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Discurso proferido pelo presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes

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DISCURSO PROFERIDO PELO PRESIDENTE DO SECOVI‐SP,  CLAUDIO BERNARDES

POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DE POSSE DA NOVA DIRETORIA 

DO SINDICATO

REALIZADA EM 13 DE FEVEREIRO DE 2012 CLUBE ATLÉTICO MONTE LÍBANO (SÃO PAULO/SP) 

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Aqui estou hoje, exatos 26 anos depois da primeira vez que participei de uma reunião no Secovi. Assumir a presidência do Sindicato é para mim uma grande honra, mas também um enorme desafio!

Dar continuidade ao brilhante trabalho realizado por João Crestana e seus antecessores na presidência do Sindicato, é tarefa extremamente difícil, mas que me impulsiona, me motiva, e me leva adiante para alcançar os objetivos de tornar o mercado imobiliário mais forte, mais estável, melhor estruturado e menos imprevisível.

Aprendemos muito, e sempre, com os grandes líderes. Peço licença para reproduzir um pequeno trecho do discurso de posse de

Nelson Mandela, em 1994. Ele disse: Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?”Na verdade,

quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".

Temos aí uma incrível lição de como a humildade deve se aliar a competência e à coragem, para que aqueles que lideram, de forma hábil e ponderada, mas com firmeza, tomem as decisões e as atitudes corretas, nos momentos certos, por mais difíceis que elas sejam, ou que possam vir a ser.

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A diretoria que toma posse hoje é composta por uma extraordinária equipe. Nesta verdadeira “seleção” de talentos, estão alguns dos mais importantes

e competentes atores do mercado. Isto muito nos orgulha, embora tal fato implique responsabilidade ainda

maior, pois grandes são as expectativas que recaem sobre este time. O trabalho que nos espera não é fácil, e exigirá muita dedicação. Será muitas vezes penoso e desgastante, mas esta equipe, tenham certeza, está absolutamente preparada para enfrentar desafios.

Como iniciar este mandato sem falar em metas e objetivos? O Secovi representa o com igual relevância para o setor, cada qual com

seus lconjunto das atividades que integram a cadeia imobiliária, formada por segmentos egítimos anseios e necessidades.

Assim,é muito importante aprofundar-se de forma minuciosa em cada uma dessas áreas, para que seja possível aprimorar ainda mais sua atuação e seu desempenho.

Entretanto, há um objetivo que, tenho certeza, é comum a todos: estruturar um mercado imobiliário capaz de funcionar de forma pujante, sem sobressaltos, com continuidade, constante aperfeiçoamento e previsibilidade.

Temos de nos esforçar para que o setor navegue tranquilamente, em velocidade de cruzeiro.

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Afinal, não foi nada simples recuperar os níveis de atividade e produtividade de um segmento que ficou anos trabalhando, e aguardando pela retomada das operações em níveis satisfatórios.

Os últimos cinco anos nos trouxeram um mercado imobiliário em franca expansão. A volta do crédito imobiliário foi decisiva para a incorporação, construção e venda de imóveis residenciais, notadamente nos segmentos de classe média e de menor renda. A economia em crescimento impulsionou a produção, a locação e a operação dos empreendimentos comerciais.

Na mesma medida, os profissionais do mercado despertaram para aspectos fundamentais, como a sustentabilidade, que começa a ser considerada desde o projeto até a administração dos edifícios.

Muitos avanços se sucederam em termos de tecnologia, modelos de negócio, parcerias, intercâmbios de experiências, locais e internacionais. Enfim, um processo evolutivo que envolveu toda a cadeia imobiliária.

Entretanto, percebemos que é importante também estruturar a efetiva e completa integração entre todos os elos que formam a corrente do mercado imobiliário. Precisamos cada vez mais ser um setor de fato, coeso e complementar.

É necessário que haja uma visão de conjunto, que respeite, sim, as particularidades, mas que proporcione maior harmonia ao complexo das operações dentro da nossa indústria.

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Se olharmos cada setor da cadeia imobiliária, veremos que existem entre eles vários pontos de interseção.

A interdependência é absoluta. São interesses e missões comuns, que devem ser tratados de maneira integrada.

Essa mesma visão sistêmica se aplica quando analisamos o que está acontecendo com as cidades. O palco das atividades imobiliárias. Onde o mercado acontece e se desenvolve.

Vivemos tempos diferentes. O crescimento das cidades está fazendo desaparecer os limites municipais. E isso não se aplica só às cidades paulistas. Fenômeno semelhante acontecerá em metrópoles de outros Estados.

Esse processo nos obriga a raciocinar e adotar novos conceitos. A exemplo do que acontece no setor imobiliário, que funciona de forma interdependente, nesse modelo de cidade não existem fatos isolados.

