes da Biblioteca, mas que, através das tecnologias da informação, a Biblioteca proporciona acesso aos seus usuários.
Para que as tecnologias de informação possam proporcionar acesso e intercâmbio de informações cada vez mais irrestrito, elas demandam cada vez mais de um esforço de padronização por parte tanto das bibliotecas, quanto dos desenvolvedores de tecnologia e dos organismos nacionais e internacionais de padronização.
Um processo de automação bem conduzido pode significar um grande fortalecimento institucional da Biblioteca junto a seus usuários e junto à instituição a que pertence. E para o profissional bibliotecário pode significar também oportunidade de aperfeiçoamento, valorização e consolidação profissional.
© Marcondes
[ [ contextualização contextualização ]]
MERCADO BRASILEIRO DE SABs - SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO DE MERCADO BRASILEIRO DE SABs - SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECASBIBLIOTECAS
Até 1990Até 1990- - reserva de mercado para produtos de informáticareserva de mercado para produtos de informática- única opção: desenvolvimento próprio, em conjunto, pela equipe da biblioteca e de processamento de dados da instituição.
Após 1990
- abertura do mercado
- surgimento de vários fornecedores,várias opções de SABs
- necessidade de metodologias para necessidade de metodologias para avaliação/seleção de SABs avaliação/seleção de SABs
© Marcondes
[ [ contextualização contextualização ]]Como o processo de avaliar/selecionar/comprar um SAB para uma Como o processo de avaliar/selecionar/comprar um SAB para uma Biblioteca é um processo:Biblioteca é um processo:
CARO - CARO - alguns SABs vendidos no Brasil custam mais de alguns SABs vendidos no Brasil custam mais de R$1.000.000,00, muitas vezes com uma taxa de manutenção R$1.000.000,00, muitas vezes com uma taxa de manutenção
anual de anual de 1/10 deste valor,1/10 deste valor, que envolveque envolve RISCOS, RISCOS, os resultados da automação só são visíveis os resultados da automação só são visíveis a médio/longo PRAZO - a médio/longo PRAZO -
ao adquirir um SAB, inaugura-se uma parceria entre a Biblioteca e ao adquirir um SAB, inaugura-se uma parceria entre a Biblioteca e o o fornecedor que tem que ser pensada para, no mínimo, 3 anos; fornecedor que tem que ser pensada para, no mínimo, 3 anos; neste neste prazo é que tudo deverá estar funcionando;prazo é que tudo deverá estar funcionando;
existe a necessidade de que este processo seja desenvolvido com o existe a necessidade de que este processo seja desenvolvido com o apoio de uma METODOLOGIA que garanta que seja um processo:apoio de uma METODOLOGIA que garanta que seja um processo:
OObjetivo VVerificável
TTransparente JJustificável
DDocumentado © Marcondes
[ “LINKs” para as Unidades do Curso][ “LINKs” para as Unidades do Curso]UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOSUNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS de de Tecnologia da Informação Tecnologia da InformaçãoPara se poder compreender as características técnicas e poder avaliar e Para se poder compreender as características técnicas e poder avaliar e selecionar um SAB para ser adquirido por uma Biblioteca, é necessária a selecionar um SAB para ser adquirido por uma Biblioteca, é necessária a compreensão de alguns conceitos básicos decompreensão de alguns conceitos básicos de Tecnologia da Informação. Tecnologia da Informação.
Estes conceitos são os seguintes e são discutidos a seguir:Estes conceitos são os seguintes e são discutidos a seguir: Ambiente de funcionamento de SAB - Ambiente de funcionamento de SAB - a infra-a infra-estrutura de redes, estrutura de redes, “hardware” e “software” necessária para o “hardware” e “software” necessária para o funcionamento de um SABfuncionamento de um SAB Arquitetura CLIENTE-SERVIDOR - Arquitetura CLIENTE-SERVIDOR - como são como são organizados os programas componentes de um SAB para organizados os programas componentes de um SAB para otimizar otimizar seu funcionamento num ambiente de redesseu funcionamento num ambiente de redes Formato MARC – Formato MARC – padrão mundial para catalogação e ntercâmbio de padrão mundial para catalogação e ntercâmbio de
dados bibliográficosdados bibliográficos Protocolo de consulta Z39.50 – Protocolo de consulta Z39.50 – permite a consulta a permite a consulta a diferentes diferentes catálogos de bibliotecas como se fosse um únicocatálogos de bibliotecas como se fosse um único Protocolo de Serviços Expandidos Z39.88 – Protocolo de Serviços Expandidos Z39.88 – permite customizar os permite customizar os
“links” para recursos eletrônicos de acordo com as “links” para recursos eletrônicos de acordo com as possibilidades da possibilidades da BibliotecaBiblioteca
UNIDADE 2 - METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO/SELEÇÃO/AQUISIÇÃOUNIDADE 2 - METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO/SELEÇÃO/AQUISIÇÃO de de SABsSABs
Etapas de um processo de automação de bibliotecasEtapas de um processo de automação de bibliotecasNegociação contratualNegociação contratual
© Marcondes
[ [ Conceitos Básicos - Conceitos Básicos - AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SABAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB ]]
Quando se fala em AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB esta se Quando se fala em AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB esta se referindo ao conjunto de computadores - servidores, estações -, interligados referindo ao conjunto de computadores - servidores, estações -, interligados por redes, de “software” - sistemas operacionais, protocolos, etc, que por redes, de “software” - sistemas operacionais, protocolos, etc, que formam a infra-estrutura de redes e computacional NECESSÁRIA para o formam a infra-estrutura de redes e computacional NECESSÁRIA para o funcionamento de um SAB.funcionamento de um SAB.
