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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MARCOS RENATO DE OLIVEIRA ACURÁCIA DO DIAGNÓSTICO ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO EM ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA FORTALEZA-CE 2012

dissertação marcos renato de oliveira · 2019-01-24 · terceiro trimestre de 2012. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionário e ... quarter and 2012. Data were

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

MARCOS RENATO DE OLIVEIRA

ACURÁCIA DO DIAGNÓSTICO ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO EM

ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA

FORTALEZA-CE

2012

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MARCOS RENATO DE OLIVEIRA

ACURÁCIA DO DIAGNÓSTICO ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO EM

ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA

Dissertação de mestrado, submetida ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Enfermagem na Promoção da Saúde.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Viviane Martins da Silva.

FORTALEZA-CE

2012

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MARCOS RENATO DE OLIVEIRA

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO EM

ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA

Dissertação de mestrado, submetida ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Enfermagem na Promoção da Saúde.

Aprovada em 19/12/2012.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Profª. Drª. Viviane Martins da Silva (Orientadora)

Universidade Federal do Ceará - UFC

___________________________________________ Profª. Drª. Rafaella Pessoa Moreira (1° membro)

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB

___________________________________________ Profª. Drª. Nirla Gomes Guedes (2° membro)

Centro Universitário Estácio do Ceará

___________________________________________ Profª. Drª. Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira (Membro suplente)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

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Esta dissertação contou com o apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científicos e Tecnológico (FUNCAP), de março de 2011 a dezembro de 2012, por meio de bolsa de estudos nível mestrado.

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AGRADECIMENTOS A professora Viviane Martins, por ter aceitado de Deus a missão de ser docente e por ao longo desses anos de convívio, além de muito me ensinar, agiu como uma verdadeira amiga. Pois usou de compreensão e sabedoria nos momentos em que eu mais fui indigno, porém foram os momentos que eu mais necessitei. Vivi, uma só vida não me será suficiente para retribuir tanto zelo, obrigado! Ao bom Deus, por sua misericórdia, por me orientar e inspirar planos tão gigantescos. A minha família, em especial a minha mãe Lucimar, agradeço por torcer por mim e por se orgulhar a cada nova conquista. Ao amigo Netto, essa vitória também é compartilhada com você. Ao amigo Júnior, que além de me auxiliar na construção do projeto, me auxiliou antes e durante todo o curso do mestrado. Aos amigos enfermeiros e enfermeiras, que sempre me ajudaram nessa caminhada, aos que foram meus docentes na graduação e em especial a Karla e Ana Flávia, estes em especial me ajudaram na construção do projeto inicial do mestrado. Ao professor Marcos Venícios, agradeço pela prontidão em analisar os dados e em me ensinar a interpretá-los. Aos enfermeiros que atuaram como diagnosticadores, saibam que sou muito grato pela disponibilidade de todos. Aos acadêmicos Philippe, Tamires e Marília, que me auxiliaram de forma gigantesca, na coleta e organização dos dados, principalmente pelas agradáveis conversas durante as idas as escolas. A secretária de educação, aos gestores das escolas, aos pais dos alunos e em especial a todos os alunos que aceitaram participar deste estudo, a importância de todos foi indiscutível. Aos amigos do CUIDENSC, pelos ensinamentos compartilhados e pelas risadas durante as confraternizações. A todos os professores do curso de mestrado do departamento da UFC e aos que participaram como membros da minha banca de qualificação e de defesa. Aos amigos que fiz dentro da minha turma mestrado, em especial a Ivando, Huana, Gabrielle, Larissa e Ana Débora. Obrigado pelo apoio e pelos momentos compartilhados. A todos os amigos que carrego há muitos anos, felizmente tenho muitos, porém o nome de todos não cabe aqui. Agradeço a amizade e a compreensão pela ausência durante a realização desta pós-graduação.

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Sou de tal natureza que o temor me faz recuar; com o amor não somente avanço, mas vôo...

Teresa de Lisieux (Santa Teresinha)

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RESUMO

A validação dos diagnósticos de enfermagem é uma fase essencial no desenvolvimento do conhecimento para a prática assistencial e para a promoção da saúde da população assistida. Sabe-se que diagnósticos de enfermagem como Estilo de Vida Sedentário representam problemas atuais de grupos específicos como o de adolescentes. Faz-se necessário aprimorar estes diagnósticos para facilitar sua utilização na prática por enfermeiros. Portanto, para ampliar a confiabilidade desses diagnósticos, é preciso submetê-los a um processo de validação, refinando o conjunto de indicadores clínicos e tornando confiável sua utilização, tanto na prática como no ensino. Assim, este estudo objetivou identificar a acurácia das características definidoras. Estudo transversal desenvolvido com 564 adolescentes, de 14 a 19 anos, alunos de seis escolas públicas de Fortaleza, Ceará. A coleta de dados ocorreu no terceiro trimestre de 2012. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionário e avaliação física para identificação das características definidoras presentes em adolescentes com base em definições conceituais e operacionais. Posteriormente, foram enviadas histórias clínicas para oito enfermeiros inferirem a presença do diagnóstico Estilo de vida sedentário. Estas inferências possibilitaram o cálculo de valores de sensibilidade, especificidade e valor preditivo. A análise estatística foi efetuada pelo pacote estatístico IBM SPSS® versão 20 e software R. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa com parecer nº70539/12. A amostra era em sua maioria do sexo feminino, pertencente ao 1º ano do ensino médio e com uma média de 16 anos de idade. O diagnóstico Estilo de Vida Sedentário esteve presente em 48,6% dos participantes do grupo. Adolescentes do sexo feminino apresentaram 2,1 vezes mais chance de desenvolver o diagnóstico. Entre as características definidoras mais frequentes, destacam-se: Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico (59,9%), Capacidade respiratória diminuída (55,3%) e Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos (49,1%). Vale destacar que Força muscular diminuída não foi evidenciada no grupo estudado. Destas, Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos mostrou-se como a principal característica para predizer o diagnóstico (Se = 98,18; Es = 97,24). Entre os fatores relacionados mais prevalentes na amostra, destacam-se: Relato de dor (65,2%) e Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento) (61,3%). Os fatores relacionados Mobilidade prejudicada e Intolerância à atividade não foram encontrados nos adolescentes do estudo. Por fim, pode-se concluir que este estudo possibilitou determinar as características definidoras mais específicas e fatores relacionados mais prevalentes na população de adolescentes e apresentar Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos como a característica legítima para Estilo de vida sedentário. Diante da prevalência do Estilo de vida sedentário em praticamente metade da população estudada, é essencial que os enfermeiros continuem a investigar e discutir este diagnóstico, a fim de promover intervenções mais efetivas desta resposta humana, bem como a promoção da validação dos diagnósticos, enquanto instrumentos de tecnologia do cuidado. Palavras-chave: Diagnóstico de enfermagem. Sedentarismo. Adolescente. Escolares.

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ABSTRACT The validation of nursing diagnoses is an essential phase in the development of knowledge to nursing practice and health promotion of the population served. It is known that nursing diagnoses as Sedentary Lifestyle represent current problems of specific groups such as teenagers. It is necessary to improve these diagnostics to facilitate their use in practice by nurses. Therefore, to extend the reliability of these diagnoses, we must subject them to a validation process, refining the set of clinical indicators and reliable making their use, both in practice and in teaching. Thus, this study aimed to identify the accuracy of the defining characteristics and prevalence of nursing diagnosis Sedentary lifestyle among adolescents in public school. Cross-sectional study carried out with 564 adolescents, aged 14 to 19 years, students from seven public schools in Fortaleza, Ceará. Data collection occurred in the third quarter and 2012. Data were collected through a questionnaire of physical examination to identify the defining characteristics present in adolescents based on conceptual and operational definitions. Subsequently, clinical histories were sent to eight nurses infer the presence of diagnostic Sedentary lifestyle. These inferences allowed the calculation of sensitivity, specificity and predictive value. Statistical analysis was performed by the statistical package SPSS ® 20 version. The study was approved by the ethics committee opinion research No. 70539/12. The population is mostly female, students of 1st year of high school and with an average age of 16. The results show a high prevalence of adolescents with a diagnosis Sedentary Lifestyle (48.6%), in which being female represents a 2.1 times greater chance of presenting a sedentary lifestyle. Among the most common defining characteristics stand out: "verbalizes preference for activities with little exercise" (59.9%), "decreased respiratory capacity" (55.3%) and "Choose a daily routine without exercising" ( 49.1%). It is noteworthy that decreased muscle strength was not observed in the study group. Of these, "Choose a daily routine without exercising" showed up as the main feature for predicting the diagnosis, high value under the ROC curve (0.9771) and elevated high-sensitivity value (98.18) and specificity (97 , 24) for the Sedentary Lifestyle. Among the factors related most prevalent, include: "Reporting of pain" (65.2%) and "Lack of resources (money, time, place, and safety equipment)" (61.3%). Factors related "mobility impaired" and "activity intolerance" were not found among adolescents studied. Finally, we can conclude that this study allowed us to determine the defining characteristics and related factors more specific to the adolescent population. But it is essential that nurses continue to investigate and discuss this diagnosis in order to promote more effective interventions that human response as well as the promotion of validation of diagnoses, as instruments of care technology. Keywords: Nursing diagnosis. Sedentary. Teenage school.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Dados sobre as escolas estaduais de ensino médio do município. Fortaleza, 2011..................................................................................

18

Quadro 2 Quantidade de alunos previstos e coletados, segundo o percentual de alunos por regional. Fortaleza, 2012......................................

20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Tamanho da amostra para estudos de capacidade inspeção envolvendo atributos proposta por Hradesky (1988). Fortaleza, 2012.....................................................................................................

30

Tabela 2 Adaptação dos pontos de corte para avaliação de estudos de capacidade do diagnosticador proposta por Hradesky (1988). Fortaleza, 2012............................................................................

30

Tabela 3 Casos especiais para se realizar o cálculo da tendência. Fortaleza, 2012...........................................................................................

31

Tabela 4 Resultados dos testes realizados após o treinamento com os diagnosticadores, para o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS). Fortaleza, 2012.................................................

31

Tabela 5 Resultados dos testes realizados após o treinamento com os diagnosticadores, para o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS). Fortaleza, 2012......................................................

32

Tabela 6 Distribuição dos adolescentes segundo sexo, série e idade. Fortaleza, 2012........................................................................................................

35

Tabela 7 Distribuição da prevalência das características definidoras e do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário em adolescentes (n = 564). Fortaleza, 2012......................................................................

36

Tabela 8 Distribuição dos adolescentes segundo associação entre o sexo e o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário...........................

37

Tabela 9 Descrição da presença e ausência dos fatores relacionados, segundo a presença e ausência do Estilo de vida sedentário, em adolescentes (n = 564). Fortaleza, 2012..........................................................................

37

Tabela 10 Descrição das medidas de acurácia para as características definidoras do diagnóstico Estilo de Vida Sedentário, em adolescentes alunos do ensino médio, a partir das inferências realizadas com base nos dados da avaliação física e questionário (n = 564), Fortaleza, 2012................

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11

2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17

3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 18

3.1 Tipo de estudo .................................................................................................... 18

3.2 Local do estudo .................................................................................................. 18

3.3 População e amostra......................................................................................... 19

3.4 Preparação da equipe para coleta de dados................................................... 20

3.5 Procedimentos de coleta ................................................................................. 21

3.6 Capacitação dos enfermeiros diagnosticadores ............................................. 28

3.6.1 Oficina ............................................................................................................ 28

3.7 Processo de inferência diagnóstica ......................................................... 29

3.8 Organização e análise dos dados ..................................................................... 32

3.9 Aspectos éticos ................................................................................................... 34

4 RESULTADOS ................................................................................................... 35

5 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 41

5.1 O estilo de vida sedentário ................................................................................ 41

5.2 Características definidoras ............................................................................... 42

5.3 Fatores relacionados ......................................................................................... 46

6 CONCLUSÃO...................................................................................................... 52

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55

APÊNDICES ......................................................................................................... 66

ANEXOS ................................................................................................................ 87

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1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa almejou verificar as medidas de acurácia das características

do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário em uma população de adolescentes

de escolas públicas do município de Fortaleza, Ceará. O interesse em realizar este estudo

resultou da aproximação do pesquisador com a população exposta à resposta humana em

questão e por estar intrigado ainda com a real representatividade deste diagnóstico em

adolescentes.

Destaca-se que o autor deste estudo, desde o curso de graduação já realizava

pesquisas sobre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na

população infanto-juvenil. Ao final do curso de bacharel em enfermagem, o autor

desenvolveu um caderno de orientações para a prevenção de doenças cardiovasculares em

crianças e adolescentes (OLIVEIRA, 2009). Ainda, realizou um estudo transversal

objetivando conhecer os hábitos cotidianos, relacionados à atividade física. Nesta pesquisa,

foi encontrada uma prevalência de 22% de sedentarismo entre os adolescentes pesquisados

(FREITAS et al, 2010).

No curso latu sensu, em saúde pública, o presente autor ainda realizou uma busca

sobre medidas de prevenção e prevalência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares

em adolescentes, no qual foi identificado que o estilo de vida sedentário é bastante presente na

adolescência, porém tem sido inadequadamente combatido (OLIVEIRA, 2010). Destaca-se

ainda, que no mesmo ano desenvolveu outro estudo transversal, também na capital cearense,

no qual identificou a prevalência do sedentarismo em adolescentes, sendo que 68% dos jovens

foram classificados como inativos (FERNANDES et al, 2010).

Desde 2008, enquanto integrante do grupo de pesquisa em Cuidados de

Enfermagem na Saúde da Criança – CUIDENSC, que tem como foco a discussão sobre

diagnósticos de enfermagem (DE), o autor deste estudo sensibilizou-se sobre a necessidade de

estudos em torno da acurácia do diagnóstico Estilo de vida sedentário com a população de

adolescentes. Na ocasião, passou a aprofundar o estudo teórico sobre o tema.

Enquanto evento clínico, fator de risco cardiovascular ou diagnóstico de

enfermagem, o Estilo de vida sedentário têm se apresentado com uma elevada prevalência.

Araujo et al (2008), em estudo transversal, afirmam que 82,2% dos estudantes avaliados

foram enquadrados como insuficientemente ativos. Já Matias et al (2010) evidenciaram que

41,2% dos adolescentes foram classificados como fisicamente inativos. No estudo de Tenorio

et al (2010), encontrou-se uma prevalência de 65,1% de adolescentes insuficientemente

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ativos. Identificou-se ainda que sexo, local de residência, turno de aulas, status ocupacional e

participação nas aulas de educação física foram fatores associados a nível insuficiente de

atividade física.

Apesar de vir sendo encontrado com grande frequência, sabe-se que há

dificuldade em determinar a ocorrência do Estilo de vida sedentário, devido à falta de

consenso em sua definição e nos critérios ou indicadores clínicos que o identificam (PALMA;

ASSIS, 2008). Assim, é possível encontrar autores e organizações que definam o

sedentarismo simplesmente como a falta de prática de exercícios físicos. Outros se detêm nas

atividades físicas realizadas nas horas de lazer ou na quantidade arbitrária de atividades físicas

do cotidiano.

Enquanto diagnóstico de enfermagem, Estilo de vida sedentário foi introduzido

em 2004 na taxonomia II da NANDA Internacional e constitui um hábito de vida que se

caracteriza por um baixo nível de atividade física. Este diagnóstico pertence ao domínio

Promoção da Saúde e, à classe Percepção da Saúde. Esse apresenta como características

definidoras (CD): Demonstra falta de condicionamento físico, Escolhe uma rotina diária sem

exercícios físicos e Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico. E ainda

expressa como fatores relacionados (FR): Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a

atividade física traz à saúde, Falta de interesse, Falta de treino para fazer exercício físico,

Falta de motivação e Falta de recursos, como tempo, dinheiro, companhia, estrutura

(HERDMAN, 2012).

Vale salientar que os estudos sobre este diagnóstico de enfermagem ainda são

incipientes, especialmente, com adolescentes. O primeiro estudo sobre Estilo de vida

sedentário como um possível diagnóstico foi publicado em 2001. Nesta pesquisa, Guirao-

Goris, Pina e Martínez-Del Campo (2001) realizaram uma validação de conteúdo do

diagnóstico Estilo de vida sedentário, visto que não havia uma etiqueta na taxonomia da

NANDA Internacional que fizesse referência a um estilo de vida caracterizado por um baixo

nível de atividade física, até o ano de 2004. Nesta pesquisa, um grupo de especialistas definiu

como características maiores: A família ou a pessoa expressa verbalmente ter hábitos de vida

sedentários e Preguiça – manifestação verbal de preferência por atividades com pouco ou

nenhum conteúdo de atividade física, e como características menores: Realização exclusiva

das atividades instrumentais de vida diária e Capacidade diminuída para realização de

exercício físico – má forma física. Quanto aos fatores relacionados ao diagnóstico, foram

identificados: Falta de hábito para fazer exercício; Falta de motivação; Falta de conhecimento

sobre as vantagens para a saúde de realização de exercício físico; Falta de habilidade para

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realização de exercício físico; Falta de recursos; Falta de companhia para realizar exercício

físico; Baixo estado de ânimo e, Falta de tempo.