Assim, temos de começar a raciocinar e planejar em termos de uma nova dimensão territorial, as megametrópoles. Ou seja, a área que envolve as regiões metropolitanas, que estão geograficamente interconectadas.

É como se estivéssemos diante de um único corpo. Um só metabolismo O que se faz aqui repercute ali. Dessa forma, a solução de mobilidade que um município adota pode não surtir efeito se as cidades vizinhas não acompanharem as mudanças.

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E isso vale para tudo: uso da água, saneamento básico, gestão de resíduos, as formas e alternativas de morar, trabalhar e se divertir.

Portanto, é necessário repensar todos os parâmetros até então utilizados para definir e operar cidades, em uma ampla coalizão de interesses.

Cabe, em verdade, a adoção de novos modelos de ocupação urbana, com cidades mais compactas e eficazes; com menor necessidade de locomoção; com otimização da infraestrutura já instalada, enfim, com maior sustentabilidade.

Parece um sonho quixotesco pretender resolver problemas das metrópoles já consolidadas, que aparentemente não têm mais solução. Mas não é sonho: existem alternativas. Devemos identificá-las e aplicá-las.

Uma cidade como São Paulo, por exemplo, tem sérios problemas relacionados ao seu desenvolvimento.

É fácil afirmar que tudo isso é fruto da falta de um planejamento adequado. Complicado, é entender como enfrentar as dificuldades e resolvê-las.

Enquanto, entre 1872 e 2010, Nova York cresceu sete vezes, a cidade de São Paulo cresceu, no mesmo período, 360 vezes.

É um número impressionante! Difícil até imaginar, hoje, como faríamos se nos fosse dada a missão de planejar uma cidade para crescer mais de 300 vezes em cerca de 100 anos.

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Nenhum de nós tem uma proposta pronta. Porém, há modelos eficientes para promover as necessárias transformações. Existem exemplos concretos e tecnologia adequada. É possível induzir um adensamento responsável e controlado, que acomode adequadamente o crescimento da cidade; que garanta a preservação dos recursos naturais e do patrimônio histórico; que promova a qualidade de vida e possibilite melhorar a mobilidade urbana.

Para que isto se viabilize, é fundamental que exista vontade política. Uma vontade que não depende somente dos políticos, mas da sociedade como um todo.

O diálogo franco entre os atores do mercado imobiliário e os demais representantes da sociedade, sobre como conduzir as melhores práticas urbanas e soluções para as cidades, é fundamental, e deverá acontecer. A diretoria do Secovi que toma posse hoje se empenhará para promover, desenvolver e manter vivo este diálogo.

As saídas pelo debate, e não pelo embate. É isso que sempre buscaremos. Apenas esses aspectos seriam suficientes para demonstrar que nova a

diretoria do Secovi-SP tem pela frente uma enorme tarefa. Mas há muito mais a fazer.

Ainda que as turbulências internacionais levem tempo para serem vencidas, a tendência é de que de, mesmo de forma lenta e gradual, aconteça a recuperação econômica dos Estados Unidos e dos países europeus.

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Neste cenário, o mercado imobiliário nacional tem tudo para manter um bom nível de atividades. E isso se deve basicamente a três fatores:

1. Temos demanda. Segundo dados do IBGE, na última década, o País produziu, em média, 1,5 milhões de domicílios por ano. Por outro lado, na próxima década, as previsões indicam que será necessário produzir em média 1,9 milhões de novas moradias por ano. E juntamente com estas moradias, vêm os espaços para o comércio e serviços.

Além disso, e conforme a última pesquisa anual dos Membros da Associação de Investidores Estrangeiros, o Brasil passou para o segundo lugar entre os países mais atraentes para investimentos imobiliários globais, e a cidade de Sao Paulo saltou da vigésima sexta para a quarta posição, atrás apenas de Nova York, Londres e Washington.

2. Temos um sistema eficiente de crédito imobiliário, com grande potencial de crescimento. Ainda que os recursos da caderneta de poupança, como já sinalizado, possam se mostrar insuficientes para atender o volume de financiamentos esperado, o mercado já está considerando o desenvolvimento de novas fontes de recursos, como o aperfeiçoamento de mecanismos de indução à utilização dos Certificados de Recebíveis Imobiliários e Fundos de Investimento Imobiliário, bem como incentivos fiscais aos investidores do mercado mobiliário quando a aplicação for efetuada no mercado imobiliário. A busca destas e demais alternativas será um de nossos objetivos;

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3. Temos estabilidade econômica, o que significa inflação sob controle, tendência de juros em declínio e, principalmente, emprego e renda. Portanto, temos condições de garantir fôlego para o setor imobiliário.

Este cenário positivo esbarra, porém, em dois entraves importantes, que precisam ser superados.