Todos estes componentes são interligados e integrados através de redes e Todos estes componentes são interligados e integrados através de redes e precisam funcionar de forma COMPATÍVEL, SEM CONFLITOS, compondo um precisam funcionar de forma COMPATÍVEL, SEM CONFLITOS, compondo um ambiente interdependente mas INTEGRADO harmoniosamente ambiente interdependente mas INTEGRADO harmoniosamente
O funcionamento de um SAB é dependente deste ambiente. Não se pode O funcionamento de um SAB é dependente deste ambiente. Não se pode pensar em adquirir um SAB se a Biblioteca não dispuser do AMBIENTE pensar em adquirir um SAB se a Biblioteca não dispuser do AMBIENTE COMPUTACIONAL necessário para o seu funcionamento. COMPUTACIONAL necessário para o seu funcionamento.
Isto, muitas vezes, pode implicar em CUSTOS e PRAZOS adicionais para Isto, muitas vezes, pode implicar em CUSTOS e PRAZOS adicionais para adquirir, instalar e configurar o AMBIENTE COMPUTACIONAL necessário adquirir, instalar e configurar o AMBIENTE COMPUTACIONAL necessário para o funcionamento do SABpara o funcionamento do SAB
Os elementos desse ambiente foram vistos na Unidade I - RedesOs elementos desse ambiente foram vistos na Unidade I - Redes
© Marcondes
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – COMPUTADORESAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – COMPUTADORES ]]
© Marcondes
As redes reais são Redes heterogêneas,combinações de redes diferentes
Internet
“hub”
“gateway”“gateway”
“bridge”
“router”“hub”
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – COMPUTADORESAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – COMPUTADORES ]]
COMPUTADORES:COMPUTADORES:
Os COMPUTADORES, conectados às redes através de placas conectoras (como foi Os COMPUTADORES, conectados às redes através de placas conectoras (como foi visto), geralmente são de dois tipos:visto), geralmente são de dois tipos:
as ESTAÇÕES ou computadores CLIENTES, PCs comuns, que são operados as ESTAÇÕES ou computadores CLIENTES, PCs comuns, que são operados pelos catalogadores, pelos bibliotecários para realizar empréstimos, pelos pelos catalogadores, pelos bibliotecários para realizar empréstimos, pelos usuários finais para fazer consultas ao catálogo, etc.usuários finais para fazer consultas ao catálogo, etc.
os SERVIDORES, computadores especiais que controlam e administram as os SERVIDORES, computadores especiais que controlam e administram as redes, controlando o tráfego de mensagens, as autorizações de acesso, as bases redes, controlando o tráfego de mensagens, as autorizações de acesso, as bases de dados, etc. Os SERVIDORES são essenciais em redes mais complexas.de dados, etc. Os SERVIDORES são essenciais em redes mais complexas.
O papel especial que desempenham os computadores SERVIDORES numa rede faz O papel especial que desempenham os computadores SERVIDORES numa rede faz com que eles sejam máquinas mais sofisticadas, que geralmente trabalham 24 horas com que eles sejam máquinas mais sofisticadas, que geralmente trabalham 24 horas por dia, com grande capacidade de disco e de memória. Muitos dos seus componentes por dia, com grande capacidade de disco e de memória. Muitos dos seus componentes são duplicados, como garantia contra panes. Muitos SERVIDORES tem 2, 4 e até mais são duplicados, como garantia contra panes. Muitos SERVIDORES tem 2, 4 e até mais processadores trabalhando simultaneamente.processadores trabalhando simultaneamente.
Um SERVIDOR pode ser desde um PC sofisticado, custando cerca de 2000 dólares, até Um SERVIDOR pode ser desde um PC sofisticado, custando cerca de 2000 dólares, até máquinas maiores, que custam mais de 2.000.000 dólares máquinas maiores, que custam mais de 2.000.000 dólares
Geralmente, programas especiais que são parte de um SAB, programas que Geralmente, programas especiais que são parte de um SAB, programas que administram bases de dados como o Catálogo, o Cadastro de Usuários, o Kardex, são administram bases de dados como o Catálogo, o Cadastro de Usuários, o Kardex, são instalados em SERVIDORESinstalados em SERVIDORES
© Marcondes
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – “SOFTWARE”“SOFTWARE” ]]
““SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS:SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS:
Um SERVIDOR é componente “hardware”. Não funciona sem “software” Um SERVIDOR é componente “hardware”. Não funciona sem “software” apropriado, o SISTEMA OPERACIONAL, que é um “software” básicoapropriado, o SISTEMA OPERACIONAL, que é um “software” básico
O conjunto formado pelo SERVIDOR com seu processador, mais o O conjunto formado pelo SERVIDOR com seu processador, mais o SISTEMA OPERACIONAL, é chamado de PLATAFORMA DE SISTEMA OPERACIONAL, é chamado de PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE”. “HARDWARE”/”SOFTWARE”.
A PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE” define a A PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE” define a capacidade do sistema de atender a vários usuários conectados capacidade do sistema de atender a vários usuários conectados simultaneamente, e a vários programas funcionando simultaneamente. simultaneamente, e a vários programas funcionando simultaneamente. As PLATAFORMAS SERVIDORES que controlam redes, geralmente As PLATAFORMAS SERVIDORES que controlam redes, geralmente devem ser multiusuárias e multitarefasdevem ser multiusuárias e multitarefas
A PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE” define também a A PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE” define também a compatibilidade do “software” aplicativo, ou seja, o “software” compatibilidade do “software” aplicativo, ou seja, o “software” aplicativo (entre eles, o SAB) tem que ser compatível com determinada aplicativo (entre eles, o SAB) tem que ser compatível com determinada PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE” PLATAFORMA DE “HARDWARE”/”SOFTWARE”
© Marcondes
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – PLATAFORMASAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – PLATAFORMAS ]]
““SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS - PLATAFORMAS:SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS - PLATAFORMAS:
As mais conhecidas PLATAFORMAS SERVIDORAS multiusuárias/multitarefas existentes hoje no mercado são as
seguintes:
• Sistema operacional MS Windows NT, rodando em processadores Intel;• Sistema Operacional Novel Netware, rodando em processadores Intel;• Família de Sistemas Operacionais UNIX, rodando em diferentes processadores, por exemplo:
• LINUX, em processadores Intel;• IBM/AIX em diversos processadores IBM;• HP UX em processadores HP;• Solaris em processadores Sun;• SCO em processadores Intel.
Especificações técnicas de plataformas servidoras, inclusive com preços, podem ser encontradas em:http://www.dell.com.br, http://www.ibm.com.br, http://www.compaq.com.br
© Marcondes
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – PLATAFORMASAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – PLATAFORMAS ]]
““SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS – PLATAFORMAS, SGBDs:SOFTWARE” - SISTEMAS OPERACIONAIS – PLATAFORMAS, SGBDs:
Assim, um primeiro condicionante na avaliação de um sistema de automação de bibliotecas é saber que plataforma ou “software” adicional ele requer para operar. Geralmente, esta característica consta das especificações técnicas do sistema.
Eventualmente, caso a instituição a qual a biblioteca pertence já possua uma determinada plataforma, isso vai CONDICIONAR a aquisição do SAB, que deverá ser COMPATÍVEL com a plataforma já existente na instituição.
Ou, caso a biblioteca escolheu determinado SAB e não possui instalada a plataforma necessária para o seu funcionamento, isso vai requerer a aquisição da plataforma, da rede e seus componentes, sua instalação e configuração e, posteriormente, sua manutenção e suporte. Tudo isto implica em custos adicionais, prazos para instalação e configuração e despesas com suporte e manutenção.
A transparência seguinte mostra, num quadro geral, a interdependência entre os componentes que formam a infra-estrutura de redes e computacional NECESSÁRIA infra-estrutura de redes e computacional NECESSÁRIA para o funcionamento de um SAB.para o funcionamento de um SAB.
Muitos SABs são desenvolvidos tendo como base SGBDs – Sistemas Gerenciadores Muitos SABs são desenvolvidos tendo como base SGBDs – Sistemas Gerenciadores de Bases de Dados - de outros fornecedores; deve-se verificar esta característica e se de Bases de Dados - de outros fornecedores; deve-se verificar esta característica e se ela implica em custos adicionais para adquirir o SGBDela implica em custos adicionais para adquirir o SGBD © Marcondes
[[AMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – QUADRO GERAL DOS COMPONENTESAMBIENTE DE FUNCIONAMENTO DE UM SAB – QUADRO GERAL DOS COMPONENTES ]]
Cliente de catalogação
Cliente Z39.50
Cliente de circulação
Cliente de consulta
Servidor de bases de dados bibliográficas
Sistema de automação de bibliotecas
Servidor Z39.50
SGBD – sistema gerenciador de bases de dados
“Software” aplicativo
Servidor Web
Sistemas operacionais / sistemas operacionais de rede
“Software”
“Software” básico
Protocolos de comunicação (TCP/IP)
Computadores “Hardware”
Outros acessórios
Estrutura física da rede
Equipamentos auxiliares e de conexão
Infra-estrutura de redes e comunicação
Placas de interface
© Marcondes
[[CONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARC ]]
Robredo, Jaime Documentação de hoje e amanhã: uma abordageminformatizada da Biblioteconomia e dos sistemas deinformação / Jaime Robredo, Murilo B. da Cunha. --São Paulo : Global, 1994
400 p. Il.
ISBN 85-200-047-0Edição fac-similar da 2a. edição publicada pelo autor
1. Biblioteconomia 2. Documentação. 3. Informação -Sistemas de armazenamento e recuperação 4. Redes deinformação I. Cunha, Murilo B. da II. Título. III. TítuloDocumentação de hoje e amanhã: uma abordagem informatizada da Biblioteconomia e dos sistemas deinformação.
CDD-025.04© Marcondes
Repare na seguinte ficha catalográfica
A seguir teremos uma BREVE introdução ao formato MARC e a importância
de um SAB ser compatível com este formato para uma Biblioteca ...
