dispositivos em evidência na arte contemporânea (foucalt)

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Dispositivos em evidncia na arte contemporneaVicta de Carvalho

O objetivo da autora pensar algumas estratgias da arte contempornea a partir da noo de dispositivo. Trata-se de expandir essa noo para alm de suas dimenses tcnicas, tendo em vista a construo de experincias audiovisuais capazes de promover deslocamentos nas relaes entre imagem e observador. Dispositivo, arte contempornea, subjetividade. O crescente uso de dispositivos audiovisuais na arte contempornea vem colocando em questo algumas premissas fundamentais tanto da produo artstica quanto do audiovisual. No contexto das instalaes, muitas so as propostas que visam problematizar as lgicas convencionais de funcionamento de dispositivos como a fotografia, o vdeo e o cinema, promovendo importantes deslocamentos em nosso modo de perceber. Obras se espacializam, tempos se multiplicam, e novas dimenses perceptivas se apresentam. Caracterizada como uma arte hbrida, a arte contempornea marcada pela miscigenao de prticas e conceitos que apontam para a reestruturao das relaes entre observadores e imagens. Com o intuito de dimensionar o impacto dessas propostas no cenrio das artes, destacamos as obras que reinventam os papis dos dispositivos imagticos caracterizados por modelos de produo e de recepo predefinidos, e historicamente interiorizados pelos observadores. A partir de diferentes proposies, utilizando-se das mais variadas estratgias, os artistas Douglas Gordon, Pipilloti Rist, Eija-Liisa Athila, Douglas Aitken, Jeffrey Shaw, entre outros, vm criando seus dispositivos a partir desses deslocamentos, traando linhas de fuga sobre um regime do ver que institucionaliza o olhar. De modo geral, so obras-dispositivos concebidas a partir da suavizao das fronteiras que separam e definem cada dispositivo (fotografia, cinema, vdeo), assim como seus modos de recepo, delegando ao observador a tarefa de estabelecer seu prprio percurso pela obra. Pensar sobre os dispositivos torna-se, portanto, tarefa fundamental para uma reflexo sobre a experincia artstica na atualidade. De diferentes maneiras, os dispositivos so colocados em evidncia e passam a funcionar como ativadores de novas experincias. Quando a experincia da obra importa mais do que a obra em si, quando os dispositivos perturbam os modelos conhecidos de observao, novos papis so atribudos s imagens e aos observadores. Nota-se que, por um lado, a imagem parece nunca se tornar objeto, nunca se fixar, e, por outro, o sujeito parece estar sempre em processo. Novas subjetividades fluidas, mveis, constituem-se ao longo dessa experincia com a obra.

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Contudo, a complexidade de pensar o papel dos dispositivos na arte contempornea se apresenta medida que preciso definir como a noo de dispositivo pode nos ajudar a problematizar o papel da imagem na contemporaneidade. Que experincias vm sendo ativadas pelos dispositivos no contexto atual? O que um dispositivo? e qual o seu papel na produo da subjetividade? Dispositivos: assujeitamentos ou subjetivaes? Em entrevista revista Ornicar? Bulletin priodique du champ freudien,1 Foucault define o dispositivo como um sistema de relaes que pode ser estabelecido entre diferentes elementos como leis, discursos, instituies, proposies filosficas ou cientficas. Nessa entrevista, ele enfatiza tambm a importncia da natureza da conexo entre esses elementos, seja ela discursiva ou no, e conclui: (...) compreendo o termo dispositivo como um tipo de devo dizer de formao que tem como funo principal em um dado momento histrico responder a uma necessidade urgente. O dispositivo tem, portanto, uma funo estratgica dominante.2 As aplicaes mais conhecidas esto em Histria da Sexualidade,3 em que Foucault faz uso explcito do termo dispositivo para se referir a um conjunto de foras diferenciadas, de represso e de escape, articuladas pelo poder no campo da sexualidade, e em Vigiar e Punir4 em que o dispositivo ser determinante nas relaes estabelecidas por Foucault entre visibilidade e produo de subjetividade. Nesse contexto, a priso o dispositivo que promove o assujeitamento dos corpos e produz subjetividades dominantes de acordo com cada formao histrica. Atravs do Panptico, Foucault vai identificar o modo de funcionamento das estratgias de poder, sua interiorizao pelos indivduos sob essa influncia, alm do modo de constituio dos saberes ligados s normas estabelecidas. De modo geral, podemos dizer que, em Foucault, um dispositivo coloca em jogo elementos heterogneos e tem sempre uma funo estratgica. Suas pesquisas so responsveis pela expanso do conceito de dispositivo em mltiplas dimenses, todas elas relacionando o dispositivo s estratgias de poder em diferentes momentos histricos. O dispositivo , sem dvida, um dos conceitos nodais da obra de Foucault e, apesar de j amplamente estudado e comentado por pesquisadores de diferentes campos do pensamento, merece aqui ser ressaltado por sua concepo conceitual operatria de grande utilidade para pensar tambm algumas proposies da arte na atualidade, como veremos adiante. Em sua mais recente publicao sobre a atuao dos dispositivos, Giorgio Agamben sugere outro caminho para pensar a noo de dispositivo e seu papel na produo de subjetividade, ao mesmo tempo em que tece significativos pontos de aproximao e de afastamento em relao tese desenvolvida por Foucault. Para o autor, o dispositivo a rede que estabelecemos entre os elementos, uma formao histrica que, em um dado momento,4 Foucault. 1997, p. 165. 2 Foucault. 1980, p. 194-195 (traduo da autora). 3 Foucault. 1998, p.75. 1 Ornicar? Bulletin priodique du champ freudien, n. 10, julho, 1977, p. 62-93. Ver: Kessler, F. Notes on dispositif. Disponvel em: www.let.uu.nl/~Frank.Kessler/personal/ notes%20on%20dispositif.PDF