Posteriormente, Guirao-Goris e Duarte-Climents (2007) realizaram estudo para

determinar a validade de conteúdo diagnóstica com base em Fehring e realizar análise fatorial.

Nesta pesquisa, o diagnóstico Estilo de vida sedentário alcançou índice de validade de

conteúdo de 70% e a análise fatorial identificou a presença de dois fatores diferentes: o fator

de expressão preguiça e o de baixo desempenho das atividades de vida diária.

Em uma pesquisa transversal que analisou o perfil diagnóstico presente na alta

hospitalar de idosos, identificou que o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário

esteve presente em 12% desta população (SANTOS, 2008). Já em uma dissertação de

mestrado, com hipertensos de 18 a 69 anos, o diagnóstico de Estilo de vida sedentário esteve

presente em 60% (GUEDES, 2008).

Em uma publicação que identificou os diagnósticos de enfermagem em adultos

com diabetes mellitus, segundo o modelo conceitual de Orem, o percentual de pessoas com o

Estilo de vida sedentário foi de somente 9,6% (TEIXEIRA; ZANNETI; PEREIRA, 2009).

Em um estudo que visou identificar e analisar os diagnósticos de enfermagem

associados à presença das síndromes geriátricas em idosos hospitalizados, o Estilo de vida

sedentário esteve relacionado com a síndrome geriátrica instabilidade postural (SOUSA,

2010). Já em pesquisa em que foi analisada a associação entre a presença do cuidador de

clientes com acidente vascular encefálico e os diagnósticos de enfermagem da classe

atividade/exercício da NANDA-I, a presença do cuidador teve associação estatística com o

diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (p=0,002) (MOREIRA et al, 2010).

Ainda em 2010, em pesquisa com pacientes adultos em hemodiálise, o Estilo de vida

sedentário esteve presente em 53,3% destes (COSTA et al, 2010).

Em 2011, em um estudo brasileiro de validação de conteúdo, uma nova definição

foi apresentada para o diagnóstico Estilo de vida sedentário. Esta definição compreendia o

diagnóstico como um hábito de vida em que o indivíduo não realiza exercício físico na

frequência, na duração e na intensidade recomendada. Quanto às características definidoras, a

autora propõe o acréscimo de: Excesso de peso, Baixo desempenho nas atividades

instrumentais de vida diária e Não realiza atividades físicas no tempo de lazer. Ainda,

recomenda o desmembramento de “Demonstra falta de condicionamento físico” em

Capacidade respiratória diminuída, Força muscular diminuída e Flexibilidade das articulações

diminuída (GUEDES, 2011).

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Guedes (2011) também sugere a incorporação de seis fatores relacionados: Falta

de apoio social para a prática de exercício físico; Atitudes, crenças e hábitos de saúde que

dificultam a prática de atividade física; Falta de confiança para a prática de exercício físico;

Mobilidade prejudicada; Intolerância à atividade; Relato de dor.

A autora também sugere a readequação de quatro fatores relacionados já presentes

na NANDA-I para: Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à

saúde e/ou consequências do sedentarismo; Falta de motivação para a prática do exercício

físico; Falta de interesse em se exercitar; Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança

e equipamento) (GUEDES, 2011).

Assim, para o presente estudo foram analisados oito características definidoras e

onze fatores relacionados. As CD adotadas para o estudo foram: Escolhe uma rotina diária

sem exercícios físicos; Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico;

Excesso de peso; Baixo desempenho nas atividades instrumentais de vida diária; Não realiza

atividades físicas no tempo de lazer; Capacidade respiratória diminuída; Força muscular

diminuída; Flexibilidade das articulações diminuída, além dos seguintes fatores relacionados:

Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou

consequências do sedentarismo; Falta de motivação para a prática do exercício físico; Falta de

interesse em se exercitar; Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento);

Falta de treino para fazer exercício físico; Falta de apoio social para a prática de exercício

físico; Atitudes crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física; Falta

de confiança para a prática de exercício físico; Mobilidade prejudicada; Intolerância à

atividade; Relato de dor.

Até o presente momento, não foram identificados estudos que utilizem a etiqueta

diagnóstica Estilo de vida sedentário em adolescentes, em proporções populacionais

significativas. Nas buscas realizadas, um único estudo com adolescentes de 13 a 16 anos foi

identificado. Neste, o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário esteve presente em

9 dos 19 avaliados, ou seja, em cerca de 47% do mesmos (ANDRADE et al, 2009).

Dada a escassa literatura em torno de Estilo de vida sedentário em adolescentes,

não se tem conhecimento de como se caracteriza e que indicadores podem predizer esta

resposta humana. Diante deste contexto, questionamentos como os descritos a seguir são

pertinentes: Qual a prevalência do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário na

população de adolescentes escolares? Quais são os fatores relacionados e as características

definidoras mais presentes? Quais são as características definidoras que melhor predizem o

diagnóstico?

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Acredita-se que é pertinente investigar o diagnóstico de enfermagem Estilo de

vida sedentário em populações como aquelas constituídas por adolescentes, bem como

conhecer as características definidoras mais prevalentes e quais melhor predizem o

diagnóstico. Para Cruz e Pimenta (2005), ainda há necessidade de se realizarem estudos que

demonstrem validade das relações entre as manifestações e os diagnósticos.

A pesquisa com esse diagnóstico ainda carece de instrumentos e estratégias que

possibilitem a mensuração/verificação acurada das características definidoras que compõem

essa resposta humana (GUEDES, 2009). A acurácia de uma variável consiste na capacidade

de representar realmente o que ela deveria, resultando em inferências corretas por meio dos

achados (HULLEY et al., 2008). Portanto, um diagnóstico de enfermagem acurado busca

avaliar o conjunto de sinais e sintomas que reflete o real estado do paciente (MATOS, 2006;

GUEDES, 2008).

A determinação das medidas de acurácia de um diagnóstico tem sido realizada por

meio da análise das medidas de sensibilidade, de especificidade, de valores preditivos, de

razão de verossimilhaça, odds ratio diagnóstica e de área da curva operador-receptor (curva

ROC).

A sensibilidade pode ser definida como a proporção de sujeitos com o diagnóstico

de enfermagem para os quais o indicador está presente. A especificidade é a proporção de

sujeitos sem o diagnóstico para os quais o indicador está ausente. O valor preditivo positivo é

a porcentagem de pessoas, que apresentam o indicador clínico, que realmente têm o

diagnóstico de interesse. O valor preditivo negativo é a porcentagem de pessoas sem o

indicador clínico que não apresentam o diagnóstico de interesse. A razão de verossimilhança é

a probabilidade da presença / ausência de um indicador clínico em pessoas com o diagnóstico

dividido por esta mesma probabilidade em pessoas sem o diagnóstico. A odds ratio

diagnóstica representa em quanto se aumenta a chance de um indivíduo ter o diagnóstico

quando o indicador está presente. Por fim, a área sob a curva ROC é uma medida utilizada

para comparação entre múltiplos indicadores clínicos. Esta medida resume a acurácia dos

vários indicadores clínicos (LOPES; SILVA; ARAUJO, 2012).

Neste contexto, a inferência diagnóstica acurada, por meio da investigação de

características definidoras, pode auxiliar o enfermeiro na assistência de qualidade dentro da

prática clínica, principalmente na assistência prestada a populações específicas como as

constituídas por adolescentes. É imprescindível para a enfermagem apropriar-se do

diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário, em diferentes contextos, facilitando

assim a promoção de intervenções mais efetivas (GUEDES, 2008).

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Quanto à relevância profissional, já é sabido que estudos sobre os elementos que

garantem a acurácia na identificação de determinado diagnóstico de enfermagem cooperam

com valiosas informações para o refinamento do próprio diagnóstico (CRUZ et al, 2007).

Assim, diante do exposto e tomando como base a experiência como pesquisador

na temática em questão, associado ainda ao fato de que na análise de artigos sobre a temática

de Estilo de vida sedentário em adolescentes, não se percebe o uso do diagnóstico de

enfermagem Estilo de vida sedentário como definição para pesquisas com adolescentes ou

foco do cuidado de enfermagem desenvolvido com esta população optou-se por aprofundar o

estudo deste diagnóstico.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Determinar as medidas de acurácia das características definidoras do

diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário em adolescentes.

2.2 Objetivos Específicos

Identificar a prevalência das características definidoras e dos fatores

relacionados do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário

apresentados por adolescentes em escolas públicas de Fortaleza, Ceará.

Determinar a associação entre sexo e a prevalência do diagnóstico de Estilo de

vida sedentário em adolescentes.

Verificar a associação entre os fatores relacionados encontrados e o diagnóstico

Estilo de vida sedentário.

Determinar a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos das

características definidoras do diagnóstico de Estilo de vida sedentário em

adolescentes.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Tipo de estudo

Realizou-se um estudo do tipo transversal. Em pesquisas deste tipo, os dados

sobre a exposição e os resultados são medidos, ao mesmo tempo, nos mesmos indivíduos

(ADAMSON, 2010; MARKS; CILISKA; JULL, 2010; NEWMAN et al, 2008). Os resultados

podem definir as características demográficas e clínicas do grupo de estudo na linha de base,

bem como, revelar associações transversais interessantes. As pesquisas transversais são úteis

para descrever variáveis e seus padrões de distribuição (NEWMAN et al, 2008). Os achados

resultantes dessa metodologia têm grande valor, pois fornecem informações descritivas sobre

prevalência, além disso, não acarretam problemas como tempo prolongado, custos e

abandonos.

3.2 Local do estudo

Priorizou-se por um local no qual seria possível reunir uma adequada quantidade

de adolescentes e que fosse propício para a coleta de dados. Este estudo foi desenvolvido em

escolas do ensino médio, uma vez que, é no ensino médio que há um maior aglomerado de

adolescentes.

Assim, a coleta de dados foi realizada em sete escolas da rede de ensino estadual

do município de Fortaleza. Dados do último censo apontam que há 140 escolas em toda a

cidade, distribuídas em seis regiões administrativas, com um total de 84.466 alunos (SEDUC,

2011). Os detalhes quantitativos estão expressos no quadro a seguir:

Quadro 1. Dados sobre as escolas estaduais de ensino médio do município de Fortaleza,

2011.

REGIONAIS ESCOLAS COM ENSINO MÉDIO ALUNOS MATRICULADOS

I 14 12.166

II 21 10.483

III 21 10.440

IV 19 12.281

V 35 21.311

VI 30 17.785

TOTAL 140 84.466

Fonte: INEP/SEDUC-Coave/Cedine-Censo Escolar 2011.

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A princípio estava preconizado utilizar uma escola de cada regional, porém, na

regional VI, a escola elegida teve baixa aderência para a pesquisa, no qual fez-se necessário

realizar um novo processo amostral aleatório, elegendo assim mais uma escola para esta

regional, totalizando sete escolas, uma e cada regional, exceto a regional VI que contou com

duas escolas.

3.3 População e amostra

A população deste estudo foi constituída por adolescentes que atenderam aos

seguintes critérios de inclusão: estar regularmente matriculado em uma escola do ensino

médio da rede estadual do município de Fortaleza e ter entre 14 a 19 anos. Optou-se por esta

faixa de idade, visto ser esta frequentemente encontrada na rede estadual de ensino no

município de Fortaleza.

Para estimar o tamanho total da amostra, utilizou-se como parâmetros: um nível

de confiança de 95% (Zα), sensibilidade (Se) conjecturada dos indicadores mais importantes

de 80%, uma metade do comprimento dos intervalos de confiança construídos de 5% (L), e

uma proporção de 44% de adolescentes com o diagnóstico em estudo. Estes parâmetros foram

estimados com base na fórmula proposta por Zhou, Obuchowski e McClish (2002) na qual o

número de indivíduos é calculado por n = (Zα/2)2 . Se(1-Se)/L2. Assim, a amostra final obtida

por meio da fórmula supracitada, foi de 560 adolescentes.

Destaca-se, que como não há estudos que determinem a prevalência do

diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS) em adolescentes, adotou-se a

média das prevalências de ocorrência de sedentarismo entre adolescentes de dois estudos

desenvolvidos na cidade de Fortaleza, Ceará. No estudo de Guedes et al. (2009), a prevalência

do sedentarismo foi de 19,6%. Já no estudo de Fernandes et al. (2010), o sedentarismo teve

prevalência de 68%. Portanto, considerou-se, para este estudo, uma prevalência de

sedentarismo de 44%.

Quanto a seleção amostral, destaca-se que os adolescentes que constituíram a

amostra, foram selecionados por meio de um processo de amostragem multi-estágios. Neste

processo, inicialmente, foram listadas as escolas pertencentes a cada uma das seis regiões

administrativas. Em cada escola, foi sorteado um percentual de adolescentes proporcional ao

total de alunos matriculados para que o tamanho amostral fosse atingido, conforme

apresentado no quadro 2.

Assim avaliou-se 576 adolescentes. Destes, 02 preencheram o questionário, porém

se recusaram a participar do exame físico, 09 questionários estavam incompletos e 01

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apresentava todas as respostas marcadas somente com o primeiro item o que levou a exclusão

por apresentar respostas incongruentes, assim foram excluídas 12 instrumentos, entretanto

564 preencheram todos os critérios de inclusão e responderam adequadamente ao instrumento

de pesquisa, sendo este o total da amostra deste estudo.

Quadro 2.Quantidade de alunos previstos e coletados, segundo o percentual de alunos por

regional. Fortaleza, 2012.

REGIONAIS AMOSTRA PREVISTA AMOSTRA COLETADA AMOSTRA FINAL

I 81 82 81

II 69 75 70

III 69 71 69

IV 82 85 82

V 141 145 143

VI 118 118 118

TOTAL 560 576 564

Como critério de exclusão, estabeleceu-se a presença de condições físicas,

presentes no momento da coleta dos dados, que impossibilitassem ou prejudicassem a

avaliação, tais como: síndrome de Down, uso de atadura engessada, insuficiência cardíaca

congestiva e/ou insuficiência renal. A presença destas comorbidades seria determinada por

auto-inferência.

Quanto a justificativa da escolha dos mesmos, destaca-se que a eleição da

síndrome de Down como um critério de exclusão, ocorreu pelo fato de que portadores dessa

síndrome podem apresentar problemas de compreensão e formulação de respostas, que podem

prejudicar a confiabilidade dos dados obtidos pelos mesmos, a medida que o instrumento de

coleta de dados, utilizado nesse estudo, não foi desenvolvido para as características especiais

desta população. Já o uso de atadura engessada, além de interferir na avaliação do peso,

poderá prejudicar a avaliação da flexibilidade. E a insuficiência cardíaca e a renal, também

são critérios de exclusão, pois portadores dessas doenças podem apresentar complicações que

interfiram na tomada de medidas precisas de peso.

3.4 Preparação da equipe para coleta de dados

Foi realizada uma oficina com quatro horas de duração para treinamento da

equipe técnica. Esta foi orientada pelo autor do estudo e dirigida para dois alunos do curso de

graduação em enfermagem, pertencentes ao grupo de pesquisa Cuidado de Enfermagem na

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Saúde da Criança – CUIDENSC da Universidade Federal do Ceará - UFC. Nesta oficina,

foram revisados conteúdos referentes à avaliação motora, cardiopulmonar e mensuração de

medidas antropométricas. Para compreensão do fenômeno em estudo, o autor ainda discutiu

artigos sobre o processo de validação do diagnóstico Estilo de vida sedentário. O instrumento

de coleta de dados e os materiais utilizados para a coleta, estadiômetro e flexímetro, foram

apresentados e seu uso foi discutido com toda equipe para esclarecimento de dúvidas quanto a

sua aplicação.

Porém, além das 04 horas planejadas, foi necessário um novo momento, com

duração de 02 horas, somente para treino com o uso do flexímetro. Assim, ao total realizou-se

06 horas de treinamento.

3.5 Procedimentos de coleta

Para a coleta de dados, foi elaborado um instrumento (APÊNDICE A) com base

nas características definidoras e fatores relacionados do diagnóstico de enfermagem Estilo de

visa sedentário, bem como, na literatura pertinente acerca da avaliação do sedentarismo. Vale

destacar que neste estudo adotaram-se os FR e as CD propostos por Guedes (2011). Este

instrumento foi encaminhado para dois enfermeiro, atuantes como docentes, com experiência

no ensino e na pesquisa sobre semiologia e diagnósticos de enfermagem para verificar a

adequação e a pertinência do conteúdo do instrumento, bem como, identificar a existência de

lacunas. Destaca-se que anterior ao envio do instrumento, foi realizado um convite para

participar deste estudo, como colaborador, cabendo a função de verificar se o instrumento

apresentava validade aparente e a avaliação do instrumento foi feita de forma presencial

(APÊNDICE B).

