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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal do Amapá Mestrado em Políticas Públicas e Meio Ambiente Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Disciplina: Política e Meio Ambiente

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal do Amapá

Mestrado em Políticas Públicas e Meio Ambiente

Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA

Disciplina:

Política e Meio Ambiente

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COCEITOS BÁSICOS

ECOSSISTEMA:

Unidade do biossistema que abrange todos os organismos que funcionam em

conjunto na comunidade biótica, numa dada área, integrando com o ambiente físico

de tal forma que um fluxo de energia produza estruturas bióticas claramente

definidas e uma ciclagem de matérias entre as partes vivas e não vivas.

AMBIENTE:

Tudo que rodeia o objeto de estudo, análise ou que se manipula referenciado a um

sistema ecológico claramente identificado.

BIRD = “Soma das condições externas e influências que qfetam a vida, o

desenvolvimento e, em última análise, a sobrevivência de um organismo”.

PNUMA = “O conjunto de sistema externo físico e biológico, no qual vivem o

homem e outros organismos (hábitat do homem)”.

L EI 6.938 (Política Nacional do Meio Ambiente): “O Conjunto de condições, leis,

influências e alterações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e

rege a vida em todas as suas formas”.

Palavras-chave: nível de agregação, qualidade, disponibilidade e interdependência.

IMPACTO AMBIENTAL: Variação significativa da qualidade ambiental.

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Marcos de referência:

1969: NEPA (National Environmental Policy Act – USA)

1972: Conferência de Estocolmo.

Década de 1970:

Ótica Corretiva,

Controle da Poluição industrial

Década de 1980:

Ótica Preventiva,

Consolidação do processo de AIA.

Década de 1990:

Ótica Integradora,

Desenvolvimento Sustentável.

Instrumento Regulatórios:

Normas (de procedimentos, de produção e consumo, de lançamentos, de qualidade dos produtos.

Instrumentos Econômicos:

Taxas e incentivos (taxações sobre poluição, embalagens, princípio poluidor pagador, subvenções).

EVOLUÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL A NÍVEL MUNDIAL

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EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

Marcos de Referência

1973: Criação da SEMA (vinculada a Presidência da República).

1981: Lei 6938*, de 31/08/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente e Sistema Nacional do Meio Ambiente = início de política ambiental efetiva.

1) Administração dos Recursos Naturais

Contexto: Processo de Industrialização.

Enfoque:

Regular a apropriação dos recursos naturais, tendo em vista as necessidades da industrialização emergente.

Estabelecimento de áreas protegidas.

Instrumentos disponíveis criados anteriormente:

Código da Águas: Decreto Federal 24.643, de 10/07/1934.

Código Florestal: Lei 4771* de 15/09/1965.

Código de Mineração:

Código de Proteção da Fauna: Lei 5197, de 03/01/1967.

Situação operacional:

Descoordenação institucional,

Superposição de funções,

Indução do caráter de disponibilidade à apropriação das áreas ou recursos remanescentes.

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EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL (cont..)

2) Controle da Poluição:

Contexto:

Conferência de Estocolmo;

Criação da SEMA (vinculada à Presidência da Republica);

Grau elevado de industrialização;

Emergência dos problemas urbanos;

Sensibilidade da sociedade;

Enfoque:

Atenuar os problemas e efeitos do processo de industrialização/urbanização.

Instrumentos:

II PND – Prioridade no controle da poluição industrial

Criação de Estações Ecológicas/APAS

Classificação das águas

Áreas críticas de poluição

Normas de parcelamento do solo

Sistema de licenciamento ambiental

Enfoque setorial = Poluição industrial

Acentua o caráter da disponibilidade das áreas remanescentes.

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EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL (cont..)

3) Ordenamento Territorial:

Contexto: Desenvolvimento de Grandes Projetos de Infra-estrutura. Integração Nacional,

Níveis críticos de urbanização,

Ações Estaduais,

Enfoque: Restrições ambientais de Projetos industriais.

Atenuar as concentrações urbanas.

