26
DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA

DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES E DA CONSCIÊNCIA · 2020. 7. 31. · Síndromes demenciais Transtornos de Sono Anatomia funcional Fisiopatologia Semiologia Diagnóstico sindrômico,

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

1

DISTÚRBIOS

SENSORIAIS, MOTORES E

DA CONSCIÊNCIA

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

2

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL

Rodrigo Sobral Rollemberg

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL – SES/DF E

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

- FEPECS

Fábio Gondim Pereira Costa

DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS

DA SAÚDE - FEPECS

Armando Martinho Barbou Raggio

DIRETORA DA ESCOLA SUPERIOR EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS

Maria Dilma Alves Teodoro

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA - CCM

Paulo Roberto Silva

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

3

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS

Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

DISTÚRBIOS SENSORIAIS, MOTORES

E DA CONSCIÊNCIA

Módulo 402

Manual do Estudante

Coordenador:

Sergio Henrique Veiga

Grupo de Planejamento

Pedro Alessandro Leite de Oliveira

Sérgio Henrique Veiga

Brasília - DF

FEPECS/ESCS

2016

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

4

Copyright© 2016 – Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde- FEPECS

Curso de Medicina – 4ª Série

Módulo 402: Distúrbios sensoriais, motores e da consciência.

Período: 01/02/16 a 11/03/16

A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS.

Impresso no Brasil

Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/UAG/FEPECS

Editoração gráfica: Núcleo de Informática Médica – NIM/GEM/CCM/ESCS

Normalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário - NAU/BCE/FEPECS

Coordenador do Curso de Medicina: Paulo Roberto da Silva

Coordenador da 1ª Série: André Luiz Afonso de Almeida

Coordenador da 2ª Série: Getúlio Bernardo Norato Filho

Coordenador da 3ª Série: Francisco Diogo Rios Mendes

Coordenador da 4ª Série: Márcia Cardoso Rodrigues

Grupo de Elaboração:

Pedro Alessandro Leite de Oliveira e Sérgio Henrique Veiga

Tutores e co-tutores:

Ana Cláudia Nogueira

Carmélia Santiago Reis

Cláudia da Costa Guimarães

Cristiane Paiva Gadelha de Andrade

Frederico Jorge Nitão

Glécia Rocha

Luciana Buosi

Nancy Collareda Oliveira

Pedro Alessandro Leite de Oliveira

Rosângeles Konrad Brito

Sérgio Henrique Veiga

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

NAU/BCE/FEPECS

SMHN – Quadra 03 – Conjunto A - Bloco I – Brasília-DF - CEP: 70707-700

Tel/Fax: 55 61 3326-0433

Endereço eletrônico: http://www.escs.edu.br - E-mail: [email protected]

Distúrbios sensoriais, motores e da consciência : módulo 402 : manual do

estudante / Coordenador: Pedro Alessandro Leite de Oliveira. – Brasília :

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola Superior de

Ciências da Saúde, 2016.

26 p. (Curso de Medicina, Módulo 402, 2016).

4º série do Curso de Medicina.

1. Distúrbios motores. 2. Distúrbios sensoriais. 3. Distúrbios da consciência. I.

Veiga Sergio Henrique. II. Escola Superior em Ciências da Saúde - ESCS.