Este instrumento de coleta de dados (ICD) está composto por outros questionários

previamente desenvolvidos por diferentes autores e por questões desenvolvidas pelo autor

deste estudo. Os instrumentos utilizados para este estudo estão descritos nos parágrafos a

seguir.

O primeiro questionário foi desenvolvido por Grunbaum et al, (1999) e trata-se de

um questionário recordatório, composto por onze itens, que avalia a prática de atividade e

exercício físico habitual, bem como as horas gastas em frente a televisão e videogame,

conhecido como questionário Youth Risk Behavior Surveillance – YOUTH (GRUNBAUM,

1999; CELAFISCS, 2005), já validado no Brasil com escolares (SANTOS et al, 2010).

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Para este instrumento, foi utilizado a seguinte classificação: Atividade Física

Intensa Suficiente - AFIS quando “o exercício físico fez suar e respirar mais depressa”

durante mais de 20 minutos em pelo menos 3 dos 7 dias antecedentes; Atividade Física

Moderada Suficiente - AFMS quando “o exercício físico não fez suar nem respirar mais

depressa” durante mais de 30 minutos em pelo menos 5 dos 7 dias antecedentes; Atividade

Física Insuficiente quando a atividade física realizada não preencheu os critérios de AFIS e

AFMS.

O inquérito incluiu uma pergunta sobre o número de horas despendidas a ver TV,

num dia normal de escola. Destaca-se que o autor original deste instrumento considera

sedentários os indivíduos que referem Atividade Física Insuficiente e um número de horas

diárias despendidas em ver TV superior a quatro (GRUNBAUM, 1999; GOUVEIA et al,

2007).

O segundo questionário é um material desenvolvido previamente por Reis, Reis e

Hallal (2011) e, trata-se de uma escala de avaliação do apoio social para a atividade física -

EASAF, já validada no Brasil. A versão original deste instrumento permite avaliar se o

indivíduo tem ou não apoio para a prática de atividade física, respondendo “nunca”, “às

vezes” ou “sempre” em que atividades alguém lhe acompanha e quem realiza este apoio, se

amigo ou familiar. A escala original apresenta forte desempenho psicométrico e permite

investigar separadamente diferentes fontes de apoio se amigos e/ou família.

Para este estudo, optou-se somente por investigar a presença de apoio social para

a prática de atividade física e não a investigação da origem deste apoio, assim segundo

determinação do próprio autor deste estudo, foi considerada que havia falta de apoio social

quando o adolescente assinalou “nunca” em pelo menos cinco dos seis itens avaliados.

O terceiro questionário utilizado foi a escala de autoeficácia para o exercício

(SALLIS, 1996). Este instrumento é composto por 12 itens e avalia o quanto um indivíduo

está confiante de que pode se motivar a fazer um exercício de forma consistente por pelo

menos seis meses. O adolescente que apresenta uma pontuação média, igual ou menor do que

três, calculada por média simples, é classificado com baixa autoeficácia para a realização do

exercício (SALLIS, 1996; GUEDES, 2011). Vale salientar que a mesma pontuação foi

adotada para este estudo.

O quarto questionário foi um instrumento da InteliHealth® (2005), composto por

12 itens, com respostas do tipo verdadeiro ou falso, que contemplam informações sobre

atividade física, muito divulgadas na literatura científica, por profissionais e pela mídia. A

InteliHealth® Inc é uma junta comercial formada por Aetena U.S. Healthcare® e John

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Hopkins University and Healt System. Esta foi estabelecida em 1996 e se tornou uma das

maiores companhias líderes em informação sobre saúde no mundo. As informações contidas

no site são revisadas por experts da John Hopkins (GUEDES, 2008).

O questionário da InteliHealth® sobre atividade física tem sido utilizado em

vários estudos (MARTINS, 2000; GUEDES, 2008). Para este estudo, selecionaram-se sete

das 12 questões do mesmo, que fazem referência direta aos benefícios da atividade física.

O índice de acerto mínimo exigido, determinado pelo autor deste estudo, foi de

quatro itens. Destaca-se que o questionário original não apresenta a quantidade de itens

mínimos, assim, foi determinado um acerto mínimo de mais de 50 por cento.

Por fim, foi utilizado na íntegra o instrumento desenvolvido por Martins e

Petroski (2000), que investiga o quanto o indivíduo está confiante e motivado para a prática

de determinadas tarefas por pelo menos seis meses, para realizar atividades físicas. Este

investiga 12 itens e as respostas são assinaladas entre os seguintes itens “sempre”, “quase

sempre”, “às vezes”, “raramente” ou “nunca”.

Assim, o instrumento permitiu também, o registro e a avaliação do perfil sócio

econômico do adolescente, prática habitual de atividade física, avaliação do condicionamento

físico, conhecimento e comportamento relacionado à atividade física (APÊNDICE A).

Este instrumento ficou constituído da seguinte forma: para questões 1 até 11,

utilizou-se na íntegra o questionário desenvolvido por Grubaum et al (1999); as questões 12

até a 22 foram elaboradas pelo autor; a questão 23 é parte do questionário de Reis, Reis e

Hallal (2011); a questão 24 é o questionário na íntegra de Sallis et al (1996); a questão 25

contém 07 itens dos 12 originais do questionário da Intelihealth (2005) e por fim, a questão 26

é o instrumento originalmente desenvolvido por Martins e Petroski (2000).

A seguir, é apresentada a forma na qual cada característica definidora e cada fator

relacionado foi mensurado e determinada a sua presença:

A característica Escolhe rotina diária sem exercícios foi avaliada por meio das

questões 1 até a 11 do (APÊNDICE A) (GRUNBAUM, 1999; CELAFISCS, 2005). Essa CD

foi assinalada como presente quando o adolescente relatava a escolha por atividades não

programadas, não intencionais, com pequenos gastos energéticos, com frequência, intensidade

e duração inferiores ao recomendado para o referido sujeito (GUEDES, 2011), para tanto foi

seguido o padrão de atividade física proposto por Gouveia (2007), já descrito anteriormente.

A avaliação de Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício também

foi realizada por meio dos itens 1 ao 11 (APÊNDICE A). Essa característica definidora foi

inferida como presente, quando o adolescente relatasse que permanecia em frente a televisão,

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computador ou videogame por período ≥ 4 horas por dia e que enquanto em frente a estes

aparelhos eletrônicos não esteja realizando exercícios físicos, por meio de simuladores

virtuais.

A avaliação da CD Baixo desempenho nas atividades instrumentais da vida diária

foi dada pelo relato de dificuldade para realizar tarefas, tais como fazer compras, executar as

atividades do trabalho e as atividades domésticas, como por exemplo: cozinhar, lavar roupa,

arrumar a casa, entre outras (GUEDES, 2011), sendo avaliada ainda a frequência com que

sente essas dificuldades (nunca, às vezes, ou sempre). Assim, o adolescente que assinalou

dificuldades em realizar as tarefas supracitadas, e afirmar que a frequência ocorre “às vezes”

ou “sempre”, foi classificado, como tendo um baixo desempenho nas atividades instrumentais

da vida diária (questões 19 e 20 do apêndice A).

Na avaliação da CD Não realiza atividades físicas no tempo de lazer, o

adolescente foi questionado se realizava atividades no tempo de lazer (sim ou não), que tipo

de atividade realizava (resposta dissertativa) e por quanto tempo a tinha feito (com opção de

marcar de menos de uma hora até a mais de 6 horas) (questões 13 e 14 do apêndice A). O

adolescente que afirmava não realizar atividades físicas na hora de lazer teve essa CD

assinalada como presente.

Ainda, realizou-se o exame físico no adolescente (APÊNDICE A), com enfoque

na mensuração de medidas antropométricas e na avaliação do sistema motor, com vistas a

avaliar a presença das características definidoras: Excesso de peso, Força muscular diminuída

e Flexibilidade das articulações diminuída (GUEDES, 2011).

É importante destacar que, para Guedes (2011), a característica Demonstra falta

de condicionamento físico abrange a mensuração dos indicadores clínicos Capacidade

cardiorrespiratória diminuída, Força muscular diminuída e Flexibilidade das articulações

diminuída. Assim, neste estudo, foram adotadas as recomendações de Guedes (2011) para

avaliação destas características definidoras.

A Capacidade cardiorrespiratória diminuída foi avaliada por meio de relato do

adolescente sobre desconforto torácico, dor nas pernas, dispneia, tontura, vertigem e cansaço

antes e após exercício físico. Quando o adolescente afirmou que estes sinais/sintomas estavam

presentes “às vezes” e “sempre” (itens 15, 16 e 17 do apêndice A) esta característica

definidora foi assinalada como presente.

A Força muscular diminuída foi avaliada da seguinte forma: o indivíduo deveria

tentar mover uma articulação. A força foi avaliada, quantitativamente, por meio dos graus do

nível de função muscular, conforme apresentado a seguir: 0 - Sem evidências de movimentos;

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1 -Traços de movimentos; 2 - Amplitude total de movimento, mas não contra a gravidade; 3 -

Amplitude total de movimento contra a gravidade, mas não contra a resistência; 4 - Amplitude

total de movimento contra a gravidade e certo grau de resistência, mas fraca; 5 - Amplitude

total de movimento contra a gravidade e resistência total. Assim, ao final da avaliação, caso a

força muscular fosse graduada como três ou menos, seria inferido que a força muscular estava

diminuída e consequentemente, esta CD seria assinalada como presente (SEIDEAL et al,

2007; CAMPBELL, 2007; GUEDES, 2011).

A Flexibilidade das articulações diminuída foi medida por meio de um Flexímetro

pendular Sanny®, no qual foi avaliada a flexibilidade ativa e passiva das articulações, ou seja,

da amplitude máxima fisiológica de um dado movimento articular (APÊNDICE A). Destaca-

se que não existe uma medida geral da flexibilidade, mas há um valor de referência específico

para cada articulação. Os valores de referências para cada articulação, bem como os

movimentos que foram utilizados, estão expressos no Anexo A, em valores para adolescentes

do sexo masculino e do sexo feminino. Assim, adolescentes que apresentassem padrões

inferiores ao descrito (ANEXO A), para qualquer uma das articulações avaliadas com

interferência na realização de exercícios físicos, foram classificados com esta CD presente

(LEIGHTON, 1987, 1955; MONTEIRO, 2000).

A CD Excesso de peso foi mensurada a partir da análise do índice de massa

corporal (IMC). O indivíduo que apresentava percentil acima de 85 (ANEXO B), calculado a

partir da fórmula: peso (kg)/altura (m)2, foi classificado com excesso de peso (GUEDES,

2011; WHO, 2006).

Para a aferição do peso corporal foi utilizada uma balança antropométrica digital

portátil (Plenna®), com graduação de 0,1Kg e capacidade de 180 Kg. Os avaliados estavam

descalços, usando somente a farda da escola (camisa e calça), e foram orientados a

distribuírem igualmente sua massa corporal entre ambos os pés (HEYWARD;

STOLARCZYK, 1996).

A estatura foi aferida mediante a utilização de um estadiômetro Sanny®, fixado

na parede com graduação de 0,1 cm e escore máximo de 210 cm medido da base do solo. O

avaliado deveria estar também descalço com o peso distribuído igualmente entre ambos os

pés, braços relaxados e mantendo-se o mais ereto possível, para tanto a cabeça foi posicionada

de forma que a face se mantivesse na vertical. No momento da aferição, o avaliado deveria

ainda manter uma inspiração forçada e o estadiômetro foi posicionado no ponto mais alto da

cabeça comprimindo o cabelo (HEYWARD; STOLARCZYK, 1996).

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Foram avaliados ainda 11 fatores relacionados: Conhecimento deficiente sobre os

benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou sobre as consequências do sedentarismo;

Falta de motivação para a prática do exercício físico; Falta de interesse em se exercitar; Falta

de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento); Falta de treino para fazer

exercício físico; Atitudes, crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade

física; Falta de apoio social para a prática de exercício físico; Falta de confiança para prática

de exercício físico; Mobilidade prejudicada; Intolerância à atividade; Relato de dor.

Para a avaliação do FR Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a

atividade física traz à saúde e/ou sobre as consequências do sedentarismo, foi utilizado itens

do questionário da InteliHealth® (2005). Assim, o adolescente que obteve uma pontuação

abaixo do preconizado (menor que quatro), foi enquadrado com esse FR presente.

Para a Falta de motivação para a prática de exercícios físicos, foi utilizada a escala

de autoeficácia para o exercício (SALLIS, 1996). O adolescente que apresentou uma

pontuação média, igual ou menor do que três, a ser calculada por média simples, na escala de

Sallis et al (1996), foi classificado com esse FR presente.

O FR Falta de interesse em se exercitar foi assinalado como presente quando o

adolescente afirmou que “sempre” ou “quase sempre” este FR é um fator para não praticar

atividade física.

A Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança, equipamento) para a

prática de exercícios físicos foi avaliado por meio do relato de deficiência de pelo menos um

desses recursos para a prática de exercícios físicos. Por exemplo: - o trabalho ocupacional ou

doméstico que ocupa todo o dia, é exaustivo; - a família consome muitas horas do dia,

dificultando a prática de exercícios físicos; - há falta de recursos financeiros mínimos para a

aquisição do material mínimo necessário para os exercícios físicos, ou para pagar empresas

responsáveis pela oferta de suporte aos exercícios físicos; - não há lugar com condições

mínimas de prover segurança pessoal, que garanta a integridade física; - não há equipamentos

necessários para execução de um exercício físico específico (GUEDES, 2011). Foi utilizado o

questionário desenvolvido por Martins e Petroski (2000). O indivíduo que assinalou “sempre”

ou “quase sempre” para pelo menos uma variável das variáveis relacionadas a recursos, foi

classificado como tendo esse FR presente (GUEDES, 2011).

Já para o FR Falta de treino para fazer os exercícios físicos, o adolescente foi

questionado sobre com que frequência a falta de conhecimento ou orientação sobre exercícios

físicos é um fator para não praticar exercícios (GUEDES, 2008). A presença desse FR, foi

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dada quando o adolescente assinalou “sempre”, “quase sempre” ou “às vezes” às questões 21,

22 e 26 (APÊNDICE A).

No tocante ao FR Atitudes, crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de

exercícios físicos, foi utilizado o questionário de autoeficácia (SALLIS, 1996), no qual, o

adolescente que obteve uma média simples, menor ou igual a 03, teve este FR inferido como

presente.

Para avaliar Falta de apoio social para a prática de exercícios físicos, foi aplicada

parte da Escala de Apoio Social, (REIS; REIS; HALLAL, 2011; GUEDES, 2011). A escala

apresenta os itens “nunca”, “às vezes” e “sempre”, no qual, por sugestão dos enfermeiros

avaliadores do ICD deste estudo, o item “nunca” equivale a 1, “às vezes” dois e “sempre” 3

pontos, podendo um indivíduo obter no máximo 18 pontos, quando avaliado as seis perguntas,

conforme observado na questão 23 do apêndice A. Assim, ainda determinou-se que situações

em que foram encontradas valores iguais a 3 sugeriam que o indivíduo não tem apoio social

necessário à prática de exercícios físicos e consequentemente esse FR foi assinalado como

presente

Para a avaliação do FR Falta de confiança para a prática de exercícios físicos, foi

aplicada a Escala de Autoeficácia (SALLIS, 1996). Para valores inferiores ou iguais a 3,

considerou-se que o indivíduo não tem confiança para se exercitar (SALLIS, 1996; GUEDES,

2011).

A Mobilidade prejudicada foi avaliada pela mensuração da amplitude de

movimento das articulações dos adolescentes com amplitude menor do que o preconizado por

Moreira (2000) (ANEXO A), medidos pelo flexímetro Sanny® e com dificuldade de realizar

alguma atividade física.

A Intolerância à atividade foi investigada, questionando-se o adolescente

apresenta dispneia, desconforto e/ou resposta anormal da frequência cardíaca aos esforços,

relato verbal de desmaios, tonturas e/ou fraqueza aos esforços (GUEDES, 2011). Esse FR foi

investigado por questionamento recordatório.

Para o Relato de dor, o indivíduo foi questionado se sentia dor no dia-a-dia

quando não está praticando atividade física ou após, com que frequência a dor é um fator para

não realizar atividade física (sempre, quase sempre, às vezes, raramente e nunca), se já sentiu

dor durante a prática de atividade física. Foi pedido que quantificasse a intensidade da dor:

nenhuma; quase imperceptível; leve; moderada; grave; pior dor (SEIDEL, et al, 2007)

O FR Relato de dor foi marcado presente quando houve presença de dor no dia

quando não estava se exercitando na frequência de “sempre” ou “quase sempre”, e/ou sente

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dor durante a realização de atividade física “sempre ou “quase sempre” “às vezes” ou

“raramente”.

3.6 Capacitação dos enfermeiros diagnosticadores

Esta etapa contou com a participação de enfermeiros do Núcleo de Estudo em

Diagnósticos, Intervenções e Resultados de Enfermagem (NEDIRE), do departamento de

enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). O NEDIRE consiste em um núcleo de

pesquisa na área de diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem, composto por três

diferentes grupos de pesquisa: Grupo de pesquisa Cuidado de Enfermagem na Saúde da

Criança (CUIDENSC), Grupo de Estudo em Diagnósticos, Intervenções e Resultados de

Enfermagem (GEDIRE) e o Projeto Ações Integradas na Saúde Cardiovascular (PAISC).