Instrumentos: Zoneamento Industrial,

Proteção de Mananciais,

Comitê de Bacia.

AIA/ Projetos BIRD, BID

Acentua-se o enfoque setorial. Conflitos institucionais/governamentais

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EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL (conti...)

4) Política Nacional de Meio Ambiente:

Contexto:

Evidências de problemas ambientais não industriais

Crescente mobilização da sociedade.

Experiências dos órgãos ambientais estaduais. Ex.: FEEMA

Enfoque:

Visão sistêmica da problemática ambiental,

Gestão integrada do ambiente,

Descentralização de gestão,

Compatibilidade com o desenvolvimento,

Instrumentos:

Zoneamento Ambiental:

Licenciamento

AIA

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PRINCÍPIOS DA POLÍTICAS NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

1) Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o ambiente como um patrimônio público e ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

2) Racionalização no uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

3) Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

4) Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

5) Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologia orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;

6) Acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

7) Recuperação de áreas degradadas;

8) Proteção de áreas ameaçadas de degradação;

9) Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacita-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.

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OBJETIVOS DA POLÍTICAS NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

1) À compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação

da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

2) À definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e

ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do

Distrito Federal, e dos municípios;

3) Ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de

normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o

uso racional de recursos ambientais;

4) A difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados

e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a

necessidades de preservação da qualidade ambiental e equilíbrio ecológico;

5) À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua

utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

6) À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou

indenizar os danos causados, e ao usuário, da contribuição pela utilização dos

recursos ambientais com fins econômicos.

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DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 9o da Lei 6938: São instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente:

I) O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II) O Zoneamento ambiental;

III) A Avaliação de Impactos Ambientais;

IV) O licenciamento e a revisão de atividade efetiva ou potencialmente

poluidoras;

V) Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e à criação ou

absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

A criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de

relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal;

VI) O Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente;

O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental;

VII) As penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das

medidas à preservação ou correção da degradação ambiental.

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PANORAMA ATUAL

Assunto Constitucional

Desdobramentos da legislação:

Audiência Pública

EIA/RIMA

Sensibilidade dos poderes legislativo/judiciário.

Explosão do movimento ambientalista

Permanência dos enfoques anteriores/cumulativos

Áreas protegidas,

Conflitos institucionais,

Condicionada à política econômica

Percepção difusa da sociedade/naturalista

Descompasso no arranjo institucional

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VARIÁVEIS DA GESTÃO AMBIENTAL

1) Organização do Espaço:

Definição de uso e ocupação do território;

Regular o processo de desenvolvimento das atividades antrópicas;

2) Valorização dos Recursos:

Maximização de utilização = otimizar

Aplicação de tecnologias limpas

3) Manutenção da qualidade do meio natural:

Definição dos limites de intervenção (áreas de proteção e reservas),

Controle de impactos

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Sistema Nacional do Meio Ambiente:

Órgão Central:

Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da

Amazônia Legal.

Legislação: MP 813/95, de 11/01/1995 modificando a

Lei 8746, de 09/12/1993 (Ministério do Meio Ambiente

de da Amazônia Legal), que por sua vez modificou a Lei

8490, de 19/11/1992 (criação do Ministério do Meio

Ambiente, que modificou a Lei 8028 de 12/04/1990.

Competência: planejamento, coordenação, supervisão e

controle; formulação e execução da política nacional;

preservação, conservação e uso racional dos recursos;

implementar acordos internacionais. (Executiva

supletiva).

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Sistema Nacional do Meio Ambiente – Federal – cont....

Conselho Nacional do Meio Ambiente

Conselho Nacional da Amazônia Legal

Conselho Nacional dos Recursos Naturais Renováveis

Comitê do Fundo Nacional do Meio Ambiente

Secretaria de Coordenação dos Assuntos do Meio Ambiente.

Secretaria de Coordenação dos Assuntos da Amazônia Legal.

Secretaria de Coordenação dos Assuntos de Desenvolvimento

Integrado.

