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DISCURSO de Recepção do Prof. J. Lasserre, na Abertura do Curso de Extensão Uni- versitária na Faculdode de Medicina de Pôrto Alegre, Pelo Professor Saint-Pastous Catedrático de Clínica Médica e Diretor da Faculdade. Na o'ené:;e do:; ])l'ObJellla.' biológicos, na sucessão elo' acolltecilllento' hi,- tóricos e na trajetória elo' fenômenos eó.'mico·, Ul11l a lei ÍJJvariável e impere- civel preside a todas essas manifestações da vida elo homem e da natureza - a lei eterna do ritmo pel'iódi '0. E a história ela humanidade demoll.'tl'a que o progresso ea evolução da ciência obedecem ao mesmo l'i1'mo periódico de creação e renovação, de fluxo e refluxo para o porvir {' para o passado. O estudo da hi:;tória é, portanto, o único caminho que couduz ao exato conhecimento da vida do homem e de 'ua civilizações. Augu:;to omte consagrál'a que a história ela ciência é ,a própria men- eia, da mesma. ,orte que" a verdad€ira ciencia e o verdadeiro estudo do ho- mem é o pró pri o llOmem". Mas, do homem vivo, acrescenta René Leriche em sna memoravel lição no Colégio ,d" Prança. Ea vida {> a afirma ão científica da unidade universal. Ea vida do uniyen:o, como a clo próprio homem, tem a idade de conhe- cida do tempo, Que é o tempo? Santo Ago:;tinho respondeu: "Si llinguem me pergunta, eu o sei; mas, io quéro explicar, não sei mais". O tem po biológico tem a ,duração de uma vidla que "uro'e e e extingue entre o berço eo umuJo. Mas O' tempo CÓS 111 ico, temp.o sideral.. tem o ritmo periódico ela eterni- dade, porque êle é tamb6m nm 'atributo da divindade cl'eadora, E si a viela ,do homem a da natureza se regem pela mesmas lei, a v,erdac1e c1entífica, tanto em biol'ogia como em COSUlOO'OJÜa, de\ne e 'tal' conti- da na" relações 'S" binômio ul1ivers,aJ. Na pesqui:;a ela verdade. em medicina como em todos os 'etOl'e da ciêu- eia, o e>;píl'ito hLlmano' se eleve aproximar da natm'ez'a e meditar sôbl'e o es- plendor do pas, ado multimilenar. No precioso acêrvo da,' civiliza ões perdidas na noite evocadora ela lli - tória, e ])Ia aproximação mai, íntima e mais humana elo' mistérios do CÓSJ1l0 universal, residem a po sibiJielade de perquirir o futuro e de vislumbrar nova verdades e novas E aquilo' que hoje, para nossa presumida vano'lória, parece ciência nova e revolução doutrinaria, quanta.' vezes na ela mais é que repetição e atualiza- ção de ,conhecimentos pi'e. sentidos e consagrados pelo genio de ontl'as épo- cas e de outras civilizaçõ s.

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DISCURSOde Recepção do Prof. J. Lasserre, na Abertura do Curso de Extensão Uni­

versitária na Faculdode de Medicina de Pôrto Alegre,Pelo Professor Saint-Pastous

Catedrático de Clínica Médica e Diretor daFaculdade.

Na o'ené:;e do:; ])l'ObJellla.' biológicos, na sucessão elo' acolltecilllento' hi,­tóricos e na trajetória elo' fenômenos eó.'mico·, Ul11la lei ÍJJvariável e impere­civel preside a todas essas manifestações da vida elo homem e da natureza- a lei eterna do ritmo pel'iódi '0.

E a história ela humanidade demoll.'tl'a que o progresso e a evoluçãoda ciência obedecem ao mesmo l'i1'mo periódico de creação e renovação, defluxo e refluxo para o porvir {' para o passado.

O estudo da hi:;tória é, portanto, o único caminho que couduz ao exatoconhecimento da vida do homem e de 'ua civilizações.

Já Augu:;to omte consagrál'a que a história ela ciência é ,a própria men­eia, da mesma. ,orte que" a verdad€ira ciencia e o verdadeiro estudo do ho­mem é o pró pri o llOmem".

Mas, do homem vivo, acrescenta René Leriche em sna memoravel liçãono Colégio ,d" Prança.

