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Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical Mestrado e Doutorado UNIFAP / EMBRAPA-AP / IEPA / CI-Brasil ÁGUEDA LOURENÇO VIEIRA DA SILVA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ESTUDOS DE CAÇA DE MAMÍFEROS NA AMAZÔNIA MACAPÁ, AP 2016

Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

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Page 1: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

Universidade Federal do Amapá

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical

Mestrado e Doutorado

UNIFAP / EMBRAPA-AP / IEPA / CI-Brasil

ÁGUEDA LOURENÇO VIEIRA DA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ESTUDOS DE CAÇA DE MAMÍFEROS NA

AMAZÔNIA

MACAPÁ, AP

2016

Page 2: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

ÁGUEDA LOURENÇO VIEIRA DA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ESTUDOS DE CAÇA DE MAMÍFEROS NA

AMAZÔNIA

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Biodiversidade

Tropical (PPGBIO) da Universidade

Federal do Amapá, como requisito

parcial à obtenção do título de Mestre

em Biodiversidade Tropical.

Orientador: Dra. Fernanda Michalski

MACAPÁ, AP

2016

Page 3: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá

591.9143

S586d Silva, Águeda Lourenço Vieira.

Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

/ Águeda Lourenço Vieira da Silva; orientador, Fernanda Michalski. –

Macapá, 2016. 87 f.

Dissertação (mestrado) – Fundação Universidade Federal do

Amapá, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical.

1. Espécies cinegéticas. 2. Vertebrados - Amazônia. 3. Mamíferos I.

Michalski, Fernanda, orientador. II. Fundação Universidade Federal do

Amapá. III. Título.

Page 4: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

ÁGUEDA LOURENÇO VIEIRA DA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ESTUDOS DE CAÇA DE MAMÍFEROS NA

AMAZÔNIA

Aprovada em 07 de junho de 2016, Macapá, AP, Brasil

Page 5: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

À vida, que nos surpreende a cada

jornada.

Page 6: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela vida e pelas pessoas maravilhosas que tem

colocado em meu caminho.

Agradeço profundamente aos meus pais (Heleno e Rizonete) e irmãos queridos (Aline e

Helder), que mesmo longe durante o mestrado sempre se fizeram presentes no meu dia-a-dia e

foram a minha fortaleza no momento mais difícil.

Agradeço aos meus amigos de João Pessoa, especialmente Clarice e Layla, pelas

conversas e incentivos durante essa jornada.

Agradeço ao meu esposo Bruno, que foi a pessoa que mais me apoiou e me deu suporte

para realizar o sonho de trabalhar na Amazônia. E à sua família, por me acolher com tanto

carinho e amor.

À Dra. Fernanda Michalski meus agradecimentos pela sua orientação e por fazer do

mestrado um período de intenso aprendizado.

Agradeço também a todos que passaram pelo LECOV durante a minha estadia por aqui:

Cele, Lincoln, Isaí, Karen, Juliana, Victor, Elis, Yuri, Omar. Levarei a amizade de vocês

comigo.

Meus agradecimentos também a toda turma do Mestrado 2014 por tornarem as

dificuldades mais palatáveis e pelas amizades construídas.

Ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical, pela oportunidade e por

todo apoio logístico a minha pesquisa.

Finalmente agradeço ao CNPq pela bolsa de mestrado concedida que possibilitou minha

dedicação exclusiva ao curso.

Page 7: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

PREFÁCIO

A presente dissertação inicia-se com uma introdução geral sobre os principais aspectos

do estudo e logo em seguida encontra-se a versão em português do artigo submetido à revista

Biodiversity and Conservation. O formato do texto segue o modelo disponibilizado pelo

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical e, conforme exigido, as referências

estão formatadas segundo as normas da revista Ecology. Em anexo, ao final da dissertação,

encontra-se a versão em inglês que foi submetida (nesse caso, seguindo as normas da revista

Biodiversity and Conservation).

Page 8: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

RESUMO

Silva, Águeda Lourenço Vieira da. Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na

Amazônia. Macapá, 2016. Dissertação (Mestre em Biodiversidade Tropical) – Programa de

Pós-graduação em Biodiversidade Tropical – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação -

Universidade Federal do Amapá.

A caça de subsistência é comum e fundamental para comunidades em florestas tropicais.

Contudo, a caça insustentável pode ameaçar a biodiversidade, reduzindo as populações

exploradas e resultando na defaunação em regiões tropicais. Para avaliar a distribuição

espacial dos estudos de caça de subsistência e/ou comercial de mamíferos da floresta

Amazônica, revisamos a literatura científica e cinza de 1990 a 2014. Encontramos 124

estudos com 171 localidades de estudo onde a caça de mamíferos foi avaliada. Usando esses

dados, obtivemos a densidade de áreas estudadas com um mapa de densidade de Kernel.

Utilizamos modelos lineares generalizados para examinar a influência da acessibilidade

(distâncias até rios navegáveis, rodovias e capitais) e distâncias até áreas protegidas e

universidades em prever a probabilidade de ocorrência de estudos de caça. Finalmente, para

determinar se as espécies que mais contribuem para a biomassa em florestas Neotropicais

foram também as mais comumente estudadas, quantificamos o número de estudos e áreas

estudadas que avaliaram diferentes espécies de mamíferos florestais de acordo com quatro

classes de tamanho corporal. A densidade de áreas estudadas foi mais alta no nordeste,

sudoeste e centro-oeste da Amazônia; a probabilidade de ocorrência de estudos de caça foi

influenciada negativamente pelas distâncias até universidades e áreas protegidas, e

positivamente pela distância até rodovias em nosso modelo mais parcimonioso. No geral,

espécies de porte grande e muito grande foram mais estudadas e melhor representadas no

estudo do que espécies de médio e pequeno porte. Nossos resultados destacam a importância

de reduzir vieses na localização e seleção das espécies enfocadas em estudos de caça para

melhorar sua utilidade.

Palavras-chave: Efetividade; Espécies cinegéticas; Mamíferos; Distribuição espacial;

Florestas Tropicais; Vertebrados.

Page 9: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

ABSTRACT

Silva, Águeda Lourenço Vieira da. Spatial distribution of mammal hunting studies in the

Amazon. Macapá, 2016. Dissertação (Mestre em Biodiversidade Tropical) – Programa de

Pós-graduação em Biodiversidade Tropical – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação -

Universidade Federal do Amapá.

Subsistence hunting is common and critical to communities in tropical forests. However,

unsustainable hunting can threaten biodiversity, reducing exploited populations and resulting

in defaunation in tropical regions. To evaluate the spatial distribution of studies on the

subsistence and/or commercial hunting of Amazon forest mammals, we reviewed the

scientific and gray literature from 1990 to 2014. We found 124 studies from 171 study sites

where hunting on mammals was evaluated. Using these data, we derived the density of study

sites with a kernel density map. We used generalized linear models to examine the influence

of accessibility (distances to navigable rivers, roads, and capitals) and distances to protected

areas and universities in predicting the probability of occurrence of hunting studies. Finally,

to determine whether the species that contribute most to the biomass in Neotropical forests

were also those most commonly studied, we counted the number of studies and the number of

sites that evaluated different forest mammal species grouped into four body size classes. The

density of study sites was higher in the northeast, southwest, and west-central Amazon; the

probability of occurrence of hunting studies was negatively influenced by distances to

universities and protected areas, and positively influenced by distance to roads in our most

parsimonious model. Overall, large- and very large-bodied species were more studied and

better represented in the study than medium- and small-bodied ones. Our findings highlight

the importance of reducing biases in the location and selection of target species for hunting

studies to enhance their usefulness.

Keywords: Effectiveness; Game species; Mammals; Spatial Distribution; Tropical forests;

Vertebrates.

Page 10: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................................... 11

1. 1. Aspectos da caça e seus impactos .............................................................................. 11

1. 2. Acessibilidade e conservação ..................................................................................... 12

1. 3. Mamíferos cinegéticos ................................................................................................ 13

2. HIPÓTESES ....................................................................................................................... 16

3. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17

3. 1. Geral ............................................................................................................................. 17

3. 2. Específicos .................................................................................................................... 17

4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 18

5. ARTIGO CIENTÍFICO ..................................................................................................... 23

5. 1. Resumo ......................................................................................................................... 25

5. 2. Introdução ................................................................................................................... 26

5. 3. Material e Métodos ..................................................................................................... 27

5. 4. Resultados .................................................................................................................... 32

5. 5. Discussão ...................................................................................................................... 38

5. 6. Conclusão ..................................................................................................................... 41

5. 7. Agradecimentos ........................................................................................................... 41

5. 8. Referências .................................................................................................................. 41

6. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 47

7. APÊNDICE ......................................................................................................................... 48

8. ANEXO ................................................................................................................................ 69

Page 11: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

11

1. INTRODUÇÃO GERAL

1. 1. Aspectos da caça e seus impactos

A caça de animais silvestres, amplamente difundida em florestas tropicais, tem grande

importância nutricional, econômica, social e cultural para comunidades locais (Bennett and

Robinson 2000). Porém, quando não há um manejo adequado das espécies exploradas, pode

tornar-se uma atividade predatória (Redford 1992). Estimativas apontam que nas bacias do

Congo e da Amazônia mais de 5 milhões de toneladas de carne proveniente da caça de

mamíferos silvestres sejam consumidas por ano nessas regiões (Fa et al. 2002).

Fortes alterações na biomassa das populações, diversidade de espécies e tamanho e

estrutura da comunidade biológica são causadas pela caça (Peres 2001). Essas alterações são

relatadas em vários estudos na Amazônia, já que muitas comunidades que vivem em regiões

remotas se alimentam e obtém sua renda explorando a carne de animais silvestres (Nogueira

and Nogueira 2011). Além disso, animais como Panthera onca (onça-pintada) e Puma

concolor (onça-parda) também são caçados pelo potencial de ataque que oferecem às

comunidades humanas (Nogueira and Nogueira 2011) e, sobretudo as suas criações pecuárias

(Michalski et al. 2006).

Praticada não só como um modo de subsistência, a caça também alimenta o tráfico

internacional de animais silvestres (RENCTAS 2001). Estima-se que por ano, de 5 a 20

bilhões de dólares sejam movimentados por meio do comércio ilegal de fauna e flora (Rosen

and Smith 2010). É importante frisar que, além dos impactos diretos causados pela retirada de

espécimes dos ambientes naturais, essa atividade ilegal tem causado a emergência de doenças

e facilitado invasões biológicas, ameaçando a saúde de humanos, espécies nativas e atividades

agropecuárias (Karesh et al. 2005, Rosen and Smith 2010).

Populações de diferentes espécies podem sentir o efeito da caça de forma distinta

(Bodmer et al. 1997, de Souza and Alves 2014). Contudo, mamíferos de vida longa, menor

taxa de crescimento populacional e tempo de geração longo são mais suscetíveis à extinção

(Bodmer et al. 1997). Extinções locais de vertebrados ameaçados pela caça de subsistência e

pela fragmentação já foram reportadas na literatura. Espécies como Tapirus terrestris (anta) e

Tayassu pecari (queixada), por exemplo, foram extintas localmente em áreas do México,

Panamá, e do Brasil, tanto na região amazônica como na Mata Atlântica (Peres 2001). Em

outro estudo na Mata Atlântica, a abundância de vertebrados de médio e grande porte foi em

média 37% menor em áreas intensamente caçadas quando comparadas com áreas levemente

Page 12: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

12

caçadas (Cullen et al. 2000). Já em 101 áreas da Amazônia brasileira, populações de

vertebrados exploradas de forma moderada ou intensa pela caça tiveram suas densidades

reduzidas em cerca de 90% (Wilkie et al. 2011).

Assim, a defaunação de vertebrados causada pela sobrecaça nas florestas tropicais já

foi considerada mais impactante que o desmatamento (Fa et al. 2002). Por meio do efeito

cascata, o declínio acentuado ou até extinção das populações pode afetar a dinâmica dos

ecossistemas (Dirzo et al. 2014). A ausência ou baixa densidade de grandes mamíferos por

exemplo, pode ocasionar um declínio na predação e dispersão de sementes grandes (Dirzo and

Miranda 1990), como também favorecer o estabelecimento de espécies vegetais pioneiras e de

crescimento mais rápido (Laurance et al. 2012).