Secretaria dos Recursos Hídricos

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POLÍTICA AMBENTAL BRASILEIRA - Ótica institucional

Conselho Nacional do Meio Ambiente (Comitê do FNMA)

Legislação:

Lei 6938/1981 e suas modificações.

Competência: Órgão consultivo e deliberativo (assessoria do governo,

estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento, estabelecimento de

padrões de controle ambiental.

Composição: 54 membros:

Representantes dos governos dos estados

Representantes dos ministérios

Presidentes das confederações Nacionais (Industria, Agricultura, Comércio e dos

Trabalhadores dos três setores).

Ambientalistas nomeados pelo Presidente da República.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –

IBAMA (absorveu SEMA, SUDEPE, IBDF e SUDHEVEA).

Legislação: Lei 7735, de 22/02/1989, modificada pela Lei 8028/1990.

Competência: Autarquia federal de regime especial (assessoria do Ministério na

formulação e coordenação das políticas, execução das mesmas).

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POLÍTICA AMBENTAL BRASILEIRA - Ótica institucional

B) Estrutura Estadual e municipal: Normativos e

executivo.

Órgãos Seccionais: Órgãos e entidades estaduais da

administração federal direta e indireta e fundações do

meio ambiente ( execução de programas e projetos,

fiscalização.

Órgãos locais: órgãos municipais (controle e fiscalização).

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Padrões de qualidade ambiental (1984-2006)

http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/LivroConama.pdf ou http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3

A) Poluição atmosférica:

B) Poluição Sonora:

Resolução do CONAMA

C) Poluição das Águas:

Resolução do CONAMA

D) Poluição por resíduos sólidos:

Resolução do CONAMA

E) Avaliação de Impactos ambientais.

Resolução do CONAMA

F) Proteção da Biodiversidade:

Resolução do CONAMA

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL: Zoneamento

Ordenamento Territorial

Zoneamento Ecológico-Econômico

Zoneamento Ambiental

Zoneamento Industrial

Zoneamento Urbano

A) Legislação:

Lei 6.938/81 (art. 9, II): Prevê o Zoneamento Ambiental como instrumento da política

ambiental (planejamento do espaço territorial visando compatibilizar a convivência dos seres

que o habitam com as atividades nele exercidas).

Decreto Federal 99.450/90 de 21/09: Cria a Comissão Coordenadora do Zoneamento

Ecológico-Econômico do Território Nacional (instrumento técnico indispensável à ordenação

do território e que norteará a elaboração dos planos nacional e regionais de desenvolvimento

econômico e social).

Decreto s/nº de 28 de dezembro de 2000. Dispõe sobre a Comissão Coordenadora do

Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional e o Grupo de Trabalho

Permanente.

Decreto nº 4.297 de 10 de julho de 2002. Estabelece critérios para o Zoneamento Ecológico-

Econômico do Brasil - ZEE

Decreto s/nº de 12 de fevereiro de 2004. Dá nova redação aos arts. 2o e 7o do Decreto de 28 de

dezembro de 2001.

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Zoneamento Ambiental e Ecológico-Econômico (Cont..).

Constituição Federal 1988 (art. 21, IX):

atribui competência à União para “elaborar e executar Planos Nacionais e Regionais

de Ordenação do Território e de desenvolvimento econômico e social”.

Constituição Estadual de 1991:

Com relação a política urbana, o inciso IV, 1º do Artigo 195, seção I,

Capítulo II, Título VII, registra que “o plano diretor, instrumento básico da

política de desenvolvimento econômico e social e de expansão urbana”.

A Constituição Estadual trata ainda da questão ambiental em vários outros

Capítulos do Título VII : No Capítulo, III, trata da “Política Agrária,

Fundiária, Agrícola e Extrativista Vegetal”, no Capítulo IV, trata da Política

Pesqueira, no Capítulo VI, o art. 205 prevê o zoneamento agroecológico.