[[CONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARC ]]
Pode-se identificar na ficha as seguintes informações: Primeiro Autor: Jaime Robredo Título, subtítulo e indicação de responsabilidade: Documentação de hoje e amanhã: uma abordagem informatizada da Biblioteconomia e dos sistemas de informação / Jaime Robredo, Murilo B. da Cunha Descrição física: 400 p. Il. Nota: Edição fac-similar da 2a. edição publicada pelo autor ISBN: 85-200-047-0 Imprenta: São Paulo : Global, 1994 Classificação (CDD): 025.04 Assuntos: Biblioteconomia, Documentação, Informação - sistemas de armazenamento e recuperação, Redes de informação Segundo Autor: Murilo B. da Cunha
© Marcondes
[[CONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARC ]]
As informações da ficha anterior são representadas num registro de um arquivo computacional como nas duas últimas colunas da tabela seguinte, segundo as convenções do formato MARC. Repare que cada informação que compõe a ficha, ao invés de ser identificada por um título é identificada por um número ou etiqueta numérica INFORMAÇÕES ETIQUETA CONTEÚDO Classificação (CDD) 082 00 $a 0025.04 Primeiro Autor 100 1b $a Robredo, Jaime Título, subtítulo e indicação de responsabilidade
245 10 $a $b $c
Documentação de hoje e amanhã uma abordagem informatizada da Biblioteconomia e dos sistemas de informação Jaime Robredo, Murilo B. da Cunha
Imprenta
260 bb $a $b $c
São Paulo Global 1994
Descrição física 300 bb $a $b
400 p. Il
Notas 500 bb $a Edição fac-similar da 2a. edição publicada pelo autor Assunto 650 b1 $a
650 b1 $a 650 b1 $a 650 b1 $a
Biblioteconomia Documentação Informação - sistemas de armazenamento e recuperação Redes de informação
Segundo Autor 700 1b $a Cunha, Murilo B. da
© Marcondes
[[CONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS FORMATO MARC ]]
A ESTRUTURA de um FORMATO pode ser melhor entendida se vista como composta de diferentes NÍVEIS:
• Nível Físico: diz respeito ao “lay out” dos registros bibliográficos em meio magnético; veja na próxima transparência
– padrão: Norma ISO2709
• Nível do Elenco de campos, (subcampos e indicadores) e seus identificadores – as etiquetas numéricas
ex: 100-Autor pessoal, 245-Título, etc. A lista completa dos campos MARC pode ser vista em MARC 21 Concise Bibliographic Format
• Nível das Regras de transcrição de informações nos campos
– Como registrar as informações bibliográficas nos diferentes campos; por ex. as regras da AACR2
Definição: Formato Bibliográfico de Intercâmbio é um conjunto de padrões para representação de informações bibliográficas em meio legível por computador com a finalidade de intercâmbio de dados entre bibliotecas
© Marcondes
[[CONCEITOS BÁSICOS - FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS - FORMATO MARC - - Estrutura de um registroEstrutura de um registro]]
• Nível Físico: lay out dos registros em meio magnético – Norma ISO2709cada registro bibliográfico segundo o Formato MARC é formado de três partes:
“Leader” + Diretório + Dados: “Leader” e Diretório são uma espécie de sumário ou índice para os dados, indicando as etiquetas de cada campo que forma o registro, sua posição de início e seu tamanho
© Marcondes
LeaderLeader DiretórioDiretório
Campo(100)Campo(100) Início(20)Início(20) Tamanho(18)Tamanho(18)
10$aROBREDO, JaimeDados
[[CONCEITOS BÁSICOS - FORMATO MARCCONCEITOS BÁSICOS - FORMATO MARC – ISO2709 x XML – ISO2709 x XML]]
© Marcondes
LeaderLeader DiretórioDiretório
Campo(100)Campo(100) Início(20)Início(20) Tamanho(18)Tamanho(18)
10$aROBREDO, JaimeDados
<paragrafo value=“100”>
<ind1>1</ind1>
<ind2>0</ind2>
<subcampo value=“$a”>ROBREDO, Jaime</subcampo>
</paragrafo>
[[FORMATO MARCFORMATO MARC - - Estrutura de um registro - NÍVEL FÍSICO]Estrutura de um registro - NÍVEL FÍSICO]
• Leader: tamanho fixo, indica quantos campos tem o registro e endereço base da área de dados
• Diretório: Tabela com entradas de tamanho fixo, tantas entradas quantos são os campos do registro
– Cada entrada consta de três informações:
• Etiqueta identificadora do campo
• Caracter de início do campo na Área de Dados
• Tamanho em caracteres do campo
• Área de DADOS: conteúdo dos campos
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!! O catalogador não precisa se preocupar com o “lay-out” dos registros bibliográficos em meio legível por computador. Quem tem que saber ler e gravar registros segundo este “lay-out” são os programas de computador. O programa de catalogação cria o leader e o diretório no momento de catalogar o registro e o programa de recuperação deve ser capaz de lê-los no momento de recuperar o registro e interpretar as informações nele contidas © Marcondes
[[FORMATO MARCFORMATO MARC - - Estrutura de um registro - NÍVEL FÍSICO [Estrutura de um registro - NÍVEL FÍSICO [
• Dados Bibliográficos apresentam itens de informação (campos) com as seguintes características:
– Tamanho varíável – ex: Títulos curtos, Títulos longos
– Opcionais: ex: ora existe a informação de Autor, ora não, ora existe a informação da data de Publicação, ora não, etc.