CDU – 616.8-009.6

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, p. 6

2 ÁRVORE TEMÁTICA, p. 7

3 OBJETIVOS, p. 8

3.1 Objetivo geral, p. 8

3.2 Objetivos específicos, p. 8

4 SEMANA-PADRÃO DO MÓDULO, p. 9

5 CRONOGRAMA, p. 9

6 ATIVIDADES PRÁTICAS, p. 12

7 PALESTRAS, p. 12

8 DINÂMICA TUTORIAL, p. 13

8.1 “Os sete passos, p. 13

8.2 Papel do tutor, p. 13

8.3 Papel do coordenador, p. 13

8.4 Papel do secretário, p. 14

8.5 Papel do consultor, p. 14

9 AVALIAÇÃO DO MÓDULO, p. 14

9.1 Avaliação do estudante, p. 14

9.2 Avaliação dos docentes, p. 14

9.3 Avaliação do módulo 402, p. 14

9.4 Critérios para obtenção de conceito “satisfatório” no módulo 402, p. 14

10 PROBLEMAS, p. 15 10.1 Problema 1: “Não sinto bem meus pés e mãos”, p. 15

10.2 Problema 2: “Sinto-me fraca há 2 anos”, p. 16

10.3 Problema 3: “Lucas e as consequências da meningite”, p. 17

10.4 Problema 4: “Situação muito comum nos dias de hoje”, p. 18

10.5 Problema 5: “A face, uma janela para o cérebro”, p. 19

10.6 Problema 6: “Pacientes desastrados e tontos”, p. 20

10.7 Problema 7: “Que movimentos muito estranhos são estes”, p. 21

10.8 Problema 8: “Paroxismos”, p. 22

10.9 Problema 9: “A síndrome do longo adeus”. p. 23

REFERÊNCIAS, p. 26

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

6

1 INTRODUÇÃO

Muito importante sua leitura

O Módulo 402 apresenta algumas diferenças

em relação aos outros que o estudante de

medicina da ESCS têm estudado até o

momento. O estudo das funções do Sistema

Nervoso no que tange as funções e disfunções

motoras, sensitivas e da consciência dentro da

metodologia ativa requer a reutilização de

alguns módulos anteriores pois alicerçam

conceitos fundamentais que serão empregados

aqui. Os conhecimentos de neuroanatomia,

neurofisiologia e semiologia neurológica serão

utilizados a todo o momento, acreditamos que

façam parte da bagagem de conhecimento

prévio.

Infelizmente não temos o tempo desejado

para trabalhar toda ciência neurológica, mas

certamente os principais distúrbios serão

contemplados.

A metodologia ativa, aplicada na ESCS,

ensina ao estudante aprender a aprender,

portanto partindo dos assuntos contemplados,

analisando os problemas, descobrindo o

conjunto de sinais e sintomas apresentados

pelos pacientes, nomeando o diagnóstico

sindrômico, partindo deste, encontrar a

topografia da alteração neurológica e

finalmente utilizando-se do conhecimento

epidemiológico será possível elaborar hipóteses

diagnosticam etiológicas e nosológicas de

várias situações problemas. Finalmente com os

exames complementares chegar ao diagnóstico

conhecer o prognóstico, elaborar o tratamento.

Estes princípios não são utilizados apenas na

neurologia, fundamentam toda medicina, se até

o momento isto NÃO FOI PERCEBIDO pelo

estudante, no quarto ano não há como fugir, isto

é o raciocínio clínico e o módulo 402 é ótimo

para iniciar esta jornada.

Até, se ou quando, o estado de arte chegar à

utilização de passos é fundamental para manter

a coerência deste raciocínio. Os passos do

tutorial são plenamente aplicados no que foi

escrito acima. Sugerimos sua manutenção.

Memorizem os conceitos abaixo e utilizem

pelo resto de sua jornada profissional.

1. O diagnóstico Sindrômico = conjunto

de sinais e sintomas observados na história, no

exame físico e neurológico de um paciente.

2. O diagnóstico topográfico = o sistema

ou órgão onde se localiza o processo que

motivou a consulta médica.

3. O diagnóstico nosológico = grupo de

doenças com características clínicas (sinais,

sintomas, às vezes evolução e prognóstico)

semelhantes.

4. O diagnóstico etiológico = o agente ou

fenômeno que basicamente causa a patologia.

BEM VINDOS AO MÓDULO 402.

BOA SORTE A TODOS!

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

7

2 ÁRVORE TEMÁTICA – MÓDULO 402

Módulo 402

Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência.

Síndromes epilépticas

Funções corticais superiores

Síndromes demenciais

Transtornos de Sono

Anatomia funcional

Fisiopatologia

Semiologia

Diagnóstico sindrômico, topográfico,

etiológico e nosológico

Exames complementares e Tratamento

Distúrbios Sensoriais

Síndromes de neuropatia

periférica e polirradiculopatia

Síndromes medulares

Síndromes de tronco encefálico

Síndromes vestibulares

Miopatias e síndromes miastênicas

Síndromes de neuropatia periférica e

polirradiculopatia

Síndrome de segundo neurônio

motor

Síndrome Piramidal

Síndromes Medulares

Síndromes do Tronco Encefálico

Síndromes hipercinéticas

Síndrome Parkinsoniana

Síndromes Atáxicas

Distúrbios da Consciência Distúrbios Motores

Miastenia gravis

Neuropatia periférica diabética

Síndrome de Guillain-Barré

Paralisia cerebral

Doença de Parkinson

Coreia de Sydenham

Insônia

Síndrome de apneia-hipopneia de sono

Epilepsias

Doença de Alzheimer

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

8

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

Compreender a neuroanatomia funcional, a

fisiopatologia, o quadro clínico, o diagnóstico e

o tratamento dos distúrbios mais frequentes da

sensibilidade, da motricidade e da consciência

na prática clínica.

3.2 Objetivos específicos

1. Rever a anatomia funcional dos principais

distúrbios da sensibilidade, da motricidade

e da consciência, correlacionando-a com o

quadro clínico dos principais distúrbios

motores, sensitivos e da consciência.

2. Analisar os aspectos semiológicos da

história clínica e do exame neurológico,

correlacionando-os com as principais

síndromes neurológicas que acometem o

sistema motor, a sensibilidade e a

consciência.

