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Discuta o papel das enzimas no solo. As enzimas se ligam fortemente ao substrato,causando mudanças na configuração eletrônica nas ligações mais facilmente modificáveis, reduzindo a energia da ativação, permitindo ou regulando a velocidade da reação química. Apresentam alta especificidade de reação, elevada eficiência catalítica, não são consumidas na reação e estão sujeitas a processos de indução, ativação, inibição e desnaturação química ou biodegradação no ambiente. O resultado da atividade dos microrganismos, ocorre a produção de várias enzimas extracelulares, capazes de atacar substratos orgânicos que compõem a matéria orgânica do solo ou necromassa, liberando monômeros, que são absorvidos e metabolizados nas células, produzindo biomassa, CO2, H2O e elementos minerais. As enzimas intracelulares catalisam , ou seja, com as transformações do substrato permite o funcionamento de rotas metabólicas específicas para a liberação de energia e elétrons e a integração das funções fisiológicas e rotas bioquímicas do catabolismo e anabolismo celular, formam a base da bioquímica do metabolismo microbiano no solo, degradando os restos orgânicos e sintetizando novas moléculas para a constituição de nova biomassa microbiana. ok Discuta o artigo como um todo. O texto, em voga, trás uma análise da evolução do estudo da biomassa microbiana, partindo-se do movimento, surgido no início dos anos 80, em busca de mais informações acerca do tema. O autor revela a falta de conhecimento empírico sobre o tema central, o que levou ha estudos para o aprofundamento científico do tema. Até hoje, discute-se a importância da biomassa microbiana, uma vez que as altas concentrações de CO2 na atmosfera, aliada a agentes poluentes antropogênicos e o aquecimento global, são riscos para o equilíbrio do ecossistema. Há trinta anos a análise do ecossistema se concentrava no fluxo de entrada e saída. Isso era necessário para quantificar os elementos ( ex. C, N e P) e energia transferida para nós.

Discuta o papel das enzimas no solo. - Mario A. Lira Juniorlira.pro.br/.../uploads/downloads/2011/09/sabatina-metabolismo.pdf · O texto, em voga, trás uma análise da evolução

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Discuta o papel das enzimas no solo.

As enzimas se ligam fortemente ao substrato,causando mudanças na

configuração eletrônica nas ligações mais facilmente modificáveis, reduzindo a

energia da ativação, permitindo ou regulando a velocidade da reação química.

Apresentam alta especificidade de reação, elevada eficiência catalítica, não

são consumidas na reação e estão sujeitas a processos de indução, ativação,

inibição e desnaturação química ou biodegradação no ambiente. O resultado

da atividade dos microrganismos, ocorre a produção de várias enzimas

extracelulares, capazes de atacar substratos orgânicos que compõem a

matéria orgânica do solo ou necromassa, liberando monômeros, que são

absorvidos e metabolizados nas células, produzindo biomassa, CO2, H2O e

elementos minerais. As enzimas intracelulares catalisam , ou seja, com as

transformações do substrato permite o funcionamento de rotas metabólicas

específicas para a liberação de energia e elétrons e a integração das funções

fisiológicas e rotas bioquímicas do catabolismo e anabolismo celular, formam a

base da bioquímica do metabolismo microbiano no solo, degradando os restos

orgânicos e sintetizando novas moléculas para a constituição de nova

biomassa microbiana.

ok

Discuta o artigo como um todo.

O texto, em voga, trás uma análise da evolução do estudo da biomassa

microbiana, partindo-se do movimento, surgido no início dos anos 80, em

busca de mais informações acerca do tema. O autor revela a falta de

conhecimento empírico sobre o tema central, o que levou ha estudos para o

aprofundamento científico do tema.

Até hoje, discute-se a importância da biomassa microbiana, uma vez que as

altas concentrações de CO2 na atmosfera, aliada a agentes poluentes

antropogênicos e o aquecimento global, são riscos para o equilíbrio do

ecossistema.

Há trinta anos a análise do ecossistema se concentrava no fluxo de entrada e

saída. Isso era necessário para quantificar os elementos ( ex. C, N e P) e

energia transferida para nós.

Primeiramente, a maior ênfase foi a dinâmica dos elementos e a mineralização

de substratos orgânicos, além da liberação de nutrientes e elementos devido a

atividade heterotrófica de microrganismos decompositores.

Com o advento da técnica Rothamsted, a quantificação da biomassa

microbiana total (bactérias + fungos), ficou mais precisa, uma vez que não era

possível essa determinação apenas com observação microscópica.

A evolução das técnicas de análise de parâmetros ecofisiológicos trouxeram

benefícios tremendos, pois aumentaram a precisão do diagnóstico de biomassa

microbiana, respeitando a diversidade de solos e do ecossistema de uma forma

geral.

Podemos dizer que a evolução do pensamento nesse sentido nos leva a uma

situação mais naturalista que positivista, pois o respeito à diversidade é

condição para a correta aplicação de resultados quantitativos e qualitativos.

Um estudo sério, tanto acima quanto abaixo do solo, neste sentido deve ser

tema de novas pesquisas, pois os pesquisadores estão no caminho certo ao

diversificar a análise dos resultados, podendo ainda cair em má interpretação

dos resultados.

quase lá, mas deveria ter entrado em mais um pouco de detalhes

Relacione o modelo hiperbólico de Michaelis-Menten com os modelos

mais comuns para decomposição de serrapilheira.