– Múltiplos ocorrências de uma informação – ex: ora tem-se um Autor, ora dois, etc; ora temos um Editor, ora dois, etc; podemos ter vários Assuntos, etc.
O porquê da estrutura do registro bibliográfico de acordo com a Norma ISO2709?
© Marcondes
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ÁREAS DE DESCRIÇÃO]ÁREAS DE DESCRIÇÃO]
Um Campo no MARC é um conjunto de informações sobre, por exemplo, o Autor Pessoal, como:
• seu nome• títulos de nobreza ou algarismos romanos
associados ao nome• datas de nascimento e morte do autor
ou sobre, por exemplo, o Título, como:
• título• subtítulo• indicação de responsabilidade
A descrição de um documento é feita através de CAMPOS, como autor, título, imprenta, etc
© Marcondes
Cada conjunto de informações
desta é identificado por
uma etiqueta numérica de três dígitos
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ÁREAS DE DESCRIÇÃO]ÁREAS DE DESCRIÇÃO]
0XX – Área de Informações de controle, informações codificadas
• 008 - Campos fixos• 020 - ISBN• 022 - ISSN• 035 - Número de registro• 044 - Código do país de publicação• 080 - CDU• 082 - CDD
1XX – Área de Entrada principal• 100 - entrada principal - Nome pessoal• 110 - entrada principal - Instituição• 111 - entrada principal - Nome do Evento• 130 - entrada principal - Título uniforme
Os campos do MARC se organizam em grandes Áreas de Descrição, semelhante à AACR2:
© Marcondes
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]
Os campos do MARC se organizam em grandes Áreas de Descrição, semelhante à AACR2:
2XX – Área de Títulos, menção de responsabilidade, edição, imprenta• 240 - Título uniforme• 242 - Título traduzido• 245 - Título• 250 - Menção de edição• 260 - Área de imprenta
3XX – Área de Descrição física• 300 - Descrição física
4XX – Área de Série• 400 - Série - Nome pessoal• 410 - Série - Instituição• 411 - Série - Evento • 440 - Série - Título
© Marcondes
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]
Os campos do MARC se organizam em grandes Áreas de Descrição, semelhante à AACR2:
5XX – Área de Notas• 500 - Notas gerais
• 502 - Notas de dissertação ou teses
• 505 - Notas de conteúdo
6XX – Área de Assuntos• 600 - Assunto - Nome pessoal
• 610 - Assunto - Instituição
• 611 - Assunto - Evento
• 650 - Assunto tópico
© Marcondes
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]ÁREAS DE DESCRIÇÃO ]
Os campos do MARC se organizam em grandes Áreas de Descrição, semelhante à AACR2:
7XX – Área de Entradas secundárias (menos por Série)• 700- Secundária por Nome pessoal
• 710 - Secundária por Instituição
• 711 - Secundária por Evento
8XX – Área de Entradas secundárias por Série• 800 - Secundária por série- Nome pessoal
• 810 - Secundária por série- Instituição
• 811 - Secundária por série- Evento
• 830 - Secundária por Série
9XX - Área de Campos específicos da biblioteca
© Marcondes
As diversas informações que compõe cada campo são identificadas pela ETIQUETA, os INDICADORES e os CÓDIGOS DOS SUBCAMPOS. Estes elementos em conjunto são chamados de designadores de conteúdo
© Marcondes
Área 0XX
Área 1XX
Área 2XX
Área 3XX
Etiq.100
Ind11 Ind21
Indicadores
Subcampos
$aCamões, Luiz de$d1524?-1580
Etiq.245
Etiq.260
Os conteúdos dos dados estão nos subcampos
Indicam como as informações do campo devem ser processadas
Identifica o campo
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – Hierarquia das informações que compõe um registro MARCHierarquia das informações que compõe um registro MARC
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMATO BIBLIOGRÁFICO]ESTRUTURA DE UM FORMATO BIBLIOGRÁFICO]
© Marcondes
• Elenco de etiquetas, indicadores, subcampos e seus identificadores
ex: 10011$aCamões, Luiz de$d1524?-1580
etiquea (100-Autor pessoal)
indicadores (ind1 e ind2)
subcampo a-entr. p/ sobrenome simples
subcampo d-data de nascimento morte
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO [ [
© Marcondes
– Ind1 - • 0 - Entr. p/ nome
• 1 - Entr. p/ sobrenome simples
• 2 - Entr. p/ sobrenome composto
• 3 - Entr. p/ nome de família
– Ind2 -• 0 - Não é assunto
• 1 - Também é assunto
– Subcampos• $a - Sobrenome ou nome
• $d - Datas de nascimento, morte
Todo campo é precedidode dois indicadores,ind1 e ind2. Os indicadorestem significado diferentespara cada campoAqui estão exemplosde indicadores para o campo100 - Autor Pessoal
Campo 100 - Autor Pessoal (cont)como funcionam os indicadores
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO ] ]
© Marcondes
Nível das Regras de transcrição do conteúdo dos subcampos: as convenções para a entrada dos dados em cada subcampo
• Campo 245 - Título– Ind1 = 1 - Gera entrada adicional pelo Título– Ind2 = 0 - Número de caracteres a desprezar na
alfabetação– $a – Título– $b – Subtítulo– $c – Indicação de responsabilidade
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO ] ]
© Marcondes
Elenco de campos, indicadores, subcampos e seus identificadores
ex: 24510$aDocumentação de hoje e de amanhã$buma abordagem informatizada da biblioteconomia e dos sistemas de informação$cJaime Robredo e Murilo Cunha
etiqueta (245-Título principal)
indicadores (ind1 e ind2)
subcampo a-título
subcampo b-subtítulo
subcampo c-indicação de responsabilidade
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO [ [
© Marcondes
Campo 245 - Título (cont) como funcionam os indicadores
