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 DISTRITO INDUSTRIAL DE UBERLÂNDIA-MG: Perspectivas para o Século XXI 1 Erlon Moreira Castilho [email protected]  2  Ângela Maria Soares [email protected] Resumo: Uberlândia está em processo de modernização do parque empresarial e industrial. O Distrito Industrial de Uberlândia-MG durante muitas décadas foi o responsável por inúmeros processos de degradação do meio ambiente. Muitas falhas ocorreram nas indústrias na destinação dos resíduos sólidos, na emissão dos seus efluentes e na emissão de gases tóxicos na atmosfera. A PMU, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o DMAE, através do PREMEND e as Indústrias, por intermédio da UNEDI, têm criado vários projetos que estão sendo implantados nas indústrias e têm alcançado resultados satisfatórios que tem mudado o panorama da cidade assim como no próprio Distrito Industrial. A implantação nas indústrias da ISO 14.000, tem colaborado para que elas possam distribuir seus produtos com certificação que atesta qualidade e responsabilidade com a sustentabilidade na exploração de recursos naturais e com processo de fabricação, respeitando as leis ambientais. E é nesse cenário que esse trabalho tem como objetivo mostrar através dessas mudanças as perspectivas do manejo e da responsabilidade com o meio ambiente para um Século XXI, onde não conta só o trabalho e a preocupação dos órgãos ambientais, como também das próprias indústrias em conciliar a produção com a sustentabilidade ambiental e com o respeito da popu lação da cidade de Uberlândia-MG. Palavra Chave: Distrito Industrial Uberlândia, ISO 14.000, Gestão ambiental 1  ERLON, M. C.    Graduado em Geografia pela FCU    Faculdade Católica de Uberlândia. 2  ÂNGELA, M. S.    Dra. Profª e Cordª do curso de Gestão Ambiental da FCU - Faculdade Católica de Uberlândia.

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DISTRITO INDUSTRIAL DE UBERLÂNDIA-MG:Perspectivas para o Século XXI

1Erlon Moreira [email protected] 

2Ângela Maria [email protected] 

Resumo:

Uberlândia está em processo de modernização do parque empresarial eindustrial. O Distrito Industrial de Uberlândia-MG durante muitas décadas foi oresponsável por inúmeros processos de degradação do meio ambiente. Muitas falhasocorreram nas indústrias na destinação dos resíduos sólidos, na emissão dos seusefluentes e na emissão de gases tóxicos na atmosfera. A PMU, através da SecretariaMunicipal de Meio Ambiente, o DMAE, através do PREMEND e as Indústrias, porintermédio da UNEDI, têm criado vários projetos que estão sendo implantados nasindústrias e têm alcançado resultados satisfatórios que tem mudado o panorama dacidade assim como no próprio Distrito Industrial. A implantação nas indústrias da ISO14.000, tem colaborado para que elas possam distribuir seus produtos com certificaçãoque atesta qualidade e responsabilidade com a sustentabilidade na exploração de

recursos naturais e com processo de fabricação, respeitando as leis ambientais. E énesse cenário que esse trabalho tem como objetivo mostrar através dessas mudançasas perspectivas do manejo e da responsabilidade com o meio ambiente para um―Século XXI‖, onde não conta só o trabalho e a preocupação dos órgãos ambientais,como também das próprias indústrias em conciliar a produção com a sustentabilidadeambiental e com o respeito da população da cidade de Uberlândia-MG.

Palavra Chave: Distrito Industrial Uberlândia, ISO 14.000, Gestão ambiental

1 ERLON, M. C. – Graduado em Geografia pela FCU – Faculdade Católica de Uberlândia.2 ÂNGELA, M. S. – Dra. Profª e Cordª do curso de Gestão Ambiental da FCU - Faculdade Católica de Uberlândia.

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Introdução

Um dos maiores desafios dos gestores públicos tem sido equacionar de forma

equilibrada o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.Embora, as questões de uso e ocupação chamem mais a atenção como causas dos

problemas ambientais, um inimigo silencioso vem assumindo um importante papel na

discussão sobre a sustentabilidade ambiental, a poluição atmosférica. Dentre várias

formas de poluição que as indústrias podem gerar três se destacam por causar maior

preocupação da população e dos ambientalistas referentes aos impactos (A poluição do

ar, do solo e dos córregos e rios da região).