Atualmente, o núcleo é composto por 27 membros, entre professores, alunos de doutorado,

mestrado, graduados e acadêmicos de enfermagem.

Foram convidados para participarem deste estudo como diagnosticadores, oito

enfermeiros integrantes do NEDIRE com pesquisas publicadas sobre diagnósticos,

intervenções ou resultados de enfermagem e com prática docente ou clínica de no mínimo seis

meses.

Deste modo, os enfermeiros tiveram seus currículos Lattes avaliados para

averiguação da produção científica e da prática clínica ou docente. Depois de listados, os

mesmos foram contatados pelo pesquisador por meio de carta-convite (APÊNDICE B)

enviada por correio eletrônico. Nesta, foi informado o propósito da pesquisa, suas atribuições

no estudo, a síntese dos métodos adotados, instrumentos utilizados e como estes deveriam ser

preenchidos, bem como, a disponibilidade para participação em uma oficina e para responder

aos instrumentos do estudo. Assim, mediante aceitação para participar da pesquisa, foi

encaminhado o termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE C).

3.6.1 Oficina

Uma oficina com duração de quatro horas foi realizada com todos os enfermeiros,

para contextualizar o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário, suas

características definidoras e fatores relacionados, bem como discutir estudos anteriores de

validação e/ou refinamento envolvendo o diagnóstico em questão. Ainda, o pesquisador

discutiu com os enfermeiros aspectos relacionados ao processo de raciocínio, inferência e

acurácia diagnóstica.

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29 

 

Este momento foi pertinente, visto que muitos destes profissionais, apesar de

realizarem pesquisas com diagnósticos de enfermagem, não estavam familiarizados com o

diagnóstico de enfermagem em estudo, sobretudo no contexto de adolescentes. Ao final desta

oficina, os enfermeiros foram requisitados a responder um teste para avaliação da qualidade

de suas inferências com base no sistema de classificação de atributos.

A realização da oficina para discussão da temática diagnóstica, bem como a

avaliação de sistemas de classificação de atributos podem equiparar os diagnosticadores com

relação ao processo de inferência diagnóstica, possibilitando assim, avaliações mais coerentes

e homogêneas entre os mesmos (BELTRÃO, 2011; CHAVES, 2011).

3.7 Processo de inferência diagnóstica

Como referido, utilizou-se uma adaptação do sistema de classificação de atributos

de Hradesky (1988). Este sistema foi inicialmente proposto para o controle de qualidade em

pesquisas. Nesta pesquisa, estes atributos foram utilizados para verificação da qualidade do

processo de inferência diagnóstica.

Destaca-se que por meio da avaliação de sistemas de classificação de atributos é

possível verificar a capacidade do diagnosticador em identificar repetidamente a presença ou

a ausência de um diagnóstico (HRADESKY, 1988; BELTRÃO, 2011; CHAVES, 2011). Para

realização desta avaliação, Hradesky (1988) recomenda a verificação de quatro parâmetros ou

atributos, a saber: eficácia (E), taxa de falso negativo (FN), taxa de falso positivo (FP) e

tendência (T).

O atributo eficácia (E) mede a capacidade do diagnosticar em inferir de forma

correta a presença ou a ausência do diagnóstico de enfermagem. A taxa de falso negativo

(FN) representa a chance de um diagnóstico presente ser classificado como ausente. Nestas

condições, o diagnóstico que se encontra presente é erroneamente refutado, e o paciente é

considerado saudável quando na verdade apresenta a condição clínica. Por outro lado, a taxa

de falso positivo (FP) representa a chance de um diagnóstico ausente ser considerado como

presente. Em suma, consiste na chance de um paciente que não tem a condição clínica obter,

erroneamente, um diagnóstico positivo. A tendência (T), por sua vez, representa a

predisposição do diagnosticador em aceitar ou refutar um diagnóstico.

Para se proceder à verificação destes atributos, foram elaborados relatórios com

dados fictícios sobre a presença ou a ausência das características definidoras com vistas a

determinar a presença ou ausência do diagnóstico Estilo de vida sedentário. Vale salientar que

os relatórios foram elaborados pelo autor com um número aproximado de casos com e sem o

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diagnóstico em estudo. Como este estudo contou com a participação de oito enfermeiros

diagnosticadores, utilizou-se o número sugerido de casos por Hradesky (1988), ou seja, 12

casos, conforme observado na Tabela 1. Estes foram avaliados três vezes, em diferentes

ordens, por cada um dos enfermeiros (HRADESKY, 1988).

Tabela 1 – Tamanho da amostra para estudos de capacidade inspeção envolvendo atributos proposta por Hradesky (1988). Fortaleza, 2012.

Número de avaliadores Número mínimo de itens Número mínimo de inspeções por item

1 24 5

2 18 4

3 ou mais 12 3

Fonte: Hradesky (1988)

Os relatórios foram preparados e aplicados pelo autor deste estudo e foram

submetidos à apreciação dos enfermeiros ao final da oficina, para realização do processo de

inferência diagnóstica. Destaca-se que foi entregue um relatório por vez, a cada enfermeiro,

sendo este devolvido antes da entrega do próximo relatório. Em cada rodada, os relatórios

estavam disponibilizados em ordem diferente da rodada anterior, determinada de forma

aleatória. Este procedimento foi adotado para que não houvesse influência entre as

verificações realizadas (BELTRÃO, 2011; CHAVES, 2011).

Os julgamentos apresentados pelos enfermeiros foram comparados a uma tabela

de respostas e, posteriormente, avaliados com base nos atributos descritos. A determinação

dos quatro parâmetros permitiu classificar o resultado de cada diagnosticador em marginal,

inaceitável ou aceitável (HRADESKY, 1988). No presente estudo, foi determinada como

ponto de corte, pelo menos a classificação marginal, conforme observado na Tabela 2.

Tabela 2 – Adaptação dos pontos de corte para avaliação de estudos de capacidade do diagnosticador proposta por Hradesky (1988). Fortaleza, 2012.

Parâmetros Aceitável Marginal Inaceitável

E 0,9 ou mais > 0,8 - 0,9 Menos de 0,8

FP 0,05 ou menos ≤ 0,10 Mais que 0,10

FN 0,02 ou menos ≤0,10 Mais que 0,10

T 0,80 – 1,20 0,50 – 0,80 ou 1,2 – 1,5 Menos que 0,50 ou mais que

1,5

Fonte: Hradesky (1988); E: Eficácia; FP: Taxa de falso positivo; FN: Taxa de falso negativo; T: Tendência.

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Vale destacar, que como o critério tendência está em função da taxa de falso

positivo e negativo, e estes podem assumir classificações diferentes, existem casos especiais

para se realizar o cálculo da tendência na avaliação de sistemas de medição de atributos,

Tabela 3. Os pontos de corte, bem como os casos especiais, foram utilizados para definir o

processo de avaliação da qualidade das inferências diagnósticas.

Tabela 3 – Casos especiais para se realizar o cálculo da tendência. Fortaleza, 2012. FP FN T Decisão

0 Maior que 0 0 Marginal

Maior que 0 0 Nenhum valor Use E, FP e FN diretamente

0 0 Nenhum valor Aceitável, pois implica T = 1

Maior que 0,5 0,5 ou menor Maior que 1,5 Inaceitável

0,5 ou menor Maior que 0,5 Menor que 0,5 Inaceitável

Maior que 0,5 Maior que 0,5 Nenhum valor Inaceitável

Fonte: Hradesky (1988); FP: Taxa de falso positivo; FN: Taxa de falso negativo; T: Tendência.

Na tabela 4, estão apresentados os desempenhos dos enfermeiros que realizaram

as avaliações dos dados fictícios.

Tabela 4 – Resultados dos testes realizados após o treinamento com os diagnosticadores, para o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS). Fortaleza, 2012.

Eficácia FN FP Tendência PRI

Diagnosticador 1 0,9167 0,0476 0,1333 2,4415 Diagnosticador 2 0,9722 0,0476 0 0 Diagnosticador 3 0,8056 0,2857 0,0667 0,3559 Diagnosticador 4 0,8889 0,1429 0,0667 0,5388 Diagnosticador 5 0,8889 0,1429 0,0667 0,5388 Diagnosticador 6 0,9167 0,1429 0 0 Diagnosticador 7 0,8056 0,0952 0,3333 2,2269 Diagnosticador 8 0,9444 0,0952 0 0

FN: Taxa de falso negativo; FP: Taxa de falso positivo; PRI: Padrão respiratório ineficaz.

As inconsistências, relacionadas aos julgamentos dos enfermeiros que, obtiveram

classificações consideradas inaceitáveis, foram discutidas entre o pesquisador e os

diagnosticadores. Após rever as incongruências apresentadas, estes profissionais foram

submetidos a uma nova avaliação de atributos, utilizando para tanto, relatórios diferentes

daqueles aplicados anteriormente. A avaliação foi procedida de acordo com o método

utilizado durante a avaliação anterior. Assim, ao final do processo de inferência diagnóstica,

os diagnosticadores tiveram suas respostas novamente classificadas em marginal, inaceitável

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ou aceitável, de acordo com mesmos parâmetros previamente supracitados. Os novos

resultados estão apresentados na tabela 5.

Tabela 5 – Resultados dos testes realizados após o treinamento com os diagnosticadores, para o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS). Fortaleza, 2012.

Eficácia FN FP Tendência PRI

Diagnosticador 1 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 2 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 3 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 4 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 5 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 6 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 7 0,9444 0,0952 0 0 Diagnosticador 8 0,9444 0,0952 0 0

FN: Taxa de falso negativo; FP: Taxa de falso positivo.

3.8. Organização e análise dos dados

Foi construída uma planilha para cada adolescente no software Microsoft Excel® 2007,

contendo as características definidoras e os fatores relacionados que estiverem presentes (P),

ausentes (A) ou não se aplica (NA) (APÊNDICE E). O critério não se aplica foi destinado às

características e fatores relacionados que, por ventura, não seriam avaliados, entretanto entre

os instrumentos incluídos neste estudo, nenhum FR ou CD deixou de ser avaliado.

Depois de preenchida, pelo pesquisador, a referida planilha foi encaminhada para

cada enfermeiro diagnosticador. A quantidade de planilhas e o período de retorno do material

foram estabelecidos com base na quantidade de enfermeiros aptos para realizarem as

inferências diagnósticas. Portanto, cada enfermeiro dispôs de sete dias para inferir os

diagnósticos.

Os enfermeiros diagnosticadores foram divididos em quatro duplas que a título

didático receberam nomes, a saber: alfa, beta, gama e delta. Cada uma destas duplas ficou

responsável por avaliar 141 casos diferentes, totalizando assim 564 casos. Destaca-se que

apesar de estarem divididos em duplas, no primeiro momento os enfermeiros diagnosticadores

inferiram separadamente o diagnóstico e após analise das respostas é que trabalharam em

conjunto somente nos casos que apresentam incongruência diagnóstica.

A dupla alfa reavaliou 26 casos, a dupla beta e a dupla gama, reavaliaram somente

01 caso cada uma e a dupla delta reavaliou 04 casos. Assim, dos 564 casos, 32 foram

reanalisados por incongruência diagnóstica entre os enfermeiros diagnosticadores, somente

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então, após o consenso dos mesmos enfermeiros diagnosticadores é que os dados foram

analisados.

A ocorrência do diagnóstico Estilo de vida sedentário foi estabelecida mediante

concordância absoluta entre os enfermeiros diagnosticadores. Nos casos em que, houve

divergência na opinião entre os mesmo, estes foram convidados a buscar em conjunto um

consenso.

Uma planilha única do software Microsoft Excel® 2007 foi criada para consolidar

os dados referentes à prevalência do diagnóstico Estilo de vida sedentário e suas

características definidoras, assim como variáveis sócio-demográficas, informações

relacionadas ao sexo, idade e condições relacionadas ao comportamento sedentário.

O banco de dados construído foi analisado no software IBM SPSS versão 20.0 for

Windows e no pacote estatístico R. Foi realizada uma análise descritiva explicitando as

prevalências das variáveis sóciodemográficas (caso estas fossem categóricas ou nominais) e

valores de medida central como: média, desvio padrão, mediana e quartis (caso as variáveis

fossem contínuas ou discretas).

Para se avaliar a normalidade dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk ou

o teste Kolmogorov-Smirnov de acordo com o tamanho amostral. Para avaliar associação

entre o diagnóstico e seus fatores relacionados, foi aplicado o teste de qui-quadrado ou teste

da probabilidade exata de Fisher. As medidas de acurácia (sensibilidade, especificidade e

valores preditivos) das características definidoras foram calculadas com base no consenso dos

diagnosticadores acerca da ocorrência do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida

sedentário. Foi estabelecido o valor de 70% como ponto de corte para as medidas de acurácia.

Além disso, foi calculada a odds ratio diagnóstica para verificar a chance de ocorrência do

diagnóstico na presença de uma característica definidora, quando comparada a ausência do

diagnóstico na presença da mesma característica e para os fatores relacionados foi calculado o

qui-quadrado de Person.

Para verificar a legitimidade de um teste, ou seja, para verificar o quanto uma

característica definidora é um indicador legítimo para o diagnóstico de enfermagem EVS, foi

aplicado o teste de qui-quadrado ou teste da probabilidade exata de Fisher. O nível de

significância adotado foi de 0,05. De posse dos achados, os mesmos foram discutidos

utilizando referenciais teóricos e de literatura pertinentes sobre o tema em debate.

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34 

 

3.9. Aspectos éticos

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa, da Universidade Federal do

Ceará e foi aprovado sob o parecer nº 70539/12. Ainda foi colhida a assinatura de cada

participante deste estudo no termo de consentimento livre e esclarecido com informações

sobre os objetivos da pesquisa, da determinação do que consiste a participação do sujeito, do

direito de não participar da pesquisa a qualquer momento sem qualquer ônus ou dano, da

garantia do sigilo e do pesquisador em utilizar os dados da pesquisa, além de conter a

autorização do pesquisador e do sujeito. Antes do início da coleta de dados, cada enfermeiro

recebeu uma carta convite contendo todas as informações necessárias sobre o projeto

(APÊNDICE C), assinou o termo de consentimento livro e esclarecido (APÊNDICE D). Foi

solicitado ainda, e recebido a autorização da Secretária de educação do estado do Ceará

(APÊNDICE F).

Destaca-se que o pesquisador foi previamente a coleta de dados, à todas as escolas

selecionadas, a fim de obter autorização dos gestores da escola. E, seguinte a identificação dos

potenciais locais participantes, os adolescentes sorteados, foram abordados em conjunto por

escola, pelo pesquisador, para explicar a finalidade do estudo e os procedimentos envolvidos

na realização do mesmo. Em seguida, foi realizado o convite, para participação na pesquisa e

solicitada à anuência dos pais (APÊNDICE G) e dos adolescentes (APÊNDICE H), por meio

da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, atendendo assim as

recomendações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, previstas para

pesquisas com seres humanos.

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4 RESULTADOS

Inicialmente, será apresentada a caracterização de todos os adolescentes, alunos do

ensino médio que participaram do estudo (n = 564) de acordo com: sexo, idade e série (Tabela

6), distribuição da prevalência das características definidoras e dos fatores relacionados do

diagnóstico Estilo de vida sedentário (Tabelas 7), presença do estilo de vida sedentário

segundo o sexo (Tabela 8) e descrição da presença e da ausência dos fatores relacionados,

segundo a presença e a ausência do Estilo de vida sedentário em adolescentes (Tabela 9). Em

seguida, serão descritas as medidas de acurácia obtidas a partir da análise das inferências dos

enfermeiros diagnosticadores (Tabela 10).

Tabela 6 - Distribuição dos adolescentes segundo sexo, série e idade. Fortaleza, 2012.

Variáveis N % Sexo

Masculino 270 47,9 Feminino 294 52,1 Total 564 100,0

Série do ensino médio

1º 272 48,2 2º 180 31,9 3º 112 19,9 Total 564 100,0

Média DP Mínimo Máximo P25 P50 P75 Valor p*

Idade (anos) 16,18 1,13 14,00 19,00 15,00 16,00 17,00 < 0,0001

*Teste de Shapiro-Wilk

De acordo com os dados apresentados na Tabela 6, a maior parte dos adolescentes

participantes do estudo era do sexo feminino (52,1%) e cursava o primeiro ano do ensino

médio (48,2%). Com relação à idade, observou-se que os pacientes avaliados tinham entre

catorze e dezenove anos, com idade média de 16,18 anos (±1,13).

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Tabela 7 – Distribuição da prevalência das características definidoras e dos fatores relacionados do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário em adolescentes (n = 564). Fortaleza, 2012.