Campo 245 - Título – Ind1 -
• 0 - Não gera entrada adicional por Título
• 1 - Gera entrada adicional por Título
– Ind2 -• Número de caracteres a desprezar para alfabetação
– Subcampos• $a - Título
• $b - Subtítulo
• $c - Indicação de responsabilidade
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
© Marcondes
Campo 245 - Título (cont) - nível das Regras de transcrição do conteúdo dos subcampos
• Campo 245 - Título– Ind1 = 1 - Gera entrada pelo Título– Ind2 = 0 - Número de caracteres a desprezar
para alfabetação– $a - Documentação de hoje e de amanhã
– $b - uma abordagem informatizada da biblioteconomia e dos sistemas de informação
– $cJaime Robredo e Murilo Cunha
[[FORMATO MARCFORMATO MARC FORMATOS DE REPRESENTAÇÃO DE DADOS FORMATOS DE REPRESENTAÇÃO DE DADOS
© Marcondes
Formato deintercâmbio
Formato de entrada
Formato internode armazenamento
Formato de exibição
Programacliente de catalogação
ProgramaServidor do Catálogo
Programa de geração doformato de intercâmbio
Literatura a ser registrada
Programa Cliente de Consulta
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
© Marcondes
Programas de um SAB envolvidos no ciclo de operação de um Catálogo MARC automatizado
• Programa cliente de CATALOGAÇÃO (formato de entrada), tem como objetivos
• facilitar a entrada e edição de dados
• validação e crítica da entrada de dados
• Programa cliente de CONSULTA + programa SERVIDOR do Catálogo (formato interno)
• economia de espaço em disco
• facilidade de formulação de consultas e formatação dos resultados de saída
• criação de índices para acesso rápido
• Programa de geração do formato de intercâmbio
• geração de dados em meio legível por computador segundo formato de intercâmbio
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
Registro bibliográfico no momento da criação/edição pelo programa cliente de catalogação
© Marcondes
Os diferentes programas de um SAB envolvidos no processamento de registros bibliográficos reformatam os dados, mantendo no entanto os conteúdos. Veja!
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
Registro bibliográfico como é armazenado no formato interno pelo servidor de catálogo do SAB
© Marcondes
Os diferentes programas de um SAB envolvidos no processamento de registros bibliográficos reformatam os dados, mantendo no entanto os conteúdos. Veja!
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
© Marcondes
Registro bibliográfico no formato de intercâmbio –
estrutura do registro segundo a Norma ISO2709
Os diferentes programas de um SAB envolvidos no processamento de registros bibliográficos reformatam os dados, mantendo no entanto os conteúdos. Veja!
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – ESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICOESTRUTURA DE UM FORMASTO BIBLIOGRÁFICO
Registro bibliográfico no formato de exibição, na consulta a um catálogo automatizado
© Marcondes
Os diferentes programas de um SAB envolvidos no processamento de registros bibliográficos reformatam os dados, mantendo no entanto os conteúdos. Veja!
[[FORMATO MARCFORMATO MARC – – IMPORTÂNCIA PARA UMA BIBLIOTECAIMPORTÂNCIA PARA UMA BIBLIOTECA]]
© Marcondes
Um SAB que seja compatível com o formato MARC é importante para uma Biblioteca porque:
• O formato MARC, nas suas versões BIBLIOGRÁFICO e de AUTORIDADES, garante para a Biblioteca um padrão de catalogação, registro e intercâmbio compatível com os adotados por milhares das mais importantes bibliotecas do mundo;
• Permite que a biblioteca coopere com outras, recebendo dados (importação) já catalogados para compor o seu acervo ou enviando os dados do seu catálogo (exportação) para outras bibliotecas
•Permite manter seu catálogo em meio legível por computador num formato padronizado, que tornará muito mias fácil a migração para um novo SAB
• Um SAB compatível com o formato MARC deve permitir
• catalogar novos documentos de acordo com as regras e convenções do formato MARC;
• importar conjuntos de registros – lotes - (em fita magnética, em CD-ROM, em disquete, em arquivos) em formato MARC e incorporá-los ao seu catálogo
• exportar conjuntos de registros – lotes - (para fita magnética, para CD-ROM, para disquete, para arquivos) em formato MARC para outras bibliotecas
• capturar registros MARC individuais da Internet e incorporá-los ao seu catálogo (através de “recortar” e “colar”), como os que estão disponíveis, por exemplo nos “sites” da Library of Congress
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDORARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR ]]
ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR diz respeito a COMO são organizados os programas que fazem parte de um sistema para OTIMIZAR seu funcionamento num ambiente de REDES
A arquitetura e o funcionamento dos programas teve que ser modificada para o funcionamento em ambiente de redes. Neste ambiente a performance é critica e pode ser afetada por diversos fatores, entre eles o excesso de tráfego de mensagens pela rede. Como uma rede é essencialmente um ambiente compartilhado, utilizado por diferentes usuários através de diferentes programas, o excesso de tráfego pode afetar não só um usuário, mas comprometer o desempenho de programas de outros usuários. Para evitar isso, foi concebida a arquitetura cliente-servidor.