3. Relacionar os exames complementares que

devem ser solicitada de acordo com a

síndrome(s) específica(s) para identificação

e estudo dos distúrbios da sensibilidade,

motricidade e da consciência.

4. Identificar, pela análise do quadro clínico

geral, as etiologias mais frequentes dos

distúrbios de sensibilidade, da motricidade

e da consciência.

5. Explicar o tratamento destas afecções.

6. Discutir os aspectos biopsicossociais

destes distúrbios.

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

9

4 SEMANA-PADRÃO DO MÓDULO 402

2a feira 3a feira 4a feira 5a feira 6a feira

Manhã Tutorial

Horário

Protegido para

estudo

Horário

Protegido para

estudo

Tutorial

Horário

Protegido para

estudo

Tarde

14h às 16h

Atividade Prática

HBDF

16:30h – 18 hs

Palestra

Auditório ESCS

Atividade

Prática

HBDF

HA Atividade Prática

HBDF HA

5 CRONOGRAMA

1ª Semana: 01/02 a 05/02

Data Horário Atividade

01/02

2ª Feira

8:30 - 10:00hs

10109:30h Abertura do problema 1

10 - 12 hs

Abertura do módulo

Palestra 1: “Introdução ao estudo da neurologia: diagnósticos

sindrômico e topográfico”

14h -16:00 hs Revisão do Exame Neurológico

16h30 - 18hs Palestra 2: “Medula Espinhal, o controle motor e o estudo da

sensibilidade”

02/02

3ª Feira 14-18h

Atividade Prática - Grupo A

Hospital de Base do DF

03/02

4ª Feira

14-18h HA

04/02

5ª Feira

8h - 12h Fechamento do problema 1

Abertura do problema 2

14-18h Atividade Prática - Grupo B

Hospital de Base do DF

05/02

6ª Feira 14 – 18 hs HA

2ª Semana: 08/02 a 12/02

Data Horário Atividade

08/02

2ª Feira Feriado. Carnaval

09/02

3ª Feira Feriado. Carnaval

10/02

4ª Feira Feriado. Carnaval

11/02

5ª Feira

8-12h Fechamento do problema 2

Abertura do problema 3

Abertura do problema 4 14-18h Atividade prática - Grupo C

Hospital de Base DF

12/02

6ª Feira 14-18h HA

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

10

3ª Semana: 15/02 a 19/02

Data Horário Atividade

15/02

2ª Feira

08: 30h

12:00h

Fechamento do problema 3

Abertura do problema 4

14 – 16 h Atividade Prática Grupo D

Hospital de Base DF

16:30 –18 h Palestra 3: “ Ataxia e o transtorno do Movimento: a observação

clínica.”

16/02

3ª Feira

Atividade Prática - Grupo E

Hospital de Base DF

17/02

4ª Feira HA

18/02

5ª Feira

8-12h Fechamento do problema 4

Abertura do problema 5

14-18h Atividade Prática – Grupo F

Hospital de Base DF

19/02

6ª Feira 14-18h HA

4ª Semana: 22/02 a 26/02

Data Horário Atividade

22/02

2ª Feira

8:30-12h Fechamento do problema 5

Abertura do problema 6

14 - 16 hs Atividade Prática – Grupo G

Hospital de Base DF

16h30-18h Palestra 4: “Epilepsia: A história Neurológica detalhada. ”

23/02

3ª Feira 14-18

Atividade Prática – Grupo H

Hospital de Base DF

24/02

4ª Feira 14-18h HA

25/02

5ª Feira

8-12h Fechamento do problema 6

Abertura do problema 7

14-18h Atividade Prática – Grupo I

Hospital de Base DF

26/02

6ª Feira 14-18h HA

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

11

5ª Semana: 29/02 a 04/03

Data Horário Atividade

29/02

2ª Feira

8:30h-12h Fechamento do problema 7

Abertura do problema 8

14 – 16 hs Atividade Prática – Grupo J

Hospital de Base DF

16h30min-

18h

Palestra 5: “Abordagem diagnóstica e terapêutica de pacientes

com transtorno de sono: A medicina do Sono para o médico

Generalista”

01/03

3ª Feira 14-18

Atividade Prática – Grupo K

Hospital de Base DF

02/03

4ª Feira 14-18h HA

03/03

5ª Feira

8-12h Fechamento do problema 8

Abertura do problema 9

14-18h Atividade Prática – Grupo L

Hospital de Base DF

04/03

6ª Feira 14-18h HA

6ª Semana: 07/03 a 11/03

Data Horário Atividade

07/03

2ª Feira

8h - 10h Fechamento do problema 09

10h - 12h Reunião dos tutores

14 - 18 hs Palestra 6: “Funções corticais superiores”

08/03

3ª Feira 14-18 HA

09/03

4ª Feira 14-18h HA

10/03

5ª Feira

8-12h 1° EAC

14-18h HA

11/03

6ª Feira

8-12h

14-18h HA

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

12

6 ATIVIDADES PRÁTICAS

Período: Segundas - 14 às 16 horas (Dr. Pedro

Oliveira)

Terças - 14 às 17 horas (Dr. Sérgio

Veiga)

Quintas - 14 ás 17 horas (Dr. Sérgio

Veiga)

Local: Enfermaria da Unidade de Neurologia

do HBDF - 8° Andar.