Embora em vários países da África e nos Estados Unidos a caça seja legalizada (El

Bizri et al. 2015), em outros países tem caráter ilegal, o que pode dificultar a obtenção de

informações, geralmente resultado de fiscalizações e apreensões dos órgãos públicos

ambientais (Baía et al. 2010). Na maioria dos países amazônicos a caça e comercialização de

animais silvestres é ilegal (van Vliet et al. 2014), ou permitida em casos restritos. Apesar

disso, é comum encontrar mercados ao ar livre comercializando uma grande variedade de

carne de animais silvestres (Baía et al. 2010, van Vliet et al. 2014).

Diante de tamanha disseminação e relevância da atividade de caça em florestas

tropicais, tanto para comunidades humanas como para a conservação da biodiversidade, cada

vez mais a caça tem atraído o interesse de pesquisadores (Redford 1992, Bodmer et al. 1997,

Fa et al. 2002). No entanto, mapear áreas com sobrecaça através de técnicas de sensoriamento

remoto em grande escala continua como um verdadeiro desafio. Essa atividade ocorre sob o

dossel da floresta (Peres et al. 2006) e, por isso, apenas a observação da cobertura florestal

não é suficiente para detectá-la (Ahmed et al. 2014). Sendo assim, a detecção e investigação

da caça frequentemente requer a utilização de técnicas in situ, o que pode elevar os custos das

atividades de pesquisa.

1. 2. Acessibilidade e conservação

O crescimento rápido e contínuo das áreas urbanas, principalmente em regiões

tropicais, tem aumentado o acesso às áreas florestais e facilitado atividades extrativistas e de

caça (Peres and Lake 2003, Laurance et al. 2009). Na Amazônia Colombiana, por exemplo,

terras desmatadas para desenvolvimento da agricultura e pastos concentram-se a cerca de 10

km das rodovias, e o acesso às áreas mais distantes das rodovias através da vasta rede de rios

Page 13: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

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tem sido importante no estabelecimento de pequenos agricultores (Etter et al. 2006). Já nas

florestas do Congo, o crescimento populacional em decorrência da instalação de empresas de

exploração madeireira e a ampliação das rodovias impulsionaram ainda mais a extração e

venda de carne de animais silvestres nos mercados da região (Wilkie et al. 2000).

Estando a acessibilidade relacionada à diversas perturbações antrópicas, o acesso ao

longo de uma paisagem também pode estar influenciando onde os estudos são realizados, e

alguns pesquisadores tem investigado a presença de vieses amostrais desse tipo nas pesquisas.

Sanchez-Fernandez et al. (2008) reportam que na região da península Ibérica e das Ilhas

Baleares a coleta de informações sobre besouros aquáticos esteve relacionada com a distância

até os institutos de pesquisa. Enquanto que na região subsaariana da África, Reddy and

Davalos (2003) encontraram vieses amostrais geográficos na coleta de informações sobre aves

passeriformes, pois observaram uma maior concentração das localidades amostradas próximas

de cidades, bem como ao longo de rios e rodovias. Ambos estudos nos indicam que a

acessibilidade pode ser um fator importante na distribuição espacial das atividades de

pesquisa, e que os dados coletados nessas regiões potencialmente sofrem de vieses amostrais

geográficos.

1. 3. Mamíferos cinegéticos

Mamíferos são animais reconhecidamente importantes para a manutenção dos

ecossistemas (Roldan and Simonetti 2001). Participam de diversos processos ecológicos,

atuando na dispersão de sementes (Gautier-Hion et al. 1985, Paine and Beck 2007), no

controle populacional de espécies vegetais através da herbivoria (Cook-Patton et al. 2014), e

de espécies animais por meio da predação, tanto de invertebrados (Carvalho et al. 2005) como

de vertebrados (Terborgh et al. 2001).

Além disso, primatas, ungulados, esquilos e roedores caviomorfos representam grande

parte da biomassa de vertebrados nas florestas tropicais, como também são os mamíferos

cinegéticos mais procurados por caçadores (Peres 1999, 2000). Dentre os mamíferos mais

importantes para a biomassa viva e caça nas florestas tropicais (Peres 2000), seis espécies se

destacaram como as mais presentes (> 50% dos estudos) na literatura compilada. Por isso,

alguns aspectos gerais sobre a biologia e ecologia desses animais são apresentados a seguir.

Cuniculus paca

Page 14: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

14

As pacas são roedores geralmente solitários, de hábitos noturnos, encontrados em

variados tipos de ambientes na maioria dos países da América Central e do Sul (Queirolo et

al. 2008). A espécies apresenta uma dieta frugívora, e a presença de sementes não-danificadas

em suas fezes apontam seu potencial dispersor (Beck-King et al. 1999). Apesar de difíceis de

capturar em armadilhas convencionais (Beck-King et al. 1999), estudos que utilizam outros

métodos (como cameras-trap) tem contribuído para o conhecimento sobre esses animais (Jax

et al. 2015), que tem identificado uma perceptível plasticidade ecológica nos ambientes onde

ocorrem (Michalski and Norris 2011).

Dasyprocta spp.

As cutias (como são conhecidas popularmente as espécies do gênero Dasyprocta), são

roedores de médio porte, predominantemente diurnos (Blake et al. 2012). Das 11 espécies

descritas que ocorrem em países da América Central e do Sul, 4 podem ser encontradas na

região amazônica (IUCN 2015). Sua dieta é composta em grande parte de sementes e frutos,

e na Amazônia estão frequentemente associadas aos castanhais (áreas com predominância de

árvores da espécie Bertholletia excelsa), apresentando o comportamento de armazenar

sementes, contribuindo assim para a dispersão da castanha-do-Brasil (Jorge and Peres 2005).

Mazama spp.

São 10 as espécies de veados do gênero Mazama distribuídas na região Neotropical,

(IUCN 2015). Antes considerada um sinônimo para M. gouazoubira (veado-catingueiro), o

veado-roxo (M. nemorivaga) coexiste em quase toda a região amazônica com o veado-mateiro

(M. americana) (Rossi and Duarte 2008). Esses animais apresentam uma alimentação do tipo

frugívora, e ao ingerir sementes, geralmente as inviabilizam (Gayot et al. 2004). Podem

ocorrer em diversos tipos de habitats, porém algumas espécies são mais restritas a tipos

específicos, como M. americana, que prefere ambientes florestais (Duarte and Vogliotti

2015).

Pecari tajacu

Os catetos (ou caititus) são animais de grande porte que usualmente vivem em bandos

com até quinze indivíduos (Keuroghlian et al. 2004). A espécie está amplamente distribuída

desde a América Central até o norte da Argentina, cobrindo toda a região Amazônica

(Gongora et al. 2011). Ocorrem em vários tipos de hábitats, e sua área de vida pode variar

bastante, mas sempre utilizando áreas menores quando comparados aos queixadas (Tayassu

Page 15: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

15

pecari) (Keuroghlian et al. 2004). Frutos compõem a maior parte da sua dieta, que também

pode incluir outras partes vegetais (folhas e fibras) e matéria animal em menor proporção

(Bodmer 1991).

Tapirus terrestris

Os animais do gênero Tapirus são conhecidos popularmente por antas, e são as únicas

espécies da megafauna presentes na América Central e do Sul que sobreviveram à extinção do

Pleistoceno (Galetti et al. 2001, O'Farrill et al. 2013). Apresentam uma dieta herbívora, que

inclui diferentes partes das plantas, como folhas, galhos, flores, frutos e sementes, e, para

complementar a ingestão de minerais tem o hábito de se alimentar de solo (Garcia et al.

2012). O seu papel de dispersor provavelmente não pode ser desempenhado por outros

animais. Devido ao seu grande tamanho e suas características digestivas, são os últimos

potenciais dispersores de plantas que antes eram dispersas por outros grandes mamíferos que

já foram extintos (O'Farrill et al. 2013).

Tayassu pecari

O queixada (Tayassu pecari) é a espécie de maior porte da família Tayassuidae,

chegando a pesar de 30 a 50 kg e encontra-se distribuído por 19 países da América latina

(Jácomo 2004), possuindo populações remanescentes ameaçadas ou até extintas em alguns

locais (Jácomo 2004, Michalski and Peres 2007). Os indivíduos dessa espécie, diferentemente

dos demais ungulados neotropicais, vivem em grandes grupos, podendo chegar a centenas de

animais. Utilizam diferentes tipos de hábitat ao longo da sua ampla área de distribuição,

realizando grandes deslocamentos em seus territórios (Keuroghlian 2012). Os queixadas tem

uma alimentação onívora, consumindo desde frutos, sementes e raízes até matéria animal.

Exercem funções importantes na dinâmica dos ecossistemas, seja como predadores,

dispersores, ou servindo de alimentação para outros animais de grande porte, como a onça-

pintada (Jácomo 2004).

Page 16: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

16

2. HIPÓTESES

Os estudos de caça de mamíferos na Amazônia concentram-se em regiões com maior

acessibilidade e próximos às áreas protegidas e universidades.

Os mamíferos de maior porte corporal estão mais representados nos estudos de caça.

As hipóteses acima foram elaboradas para as seguintes perguntas:

Existe um padrão espacial de estudos de caça de mamíferos ao longo da Amazônia?

As espécies de mamíferos mais estudadas em relação à caça na Amazônia apresentam

um padrão de tamanho corporal?

E nossas predições foram:

A ocorrência dos estudos de caça de mamíferos diminui à medida que aumentam as

distâncias até capitais, rios, rodovias, áreas protegidas e universidades.

A maioria dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia disponíveis na literatura

estudam mamíferos de grande porte.

Page 17: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

17

3. OBJETIVOS

3. 1. Geral

Analisar a distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia.

3. 2. Específicos

Testar se variáveis de acessibilidade influenciam a distribuição dos estudos de caça de

mamíferos na Amazônia;

Verificar se, entre as espécies de mamíferos que mais contribuem para a biomassa de

vertebrados em florestas Neotropicais, as espécies mais estudadas quanto à caça na Amazônia

apresentam um padrão de tamanho corporal.

Page 18: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

18

4. REFERÊNCIAS

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Page 19: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

19

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Page 23: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

23

5. ARTIGO CIENTÍFICO

Accessibility drives the occurrence of Amazon hunting studies

Artigo submetido ao periódico “Biodiversity and Conservation”

Page 24: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

24

A acessibilidade direciona a ocorrência de estudos de caça na Amazônia

Águeda Lourençoa,b

, Fernanda Michalskia,b,c*

a Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical, Universidade Federal do Amapá,

Rod. Juscelino Kubitschek km 02, Macapá, Amapá, 68903-419, Brasil

b Laboratório de Ecologia e Conservação de Vertebrados, Universidade Federal do Amapá,

Rod. Juscelino Kubitschek km 02, Macapá, Amapá, 68903-419, Brasil

c Instituto Pró-Carnívoros, Av. Horácio Neto 1030, Atibaia, São Paulo, 12945-010, Brasil

* Autor correspondente: Tel: +55 96 3312 1757. E-mail:

[email protected] (F. Michalski).

Título resumido: Estudos de caça na Amazônia

Page 25: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

25

5. 1. Resumo

A caça de subsistência é comum e fundamental para comunidades em florestas tropicais.

Contudo, a caça insustentável pode ameaçar a biodiversidade, reduzindo as populações

exploradas e resultando na defaunação em regiões tropicais. Para avaliar a distribuição

espacial dos estudos de caça de subsistência e/ou comercial de mamíferos da floresta

Amazônica, revisamos a literatura científica e cinza de 1990 a 2014. Encontramos 124

estudos com 171 localidades de estudo onde a caça de mamíferos foi avaliada. Usando esses

dados, obtivemos a densidade de áreas estudadas com um mapa de densidade de Kernel.