Este trabalho tem como objetivo diagnosticar e apontar mudanças nosprocedimentos industriais, de acordo com a legislação ambiental, numa perspectiva de

melhoria das empresas na geração de resíduos e na emissão de poluentes químicos

líquidos e gasosos na atmosfera. Outra preocupação que norteou o trabalho foi tentar

entender, do ponto de vista das políticas públicas de tratamento e resíduos industriais,

como se apresentava a realidade deste município nas últimas décadas.

Estes questionamentos direcionaram o objetivo principal da pesquisa que foi

diagnosticar como ocorre a gestão dos resíduos industriais no Distrito Industrial de

Uberlândia e propor medidas para minimizar os impactos ambientais decorrentes dos

mesmos. O presente estudo apresenta uma abordagem qualitativa que incluiu três

etapas distintas: pesquisa documental, observação em campo e entrevistas. A pesquisa

documental foi feita através de pesquisas bibliográficas, em livros, teses, internet, etc. A

observação em campo teve caráter de diagnosticar a presença dos impactos gerados

pelas indústrias e registrados em fotografias, as quais serão disponibilizadas no

decorrer deste, e as entrevistas foram realizadas junto ao Departamento Municipal de

Água e Esgoto (DMAE), Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU), União dasEmpresas do Distrito Industrial de Uberlândia (UNEDI) e às indústrias integrantes do

distrito.

O Distrito Industrial de Uberlândia vem crescendo vertiginosamente nos últimos

anos, e com esse crescimento aumenta também a preocupação com os impactos que

podem ser causados ao meio ambiente, uma vez que, a situação presente no momento

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da criação de novos espaços para produção industrial é a forma restritiva que estes

espaços dispõem. Não é só produzir, há de se saber antes o que irão produzir e como

irão gerir, tanto a produção dos produtos como a dos seus resíduos.

Apresentar soluções é mais difícil que denegrir. Porém, muitos projetos exitosostêm acontecido por todo o país, graças a pessoas que com criatividade e o desejo de

se fazer cumprir a lei, vai vencendo os obstáculos dos poucos recursos e o descaso das

autoridades. Com esta pesquisa, espero poder contribuir com os empresários do

município de Uberlândia-MG, entendendo que é muito importante que, pessoas no nível

local propiciam as ações, utilizem resultados para o planejamento e ações na

preservação do meio ambiente.

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento Urbano - 2009 

Distrito Industrial de Uberlândia-MG

No crescente processo de desenvolvimento industrial, inúmeras empresas com

reconhecimento nacional e internacional instalaram-se em Uberlândia possibilitando a

existência de um parque industrial de grande visibilidade no país. O Distrito Industrial foi

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criado em 1965, sendo chamado inicialmente de Cidade Industrial, e a partir de 1972

pelo nome atual.

O Distrito Industrial de Uberlândia conta com empresas de diversos segmentos,

das quais se destacam atacadistas, indústrias de processamento de grãos,transportadoras, armazenamento, processamento de couros, indústria de cigarros,

gases industriais, indústrias de alimentos, produtos químicos e irrigação, etc. O setor

abriga empresas como os atacadistas Martins, Peixoto, União e Arcom e ainda ABC

Inco, Engeset, Sabe, Braspelco, Cargill, Araguaia Minas, Cemig, Café Cajubá, Junco,

Politriz, Erlan, Souza Cruz, Start Química, dentre outras.

Desenvolver novas áreas econômicas na cidade, atrair investimentos e novas

empresas, gerar novos postos de trabalho, não há como lutar contra estas bandeiras,afinal, tudo isso é fundamental para se criar mais riquezas no município; o problema em

Uberlândia, como nas demais cidades brasileiras, é justamente a distribuição desta

riqueza, ou seja, o objetivo que deveria estar por trás de todos estes projetos que seria

uma melhor qualidade de vida para um número cada vez maior de pessoas.