Para caracterizar a atividade de uma determinada enzima do solo,

alguns autores têm feito uso da cinética clássica de Michaelis-Menten que é

fundamentado no fato de que a velocidade da reação é proporcional à

concentração do substrato, destacando a velocidade máxima alcançada pela

reação e a constante da reação q corresponde à concentração de substrato

necessária para atingir a metade da velocidade máxima alcançada pela reação.

Para a decomposição de serrapilheira estimada pelo modelo exponencial

definido por Wieder & Wright (1995), considera a constante de decaimento em

que se calcula a queda diária e a queda mensal, respectivamente. O

coeficiente de retorno de serrapilheira é definido como a produção anual de

serrapilheira dividida pela média de serrapilheira acumulada no solo da floresta.

O modelo de balanço de massa (Reiners & Reiners, 1970; Xu & Hirata, 2002;

Lodhiyal & Lodhiyal, 2003) considera a constante de decomposição , definida

como a produção anual de serrapilheira dividida pela soma da média de

serrapilheira acumulada no solo da floresta e a produção anual de serrapilheira

.O tempo de retorno de serrapilheira (anos) é o recíproco da taxa de retorno.

estou falando nos modelos exponenciais de decomposição, não de

deposição...

Discuta o crescimento microbiano sob condições ideais.

Para um crescimento microbiano sob condições normais na capacidade

heterotrófica do solo, são necessário processos para obter um bom

crescimento microbiano no solo como: um fluxo de elétrons, que, dependendo

das condições de oxirredução tem um aceptor final de O2 (anaerobiose) ou

formas inorgânicas de N, S, C e metais oxidados ou compostos orgânicos de

cadeia curta (anaerobiose); um fluxo de carbono que gera CO2, CH4,

componentes celulares (biomassa) e produtos orgânicos intermediários para a

biossíntese e um fluxo de energia na forma de ATP, que sustenta o anabolismo

para produção de biomassa e as funções celulares diversas. Esse crescimento

microbiano em ambientes ideais citadas acima ocorre em função da

disponibilidade de substrato reduzido (MO), então para que haja o crescimento

microbiano a disponibilidade de substrato em determinado tempo tem que ser

maior que a biomassa produzida e mais o gasto para a sua manutenção, visto

que a rápida com que o crescimento microbiano se dá, a disponibilidade de é

geralmente limitante para a microbiota do solo e um outro aspecto é quanto do

carbono utilizado é convertido em novas células. Também podemos citar que o

crescimento dos microrganismos é grandemente afetado pelas condições

físicas e químicas do ambiente onde se encontram, sendo que estas podem

influir positivamente ou negativamente de acordo com o microrganismo em

questão.

Temperatura: Corresponde a um dos principais fatores ambientais que

influenciam o desenvolvimento bacteriano. A medida que há um aumento da

temperatura, as reações químicas e enzimáticas na célula tendem a tornar-se

mais rápidas, acelerando a taxa de crescimento. Todos os microrganismos

apresentam uma faixa de temperatura onde desenvolvem-se plenamente.

Nesta faixa de temperatura podemos determinar as temperaturas mínima,

ótima e máxima (temperaturas cardeais), para cada microrganismo. A

temperatura máxima provavelmente reflete os processos de desnaturação ,

enquanto os fatores que determinam a temperatura mínima ainda não são bem

conhecidos, embora certamente a fluidez da membrana seja um dos fatores

determinantes destes níveis térmicos baixos.

pH: Os ambientes naturais tem uma faixa de pH de 5 a 9, o que comporta o

crescimento de diferentes tipos de microrganismos.

Bactérias - faixa entre 7, com algumas acidófilas (Thiobacillus de 0,5 a 6,0 com

ótimo entre 2 e 3,5) e outras alcalifílicas (Bacillus e Archaea).

Fungos - tendem a ser mais acidófilos que as bactérias (pH <5).

Tensão de O2: Extremamente importante no desenvolvimento, uma vez que os

microrganismos comportam-se de forma bastante distinta, sendo classificados

como aeróbios, anaeróbios facultativos, anaeróbios estritos, anaeróbios

aerotolerantes e microaerófilos (requerem concentrações baixas de O2).

Água: Essencial a qualquer microrganismo, embora as necessidades sejam

variadas. É o solvente universal, mas sua disponibilidade é variável (soluções

com açúcares ou sais têm menos água disponível).

Os organismos que vivem em ambientes onde a disponibilidade de água é

baixa desenvolvem mecanismos para extrair água do ambiente, pelo aumento

da concentração de solutos internos, seja bombeando íons para o interior ou

sintetizando ou concentrando solutos orgânicos (solutos compatíveis), que

podem ser açucares, álcoois ou aminoácidos (prolina, betaine, glicerol).

Pressão osmótica: Fator extremamente importante, principalmente a partir do

maior conhecimento sobre as Archaea, visto que vários membros deste

domínio requerem altas concentrações de sais para seu desenvolvimento.

Fatores adicionais: Fonte luminosa para fototróficos autotróficos. Pressão

atmosférica, para aqueles que vivem em profundidades.

a discussão está essencialmente correta, mas eu estava perguntando

sob condições ideais... ou seja, em meio de cultura ou algo que o valha. Em

outras palavras, a pergunta não é diretamente ligada com o solo. Todos os

pontos levantados são válidos, o que livrou sua cara, mas a idéia era sobre o

crescimento exponencial...

Discuta algumas das prováveis conseqüências de um eventual

aumento no metabolismo anaeróbico de solos sobre o meio ambiente

global.