Variáveis n % Características definidoras Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico 338 59,9 Capacidade respiratória diminuída 312 55,3 Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos 277 49,1 Não realiza atividades físicas no tempo de lazer. 215 38,1 Excesso de peso 97 17,2 Flexibilidade das articulações diminuída 32 5,7 Baixo desempenho nas atividades instrumentais de vida diária 28 5 Fatores relacionados Relato de dor 368 65,2 Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento) 346 61,3 Falta de motivação para a prática do exercício físico 183 32,4 Falta de confiança para a prática de exercício físico 183 6,4 Falta de apoio social para a prática de exercício físico 76 13,5 Falta de interesse em se exercitar 66 11,7 Atitudes crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física

36 6,4

Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou consequências do sedentarismo

23 4,1

Falta de treino para fazer exercício físico 18 3,2 Diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário 274 48,6

De acordo com os dados apresentados na Tabela 7, após consenso entre os

enfermeiros diagnosticadores, 48,6% dos adolescentes apresentaram o diagnóstico de

enfermagem Estilo de vida sedentário. Entre as características definidoras mais frequentes,

destacam-se: Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico (59,9%),

Capacidade respiratória diminuída (55,3%) e Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos

(49,1%). Vale destacar que Força muscular diminuída não foi evidenciada no grupo estudado.

Ainda, conforme apresentado nesta Tabela, entre os fatores relacionados mais

prevalentes na amostra, destacam-se: Relato de dor (65,2%) e Falta de recursos (tempo,

dinheiro, lugar, segurança e equipamento) (61,3%). Os fatores relacionados Mobilidade

prejudicada e Intolerância à atividade não foram encontrados nos adolescentes do estudo.

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Tabela 8 – Distribuição dos adolescentes segundo associação entre o sexo e o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário.

VARIÁVEL ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO SEXO Ausente % Presente % ORD (IC 95%) Valor p*

Masculino 165 56,9 105 38,2 Feminino 125 43,1 169 61,8 2,12 [1.50-3,02] < 0,0001

Total 290 100,0 274 100,0 - - * Teste de Qui-Quadrado de Pearson 

De acordo com os dados apresentados na Tabela 8, houve associação entre o

diagnóstico Estilo de vida sedentário e a variável sexo. No grupo estudado, o diagnóstico

Estilo de vida sedentário esteve mais presente em adolescentes do sexo feminino. Ressalta-se

ainda, o fato de que, ser do sexo feminino representa uma chance 2,1 vezes maior de

apresentar um Estilo de vida sedentário do que ser do sexo masculino.

Tabela 9 – Descrição da presença e ausência dos fatores relacionados, segundo a presença e ausência do Estilo de vida sedentário, em adolescentes (n = 564). Fortaleza, 2012.

Fatores Relacionados Estilo de Vida Sedentário

Valor p* Ausente Presente

Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou consequências do sedentarismo

0,1565

Ausente 282 8 Presente 259 15 Falta de motivação para a prática do exercício físico 0,0002 Ausente 217 73 Presente 164 110 Falta de interesse em se exercitar 0,0027 Ausente 268 22 Presente 230 44 Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento)

0,0076

Ausente 128 162 Presente 90 184 Falta de treino para fazer exercício físico 1,0000 Ausente 281 9 Presente 265 9 Falta de apoio social para a prática de exercício físico 0,0008 Ausente 265 25 Presente 223 51 Atitudes, crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física

0,0019

Ausente 281 9 Presente 247 27 Falta de confiança para a prática de exercício físico 0,0002 Ausente 217 73 Presente 164 110 Relato de dor 0,1229 Ausente 110 180 Presente 86 188

* Teste de Qui-quadrado de Pearson 

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De acordo com a Tabela 9, o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário

manteve associação estatisticamente significante com os seguintes fatores relacionados: Falta

de motivação para a prática do exercício físico (p = 0,0002); Falta de interesse em se exercitar

(p = 0,0027); Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento) (p =

0,0076); Falta de apoio social para a prática de exercício físico (p = 0,0008); Atitudes, crenças

e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física (p = 0,0019) e, Falta de

confiança para a prática de exercício físico (p = 0,0002).

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Tabela 10 – Descrição das medidas de acurácia para as características definidoras do diagnóstico Estilo de Vida Sedentário, em adolescentes alunos do ensino médio, a partir das inferências realizadas com base nos dados da avaliação física e questionário (n = 564), Fortaleza, 2012.

Se = Sensibilidade; Es = Especificidade; VPP = Valor Preditivo Positivo; VPN = Valor Preditivo Negativo; RVP = Razão de Verossimilhança Positiva; RVN = Razão de Verossimilhança Negativa; ORD = Odds ratio diagnóstica; IC 95% = Intervalo de Confiança de 95%; ROC = Área sob a curva ROC; * Qui-quadrado de Pearson.

Característica Definidora

Se Es VPP VPN RVP (IC 95%) RVN (IC

95%) ORD (IC 95%)

Eficiência (IC 95%)

ROC Valor p*

Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos

98,18 97,24 97,1[94,41-

98,53] 98,26[95,99-

99,25] 35,59[17,97-

70,50] 0,02[0,01-04]

1767,11[561,10-8192,00]

97,70[96,10-98,65]

0,9771 < 0,0001

Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico

64,96 44,83 52,66[47,34-57,93]

57,52[51,00-63,79]

1,18[1,02-1,36] 0,78[0,64-

0,96] 1,51[1,06-2,15]

54,61[50,48-58,67]

0,549 0,0222

Excesso de peso 16,79 82,41 47,42[37,77-

57,27] 51,18[46,65-

55,68] 0,95[0,72-1,26]

1,01[0,94–1,09]

0,95[0,59-1,50] 50,53[46,42-

54,64] 0,496 0,8892

Baixo desempenho nas atividades instrumentais de vida diária

6,57 96,55 64,29[45,83-

79,29] 52,24[48,01-

56,44] 1,91[1,02-3,54]

0,97[0,93-1,01]

1,97[0,84-4,86] 52,84[48,71-

56,92] 0,5156 0,1306

Não realiza atividades físicas no tempo de lazer,

52,19 75,17 66,51 [59,96-

72,48] 62,46[57,27-

67,38] 2,10[1,68-2,62]

0,64[0,55-0,73]

3,30[2,28-4,80] 64,01[59,96-

67,86] 0,6368 <0,0001

Capacidade respiratória diminuída

63,14 52,07 55,45 [49,90-

60,86] 59,92[53,76-

65,78] 1,32[1,13-1,54]

0,71[0,59-0,86]

1,86[1,31-2,64] 57,45[53,33-

61,46] 0,576 0,0003

Flexibilidade das articulações diminuída

7,30 95,86 62,50 [45,25-

77,07] 52,26[48,01-

56,47] 1,76[1,00 -3,11]

0,97[0,93-1,01]

1,82[0,83-4,18] 52,84[48,71-

56,92] 0,5158 0,1499

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Os dados apresentados na Tabela 10 representam as medidas de acurácia das

características definidoras do Estilo de Vida Sedentário, de acordo com as inferências dos

diagnosticadores. Para melhor visualização dos achados, as medidas foram calculadas e

organizadas de acordo com o consenso dos mesmos, acerca da ocorrência do diagnóstico

em estudo.

De acordo com os enfermeiros diagnosticadores, Escolhe uma rotina diária sem

exercícios físicos mostrou-se como a principal característica para predizer o diagnóstico de

enfermagem Estilo de vida sedentário. Esta característica apresentou alto valor de

sensibilidade (98,18) e de especificidade (97,24) para o Estilo de Vida Sedentário. Ainda

apresentou um elevado valor sob a curva ROC (0,9771).

Ainda para esta mesma CD, foi encontrado elevado valor de eficiência (97,70),

validado por valores estatisticamente significativos de verossimilhança positiva e negativa

(intervalos de confiança não incluem o valor 1). Além disto, os achados demonstram que,

na presença dessa característica, o adolescente aumenta suas chances de manifestar o Estilo

de vida sedentário (ORD = 1767,11).

Três outras características mostraram-se legítimas para predizer o diagnóstico

Estilo de vida sedentário. São elas: Verbaliza preferência por atividades com pouco

exercício físico (p = 0,0222), Não realiza atividades físicas no tempo de lazer (<0,0001) e,

Capacidade respiratória diminuída (0,0003).

As características Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico

e Capacidade respiratória diminuída apresentam-se sensíveis ao diagnóstico em estudo.

Adolescente com a característica Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício

físico manifestaram 51% mais chance de desenvolver Estilo de vida sedentário, enquanto

na presença da característica Capacidade respiratória diminuída, os adolescentes

apresentaram 86% mais chance de manifestar o diagnóstico.

Já a característica Não realiza atividades físicas no tempo de lazer apresentou-se

específica para o diagnóstico (75,17). Adolescente que apresentaram esta característica

definidora tiveram três vezes mais chances de ter um Estilo de vida sedentário, do que

aqueles que não apresentaram esta característica.

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5 DISCUSSÃO

Primeiramente será realizada uma breve discussão sobre o estilo de vida

sedentário na população de adolescentes, em seguida será dissertada a relação de cada

característica definidora, bem como dos fatores relacionados com o diagnóstico de

enfermagem Estilo de vida sedentário dentro do contexto da adolescência.

5.1 O Estilo de vida sedentário

Primeiramente é preciso destacar o fato de que estilo de vida ser entendido como

tudo aquilo que se vive e se faz no dia a dia, em casa, no trabalho, na escola, no lazer, com

os amigos, entre outros. Assim, este resulta da educação, da cultura da atividade física e

desportiva, do convívio em sociedade e de toda dinâmica globalizada que chega a vida das

pessoas. Esse contexto imprime, em cada ser humano, atitudes, valores, opções, hábitos

que se instalam como se fossem intrínsecos, sejam eles benéficos ou maléficos (BURGOS

et al, 2009)

Ainda na mesma linha de raciocínio, a atividade física é entendida como um

fenômeno complexo e multifatorial, com dimensões bio-culturais específicas para grupos

de crianças, adolescentes, adultos e idosos (FIGUEIRA JUNIOR, et al, 2009)

Assim, não se pode conceber o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida

sedentário, especialmente na população de adolescentes, como uma situação puramente

fisiológica ou social. Mas sim, como uma resposta humana que tem características que

melhor predizem a presença deste diagnóstico, bem como ainda, há fatores que quando

presentes no dia a dia do adolescente, interferem para a ocorrência ou não, de um Estilo de

vida sedentário.

Um ponto interessante em meio a estas considerações, é que apesar de muitos

adolescentes conceberem a saúde como fruto da atitude pessoal associada ao exercício

físico e boa alimentação, a quantidade de adolescentes que são fisicamente inativos ainda é

muito alta (MARQUES et al, 2012; RIOS et al, 2012; SILVA et al, 2008).

Na presente investigação, a frequência de ocorrência do Estilo de vida sedentário,

em adolescentes de 14 a 19 anos, enquanto diagnóstico de enfermagem, foi de 48,6%. Em

um outro estudo, com uma população semelhante, constituída por 660 adolescentes, de 14

a 19 anos, a prevalência de sedentarismo foi de 60% (BECK, et al 2011).

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Outro fato correlato compartilhado com os achados desta dissertação, está no fato

de que as meninas se apresentam mais sedentárias do que os meninos. Em diversas outras

pesquisas tem se mostrado que meninas são fisicamente mais inativas do que os meninos

(BRITO; CAMARGO, 2011; SILVA et al, 2011; FERMINO et al, 2010; SANTOS et al,

2010)

Ainda no tocante ao sexo, o presente estudo apontou que o fato de ser do sexo

feminino representa um risco 2,1 vezes maior de apresentar um Estilo de vida sedentário

do que os meninos. Achados similares foram descritos em um grupo de 973 estudantes, no

qual as alunas tiveram uma maior probabilidade de serem sedentárias (SILVA; SILVA;

PETROSKI, 2010). Gordia et al (2009) citam ainda que meninas apresentaram 2,8 vezes

mais chance de apresentar domínio físico ruim quando comparadas com rapazes.

Em seu estudo, Matias et al (2012) apontam que a maior parte das meninas não

opta por praticar atividades físicas na hora de lazer. Além disso, Santos et al (2010)

identificaram que adolescentes do sexo feminino encontram muito mais barreiras para a

prática de atividades físicas do que adolescentes do sexo masculino.

Este fato, de maior prevalência de inatividade física no sexo feminino, pode estar

relacionado à timidez, ressaltando as características diferenciais entre os gêneros (SONOO;

HAMADA; HOSHINO, 2008).

5.2 Características definidoras

A característica Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos apresentou o

maior poder de acurácia para a população de adolescentes. Esta característica definidora foi

originalmente proposta pela NANDA-I no ano de 2004 e não foi realizada alterações em

sua apresentação no estudo de Guedes (2011).

Essa CD é definida como uma condição em que o indivíduo escolhe uma rotina

diária sem uma atividade física planejada e estruturada, que melhore ou mantenha a

aptidão física (GUEDES, 2011). Acredita-se que a legitimidade da característica para

predizer o diagnóstico Estilo de vida explica-se pela noção de livre arbítrio que esta

determina. Escolher pressupõe tomar decisões, fazer escolhas com base em alternativas.

Escolher uma rotina sem exercícios físicos leva a uma atitude de desvio das oportunidades

de movimentar-se corporalmente de forma moderada ou intensa. Sabe-se que a tomada de

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decisão para exercitar-se ou não sofre influência das preferências pessoais, da segurança,

do número de oportunidades, do grupo social etc.

Estudo aponta que a redução da realização de atividades físicas em casa e fora

dela, em adolescentes, provavelmente se dá pela restrição de locais para essa prática, pela

insegurança dos pais em deixarem os filhos saírem à rua sozinhos, pela permanência

prolongada frente à televisão, pela inexistência de atividades que contemplem todos os

conteúdos culturais do lazer, enquanto política pública concreta (BURGOS et al, 2009).

Enquanto, a inclusão de exercícios físicos e atividades físicas na rotina diária

parece ser um fato promotor do Estilo de vida ativo. Uma situação inversa prediz um Estilo

de vida sedentário.

Apesar de frequentemente encontrada e de sua importância para inferir o

diagnóstico, esta CD necessita de mais estudos, pois se percebe o uso dos termos atividade

física e exercício físico como sinônimos para sua avaliação.

Assim, apesar de frequentemente considerados como equivalentes, os termos

atividade física e exercício físico não são sinônimos. Atividade física é qualquer

movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, que resulte em um gasto

energético maior do que os níveis de repouso, enquanto que exercício físico é toda

atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e a

manutenção da aptidão física (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON, 1985). Diante

do exposto, pode-se inferir que qualquer exercício é considerado uma atividade física, mas

nem toda atividade física constitui um exercício físico (GUEDES, 2011).

Outra característica que se apresentou legítima foi Verbaliza preferência por

atividades com pouco exercício físico. Esta CD também foi originalmente apresentada pela

NANDA-I (2004) e não sofreu nenhuma modificação no estudo Guedes (2011), sendo

definida por esta autora como uma condição em que o indivíduo verbaliza preferência por

movimentos corporais que resultem em baixo gasto energético, com poucos movimentos

repetitivos e intencionais. Entre as atividades consideradas sedentárias inclui-se: assistir

televisão, utilizar o computador, realizar alguma leitura e jogar videogame (SILVA;

COSTA JUNIOR, 2011).

Atualmente, parece haver grande valorização e investimento em formas

sedentárias de divertimento e um menor envolvimento de jovens com atividades físicas ao

ar livre. Ou seja, as mudanças sociais e culturais têm afetado a participação dos jovens em

atividades físicas (SILVA; COSTA JUNIOR, 2011). Teoricamente, quanto maior for o

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tempo consumido com a prática de atividades sedentárias, menor será o tempo disponível

para a prática de atividades com maior gasto energético (CESCHINI; F. JÚNIOR; A.

JÚNIOR, 2009).

Em seu estudo, Silva et al (2008) encontrou que a chance de adolescentes serem

menos ativos é 43% maior entre os rapazes que assistem mais televisão. Assim, a

avaliação das horas em frente a televisão/computador/videogame é importante para a

inferência do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário, principalmente quando

o tempo em frente a estes eletrônicos é superior a quatro horas por dia.

A característica Excesso de peso, para a presente dissertação, não demonstrou ser

preditora do diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário junto a adolescentes.

Destaca-se que esta característica foi considerada pertinente para o diagnóstico Estilo de

visa sedentário por Guedes (2011), sendo evidenciada ainda por diversos outros estudos,

segundo a mesma autora.

Porém já se sabe que o Excesso de peso pode ser agravado pelo sedentarismo,

porém não como causa e/ou consequência. A obesidade resulta de hábitos alimentares

inadequados e é agravada pelo sedentarismo (LIMA, 2010). Outro fator que pode estar

associado a obesidade em escolares, é o próprio cardápio da escola, que apesar de

diversificado costuma ser rico em carboidratos, açúcares e com déficit nutricional

(CHAVES, et al, 2008).

Assim, há muitos anos se realizam pesquisas entre obesidade e níveis de atividade

física, porém poucos estudos apontam a possível relação de dependência entre estas duas

variáveis.