Utilizamos modelos lineares generalizados para examinar a influência da acessibilidade

(distâncias até rios navegáveis, rodovias e capitais) e distâncias até áreas protegidas e

universidades em prever a probabilidade de ocorrência de estudos de caça. Finalmente, para

determinar se as espécies que mais contribuem para a biomassa em florestas Neotropicais

foram também as mais comumente estudadas, quantificamos o número de estudos e áreas

estudadas que avaliaram diferentes espécies de mamíferos florestais de acordo com quatro

classes de tamanho corporal. A densidade de áreas estudadas foi mais alta no nordeste,

sudoeste e centro-oeste da Amazônia; a probabilidade de ocorrência de estudos de caça foi

influenciada negativamente pelas distâncias até universidades e áreas protegidas, e

positivamente pela distância até rodovias em nosso modelo mais parcimonioso. No geral,

espécies de porte grande e muito grande foram mais estudadas e melhor representadas no

estudo do que espécies de médio e pequeno porte. Nossos resultados destacam a importância

de reduzir vieses na localização e seleção das espécies enfocadas em estudos de caça para

melhorar sua utilidade.

Palavras-chave: Efetividade; Espécies cinegéticas; Mamíferos; Distribuição espacial;

Florestas Tropicais; Vertebrados.

Page 26: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

26

5. 2. Introdução

Grande parte da proteína consumida em comunidades de áreas remotas provém da

caça de animais silvestres (Nogueira and Nogueira 2011). Contudo, a caça de subsistência

e/ou comercial pode reduzir os níveis das populações exploradas e conduzir espécies à

extinção local ou regional através de práticas de caça insustentáveis, levando à defaunação em

florestas tropicais (Fa et al. 2002, Dirzo et al. 2014). Mamíferos constituem o maior número

de indivíduos e de biomassa extraída em florestas tropicais (Nasi et al. 2011). Espécies de

maior porte, usualmente preferidas pelos caçadores (Peres 2000, Jerozolimski and Peres

2003), geralmente apresentam populações mais vulneráveis à extinção em razão de algumas

características biológicas como vida longa, menor taxa de crescimento populacional e tempo

de geração mais longo (Bodmer et al. 1997). Como resultado do declínio ou extirpação dessas

espécies no ambiente, processos ecológicos essenciais à manutenção dos ecossistemas podem

ser alterados (Galetti et al. 2013, O'Farrill et al. 2013, Dirzo et al. 2014).

Por ser uma atividade amplamente disseminada e de alta relevância para a conservação

em florestas tropicais, a caça tem atraído a atenção dos pesquisadores nas últimas décadas

(Redford 1992, Bodmer et al. 1997, Peres 2000, Fa et al. 2002, Brashares et al. 2004, Corlett

2007, Parry et al. 2009, Parry and Peres 2015). No entanto, ainda faltam estudos de

mapeamento da ocorrência de caça em várias regiões tropicais. Isso é parcialmente explicado

porque as atividades de caça ocorrem sob o dossel das florestas e não podem ser monitoradas

por técnicas de sensoriamento remoto convencionais (Peres et al. 2006, Ahmed et al. 2014).

Ao invés disso, investigar a caça requer técnicas in situ, que podem tanto comprometer a

extensão espacial e o número de repetições de estudos (Parry and Peres 2015), assim como

aumentar os custos das atividades de pesquisa.

Os diferentes usos da terra (como agricultura, pecuária, corte seletivo, e etc.)

associados à fragmentação florestal têm sido os distúrbios mais frequentes que ameaçam a

manutenção da biodiversidade na Amazônia (Peres et al. 2010). E, em decorrência de tais

atividades, estima-se que até 2013 a Amazônia já havia perdido 811.662 km² de sua extensão

original (13,3%) (RAISG 2015). Perturbações antrópicas nas florestas tropicais geralmente

ocorrem em sinergia, e a atividade de caça pode ser intensificada em virtude da fragmentação

(Peres 2001, Michalski and Peres 2007), exploração madeireira (Poulsen et al. 2009) e

construção de novas rodovias (Wilkie et al. 2000, Ahmed et al. 2014).

Nesse estudo examinamos a influência da acessibilidade (distância até rios navegáveis,

rodovias e capitais) e das distâncias até áreas protegidas e universidades sobre a distribuição

Page 27: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

27

espacial de estudos de caça de um grande número de mamíferos da floresta amazônica.

Prevemos que os estudos de caça estariam mais concentrados em áreas próximas às variáveis

de acessibilidade e próximas às áreas protegidas e universidades. Para testar essa hipótese,

realizamos buscas por estudos de caça de mamíferos da floresta amazônica, usando literatura

científica e cinza, e avaliamos suas respostas em dois níveis: (1) padrões espaciais de

ocorrência de estudos de caça e (2) padrões de espécies estudadas e sua distribuição (isto é,

quantidade de estudos e número de locais estudados). Após, testamos a probabilidade de

ocorrência de estudos de caça em relação às cinco variáveis espaciais indicando qual delas

teve maior influência sobre a distribuição dos estudos. Finalmente, concluímos com algumas

orientações gerais para melhorar a utilidade potencial das futuras pesquisas sobre caça em

áreas com baixa cobertura de estudos já realizados, aumentando as metas mínimas de

representação na Amazônia.

5. 3. Material e Métodos

Área de estudo

Nossa área de estudo engloba oito dos nove países que compõem a Amazônia (lato

sensu - Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guiana, Equador, e Guiana Francesa). A

Amazônia (lato sensu) é de longe a maior extensão de floresta tropical na Terra,

compreendendo uma área de aproximadamente 6 milhões de km2 (RAISG 2015). A região é

composta por um mosaico de oito áreas endêmicas (Silva et al. 2005), abrigando cerca de um

quarto de todas as espécies terrestres do mundo e responsável por 15% da fotossíntese global

(Malhi et al. 2008). Suas florestas e vasta rede hidrológica exercem papel crucial no estoque

de carbono e na regulação do clima em nível continental (Foley et al. 2007).

Compilação dos estudos de caça

Revisamos a literatura disponível sobre estudos de caça de mamíferos florestais na

Amazônia. Primeiramente realizamos buscas nas bases Web of Science, Google Scholar,

Scopus, e Scielo, usando combinações dos termos “hunting”, “bushmeat”, “exploitation”,

“use”, “vertebrate”, “mammal”, e “amazon”. Buscas com os termos equivalentes em

Português também foram realizadas para o período de 1990 a 2014. Realizamos buscas

adicionais nas referências citadas em cada artigo encontrado, bem como incluímos trabalhos

de nosso conhecimento que abordam o tema, mas que não haviam sido encontrados nas

Page 28: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

28

buscas. Também buscamos a literatura cinza (por exemplo, resumos, relatórios, monografias,

dissertações e teses) usando a mesma combinação de termos no Google e Google Acadêmico.

Foram registrados o número de estudos excluídos e aqueles retidos em nossa pesquisa para

cada uma das fases de triagem de acordo com o método PRISMA (Fig. 1) (Moher et al. 2009).

Examinamos, filtramos e reunimos todos os resultados que retornaram das buscas para

garantir que consideramos todos os estudos relevantes que reportaram o impacto da caça de

subsistência ou comercial das espécies de mamíferos florestais. Ao final, 124 estudos, de um

total de 502 potencialmente relevantes, atenderam aos nossos critérios (Fig. 1, Tabela S1).

Revisamos então os estudos relevantes para extrair os seguintes dados: 1) espécies estudadas e

2) localização geográfica e coordenadas da área de estudo. Quando o trabalho não reportou as

coordenadas geográficas utilizamos o Google Earth (GE) para obter as coordenadas mais

aproximadas baseadas em mapas da área de estudo e em pontos de referência como rodovias,

rios, ilhas e outros elementos que podiam ser claramente distinguíveis em imagens do GE.

Quando os estudos reportaram mais de uma área estudada na mesma região ou quando as

localidades estavam a menos de 10 km de distância, calculamos o ponto médio entre esses

pontos com distâncias iguais entre todos os pontos reportados. Escolhemos essa distância

mínima para evitar a sobreposição de áreas estudadas. Também consideramos essa distância

já que caçadores usualmente concentram suas atividades dentro de um raio de 10 km a partir

de sua base (Siren et al. 2004, Peres and Nascimento 2006).

Preditores ambientais

Usamos cinco preditores ambientais selecionados com base no conhecimento a priori

de variáveis que podem influenciar a ocorrência e distribuição de estudos de caça na

Amazônia. A rápida expansão de áreas urbanas em regiões tropicais aumenta grandemente a

acessibilidade a áreas remotas e juntamente com o acesso por rios navegáveis e estradas têm

demonstrado influência nas atividades extrativistas de uma vasta gama de produtos florestais

não madeireiros (Peres and Lake 2003) e facilitado o acesso à caça (Laurance et al. 2009). O

aumento na densidade humana tem mostrado um aumento também no consumo de carne de

caça (Poulsen et al. 2009), o qual é uma característica inerente do crescimento no número de

áreas urbanas na Amazônia (Norris and Michalski 2013). Além disso, famílias usualmente

extraem mais recursos naturais de florestas secundárias mais antigas (Gavin 2007) e a maioria

dos estudos que avaliaram a caça em florestas tropicais foram realizados em grandes

extensões contínuas de florestas primárias (Cullen et al. 2000).

Page 29: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

29

Figura 1 – Fluxograma usando o método PRISMA para a revisão sistemática.

Selecionamos, portanto, aproximações da acessibilidade humana calculando a

distância Euclidiana de (1) instituições de pesquisa (i. e. universidades), (2) rios navegáveis,

(3) rodovias, (4) capitais, e (5) áreas protegidas. Todas as variáveis preditoras foram

projetadas no mesmo sistema de coordenadas (WGS 1984 Web Mercator) e amostradas

novamente em uma grade de 100 x 100 km no ArcGIS 9.3 (ESRI 2009). Coordenadas das

universidades ao longo da área de estudo foram obtidas dos Ministérios de Educação de cada

país onde os estudos foram realizados. Posteriormente obtivemos as coordenadas geográficas

dos municípios correspondentes às sedes das universidades através do Google Earth. Apenas

as coordenadas dos municípios brasileiros e peruanos foram obtidas dos bancos de dados do

Page 30: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

30

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Geográfico Nacional do Peru

(IGN), respectivamente (disponíveis em

ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_territorial/localidades/ e

http://www.ign.gob.pe/index.php?PG=Nomenclatorp&OPC=20&paginasok=1). O vetor da

rede hidrológica foi obtido do Food and Agriculture Organization of the United Nations

(FAO) (disponível em http://www.fao.org/geonetwork/srv/en/metadata.show?id=37330).

Contudo, para avaliar apenas os rios navegáveis, utilizamos somente os dados dos rios de 4ª

ordem acima. O vetor da rede rodoviária foi obtido do Natural Earth (disponível em

http://www.naturalearthdata.com/downloads/10m-cultural-vectors/). Cidades (i.e. capitais)

dentro da área de estudo foram obtidas do WorldMap (disponível em

http://worldmap.harvard.edu/data/geonode:world_cities_gmd). Por fim, usamos o World

Database on Protected Areas (IUCN and UNEP-WCMC 2015) como nossa fonte de dados

sobre a cobertura das áreas protegidas.

Representatividade das espécies de mamíferos nos estudos de caça

Para avaliar a representatividade das espécies de vertebrados que mais contribuem

para a biomassa nas florestas Neotropicais (Peres 1999, 2000) quantificamos os estudos e o

número de localidades que avaliaram mamíferos florestais agrupados em quatro classes de

tamanho corporal de acordo com a literatura previamente publicada (Peres 2000) da seguinte

forma: (1) porte pequeno (< 1 kg): esquilos (Microsciurus e Sciurus spp.), cutiaras

(Myoprocta spp.), saguis (Cebuella pygmaea, Saguinus spp., e Callimico goeldii), e macacos-

de-cheiro (Saimiri spp.). (2) porte médio (1-5 kg): cutias (Dasyprocta spp.), zogue-zogues

(Callicebus spp.), parauacus (Pithecia spp.), cuxiús (Chiropotes spp.), e macacos-prego

(Cebus spp.). (3) porte grande (5-15 kg): macacos-guariba (Alouatta spp.), macacos-aranha

(Ateles spp.), e pacas (Cuniculus paca). (4) porte muito grande (> 15 kg): caititus (Pecari

tajacu), queixadas (Tayassu pecari), veados (Mazama spp.), e antas (Tapirus terrestris).

