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Cursos RNA O Objetivo é seu, a Meta é nossa! Atualidades Professor Edilberto Nunes DIVERSIDADE CULTURAL, CONFLITOS E VIDA EM SOCIEDADE MEMÓRIA Ao ler a expressão um impulso lógico e quase automático é pensar na capacidade de acumular lembranças ou informações, como os dispositivos de armazenamento virtuais. Contudo a noção de memória vai muito além disso. Comecemos a nossa reflexão analisando a palavra comemorar: no seu processo de formação encontramos a estrutura com + memorar. O primeiro termo pode ser compreendido em seu sentido de adição, conjunto, coletivo. Já memorar refere-se ao ato de trazer à memória, ou seja, promover algum tipo de resgate. Logo o ato de comemorar é aquele que envolve uma (re)visita coletiva a algum evento. O conceito de memória envolve o resgate, ou apagamento, de eventos, símbolos, personagens e processos históricos a partir de questões do tempo presente. Sendo assim, a memória é um exercício constante de reconstrução e redefinição. Quando nos voltamos para o passado e recuperamos, por exemplo, o papel desempenhado pelo elemento feminino em prol da sua emancipação, o fazemos a partir de questionamentos de nosso presente. No meio do século passado o tema apresentava uma percepção diferente da de hoje, logo a memória acerca do mesmo também. Quando lidamos com o conceito de memória é importante que tenhamos em vista que o esquecimento é tão, ou mais, importante que a lembrança. Por exemplo: quando um regime político se sobrepõe a outro é comum que haja um grande esforço em apagar as marcas, os símbolos e as práticas, em suma com a memória, do anterior. Foi assim no processo de aprofundamento das práticas revolucionárias na França no final do século XVIII, na instalação do Republicanismo no Brasil no final do século XIX: novos símbolos são criados para apagarem as marcas do regime anterior. Logo, o esquecimento é um dos processos de construção da memória. https://www.youtube.com/watch?v=RenKBpyXc0s A CULTURA E OS ANOS 60 Uma das possibilidades que o novo Exame Nacional do Ensino Médio proporcionou foi o de tratar de assuntos relacionados às manifestações artísticas/culturais como registros de um tempo histórico. Mais do que um gancho um ou nariz de cera para o desenvolvimento das questões a Página 1 de 7 RNA Cursos – O Objetivo é seu, a Meta é nossa!

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DIVERSIDADE CULTURAL, CONFLITOS E VIDA EM SOCIEDADE.

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O Objetivo é seu, a Meta é nossa!

Atualidades Professor Edilberto Nunes

DIVERSIDADE CULTURAL, CONFLITOS E VIDA EM SOCIEDADE

MEMÓRIA

Ao ler a expressão um impulso lógico

e quase automático é pensar na capacidade de

acumular lembranças ou informações, como os

dispositivos de armazenamento virtuais. Contudo

a noção de memória vai muito além disso.

Comecemos a nossa reflexão analisando a

palavra comemorar: no seu processo de

formação encontramos a estrutura com +

memorar. O primeiro termo pode ser

compreendido em seu sentido de adição,

conjunto, coletivo. Já memorar refere-se ao ato de

trazer à memória, ou seja, promover algum tipo

de resgate. Logo o ato de comemorar é aquele

que envolve uma (re)visita coletiva a algum

evento.

O conceito de memória envolve o

resgate, ou apagamento, de eventos, símbolos,

personagens e processos históricos a partir de

questões do tempo presente. Sendo assim, a

memória é um exercício constante de

reconstrução e redefinição. Quando nos voltamos

para o passado e recuperamos, por exemplo, o

papel desempenhado pelo elemento feminino em

prol da sua emancipação, o fazemos a partir de

questionamentos de nosso presente. No meio do

século passado o tema apresentava uma

percepção diferente da de hoje, logo a memória

acerca do mesmo também.

Quando lidamos com o conceito de

memória é importante que tenhamos em vista

que o esquecimento é tão, ou mais, importante

que a lembrança. Por exemplo: quando um

regime político se sobrepõe a outro é comum que

haja um grande esforço em apagar as marcas, os

símbolos e as práticas, em suma com a memória,

do anterior.