Outra característica que apresentou baixa relação com o diagnóstico, bem como,

uma pequena prevalência entre os adolescentes pesquisados, foi Baixo desempenho nas

atividades instrumentais de vida diária.

Esta CD não foi apresentada pela NANDA-I, mas foi proposta por Guedes (2011).

Ainda segundo a autora, a presença de um baixo desempenho nas atividades instrumentais

de vida diária, além de ser considerado pelos especialistas de seu estudo como uma

característica, é também evidenciado nos estudos de Steptoe e McMunn (2009) e Guedes et

al (2010) como uma característica definidora para o Estilo de vida sedentário.

Segundo Guedes (2011), esta característica é definida como a dificuldade em

realizar movimentações físicas necessárias para manter as atividades cotidianas de um dia

normal.

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Há um estudo que destaca que o déficit nas atividades instrumentais de vida diária

está mais relacionado com adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social

(CARLETO; ALVES; GONTIJO, 2010).

Por outro lado, a característica Não realiza atividades físicas no tempo de lazer

mostrou-se preditora do Estilo de vida sedentário. Destaca-se que esta característica não é

relatada pela NANDA-I, porém é considerada pertinente por meio do estudo de Guedes

(2011).

Esta característica é definida como a não realização de atividades com gastos

energéticos maiores que os de repouso no tempo de lazer. Garcia e Fisberg (2011)

destacam que apesar de praticamente todos os adolescentes relatarem gostar de atividades

físicas, aproximadamente metade afirma não praticar qualquer atividade física no lazer.

Ainda, indubitavelmente, o tempo gasto pelos adolescentes assistindo à televisão, usando o

computador e jogando videogame consome grande parte do tempo de lazer (CESCHINI; F.

JÚNIOR; A. JÚNIOR, 2009).

Outra característica que apresentou relação com o Estilo de vida sedentário foi a

Capacidade respiratória diminuída. No Estilo de vida sedentário, proposto pela NANDA-I,

há somente a característica Demonstra falta de condicionamento físico. Entretanto para

Guedes (2011), a característica Demonstra falta de condicionamento físico abrange a

mensuração dos indicadores clínicos: Capacidade cardiorrespiratória diminuída, Força

muscular diminuída e Flexibilidade das articulações diminuída (GUEDES et al 2010;

GUEDES, 2011).

A capacidade respiratória diminuída é compreendida como a diminuição da

capacidade do sistema cardiovascular e do aparelho respiratório para a realização de

esforços físicos de intensidade moderada ou alta por períodos de longa duração (GUEDES,

2011).

Um fato que merece ser destacado é que esta característica esteve presente muitas

vezes, até mesmo em indivíduos que relatavam praticar níveis intensos de atividade física e

consequentemente foram inferidos com o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida

sedentário como ausente. Entretanto, este fato pode estar relacionado com a falta de

treinamento adequado (COSTA et al, 2012). Estudo aponta que a capacidade aeróbica dos

meninos não está relacionada ao nível de atividade física (VASCONCELOS et al. , 2011) .

Assim, em virtude dos fatos exposto, presume-se que não basta praticar exercícios físicos,

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mas sim, para se obter um adequado nível de capacidade respiratória, é preciso que o treino

seja adequado para o fim.

Entretanto, ainda é preciso consenso para normatizar os métodos requeridos para

avaliar capacidade respiratória em adolescentes (FREITAS et al. 2011). É importante

ressaltar que esta característica foi medida somente por método recordatório. Diante disso,

recomenda-se que futuros estudos utilizem um teste como de medição da capacidade

respiratória, de forma direta.

Outra característica que não se mostrou legítima para o diagnóstico, apesar de ter

apresentado altos níveis de especificidade foi a Flexibilidade das articulações diminuída.

Estudos apontam que os níveis de flexibilidade podem ser melhorados, com a

prática de atividades físicas em academia, independente da atividade praticada (ARRUDA

et al, 2008). Entretanto, autores como Corbetta et al (2008) afirmam que a prática de

atividade física não influencia na flexibilidade. Outros autores ainda citam que a

flexibilidade parece não ser influenciada pelo nível de atividade física em adolescentes

(MELO; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2009).

Por fim, a característica Força muscular diminuída não foi encontrada em nenhum

adolescente avaliado neste estudo. Esta característica foi proposta por Guedes (2011) para

integrar o diagnóstico Estilo de vida sedentário.

Esta característica é definida como a diminuição da força exercida para dar início

ou resistir a movimentos, seja ela, força cinética (a força exercida para mudar-se de

posição) ou dinâmica (a força exercida para resistir ao movimento de uma posição fixa)

(GUEDES, 2011).

5.3 Fatores relacionados

A Falta de apoio social para a prática de exercício físico trata-se de um fator

relacionado ainda não proposto pela NANDA-I, mas recomendado por Guedes (2011) e

evidenciado por diversos estudos (MARTIN, 2008; MARTIN et al, 2007; EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY, 2007; NATIONAL HIGH BLOOD PRESSURE

EDUCATION, 1994).

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Guedes (2011) conceitua este fator relacionado como ações, crenças e atitudes da

família e/ou amigos que dificultam a prática de exercício físico, devido ao baixo apoio

oferecido ao indivíduo.

Este fator relacionado apresentou-se associado ao Estilo de vida sedentário. Ter

apoio social da família e dos amigos é um fator associado a prática de atividades físicas

(GARCIA; FISBERG, 2011; FERMINO et al, 2010). Não ter a companhia dos amigos é

muito reportado por adolescentes, especialmente meninas (SANTOS et al, 2010). A falta

de amigos é uma das principais barreiras relatadas por adolescentes para não praticar

atividades físicas (FERMINO et al, 2010; DAMBROS; LOPES; SANTOS, 2011).

Falta de motivação para a prática do exercício físico é um fator relacionado

apresentado por Guedes (2011). Este é definido como um estado em que o indivíduo

experimenta falta de desejo, de impulso, de força de vontade e/ou outra característica

fisiológica, intelectual e/ou afetiva intrínseca que o impede de buscar satisfação com a

prática de exercícios físicos.

Existem controvérsias relacionadas com as teorias sobre o desenvolvimento da

motivação do indivíduo para uma atividade física. No entanto, pode-se concluir que a

motivação é um aspecto psicológico tão importante quanto o aspecto físico para a

realização de atividade física (ROCHA, 2009).

Sabe-se que os principais fatores motivacionais que impulsionam estudantes a

prática esportiva foram saúde, condicionamento físico (KREBS, et al, 2011) e estética

(MURCIA, et al, 2009).

Outro fator que apresentou associação com Estilo de vida sedentário foi a Falta de

interesse em se exercitar. Este fator relacionado foi proposto por Guedes (2011) como

alternativa ao fator relacionado apresentado pela NANDA-I.

A falta de interesse em se exercitar é definida por Guedes (2011) como a presença

de um estado em que o indivíduo demonstra falta de interesse em praticar exercícios

físicos. Tal desinteresse refere-se à condição de falta de uma disposição de juízo dirigida à

prática de atividade física em que o indivíduo não percebe vantagens, ganhos, proveitos e

importância decorrentes dessa prática (GUEDES, 2011).

Destaca-se que a falta de interesse é vista como uma barreira para a prática de

exercício físico (TEIXEIRA; MARTINOFF; FERREIRA, 2004). No sentindo contrário,

relatar ter interesse em se exercitar prediz a permanência na prática de exercícios

(MURCIA et al, 2009).

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Em um estudo que objetivou conhecer as barreiras e prática de atividade física em

adolescentes residentes em regiões metropolitana e interiorana de São Paulo, a falta de

interesse foi uma barreira citada, especialmente por meninas do interior (FIGUEIRA

JUNIOR et al, 2009).

Outro fator relevante para o Estilo de vida sedentário é a Falta de recursos. Na

NANDA-I (HERDMAN, 2012), este fator relacionado está descrito somente como Falta de

recursos como tempo, dinheiro, companhia, estrutura. Neste estudo adotou-se o fator

relacionado proposto por Guedes (2011) como Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar,

segurança e equipamento). Este fator relacionado é definido como uma referência verbal

de insuficiência de recursos (físicos, estruturais e materiais) para início e/ou manutenção

da prática de exercícios físicos.

Já é sabido que o comportamento fisicamente ativo é influenciado por diversos

fatores, sendo as barreiras de recursos consideradas como fatores negativos (COPETTI;

NEUTZLING; SILVA, 2010). A falta de tempo, de dinheiro, de local apropriado para a

prática, bem como clima e equipamento é relatada por adolescentes como barreiras para a

prática de exercício físico (TEIXEIRA; MARTINOFF; FERREIRA, 2004).

Fatores de ordem ambiental, como a falta de clima adequado, são identificados

por muitos adolescentes, como uma barreira que impede ou dificulta o engajamento em

atividades físicas (DAMBROS; LOPES; SANTOS, 2011; TEIXEIRA; MARTINOFF;

FERREIRA, 2004; FERMINO et al, 2010).

Ainda, barreiras como a falta de tempo parecem inerentes ao contexto atual da

sociedade, no qual o jovem é submetido a inúmeras atividades escolares (aulas, tarefas e

outras) e fora da escola (curso de línguas, informática e pré-vestibulares), que competem

com o tempo destinado ao lazer e atividades esportivas (FERMINO et al, 2010;

FERREIRA; VILLELA; CARVALHO, 2010).

Quanto ao fator relacionado Atitudes, crenças e hábitos de saúde que dificultam a

prática de atividade física, este foi proposto por Guedes (2011) e descrito em outros

estudos (COTTA et al, 2009; WONG; WONG, 2005; AUBERT et al, 1998).

Este fator relacionado é conceituado como a presença de fatores internos

relacionados ao processo saúde/doença que influenciam na tomada de decisão sobre a

adoção de comportamentos saudáveis, como a prática de exercícios físicos (GUEDES,

2011). Este fator apresentou associação estatisticamente significante com Estilo de vida

sedentário.

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Em um estudo que teve como objetivo investigar a prática de atividade física

associada a satisfação com o peso corporal na adolescência, com 316 adolescentes de 13 a

19 anos, os resultados evidenciaram que as meninas são significativamente mais

insatisfeitas com o corpo do que os meninos. Observa-se que a atividade física associa-se

com a satisfação corporal. Neste caso, os adolescentes ativos mostram-se mais satisfeitos.

O contrário é verdadeiro e há uma tendência dos adolescentes sedentários estarem

insatisfeitos com o corpo, principalmente as meninas (MATIAS et al, 2010).

Ainda é pertinente destacar que alunos com atitudes e crenças negativas sobre si

mesmos, sejam incluídos nas aulas de educação física (CAETANO; SANTOS, 2012) na

tentativa de modificar os hábitos sedentários e promover a autoconfiança.

Outro fator relacionado não descrito pela NANDA-I, porém apresentado por

Guedes (2011) é Falta de confiança para a prática de exercício físico. Esta é definida como

a falta de confiança do indivíduo para a prática de exercícios físicos, demonstrando pouca

persistência, comprometimento, desenvoltura e perseverança frente às barreiras para a

prática.

Este também apresentou associação estatística significativa com o diagnóstico. Há

de se destacar ainda o fato de a adolescência ser um período na vida do indivíduo no qual é

comum experimentar a falta de confiança (AMORIM, 2011).

Destaca-se que um grande problema vivenciado por muitos jovens, é quando o

momento da prática de atividade física nas escolas, que deveria ser um momento de

inclusão, acaba sendo um momento de exclusão. Esta exclusão e preconceito sofrido por

muitos alunos considerados ruins ou não talentosos causam reações e mudanças de

comportamento dentro e fora da escola. Baixa autoestima, falta de confiança em si mesmo

e isolamento são algumas das consequências de atitudes que desmoralizam o aluno. Assim

também acontece quando o aluno traz situações de exclusão, de preconceitos ou de

frustrações vividas fora da atividade física. Na hora de realizar a atividade, ele se sentirá

menos confiante, menos capaz de realizar as tarefas, assim também, pode-se perceber um

descontrole emocional (BICKEL, 2012).

Atitudes, crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física

está mais presente em adolescentes com deficiência motora, que por muitas vezes evitam a

realização de atividades e exercícios físicos, devido a falta de confiança (FERREIRA,

2006).

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Por fim, o Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz

à saúde e/ou consequências do sedentarismo, a Falta de treino para fazer exercícios físicos

e o Relato de dor não apresentaram valores significativos que os relacionem com o Estilo

de vida sedentário.

No tocando ao Relato de dor, destaca-se que este FR foi incluído por Guedes

(2011) como um fator relacionado, já estava presente na publicação da NANDA-I

(HERDMAN, 2012) e foi o fator mais frequente no presente estudo.

Autores apontam que a dor é algo comum em adolescentes (BRANDALIZE;

LEITE, 2010). E não se encontrou nenhum estudo que relacione a falta de treinamento com

um Estilo de vida sedentário em adolescentes.

O estudo de Guedes (2010) propôs uma readequação de Conhecimento deficiente

sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde (HERDMAN, 2012), para

Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou

consequências do sedentarismo, termo adotado neste estudo.

Entretanto, este fator relacionado esteve pouco presente na população estudada.

Somente 23 adolescentes de 564 avaliados apresentaram um Conhecimento deficiente.

Assim, ao contrário do que é hipotetizado por muitos, existe entre os adolescentes uma alta

percepção de risco dos hábitos sedentários sobre a saúde, física e psicológica (GÁMEZ et

al, 2000).

Ainda, um estudo com estudantes universitários, apontou que o nível de

conhecimento sobre atividade física aumenta após orientação sobre atividade física em

aulas, porém não é eficaz em auxiliar na mudança de comportamento dos estudantes para

adoção de um Estilo de vida mais ativo (PRATES; NASCIMENTO, 2005).

Por fim, é importante destacar que pesquisa realizada com mais de 3000 alunos,

ao longo de cinco anos, demonstrou que alunos que fazem exercício físico têm melhores

resultados escolares, ao passo em que a prática de exercícios na adolescência contribui para

o desenvolvimento cognitivo e melhora dos indicadores de auto estima, sendo que

adolescentes sedentários apresentam, justamente, relação inversa (PUBLICO, 2012)

Diante da discussão apresentada podemos inferir que na medida em que houver

efetivas intervenções nos fatores relacionados e/ou características definidoras do Estilo de

vida sedentário, melhor será os níveis de saúde de adolescentes escolares. Pois a

intervenção nos FR e nas CD do Estilo de vida sedentário irá contribuir não somente no

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combate ao sedentarismo, mas também irá evitar diversas doenças de ordem biológica e

mental.

Assim, destaca-se que as descobertas deste estudo são uma rica fonte de

informação, não somente para os profissionais de enfermagem, mas para todos os

profissionais, das mais diversas áreas de conhecimento, que trabalharam para a promoção

da saúde do público escolar.

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6 CONCLUSÃO

No presente estudo foram avaliados 564 adolescentes, estudantes do ensino

médio, nas escolas da capital cearense. A população apresentou-se predominantemente do

sexo feminino, com 16 anos e alunos do 1º ano do ensino médio.

O diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário esteve presente em 48,6%

dos adolescentes. As características definidoras mais frequentes foram: Verbaliza

preferência por atividades com pouco exercício físico, Capacidade respiratória diminuída e

Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos. Os fatores relacionados mais prevalentes

foram: Relato de dor e Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e

equipamento). Ainda este diagnóstico manteve associação estatisticamente significante

com os fatores relacionados: Falta de motivação para a prática do exercício físico; Falta de

interesse em se exercitar; Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e

equipamento); Falta de apoio social para a prática de exercício físico; Atitudes, crenças e

hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física e Falta de confiança para a

prática de exercício físico.

De acordo com os enfermeiros diagnosticadores, a característica definidora

“Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos” mostrou-se como a principal

característica para predizer o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário. Esta

característica apresentou alto valor de sensibilidade e de especificidade para o Estilo de

Vida Sedentário. Ainda apresentou um elevado valor sob a curva ROC.

Outro fato pertinente, no tocante a presença do diagnóstico, é que entre os

adolescentes sedentários destaca-se a grande quantidade de meninas, sendo ainda que, ser

do sexo feminino representa uma chance 2,1 vezes maior de apresentar um Estilo de vida

sedentário do que meninos.

A característica definidora Força muscular diminuída e os fatores relacionados

Mobilidade prejudicada e Intolerância a atividade não foram encontrados em nenhum dos

adolescentes avaliados. Este fato pode estar relacionado com o perfil dos adolescentes

deste estudo, todos escolares, pois por muitas vezes, adolescentes que apresentam

problemas de mobilidade, fraqueza muscular e/ou um perfil de intolerância a atividade

física estão afastados da escola. Ainda, destaca-se que estes indicadores diagnósticos foram

incluídos após estudo com adultos e idosos hipertensos.

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Provavelmente seja mais comum encontrar estes problemas de saúde, enquanto

determinantes para um Estilo de vida sedentário, em adolescentes que apresentam

problemas crônicos de saúde e/ou hospitalizados.