Modelagem e geração de dados de pseudo-ausência

Baseados na combinação da ampla área de estudo, no potencial viés na distribuição espacial

dos estudos que avaliaram caça na Amazônia, e no uso de diferentes técnicas nos

levantamentos de dados de cada estudo, selecionamos um método baseado em dados de

presença para prever áreas com alta adequabilidade para ocorrência de estudos. Nosso

processo de modelagem e definição da resolução adotada seguiu metodologia descrita em

literatura previamente publicada (Hengl 2006).

Page 31: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

31

Para gerar o modelo de nicho das áreas potencialmente adequadas para ocorrência de

estudos necessário para obtenção das pseudo-ausências, usamos o programa MaxEnt (Phillips

et al. 2006). O MaxEnt é uma das ferramentas mais populares para modelagem de distribuição

de espécies e nichos ambientais (Merow et al. 2013). Limitados pela disponibilidade de dados

e pelas cinco variáveis preditoras, utilizamos o método de validação cruzada com 10

replicações (Norris et al. 2011, Iturbide et al. 2015). Combinando o modelo médio de nicho e

a distância das localidades de estudo elaboramos um mapa de pesos de probabilidade usado

para gerar um conjunto aleatório de 171 pontos de pseudo-ausências (Baddeley 2008, Norris

et al. 2011) localizados longe das ocorrências (> 100 km) e em áreas com baixa

adequabilidade.

Predição da densidade dos estudos de caça

As localidades de ocorrência (n = 171) foram usadas para obter a densidade de estudos

na Amazônia através de análises de padrões de pontos baseadas em Kernel no programa

ArcGis 9.3 (ESRI 2009). Para determinar a largura do raio de busca do Kernel (bandwidth)

utilizamos uma validação cruzada, seguindo estudos prévios (Berman and Diggle 1989),

implementada com o pacote spatstat (Baddeley and Turner 2005) do programa R (R

Development Core Team 2015). O cálculo resultou em um raio de busca de 39,6 km.

Utilizamos modelos lineares generalizados (GLMs, família = binomial, link = logit)

para investigar preditores da probabilidade de ocorrência de estudos de caça. A probabilidade

de ocorrência de estudos foi definida por uma resposta binária (“presença” ou “pseudo-

ausência”). Como preditores, usamos as distâncias Euclidianas (como variáveis contínuas) até

universidades, capitais, rodovias, rios de 4ª ordem ou superior, e áreas protegidas. Todos os

possíveis subconjuntos das cinco variáveis de previsão tiveram a multicolinearidade

controlada (rs da correlação de Spearman <0,70), variando entre 0,01 e 0,31 (média ± DP =

0,15 ± 0,11), permitindo que todas as variáveis fossem utilizadas nas análises subsequentes. A

influência de cada variável explanatória sobre as variáveis resposta foi testada com GLMs

separados para entender como elas poderiam afetar a probabilidade de ocorrência de estudos.

Adotamos uma seleção por etapas do tipo reversa (função “step” no R), aplicando as

configurações padrão do programa para obter o modelo mais parcimonioso (i.e., “o melhor”).

Comparamos as inclinações estimadas (Slope) para cada variável entre o modelo completo

(com todas as variáveis) e “o melhor” modelo selecionado, o que nos permitiu evitar questões

bem conhecidas em métodos de seleção por etapas (isto é, taxas infladas do erro tipo 1)

Page 32: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

32

(Mundry and Nunn 2009). Exceto quando indicadas, as análises foram realizadas no programa

R (R Development Core Team 2015).

5. 4. Resultados

Distribuição espacial e temporal dos estudos de caça

Nossas buscas retornaram um total de 124 estudos de 1990 a 2014 em 171 localidades

da Amazônia onde investigações sobre caça de subsistência e/ou comercial de mamíferos

ocorreram (Tabela S1). A maior parte dos estudos ocorreu a partir de 2004 (80,6%), com o

maior número de publicações em 2014 (n=15) (Fig. 2). A maioria dos resultados das buscas

eram artigos (52,4%), e em seguida dissertações (17,0%), capítulos de livros (8,1%) e teses

(7,3%). Os demais trabalhos dividiram-se em resumos (6,4%), monografias (2,4%), livros

(2,4%), relatórios (2,4%) e planos de manejo (1,6%).

A distribuição espacial dos estudos variou, mas a maioria ocorreu no Brasil (71,9%).

Isso era esperado, considerando que cerca de 59% da região amazônica está sob território

brasileiro (RAISG 2015). O segundo país com maior número de localidades estudadas foi o

Peru (13,4%), enquanto estudos nos demais países totalizaram apenas 14,7%. Dos nove países

amazônicos, não obtivemos sucesso em encontrar estudos sobre caça de mamíferos somente

para o Suriname.

O mapa da densidade de Kernel para as 171 localidades onde nossas buscas

retornaram a ocorrência de estudos sobre caça apresentou uma maior densidade de áreas

estudadas no nordeste, sudoeste e centro-oeste da Amazônia (Fig. 3). A distância média entre

as localidades foi de 1437 km ± 790 km (média ± desvio padrão), variando de 2,76 a 3809

km.

Distribuição potencial dos estudos

Análises no MaxEnt com as localidades estudadas e cinco variáveis ambientais (Fig.

4) apresentaram um valor médio de AUC elevado (média ± DP = 0,775 ± 0,065), o qual pode

ser considerado adequado para a validação do modelo (Phillips et al. 2006). Das cinco

variáveis preditoras, três contribuíram com mais de 80% para o valor preditivo que obtivemos

(distância até áreas protegidas – 42,1%, distância até rios – 30,6% e distância até

universidades 14,7%), enquanto as outras duas variáveis contribuíram com menos de 15%

(distância até rodovias – 8,3% e distância até capitais – 4,2%). O modelo médio gerado no

Maxent pode ser observado na figura 5.

Page 33: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

33

Figura 2 – Número anual de estudos de caça de mamíferos na Amazônia de 1990 a 2014. O

gradiente de cores é proporcional ao número de estudos em cada ano.

Figura 3 – Densidade de Kernel para as 171 localidades com estudos de caça de mamíferos na

Amazônia de 1990 a 2014. Pontos pretos representam as localidades estudadas.

Page 34: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

34

Figura 4 – Mapas de superfícies de distâncias das cinco variáveis utilizadas na modelagem. a)

área de estudo; b) distância até capitais; c) distância até rios; d) distância até rodovias; e)

distância até áreas protegidas e f) distância até universidades.

Page 35: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

35

Figura 5 – Modelo médio de adequabilidade para ocorrência de estudos de caça de mamíferos

na Amazônia gerado pelo Maxent (área de estudo correspondente à figura 4).

Preditores ambientais e a probabilidade de ocorrência de estudos

Nossos GLMs apresentaram poder explicativo baixo, com no máximo 36% da

variação explicada pelo modelo mais parcimonioso. A probabilidade de ocorrência de estudos

de caça foi influenciada negativamente pela distância até universidades e distância até áreas

protegidas, mas positivamente influenciada pela distância até rodovias em nosso modelo mais

parcimonioso (Tabela 1). Embora as distâncias até rios e até capitais tenham influenciado

negativamente a ocorrência dos estudos de caça, não foram estatisticamente significativas,

portanto não permaneceram no melhor modelo (Tabela 1, Fig. 6).

Page 36: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

36

Figura 6 – Média (± 95% IC) da probabilidade de ocorrência de estudos de caça para 171

pontos de ocorrência e 171 de pseudo-ausências em função das cinco variáveis preditoras.

Page 37: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

37

Tabela 1 – Parâmetros (slope) estimados para as variáveis explanatórias dos GLMs sobre a probabilidade de ocorrência de estudos na Amazônia.

Distância até capitais Distância até rios Distância até

universidades

Distância até áreas

protegidas

Distância até rodovias Modelo

Slope (EP)a Valor de

Z

Slope (EP)a Valor de

Z

Slope (EP)a Valor de

Z

Slope (EP)a Valor de

Z

Slope (EP)a Valor de

Z

DE (%)b AIC

c

Completo -0,141

(0,147)

-0,955† -0,167

(0,144)

-1,155† -1,448

(0,205)

-7,047*** -1,093

(0,177)

-6,165*** 1,347

(0,208)

6,451*** 36,61 312,51

Melhor -1,464

(0,206)

-7,107*** -1,070

(0,172)

-6,201*** 1,327

(0,204)

6,478*** 36,16 310,65

Valores de Significância: † não significativo, ***p<0,001.

a Slope para as variáveis e Erro Padrão (EP);

b Porcentagem do Desvio Explicado para cada modelo (DE (%));

c Valor do Akaike Information Criterion para cada modelo (AIC);

Page 38: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

38

Representatividade das espécies de mamíferos em estudos de caça

Os mamíferos que mais contribuem para a biomassa de vertebrados em florestas

Neotropicais, que inclui primatas, ungulados, esquilos e roedores caviomorfos (Peres 1999,

2000), foram reportados em 71% dos estudos resultantes das buscas, e em 67% de todas as

localidades amostradas. Dentre essas importantes espécies cinegéticas, a mais reportada nos

estudos e na maioria das localidades estudadas foi a paca (Cuniculus paca), e em seguida as

cutias (Dasyprocta spp.), caititus (Pecari tajacu), veados (Mazama spp.), queixadas (Tayassu

pecari) e antas (Tapirus terrestris) (Fig. 7). As espécies reportadas em menor número de

estudos e com baixa representação nas localidades estudadas foram Cebuella pygmaea,

Callimico goeldi, e Microsciurus spp. (Fig. 7). No geral, houve uma tendência em espécies de

porte grande e muito grande serem mais estudadas e melhor representadas nas localidades de

estudo quando comparadas às demais classes de tamanho corporal, exceto para Dasyprocta

spp. e Cebus spp., que apesar de apresentarem porte médio também apareceram na maioria

dos estudos e localidades estudadas.

Figura 7 – Número de estudos e de localidades estudadas que reportaram caça de mamíferos

de acordo com o tamanho corporal das espécies na Amazônia.

5. 5. Discussão

Distribuição espacial e temporal dos estudos de caça

Houve um aumento no número de estudos de caça de mamíferos na Amazônia,

especialmente nos últimos 10 anos. Esse aumento pode refletir o interesse dos pesquisadores

Page 39: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

39

em investigar os impactos das atividades humanas sobre a biodiversidade, uma vez que o

crescimento rápido da população humana e a maior demanda por recursos naturais requerem

estratégias que conciliem a conservação com o bem-estar humano (Kareiva and Marvier

2012).

Contudo, apesar do incremento no número de estudos nos últimos anos, a distribuição

espacial dos estudos resultantes das nossas buscas mostrou que existe um viés na área coberta

por estudos de caça ao longo da Amazônia. Por exemplo, o sudeste e parte do norte da

Amazônia permanecem pouco estudados. As bordas da região sudeste e leste da Amazônia

contemplam o chamado “arco do desmatamento”, região que apresenta elevadas taxas de

desmatamento em decorrência da constante expansão agropecuária (Fearnside 2005). Dado

que as perturbações antrópicas geralmente ocorrem em sinergia (Peres 2001), e a caça pode

ser facilitada pela fragmentação e outros tipos de distúrbios (Wilkie et al. 2000, Peres 2001,

Poulsen et al. 2009, Ahmed et al. 2014), as bordas leste e sul da Amazônia representam um

cenário altamente relevante para estudos sobre a conservação da biodiversidade. Assim, a

falta de estudos envolvendo caça de mamíferos florestais deve ser considerada em pesquisas

futuras.

Preditores ambientais e a probabilidade de ocorrência de estudos

Como previsto, os estudos de caça estiveram mais concentrados em regiões próximas

às áreas protegidas e universidades. No entanto, também estiveram mais concentrados em

regiões distantes às rodovias. Rodovias podem aumentar significativamente o acesso de

caçadores ao interior das florestas e reduzir a proporção de áreas não perturbadas (Espinosa et

al. 2014). Contrariamente às nossas predições iniciais e à literatura prévia (Peres and Lake

2003, Suarez et al. 2013), a acessibilidade (i.e., distâncias até rios navegáveis e capitais) não

afetou significativamente a probabilidade de ocorrência de estudos de caça.