Total de empresas que possuem área no Distrito IndustrialIndustriais 111Comerciais 30

Serviços 124Total 265

Fonte: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Uberlândia

A atividade industrial está, inevitavelmente, associada à degradação do meio

ambiente, uma vez que não existem processos de fabricação totalmente limpos. O

perigo das emissões industriais varia com o tipo de indústria, matérias primas usadas,

processos de fabricação, produtos fabricados ou substâncias produzidas, visto

conterem componentes que afetam os ecossistemas.

Dentre vários processos de degradação gerados pelas indústrias podemos

destacar os três mais importantes que são: poluição do solo, poluição do ar e poluição

da água. O poder público municipal tem demonstrado preocupações no que tange

essas ações em relação à saúde da população de Uberlândia. Para isso é preciso que

o município atue com responsabilidade sócio-ambiental através da implantação do

Sistema de Gestão Ambiental que é a parte de um sistema da gestão de uma

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organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para

gerenciar seus aspectos ambientais, utilizando das leis ambientais, iniciando pelo

cumprimento da Constituição Federal de 1988 que indica por seu Art. 225:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de usocomum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao PoderPúblico e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentese futuras gerações.

Segundo a Organização Mundial de Saúde  – OMS; saúde é o "bem estar físico,

mental e social do cidadão"; e saneamento o "controle de todos os fatores do meio

físico do homem, que exercem efeitos deletérios sobre o seu bem estar físico, mental

ou social".

Poluição do Solo

O desenvolvimento da indústria em Uberlândia ocorreu sem um correto

planejamento e ordenamento, localização inadequada das mesmas, o que resultou a

concentração industrial numa área geográfica limitada provocando casos específicos e

localizados de poluição.

De acordo com as Fotos 1 e 2, a Prefeitura de Uberlândia visando implantar

sistemas de amenizar os impactos gerados pela construção civil e pelas obras de

construção e reforma das sedes das indústrias construídas no Distrito Industrial, em

1990 foram instalados na cidade vários locais de destinação de entulhos e de lixos

gerados pela construção civil (―Centrais de Entulhos‖, lei municipal nº 4744 - Institui o

Código de Posturas do Município), o que antes eram jogados em qualquer terreno

baldio, e uma delas está localizada no bairro N. Senhora das Graças, no final da Rua

Pedro Quirino da Silva, divisa com o bairro Cruzeiro do Sul, à margem direita da

nascente do Córrego Liso.

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 Fotos: 1 e 2  – Renato Cury (2009) – Central de entulho B. N. Srª das Graças 

Por causa do descaso das autoridades, nesses locais foram encontrados lixos

domésticos e também descartes de lixo por parte de algumas empresas. Desde então,estas concentrações implicaram numa maior vigilância ambiental, exigindo a existência

de infra-estruturas adequadas de controle de destinação de resíduos sólidos gerados

também pelas empresas e que combatam os níveis cumulativos de poluição.

Para os resíduos de construção civil (reformas, demolições e construções), deve-

se dispor de um local em que os coletores sejam descarregados, conforme as

especificações do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, que

obriga, por força de Resolução CONAMA 307 de 5 de julho de 2002 e que se encontraem vigor desde 2 de janeiro de 2003, a práticas ainda não adotadas pela Prefeitura

Municipal. A oportunidade de implantar o sistema é ímpar, ainda mais que se isso não

for feito nesse momento, além do descumprimento legal, ficará muito mais difícil que

haja providências futuras nessa direção. Além de diminuir o volume do aterro e das

centrais de entulho, o município tem benefícios com o ICMS Ecológico. A lógica do

saneamento deve permear toda a questão hidrosanitária do espaço urbano, ou seja, um

olhar holístico acerca das questões ambientais. São elementos referenciais para o

saneamento ambiental de Uberlândia, com o fim de melhorar as condições de vida da

população no Município e impedir a degradação dos seus recursos naturais, os

seguintes sistemas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de

águas pluviais, gestão integrada de resíduos sólidos e controle de poluição ambiental.

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O mercado verde também pressiona os gestores privados a participar do

Mercado de Desenvolvimento Limpo (MDL) sob pena de redução de lucros. Então, essa

situação, exige novas práticas da gestão empresarial e da gestão pública Municipal.