Na arquitetura de programas convencional, um único programa acessa por exemplo, um catálogo armazenado no disco rígido do computador. Este esquema funciona bem quando programa e catálogo estão situados num mesmo computador. Mas ele se torna problemático quando o programa fica num computador e o catálogo em outro, interligados por uma rede. Na formulação da consulta ao catálogo por um usuário, uma série de dados como vocabulários controlados, índices, mensagens de ajuda, etc. tem que ser acessados. Uma consulta complexa implica na geração e armazenamento de uma série de resultados parciais. Quando finalmente a consulta é realizada, uma lista de apontadores para os registros que satisfazem a consulta é armazenada e os registros da lista podem ser exibidos um a um. Todas estas operações geram tráfego entre o computador onde está o programa e o computador onde está o catálogo.
© Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDORARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR ]]Na arquitetura cliente/servidor o programa de interface com o usuário para
acesso ao catálogo fica num computador, enquanto um programa de recuperação de informações fica em outro. O primeiro, chamado programa cliente, tem todos os arquivos como vocabulários controlados, índices, mensagens de ajuda, etc, necessários para que o usuário formule a consulta, da forma mais amigável possível. Quando a consulta esta formulada de forma correta, ela então é enviada através da rede para o programa servidor do catálogo, situado em outro computador. Este simplesmente recebe uma consulta e a submete ao catálogo e passa para o programa cliente os resultados.
o programa Cliente solicita a tarefa e interage com o usuárioo programa Servidor realiza a tarefa e passa os resultados para o usuário
Todos os programas que funcionam em rede seguem a arquitetura cliente/servidor: por exemplo, seu programa de correio eletrônico na verdade é um cliente de correio eletrônico, que se comunica com o servidor de correio eletrônico instalado no computador do seu provedor de acesso; é servidor de correio eletrônico quem envia as mensagens que você preparou para o destinatário, quem armazena as mensagens para você na sua caixa postal. Da mesma maneira, seu programa navegador é um cliente HTTP (“Hypertext Transport Protocol”), que se comunica com o programa servidor HTTP, situado num servidor Internet, que envia para você cópias das páginas que você acessa, por exemplo, num endereço http://www.uff.br/index.htm. Estes conceitos estão ilustrados a seguir © Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDORARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR ]]
© Marcondes
Cat
1-Arquitetura convencional
* Programa + Cat. no mesmo computador
Rede
2-Servidor de arquivos
* Programa em um computador Cat. em outro: MUITO TRÁFEGO NA REDE
Consulta help, índices, resultados parciais, Cat.
Help, índices, resultados parciais, resultados
Rede
3-Cliente/Servidor
* Programa Cliente em um computador Programa Servidor Cat. em outro: MENOR TRÃFEGO NA REDE
Consulta Resultados
Cat
Cat
*** Arquitetura CLIENTE/SERVIDORgera um mínino de tráfego na rede
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDORARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR ]]
Os mais modernos SABs seguem também a arquitetura CLIENTE/SERVIDOR. Eles constam de um programa servidor de bases de dados (podem ser mais de um) processado num computador servidor potente e de diversos programas clientes: cliente de catalogação, cliente de circulação e empréstimos, cliente de consulta ao catálogo, que funcionam em estações, são acessados pelos bibliotecários ou pelo usuário final e utilizam os serviços do servidor de bases de dados.
Isto significa que os SABs são adquiridos em termos de número de licenças de programas clientes e servidores a serem instalados.
Se a Biblioteca deseja 4 estações para os usuários fazerem consulta ao catálogo, 3 estações para catalogação, 2 para empréstimos, ela terá que adquirir 1 licença do servidor de BDs, 4 do cliente de consulta, e do cliente de catalogação e 3 do cliente de circulação
© Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
O protocolo Z39.50 é uma linguagem padronizada que especifica a troca de mensagens entre dois programas aplicativos no contexto da arquitetura cliente-servidor, que funcionam cooperativamente para a consulta a catálogos automatizados de bibliotecas.
Estes programas seriam, por exemplo, o programa de consulta do catálogo (o programa-cliente) que um usuário roda no seu PC, conversando via rede com um ou mais programas que gerenciam catálogos de diversas bibliotecas (os programas-servidores), rodando em servidores sob o sistema operacional UNIX. Como se vê, os programas cliente e servidor funcionam em computadores distintos, ligados através de uma rede.
O protocolo Z39.50 faz com que o usuário consultando através do programa-cliente rodando num PC tenha a impressão que os diversos catálogos que estão sendo consultados, gerenciados por diferentes programas-servidores em diferentes bibliotecas, apareçam como um ÚNICO CATÁLOGO, UM CATÁLOGO VIRTUAL. O protocolo Z39.50 permite a consulta unificada a catálogos distribuídos através de uma rede e gerenciados descentralizadamente.