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tem por funo responder a uma urgncia. Partindo de uma concepo teolgica de dispositivo que remete a um conjunto de foras, o qual, na relao com os viventes, produz os sujeitos, Agamben demarca o horizonte de suas preocupaes e reflexes. Pensar sobre o dispositivo remonta, para o autor, ao prprio processo de hominizao e por isso ressoa5 A economia torna-se o dispositivo atravs do qual o dogma da trindade e a ideia do governo divino da providncia do mundo se introduzem no cristianismo. A ao no tem nenhum fundamento no ser, essa a esquizofrenia que a doutrina da economia deixou como herana para o Ocidente. 6 Agamben, 2007, p. 27 (traduo da autora).

na prpria constituio dualista ocidental do ser.5 Agamben ressalta a importncia do dispositivo como um conceito operatrio que funda uma ao de governo sem nenhum fundamento no ser. por isso que os dispositivos devem sempre implicar um processo de subjetivao. Eles devem produzir seu sujeito.6 A proposta de Agamben est ancorada na dualidade entre os seres e os dispositivos, expandindo sua abordagem das instituies j apontadas por Foucault para onde o poder menos evidente, como a caneta, a agricultura, o cigarro, os computadores ou os telefones celulares. A tenso em seu pensamento est direcionada para a produo incessante de novos dispositivos na atualidade. Agamben parte do pressuposto de que o estdio atual do capitalismo se difere do capitalismo moderno pelo fato de seus dispositivos j no produzirem sujeitos. Sob essa perspectiva, vivemos um grave e inevitvel processo de dessubjetivao, como o operado, segundo o autor, pelo dispositivo televisivo, s capaz de produzir autmatos, corpos inertes. Ainda que Agamben questione os modos de resistncia aos dispositivos, seu pensamento parece constatar a impossibilidade de uma reverso. A subjetivao e a dessubjetivao so indiferentes e no formam um novo sujeito. Nesse sentido, a atualidade se configura pelo eclipse da poltica e o triunfo da economia, na qual vigora uma pura atividade de governo que visa apenas a sua prpria reproduo. A proposio de Agamben parece-nos problemtica principalmente se pensarmos a noo de dispositivo e a produo de subjetividade no campo das artes plsticas. Sua proposta est marcada pela impossibilidade de desvio nessas relaes de poder e de resistncia em um dispositivo na contemporaneidade, inviabilizando a reinveno dos modos de agenciamento que operam saberes e poderes. Nesse mbito, nada escapa ao jogo de foras dos dispositivos, de modo que o problema do excesso conduz, para Agamben, inevitavelmente, a um vazio, falta de subjetividade. Sob uma perspectiva absolutamente diferente, a noo de dispositivo usada por Deleuze. Para o autor, vivemos e agimos sempre em dispositivos atravessados por linhas de diferentes naturezas. Dispositivos no constituem sistemas homogneos, mas traam processos em desequilbrio. Saber, poder e subjetividades no so, portanto, instncias definidas, e sim cadeias de variveis, como j havia enunciado Foucault. Um dispositivo sempre percorrido por curvas de visibilidade e pelas curvas de enunciao, como mqui-

7 Deleuze. 1996a, p. 84.

nas de fazer ver e de fazer falar,7 e comporta tambm linhas de subjetivao que atravs de agenciamentos podem criar o novo. Enquanto Foucault dirige seus estudos para o modo como a subjetividade produzida e moldada de acordo com as foras de cada formao histrica, a produo de subjetividade em