Portanto, é imperativo que seja, já no momento da formulação de propostas paraa administração dos resíduos, via licitação, na discriminação dessa tarefa necessária. A

utilização do material arrecadado pode tanto ser para reciclagem quanto, enquanto não

se defina a forma de industrialização, a distribuição em regiões alagadiças, na forma de

aterro, sendo que os materiais recicláveis separados podem ir para os núcleos de

triagem de resíduos limpos.

O aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo para a

disposição final dos resíduos sólidos urbanos e industriais. Fundamentado em critériosde engenharia e normas técnicas específicas, permite confinar tais resíduos de uma

forma mais segura, controlar a poluição ambiental e proteger a saúde pública. Embora

consistindo numa técnica simples, os aterros sanitários exigem cuidados especiais, e

procedimentos específicos devem ser seguidos desde a escolha da área até a sua

operação e monitoramento.

Conforme a NBR 8419/1992 da ABNT o aterro sanitário também é uma técnica

de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública

e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal método utiliza princípios

de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao

menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de

cada trabalho, ou intervalos menores, se necessário.

De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a construção de

aterros com vida útil mínima de 10 anos. O seu monitoramento deve prolongar-se, no

mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento.

Neste sentido, tornou-se prioritário a implementação de medidas que vise reduzirou eliminar estas fontes de poluição, o que tem vindo a ser concretizado através da

publicação de um quadro legislativo apropriado, associado a um conjunto de programas

e incentivos econômicos que colocam á disposição das indústrias, meios financeiros

capazes de melhorar a qualidade do ambiente.

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George Martine (1993), discutindo a relação entre população, meio ambiente e

desenvolvimento, afirma que as questões ambientais que afetam de maneira mais

direta o cotidiano da maioria da população brasileira deverão ser resolvidas no âmbito

de espaços urbanos construídos ou em construção, e não em espaços naturais ouintocados. Segundo esse autor, o Brasil vai participar dos problemas ambientais

globais, em grande parte, através do que ocorre em suas áreas de adensamento

demográfico e não através de sua mata. Ou seja, a nossa contribuição para o efeito

estufa e para a depleção da camada de ozônio, vai ocorrer principalmente no espaço

urbano.

Martine, nesse texto, está preocupado em demonstrar que existem problemas

ambientais globais (como efeito estufa, buraco na camada de ozônio, perda dabiodiversidade) e problemas ambientais locais ou regionais, associados principalmente

a situações de pobreza (falta de saneamento, condições inadequadas de moradia,...) e

esgotamento de recursos naturais (água, solos,...). A responsabilidade por esses

problemas é diferenciada também de acordo com as condições econômicas dos países.

Assim, os problemas ambientais globais, exceto no caso da perda de

biodiversidade, seriam resultado, majoritariamente, do padrão de consumo dos países

mais industrializados. Enquanto isso, os países menos industrializados estariam

envolvidos em problemas como a desertificação, o desmatamento, enchentes,

esgotamento de recursos naturais, além de problemas emergentes como poluição do ar

e chuva ácida.

Poluição do Ar

Atualmente não é possível estimar a enorme quantidade de produtos e

substâncias produzidas industrialmente, sendo que os dejetos e emissões da mesmaao meio ambiente são igualmente diversos. Os problemas mais graves de

contaminação do ar surgem nas cidades e áreas com um grande nível de

industrialização, embora cada vez mais se generalizem por todo o planeta, fato que

merece a nossa preocupação. De acordo com as Fotos 3 e 4, é fácil perceber uma

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grande preocupação com a poluição atmosférica, onde os principais agentes da

Poluição Industrial são os gases tóxicos liberados na atmosfera.

Fotos: 3 e 4  – Renato Cury (2009) – Chaminés da CARGIL 

A qualidade do ar da cidade de Uberlândia necessita de maior fiscalização,

principalmente, nos estabelecimentos industriais. Por isso é preciso ressaltar a

necessidade em classificar os dados de reclamações de poluição do ar por setor para

agilizar a fiscalização dos estabelecimentos poluidores. No período de maio a setembro

ocorre maior indicativo de poluição do ar, devido à baixa umidade relativa do ar. O que

é um indício de que a poluição ―mais visível‖ é a causada por particulados. No sentido

de conscientizar a população e os empresários sobre os males causados pela poluição

do ar, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Uberlândia

teve a iniciativa de convidar os meios de comunicação e setores organizados da

sociedade a se unirem para uma campanha de esclarecimento ao público.