Os microrganismos que crescem em condições anaeróbicas usam

compostos inorgânicos oxidados no lugar do O2 como aceptor terminal de

elétrons. Podemos citar como consequência de um aumento no metabolismo

anaeróbico a produção de gases em solos inundados como o CH4 , N2o e

CO2, contribuindo para problemas ambientais como o efeito estufa e o

estreitamento da camada de ozônio. O metano é um importante gás de efeito

estufa e influencia fortemente a fotoquímica da atmosfera. O CH4 é produzido

em solos inundados pelas bactérias estritamente anaeróbias. A drenagem

diminui a emissão de CH4 para a atmosfera, pois a aeração do solo inibe a sua

produção pelas bactérias metanogênicas. Concomitantemente, ocorre a

diminuição de CH4 no solo devido à oxidação aeróbia pelas bactérias

metanotróficas.

excelente

Discuta o capítulo como um todo.

Os organismos são responsáveis em controlar as transformações dos

elementos químicos e as transferências de energia e nutrientes no sistema

solo-planta-atmosfera, constituindo a base de sustentação e produtividade dos

ecossistemas terrestres. Dois processos sustentam a base da vida no planeta:

a fotossíntese e a decomposição seguida da mineralização dos materiais

orgânicos por ela formados. A fotossíntese é realizada pela ribulose que é

considerada a enzima da vida, absorvendo a energia solar e fazendo a redução

do CO2 atmosférico nas plantas. Os microrganismos são capazes de converter

uma forma de energia para outra através de reações químicas que são

medidas pela absorção de nutrientes e substâncias energéticas que, através de

transformações metabólicas, sustentam o crescimento e a multiplicação celular.

Os processos metabólicos são iniciados por transcrição gênica até a síntese de

proteínas com função enzimática que catalisam permitindo rotas metabólicas

específicas para liberação de energia e elétrons e integrando as funções

fisiológicas e rotas bioquímicas do catabolismo e anabolismo celular, formando

a base bioquímica do metabolismo microbiano do solo. O metabolismo celular

compreende reações de redox que determinam a tendência do fluxo de

elétrons no processo oxidativo. A oxidação de uma substância só se dá uma há

a redução de outra, consequentemente ocorre mudanças no estado de

oxidação dos elementos que geralmente compõem as substâncias em

transformação no solo. No metabolismo aeróbico é onde predomina a maioria

dos solos onde há a oxidação da glicose e a oxidação fosforilativa obtendo

assim alta produção de energia livre, correspondendo ao rendimento

energético de 42%. No metabolismo anaeróbico os microrganismos usam

compostos inorgânicos oxidados no lugar do O2 como aceptor terminal de

elétrons. Esses aceptores tem potencial de redução maior que o oxigênio e, por

isso, produzem pouca energia, também resultam em processos como

desnitrificação, respiração do nitrato, redução do sulfato e metanogênese. A

intensidade dos processos de biotransformação dos materiais orgânicos no

solo depende da quantidade de resíduos adicionadas ao solo e das condições

ambientais. Nas células vivas, as reações químicas são catalisadas por um

grupo de proteínas com alta especificidade denominadas enzimas, ligando-se

ao substrato fortemente, causando mudanças na configuração eletrônica nas

ligações mais facilmente modificáveis, reduzindo a energia de ativação,

permitindo ou regulando a velocidade da reação química. As enzimas são

responsáveis por quase totalidade da atividade biológica, catalisando as

transformações bioquímicas e representando fonte e dreno de C, regulando a

troca de nutrientes entre a atmosfera e o ecossistema solo-planta-organismo.

ok

Discuta a evolução dos trabalhos em ecofisiologia microbiana a partir

dos anos 50, e como a transição foi feita de situações simples, bem

controladas, para ambientes reais.

O estudo dos parâmetros ecológicos e sua influência sobre a

fisiologia microbiana foram conduzidos sob condições in vitro usando a

cultura de lote ou técnicas de cultura contínua concentrando-se na resposta de

uma espécie de cada vez.

No entanto, esses valores obtidos, frequentemente excederam os dados de

entrada de carbono para um solo, calculado sobre uma base anual, e ficou

claro que a demanda total de manutenção do crescimento células

sem limitações de carbono deve ser diferente de organismos em um

ambiente de carbono natural limitado.

O entendimento de como funciona o ecossistema tornou-se peça chave, uma

vez que a análise do consumo de carbono no metabolismo endógeno ajuda a

determinar a biomassa microbiana, não obstante a quantidade de C usada na

manutenção da integridade celular e não somente no crescimento.

A partir desta nova visão, ampliaram-se os estudos científicos para o campo,

onde surgiram diversas formas de pensar o assunto, como a Teoria de Odum,

que compara resultados diversos assumindo a diversidade natural do

ecossistema, relacionando solos com entrada menos diversa de substratos

(monoculturas) com solos que funcionam com rotatividade, subsequentemente

com diversidade de substratos mais intensa. A comparação desses resultados

mostra a importância do estudo diversificado do ecossistema, não somente sob

o parâmetro da quantidade, mas também levando-se em conta aspectos

qualitativos.

Partindo-se de uma análise in vitro para uma análise de campo qualitativa

compreende - se a importância da diversidade de diagnósticos e de

pensamentos acerca do tema. O que garante uma análise muito mais profunda

hoje em dia.

Ok

Relacione o modelo hiperbólico de Michaelis-Menten com os modelos

mais comuns para decomposição de serrapilheira.

