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A Psicodinâmica da Oralidade Sobre o Capítulo 3 do livro Oralidade e Literacia” de Walter Ong Discentes: Ana Antas Anabela Reyes Ana Tavares João Paulo Roubaud Mª José Rangel Marta Cabrita Paulo Nunes Universidade Aberta – Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia Disciplina de Comunicação Educacional Multimédia Janeiro de 2007 ente: Professor Doutor António Quintas-Mendes

Discentes: Ana Antas Anabela Reyes Ana Tavares João Paulo Roubaud Mª José Rangel

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Page 1: Discentes: Ana Antas  Anabela Reyes  Ana Tavares  João Paulo Roubaud  Mª José Rangel

A Psicodinâmica da Oralidade Sobre o Capítulo 3 do livro “Oralidade e Literacia” de Walter Ong

Discentes: Ana Antas

Anabela Reyes Ana Tavares

João Paulo Roubaud Mª José Rangel

Marta CabritaPaulo Nunes

Universidade Aberta – Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia

Disciplina de Comunicação Educacional Multimédia

Janeiro de 2007Docente: Professor Doutor António Quintas-Mendes

Page 2: Discentes: Ana Antas  Anabela Reyes  Ana Tavares  João Paulo Roubaud  Mª José Rangel

Cultura Oral versus Cultura EscritaCultura Oral versus Cultura Escrita

Aspectos Caracterizadores da Cultura Oral ou Cultura Primária

Aspectos Caracterizadores da Cultura Escrita

Page 3: Discentes: Ana Antas  Anabela Reyes  Ana Tavares  João Paulo Roubaud  Mª José Rangel

I - Aspectos Caracterizadores da Cultura Oral PrimáriaAs sociedades imersas na cultura escrita apenas com grande esforço conseguem imaginar as formas de transmissão do conhecimento numa cultura oral primária.

As palavras…• São, antes de tudo, sons. Estes são perecíveis, precários, evanescentes.

O discurso oral determina modos de expressão, assim como os próprios processos mentais. Tu sabes aquilo de que te lembras.

• O poder da palavra resulta de que o som é produto de uma acção, sinal de energia e dinamismo.

As palavras têm poderes mágicos porque nomeiam coisas. Ao nomear objectos, o homem adquire poder sobre eles.

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• Tem sempre presente a comunicação.

• A memorização faz-se, muitas vezes, sob forma de padrões mnemónicos moldados por estruturas rítmicas e repetições....

• Fórmulas discursivas estandardizadas ajudam a preservação e difusão da informação.

Numa cultura da oralidade a expressão do pensamento…

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• O pensamento tende a ser aditivo e não subordinativo Frases encadeiam-se num discurso de sequência linear e não hierárquica

• Pensamento agregativo e não analítico Junção ao nome de qualificativos que coadjuvam a memorização

• Informação redundante em momentos diferentes do discurso

• Pendor para conservar e não para inovarEstas sociedades são resististes à alteração

Características do pensamento assente na oralidade

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• O pensamento expresso não se afasta da experiência vivida e conhecida

• Pendor agonísticoA valorização de uma acção ou personagem realiza-se através do contraste com o seu contrário.

• Conhecimento implica envolvimento e identificação com o seu objecto

Ligação íntima entre narrador, audiência e personagem

Características do pensamento assente na oralidade

Page 7: Discentes: Ana Antas  Anabela Reyes  Ana Tavares  João Paulo Roubaud  Mª José Rangel

• Preponderância da informação relevante para o presente e eliminação da outra

As sociedades vivem num eterno presente, sem passado nem futuro.

• Pensamento situacional e não abstractoA categorização do real é determinada por considerações práticas e funcionais e não lógico-dedutivas.

Características do pensamento assente na oralidade

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Os povos das sociedades de cultura oral…

• Conhecem pouco sobre estatísticas ou sobre factos desenquadrados da vida e actividade humana do quotidiano.

• Mantêm as relações interpessoais em “tons “ extremos, expressão do carácter agonístico do pensamento

• Estimulam a fluência, o excesso e a loquacidade. Os retóricos chamam a isso “copia”.

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As culturas primárias são também chamadas de culturas verbomotoras – distintas das culturas tecnológicas.

As acções e atitudes dependem essencialmente do uso da palavra e muito pouco do contacto não verbal

Page 10: Discentes: Ana Antas  Anabela Reyes  Ana Tavares  João Paulo Roubaud  Mª José Rangel

II - Aspectos Caracterizadores da Cultura EscritaO pensamento requer algum tipo de continuidade. A escrita estabelece no texto uma “linha” de continuidade fora da mente

•O discurso escrito desenvolve uma gramática mais elaborada e fixa do que o discurso oral.

•A oralidade residual de uma cultura quirográfica pode ser calculada com base na carga menmónica que impõe baseada na memorização de acordo com os métodos educacionais da cultura.

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A escrita…

•Separa o conhecimento do conhecido e estabelece condições para a objectividade.

•No sentido do desprendimento ou distanciamento individual, o homem tende a distanciar-se mais do que é humano, caminhando para o isolamento e abstracção.

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• Tendem a pensar na palavra como um signo. Os romanos consideravam o signum como uma espécie de desenho ou imagem retórica.

Os povos quirográficos…

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• Os indivíduos organizam a sua expressão oral em padrões de pensamento e padrões verbais que são próprios da própria escrita

• A memorização é feita com base em textos.

• A escrita não necessita de heróis no velho sentido da palavra para mobilizar o conhecimento e preservar a memória.

Nas culturas letradas…

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Cultura oral versus cultura escrita…

Cultura Oral Cultura Escrita

As palavras não são entendidas como “rótulos” são as próprias “coisas”,

As representações escritas das palavras servem de “etiquetas.”

A expressão do pensamento tende a ser redundante

A mente tende a seguir um padrão mais lento.

O pensamento funciona por agregação

O pensamento funciona por análise

Não é construído a partir de textos Construído a partir de textos