A poluição atmosférica resulta da emissão de gases poluentes ou de partículas

sólidas na atmosfera. Pode provocar uma degradação dos ecossistemas devido ao

lançamento de inúmeras substâncias (radioativas, ácidas, etc.) e não respeita

fronteiras, por isso pode se tratar de um problema local e transfronteiriço. Este tipo depoluição pode dar origem ao efeito estufa, às alterações climáticas, à diminuição da

qualidade do ar, a problemas de saúde nos seres vivos como diversas doenças

respiratórias, diversos tipos de cancros, entre outros.

Sobre a saúde humana a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório

podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas tais como a asma,

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bronquite crônica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, doenças do coração e

cancro do pulmão.

Os poluentes atmosféricos podem afetar o sistema respiratório. Via direta e via

indireta. Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantasprovocados pela deposição seca de SO², pelas chuvas ácidas, refletindo na redução da

área fotossintética. Os efeitos indiretos são provocados pela acidificação dos solos com

a conseqüente redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais às plantas,

resultando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e

doenças.

Poluição das Águas

Nas Fotos 5 e 6, é fácil perceber a grande quantidade de compostos químicos

orgânicos e inorgânicos lançados nos corpos hídricos. Os metais, por exemplo, quando

lançados na água, agregam-se a outros elementos, formando diversos tipos de

moléculas, as quais apresentam diferentes efeitos nos organismos devido a variações

no grau de absorção pelos mesmos.

Entres os poluentes mais prejudiciais ao ecossistema estão os metais pesados.

Isto ocorre quando grande parte das indústrias não trata adequadamente seu efluente

antes de lançá-los no ambiente.

Um dos efeitos mais sérios da contaminação ambiental por metais pesados é a

bioacumulação dos poluentes pelos organismos vivos. Animais e plantas podem

concentrar os compostos em níveis milhares de vezes maiores que os presentes no

ambiente. O acúmulo de metais e outros poluentes industriais pelos organismos podem

ter efeito bastante abrangente já que possibilita o transporte dos contaminantes via teia

alimentar para diversos níveis tróficos da cadeia alimentar. Este efeito culmina com aocorrência das maiores taxas de contaminação nos níveis mais altos da teia trófica

(consumidores secundários e terciários). 

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 Fotos: 5 e 6  – Renato Cury (2009) – Empresa SWIFT 

Analisando o quadro atual do setor industrial de Uberlândia, observa-se a

necessidade de uma intervenção efetiva dos órgãos ambientais para trabalhar dentro

das organizações empresariais a questão ambiental e o desenvolvimento sustentável,

para que estas possam se adequar, pelo menos, à legislação em vigor.

Com uma maior preocupação entre as atividades industriais desenvolvidas e os

impactos resultantes sobre o meio ambiente, houve um aperfeiçoamento no

gerenciamento eficaz das relações entre o desenvolvimento econômico e meio

ambiente.

Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) e ISO 14001

A Norma BS-7750, cuja versão preliminar foi publicada em 1992, foi implantada

pela Organização Internacional de Padronização (ISO), em 4 de março de 1993. O

Comitê Técnico 207 (TC-207), com a incumbência de elaborar uma série de normas

direcionadas para o meio ambiente, dando origem a série ISO-14.000 (SMA-1998),

desenvolvidas por uma organização composta por representantes de 120 países

membros, dentre os quais o Brasil  – representado pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT).

Além de abordar os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), rótulos e declarações

ambientais, avaliação de desempenho ambiental e análise do ciclo de vida. A Norma

ISO 14.001, especifica os principais requisitos de um SGA, sendo que o sucesso deste

sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções de organização,

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constitui na verdade, em um conjunto de procedimentos sistematizados que são

desenvolvidos para as questões ambientais, Políticas Ambientais, Planejamento,

Implementação e Operação, Verificação e Ações Corretivas e Revisão do

Gerenciamento, que tem como objetivo a obtenção de uma melhoria do desempenhoambiental.