O primeiro deles é a insegurança jurídica. É inaceitável que alguém seja prejudicado por ter cumprido determinada lei.

Impossível realizar investimentos de longo prazo se não houver estabilidade nas regras e sua aplicação.

Mesmo quando, por qualquer motivo, decisão judicial posterior julga a norma inconstitucional ou irregular, seus efeitos devem ser considerados enquanto esteve formalmente em vigor. É desumano e contraproducente viver em um país onde o passado pode ser imprevisível. Não importa se falamos de questões ambientais, relações de consumo, leis de uso e ocupação do solo, quaisquer outros assuntos relacionados à economia, ou à vida em sociedade.

O segundo entrave reside em onde e como produzir imóveis, em função da falta de espaço urbano adequado, de legislação compatível, e de conceitos inovadores e eficientes de ocupação urbana.

Precisamos de espaço urbano para atender a demanda de forma adequada. Assim, cabe aperfeiçoar os atuais modelos de uso e ocupação do solo, tarefa na qual o Secovi-SP pode e deve ajudar o poder público, para que

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seja garantida a oferta de moradias em volume compatível com a necessidade da população. Também não podemos nos esquecer de um importante segmento de nossa atividade: o desenvolvimento urbano. A criação de novos espaços, que permitem o crescimento e o desenvolvimento das cidades. Começamos produzir comunidades planejadas, modelo que proporciona o desenvolvimento de grandes áreas de forma integrada e racional. Portanto, agora é o momento de o Brasil ter uma legislação que oriente o

planejamento da expansão das cidades em escala mais abrangente. Infelizmente não temos a cultura do planejamento a longo prazo em dimensão territorial mais ampla, mas é necessário mudar essa forma de criar cidades se quisermos viver de maneira sustentável e garantir a qualidade de vida das novas gerações. Pensar local e regionalmente. Esse é outro desafio a ser enfrentado. Precisamos pautar nossas ações no aperfeiçoamento do mercado, vislumbrando as próximas décadas e não os próximos anos. Sob essa ótica, qual seria a estratégia correta? Preparar o mercado imobiliário para as cidades futuras, ou preparar as cidades para o futuro mercado imobiliário?

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A mim parece que a melhor estratégia passa pela interseção destas duas propostas. Devemos promover a interação do planejamento das cidades com o planejamento do mercado imobiliário. Estes são vetores complementares e por mais que não se queira entender isto, são indissociáveis. Sua resultante norteará o futuro das cidades.

Aliás, as cidades representam hoje cerca de 0,5% da área total do país, e nela se concentram 85% da população brasileira. É pouco espaço para muita gente.

E sem um modelo de compacidade racional e ambientalmente equilibrado, dificilmente venceremos os problemas de equacionamento dos espaços urbanos que o futuro nos apresenta.

O desenvolvimento dos espaços destinados ao crescimento das cidades deve ser efetuado de forma sustentável. É nossa obrigação entender perfeitamente e difundir os conceitos e práticas sustentáveis, o que sem dúvida faremos.

Porém, não menos importante é entendermos exatamente o contexto em que nos encontramos sob o ponto de vista ambiental, econômico e social, aspectos que compõe o tripé da sustentabilidade.

Nem sempre conhecemos os fatos como eles são, e isto muitas vezes é prejudicial no momento tomarmos certas decisões.

Tomo como exemplo a questão relacionada a cobertura florestal. Estudos

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efetuados pela Embrapa nos revelam dados interessantes, a pouco conhecidos por todos. Vemos na mídia nacional e internacional, artigos e reportagens colocando o Brasil entre os países campeões mundiais de desmatamentos e destruição de florestas. Porém, os dados reais podem ter um outro foco. Há oito mil anos, a Europa, sem considerar a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta. Hoje, tem apenas 0,1%. O Brasil que possuía cerca de 10% das florestas mundiais. Hoje, detém quase 30% das florestas existentes no planeta. Os estudos indicam, ainda, que apesar do desmatamento dos últimos 30 anos, o Brasil é um dos países que mais mantêm sua cobertura florestal. Dos 100% de suas florestas originais: - a África mantém hoje cerca de 8%, - a Ásia 6%, - a Europa - o pior caso do mundo - apenas 0,3%. O Brasil, ao contrário, mantém quase 70% de suas florestas primitivas. Para ser mais preciso, 69,4%.Isto quer dizer que não estamos desmatando e podemos desmatar mais? Que podemos relaxar com a preservação ambiental? Seguramente não! Devemos continuar a proteger nosso meio ambiente e nossas florestas, não