VEJA A FIGURA SEGUINTE:© Marcondes
© Marcondes
ServidorZ39.50
BD1
ServidorZ39.50
BD2
ServidorZ39.50
BD3
InternetClienteZ39.50
Catálogo
Catálogo
Catálogo
O usuário, a partir de um programa CLIENTE Z39.50, consulta três catálogos de três distintas bibliotecas, como se fosse UM ÚNICO CATÁLOGO virtual
[Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50[Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
Estas figuras mostram a interação com um programa CLIENTE Z39.50, o BOOKWHERE
1-o usuário do cliente Z39.50 escolhe os catálogos remotos a consultar ...
© Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
Estas figuras mostram a interação com um programa CLIENTE Z39.50, o BOOKWHERE
2-o usuário do cliente Z39.50 formula sua consulta ...
© Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
Estas figuras mostram a interação com um programa CLIENTE Z39.50, o BOOKWHERE
3-os resultados da consulta são exibidos
© Marcondes
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50PROTOCOLO DE CONSULTA Z39.50]]
•Uma biblioteca que possua nas funções do seu sistema de automação de bibliotecas as de um servidor Z39.50 garantirá com isso muito mais visibilidade para seu acervo. Seu acervo poderá ser consultado por programas clientes Z39.50 de qualquer parte do mundo.
•Da mesma maneira, se clientes Z39.50 fizerem parte do seu sistema de automação de bibliotecas ou se seus programas clientes de consulta forem compatíveis com o protocolo Z39.50, seus usuários, através destes clientes, poderão consultar catálogos de bibliotecas gerenciados por servidores Z39.50 por todo o mundo.
•Um site que funciona como um CLIENTE Z39.50, consultando catálogos de várias bibliotecas da Universidade da California é o Melvyl: http://melvyl.cdlib.org
•“Software" Cliente Z39.50 "Freeware“: Icone2, ZNavigator, Willow
• Artigo sobre Z39.50 em português: ROSETTO, M. Uso do protocolo z39.50 para recuperação de informação em redes eletrônicas. Ciência da Informação, v. 26, n. 2, 1997. Disponível em http://www.ibict.br/cionline/include/getdoc.php?id=752&article=430&mode=pdf
• Z39.50 na Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Z39.50
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88]]
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88]]
• Contexto: “serviços extendidos”, bibliotecas híbridas, “linkando” a partir do seu catálogo e disponibilizando recursos em papel do seu acervo e diferentes recursos externos eletrônicos, p.ex: assinaturas de periódicos
consulta
Interface de consulta Web
Catálogo
Acervo em papel
Publicações eletrônicas
“quebras de links”, recursos eletrônicos não assinados, existência de cópias em papel no acervo, cópias de acesso aberto
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88]]
• “Links” apropriados, “links” sensíveis ao contexto
• OpenURL: é um URL que contem dois componentes:
• URL do servidor de “links” da biblioteca
+• Metadados que descrevem uma referência bibliográfica:
Ex:
http://resolver.ndc.uff.br/cgi?genre=book&isbn=0836218310&title=O+Código+Da+Vinci
Ver também: http://en.wikipedia.org/wiki/OpenURL
http://www.aleph500.com.br/sfx_openurl.htm http://www.serialssolutions.com/articlelinker.asp
http://www.dlib.org/dlib/may06/apps/05apps.html
[Conceitos Básicos - [Conceitos Básicos - Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88Protocolo de Serviços Expandidos SFX Z39.88]]
• Contexto: os “links” são resolvidos num Servidor/Resolvedor SFX, que contém a real disponibilidade da biblioteca– Os “links” não absolutos, são segundo o protocolo
OpenURL (NISO Z39.88)consulta
Interface de consulta Web
Catálogo
Acervo em papel
BD disponibilidades
Servidor/resolvedor de “links” SFX
OpenURL
Internet/Intranet
© Marcondes
[[CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DE UM SAB – RESUMOCARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DE UM SAB – RESUMO]]
Prog. Cliente de catalogação
Prog. Cliente de circulação
Prog. Cliente de consulta
Catálogo
Usuários
Kardex
Texto
completoTransações empréstimo, aquisições
Prog. Servidor BDs, Servidor Web, SGBDImportação/
Exportação
MARC
Consulta via Browser
Prog. Cliente de consulta Z39,50
•Um moderno SAB é um sistema que funciona num ambiente operacional de rede. Se as informações da Biblioteca vão ser disponibilizadas na Web, esta rede deve utilizar o protocolo TCP/IP. Desta maneira, o catálogo poderá ser consultado no site da biblioteca, utilizando um “browser” comum.
•Os diferentes programas componentes trabalham segundo a arquitetura cliente-servidor; os programas clientes como clientes de catalogação, clientes de circulação, clientes de consulta, clientes Z39.50, rodam em estações – PCs comuns.
• O programa servidor de bases de dados do SAB bem como o sistema operacional que gerencia a rede, o servidor Web, eventualmente o SGBD, rodam em máquinas servidoras, constituindo plataformas multiusuárias e multitarefas. Neste servidor estão armazenadas bases de dados do catãlogo, usuários, Kardex, documentos em texto completo, e transações de empréstimo, de aquisições, etc.
•Os diferentes módulos funcionais do sistema – Seleção/Aquisição, são INTEGRADOS, o que significa que os dados digitados num módulo para o outro sem necessidade de re-digitação.
[[CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DE UM SAB – RESUMOCARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DE UM SAB – RESUMO]]