A elaboração de leis ambientais e sua efetiva implementação nos países mais

desenvolvidos tem sido um dos elementos principais a serem considerados nesse

processo de redistribuição das indústrias a nível global. Além da diminuição de custos

com mão de obra e matéria prima, e dos incentivos fiscais oferecidos pelos governos

dos países em desenvolvimento, a possibilidade de uma legislação ambiental "mais

flexível" (para não dizer ineficaz) tem se constituído num chamariz importante para asindustrias transnacionais.

Em decorrência da experiência adquirida ao longo de vários anos, passou-se a

perceber que a estratégia adotada para o controle da poluição deveria ser reformulada,

e, em vez de dar ênfase à busca de soluções dos problemas de poluição, após os

mesmos terem sido criados, deveriam ser adotadas estratégias que visassem a evitar

que a poluição fosse gerada, eliminando-se a necessidade de adoção de métodos e

medidas para o seu controle, bem como seria eliminada a possibilidade de ocorrência

de qualquer efeito adverso aos seres humanos e ao meio ambiente. Essas novas

estratégias é que deram origem ao conceito de Prevenção da Poluição que pode ser

definido da seguinte forma (Donaire, 1995):

Qualquer prática que reduz a quantidade ou impacto ambiental e nasaúde de qualquer poluente antes de sua reciclagem, tratamento oudisposição final, incluindo modificação de equipamentos ou tecnologias,reformulação ou redesign de produtos, substituição de matérias-primas emelhoria organizacional (housekeeping), treinamento ou controle deinventário.

Deve-se ressaltar que o principal objetivo de qualquer iniciativa de prevenção da

poluição é reduzir os impactos ambientais agregados a todo o ciclo de vida de um

produto. Assim, dessa forma, a conservação de recursos e de energia também é forma

de prevenção da poluição, cujos benefícios podemos destacar: redução de custos,

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redução da responsabilidade legal, melhoria da imagem corporativa e melhoria da

segurança dos trabalhadores.

Um sistema de gestão de acordo com a Norma ISO-14001 será mais bem

sucedido, com relação à melhoria do desempenho ambiental, se norteado pelosprincípios e objetivos da produção mais limpa, que consistem em prevenir a geração de

resíduos e todos os seus desdobramentos quanto ao processo produtivo, produto,

embalagens, descarte, destinação, manejo do lixo industrial, relacionamento com os

clientes e a política ambiental da empresa (FURTADO, 2000). 

Ainda na década de 90 destacou-se o lançamento das normas internacionais da

série ISO 14.000, utilizadas como referência para a implantação de sistemas de gestão

ambiental. Com o objetivo de minimizar os resíduos industriais que são gerados noprocesso produtivo, reaproveitando-os, através de desenvolvimento de novos produtos,

reciclando-os ou tratando-os e transformando-os em material inerte. A prática difundiu-

se rapidamente pelo Brasil, inicialmente entre as grandes empresas e posteriormente

entre os fornecedores destas empresas (NASCIMENTO, 2008).

O Direito Ambiental encontra seu conteúdo normativo destacado no Capítulo VI

da Constituição Federal de 1988 (CF/88), em seu único artigo  – art. 225 com seus

Parágrafos e Incisos. Art. 225: ―Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo –se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê –lo e preservá –lo

para os presentes e futuras gerações‖. A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental que

propicia à vida, visando assegurar no País, condições ao desenvolvimento sócio-

econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida

humana (art. 2º, da Lei Federal nº 6.938/81).