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Deleuze privilegiada medida que atravessada por linhas de subjetivao que escapam aos saberes e poderes, como formas de resistncias capazes de apontar para novos modos de existncia. Uma linha de subjetivao um processo, uma produo de subjetividade em um dispositivo.8 Talvez seja o caso de perguntar se as linhas de subjetivao no seriam os extremos de um dispositivo em que se esboa a passagem de um dispositivo a outro, como linhas de fratura. Se o dispositivo conjuga sempre elementos heterogneos, esses esto relacionados em uma organizao rizomtica, acentrada, no hierrquica, que permite ranhuras e brechas em qualquer modo totalizante de poder. Segundo Deleuze,9 dispositivos, sejam eles artsticos, polticos, sociais, filosficos, so sempre sistemas acentrados que colocam em relao linhas de diversas naturezas, como as linhas de poder e de saber, linhas molares e moleculares, e as linhas de fuga. Partindo de uma concepo de dispositivo que engloba diferentes elementos capazes de estabelecer um sistema de ao concreta sobre os indivduos, apostamos nas possibilidades de fratura, nas linhas de fuga atravs das quais novas experincias com os dispositivos imagticos podem ocorrer. Nossa proposta segue uma investigao sobre o modo como os dispositivos audiovisuais se apresentam na contemporaneidade das artes e sobre as diferentes modalidades de funcionamento que constituem seus processos de subjetivao, sejam esses de controle ou de escape, de assujeitamento ou de fuga. Ou seja, atravs da reinveno de dispositivos ou da criao de outros, inmeras obras se caracterizam por privilegiar os deslocamentos nos modos convencionais de funcionamento dos dispositivos utilizados, fraturando convenes institucionais e perceptivas. Atravs da expanso das fronteiras da fotografia, do cinema ou do vdeo, ou da criao de novas possibilidades de existncia dentro desses campos, muitos artistas, hoje, apresentam dispositivos que permitem mltiplas modalidades de experincias, intensificando o dilogo entre o que pode ser reconhecido e o que deve ser experimentado. Dispositivos na arte contempornea Tomar o dispositivo como ponto de partida para pensar a arte na contemporaneidade faz com que seja preciso especificar algumas das tenses atuais, tendo em vista a variedade de concepes, muitas vezes contraditrias entre si, com que se vem utilizando o termo dispositivo no campo da imagem, seja como artefato, como tecnologia, como conjunto de prticas ou como instalao. A grande variedade de elementos e intersees entre os dispositivos nos apresenta cenrio cada vez mais amplo e diversificado de criaes artsticas, em que evidenciamos tambm a construo de uma multiplicidade de discursos que, por um lado, visam determinar um modo de experincia catastrfico ou otimista para o futuro da arte e que, por outro lado, nos indicam tambm modalidades de experincia que escapam aos discursos de previsibilidade que os dispositivos propem. exatamente nesse deslocamento das funes originais dos dispositivos, na fratura das linhas que estruturam e determinam as experincias em um dispositivo, nessa relao disjuntiva, mas absolutamente frtil entre dispositivo e observador, imagem e linguagem, que incide nossa aposta de que os dispositivos imagticos podem ser sempre reinventados.9 Deleuze. 1996b, p. 83-84. 8 Idem, ibidem, p. 87.

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Inmeras propostas contemporneas enfatizam o carter hbrido dos dispositivos e apresentam ao observador as possibilidades de reinveno da fotografia, do cinema e do vdeo, problematizando cada vez mais essas fronteiras. Obras-dispositivos como 24 Hours Psycho (1993), de Douglas Gordon, Place (1995), de Jeffrey Shaw, ou Sleepwalkers (2007), de Douglas Aitken, renovam os modos j institucionalizados de fazer e de ver imagens. Seja multiplicando ou utilizando formatos pouco convencionais de telas, seja imprimindo novas velocidades muito lentas ou muito rpidas s imagens, ou criando novas temporalidades, suas estratgias de renovao podem ser consideradas linhas de fuga de dispositivos consolidados, solicitando novas reaes do observador diante das imagens. So linhas que atravessam os dispositivos imagticos, problematizam suas funes e criam novas possibilidades de experincia.

Doug Aitken, Sleepwalkers.