O modelo de Michaelis-Menten é um dos modelos bastante difundido,

pois trabalha com parâmetros que descrevem adequadamente o processo de

degradação ou consumo de substâncias. Dentre estes parâmetros principais

temos a velocidade máxima (Vmáx.) que corresponde a taxa de degradação de

um substrato quando todas as enzimas estão atuando no seu máximo e a

constante da reação (Km), esta corresponde a taxa de degradação da matéria

orgânica quando temos a metade da velocidade máxima, de forma simplificada,

a Km corresponde a afinidade da enzima pelo substrato, sendo assim, quanto

menor for o Km mais rapidamente a taxa de degradação alcançará a sua

velocidade máxima e maior a especificidade enzima substrato.

Um modelo bastante difundido é o proposto por OLSON (1963) em que a taxa

de decomposição da serrapilheira (K) é resultado da relação entre a produção

anual de serrapilheira (kg.ha-1.ano-1) e o estoque de serrapilheira (kg.ano-1),

portanto:

K=PAS/ES

Utilizando o índice “K” podemos encontrar outros parâmetros como o tempo

médio de renovação da quantidade de serrapilheira acumulada e os tempos

necessários para decomposição de 50 e 95% da serrapilheira.

Também podemos citar o modelo cinético das mudanças no substrato de Smith

& Paul (1990) sendo expressa por:

dS/dt=-K(B)[S];

Sendo (dS/dt) a quantidade de substrato degradado no tempo, (B) a

capacidade catalítica da Biomassa microbiana e [S] a concentração de

substrato.

Atividade microbiana pode também ser considerada como um modelo de

decomposição da serrapilheira, pois os microrganismos oxidam a matéria

orgânica e liberam CO2.

Uma das premissas que podemos estabelecer para decomposição de

serrapilheira, ou matéria orgânica em geral, é que a atividade de

microrganismos esta intimamente relacionada com sua taxa de degradação.

Portanto, os modelos de Michaelis-Menten e o Modelo Cinético das Mudanças

no Substrato de Smith & Paul são adequados visto que em suas contas

envolvem a capacidade catalítica da enzima ou da biomassa microbiana,

respectivamente, o que não entra em consideração no modelo proposto por

Olson (1963). Este fato tem grande importância, devido que a taxa de

decomposição da serrapilheira é sazonal, ou seja, nos meses chuvosos as

taxas de decomposição são maiores bem como em anos que apresentarem

maiores valores de precipitação pluvial teremos maior taxa de decomposição.

Fato que é observado pelo modelo de Olson, mas não é diagnosticado.

Além disso, os modelos de Michaelis-Menten e Smith & Paul fornecem muito

mais informações do que o de Olson para a taxa de decomposição da

serrapilheira (K). Enquanto o modelo de Olson só fornece a taxa de

degradação por ano e os tempos para decomposição de 50 e 95% o modelo de

Michaelis-Menten fornece a Vmáx de degradação e a afinidade da enzima com

o substrato (Km) o que pode nos fornecer todos os parâmetros estimados pela

equação de Olsen. E o modelo de Smith & Paul bem como o de Michaelis-

Menten é um bom descritor da decomposição da serrapilheira visto que leva

em consideração a capacidade catalítica da biomassa (B), a quantidade de

substrato degradada no tempo (dS/dt) e a concentração do substrato [S].

excelente

Discuta o artigo como um todo.

O artigo trata da biomassa microbiana do solo do ponto de vista sobre a

ecofisiologia destes organismos. A ecofisiologia corresponde aos aspectos da

ecologia dos microrganismos, o papel que desempenham no meio ambiente, e

suas respostas fisiológicas ao meio como maior taxa de respiração, maior

secreção de enzimas etc. em virtude de alterações no ambiente tais como pH,

nutrientes, temperatura, suprimento de oxigênio entre outros.

A partir de década de 80 pesquisadores de todo o mundo buscavam métodos

para quantificar ou avaliar o efeito antrópico no ambiente. Um dos parâmetros

mais susceptíveis a modificações é justamente a comunidade microbiana.

Alguns fatores as tornam adequadas como avaliadora de estresses ambientais

como: mudança rápida na atividade metabólica, diminuição da comunidade

microbiana, aumento da densidade de algumas espécies etc. Contudo, a

técnica da observação direta de microrganismos, a qual foi bastante utilizada, é

inadequada para avaliação de impactos ambientais no ecossistema do solo,

pois a densidade e diversidade não podem ser adequadamente descrita por

este método.

O objetivo central deste estudo foi estudar a comunidade microbiana do solo de

forma única, estudando-a como um todo.

O artigo relata que a poluição global é um tópico de importância nos dias atuais

e, principalmente o foi na década de 80, quando existia uma urgência na

criação de métodos capazes de avaliar a ação antropogênica na poluição do

ambiente. Dentre vários estudos com este propósito é atribuído a John and

Klaus Domsch (Anderson and Domsch, 1978) a criação do método fisiológico

para quantificação da biomassa microbiana, também conhecido como técnica

da respiração.

No artigo também é citado que de todo o carbono utilizado por grupos de

bactérias grande parte do carbono não é utilizado somente para crescimento,

mas também para manutenção da célula microbiana (metabolismo

endogênico). Com isso surge o conceito de “Manutenção” que corresponde a

demanda de carbono que cada microrganismo possui.

Um dos pontos chaves na compreensão da microbiota do solo foi a

conceituação dos quocientes de Manutenção e ecofisiologia, tais como: taxa de

crescimento, produtividade (Y), tempo de turnover (d) e cinética de absorção de

carbono (Vmáx e Km).