A referida Lei Federal nº 6.938/81, ao elencar os instrumentos da PNMA, destaca,dentre eles: (art.9º) o estudo de impacto ambiental, fortalecido pela CF/88, que dispõe

no art. 225, § 1º, que é poder –dever do Poder Público exigi-lo e o licenciamento

ambiental, onde as atividades consideradas efetiva e potencialmente poluidoras

dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente. No caso de

Uberlândia o CODEMA e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA, integrante

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do Sistema Nacional do Meio Ambiente  – SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis  – IBAMA, em caráter supletivo, sem

prejuízo de outras licenças exigíveis. O art. 1º, da Resolução CONAMA nº 237/97, dá

as seguintes definições:

Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação

de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais

considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as

disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,

estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que

deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores

dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Verificou-se que a legislação não trata da prevenção da geração de resíduos que

possam provocar degradação ambiental. Pelo contrário, trata do controle sobre os

resíduos que podem ser gerados, contribuindo para uma prática do tipo de tecnologia

―fim de tubo‖ por parte das empresas. Mesmo considerando que existem processos que,

devido às suas características, não têm como evitar a geração de resíduos, a legislação

poderia ser mais direcionada a evitar ao máximo a poluição.

A grande diversidade das atividades industriais ocasiona durante o processoprodutivo a geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, os quais podem

poluir/contaminar o solo, a água e o ar, sendo preciso observar que nem todas as

indústrias geram resíduos com poder impactante nesses três ambientes. Os resíduos

sólidos são classificados com base na sua periculosidade e solubilidade. De acordo

com a Norma Brasileira — NBR 10.004, os Resíduos Classe I são perigosos, tendo

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periculosidade por inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade; os Resíduos Classe II são não-inertes, podendo ter propriedades como

combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água; e os Resíduos Classe III

são inertes, não representando maiores problemas para a saúde pública ou riscos parao meio ambiente. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) editou, em 17 de

março de 2005, a Resolução no 357, a qual dispõe sobre a classificação e diretrizes

ambientais para o enquadramento dos corpos de águas superficiais, bem como

estabelece as condições e padrões do lançamento de efluentes, definindo que os

efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, diretos ou

indiretamente, nos corpos de água, após o devido tratamento e desde que obedeçam

as condições, padrões e exigências dispostos nesta resolução e em outras normasaplicáveis.

DMAE  – Departamento Municipal de Água e Esgoto

Foi implantado desde a sua publicação como Decreto Municipal, nº 10.643, de 03

de abril de 2007, no Diário Oficial do Município (nº 2661) na cidade de Uberlândia pelo

Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), o Programa de Recebimento e

Monitoramento de Efluentes Não Domésticos ( 3PREMEND), que tem como objetivo

analisar os parâmetros dos efluentes líquidos das empresas que estejam em condições

ideais de lançamento no sistema público de coleta e tratamento de esgoto cujos limites

estabelecidos têm como base as normas técnicas brasileiras e as deliberações

normativas do estado de Minas Gerais, para procedimentos de respeito à preservação

ambiental. È evidente que existe em Uberlândia algumas empresas sem tratamento de

efluentes, face às questões de saneamento ambiental. Isto não poderia acontecer?

Pois, tem resíduos tóxicos com elevada carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio(DBO). Esta complexidade dificulta e torna o tratamento de esgoto na Estação de

Tratamento de Esgoto Uberabinha (ETE), Fotos 7 e 8, menos eficiente, devido à

variedade de resíduos industriais. O tratamento de efluente industrial deverá ser

3 DECRETO Nº 10.643, DE 16 DE ABRIL DE 2007. DISPÕE SOBRE O PROGRAMA DE RECEBIMENTO EMONITORAMENTO DE EFLUENTES NÃO DOMÉSTICOS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA/MG -PREMEND.

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realizado na própria indústria, e não na estação de tratamento de esgoto doméstico. O

efluente tem resíduos tóxicos de metais pesados, que matam as bactérias da estação

de tratamento convencional. No Art. 12 do Plano Diretor ficam claras a concepção de

saneamento ambiental, que visa garantir a qualidade de vida para a população deUberlândia.

Fotos: 7 e 8 - Renato Cury (2009) – ETE- Estação de Tratamento de Esgoto Uberabinha 

De acordo com a Sra. Maria Lídia Bolanos Rija, Chefe de Seção de Controle de

Meio Ambiente do DMAE e o Sr. Alexandre Silva, Engenheiro responsável pelo

PREMEND, para o pleno funcionamento do programa é preciso que as empresas

incluam-se voluntariamente no mesmo e garantir ao DMAE que os seus efluentes

líquidos estejam dentro dos limites estabelecidos e regulamenta a exigência de um

tratamento pela empresa, para que os seus efluentes líquidos sejam compatíveis com

as cargas orgânicas de um esgoto doméstico.