A importncia da noo de dispositivo retomada por Anne-Marie Duguet para pensar o que est em jogo na arte eletrnica e numrica: mais do que um princpio explicativo, trata-se para a autora de um conjunto de operaes a serem demarcadas. O dispositivo no corresponde apenas a um sistema tcnico, ele prope estratgias, produz efeitos, direciona e estrutura as experincias, apresenta diferentes instncias enunciativas e fi-

10 Duguet. 2002, p.21.

gurativas e tem mltiplas entradas.10 Duguet prope uma concepo de dispositivo que se alterna entre o maqunico e a maquinao, tendo sempre como foco a ideia de que todo dispositivo visa produo de efeitos especficos, estruturando assim nossa experincia sensvel. Mais do que uma organizao tcnica, o dispositivo em Anne-Marie Duguet coloca em jogo diferentes instncias enunciativas e figurativas, incluindo tanto situaes institucionais quanto processos perceptivos.

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Segundo Duguet, uma categoria especfica de instalaes videogrficas teria intensificado alguns desses questionamentos e colocado em jogo os elementos constituintes fundamentais da representao clssica, questionando todos os modelos de construo visual fundados nos perspectivismos, tanto os que se prolongaram na pintura e no desenho atravs de inmeros conceitos e tcnicas quanto seus procedimentos nas cmeras de modo geral, como reprodutoras dessa lgica nas reas da fotografia, do cinema e da televiso. Os artistas do vdeo criaram obras-dispositivos que se dispuseram a questionar os dispositivos imagticos originrios da caverna platnica tavoletta de Brunelleschi, da cmera obscura aos sistemas modernos de vigilncia. Desse modo, afirma Duguet, o dispositivo pode ser tanto conceito da obra como instrumento de sua realizao. Se, por um lado, o dispositivo eletrnico coloca em questo os dispositivos originrios de produo de imagem, causando assim curtos-circuitos nos processos perceptivos habituais, por outro lado, h sempre uma predefinio de seus elementos, visando a efeitos especficos que, em certa medida, sero questionados pelas obras. A autora parte do princpio de que as proposies de um dispositivo esto sempre configuradas, as coordenadas esto sempre estabelecidas, e as experincias, ainda que individuais, esto sempre condicionadas ao bom desempenho do dispositivo, ainda que este reapresente problemticas sobre seus efeitos. Tal concepo desenvolvida por Anne-Marie Duguet fundamental para pensarmos os deslocamentos em questo em diversas obras contemporneas. No entanto, se muitas instalaes videogrficas buscaram, ao longo dos anos 70, desconstruir modelos de arte historicamente sedimentados, preciso levar em conta as estratgias de oposio empregadas pelas vanguardas modernistas na apresentao de seus dispositivos. Sabemos que a histria das resistncias no nova e que muitas dessas questes tambm no so inditas na arte contempornea. As histrias da pintura, da fotografia, do cinema e do vdeo criaram seus prprios hbridos ao longo da Modernidade, permitindo inmeras formas de escape em relao a um projeto moderno oficial. Se, por um lado, a arte moderna marcada pela busca de definies puristas e classificaes de linguagens, por outro, ela tambm responsvel pela produo de inmeros desvios em relao a esses modelos. Sem dvida, o papel das vanguardas artsticas foi definitivo no enfrentamento desse projeto moderno oficial, alimentando a polarizao de discursos e propostas. O que, porm, est em jogo hoje parece ser de outra natureza, diferente daquela do enfrentamento via a oposio ou a desconstruo. Trata-se do privilgio dos hbridos, que deixam de ocupar o lugar das sobras de um programa moderno para se tornar os principais personagens legitimadores de uma arte do contemporneo. Recentes propostas artsticas oscilam entre os discursos predefinidos de sistemas de representao e suas possibilidades de desvio, e visam criao de um lugar intermedirio que nos permita estar entre a coisa e a representao, entre a crena e a desconfiana, entre a imagem e a linguagem. No se trata nessas produes de crer nas imagens, mas de compreender quais so as foras atuantes nos dispositivos apresentados, as quais indicam

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novas modalidades de experimentar as imagens. So dispositivos que interrogam diversos outros dispositivos histricos formadores de imagens e criam novos modelos de visibilidade e de subjetividade. So obras que explicitam o trabalho do dispositivo, medida que ele nos apresenta um percurso, um processo, e no um objeto a ser contemplado. So trabalhos que nos mostram imagens sempre abertas, mveis, incertas, e exigem renovao de nossa experincia visual.

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Victa de Carvalho (Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, Brasil) doutora em Comunicao e Cultura linha de pesquisa Tecnologias da comunicao e esttica pela Escola de Comunicao da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estgio de pesquisa na Universit Paris 1 Sorbonne. Publicou diversos artigos, entre eles Dispositivos em evidncia: A imagem como experincia em ambientes imersivos in Bruno, Fernanda e Fatorelli, Antonio (org.), Limiares da imagem: tecnologia e esttica na cultura contempornea, Rio de Janeiro: Ed. Mauad, 2006. / [email protected]

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