Os estudantes deverão comparecer com jaleco,

crachá da ESCS, e material para exame físico:

estetoscópio, martelo de reflexos e lanterna.

Através destas atividades, os estudantes

conhecerão algumas síndromes neurológicas,

com seus sinais e sintomas anormais e

principais doenças associadas, tendo contato

com alguns exames complementares usados.

Também vivenciarão aspectos importantes da

entrevista de um paciente com queixas

neurológicas.

7 PALESTRAS

* Segundas - feiras (ESCS)

DATA TEMA PALESTRANTE

01/02/16

(10:00 hs)

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA NEUROLOGIA:

DIAGNÓSTICOS SINDRÔMICO E TOPOGRÁFICO

Dr. Pedro Alessandro Leite

de Oliveira/ Sergio Henrique

Veiga

01/02/16

(16:30 hs) MEDULA ESPINHAL, O CONTROLE MOTOR E O

ESTUDO DA SENSIBILIDADE Dr. Sérgio Henrique Veiga

15/02/16

(16:30 hs) ATAXIA E TRANSTORNOS DO MOVIMENTO: A

OBSERVAÇÃO CLÍNICA

Dr. Pedro Alessandro Leite

de Oliveira

22/02/16

(16:30 hs) EPILEPSIA: A HISTÓRIA NEUROLÓGICA

DETALHADA

Dr. Pedro Alessandro Leite

de Oliveira

29/02/16

(16:30 hs)

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA DE

PACIENTES COM TRANSTORNOS DE SONO: A

MEDICINA DO SONO PARA O MÉDICO

GENERALISTA.

Dr. Raimundo Nonato

Delgado Rodrigues

07/03/16

(16:30 hs) FUNÇÕES CORTICAIS Dr. Sérgio Henrique Veiga

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

13

8 DINÂMICA DOS TUTORIAIS

8.1 “Os sete passos”

1. Esclarecer termos e conceitos

desconhecidos;

2. Identificar no problema as questões de

aprendizagem;

3. Oferecer explicações para estas

questões com base no conhecimento prévio;

4. Resumir estas explicações

identificando as lacunas de conhecimento;

5. Estabelecer objetivos de

aprendizagem;

6. Auto aprendizado;

7. Sintetizar conhecimentos e revisar

hipóteses iniciais para o problema;

8.2 Papel do tutor

Conhecer os objetivos e a estrutura do

módulo temático.

Ter sempre em mente que a metodologia de

ensino-aprendizagem adotada pela escola é

centrada no aluno e não no professor.

Assumir a responsabilidade pedagógica no

processo de aprendizagem.

Orientar na escolha do aluno líder

(coordenador) e do secretário em cada

grupo tutorial.

Estimular a participação ativa de todos os

estudantes do grupo.

Estimular uma cuidadosa e minuciosa

análise do problema.

Estimular os estudantes a distinguir as

questões principais das questões

secundárias do problema.

Inspirar confiança nos alunos e facilitar o

relacionamento entre os membros do grupo.

Não ensinar o aluno, ajudar o aluno a

aprender.

Orientar o grupo preferencialmente através

da formulação de questões apropriadas e

não do fornecimento de explicações, a

menos que seja solicitado explicitamente

pelo grupo. Nesses casos, estas explicações

deverão ser bem avaliadas e nunca consistir

de aula teórica abrangente.

Não intimidar os alunos com demonstração

de conhecimentos.

Ativar os conhecimentos prévios dos alunos

e estimular o uso destes conhecimentos.

Contribuir para uma melhor compreensão

das questões levantadas.

Sumarizar a discussão somente quando

necessário.

Estimular a geração de metas específicas

para a auto-aprendizagem (estudo

individual).

Avaliar o processo (participação, interesse)

e o conteúdo (resultados alcançados).

Conhecer a estrutura da escola e os recursos

disponíveis para facilitar a aprendizagem.

Orientar o aluno para o acesso a estes

recursos.

Estar alerta para problemas individuais dos

alunos e disponível para discuti-los quando

interferirem no processo de aprendizagem.

Oferecer retroalimentação da experiência

vivenciada nos grupos tutoriais para as

comissões apropriadas e sugestões para

aprimoramento do currículo, quando

pertinente.

8.3 Papel do coordenador

Orientar os colegas na discussão do

problema, segundo a metodologia dos 7

passos e mantendo o foco das discussões no

problema.