Uma das bases que mais influenciaram o entendimento da biomassa

microbiana e sua ecofisiologia foi a interpretação da teoria da bioenergética no

desenvolvimento de ecossistemas de Odum (1969), a qual especifica que o

desenvolvimento da diversidade (plantas, animais e micróbios) nos

ecossistemas coincidem com o aumento do uso eficiente de energia durante o

progresso do estágio de desenvolvimento a maturidade e quase-equilibrium e

neste ponto existe um baixa respiração da comunidade por unidade de

biomassa.

Um achado pelos autores que possibilitou a aplicação da sua teoria foi

observação de uma comunidade microbiana sob estresse que se adequavam

as premissas de Odum. Resultado do trabalho de Anderson and Domsch

(1993) que reportaram o efeito do pH do solo na biomassa microbiana. O efeito

do pH do solo foi muito pronunciado mostrando uma grande elevação do

quociente metabólico (qCO2) e diminuição do Cmin para Corg sob condições

de acidez.

O autor comenta que o estudo ecofisiológico foi necessário para compreensão

das relações entre a biomassa microbiana do solo a sua transferência de

energia e a demanda de carbono. Sendo que todo este relacionamento pode

ser facilmente modificado pela ação da interferência antropogênica.

Como conclusão o autor comenta que a junção da aproximação holística da

ecofisiologia (coeficientes metabólicos) com técnicas moleculares específicas

para testar se a comunidade microbiana é relacionada com a economia de

energia da comunidade pode ser um novo capítulo na ecologia microbiana.

excelente

Discuta o capítulo como um todo.

Neste capítulo os autores fazem uma abordagem sobre o metabolismo

microbiano e seus processos e como estes podem modificar ou serem

modificados pelo seu ecossistema.

Primeiramente devemos considerar que os organismos presentes no solo

apresentam funções vitais no ecossistema como a degradação de compostos

orgânicos, ciclagem de nutrientes, ciclos biogeoquímicos como nitrificação,

degradação de poluentes introduzidos pelo homem como pesticidas e

herbicidas, sendo que, estes processos são de fundamental importância para

sustentação da vida terrestre como um todo.

O metabolismo dos microrganismos do solo é de vital importância, pois é por

meio da degradação de componentes orgânicos que os nutrientes podem ser

reutilizados pelas plantas, e para este conjunto de reações podemos designar

de “atividade biológica”.

Uma suposição lógica da grande importância dos microrganismos do solo é em

relação ao ciclo do carbono, por exemplo, se não existisse a degradação

realizada por estes organismos o carbono não teria o seu ciclo completo sendo

acumulado em um passo do ciclo. Com isto, à medida que grande parte deste

nutriente não é reciclado o ciclo de energia promovido por ele também é

afetado até que chegue um ponto que seja totalmente interrompido.

É importante destacar que o metabolismo do solo não compreende somente o

metabolismo microbiano, mas também todo o metabolismo de organismos que

estejam no solo. Sendo assim, metabolismo microbiano se refere a parte

exercida pelos microrganismos, enquanto metabolismo do solo corresponde a

todo o metabolismo proporcionado pelos organismos do solo.

De forma geral, os organismos do solo são quimiorganotróficos, obtendo a

energia para manutenção do seu organismo pela oxidação de compostos

reduzidos e, no solo os processos metabólicos que nele ocorrem são oriundos

principalmente da atividade de organismos deste tipo.

De forma enfática, o autor afirma que a heterotrofia é a base da Bioquímica do

Solo. Certamente que sim, visto que processos como os biogeoquímicos são

realizados por microrganismos heterotróficos.

Os microrganismos do solo podem desempenhar seu papel degradativo em

condições aeróbicas ou não. Em condições aeróbicas a decomposição gera

grande quantidade de energia, CO2 e biomassa microbiana. Já nas condições

anaeróbicas a degradação de compostos orgânicos produz pouca energia e

liberam grandes quantidades de compostos como metano, CO2 etc., sendo

estes oriundos da utilização de compostos inorgânicos oxidados como

aceptores de elétrons (NO3-; SO42- e metais oxidados) os quais são

responsáveis pelo efeito estufa.

Em relação ao fluxo de energia e de elementos no sistema organismo-solo-

planta pode se evidenciar a importância da biomassa microbiana quando

constatamos que a taxa de reciclagem dela pode ser até 200 vezes mais rápida

do que a biomassa vegetal, desta forma podemos observar a importância desta

comunidade no fornecimento de nutrientes para as plantas e no fluxo de C

(energia). Outro dado importante é que a biomassa do solo pode chegar até a

10 toneladas o que corresponde a uma produtividade superior a alcançada por

diversas culturas agrícolas. Como em quaisquer organismos e considerando o

solo como tal, devemos dar destaque às enzimas. Elas são responsáveis pela

degradação de substância complexas tornando-as mais simples de tal forma

que possam ser assimiladas pelos microrganismos do solo. No solo destaque é

dado para hidrolases e oxirredutases, as quais são responsáveis pelo

rompimento de ligações químicas e reações de oxirredução, respectivamente.

Uma enzima que tem papel fundamental como indicadora da atividade

biológica do solo são as desidrogenases, os níveis de atividade enzimática

deste grupo de enzimas geralmente apresentam correlação com o consumo de

O2 e a atividade global da população do solo. No solo podemos encontrar

enzimas intra e extracelulares e estas podem se dividir em exoenzimas, as que

catalisam a região terminal das substâncias, e endoenzimas, catalisam regiões

internas das substâncias.