Embora alguns distúrbios antrópicos sejam altamente detectáveis e possam ser

monitorados por sensoriamento remoto (Cochrane and Laurance 2002, Laurance et al. 2002,

Asner et al. 2005, Rufin et al. 2015), atividades de caça ocorrem sob o dossel da floresta

(Peres et al. 2006), dificultando ou até impossibilitando sua detecção em grandes fragmentos

de florestas tropicais. Dessa forma, métodos convencionais para o monitoramento da caça em

florestas tropicais requerem intenso esforço de pesquisa in situ, restringindo replicações

espaciais e temporais (Parry and Peres 2015) e aumentando consideravelmente os custos. De

fato, avaliações de custo-benefício e melhorias nas metodologias têm sido temas de pesquisas

Page 40: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

40

na conservação da biodiversidade nos últimos anos (Gardner et al. 2008, Berenguer et al.

2015).

Diante deste trade-off entre custo-efetividade em estudos de caça, é esperado que

pesquisadores evitem longos deslocamentos e custos altos para chegar nas áreas de estudo,

fazendo com que a relação negativa entre a probabilidade de ocorrência de estudos e a

distância até universidades não nos surpreendesse. Também era esperado que as pesquisas

com mamíferos cinegéticos florestais apresentassem uma tendência em ocorrer em áreas mais

preservadas, próximas às áreas protegidas, em reflexo à preferência dos pesquisadores em

realizar estudos em ambientes mais preservados (Kareiva and Marvier 2012). Além disso,

pesquisas realizadas dentro ou próximas às áreas protegidas podem usufruir da logística

presente nessas áreas (i.e., abrigo, barcos, carros, motores, etc.), o que pode reduzir

substancialmente os custos dos estudos. Por outro lado, áreas mais preservadas geralmente

estão localizadas mais distantes das rodovias, especialmente em áreas fragmentadas e

perturbadas (Michalski et al. 2008), e assim a relação positiva entre a probabilidade de

ocorrência de estudos e a distância até rodovias pode ser um resultado dessa tendência.

O acesso por rios navegáveis tem influenciado atividades extrativistas de uma ampla

variedade de produtos florestais não-madeireiros (Peres and Lake 2003) e facilitado o acesso

para caça (Laurance et al. 2009). Embora tenhamos encontrado uma relação negativa entre a

probabilidade dos estudos de caça e a distância até os rios, esse efeito não foi significativo,

possivelmente porque a influência dessa variável foi diluída em decorrência da escala

utilizada (rios de 4ª ordem acima) em nosso método de modelagem. Além do mais, a grande

extensão da nossa área de estudo (Amazônia lato sensu) e o relativamente baixo número de

pontos de estudos de caça, nos impediram de usar uma escala de grade mais refinada (Hengl

2006), o que pode também ter contribuído para a baixa variância explicada pelos modelos.

Representatividade das espécies de mamíferos em estudos de caça

Entre os mamíferos que mais contribuem para a biomassa de vertebrados em florestas

Neotropicais (Peres 1999, 2000), as espécies mais citadas nos estudos avaliados foram a de

grande porte C. paca, e as de porte muito grande Mazama spp., T. terrestris, T. pecari e P.

tajacu. Essas espécies são também as preferidas por caçadores em florestas tropicais já que

proporcionam uma boa relação custo-benefício em termos de esforços de caça e quantidade de

carne retornada (Redford 1992, Peres 2000, Jerozolimski and Peres 2003). Espécies de médio

e pequeno porte foram frequentemente negligenciadas nos estudos compilados, demonstrando

que mais pesquisas sobre o impacto da caça devem focar nessas espécies.

Page 41: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

41

5. 6. Conclusão

Considerando que a maioria das áreas em florestas tropicais está sob alguma forma de

perturbação antrópica, estudos sobre os efeitos da caça irão se tornar cada vez mais

importantes para a conservação da vida silvestre em florestas tropicais. Assim, o número

crescente de estudos de caça de mamíferos nas florestas amazônicas, mas sem uma cobertura

uniforme desenviesada na maior extensão de floresta tropical da Terra, precisa ser melhorado.

Essa questão é importante principalmente em áreas como o “arco do desmatamento”, onde

existe uma falta de estudos de caça, mas também ocorre grande parte do desmatamento,

fragmentação e distúrbios antrópicos. Em nosso trabalho mostramos que a maioria dos

estudos revisados baseou-se em espécies de mamíferos de porte grande e muito grande e que

futuros estudos devem focar também em espécies de pequeno e médio porte. A relação entre a

probabilidade de ocorrência de estudos de caça com a proximidade de universidades e áreas

protegidas pode ser objeto de preocupação, uma vez que é necessário aumentar o número de

estudos de caça em áreas mais distantes desses locais. Resumidamente, consideramos crítico

reduzir vieses na localização e nas espécies alvo selecionadas em estudos de caça nas florestas

tropicais em pesquisas futuras.

5. 7. Agradecimentos

Este trabalho foi parcialmente financiado por uma bolsa de pesquisa da Fundação

CAPES, Ministério da Educação (Projeto 88881.030414/2013-01). Gostaríamos de agradecer

ao Darren Norris por suas sugestões e assistência com a modelagem. AL recebeu bolsa de

mestrado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A

Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) forneceu apoio logístico. Dados das áreas

protegidas foram extraídos do World Database on Protected Areas (WDPA) do ano de 2015.

O WDPA é uma produção em conjunto da IUCN com a UNEP, preparado pela UNEP-

WCMC e pela IUCN-WCPA com apoio de Governos, Secretarias de Acordos Ambientais

Multilaterais, e com a colaboração de Organizações Não-Governamentais.

5. 8. Referências

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rainforest of Yasuni Biosphere Reserve (Ecuador). Animal Conservation 16:265-274.

Wilkie, D., E. Shaw, F. Rotberg, G. Morelli, and P. Auzel. 2000. Roads, development, and

conservation in the Congo basin. Conservation Biology 14:1614-1622.

Page 47: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

47

6. CONCLUSÕES

Houve um aumento no número de estudos sobre a caça de mamíferos na Amazônia,

indicando um interesse crescente dos pesquisadores em avaliar os impactos das perturbações

antrópicas em florestas tropicais;

A distribuição dos estudos de caça compilados não foi uniforme na paisagem

amazônica, onde áreas do sudeste e parte do norte da Amazônia foram pobremente

investigadas. Além disso, a probabilidade de ocorrência dos estudos apresentou uma relação

negativa com a distância até áreas protegidas e universidades, e positiva com a distância até

rodovias, apontando um viés amostral na localização dos estudos que precisa ser evitado;

A maioria dos estudos avaliou espécies de maior porte, principalmente aquelas que

mais contribuem para a biomassa em florestas Neotropicais. Contudo, é necessário que

estudos futuros também investiguem a importância de espécies de menor porte para a caça;

Page 48: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

48

7. APÊNDICE

Tabela S1 – Lista dos estudos de caça revisados (n = 124) e localidades estudadas (n = 171)

na Amazônia de 1990 a 2014.

Fonte Local País Espéciesa Coordenadas

Fonte das

coordenadas

Silva Ferreira et al. (2012) 1 Brasil sim 00º42'25''N;

51º25'16''W

estudo

Arraes (2008) 2 Brasil sim 01º44'34"N;

50º47'27"W

estudo

Ferreira (2009) 3 Brasil sim 0°8'24.93"N;

51°3'24.08"W

GE

Cardoso and da Silva

(2008), Cardoso et al.

(2013)

4 Brasil sim 0°34'23.56"S;

52°9'27.40"W

GE

von Muhlen (2005) 5 Brasil sim 3°37'59.61"N;

51°27'52.87"W

GE

ICMBio (2010) 6 Brasil sim 2°51'35.94"N;

51°8'13.21"W

GE

7 Brasil sim 3°40'33.33"N;

51°12'53.65"W

GE

8 Brasil sim 3°13'40.15"N;

51°13'50.68"W

GE

9 Brasil sim 3º23'17.49''N;

51º17'00.83''W

estudo

IEF (2014) 10 Brasil sim 2°54'33.90"N;

51°43'57.88"W

GE

Silva (2014) 11 Brasil sim 1°19'57.56"N;

50°16'45.59"W

GE

Valsecchi and Valsecchi do

Amaral (2009), Pereira et al.

(2014)

12 Brasil sim 02º29'07"S;

64º44'53"W

GE

Valsecchi and Valsecchi do

Amaral (2009)

13 Brasil sim 02º28'59"S;

64º42'38"W

GE

14 Brasil sim 02º44"37"S;

64º29'51"W

GE

15 Brasil sim 02º49'06"S;

64º37'14"W

GE

Rangel (2012) 16 Brasil sim 0°41'15.49"S; GE

Page 49: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

49

51°59'51.26"W

Ribeiro et al. (2007) 17 Brasil sim 1°26'10.02"S;

48°16'4.47"W

GE

Alves (2012), Melo (2012) 18 Brasil sim 01°13'24.59''N;

60°23'6.2''W

estudo

Mazurek et al. (2000) 19 Brasil sim 0°24'29.37"S;

60°31'13.63"W

GE

Pezzuti et al. (2004) 20 Brasil sim 1°55'20.52"S;

61°52'8.64"W

GE

Trinca (2004) 21 Brasil sim 10°7'26.92"S;

57°59'28.73"W

GE

Rosas and Drumond (2007) 22 Brasil sim 10°49'33.76"S;

68°25'1.60"W

GE

23 Brasil sim 10°46'29.76"S;

68°38'33.42"W

GE

Linke (2009) 24 Brasil sim 1°14'8.80"N;

54°39'40.33"W

estudo

Valsecchi (2012) 25 Brasil sim 3°7'36"S;

64°47'15"W

estudo

26 Brasil sim 2°51'36"S;

64°55'53"W

estudo

27 Brasil sim 2°56'32"S;

65°4'45"W

estudo

28 Brasil sim 2°48'31"S;

65°6'32"W

estudo

29 Brasil sim 2°28'49"S;

65°19'59"W

estudo

30 Brasil sim 2°44'21"S;

64°33'24"W

estudo

Campos (2008) 31 Brasil sim 2°43'57.59"S;

60°25'23.61"W

GE

Parry et al. (2009) 32 Brasil sim 0°44'59.66"S;

52°43'13.19"W

GE

Fonseca and Pezzuti (2013) 33 Brasil sim 3°17'30.85"S;

55°11'22.60"W

GE

Sampaio (2007) 34 Brasil sim 2°39'52.74"S;

54°58'32.02"W

GE

Bisaggio et al. (2008),

Belchior (2011)

35 Brasil sim 12°3'50.81"S;

64°22'11.90"W

GE

Page 50: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

50

Melo (2010) 36 Brasil sim 1°16'18.13"S;

56°41'25.19"W

GE

Peres and Nascimento

(2006)

37 Brasil sim 7º41'15"S;

51º52'25"W

estudo

Calouro (1995), Calouro

(2005)

38 Brasil sim 9°19'16.28"S;

68°12'32.22"W

GE

Castro (2013), Ramos et al.