Algumas limitações deste estudo se referem também a própria população e

contexto no qual os adolescentes foram submetidos ao exame. Pois apesar da avaliação

física ocorrer individualmente, alguns adolescentes, especialmente do sexo feminino se

recusaram a participar do estudo em virtude da tomada de medida do peso. Outros

adolescentes, por timidez aparente, recusaram o convite à pesquisa, e ainda outros, apesar

de terem sido convidados para o estudo não foram analisados, pois os pais não assinaram o

termo de consentimento e/ou recusaram a participação do adolescente no estudo.

Ainda, houve uma baixa aderência de alunos estudantes do 3º ano do ensino

médio, no qual muitos abdicavam a participação, relatando estarem impossibilitados,

devido a demanda excessiva de atividades pré-vestibulares.

Também, há uma limitação referente à forma no qual os dados foram coletados,

ou seja, mediante questionário recordatório, sendo necessário assim, destacar que há viés

de memória e de receio quanto ao uso das respostas. Porém esta limitação não se aplica a

todo o estudo, ao passo em que as características Flexibilidade das articulações diminuída,

Força muscular diminuída e Excesso de peso.

Outro viés ainda referente ao instrumento, é que por ser relativamente longo, no

qual cada adolescente levava em torno de 10 a 20 minutos para responder, alguns se

demonstravam ansiosos durante seu preenchimento. De tal modo que os resultados

merecem ser vistos com ponderação.

Outra limitação refere-se à dificuldade em comparar os achados deste estudo com

outras pesquisas, pois apesar do estilo de vida sedentário ser um tema muito discutido em

toda a comunidade científica, os achados muitas vezes, se limitam a descrever a frequência

da prática de atividade física e os índices de inatividade, entretanto os fatores

determinantes para o Estilo de vida sedentário, bem como a pesquisa deste enquanto

diagnóstico de enfermagem, especialmente na população de adolescentes, ainda são pouco

divulgados.

Portanto, é importante que a enfermagem aprimore-se deste diagnóstico,

investindo em pesquisas que o validem, não somente em adolescentes, mas nas demais

populações. Contudo, ressalta-se que quanto mais precoce este diagnóstico seja

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identificado e intervido, maiores são as chances de evitar as sequelas deste comportamento,

já tão bem descritas e conhecidas pela população em geral.

No tocante as demandas levantadas com esta dissertação, recomenda-se que novos

estudos sejam realizados com adolescentes escolares, especialmente alunos dos 3º ano,

bem como adolescentes em situação de vulnerabilidade social, doentes crônicos e

hospitalizados, permitindo assim, melhor conhecer o Estilo de vida sedentário na

população de adolescentes, em diferentes contextos.

Este estudo forneceu valiosas contribuições para a taxionomia da NANDA-I

internacional na medida em que apresentou as características definidoras mais sensíveis e

específicas para o diagnóstico de enfermagem Estilo de vida sedentário, bem como os

fatores relacionados mais prevalentes para a população de adolescentes escolares.

Ainda, no tocante a assistência de enfermagem comunitária, apesar das

particularidades de cada público, os resultados oriundos dessa dissertação colaboram para

que enfermeiros tracem ações de cuidados planejados e orientadas para a necessidade do

público escolar.

Por fim, é pertinente que os enfermeiros usem da pesquisa, enquanto meio para

tornar os diagnósticos de enfermagem mais acurados, ao passo em que, quanto mais bem

representativos da resposta humana em questão, maiores são as chances de intervir

adequadamente.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

N° do adolescente:___________ DATA DA COLETA: / / Dados sócio demográficos Nome: ________________________________________________ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Idade: __________anos Data de Nascimento: ___/___/___ Escolaridade: _________ anos Problema de saúde: ________________________ Ocupação fora da escola: ( ) sim ( ) não Se sim, renda pessoal: _________ Quantas horas você trabalha por dia? _____ Quantas pessoas moram na sua casa, incluindo você: ______ Renda familiar: ____________ reais

2. PRÁTICA E CONHECIMENTO DE ATIVIDADE FÍSICA

1. Em quantos dias, dos últimos 7 dias, você participou de atividades físicas por pelo menos 30 minutos, isto NÃO fez você transpirar ou respirar aceleradamente, como por exemplo: Caminhar rápido, pedalar lentamente, skate, empurrar o cortador de grama e limpar o chão. � nenhum dia __________ dias 2. Em quantos dias, dos últimos 7 dias, você fez exercícios ou participou de atividades físicas por no mínimo 20 minutos, que FEZ você transpirar ou respirar aceleradamente, como por exemplo: Basquetebol, futebol, correr, nadar, pedalando rapidamente, dançando rapidamente ou atividades aeróbicas similares. � nenhum dia __________ dias 3. Durante os últimos 7 dias, quantos dias você fez atividade física por um total de 60 minutos por dia? Vale todo o tempo que você passou em algum tipo de atividade física que aumentasse seu batimento cardíaco e fez você respirar rapidamente durante algum tempo. � nenhum dia __________ dias 4. Em um dia normal de escola, quantas horas por dia, você assiste televisão? � Eu não assisto TV � Menos que 1 hora por dia � 1 hora por dia � 2 horas por dia

� 3 horas por dia � 4 horas por dia � 5 horas ou mais, por dia

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

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5. Em uma semana normal na escola, quantos dias você vai para aulas de educação física? � nenhum dia __________ dias 6. Em uma aula de educação física, quanto tempo você passa realmente se exercitando ou praticando esportes? � Eu não faço educação física � Menos que 10 minutos � 10 a 20 minutos � 21 a 30 minutos

� 31 a 40 minutos � 41 a 50 minutos � 51 a 60 minutos � Mais de 60 minutos

7. Durante os últimos 12 meses em quantas equipes de esportes coletivos você participou (incluindo algumas equipes de corrida pela sua escola ou grupo da comunidade) � Nenhuma equipe de esporte coletivo � 1 equipe de esporte coletivo

� 2 equipes de esporte coletivo � 3 ou mais equipes de esporte coletivo

8. Quanto tempo você leva de casa até a escola? � menos que 15 minutos � 15 minutos � meia hora

� 45 minutos � 1 hora � mais de uma hora

9. Como você vai de casa para escola? (pode assinalar MAIS de uma) � a pé � de bicicleta � de ônibus / trem / metrô / Van / Kombi

� de carro � outro meio de transporte

10. Quantas horas por dia você costuma assistir TV? � não assisto TV � 1 hora ou menos � 2 horas � 3 horas

� 4 horas � 5 horas � 6 horas ou mais

11. Quantas horas por dia você costuma jogar videogame ou ficar no computador? � Não jogo videogame / computador � 1 hora ou menos � 2 horas � 3 horas

� 4 horas � 5 horas � 6 horas ou mais

12. Caso utilize videogame: Você costuma utilizar um aparelho/console do tipo sem controle remoto e com jogos que simulam a realização de atividades físicas tais quais: dança, ginástica, yoga e etc? � Sim � Não

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13. Você costuma praticar atividades físicas nas horas de lazer

� Sim � Não 14. Caso tenha assinalado sim, na resposta anterior, que atividade física e por quanto tempo você a tem realizado?

� 1 hora ou menos Atividade física:___________________ � 2 horas � 3 horas � 4 horas � 5 horas � 6 horas ou mais

15. Após praticar atividade física você já sentiu algum desconforto, tais quais: � desconforto no peito (tórax) � Falta de ar � Tontura � cansaço extremo � dor � outro: __________________ 16. Caso tenha marcado algum item acima, na questão 15, assinale com que frequência sentiu algum dos sintomas acima?

[ ] quase nunca [ ] às vezes [ ] sempre

17. Você já costuma sentir, no dia-a-dia, os sintomas relatados acima. quando NÃO está realizando atividades físicas?

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] sempre

18. Você sente DOR, no dia-a-dia, quando NÃO está realizando atividades físicas? [ ] sempre [ ] quase sempre [ ] as vezes [ ]raramente [ ]nunca

19. Você tem dificuldades de movimentação, no dia-a-dia, que o impeça de realizar tarefas, tais como: fazer compras, executar atividades do trabalho e atividades domésticas (lavar louças, cozinhar, arrumar a casa) � Sim � Não 20. Caso tenha marcado sim a resposta anterior, assinale com que frequência sente dificuldades na realização dessas tarefas.

[ ] quase nunca [ ] às vezes [ ] sempre

21. Você se sente capaz em praticar exercícios físicos, no tocante a execução adequada dos exercícios e manipulação dos equipamentos específicos? � Sim � Não 22. Caso tenha marcado NÃO a resposta anterior, assinale com que frequência sentiu dificuldades na realização dessas tarefas.

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[ ] quase nunca [ ] às vezes [ ] sempre

23. Nos últimos 03 meses com que frequência alguém que mora com você ou algum amigo: Fez caminhada com você?

[ ] sempre [ ] sempre [ ] sempre

[ ] nunca [ ] às vezes Te convidou para caminhar? [ ] nunca [ ] às vezes Te incentivou a caminhar? [ ] nunca [ ] às vezes

Fez exercícios de intensidade média ou forte com você? [ ] nunca [ ] às vezes [ ] sempre

Te convidou a fazer exercícios de intensidade média ou forte? [ ] nunca [ ] às vezes [ ] sempre

Te incentivou a fazer exercícios de intensidade média ou forte? [ ] nunca [ ] às vezes [ ] sempre

24. Se você se exercita ou não, por favor classifique o quanto você está confiante de que pode motivar-se a fazer coisas como essas de forma consistente, por pelo menos 06 meses. Por favor, circule um número para cada questão.

O quão você está certo de que pode fazer coisas como essas?

Eu sei que

eu não posso

Talvez eu

possa

Eu sei que eu posso

Não se

Aplica

Acordar cedo, até mesmo nos fins de semana, para se exercitar

1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o programa de exercícios depois de um longo e cansativo dia no trabalho

1 2 3 4 5 (8)

Exercitar-se, mesmo que esteja se sentindo deprimido

1 2 3 4 5 (8)

Separar um tempo para um programa de atividade física, ou seja, caminhar, correr, nadar, pedalar ou praticar outras atividades

1 2 3 4 5 (8)

Continuar a se exercitar com os outros, apesar de parecer muito rápido ou muito devagar para você

1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o programa de exercícios, quando submetido a mudanças de vida estressantes

1 2 3 4 5 (8)

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Participar de uma festa somente após se exercitar 1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o programa de exercícios, quando a família exige mais tempo

1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o programa de exercícios, quando tem tarefas domésticas para fazer

1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o programa de exercícios, mesmo quando você tem uma demanda excessiva de trabalho

1 2 3 4 5 (8)

Cumprir o seu programa de exercícios, mesmo quando as obrigações sociais consomem muito seu tempo

1 2 3 4 5 (8)

Ler ou estudar menos para fazer mais exercício 1 2 3 4 5 (8)

25. Dadas as informações abaixo, de acordo com o seu conhecimento, assinale VERDADEIRO ou FALSO.

Praticar atividade física regularmente diminui suas chances de desenvolver doenças do coração. � Verdadeiro � Falso Você precisa treinar como um corredor de maratonas para ter um melhor condicionamento físico. � Verdadeiro � Falso As sessões de exercício não precisam durar muito tempo para serem efetivas para à sua saúde. � Verdadeiro � Falso

As pessoas que precisam perder peso são as únicas que irão se beneficiar da prática regular de atividade física. � Verdadeiro � Falso

Todos os exercícios proporcionam os mesmos benefícios. � Verdadeiro � Falso Não é necessário muito dinheiro ou equipamentos caros para tornar-se bem fisicamente. � Verdadeiro � Falso

Há vários riscos ou lesões que podem ocorrer quando se pratica exercícios. � Verdadeiro � Falso

26.Considerando os fatores abaixo relacionados, indique com que frequência eles representam, para você, motivos para NÃO praticar atividades físicas.

Fator Sempre Quase

Sempre Às

vezes Raramente Nunca

Jornada de trabalho extensa Compromissos familiares (pais, cônjuges, filhos, etc)

Falta de clima adequado (vento, frio, calor, etc) Falta de espaço disponível para a prática Falta de equipamentos disponíveis

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Tarefas domésticas (para com a sua casa) Falta de companhia Falta de incentivo da família e/ou amigos Falta de recursos financeiros Mau humor Medo de lesionar-se Dores leves e/ou mal-estar Falta de energia (cansaço físico) Falta de habilidades físicas Falta de conhecimento ou orientação sobre atividade física

Ambiente insuficientemente seguro (criminalidade) Preocupação com aparência durante a prática de Atividade Física

Falta de interesse em praticar Outros? Descreva_________________________

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AVALIAÇÃO FÍSICA N° do adolescente:___________ DATA DA COLETA: / /

Peso (kg): ______ Estatura (cm) ______ : IMC:_____

GRAUS DOS NÍVEIS DE FUNÇÃO MUSCULAR � 0 Sem evidências de movimentos � 1 Traços de movimentos � 2 Amplitude total de movimento, mas não contra a gravidade � 3 Amplitude total de movimento contra a gravidade, mas não contra a resistência � 4 Amplitude total de movimento contra a gravidade e certo grau de resistência, mas fraca � 5 Amplitude total de movimento contra a gravidade e resistência total.

ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE DIREITO ESQUERDO

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO OMBRO Flexão Extensão Abdução Adução Rotação Interna Rotação Externa COTOVELO Flexão Extensão/Hiperextensão Supinação Pronação PUNHO Flexão Extensão Desvio Ulnar Desvio Radial QUADRIL Flexão-Joelho Flexionado Flexão-Joelho Estendido Extensão Abdução Adução Rotação Interna Rotação Externa JOELHO Flexão Extensão Hiperextensão TORNOZELO Dorsiflexão Flexão Plantar Inversão COLUNA CERVICAL Flexão Extensão Flexão Lateral COLUNA TORACOLOMBAR

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Flexão Extensão Flexão Lateral Rotação

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APÊNDICE B

Carta convite (enfermeiro avaliador do ICD)

Fortaleza, _____ de ____________ de 2012.

À: _____________________

Eu, Marcos Renato de Oliveira, discente do curso de mestrado do Programa de Pós-

graduação em enfermagem, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do

Ceará, estou realizando o projeto de pesquisa intitulado “Medidas de acurácia do

diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário em adolescentes”, sob orientação da

profª. Viviane Martins da Silva, docente do Curso de Enfermagem da mesma instituição e

coordenadora do grupo de pesquisa CUIDENSC (Cuidado de Enfermagem na Saúde da

Criança).

Venho por meio desta carta, solicitar a sua colaboração como enfermeiro avaliador do

Instrumento de coleta de dados (ICD) que utilizarei para avaliar a presença do diagnóstico

de enfermagem Estilo de vida sedentário (EVS). Para tanto, lhe encaminharei um

instrumento de seis páginas, que contém questões desenvolvidas pelo autor deste estudo e

por questões de outros instrumentos. Peço então sua colaboração para julgar se este ICD

possui validade aparente, que o permita registrar os dados pertinentes as características

definidoras e os fatores relacionados para a inferência do diagnóstico de enfermagem EVS.

Solicito que avalie o instrumento por duas vezes e caso não haja consenso entre as

sugestões fornecidas pelos avaliadores, após a segunda rodada, solicito que permita ser

contactado pelo outro avaliador a fim de firmar um consenso sobre as informações que

devem haver no ICD.

Peço que após receber o ICD, me reenvie, com os respectivos comentários e

sugestões em até 10 dias. Em seguida, lhe enviarei a nova versão, atualizada com suas

sugestões e as, possíveis sugestões do outro enfermeiro avaliado, solicito que me reenvie

novas possíveis considerações em até 10 dias. Havendo divergência nas informações a

serem acrescidas e/ou extraídas do ICD será marcado um encontro presente ou em

ambiente virtual, em data a ser agendada de acordo com a disponibilidade de ambos, a fim

de chegar a um consenso sobre o ICD. Por fim, caso permaneça divergência entre os

enfermeiros avaliadores sobre os dados do ICD, o mesmo será decidido entre o proponente

deste estudo e a orientadora.

Caso deseje participar, pedimos que responda este convite tão logo seja possível.

Posteriormente, serão enviadas as orientações de preenchimento do instrumento, o

instrumento propriamente dito e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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(TCLE) através dos correios, correio eletrônico, ou entregue pessoalmente, conforme sua

preferência. O TCLE também deverá ser entregue pessoalmente, logo após seu aceite em

participar deste estudo, devendo este ser assinado, e devolvido a mim.

Aguardo sua resposta e desde já agradeço sua atenção e colaboração,

Atenciosamente,

Marcos Renato de Oliveira

Responsável pela pesquisa

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APÊNDICE C

Carta convite (enfermeiro diagnosticador)

Fortaleza, _____ de ____________ de 2012.