A microbiomassa do solo representada por fungos, bactérias, actinomicetos,

leveduras e microfauna é a principal fonte de enzima no solo. Deste modo, esta

biota do solo é responsável tanto pela própria formação do solo, secreção de

enzimas tornando minerais primários em secundários, como pela manutenção

dos ciclos biogeoquímicos etc.

A biomassa microbiana pode ser quantificada/estimada pela contagem do

número de organismos e posterior conversão para biovolume, determinação de

moléculas de assinatura e taxa de respiração. A biomassa microbiana é muito

dinâmica e heterogenia no solo. Regiões próximas de raízes, rizosfera, é a

região mais propícia a vida microbiana, sendo que regiões distantes dela são

consideradas como “desertos nutricionais” e, portanto, menos propícias a

sustentação da comunidade microbiana. Desta forma, amostragens que retirem

o solo para quantificação da rizosfera, comumente, superestimará a quantidade

de microrganismos, enquanto que amostras retiradas de regiões consideradas

desertos nutricionais acarretará em subestimação da população microbiana do

solo.

Assim, como foi exemplificado, o metabolismo microbiano é responsável pelo

ciclo de reações responsáveis pela manutenção de todos os seres vivos, seja

pela realização da degradação da matéria orgânica ou pela continuidade dos

ciclos biogeoquímicos, o metabolismo que os microrganismos apresentam são

fundamentais para manutenção da vida.

excelente

Comente o desenvolvimento lógico do uso atual do coeficiente

metabólico para indicar o grau de estabilidade de um sistema

microbiano.

O coeficiente metabólico (qCO2) corresponde a taxa de CO2 que uma

quantidade de Biomassa emite em determinado tempo, ou seja, corresponde

ao consumo de substrato para produção de energia para manutenção do

organismo e reprodução e como produto final deste metabolismo ocorre

liberação de CO2. Em um ambiente em equilíbrio, o qCO2 tenderia a um valor

constante, pois a taxa de crescimento microbiano seria estável, bem como a

demanda energética para manutenção do seu metabolismo. No entanto, o

qCO2 pode se alterar rapidamente de acordo com a demanda microbiana, esta

maior demanda energética pode ser devido a alterações nas condições ótimas

para os microrganismo como aumento da temperatura, pH, presença de

elementos tóxicos, atividades antrópicas etc. Sendo assim, maior consumo de

substrato seria necessário para gerar energia para manutenção do

metabolismo e consequentemente maior quantidade de CO2 seria emitida

aumentando portanto o qCO2. Portanto, se é conhecido ou estimado o qCO2

da comunidade microbiana de um sistema em equilíbrio as alterações que o

qCO2 apresente pode ser considerado como um indicador de possíveis

perturbações no ambiente.

excelente

Discuta o papel das enzimas no solo.

As enzimas do solo possuem papel fundamental na degradação da

matéria orgânica no solo, sendo que sua função primária é a de transformar

substâncias complexas em substâncias mais simples que possam ser

assimiladas pelos microrganismos do solo. Elas são responsáveis pelo

aumento da velocidade de reação que pode chegar até 1020 vezes mais do

que sem elas e diminuição da energia de ativação das reações de catabolismo.

O papel das enzimas é imprescindível, pois sem estas a energia necessária

para quebra de substâncias mais complexas seria extremamente alto. As

enzimas no solo podem ser secretadas pelos microrganismos para o meio

exterior (extracelulares) ou liberadas para o meio exterior por meio de ruptura

celular (intracelulares), portanto ambas podem atuar no meio extracelular

mesmo que por tempo muito curto.

De forma geral, as principais enzimas que atuam nas reações do solo são as

hidrolases e oxiredutases, as quais são responsáveis pelos processos de

decomposição da matéria orgânica e transformações inorgânicas, e

transferases e liases, as quais mediam transferências de grupos substituintes

entre moléculas e adição ou substituição de grupos químicos, respectivamente.

Outra função das enzimas do solo pode ser considerada como sendo um

indicador da atividade biológica do solo, como é o caso das desidrogenases.

Esta enzima tem destaque, pois ela correlaciona com a atividade oxidativa total

dos microrganismos do solo.

Portanto, o estudo das enzimas do solo é de grande importância para

compreensão da taxa de degradação da matéria orgânica do solo, para

indicação da atividade biológica dos microrganismos do solo, para estudos de

diversidade microbiana etc.

ótimo

Discuta algumas das prováveis conseqüências de um eventual

aumento no metabolismo anaeróbico de solos sobre o meio ambiente

global.

Os microrganismos que realizam metabolismo anaeróbio utilizam

compostos inorgânicos oxidados como SO42-; NO3- e metais oxidados como

aceptores finais de elétrons, no caso dos aeróbios o aceptor final seria o

oxigênio.

O que diferencia no metabolismo anaeróbio é que como resultado deste

metabolismo ocorre a liberação de metano (CH4) e vários outros compostos.

Isto é resultado de reações de desnitrificação, respiração do nitrato, redução do

sulfato e metanogênese as quais são evidenciadas em microrganismos como

Paracoccus denitrificans, Pseudomonas denitrificans, Desulfobacter sp.,

Methanosarcina sp. etc.