PMU  – Prefeitura Municipal de Uberlândia

De acordo com a Secretária de Meio Ambiente de Uberlândia, Sra. Raquel

Mendes, é imprescindível a participação da sociedade, das lideranças políticas, ONGs,

representantes de bairros, da Prefeitura de Uberlândia e das próprias indústrias na

fiscalização e na solução dos problemas que as indústrias geraram no passado. É

preciso planejar, implementar, avaliar e acompanhar os planos, programas e projetos

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das novas indústrias que estão se instalando em Uberlândia, assim como, estabelecer,

de acordo com as diretrizes do Plano Diretor do Município, programas destinados a

proporcionar a melhoria das condições de vida da população. Uma das metas da

secretaria é a recuperação dos córregos que permeiam o perímetro urbano através daconstrução de calçadas, ciclovias, gramagem, arborização das áreas que margeiam os

Córregos e implantação de equipamentos públicos de ginástica.

UNEDI  – União das Empresas do Distrito Industrial

A União das Empresas do Distrito Industrial (UNEDI) têm como objetivos, ações

fundamentadas na defesa dos interesses das empresas associadas e respectivosfuncionários; colaborar com os órgãos públicos e de classe na solução de problemas;

estimular o espírito associativo; manter serviços de informações e assistências aos

associados e promover a preservação do meio ambiente. O Sr. José Humberto

Resende de Miranda, Engenheiro e Diretor Administrativo Ambiental é o responsável

pela adequação ambiental das empresas as quais representa e das empresas que

estão se instalando no município.

Considerações Finais

Então fica claro, que para haver preservação, sustentabilidade, zoneamento

ecológico econômico é preciso que haja educação ambiental, cidadania, planejamento,

gestão, leis, democracia e, antes de tudo, a participação da população nas ações do

cotidiano do meio urbano. A busca constante pela eficiência produtiva é uma meta do

setor industrial e a preservação do meio ambiente é essencial às atividades e

operações de qualquer setor industrial. Porém, o cenário tem revelado grandescontrastes no que diz respeito a esse fator, principalmente nos grandes centros

urbanos, como é o caso de Uberlândia, acrescentado a rigor das leis ambientais

brasileiras, criadas e reformuladas constantemente, tendo em vista a sustentabilidade.

Portanto, de maneira preliminar, verifica-se que o objetivo na implantação de

programa de conservação e preservação do meio ambiente, deve ser entendido como

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um mecanismo de gestão a ser seguido por toda e qualquer indústria, logicamente

respeitando sua atividade industrial, de modo a estimular ao mesmo tempo, de um lado,

competitividade e produtividade e de outro, responsabilidade e legalidade ambiental.

Desse modo, verifica-se que é necessário por meio de forma sistêmica, quenovos métodos de aprendizagem atinjam todas as cadeias produtivas e desse modo

formalizem o compromisso de preservação ambiental quanto ao uso e reuso da água,

da não contaminação do ar por emissão de gases e destinação adequados de resíduos

sólidos nas indústrias de Uberlândia.

Acredita-se desse modo, que é por meio de incentivos, formações,

implementações de medidas e ações educacionais ambientais, aliados à atuação direta

de especialistas na Política de Preservação Ambiental, que será possível a proteçãodos recursos naturais, ao mesmo tempo em que as indústrias do Distrito Industrial de

Uberlândia, desenvolvem-se. Para tanto, há de se fazer cogente reforçar a participação

das indústrias uberlandenses no contexto dos sistemas estadual e municipal que gesta

os recursos naturais. Assim, as mudanças no uso desses recursos, é fator indiscutível

para que haja um equilíbrio entre produção e meio ambiente, cabendo assim aos

governos estaduais e municipais e ao bom senso do setor industrial investir em infra-

estrutura para resolver os problemas quanto aos recursos naturais e a poluição

ambiental.

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