Favorecer a participação de todos,

desestimulando a monopolização ou a

polarização das discussões entre poucos

membros do grupo.

Apoiar as atividades do secretário.

Estimular a apresentação de hipóteses e o

aprofundamento das discussões pelos

colegas.

Respeitar posições individuais e garantir

que estas sejam discutidas pelo grupo com

seriedade e que tenham representação nos

objetivos de aprendizagem, sempre que o

grupo não conseguir refutá-las

adequadamente.

Resumir as discussões quando pertinente.

Exigir que os objetivos de aprendizagem

sejam apresentados pelo grupo de forma

clara, objetiva e compreensível para todos e

que sejam específicos e não amplos e

generalizados.

Solicitar auxílio do tutor quando pertinente.

Estar atento às orientações do tutor, quando

estas forem oferecidas espontaneamente.

8.4 Papel do secretário

Anotar no quadro, de forma legível e

compreensível, as discussões e os eventos

ocorridos no grupo tutorial de modo a

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Modulo 402 – Distúrbios Sensoriais, Motores e da Consciência

14

facilitar uma boa visão dos trabalhos por

parte de todos os envolvidos.

Ser fiel às discussões ocorridas, claro e

conciso em suas anotações – para isso

solicitar a ajuda do coordenador e do tutor.

Respeitar as opiniões do grupo e evitar

privilegiar suas próprias opiniões ou

aquelas com as quais concorde.

Anotar com rigor os objetivos de

aprendizagem apontados pelo grupo.

8.5 Papel do consultor

Criar oportunidades para

esclarecimentos das dúvidas oriundas

dos estudos individuais e das

discussões em grupos.

9 AVALIAÇÃO DO MÓDULO

9.1 Avaliação do estudante

Da mesma forma que ocorre com os demais

módulos verticais, a avaliação do estudante no

Módulo 402 será formativa e somativa.

Avaliação formativa

Serão formativas a auto - avaliação, a avaliação

interpares e a avaliação do estudante pelo tutor,

realizadas oralmente ao final de cada sessão de

tutoria.

Avaliação somativa

Serão somativas as avaliações do estudante

feitas a partir dos seguintes formatos e

instrumentos:

Formato 3:

Avaliação do desempenho nas sessões de

tutoria.

Instrumento 1:

Exercício de avaliação cognitiva (EAC). O

EAC do Módulo 402 poderá incluir, além dos

conteúdos relacionados diretamente aos

problemas, aqueles das práticas e palestras.

Datas dos Exercícios de avaliação cognitiva

(EAC):

Avaliação: 10/03/16 - 08 às 12h

1ª Reavaliação: 04/04/16 - 14 às 18h

2ª Reavaliação: 07/11/16 - 8 às 12 hs

9.2 Avaliação dos docentes

Os estudantes avaliarão os docentes

utilizando-se do formato 4.

9.3 Avaliação do módulo 402

Docentes e estudantes avaliarão o módulo

402 utilizando-se do formato 5.

9.4 Critérios para obtenção de conceito

“satisfatório” no módulo 402

Ao final do Módulo 402, obterá

conceito “satisfatório” o estudante que:

A. Tiver frequência mínima obrigatória de

75% incluindo sessões de tutoria, palestras e

atividades práticas;

B. Tiver conceito “satisfatório” em todas as

avaliações somativas do módulo.

O estudante que não obtiver conceito

“satisfatório” no Módulo 402 será submetido

ao plano de recuperação. Esse plano, elaborado

pelo coordenador do módulo, será cumprido na

unidade subsequente.

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

15

10 PROBLEMAS

10.1 Problema 1: “Não sinto bem meus pés

e mãos”

Dr. Marcos, um residente, acolheu um

homem de 48 anos, agricultor do Pará e anotou

no prontuário: Queixa de alterações na

sensibilidade das pernas e dos braços

progressivamente há seis meses, recentemente

“ao ajudar a sua esposa lavar a louça com agua

quente não sentiu uma queimadura com

formação de bolha na mão esquerda”. Há

ressecamento e rachaduras na pele, ferimentos

também hipoestesicos nos pés e irritação ocular

devido a posição invertida dos cílios. Dr.

Marcos ainda anotou a história familiar e

epidemiológica do agricultor, observando

queixa similar em outras pessoas com quem ele

convive.

No exame clínico geral Dr. Marcos

observou distrofia observada principalmente

nas extremidades dos membros inferiores

associadas às feridas citadas. Observou uma

mancha hipocrômica de bordo pouco nítido no

braço direito medindo quatro cm de diâmetro,

espessamento do nervo ciático na fossa poplítea

e alterações das provas de sensibilidade

superficial. As outras formas de sensibilidades

testadas não apresentavam alterações.

Dr. Marcos estabeleceu suas hipóteses

Diagnósticas (sindrômica, topográfica e

etiológica) sugerindo exames e tratamento.