E a vida {> a afirma ão científica da unidade universal.E a vida do uniyen:o, como a clo próprio homem, tem a idade de conhe­

cida do tempo,Que é o tempo? Santo Ago:;tinho respondeu: "Si llinguem me pergunta,

eu o sei; mas, i o quéro explicar, já não sei mais".O tem po biológico tem a ,duração de uma vidla que "uro'e e e extingue

entre o berço e o umuJo.Mas O' tempo CÓS 111 ico, temp.o sideral.. tem o ritmo periódico ela eterni­

dade, porque êle é tamb6m nm 'atributo da divindade cl'eadora,E si a viela ,do homem a da natureza se regem pela mesmas lei, a

v,erdac1e c1entífica, tanto em biol'ogia como em COSUlOO'OJÜa, de\ne e 'tal' conti­da na" relações dê 'S" binômio ul1ivers,aJ.

Na pesqui:;a ela verdade. em medicina como em todos os 'etOl'e da ciêu­eia, o e>;píl'ito hLlmano' se eleve aproximar da natm'ez'a e meditar sôbl'e o es­plendor do pas, ado multimilenar.

No precioso acêrvo da,' civiliza ões perdidas na noite evocadora ela lli ­tória, e ])Ia aproximação mai, íntima e mais humana elo' mistérios do CÓSJ1l0

universal, residem a po sibiJielade de perquirir o futuro e de vislumbrarnova verdades e novas aqui:~ições.

E aquilo' que hoje, para nossa presumida vano'lória, parece ciência novae revolução doutrinaria, quanta.' vezes naela mais é que repetição e atualiza­ção de ,conhecimentos pi'e. sentidos e consagrados pelo genio de ontl'as épo­cas e de outras civilizaçõ s.

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Anais ela, Fa,culcluele de :Y1edicina M PÔl'to Alegre

Obedecendo ~ períodicidad'e rítmica de 'na e\"olnç,ão. o pl'O"'I'E'SSO dacien ia médica se tem realizado por etapas ou por épocas,

E à França, SUl', ProIes~ol' Lasse1'l'e, de herói 'as e de sábias tradições,tem sido reservado, em todos os tempos, o histórico destino de lidel',ar a evo­lução da Medicin,.t.. Ainda agol'a, nestes diw' de angu 'tias e de in el'tez'as, em que a hum >111 i­dade enfrenta a maior crise social da época contempol'ânea, não é menosesplendoro 'a e deci 'iva a influência do e píl'ito fl'ancê, na tendência' daMedicina, ' '

Ha na vida e na obra dos grande.. Mestre' da ciência médica, INl Fran­ça de toda' as épocas, uma particularidade sino'ular e privilegiada: a de<'ria1' e adie 1',enOVa,r,

Esta talvez a razão maior do SnpJ'eUlO prestígio da. .I!'r·8nça lJOS destinoda Medicina, em. suce 'sivos períodos ele sua história,

Até a época pitagórica, de que nos chegam 'apenas vagas ressoll~l1cias, oe pirito ,ela Medicina foi essencialmente empírico e fisiologica mel1 te iI1stín­tivo: a primeira dôr gerou o primeiro remédio, de con cepção e de llêl11l1:ezaoriundas ela magia e da ' influêucias cósmicas,

De Hipócrates até nós, a evolução da l\Ieelicina, 111 sua função (1e artecomo em seus desígnios ele ci~ncia, tem se"'uic1o o ritmo alternante ele ten­dências para o sentido silJ tético.. -dinâmico e 11 nmanístico, ou pa l'a () sentidoanalítico e de exclusivo rací 011 a lisHlo matel'ia1.

"Na França cOlltempol'âl1ea, opera-se vigoro. o movimento de reação con­tr\a a sistematização ob,'idellte do princípio analítico e do con~eito material,que imperou no século XIX e enjos benefícios e ujo .. excessos refletiram- edemasiadamente até os primeiros ll1'iitros ela nos 'a época.

Com a expressão de neo-hipocratismo designa-se a contra-marcha elopen 'amento médico para o domínio gelléri o e unitário da sínte 'e e do huma­nismo, atualizando e rejuvene 'cendo a genial concepção bipocrática da vidado homem e da sua patologia.