De forma geral, a principal influencia do aumento do metabolismo anaeróbico

é, portanto, o aumento da produção de metano. O metano é o principal agente

relacionado com o efeito estufa, ou seja, a elevação da temperatura na terra. O

seu principal mecanismo de retenção de energia, que favorece o aquecimento

global, constitui na reirradiação da energia luminosa que incide na superfície da

terra e que seria devolvida para o espaço.

Com o aumento aproximado de 1 a 2ºC na temperatura o ser humano não

seria diretamente afetado pela temperatura, mas poderia o ser pelo aumento

de radiação ultravioleta ocasionada devido a destruição da camada de ozônio

pelo metano, entretanto, a elevação da temperatura pode ocasionar mudanças

climáticas mais sérias como: regime pluviométrico, fato que certamente

ocasionaria mudanças drásticas na fauna e flora de diversos ambientes, em

especial em ecossistemas como florestas tropicais, ambientes aquáticos etc.

No caso de ambientes aquáticos podemos citar que pequenas elevações na

temperatura proporcionam grandes alterações nos corais, sendo que estes são

responsáveis pela criação de um ambiente propício para a vida de diversas

outras espécies e para as florestas tropicais a diminuição da precipitação

pluviométrica poderia ocasionar profundas mudanças neste ecossistema,

possivelmente, causando a extinção de diversas espécies que já estão

adaptadas ao clima tropical com elevada taxa pluviométrica e elevada

temperatura.

Como possíveis agentes de ação antrópica para aumento do metabolismo

anaeróbico podemos citar o aumento de áreas irrigadas por inundação na

agricultura e a construção de hidrelétricas.

excelente

Como a composição da serrapilheira pode afetar a composição

microbiana?

A serrapilheira é caracterizada pelos restos vegetais como folhas,

galhos, flores e frutos. Um dos mecanismos que as plantas possuem para

eliminar metabolitos secundários do seu sistema, substâncias secundárias que

são tóxicas para as plantas, é justamente pela eliminação junto com a folhas

caducas. Estes metabólitos secundários geralmente são taninos, quinonas,

flavonóides, triterpenos etc. que podem desempenhar função antibiótica. Deste

modo, a serrapilheira de algumas espécies vegetais terá grande quantidade de

metabólitos secundários que possibilitaram somente a sobrevivência de alguns

microrganismos capazes de resistir a influência dos seus metabólitos

secundários e, consequentemente, eliminará a comunidade microbiana que

não seja adaptada a estes compostos químicos.

excelente

Discuta o capítulo como um todo.

O capitulo Metabolismo e processos microbianos, descreve desde a

importância do solo como uma gente receptor, até como um agente

transformador. Explica todo o passo a passo dos processos biológicos, os

fundamentos do metabolismo do mesmo bem com o metabolismo central.

Mostra o crescimento microbiano em relação ao consumo de substrato,

geração de energia, produtos metabólicos e biomassa.

Fala dos tipos de metabolismos existentes e como esses atuam no solo, a

importância das enzimas, uma vez que estas tem participação essencial nos

processos relacionados à qualidade do solo e como são sintetizadas pelos

organismos que nele crescem.

Na parte da biomassa microbiana, o capítulo vai desde os aspectos gerais

envolvidos, até a atividade catalisadora, demostrando toda importância do

conhecimento deste fator, uma vez que a biomassa microbiana catalisa

transformações bioquímicas essenciais à qualidade do solo e funcionalidade do

ecossistema com enormes reflexos nos processos globais, torna-se importante

todo esse conhecimento.

eu pedi para discutir, não sintetizar ao extremo... o texto está mais para

tabela de conteúdo do capítulo, do que para uma discussão

Discuta o artigo como um todo.

O artigo fala inicialmente de como os projetos de pesquisas foram

implementados em todo o mundo e a necessidade de tal acontecimento para

quantificação dos impactos de poluentes antropogênicos.

A partir disso conta como se deu o processo evolutivo da microbiologia, do

ponto de vista que não se tinha naquela época um conhecimento sobre esse

tema. Fala da importância da mesma para os dias de hoje, objetivando o

equilíbrio do meio ecossistema.

O trabalho descreve também as tentativas de relacionar a saída do CO2

microbiano comunidade com a biomassa microbiana existente. Todos esses

estudos foram de fundamental importância para a atualidade, uma vez que a

abordagem holística era necessário naquele tempo para entender a relação

entre microbiana do solo transferência de energia de biomassa e sua demanda

de carbono, bem como todas as suas funções, pontos positivos e negativos e

assim, entender todo esse processo na atualidade.

isto é discussão desde quando? Está mais para um resumo do resumo

do que para uma discussão

Como a composição da serrapilheira pode afetar a composição

microbiana?

A serrapilheira compreendem a mesofauna e os grandes artrópodes que

normalmente ingerem material orgânico puro e desenvolvem um mutualismo

externo com a microflora baseado em um “rúmen externo”. Os artrópodes da

serrapilheira podem digerir parte da biomassa microbiana ou desenvolver

interações mutualísticas nos seus excrementos. Nessas estruturas, os recursos

orgânicos que foram fragmentados e umedecidos durante a passagem pelo

tudo digestivo, são ativamente digeridos pela microflora. Após alguns dias de

incubação, os artrópodes freqüentemente reingerem estes excrementos e

absorvem os compostos orgânicos assimiláveis que foram disponibilizados pela

atividade microbiana, e ocasionalmente parte da biomassa microbiana.

veja a pergunta... pela resposta dá a nítida impressão que você não tem

idéia do que é serrapilheira, que é o material vegetal que foi depositado pelas

plantas...