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10.2 Problema 2: “Sinto-me fraca há 2

anos”

Izabel, 22 anos, empregada domestica

relatou: - Ao acordar, faço minha higiene

pessoal, tomo o café da manhã e caminho até

meu trabalho. Pela manhã vou ficando mais e

mais fraca, após o meio dia, não consigo mais

levantar peso, subo a escada da casa para limpar

quartos e banheiro com muita dificuldade. No

final da tarde minha patroa nota que minhas

pálpebras vão ficando “pesadas” e tenho que

levantar o queixo para conseguir enxergar, às

vezes “me queimo” com as panelas quentes e

pesadas. No final do dia não consigo ir para casa

a pé, alguém tem que me levar. Isto tem

tratamento Dr?

Dr. Marcos, o residente lembrou-se de

Pedro, oito anos de idade que apresentava

fraqueza generalizada, porém não era flutuante

como a de Izabel, mas progressiva ao longo dos

anos. Ele apresentava marcha de passos curtos

e levantava o quadril em um movimento de

báscula enquanto andava, além de outras

alterações como hipertrofia das panturrilhas e o

sinal de Gowers. Seus reflexos miotáticos eram

diminuídos (2+/5+), a sensibilidade e os pares

cranianos estavam preservados. Mantinha os

sinais vitais normais e seu diagnóstico foi

estabelecido através de exames moleculares e

biópsia, apesar do tratamento o prognóstico é

reservado.

Marcos discutiu com Dr. Cristian (staff)

que fez observações sobre alguns testes

provocativos para Izabel, e quais as diferenças

existiam entre os dois pacientes.

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10.3 Problema 3: “Lucas e as consequencias

da meningite”

Luciana levou Lucas, 9 meses de idade, ao

HBDF. Dr Cristian, neurologista observou que

as condições de gestação, parto (com Apgar 9 e

10) e desenvolvimento neuropsicomotor foram

normais até o 5º mês. No sexto mês de vida

Lucas teve meningite e ficou 2 meses internado

no HRC.

Luciana estava preocupada, pois Lucas

ainda não conseguia sentar como orientado na

caderneta de vacinação. Ela percebeu que ele

apresentava atraso do desenvolvimento, e o

primo da mesma idade sentava sem auxilio e já

engatinhava. Dr. Cristian, após avaliar Lucas

informou que solicitaria exames e encaminharia

para um centro de estimulação precoce e que as

crianças geralmente se recuperam, mas como

Lucas ainda não havia passado por todas as

fases do desenvolvimento cerebral, ele deveria

ser acompanhado regularmente no ambulatório

de neuropediatria. Finalmente ressaltou a

importância de o pediatra acompanhar o

desenvolvimento neuropsicomotor das crianças

pelo menos até 1° ano de idade.

Após 9 meses da primeira consulta Lucas

ainda não sentava e tinha o controle cervical

incompleto e os dedos das mãos muito fletidos,

pés estendidos, tônus e reflexos miotáticos

aumentados de (3+/5+) e o sinal de Babinski

bilateral e apenas emitia alguns sons vogais.

Luciana perguntou: - O que o meu filho tem

Doutor? Ele vai ficar como o filho da minha

vizinha, 3 meses mais velho que não segura o

pescoço, é todo molinho? - Por que parece que

ele entende tudo e meu filho não? - Minha

vizinha esta muito triste, disse que a doença do

filho dela se chama “Amiotrofia Infantil”.

Dr. Cristian, aproveitando a presença do

Residente Marcos, descreveu e classificou o

quadro neurológico de Lucas, falou das outras

formas desta patologia se expressar, da

alteração cognitiva as vezes associada, e

completou fazendo uma breve relação entre as

patologias dos dois meninos.

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10.4 Problema 4: “Situação muito comum

nos dias de hoje”

Mark, entregador de pizzas, 22 anos,

sofreu um acidente de moto, foi atendido

minutos depois por uma equipe do SAMU. Foi

imobilizado e transportado para o HBDF. Os

médicos realizaram um exame completo,

identificaram várias fraturas, entre elas das

vertebras torácicas T9 e T10 com fragmentos

ósseos dentro do canal medular. Realizado

cirurgia com retirada dos fragmentos e fixação

das vertebras. Alguns dias depois, queixou de

alterações na força e sensibilidade no tórax

abdômen e nos membros inferiores. Na

avaliação neurológica foi observado hipotonia e

hiporreflexia do membro inferior esquerdo,

alteração da sensibilidade térmica e dolorosa a

partir de um neurotomo acima da região da

cicatriz umbilical do lado direito e de parte da

perna do mesmo lado, o tato grosseiro estava

presente dos dois lados. Após plena

recuperação foi transferido para a reabilitação

no hospital Sarah. Na sua admissão foi

observado sinais de hipertonia e hiperreflexia

no membro inferior esquerdo,

comprometimento da sensibilidade térmica e

dolorosa do flanco e do membro inferior direito,

presença do sinal de Romberg. Alteração das

provas do diapasão, compasso e posição dos

pododáctilos do lado direito. Em uma visita da

equipe médica Mark fez várias perguntas sobre

seu quadro, se e quando poderia voltar a

trabalhar na moto?