Ainda recentemente, l~ené Lel'iche proclramava n CoJégio de França:"Arrastada em um turbilhão vertiginoso de descob€rtas, a Medicina pareceestatelada; inebriada de análises e de novidade, ela aspira po~' UlU minutode ,íntese, Bem ·desejaria poder respirar, ob os plátanos ele Cós. Sem sedenunciar, ela tem meélo, Sente que a multiplicação das t'écnicas, o amor~daçamento c1e sua mai vélhas tradições, lhe fazem 'correr um perigo, aoqual talvez não possa re, i, til': o de esquecer ao lado de seus humores, o ho­mem que é 'eu objetivo, o homem total, ser de carne e de sentimento".

No éculo xvrn e XIX. preva lecell a ex,ce siva tendência ao (;onceito­de análise e ao fun,dc1lJlento ol'ganístlco f' n:aterial. da vida e da moléstia,

Ao mal dê, se exclll ivismo don.hinário. somou-se a crise soci'ai econô-mica de' após a grande g-uerl'a, de que resultou, com benefícios e desgraça,materiais e espirituais, a civilização da máquina e da estatística..

Laennec, Glaude Bernarc1 o€' Pastem', com a éra da anatomia fisio-pato~lógica, da pesquisa experimental, e do agente bacteriano, imortalizaram oseculo XIX, mas tambem com a luz de suas descobertas iluminaram o passa­do e o porvir da Medicina,

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A",ús ela Faculelaele ele Mec1icina ele Pôrto Alegre 53

Perscrutando as razões da moléstia nalesã,o do órgão e 110 insuJto fun­cional, pesquisando na experimentação biol ógica o sentido fisiopatogênico,apl.uando a e 'pecificidade microbianalla etiopatogenia, Laennec, Claude Ber­nard e .Pastem', contribuiram, por deploravel in ompl'eel1süo do póSt0J.'OS,para as dema. ias analíticas da técnica e ela, matéria no conceito ela doença.

R, no 'entretanto, êles ti,cel'am ele suas próprias ic1éi'as e elesco,bertas llmacOllcepção filosófica, impondel.'ável e hlllnanística, Pasteru: afit'mando dever"no início das pesquisas experimentais daI' a imaginação asas ao pensamen­to", e Iaude Bernard predicando que "a filosofia representa a inspiraçã oeterna da razão humana no conhecimento do do(' onhecido".

O acrimonioso 'arcasmo de Broussais, taxando a obra imortal de Laen­nec de ill 'pirada na ' edução do vrugo e do insubstancial, é o melhor argumen­to ,elo ellso fisio.lógico e espiritual elo lIlesll'e ela anatomia-patolóo'iea, a quemGrasso€t eonsidéra um vitalista ele g'enio.

O filósofo de MOlltpelliel' resume a. história da MedicinJa francesa doéculo XIX em uma maravilhosa acumulação ele nóvas e importantes desco­

bertas, com franca evolução do vitalismo filo Mico e sintéti o de Biarthez ede Bichat pal'a o vitali mo experimental. e analítico de Laeunec,' Claude Ber­narel e Pastem',

Charcot e Pi<'ne 1\Ial'ie, di ..secanelo o tecido uobre elo istema nervoso,alçar,am a anatomia patológ'ica aos domíniOB da fisiologia, rasgando-lhescaminho, com o estudo da acromegalia, para o advento da biotipologia nem'o­endócrina.

'l'rouBseau, supl'emo legatário do espírito clínico de. todas as épocas, foipor: .assim dizer o precursor do entido humoral da éra pasteuriana,

Com Dieulafoy, o dileto discípulo de Tl'ousseau, e que de 'cende, comovós, Professor Las erre, da secular Uni"el'sidade de 'roulouse, e, postel'.iormen­te, com Fernando Widal e ,ua prestigiosa Escola, a Medicina euv l'edou do­minantemente para o sentido clínico da doutrina patogenica,

De 'sas rapidas considerações sobre a ação do genio francês na evoluçãoda ciência médica em o lapso de dois séculos da nos.. a história, sobreleva-sea tendência ao equilíbeio das resultantes do presente com as elo pas ado,restaurando o ritmo per:iódico que ])1'0 'ul'a manter íntegro o sentielo ela ver­dade através a.. vici, ,'itudes contingentes do espirito humano.