Discuta o papel das enzimas no solo.

Dentre as diferentes substâncias que os organismos liberam para seu

ambiente esta um grupo muito complexo de proteínas que são as enzimas.

Estas enzimas entram no solo através da morte de raízes e outras partes das

plantas que as contenham. Hoje, a consideração mais difundida é que os

microrganismos se constituem na maior fonte de enzimas do solo. Estas

ocorrem quando uma proteína enzimática é liberada para o solo, onde ela pode

ser imediatamente metabolizada pelos microrganismos ou se associar física ou

quimicamente aos colóides ali presentes, o que a torna mais estável e

inacessível a inibidores e extratores. Assim, cerca de um terço do nitrogênio do

solo pode estar na forma de complexos protéicos com colóides. As enzimas,

assim complexadas, podem ser liberadas para a solução do solo, com perda

pequena de atividade. Existem, ainda, dificuldades metodológicas muito sérias

para se caracterizar com precisão a origem de uma determinada atividade

enzimática no solo. A luz dos conhecimentos atuais sobre as enzimas do solo,

o que se pode concluir é que os estudos sobre as mesmas podem levá-las a se

constituírem em importante ferramenta para o manejo adequado do solo, dos

insumos agrícolas menos poluentes, havendo, contudo, muito a se fazer para

se atingir tal objetivo.

extremamente superficial e não falou nada sobre o que a enzima faz no

solo. o único papel que consegui localizar para ela na descrição é como

possível estoque de N complexado

Qual foi a primeira grande linha de estudos em ecologia microbiana do

solo? Discuta um pouco do fundamento desta linha.

Os estudos tiveram início através do Programa Biológico Internacional

(IBP), onde este iniciou as primeiras pesquisas sobre o ecossistema da

ecologia microbiana. Na época era necessário quantificar os elementos

(C,N,P), essa foi tida como a abordagem mais promissora para a compreensão

da função de um ecossistema. Na ocasião foi dada uma maior ênfase na

dinâmica de elemento em que a mineralização de substratos orgânicos e a

liberação de nutrientes e elementos são devido aos heterotróficos e atividade

do compartimento de decomposição microbiana, onde este ganhou

importância.

ok

Que via metabólica é dominante na microbiota do solo, e porque isto

acontece, de um ponto de vista evolutivo?

O metabolismo central consiste em reações bioquímicas capazes de

produzir ou consumir energia. Essas reações compõem o metabolismo

degradativo e o de síntese molecular, ambos de ocorrência simultânea nos

processos celulares e essenciais às funções celulares e a qualquer forma de

vida. Esses processos são precedidos e controlados por eventos intracelulares

específicos iniciados por transcrição gênica até a síntese de proteínas com

função enzimática que catalisam, por exemplo, as transformações do substrato

permitindo o funcionamento de rotas metabólicas específicas para liberação de

energia e elétrons, formando assim a base do metabolismo microbiano do solo.

Isso ocorre devido o fato desse processo estar sempre em atividade, ou seja,

ocorre a degradação dos restos orgânicos e estes sintetizam novas moléculas

para a constituição de uma nova biomassa microbiana.

a via respiratória oxidativa, ou seja, aeróbica. não faço idéia de onde

saiu esta história, já que toda reação bioquímica produz e consome energia,

apenas com diferença no balanço final positivo ou negativo

Relacione o modelo hiperbólico de Michaelis-Menten com os modelos

mais comuns para decomposição de serrapilheira.

O modelo de Michaelis-Menten é útil para explicar a cinética das reações

catalisadas por enzimas, bem como para caracterizar as enzimas do solo. Este

modelo considera que uma reação enzimática ocorre em dois passos:

Etapa 1. Ligação de um substrato (S) a uma enzima (E), formando um

complexo intermediário (ES)

Etapa 2. Formação do produto (P) a partir do complexo ES, com recuperação

da forma livre da enzima (E)

Na análise cinética da reação catalisada por uma enzima, consideramos

apenas o estado estacionário, que é aquele em que, apesar de estarem

mudando as concentrações de S (diminuindo) e de P (aumentando), não há

variação da concentração dos intermediários da reação.

Já a serrapilheira pode ser usada para aferir a taxa de decomposição em um

determinado ecossistema. A constante K da decomposição pode ser assim

expressa: K=Queda de serrapilheira / Deposição de serrapilheira.

Onde o numerador representa a quantidade de serrapilheira que entrou no

ecossistema e o denominador representa a quantidade que permaneceu, ou

seja, a quantidade que ainda não foi processada.

Diversos estudos são feitos medindo as taxas de perda foliar da serrapilheira

como indicador de porcentagem de decomposição.

Para a quantificação da produção de serrapilheira, podem ser instalados

diversos tipos de coletores, caixas, recipientes plásticos ou redes

confeccionadas com tela de náilon que são suspensos do solo a uma

determinada altura para captar a matéria orgânica que cai das árvores. O

material coletado é levado ao laboratório, seco em estufa e separado por

porção foliar, caules, raízes e partes reprodutivas. Após essa etapa são feitas

as pesagens e quantificações

eu estou falando nos modelos, não nos métodos. o modelo de michaelis-

menten é realmente o que você comentou, mas você não fez a menor relação

com os modelos de decomposição, que também pertencem à grande família

das regressões não-lineares. Além disto, pelo seu texto você não está sabendo

o conceito de serrapilheira, ou não falaria em queda e deposição como sendo

coisas separadas