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10.5 Problema 5: “A Face uma janela para o

cérebro”

Selma 8 anos, foi trazida ao P.S. do HMIB,

segundo sua mãe Selma aguarda uma consulta

na neuropediatria. Há cerca de quatro meses, ela

que nunca tinha se queixado de cefaleia passou

a apresenta-la progressivamente mais intensa e

demorada, sua mãe refere que esta acordando a

noite com esta queixa que só melhora no

transcorrer do dia seguinte. A mãe completa que

recentemente passou a apresentar vômitos

esporádicos sem náuseas ou outro motivo

aparente. Durante o exame o pediatra observou

semblante entristecido, leve inclinação da

cabeça para a esquerda, apagamento do sulco

naso geniano à esquerda, desvio da comissura

labial para a direita, estrabismo convergente à

esquerda associada a queixa de diplopia,

movimentação das pálpebras normais e reflexos

miotáticos exacerbados (2+/5 +) nos membros

à direita. O pediatra de plantão após anotar a

história e o exame neurológico básico também

anotou os sinais vitais (FC, FR, P.A.) da

paciente que estavam alterados, pediu apoio ao

oftalmologista para confirmar sua suspeita

inicial e solicitou exames complementares.

Internou a paciente e iniciou um tratamento para

aliviar a cefaleia e os vômitos. Se sua suspeita

se confirmasse sabia que teria noticias

desagradáveis para dar.

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10.6 Problema 6: “Pacientes desastrados e

tontos”

Vamos avaliar estes dois pacientes:

Antônio, 10 anos, foi internado para

esclarecimento diagnóstico. Há 7 dias ele

apresenta vômitos incoercíveis, desidratação,

apatia e não consegue ficar de pé por muito

tempo; reclama de tontura e seus olhos estão

apresentando um movimento estranho. Seu

exame neurológico apresenta as seguintes

alterações: Andar de bêbado, tremor e

decomposição dos movimentos, alterações nas

provas index-nariz, calcanhar joelho,

hiporreflexia generalizada e nistágmo. Quando

deitado ou sentado, sem estar se movimentando

parece estar normal. Sua consciência e atenção

estão normais. Apresentou doença viral há duas

ou três semanas. Alguns exames

complementares, incluindo o liquor foram

normais. Não há um tratamento específico para

seu quadro, seu prognóstico é bom.

Dona Laura, 50 anos, há algum tempo

apresenta dificuldade auditiva, geralmente

escuta bem, mas em alguns momentos não

escuta quase nada no ouvido esquerdo. Outras

vezes escuta um zumbido e sente pressão neste

ouvido. Queixa-se de vertigem, tontura e

apresenta desequilíbrio, náusea, vômitos e

eventualmente perda da consciência. O médico

descreveu falso sinal de Romberg à esquerda.

Na marcha em linha reta e na de Fukuda desvia-

se também para a esquerda, observa nistágmo

com componente rápido para direita. Os

reflexos miotáticos estão normais. Foram

sugeridos alguns exames complementares e

avaliado possíveis tratamentos e evolução.

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10.7. Problema 7: “Que movimentos muito

estranhos são estes”

André, 20 anos. Há 5 anos passou a

apresentar rotação interna da perna esquerda ao

andar e extensão do pé homolateral. Com o

tempo estas alterações foram ficando intensas,

constantes e atingiram os outros membros o

tronco e o pescoço. Hoje apresenta torções

importantes em todos os membros e postura

bizarra da cabeça e troco. Está limitado ao leito.

Tem fala incompreensível porem permanece

com a inteligência preservada. O tratamento

apenas ameniza a situação.

João, 10 anos, está triste, pois está sendo

ridicularizado por seus colegas de escola. Nega

problemas anteriores, mas há uma semana está

apresentando movimentos bruscos, breves,

arrítmicos, migratórios nas mãos, braços e

pernas no repouso que pioram durante os

movimentos principalmente se fica nervoso. A

professora falou que sua letra está péssima.

Teve amigdalite há 30 dias, têm exames

complementares alterados e com o tratamento

está melhorando.

Sr. Antônio, 50 anos, apresenta

dificuldades motoras progressivas: movimentos

lentos; demora em iniciá-los, marcha de passos

curtos e festinação. Apresenta micrografia.

Necessita de ajuda para vestir-se, fala baixo, sua

mímica está pobre e apresenta sialorreia. No seu

exame observa-se rigidez axial, sinal da roda

denteada e tremor de repouso nas mãos.