(2014)

39 Brasil sim 4°52'54.50"S;

52°51'55.07"W

GE

Ramos et al. (2014) 40 Brasil sim 4°32'6.59"S;

54°15'42.30"W

GE

41 Brasil sim 3°49'9.23"S;

52°51'55.42"W

GE

42 Brasil sim 3°54'7.14"S;

52°48'59.72"W

GE

43 Brasil sim 4°2'58.86"S;

52°34'53.40"W

GE

44 Brasil sim 4°35'21.36"S;

52°37'19.23"W

GE

45 Brasil sim 5°32'57.46"S;

52°39'57.80"W

GE

Peres (2000) 46 Brasil não 3º17'S;

66º14'W

estudo

47 Brasil não 3º19'S;

66º01'W

estudo

48 Brasil não 6º28'S;

68º46'W

estudo

49 Brasil não 6º45'S;

70º51'W

estudo

50 Brasil não 6º50'S;

70º45'W

estudo

51 Brasil não 8º22'S;

72º49'W

estudo

52 Brasil não 8º40'S;

72º47'W

estudo

53 Brasil não 6º35'S;

68º54'W

estudo

54 Brasil não 9º23'S;

71º54'W

estudo

55 Brasil não 7º46'S; estudo

Page 51: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

51

51º57'W

56 Brasil não 6º32'S;

68º55'W

estudo

57 Brasil não 6º48'S;

70º44'W

estudo

Michalski et al. (2006) 58 Brasil não 09º53'S;

56º28'W

estudo

da Silva and Begossi (2009) 59 Brasil sim 1°4'23.25"S;

62°46'1.32"W

GE

Pezzuti and Chaves (2009) 60 Brasil sim 6°45'48.47"S;

67°40'46.85"W

GE

Prado et al. (2012) 61 Brasil sim 3º46'38.72"S;

46º8'48.17"W

estudo

Carvalho and Pezzuti (2010) 62 Brasil não 3°5'4.57"S;

55°34'47.42"W

GE

Murrieta et al. (1999) 63 Brasil não 1°23'44.22"S;

48°52'16.64"W

GE

Muchagata (1997) 64 Brasil sim 5°20'42.38"S;

49°7'53.06"W

GE

Gomes (2009) 65 Brasil sim 9°24'17.42"S;

66°18'20.60"W

GE

Leeuwenberg (1997),

Fragoso et al. (2000)

66 Brasil sim 13º24'31.42"S;

51º37'51.02"W

GE

Alves and Rosa (2006) 67 Brasil não 2°26'51.83"S;

44°6'25.24"W

GE

Oliveira et al. (2011) 68 Brasil sim 3º43'21.57''S;

46º19'58.19''W

GE

Terra and Rebêlo (2005) 69 Brasil sim 3º01'42.38''S;

60º15'56.04''W

GE

Crepaldi (2012) 70 Brasil não 13º01'23.51''S;

53º06'47.78''W

GE

71 Brasil não 12º25'41.13''S;

52º12'02.79''W

GE

72 Brasil não 11º04'18.63''S;

57º33'43.22''W

GE

73 Brasil não 12º12'37.79''S;

54º52'35.23''W

GE

74 Brasil não 10º16'26.31''S;

61º12'09.54''W

GE

Page 52: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

52

75 Brasil não 10º33'51.70''S;

52º32'01.88''W

GE

Antunes et al. (2011), Vieira

(2013)

76 Brasil sim 4°28'44.40"S;

62°22'40.93"W

GE

Sousa e Silva (2008) 77 Brasil sim 2°34'33.13"S;

55°11'19.60"W

GE

Constantino (2010) 78 Brasil não 9º28'20.58"S;

72º23'27.52"W

GE

79 Brasil 9º29'52.97"S;

72º8'28.84"W

GE

80 Brasil 9º15'36.29"S;

72º1'3.70"W

GE

81 Brasil 8º24'13.90"S;

71º19'12.44"W

GE

82 Brasil 9º1'36.40"S;

71º26'12.38"W

GE

83 Brasil 8º14'9.18"S;

70º44'54.71"W

GE

84 Brasil 9º8'19.54"S;

70º8'39.40"W

GE

Vieira (2013) 85 Brasil sim 5°6'28.30"S;

62°29'44.50"W

GE

Torres (2014) 86 Brasil sim 2°58'9.86"S;

54°42'52.16"W

GE

Ramos (2013) 87 Brasil sim 5°4'47.65"S;

52°56'15.50"W

GE

Drumond (2011) 88 Brasil sim 9°50'59.68"S;

67°14'0.92"W

GE

Oliveira (2012) 89 Brasil sim 7°48'39.09"S;

75°59'33.72"W

GE

Gallois (2011) 90 Brasil sim 1°4'59.48"N;

52°52'10.59"W

GE

Begossi et al. (1999) 91 Brasil sim 9°9'51.29"S;

72°27'5.67"W

GE

Almeida et al. (2012) 92 Brasil sim 8°37'20.03"S;

72°51'6.71"W

GE

Ramos et al. (2008) 93 Brasil sim 2°59'48.34"S;

47°51'28.57"W

GE

Oliveira et al. (2008) 94 Brasil não 11°12'29.32"S; GE

Page 53: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

53

63°30'35.33"W

Dias (2004) 95 Brasil sim 9°1'45.65"S;

72°27'46.14"W

GE

Leite (2007) 96 Brasil sim 11°9'44.84"S;

65°1'3.94"W

GE

Menton (2003) 97 Brasil sim 2°35'4.97"S;

55°27'5.32"W

GE

Araújo and Freitas (2009) 98 Brasil sim 3°14'13.99"S;

60°46'22.71"W

GE

Bonaudo et al. (2005) 99 Brasil sim 3°43'16.26"S;

53°44'16.86"W

GE

Calouro (1999) 100 Brasil sim 8°27'55.94"S;

72°51'57.01"W

GE

van Vliet et al. (2014) 101 Brasil sim 4°22'48.75"S;

70°1'38.95"W

GE

102 Colômbia 3°58'47.99"S;

70°8'16.53"W

GE

Lobo and Costa-Campos

(2014)

103 Brasil sim 0°54'23.59"N;

52°0'8.27"W

GE

Faria (2007) 104 Brasil sim 4º34'02"S;

52°38'0.6"W

estudo

Barros et al. (2011), Barros

et al. (2012)

105 Brasil sim 4°45'33.98"S;

54°39'18.28"W

estudo

Endo (2005) 106 Brasil sim 1°18'50.49"N;

68°37'18.43"W

GE

Freschi and Gavazzi (2012) 107 Brasil sim 7°31'10.66"S;

73°0'36.84"W

GE

Barboza et al. (2014) 108 Brasil sim 1°4'23.04"S;

57°20'49.98"W

GE

Correia (2009) 109 Brasil sim 9°10'40.89"S;

72°54'39.41"W

GE

110 Brasil sim 10°30'58.45"S;

69°49'53.77"W

GE

111 Brasil sim 7°36'12.57"S;

73°33'34.75"W

GE

Forline (1997) 112 Brasil sim 2°58'52.89"S;

45°47'8.09"W

GE

Lopes et al. (2008) 113 Brasil sim 3°29'24.65"S;

52° 2'40.32"W

GE

Page 54: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

54

Vadjunec and Rocheleau

(2009)

114 Brasil sim 10°28'40.83"S;

69°14'47.66"W

GE

Van Holt et al. (2010) 115 Bolívia sim 15º30'08"S;

63º01'33"W

estudo

Martinez (2009) 116 Colômbia sim 2°32'35.85"N;

71°36'35.13"W

GE

Zapata-Ríos (2001) 117 Equador sim 0°12'53.18"N;

76°3'24.31"W

GE

Espinosa et al. (2014) 118 Equador sim 0º49'31.05"S;

76º19'9.04"W

GE

Sirén (2004) 119 Equador sim 1°44'S;

77°29'W

GE

Zapata-Ríos et al. (2009) 120 Equador sim 2°36'30.78"S;

77°46'58.23"W

GE

Iwamura et al. (2014) 121 Guiana sim 3°16'33.36"N;

59°37'21.78"W

GE

Aquino et al. (2007) 122 Peru sim 4°16'54.34"S;

73°38'58.72"W

GE

Bodmer et al. (1994) 123 Peru sim 4°18'58.55"S;

73°12'33.35"W

GE

Bodmer and Lozano (2001) 124 Peru sim 4°55'16.96"S;

75°12'24.16"W

GE

125 Peru sim 5°37'34.26"S;

75°18'50.03"W

GE

126 Peru sim 4°17'56.05"S;

71°58'48.58"W

GE

Gavin (2007) 127 Peru sim 7°48'39.09"S;

75°59'33.72"W

GE

Ferrer et al. (2013) 128 Venezuela sim 7°12'37.93"N;

65°6'49.60"W

GE

Gilmore (2005) 129 Peru sim 3°14'1.67"S;

72°56'2.98"W

GE

Ohl-Schacherer et al. (2007) 130 Peru sim 11°42'59.18"S;

71°39'1.84"W

GE

131 Peru sim 11°48'13.60"S;

71°54'37.32"W

GE

Bisbal (1994) 132 Venezuela sim 7°27'53.49"N;

61°8'57.74"W

GE

Loja-Alemán and Ascorra 133 Peru sim 12°46'15.09"S; GE

Page 55: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

55

(2004) 69°14'15.55"W

134 Peru sim 12°31'25.14"S;

69°2'10.94"W

GE

Lu (1999) 135 Equador sim 1°1'32.71"S;

77°11'48.45"W

GE

Franzen (2006) 136 Equador sim 0°39'19.60"S;

76°27'16.84"W

GE

137 Equador sim 0°59'21.43"S;

76°12'47.35"W

GE

Maldonado (2010) 138 Colômbia sim 3°43'39.07"S;

70°17'6.90"W

GE

Zent and Zent (2002) 139 Venezuela sim 5°49'56.79"N;

65°33'30.63"W

GE

Heymann et al. (2002) 140 Peru sim 2°9'41.04"S;

74°42'18.51"W

GE

Schulte-Herbrüggen (2003) 141 Peru sim 11°58'26.26"S;

70°0'42.13"W

GE

Soini et al. (1996) 142 Peru sim 5°12'9.33"S;

74°39'2.67"W

GE

Saldaña and Saldaña (2011) 143 Peru sim 4°55´S;

73°45´W

estudo

Politis et al. (2013) 144 Brasil sim 3°35'24.94"S;

46°27'44.96"W

GE

Pedreira et al. (2013) 145 Brasil não 3°38'20.72"N;

61°5'13.02"W

GE

Costa et al. (2012) 146 Brasil não 2°47'43.70"S;

60°2'18.30"W

GE

Espinoza et al. (2013) 147 Bolívia não 11°46'41.63"S;

68°7'32.83"W

GE

Borges et al. (2014) 148 Brasil não 9°57'26"S;

67°52'25"W

estudo

Luna (2014) 149 Brasil não 3°37'53''N;

61°42'29''W

estudo

150 Brasil não 0°48'1''N;

59°25'41"W

estudo

Bennett et al. (2001) 151 Peru sim 5°39'18"S;

74°00'13"W

estudo

Montaña et al. (2014) 152 Equador não 0°4'47.14"S;

76°9'44.77"W

GE

Page 56: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

56

Nilsson and Fearnside

(2011)

153 Brasil não 1°32'6.62"N;

63°48'18.38"W

GE

Pitman et al. (2011) 154 Peru não 12°29'40.15"S;

70°8'58.26"W

GE

Innerhofer and Bernhardt

(2011)

155 Equador não 0°41'27.32"S;

77°18'15.37"W

GE

Morsello et al. (2014) 156 Brasil não 5°9'41.07"S;

67°12'50.02"W

GE

Richard-Hansen et al.

(2009)

157 Guiana Francesa não 3°38'39.42"N;

53°15'31.21"W

GE

158 Guiana Francesa não 3°26'34.72"N;

53°59'33.09"W

GE

159 Guiana Francesa não 5°40'13.88"N;

53°46'49.21"W

GE

160 Guiana Francesa não 5°44'13.20"N;

53°54'37.27"W

GE

161 Guiana Francesa não 3°9'58.17"N;

52°20'20.51"W

GE

162 Guiana Francesa não 2°15'25.03"N;

52°52'26.63"W

GE

Bodmer et al. (1997) 163 Peru não 4°36'54.94"S;

72°42'35.94"W

GE

Nunez-Iturri and Howe

(2007)

164 Peru não 12°15'S;

70°55'W

estudo

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69°16'4.82"W

GE

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69°32'40.16"W

GE

167 Peru 12°3'55.41"S;

69°33'25.57"W

GE

Peres et al. (2003) 168 Brasil não 2°41'35.08"S;

55°38'16.77"W

GE

Suarez et al. (2013) 169 Equador não 0°31'7.55"S;

76°46'15.57"W

GE

Ravetta and Ferrari (2009) 170 Brasil não 3°19'54"S;

54°55'24"W

estudo

Bowler et al. (2014) 171 Peru não 4°23'57.71"S;

72°12'56.24"W

GE

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Page 69: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

69

8. ANEXO

Accessibility drives the occurrence of Amazon hunting studies

Águeda Lourençoa,b

, Fernanda Michalskia,b,c*

a Postgraduate Programme in Tropical Biodiversity, Federal University of Amapá, Rod.