André Brunel. em recente publieação, reafirma que "o pen 'amento cien.tifico tende a restabolecer o equiIíbl'io, a realizaI' harmonios?! síntese entrea tradição hipocráti a e pitagórica ou ciência antiga, e a ,ciência moderna,'an!11ítica e ,de preci..ão matemática",

Determinar o centro de equilíbrio no movimento contínuo, ince sante epor vêses intangivel do pen amento humano e da evolução ela ciencia é, cer­tamente, empresa dificil e temerosa, que ..ó poel{'m cumprir os grande, ge­nios ela inteligência.

Nes 'e ensaio de guardar a harUlOJlÍa da verdade na ciencia que evoluesem ce '..ar, tanto póde ser contl'aproduceute a táboa rasa iconoclástica dah'adição quanto o vêso inveterado do respeito :Pf'la rotina.

De outra parte, não ha progresso e evolução na vida do pensamentocom renúncia elo e pírito de imaginação e ele hipóte e, sob a .. an ão, por cer­to, doe todas as di cip1inas de pesquisa e de comprovação.

Da lei cartesiana ao teneno experimental da inteligência, sob a in 'pira-_ção ela hipóte 'e razoável, e..tá o cami]] ho panl as nóva.. aquisições,

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54 Anais ela Faculdade ele M{'didna (k POrto Alegre

NicolJe l'epete que os Jatos cientificos existeul aU,tes de na revelaçãoe Llue a invenção é nma associ1'l~ão in' dita ele idéia',

rrellIlO para mim, Professo!' Lassene, que ,com a morte rle ,Vidal (;onbea Rel1é Leriche assul1lir a lillerall~a cio moderno e 'pirito da Medicina emFrança,

E' a alma do cirurgiã,o que inspira c ilumina o progresso <la culturamédica,

J.Jeriche, propondo o sio'llo de Clande Hel'Jtal'Cl e do humanismo para Iji­retriz da a1'te cirurg:ica, ]'Olllpen as fl'onteil'as apluentes da cHJli 'a e da Ci­rurgia,

l~econbe(;elltlo na inteligência o supremo instrUlllento (LI J1esLjllisa, êleproclama allece.'sic1ac1e daill1'aginação e da hipótc:-ic COl1l0 prenlissas da s­rena. j'arefa de investigar e ele comprovar, à luz dos fatos COllSllma 101',

"E' neces.'~l'io, afirrnal-lel'iclle, tOI'IHu'-se antes ele tudo sellsível I'eceptol'do que flutúa de indetPl'lllinado em torno de um fenomeno e po :ter apreen­der o imponderavel. Uma aguda S' nsibilidade é neces, aria ao homem quepe 'qui 'a, E' COI11 os infinitamente pequenos de SUa contemplação que eleirá além daI' co usas modestas sob seU" olho', que êle verá mais longe que ofatos, que ê]e poderá creal' p0l' 11111 instl'lnte o mundo novo da illlagens dondehá ele b]'otm: aidé~a",

Quem pl'onun,ciaria melhor ê<;ses oj)orl'unos o:Llceitos ele punI e a"it,1 fi­lo. ofia.?

V(lr"anelo I'l sensi,bili la(le sutil dE' ,';lIa clarividência 110 1:Jeil'reno da IH~SLJ.ui­sa em I'il'urgia, lenllO a segul'ançl'l de que J.Jeriche, com e, pirit-o preconc~bido

ou elll tal cogij'ação, ,desve11da os nó"os hol'izontes da futura evolução daMedicina, como ela prÓpl'i,l "ida, para o sentido da biologia có"mic,a,

O século XX as 'iStill o dec.lí.llio elo conceito b'ioquílllico,

A ií 'ica. ,energ'ptica, <1 fí, ica cósmi('I1, o núcleo de Rntherforc1, transfOr­maram a face da química, eqnipfll'<1l'alll o macrocosmo sideral ao lllierOF;C0ll10atomí,stico (la matpri3, integl'arl'lln a \'idl'l do homem n<! viela elo 1miv!'r. o,cOl1funelinllll a -FíF;ie'3 e a Inetafísira e l'l'ean1m ou, melhor, atualj;.~al'a.m capi­tulos nóvos e antigos da patologia ]nLl1l3na em rela.ção com o melo ambiente:a meteorologia ·Iínlca. a coslTIobiol{Jg-ia. a climatol·op:ia. a soeiobiolo12'ia,