Preserva a força. Sabe que um tio apresentou

problema semelhante. Os exames

complementares são normais. A medicação

indicada melhorou o quadro e sabe de outras

possibilidades terapêuticas.

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10.8. Problema 08: “Paroxismos”

Vagner 10 anos, sua mãe relatou que às

vezes, durante o sono ele sentar-se na cama, fica

parado, com o olhar vago, piscando lentamente

fazendo movimentos mastigatórios e de abotoar

a camisa do pijama, às vezes caminha pelo

quarto, quando chamado pelo nome não

responde, às vezes murmura palavras

desconexas. No dia seguinte nunca se lembra do

ocorrido. Seu sono em dias de muitas atividades

é agitado. Seu pai também senta na cama e fala

dormindo, além de roncar e ter apneia de sono.

Um EEG foi normal. A abordagem terapêutica

inicial foi orientação. É possível aprofundar a

investigação com outro exame

neurofisiológico.

Cristiano 25 anos, subitamente emitiu um

grito, caiu no chão com os membros superiores

fletidos, com punhos cerrados e os membros

inferiores estendidos, em postura tônica

generalizada dentes cerrados e cianose peri

labial. Permaneceu assim cerca de 30 segundos.

Em seguida foi observou-se movimentos

clônicos dos membros superiores e inferiores

extensão cervical e sialorreia. Rapidamente

recebeu medicação intravenosa o quadro cessou

e ele dormir. Seu exame físico, neurológico e de

neuroimagem realizados no mesmo dia foram

normais. O médico diagnosticou uma crise

generalizada, pediu um EEG e prescreveu

fenobarbital até o retorno quando seriam

avaliadas outras possibilidades

medicamentosas.

Sebastião, agricultor, 20 anos, apresentou

um “paroxismo”. Na investigação observou-se

uma imagem hiperintensa localizado na região

médio-superior do giro pré-central direito de

0,5 cm sem edema perilesional (diagnosticado

como um Neurocisticerco calcificado). Ele

descreveu sua crise ao médico como repuxões

no braço e mão esquerdos e perda do controle

deste braço por 2 ou 3 minutos associado a

parestesia neste membro. O médico, após um

EEG, diagnosticou um tipo específico de crise

epiléptica e prescreveu carbamazepina,

observando que se o controle não for atingido

há possibilidade de trocas ou associações de

medicações.

Vamos estudar e comparar estas três

situações.

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10.9. Problema 09: “A Síndrome do longo

adeus”

João, 68 anos, professor aposentado. Foi

trazido à consulta neurológica por seu filho.

Que relatou que há cerca de 3 anos seu pai

passou a ter episódios isolados de

esquecimento; como deixar de pagar contas, ir

ao supermercado e esquecer as compras

realizadas, não se lembrar onde deixa a carteira,

documentos ou o carro. Estes episódios estão

mais frequentes e complicados. Recentemente

tem confundido ou esquecido datas, o local

onde está, o nome de pessoas conhecidas e de

onde às conhece. Irrita-se com facilidade.

Atualmente têm necessitado de ajuda para se

alimentar ou vestir-se. Há dois dias saiu de casa

se perdeu no bairro e só retornou ao lar horas

após, apoiado por um dos vizinhos que o

reconheceu. Seu olhar está vago e distante. Seu

filho Negou traumas, doenças infecciosas,

alterações metabólicas o uso de drogas ou

medicações. Dr. Cristian realizou o exame

físico geral que está normal. Foi realizado o

MEEM adequado à situação e solicitado

exames complementares apropriados. Dr.

Cristian sugeriu ao Dr. Marcos (Residente)

presente à entrevista uma hipótese forte,

ponderou sobre a investigação, condução e

evolução do paciente e sugeriu uma leitura

sobre as diferenças estruturais, as funções das

áreas primárias em relação às associativas e a

semiologia desta importante área do S.N.C.

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FORMATO 5 MT

AVALIAÇÃO DE MÓDULO TEMÁTICO

1 – Avalie os objetivos educacionais, quanto à clareza, pertinência e adequação? Justifique.

Os objetivos educacionais foram alcançados? Justifique.

Conceito: Satisfatório Insatisfatório

2.1–Título do 1º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.2–Título do 2º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.3–Título do 3º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.4–Título do 4º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.5–Título do 5º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.6–Título do 6º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.7–Título do 7º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

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2.8–Título do 8º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.9–Título do 9º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

3 – Comentários adicionais e/ou recomendações sobre objetivos educacionais e problemas:

4 – Como foram as atividades práticas no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

5 – Como foram as palestras, mesas redondas ou conferências no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

6 – Como foram os recursos educacionais no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

7 – Comentários adicionais e/ou recomendações:

Conceito Final Satisfatório Insatisfatório

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REFERÊNCIAS

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