Juscelino Kubitschek km 02, Macapá, Amapá 68903-419, Brazil

b Ecology and Conservation of Amazonian Vertebrates Research Group, Federal University

of Amapá, Rod. Juscelino Kubitschek km 02, Macapá, Amapá 68903-419, Brazil

c Pro-Carnívores Institute, Av. Horácio Neto 1030, Atibaia, São Paulo, 12945-010, Brazil

* Corresponding author.: Tel: +55 96 3312 1757. E-mail address:

[email protected] (F. Michalski).

Short title: Hunting studies in the Amazon

Page 70: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

70

Abstract

Subsistence hunting is common and critical to communities in tropical forests. However,

unsustainable hunting can threaten biodiversity, reducing exploited populations and resulting

in defaunation in tropical regions. To evaluate the spatial distribution of studies on the

subsistence and/or commercial hunting of Amazon forest mammals, we reviewed the

scientific and gray literature from 1990 to 2014. We found 124 studies from 171 study sites

where hunting on mammals was evaluated. Using these data, we derived the density of study

sites with a kernel density map. We used generalized linear models to examine the influence

of accessibility (distances to navigable rivers, roads, and capitals) and distances to protected

areas and universities in predicting the probability of occurrence of hunting studies. Finally,

to determine whether the species that contribute most to the biomass in Neotropical forests

were also those most commonly studied, we counted the number of studies and the number of

sites that evaluated different forest mammal species grouped into four body size classes. The

density of study sites was higher in the northeast, southwest, and west-central Amazon; the

probability of occurrence of hunting studies was negatively influenced by distances to

universities and protected areas, and positively influenced by distance to roads in our most

parsimonious model. Overall, large- and very large-bodied species were more studied and

better represented in the study than medium- and small-bodied ones. Our findings highlight

the importance of reducing biases in the location and selection of target species for hunting

studies to enhance their usefulness.

Keywords: Effectiveness; Game species; Mammals; Spatial distribution; Tropical

forests; Vertebrates.

Page 71: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

71

Introduction

Much of the protein consumed by remote communities in tropical forests comes from the

hunting of wildlife (Nogueira and Nogueira 2011). However, subsistence and/or commercial

hunting can reduce the levels of exploited populations and drive species to local or regional

extinction through unsustainable hunting practices, and this is the leading cause of

defaunation in tropical forests (Dirzo et al. 2014; Fa et al. 2002). Mammals comprise the

largest number of individuals and largest biomass extracted from tropical forests (Nasi et al.

2011). Large-bodied species, which are usually preferred by hunters (Jerozolimski and Peres

2003; Peres 2000), commonly represent populations vulnerable to extinction owing to some

biological characteristics such as a long lifespan, low population growth rate, and longer time

of gestation (Bodmer et al. 1997). The decline or extirpation of these species in the

environment can alter ecological processes that are essential to the maintenance of ecosystems

(Dirzo et al. 2014; Galetti et al. 2013; O'Farrill et al. 2013).

Owing to its widespread occurrence and relevance to wildlife conservation in tropical

forests, hunting has attracted attention from researchers in the past decades (Bodmer et al.

1997; Brashares et al. 2004; Corlett 2007; Fa et al. 2002; Parry et al. 2009; Parry and Peres

2015; Peres 2000; Redford 1992). However, studies mapping the occurrence of hunting are

still lacking in several tropical regions. This is partly because hunting activities occur under

the forest canopy, and they cannot be monitored by conventional remote sensing techniques

(Ahmed et al. 2014; Peres et al. 2006). Instead, it requires in situ techniques, which can

underpin the spatial extent and number of replications of studies (Parry and Peres 2015) and

increase the costs of research activities.

Land cover change caused by anthropogenic disturbances (e.g., agriculture, livestock,

selective logging) coupled with forest loss and fragmentation has been the most frequent

threat to the maintenance of Amazon biodiversity (Peres et al. 2010). Because of these

changes, as of 2013 the Amazon had lost 811,662 km² of its original extent (13.3%) (RAISG

2015). Anthropogenic disturbances in tropical forests usually occur in synergy and hunting

activities can be intensified due to fragmentation (Michalski and Peres 2007; Peres 2001),

logging (Poulsen et al. 2009), and the construction of new roads (Ahmed et al. 2014; Wilkie

et al. 2000).

Here, we examined the influence of accessibility (distance to navigable rivers, roads,

and capitals) and distance to protected areas and universities on the spatial distribution of

hunting studies of a large number of Amazonian forest mammals. We predicted that hunting

Page 72: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

72

studies would be more concentrated in areas closer to access points and closer to protected

areas and universities. To test these hypotheses, we conducted a search of studies on the

hunting of Amazonian forest mammals, from the scientific and gray literature and evaluated

their responses at two levels: (1) spatial patterns of occurrence of hunting studies and (2)

patterns of species studied and their distribution (e.g., quantity of studies and number of sites

studied). Subsequently, we tested the probability of occurrence of hunting studies in relation

to five spatial variables, indicating which most influenced the distribution of studies. Finally,

we concluded with some general guidelines to enhance the usefulness of future hunting

studies in areas with low coverage by past studies, increasing the minimum targets of

representation in the Amazon.

Methods

Study area

Our study area encompasses eight of the nine countries that compose Amazonia (sensu lato:

Brazil, Peru, Bolivia, Colombia, Venezuela, Guyana, Ecuador, and French Guiana).

Amazonia (sensu lato) is by far the largest tropical forest tract on Earth, covering

approximately 6 million km2 (RAISG 2015). The region is composed of a mosaic of eight

endemic areas (Silva et al. 2005), harboring approximately a quarter of all terrestrial species

in the world and accounting for 15% of global photosynthesis (Malhi et al. 2008). Its forests

and vast hydrological network play a crucial role in carbon storage and climate regulation at

the continental level (Foley et al. 2007).

Compilation of studies on hunting

We reviewed the available literature on hunting studies of forest mammals in the Amazon.

We first conducted a search through the Web of Science, Google Scholar, Scopus, and Scielo,

using the combination of the terms “hunting”, “bushmeat”, “exploitation”, “use”,

“vertebrate”, “mammal”, and “amazon”. Searches using equivalent terms in Portuguese were

also conducted to cover the period from 1990 to 2014. We conducted additional searches of

the literature cited in each article obtained in our survey and included studies based on our

background reading but not found in the searches that addressed our research topic. Gray

literature (i.e., conference abstracts, reports, graduate theses, MSc theses, and PhD

Page 73: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

73

dissertations) was also searched using the same combination of terms in Google and Google

Scholar. The numbers of studies excluded and those retained in our survey were recorded for

each of the screening stages according to the PRISMA Statement (Fig. 1) (Moher et al. 2009).

We examined, filtered, and collated the total results returned by the searches to ensure that we

considered all relevant studies that reported on the impact of the subsistence hunting and

commercial use of forest mammal species. At the end, 124 studies met our criteria out of a

total of 502 potentially relevant studies (Fig. 1, S1 Table). We then reviewed the relevant

studies to determine the species studied, and the geographic location and coordinates of the

study area. When a document failed to provide the geographic coordinates, we used Google

Earth (GE) to obtain the nearest coordinates supported by maps of the study area and key

landmarks such as roads, rivers, islands, and other visual features that could be clearly

distinguished in the GE images. When studies had more than one study site in the same region

or when the sites were located no farther than 10 km apart, we calculated the mean positional

fixes between these points, with equal distances between all points reported. We chose a

threshold of a minimum distance of 10 km between study sites to avoid the overlap of studies.

We also considered this distance as hunters usually concentrate their activities within a radius

of 10 km from their home (Peres and Nascimento 2006; Siren et al. 2004).

Environmental predictors

We used five environmental predictors selected based on a priori knowledge of variables that

could influence the occurrence and distribution of hunting studies in the Amazon. The rapid

expansion of urban areas in tropical regions has greatly increased the accessibility of remote

areas, which, coupled with access by navigable rivers and roads, has been shown to influence

the extractive activities of a wide range of nontimber forest products (Peres and Lake 2003)

and facilitate hunting access (Laurance et al. 2009). The increase in human density has been

shown to increase the consumption of bushmeat (Poulsen et al. 2009), which is an inherent

characteristic of the growing number of rural areas in several regions of the Amazon (Norris

and Michalski 2013). Also, households usually extract more wildlife from old secondary

forests (Gavin 2007), and most studies evaluating hunting in tropical forests have been

conducted in large, continuous tracts of non-disturbed forests (Cullen et al. 2000).

Therefore, we selected proxies of human accessibility by calculating the Euclidian

distance to: (1) research institutions (i.e., universities), (2) navigable rivers, (3) roads, (4)

capitals, and (5) protected areas. All predictors were projected to the same coordinate system

Page 74: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

74

(WGS 1984, Web Mercator) and resampled to a 100 x 100 km grid in ArcGIS 9.3 (ESRI

2009). Coordinates of the universities across the study area were obtained from the Ministry

of Education of each country where the studies were conducted. The coordinates of the

municipalities where the universities were based were then obtained using Google Earth,

except that coordinates of the Brazilian and Peruvian municipalities were obtained from the

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) and the Instituto Geográfico Nacional

Peruano (IGN), respectively (available at

ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_territorial/localidades/ and

http://www.ign.gob.pe/index.php?PG=Nomenclatorp&OPC=20&paginasok=1). The river

network vector was obtained from the Food and Agriculture Organization of the United

Nations (FAO) (available at

http://www.fao.org/geonetwork/srv/en/metadata.show?id=37330). To evaluate only navigable

rivers, we selected from the river network only those of fourth or higher order. The road

network vector was obtained from the Natural Earth (available at

http://www.naturalearthdata.com/downloads/10m-cultural-vectors/). The coordinates of cities

(i.e., capitals) of our study area were obtained from the WorldMap (available at

http://worldmap.harvard.edu/data/geonode:world_cities_gmd). Finally, we used the World

Database on Protected Areas (IUCN and UNEP-WCMC 2015) as our source of data on

protected area coverage.

Representativeness of mammal species in hunting studies

To evaluate the representativeness of the most important vertebrate species in terms of their

contribution to the biomass of Neotropical forests (Peres 1999; Peres 2000), we quantified the

studies and the number of sites that evaluated forest mammals grouped into four body size

classes based on Peres (2000) as follows: (1) small species (<1 kg): squirrels (Microsciurus

and Sciurus spp.), acouchis (Myoprocta spp.), callithrichid primates (pygmy marmosets

[Cebuella pygmaea], tamarins [Saguinus spp.], Goeldi monkeys [Callimico goeldii]), and

squirrel monkeys (Saimiri spp.); (2) Medium species (1-5 kg): agoutis (Dasyprocta spp.), titi

monkeys (Callicebus spp.), saki monkeys (Pithecia spp.), bearded sakis (Chiropotes spp.),

and capuchin monkeys (Cebus spp.); (3) Large species (5-15 kg): howler monkeys (Alouatta

spp.), spider monkeys (Ateles spp.), and pacas (Cuniculus paca); (4) Very large species (>15

kg): collared peccary (Pecari tajacu), white-lipped peccary (Tayassu pecari), brocket deers

(Mazama spp.), and lowland tapirs (Tapirus terrestris).

Page 75: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

75

Modeling approach and pseudo-absence data generation

Because of the large size of the study area, the potential bias in the spatial distribution of

studies evaluating hunting in the Amazon, and the use of different techniques in the studies

surveyed, we chose a presence-only approach to predict the areas with a higher probability of

the occurrence of studies. Our modeling process and grid size followed the methodology

described in previously published literature (Hengl 2006).

To generate the niche model of potentially suitable areas of occurrence of studies

required to derive pseudo-absences, we used the MaxEnt software package (Phillips et al.