"A civilizac:ão, eleeh1z C"arrel, clleg'f1ela ao começo de .'eu eleclínio, discer­ne agóra 3, eausaF; ele sen lllal; ainda e, tamos mergulhados no mundo qne aSciências da matéria inerte constl'llil'mn sem respeito pelas leis ela nO.'sa na­tureza, mas começamoF; a distillguir atl'flvés a bruma da aurora o caminhode nossa salvação",

Laig-))el-Lavastine, presidindo em Paris memOl'avel congres o sobre oneo-bipocratiF;1ll0, l'eafirma a genial concepção à€ Hipocrates 'obre o con­ceito dinámico individual da moléstia, como flUldamento de cliagllóstico e deterapeuti<: .. , e ree'orela, nas Artes Técnicas da Saude, de Gasto)) e Albert Da­ni-eJ, ser o na1'lu'isIl10 11 integraGão elos peincil)ios diretores da vida conformeas ]eis da 11 a tUI'eza,

"E 'ta inLligência, no est<IClo dI' saude como no ele moléstia, permitirá aomédico esta beleccr fi dietétic,l, I'l ]1 igi 'ne e a terapeuticl'l .'ôbre as cOl'I'ela­ções do sêl' e elo s,eu meio físico e moral. ~eg'lInclo {) preceito ele ZellRo 1e Eléq:"viv,er conforme ~ llatu reza ",

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Ana.is ela Faeulcla.elc ele M,celicina de, Pôrto Alegre

Em verso ac1111inlVel da Vida Pl'ofuncla, cauta lVIe, de Noailles:

ReI' na Natureza assim como uma arvore humana,Extrenclel' eu!'; ele. ejos CODJO 11l11a prOfl111cla fo,lhag' 111,

E senti I', pela 110ite vlácida e ])("la p!'oceia,A seiva univel' ..al afluir em sua' mã,os,

55

Os suprem os ])l istél'ios ela 1)('111'0-(>11 c1OC'l'iJl ologia, o "pl'incípio ell ergéticoelas vitamina e ilol'mOlllos, o prc,blellla miCl'obio'l.ó"·ico do llltnl\"inIS, os . e­crétos d.esignio· das Jeis mendeJianas no determillismo da hel'eciitariedade;os fl1nclamel1Jtos imponc1'el'~\'eis elo hOl'lllO-Sexuali ..mo, a disl'itmia e1esCOtlCC['­tanto dos centros c1ieulléfalo-]lUll'O\'eg-etati\"os nm; diát,eses alé1'''·i'llas. as in­cógnitas biológica:; daimuni lade e ela CS1)eci:fieidade lllicl'obian,a, o sub.. tratofisiológico das di 'en 10c1'inias nas p:;icopCltia.. e na Icriminologia, a, t.endên­cia dinâmieo~ene1'o'éücas ela terapi'uti'<1, sãc' tanta's Cllle.tões de atll'loIic1adeque mantem o pel1samento mrdico na t01'tnl'C1llte angl'lstia ela dí,vida enl faceda verdade,

Esbo 'ada e1ll val'te, e C01l1 tl'aços {.?'c',·ais, a vl'sa pallo,l'âmicCl ela tumul­tuária agitação do pensamento méelico na hOI'<1 pl'esente, é bem ele avaliara anciosa e ,conf'iallte xpectativa elo cen \".1'0 médico ela Universidad", de Por­to Alegre em ouvir a palavra e em colher asl11zes do eminente embaixadorda cnHura científica ela Françi'l, imortal.

Saudando, em nome do Governo do Est'aclo, {'m nome da Univel'sidadede Porto Alegre, e, em particular, da classe médica do Rio Grand.e do Sul,ao .ilustre Professor Jeallua.·..er1'e, elevamo,' a 111<'1 i,,; delicarla sensibilidade denosso pensamento espirituaJ. em reverêllcia ao renome tradicional e <-10 pres­tigio sem par da Escóla ::\Iédici'l de França, l'ep1'esentada entre nós por des­tacado eXpOfl1 te da joven gel'Clção e1 a fa mosa Faculcla] e cl Medicina da Uni­versi da de ele 1'oul011se.