À: _____________________

Eu, Marcos Renato de Oliveira, discente do curso de mestrado do Programa de Pós-

graduação em enfermagem, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do

Ceará, estou realizando o projeto de pesquisa intitulado “Medidas de acurácia do

diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário em adolescentes”, sob orientação da

profª. Viviane Martins da Silva, docente do Curso de Enfermagem da mesma instituição e

coordenadora do grupo de pesquisa CUIDENSC (Cuidado de Enfermagem na Saúde da

Criança).

Venho por meio desta carta, solicitar a sua colaboração como enfermeiro

diagnosticador, para examinar em minha amostra, a presença ou a ausência do Diagnóstico

de Enfermagem Estilo de vida sedentário. Para tanto, encaminharei a você 560 planilhas

(modelo em anexo, figura 01) que correspondem às avaliações de 560 adolescentes, que

irei avaliar previamente. Estas planilhas contêm as informações acerca da presença ou

ausência de cada uma das três características definidoras, seis indicadores clínicos e onze

fatores relacionados do diagnóstico Estilo de Vida Sedentário, e ao lado de cada uma destas

estará assinalado a presença ou ausência das mesmas. Peço então sua colaboração para

julgar a ocorrência de Estilo de vida sedentário diante dos 560 conjuntos de características

definidoras. Depois de preenchidas, as planilhas deverão retornar para mim.

Uma oficina presencial de 4 horas será realizada, e após esta, será aplicado um teste

para a avaliação da inferência diagnóstica. Este teste visa classificar as inferências de

acordo com quatro atributos distintos (eficácia, taxa de falso positivo, taxa de falso negativo

e tendência). O referido teste está sendo proposto com vistas a conferir um maior rigor

metodológico no processo de seleção de enfermeiros diagnosticadores, e a realização do

mesmo é importante para que sejam identificadas lacunas na oficina e dirimidas possíveis

dúvidas existentes acerca do processo de raciocínio e inferência do diagnóstico Padrão

respiratório ineficaz.

Ressalto que as datas da oficina serão discutidas levando em consideração a sua

disponibilidade e a dos demais enfermeiros participantes.

Caso deseje participar, pedimos que responda este convite tão logo seja possível.

Posteriormente, serão enviadas as orientações de preenchimento do instrumento, o

instrumento propriamente dito e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) através dos correios, correio eletrônico, ou entregue pessoalmente, conforme sua

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preferência. O TCLE também deverá ser entregue pessoalmente, logo após seu aceite em

participar deste estudo, devendo este ser assinado, e devolvido a mim.

Aguardo sua resposta e desde já agradeço sua atenção e colaboração,

Atenciosamente,

Marcos Renato de Oliveira

Responsável pela pesquisa

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APÊNDICE D

Termo de consentimento livre e esclarecido (enfermeiros)

Prezado colega (enfermeiro),

Sou mestrando do Programa de Pós-graduação em enfermagem da Universidade

Federal do Ceará, sob orientação da profª. Viviane Martins da Silva. Peço sua colaboração

para fazer parte da etapa de inferência diagnóstica de minha pesquisa, intitulada “Medidas

de acurácia do diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário em adolescentes”.

Este estudo tem como objetivos determinar a sensibilidade, especificidade e valores

preditivos das características definidoras e dos fatores relacionados do diagnóstico de

enfermagem Estilo de Vida Sedentário adolescentes, avaliando assim as medidas de

acurácia destas características em relação ao diagnóstico Estilo de Vida Sedentário.

Solicito sua participação para julgar a presença do referido diagnóstico após a etapa

de coleta de dados com os adolescentes. Essa participação requer que você analise 560

planilhas do Excel referentes às avaliações de 560 adolescentes. Estas planilhas contêm as

informações acerca da presença ou ausência de cada uma das três características

definidoras, seis indicadores clínicos e onze fatores relacionados do diagnóstico Estilo de

Vida Sedentário. A ocorrência das características, indicadores e fatores relacionados, serão

todas estabelecidas por mim, a partir de um protocolo previamente elaborado, e com base

nas informações coletadas por meio da avaliação física e de variados instrumentos.

Ressalto que será realizada uma oficina presencial, com carga horária de 4 horas

(data a ser confirmada de acordo com a disponibilidade dos demais avaliadores), e após a

mesma será aplicado um teste para a avaliação da inferência diagnóstica. Conforme

mencionei anteriormente, este teste visa classificar as inferências de acordo com quatro

atributos distintos (eficácia, taxa de falso positivo, taxa de falso negativo e tendência). A

execução do mesmo envolve realizar a inferência diagnóstica de aproximadamente 36

relatórios de dados contendo informações fictícias relacionadas à presença ou ausência de

características definidoras. Estes relatórios de dados fictícios são semelhantes às 560

planilhas que serão enviadas a você durante a realização do estudo. Reafirmo que as datas

da oficina serão discutidas levando em consideração a sua disponibilidade e a dos demais

enfermeiros participantes.

Conforme mencionado, você receberá, no formato de planilhas Excel, as

informações acerca da presença ou ausência das características definidoras dos pacientes

avaliados. De modo que, cada planilha representa a avaliação de uma criança ou

adolescente. Solicito então que você assinale, no topo das 560 planilhas, a sua inferência

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acerca da ocorrência do diagnóstico Estilo de Vida Sedentário. Enviarei, por meio eletrônico,

cerca de 50 planilhas em intervalos de 15 dias, e estas deverão retornar a mim via e-mail.

Os participantes não serão identificados, garantindo-se o sigilo das respostas. Sua

participação é valiosa, não apresentando riscos e é voluntária. A qualquer momento você

poderá ter acesso a informações referentes à pesquisa pelos telefones/endereço abaixo

indicados.

Marcos Renato de Oliveira Endereço: Avenida Governador Raul Barbosa, 6690. Aerolândia. Fone: 3257-4397 / 8511-7100 / 9634-1205 E-mail: [email protected] Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUWC – Rua Capitão Francisco

Pedro 1290, Rodolfo Teófilo; fone: 3366-8589 – E-mail: [email protected]

Caso você concorde em participar, peço que assine o termo de consentimento livre e

esclarecido. Lembro que você tem o direito de se recusar a participar ou de retirar seu

consentimento a qualquer momento. Uma cópia desse consentimento ficará comigo e outra

com você. Ressalto ainda que você não receberá pró-labore pela participação na pesquisa.

CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO

Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o

que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa.

Fortaleza, _______ de ________________________ de 2012.

______________________________

Assinatura do enfermeiro / RG

______________________________ Assinatura do pesquisador / RG

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APÊNDICE E

Modelo da planilha de inferência diagnóstica

Caso n°: P A NA Observações

ESTILO DE VIDA SEDENTÁRIO

Características Definidoras Escolhe uma rotina diária sem exercícios físicos Verbaliza preferência por atividades com pouco exercício físico

Excesso de peso Baixo desempenho nas atividades instrumentais de vida diária

Não realiza atividades físicas no tempo de lazer. Capacidade respiratória diminuída Força muscular diminuída Flexibilidade das articulações diminuída

Fatores relacionados Conhecimento deficiente sobre os benefícios que a atividade física traz à saúde e/ou consequências do sedentarismo

Falta de motivação para a prática do exercício físico

Falta de interesse em se exercitar

Falta de recursos (tempo, dinheiro, lugar, segurança e equipamento)

Falta de treino para fazer exercício físico Falta de apoio social para a prática de exercício físico

Atitudes crenças e hábitos de saúde que dificultam a prática de atividade física

Falta de confiança para a prática de exercício físico Mobilidade prejudicada Intolerância à atividade Relato de dor

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APÊNDICE F

TERMO DE CIÊNCIA DA SEDUC

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APÊNDICE G

Termo de consentimento livre e esclarecido (pai/mãe)

Prezado (a) pai/mãe,

Eu, Marcos Renato de Oliveira, sou enfermeiro, aluno do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, sob orientação da professora Viviane Martins da Silva. Estou realizando uma pesquisa sobre a presença do problema de um estilo de vida com pouca prática de exercícios físicos. Em minha pesquisa, chamo esse problema de diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário. O adolescente muitas vezes apresenta este diagnóstico. Um enfermeiro que identifica rapidamente este problema de saúde pode cuidar melhor de adolescente com um problema deste tipo, o que pode auxiliar a evitar problemas de saúde.

Para que eu possa realizar o estudo, preciso avaliar adolescentes, assim, necessito da sua colaboração. Esta colaboração será dará por meio da autorização da participação de seu (sua) filho (a) neste estudo, no qual necessitarei conversar com ele (ela) sobre a sua própria saúde, permitir que eu lhe avalie.

Inicialmente precisarei conversar com seu (sua) filho (a) para fazer algumas perguntas sobre a sua saúde e seu conhecimento e suas escolhas sobre a realização de atividades físicas e atividades do dia-a-dia, como saber: se ele (a) pratica atividade física em dias da semana e nos finais da semana, como ele (ela) sente que está a saúde para executar exercícios físicos, se amigos costumam fazer atividades físicas com ele(ela), quanto tempo ele (ela) gasta em frente ao computador, televisão, ou mesmo sentando conversando com amigos, o que ele (ela) sabe sobre os benefícios e prejuízos da atividade física e ainda, os motivos que o(a) impedem de fazer atividade física. Ainda, precisarei saber se ele (ela) trabalha, quantas pessoas moram com ele (ela) e qual a renda total da família, este dados, apesar de não se referirem a exercícios físicos, são importantes para este estudo, pois me ajudarão a conhecer o perfil social de todos os adolescentes participantes. Todas essas informações serão colhidas através de um questionário, no qual ele (ela) mesmo irá o preencher. Depois desta etapa, preciso o (a) avaliar fisicamente. Na avaliação eu irei medir o peso com uma balança, a altura, a circunferência da cintura, do quadril e do braço através de uma fita métrica. Ao final deste exame, irei medir ainda os batimentos cardíacos, palpando o pulso radial, próximo ao polegar da mão do seu (sua) filho (a), durante um minuto, também contarei as vezes seu (sua) filho (a) inspira (puxa o ar para dentro do peito) durante um minuto, para tanto observarei o numero de vezes que o tórax (peito) dele (dela) se move.

Durante todos os momentos você poderá ficar ao lado do seu (sua) filho (a) e irei interromper o que estivermos fazendo sempre que você ele ou você sentir necessidade. Destaco que farei o exame físico dentro da escola que seu (sua) filho (a) estuda, em uma sala reservada e somente se você e ele (ela) demonstrar que está confortável.

Informo-lhe que a entrevista e o exame poderão durar em média 30 minutos. A participação neste estudo não causará para você ou seu (sua) filho (a) gastos, e todo material utilizado será descartado ou higienizado (limpo) após o uso. Dou-lhe a garantia de que as informações que estou obtendo serão usadas apenas para a realização do meu trabalho e, também, lhe asseguro que a qualquer momento você ou seu (sua) filho (a) terá acesso às informações sobre os procedimentos e benefícios relacionados ao estudo, inclusive para resolver dúvidas que possam ocorrer.

Você e seu (sua) filho (a) tem liberdade de se retirar do estudo a qualquer momento, assim como não aceitar participar por qualquer razão, sem que isto traga prejuízos. E, finalmente, lhe informo que, quando apresentar o meu trabalho, não usarei o seu nome ou o de seu (sua) filho (a) nem darei nenhuma informação que possa identificá-los.

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Deixarei com você uma via deste termo de esclarecimento que comprova sua participação na pesquisa. Ressalto que as informações do estudo serão colhidas por mim. Coloco-me à disposição para resolver quaisquer dúvidas que possam ocorrer.

Enfermeiro: Marcos Renato de Oliveira Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Rua Alexandre Baraúna, 1115. Fone: 9634.1205/3366.8460 Email: [email protected] Orientadora: Viviane Martins da Silva Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará Rua Alexandre Baraúna, 1115. Fone: 3366.8460 Email: [email protected] Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUWC – Rua Capitão Francisco Pedro 1290, Rodolfo Teófilo; fone: 3366-8589 – E-mail: [email protected]

TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO

Eu, ____________________________________________________________, por

meio da assinatura deste termo de consentimento, declaro que, após convenientemente

esclarecido, autorizo voluntariamente a participação do meu filho

__________________________________________________________ na pesquisa

“Medidas de acurácia do diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário em

adolescentes”.

Fortaleza, ____ de ________________________ de 2012.

_________________________________________________________ Pesquisador

_________________________________________________________ Pai / Mãe

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APÊNDICE H

Termo de consentimento livre e esclarecido (adolescente) Prezado adolescente,

Eu, Marcos Renato de Oliveira, sou enfermeiro, aluno do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, sob orientação da professora Viviane Martins da Silva. Estou realizando uma pesquisa sobre a presença do problema de um estilo de vida com pouca prática de exercícios físicos o qual o enfermeiro trabalha, e a capacidade desse enfermeiro em encontrar esse problema com base em informações obtidas a partir de entrevista, avaliação física e avaliação física. Em minha pesquisa, chamo esse problema de diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário. O adolescente muitas vezes apresenta este diagnóstico. Um enfermeiro que identifica rapidamente este problema de saúde pode cuidar melhor de adolescente com um problema deste tipo, o que pode auxiliar a evitar problemas de saúde.

Para que eu possa realizar o estudo, preciso avaliar adolescentes, assim, necessito da sua colaboração e participação. Esta participação envolve conversar sobre a sua saúde, permitir que eu lhe avalie.

Inicialmente precisarei conversar com você para fazer algumas perguntas sobre a sua saúde, seu conhecimento e suas escolhas sobre a realização de atividades físicas e atividades do dia-a-dia, como saber: se você pratica atividade física em dias da semana e nos finais da semana, como você sente que está a saúde para executar exercícios físicos, se amigos costumam fazer atividades físicas com você, quanto tempo você gasta em frente ao computador, televisão, ou mesmo sentando conversando com seus amigos, o que você sabe sobre os benefícios e prejuízos da atividade física e ainda, os motivos que lhe impedem de fazer atividade física. Ainda, precisarei saber se você trabalha, quantas pessoas moram com você e qual a renda total da sua família, este dados, apesar de não se referirem a exercícios físicos, são importantes para este estudo, pois me ajudarão a conhecer o perfil social de todos os adolescentes participantes. Todas essas informações serão colhidas através de um questionário, no qual você mesmo irá o preencher. Depois desta etapa, preciso lhe avaliar fisicamente. Nesta avaliação eu irei medir o seu peso com uma balança, sua altura através de uma fita métrica.

Ao final deste exame, irei medir seus batimentos cardíacos, palpando o pulso radial, próximo ao polegar da mão, durante um minuto, também contarei às vezes que você inspira (puxa o ar para dentro) durante um minuto, para tanto observarei o numero de vezes que seu tórax (peito) se move.

Durante todos os momentos seu (sua) pai/mãe poderá ficar ao seu lado e irei interromper o que estivermos fazendo sempre que você sentir necessidade. Volto a lembrar que farei o exame dentro da própria escola, em uma sala reservada e somente se você demonstrar que está confortável.

Informo-lhe que a entrevista e o exame poderão durar em média 30 minutos. Nenhum destes lhe causará prejuízos ou gastos, e todo material utilizado será descartado ou higienizado (limpo) após o uso. Dou-lhe a garantia de que as informações que estou obtendo serão usadas apenas para a realização do meu trabalho e, também, lhe asseguro que a qualquer momento terá acesso às informações sobre os procedimentos e benefícios relacionados ao estudo, inclusive para resolver dúvidas que possam ocorrer. Você tem liberdade de se retirar do estudo a qualquer momento, assim como não aceitar participar por qualquer razão, sem que isto traga prejuízos. E, finalmente, lhe informo que, quando apresentar o meu trabalho, não usarei o seu nome nem darei nenhuma informação que possa identificá-lo.

Deixarei com você uma via deste termo de esclarecimento que comprova sua participação na pesquisa. Ressalto que as informações do estudo serão colhidas por mim. Coloco-me à disposição para resolver quaisquer dúvidas que possam ocorrer.

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Enfermeiro: Marcos Renato de Oliveira Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Rua Alexandre Baraúna, 1115. Fone: 9634.1205/3366.8460 Email: [email protected] Orientadora: Viviane Martins da Silva Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará Rua Alexandre Baraúna, 1115. Fone: 3366.8460 Email: [email protected] Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUWC – Rua Capitão Francisco Pedro 1290, Rodolfo Teófilo; fone: 3366-8589 – E-mail: [email protected]

TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO

Eu, ____________________________________________________________,

declaro que, após convenientemente esclarecido, aceito voluntariamente participar da

pesquisa “Medidas de acurácia do diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário em

adolescentes”. Assinando este termo de consentimento, juntamente com meu (minha)

pai/mãe, indico que concordo em participar do estudo.

Fortaleza, ____ de ________________________ de ___________.

_________________________________________________________ Pesquisador

_________________________________________________________

Adolescente

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ANEXOS

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ANEXO A NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE

Amplitude de movimento (em graus), avaliados com o flexômetro de Leighton em homens. Fonte: MONTEIRO, 2000

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Amplitude de movimento (em graus), avaliado com o flexômetro de Leighton em mulheres. Fonte: MONTEIRO, 2000

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ANEXO B

GRÁFICO DE IMC PARA MENINOS E MENINAS