III – Plano Nacional de Desenvolvimento:

Estabelece como meta “aperfeiçoar e acelerar o Zoneamento Econômico-

Ecológico, considerando o uso do solo segundo a sua capacidade”e

“identificar áreas que devem ser preservada como reservas naturais,

perpetuando seu potencial genético”

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTALSistema Nacional de Unidades de Conservação

Reservas Particulares do Patrimônio Natural:

Decreto 98914/90 de 31/01. Competência do IBAMA por destinação do

proprietário.

Reservas Ecológicas:

Art. 2 Código Florestal, Resolução CONAMA 004 de 18/09/1985.

Florestas e demais formas de vegetação natural permanente, bem como as

assim declarada por ato do Poder Público.

Áreas de Relevante Interesse Ecológico –ARIE.

Resolução CONAMA 012 de 14/09/89. Áreas com características naturais

extraordinárias ou que abrigam exemplares raros da biota regional,

preferencialmente com extensão inferior a 5000 ha e com pequena ou

nenhuma ocupação humana.

Reservas Extrativista – RESEX.

Decreto 98897/90 de 30/01). Espaços territoriais criados pelo Poder

Públicos destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos

recursos naturais renováveis, por população extrativista.

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTALSistema Nacional de Unidades de Conservação

Áreas de Proteção Ambiental – APA Resolução CONAMA 010 de 14/12/1988). Unidades de Conservação

criadas pelo Poder Público destinadas a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes.

Estações Ecológicas (Lei 6902/81 de 27/04). Áreas de domínio público criadas pelo Poder Público representativas de

ecossistemas brasileiros destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista; sua implantação pode também ser exigida pelo Órgão competente no caso de licenciamento de obras de grande porte para compensar os danos ambientais.

Áreas e Locais de Interesses Turístico (Lei 6513/77 de 20.12). Trechos do território nacional, inclusive suas águas, a serem preservados e

valorizados no sentido cultural e natural, destinados à realização de planos e projetos turísiticos.

Parques Nacionais (Decreto 84017 de 21/09). Áreas extensas e delimitadas, criadas pelo Poder Público , dotadas de

atributo.

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTALAvaliação de Impactos Ambientais

Legislação:

Lei 6803/80, de 27/07.

Dispõe sobre Zoneamento Industrial, instituindo Estudos de impacto

ambiental para localização de pólos industriais, centrais nucleares e

atividades poluidoras.

Lei 6038/81, de 27/08 (Art. 9).

Dispõe sobre PNMA, instituindo a Avaliação de Impacto Ambiental.

Decreto 88351/83, de 10.06.

Vincula licenciamento de ativiades poluidoras à AIA.

Resolução CONAMA 001, de 23/01/86.

Estabelece definições, responsabilidades e diretrizes da AIA.

Resolução CONAMA 009, de 03/12/87.

Regulamenta Audiencias Públicas.

Ver outras Resoluções do CONAMA.

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DESCRIÇÃO DE ALGUNS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTALAuditoria Ambiental

Legislação: Resolução CONAMA Nº 306/2002 - "Estabelece os requisitos mínimos e o termo de

referência para realização de auditorias ambientais" - Data da legislação: 05/07/2002 -

Publicação DOU: 19/07/2002.

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Questões

Analisar a lei que dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente do Amapá.

1) Quais os objetivos da Política Estadual do Meio Ambiente?

2) Indicar as relações subordinações da Secretaria e Conselho Estadual do Meio

Ambiente.

3) Quais os órgãos da Estrutura Organizacional da Secretaria responsável?

3.1) Pela Função Política:

3.2) Pela Função Normativa:

3.3) Pela Função Coordenadora da Política.

3.4) Pela Função Executiva da Gestão Ambiental.

4) Qual o setor da secretaria responsável pela aprovação das licenças ambientais e

descreva o processo decisório para o licenciamento (quem prepara? Quem decide?)

5) Analisar a Composição do Conselho Estadual do Meio Ambiente e comentar sobre

sua atuação quanto a equidade da participação dos seguimentos representados e quais

modificações seriam necessárias.

6) Na sua opinião o modelo gerencial pode ser considerado sistêmico, proativo e

preventivo?

Justifique