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esmorecer na luta contra o desmatamento irresponsável e ilegal.Entretanto, não podemos permitir que sejam utilizados subterfúgios desprovidos de lógica e fundamentos, para inviabilizar o necessário desenvolvimento econômico do País. Temos, sim, problemas ambientais a enfrentar, modelos de ocupação rural e urbana a aperfeiçoar. Mas devemos ter maturidade suficiente para sensibilizar a sociedade a partir de realidades fáticas e demandas existentes. Somente dessa forma nosso país poderá construir as melhores soluções para se desenvolver de maneira sustentável e contínua. Assim como acontece na questão ambiental, muitas vezes o mercado imobiliário também é atingido por conceitos que, arraigados na opinião pública, nem sempre refletem a realidade. Costumo dizer que o setor imobiliário tem uma grande função social. Esta função é equilibrar oferta e demanda de produtos imobiliários no mercado. É isto que o segmento deve procurar, sempre. Se existe demanda, o setor deve gerar oferta na proporção adequada, nem mais, nem menos. Quando isto não acontece, ocorre o desequilíbrio, que poderá gerar aumento de preços e piora na qualidade de vida. O setor desenvolve seus mecanismos de produção de acordo com as regras e os planos legalmente estabelecidos. Se os planos não forem os mais adequados para a cidade, os resultados de sua implantação também não serão.

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O mercado imobiliário do futuro abrigará uma sociedade mais velha, a idade média de nossa população está aumentando, com perfil social diferente.

Em 40 anos teremos, por exemplo, um Brasil de 6 milhões de mulheres a mais que homens, uma grande parcela da população com idade entre 45 e 55 anos, e um aumento do número de unidades habitacionais com menor número de pessoas.

Sem dúvida, avaliações sócio-geoeconômicas desse tipo, nos ajudarão a entender e projetar o futuro mercado imobiliário. Vamos, sim, nos preparar para obter e analisar de forma científica essas informações.

É importante perceber que planejar o futuro mercado imobiliário não se restringe unicamente à concepção de novos produtos imobiliários e sua relação espacial e funcional com a cidade.

Falamos também do papel indutor do mercado imobiliário nos mais diversos setores da economia, na requalificação dos espaços, na reurbanização e recuperação de áreas degradadas, além da reabilitação de antigas edificações.

Ainda não conseguimos prever o futuro, mas certamente podemos planejá- lo!

Não basta produzir empreendimentos imobiliários e colocá-los no mercado. A administração e a operação desses imóveis é e continuará sendo de inegável importância para o bom funcionamento das cidades.

O aperfeiçoamento dos modelos de operação dos edifícios, o investimento

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no desenvolvimento de novos sistemas de administração, o apoio cada vez maior aos síndicos dos edifícios serão ações permanentes em nossa gestão.E nunca é demais lembrar a contribuição de nossas atividades para o desenvolvimento econômico. A construção civil, com grande participação da indústria imobiliária, é um dos pilares do PIB nacional. Conforme prognósticos, a indústria da construção vai crescer 5,2% em 2012, enquanto o PIB do País avançará algo em torno de 3,5%. Geramos empregos em larga escala. Lutamos para produzir moradias para todas as camadas sociais, inclusive as de menor renda. Criamos os novos espaços urbanos. Implantamos os empreendimentos que abrigam as atividades comerciais e de serviços. Administramos e operamos todos esses edifícios. Como em outros importantes setores da economia, somos pessoas que trabalham para outras pessoas. Gente que se preocupa em promover o bem- estar, pois a lucratividade de suas iniciativas depende dessa condição. E para que isso se mantenha e se fortaleça ainda mais, contamos com o permanente apoio de nossos associados nesse trabalho voluntário em prol do contínuo aprimoramento e crescimento do setor imobiliário. Senhoras e Senhores. Hoje, participam nos grupos e conselhos técnicos do Secovi cerca de mil profissionais do mercado, que se reúnem periodicamente no Sindicato para discutir, propor ideias e elaborar estudos e soluções para os mais

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diversos problemas da indústria imobiliária em toda sua cadeia.Temos esperanças de que o Brasil esteja preparado para enfrentar a atual instabilidade internacional, com diminuição do déficit público e com controle da inflação – esta sim, uma das maiores ameaças a todas as atividades produtivas. Geração de emprego, renda e recursos suficientes para liquidar de uma vez por todas com a falta de moradia digna, promover o equilíbrio social e garantir a prosperidade em uma sociedade mais justa, com estreitamento das diferenças econômicas entre os cidadãos, constituem a base de uma nação desenvolvida. Somos daqueles que não se contentam facilmente ou se acomodam. Não nos intimidamos perante desafios. Nós os enfrentamos, com ética, transparência e dignidade. Buscamos o novo, mas sem desprezar o passado. Queremos o melhor para todos. É assim que agimos. É assim que pensamos. É assim que faremos ! Que Deus nos ilumine em nossa missão ! Muito Obrigado!