2006). MaxEnt is one of the most popular tools for species distribution and environmental

niche modeling (Merow et al. 2013). Constrained by data availability and the five predictors,

we used a 10-fold cross-validation approach (Iturbide et al. 2015; Norris et al. 2011). We

combined the niche model average and the distance from study locations to generate pseudo-

absences. By combining these two sources of information, we derived a probability weight

map to generate a random point pattern of 171 pseudo-absences (Baddeley 2008; Norris et al.

2011) located both far from occurrences (>100 km) and in areas of low suitability of studies.

Prediction of the density distribution of hunting studies

The occurrence locations (n = 171) were used to derive the density of studies for the study

area via kernel-based point pattern analysis using ArcGIS 9.3 (ESRI 2009). To determine the

kernel smoothing parameter (bandwidth), we used a cross-validation following previous

studies (Berman and Diggle 1989), implemented with the package spatstat (Baddeley and

Turner 2005) from the software R (R Development Core Team 2015). This calculation

resulted in a bandwidth value of 39.6 km.

We used generalized linear models (GLMs, family = binomial, link = logit) to investigate

predictors of the probability of occurrence of hunting studies. The probability of occurrence

of studies was defined by a binary response (“presence” or “pseudo-absence”). As predictors,

we used the Euclidian distances (as a continuous variable) to universities, capitals, roads, 4th

order or higher rivers, and protected areas. All possible subsets of the five predictor variables

were controlled for multicollinearity (Spearman’s correlation rs < 0.70), ranging between 0.01

and 0.31 (mean ± SD = 0.15 ± 0.11), allowing all variables to be used in subsequent analyses.

The influence of these predictors on the response variables was tested with separate GLMs to

understand how they could affect the probability of the occurrence of studies. We adopted a

Page 76: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

76

backwards stepwise selection (R function “step”), applying the program default to achieve the

most parsimonious (i.e., “best”) model. We compared variable slope estimates in both the full

and the “best” model selected, which enabled us to avoid well-know issues of stepwise

approaches (e.g., inflated Type 1 error rates) (Mundry and Nunn 2009). Unless otherwise

stated, analyses were conducted in the software R (R Development Core Team 2015).

Results

Spatial and temporal distribution of hunting studies

Our searches returned a total of 124 studies from 1990 to 2014 from 171 locations in the

Amazon where the subsistence hunting and/or commercial use of the target mammal species

was investigated (S1 Table). Most studies were conducted after 2004 (80.6%), with the

highest number of studies in 2014 (n = 15) (Fig. 2). The majority of search results were

scientific articles (52.4%), followed by MSc theses (17.0%), book chapters (8.1%), and PhD

dissertations (7.3%). The remaining studies obtained in our searches were conference

abstracts (6.4%), graduate theses (2.4%), books (2.4%), reports (2.4%), and management

plans (1.6%).

The spatial distribution of the studies varied, but the majority (71.9%) occurred in

Brazil. This was expected, considering that approximately 59% of the Amazon region is in

Brazilian territory (RAISG 2015). The country with the second highest number of studies was

Peru (13.4%), and all of the other countries combined where our searches returned studies

comprised only 14.7%. From the nine countries that compose the Amazon, we failed to find

studies on hunting only for Suriname.

Our kernel density map for the 171 sites showed a higher density of studies in the

northeast, southwest, and west-central Amazon (Fig. 3). The mean distance between study

sites was 1,437 km ± 790 km (mean ± SD), ranging from a minimum of 2.76 km to a

maximum of 3,809 km.

Potential distribution of studies

MaxEnt analysis with study locations and five environmental predictors showed a high mean

AUC value for the test data (mean ± SD = 0.775 ± 0.065), which is considered a fair score for

the model validation (Phillips et al. 2006). From our five predictors, three accounted for over

Page 77: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

77

80% of the predictive value and contribution (distance to protected areas: 42.1%, distance to

rivers: 30.6%, and distance to universities: 14.7%), whereas the other two variables had a

predictive contribution of less than 15% (distance to roads: 8.3% and distance to capitals:

4.2%).

Environmental predictors and the probability of occurrence of studies

Our GLMs showed that the explanatory power of the models was low, with a maximum

deviance explained of 36% for the most parsimonious model. The probability of occurrence

of hunting studies was negatively influenced by the variables distance to universities and

distance to protected areas, and positively influenced by distance to roads in our most

parsimonious model (Table 1). Although distances to rivers and to capitals negatively

influenced the occurrence of hunting studies, they were not significant, and thus, were not

retained in the best model (Table 1, Fig. 4).

Representativeness of mammal species in hunting studies

The most important mammals, including primates, ungulates, squirrels, and caviomorph

rodents, in terms of their contribution to vertebrate biomass in Neotropical forests (Peres

1999; Peres 2000) were reported in 71% of the studies returned in our searches and in 67% of

all study sites. Among these important game species, the one most reported in hunting studies

and in most study sites was the paca (Cuniculus paca), followed by agoutis (Dasyprocta

spp.), the collared peccary (Pecari tajacu), brocket deers (Mazama spp.), the white-lipped

peccary (Tayassu pecari), and the tapir (Tapirus terrestris), all present in a large number of

studies (Fig. 5). The species in the studies and at the fewest study sites were Cebuella

pygmaea, Callimico goeldii, and Microsciurus spp. (Fig. 5). Overall, species with large and

very large bodies tended to be more studied and better represented among study sites than

small- and medium-sized species, with the exception of Dasyprocta spp. and Cebus spp., both

medium-sized species that were well represented in most studies and study sites.

Discussion

Spatial and temporal distribution of hunting studies

Page 78: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

78

There has been an increase in studies on Amazonian forest mammals, especially in the past 10

years. This could reflect the interest of researchers in investigating the impacts of human

activities on biodiversity, since the rapid growth of the human population and the increased

demand for natural resources necessitate strategies that balance conservation with human

well-being (Kareiva and Marvier 2012).

However, despite the increase in studies in past years, the spatial distribution of

studies found in our search showed that there are biases in the coverage of hunting studies

across the Amazon. For example, the southeast and some parts of the north of the Amazon

remain poorly studied. Forest loss and anthropogenic disturbances along the “arc of

deforestation”, which comprises the eastern and southern edges of the Amazon, produce the

highest deforestation levels resulting from agriculture and livestock (Fearnside 2005). Since

anthropogenic disturbances occur in synergy (Peres 2001), and hunting activities can be

facilitated by forest fragmentation and other disturbances (Ahmed et al. 2014; Peres 2001;

Poulsen et al. 2009; Wilkie et al. 2000), the eastern and southern edges of the Amazon

represent a highly relevant location for studies on biodiversity conservation. Thus, the lack of

studies in these areas must be addressed in the future.

Environmental predictors and probability of occurrence of studies

As we predicted, hunting studies on forest mammals were more concentrated in areas closer

to protected areas and universities. However, they were also more concentrated farther from

roads. Roads can significantly increase the access of hunters into the forest interior and reduce

the proportions of undisturbed source areas (Espinosa et al. 2014). Contrary to our initial

predictions and to previous literature (Peres and Lake 2003; Suarez et al. 2013), accessibility

(i.e., distances to navigable rivers and capitals) did not significantly affect the probability of

occurrence of hunting studies.

Although some anthropogenic disturbances are highly detectable and can be monitored

by remote sensing (Asner et al. 2005; Cochrane and Laurance 2002; Laurance et al. 2002;

Rufin et al. 2015), hunting activities occur under the forest canopy (Peres et al. 2006), making

them difficult if not impossible to detect in large tracts of tropical forests. Thus, conventional

methods for monitoring the hunting of forest game species require intensive in situ survey

effort, which constrains spatial and temporal replications (Parry and Peres 2015) and

considerably increases costs. In fact, costeffective assessments and improvements in

Page 79: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

79

methodologies have been a topic in research in biodiversity conservation in recent years

(Berenguer et al. 2015; Gardner et al. 2008).

Facing this trade-off between cost-effectiveness and hunting studies, it would be

reasonable that researchers would avoid long trips and high costs to arrive at the study sites,

making the negative relationship between the probability of occurrence of studies and

distance to universities unsurprising. Moreover, it would be reasonable that research on forest

game mammals would tend to occur in the most preserved areas, closer to protected areas,

which also reflects the preference of researchers to conduct studies in the most preserved

environments (Kareiva and Marvier 2012). Additionally, research conducted inside and/or

close to protected areas can benefit from the use of logistics (i.e., housing, boats, motors, cars,

etc.) from these areas, which could considerably reduce the research costs. Controversially,

more preserved areas are usually the ones located farther from roads, especially in fragmented

and disturbed areas (Michalski et al. 2008), so the positive relationship between the

probability of occurrence of studies and distance to roads may be a result of this trend.

Access to navigable rivers has been shown to influence the extractive activities of a

wide range of non-timber forest products (Peres and Lake 2003) and facilitate hunting access

(Laurance et al. 2009). Although we found a negative relationship between the probability of

hunting studies and distance to rivers, this effect was not significant, possibly because the

influence of this variable was diluted in our modeling approach because of the scale used (4th

river order). Moreover, the large extent of our study area and the relatively few hunting study

points prevented us from using a finer grid size scale (Hengl 2006), which could also have

influenced the low deviance explained by our models.

Representativeness of mammal species in hunting studies

Among the most important game vertebrates in terms of their contribution to the biomass of

Neotropical forests (Peres 1999; Peres 2000), the most studied species in our searches were

the large- (C. paca) or very large-bodied (Mazama spp., T. terrestris, T. pecari, and P.

tajacu). These are also the preferred target species of hunters in tropical forests as they

provide a good cost-benefit in terms of hunting effort and quantity of wild meat (Jerozolimski

and Peres 2003; Peres 2000; Redford 1992). Small- and medium-sized species were usually

neglected in the studies from our searches, showing that more studies on the effects of hunting

should focus on these species.

Page 80: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

80

Conclusion

Since most areas of tropical forests have some form of human disturbance, studies on hunting

effects will become increasingly important for tropical forest wildlife conservation. Thus,

despite the increase in studies on hunting forest mammals in the Amazon, the lack of unbiased

uniform coverage in the largest tropical forest tract in the Earth indicates a need for

improvement. This is especially true in areas such as the “arc of deforestation”, where there is

a lack of hunting studies, but where most of the forest loss, fragmentation, and anthropogenic

disturbances take place. Here, we showed that most of the studies we reviewed were based on

large- and very large-bodied mammals and that future studies should also focus on small- and

medium-bodied species. The relationships between proximity to universities and protected

areas can be a subject of concern, as it is necessary to enhance the number of hunting studies

in areas farther from these locations. We consider it critical to reduce biases in the location

and the selected target species of future studies of hunting in tropical forests.

Acknowledgments

This work was partially funded by a research grant from the CAPES Foundation, Brazilian

Ministry of Education (Project 88881.030414/2013-01). We would like to thank Darren

Norris for his useful insights and assistance with the modeling approach. AL received an MSc

scholarship from the Brazilian National Council for Scientific and Technological

Development (CNPq). The Federal University of Amapá (UNIFAP) provided logistical

support. Protected areas data were extracted from the 2015 World Database on Protected

Areas (WDPA). The WDPA is a joint product of IUCN the and UNEP prepared by the

UNEP-WCMC and IUCN-WCPA working with governments, the Secretariats of Multilateral

Environmental Agreements, and in collaboration with non-governmental organizations and

individuals.

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Page 86: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

86

Figure Legends

Fig. 1. Flow chart using the PRISMA statement for the systematic review.

Fig. 2. Annual number of hunting studies of mammals in the Amazon from 1990 to 2014. The

color gradient is proportional to the number of studies in each year.

Fig. 3. Kernel density estimation for 171 hunting study sites in the Amazon from 1990 to

2014. Black circles represent the study sites.

Fig. 4. Mean (± 95% CI) occurrence probability of hunting studies in 171 presences and 171

pseudo-absences as a function of distances to five predictor variables.

Fig. 5. Number of studies and number of sites that reported on the hunting of mammal species

ranging from small to very large body sizes in the Amazon.

Page 87: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

87

Supplementary material legend

Table S1. List of reviewed hunting studies (n = 124) and study sites (n = 171) in the

Amazon from 1990 to 2014.

Page 88: Distribuição espacial dos estudos de caça de mamíferos na Amazônia

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Comprovante de submissão do artigo.