Foi assim no processo de aprofundamento

das práticas revolucionárias na França no final

do século XVIII, na instalação do

Republicanismo no Brasil no final do século

XIX: novos símbolos são criados para apagarem

as marcas do regime anterior. Logo, o

esquecimento é um dos processos de

construção da memória.

https://www.youtube.com/watch?v=RenKBpyXc0s

A CULTURA E OS ANOS 60

Uma das possibilidades que o novo Exame

Nacional do Ensino Médio proporcionou foi o de

tratar de assuntos relacionados às manifestações

artísticas/culturais como registros de um tempo

histórico. Mais do que um gancho um ou nariz de

cera para o desenvolvimento das questões a

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serem exploradas, a análise culturalista passou a

fazer parte das diretrizes do exame. Assim sendo,

trabalharemos aqui com uma proposta de reflexão

acerca das manifestações culturais brasileiras na

transição da década de 50 para a de 60.

Os anos 50 foram profundamente

marcados pela emergência de uma nova estética

musical: a Bossa Nova. Estilo novo, e

desafiador, conquistaram seguidores com sua

proposta mais intimista baseada no

“banquinho e violão”. Os antigos cantores

das “multidões” perderiam, gradativamente,

espaço para a manifestação dessa proposta que

surgia na zona sul do Rio de Janeiro, entre os

jovens de classe média da cidade. Segundo o

Dicionário Cravo Albin da Música Popular

Brasileira “Considerada uma nova forma de

tocar samba, a bossa nova foi criticada pela forte

influência norte-americana, traduzida nos acordes

dissonantes comuns ao jazz.

A letra das canções contrastava com as

das canções de sucesso até então, abordando

temas leves e descompromissados, definidos

através da expressão "o amor, o sorriso e a

flor", que faz parte da letra de "Meditação", de

Tom Jobim e Newton Mendonça, e que foi

utilizada para caracterizar a poesia bossa-

novista”. Eram os “anos dourados” do

governo Juscelino Kubitscheck, anos do

nacional desenvolvimentismo, anos que pareciam

anteceder uma onda natural de tranquilidade.

https://www.youtube.com/watch?v=thltg9NsY4Y

Contudo, o advento dos anos 60 marcaria

a emergência de uma ebulição política, social e

cultural. A renúncia de Jânio Quadros, a saída

parlamentarista, o afastamento de João Goulart

em 1964, acompanham uma intensa

efervescência cultural. A Bossa Nova perde

espaço para o surgimento de uma nova

tendência, que se faria presente, principalmente,

nos festivais da canção: a MPB.

A partir de meados dos anos 60 uma

série de compositores e intérpretes inicia um

giro que os conduziria a novos ares de

expressão artística. Já em 1965, no I Festival de

Música Popular Brasileira, a canção vencedora

– Arrastão – do jovem Edu Lobo e do já

conhecido Vinícius de Moraes, apresentam uma

nova temática e estética: aparecem novas

referências melódicas e novos personagens, como

o trabalhador e seus labores e aspirações.

Do outro lado desse cenário outra vertente

afirmava o seu espaço: a Jovem Guarda. Com

nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos,

Wanderléa, Ronnie Von, Wanderley Cardoso,

Sérgio Reis, entre outros, o “Iê Iê Iê” era tido

como a música jovem. Influenciado pelo rock

estadunidense representava um seguimento de

massas que era visto por muitos como sinônimo

da alienação. Os dois “seguimentos” musicais não

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dialogavam com grande empolgação. Inclusive foi

realizada uma “Marcha contra as guitarras” para

marcar a defesa da cultura “genuinamente nacional”,

confira no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=BHkJ3IBvFLg

Nesse caldeirão de referências surge o

Tropicalismo. O movimento que propunha

apresentar uma intervenção crítica no cenário

musical, e artístico, brasileiro, acabou por

despertar a admiração de alguns, o ódio de

outros e a incompreensão de muitos. Contando

com nomes como Caetano Veloso, Gilberto

Gil, Nara Leão, Torquato Neto, Capinam,

Tom Zé, Mutantes, entre outros, o Tropicalismo

deu suas caras a partir de 1967 e consolidou a

sua postura com o lançamento do LP “Tropicália

ou Panis et Circenses” em maio de 1968. Com

uma postura crítica ácida, colocada no meio de

metáforas bem trabalhadas (como a própria

sugestão dada pelo segundo título que dá nome

a uma canção de Veloso e Gil interpretada

pelos Mutantes), o disco provocou uma

recepção negativa entre aqueles que desejavam

uma representação mais “nacional” da música

brasileira. 1968 é um ano chave nesse processo.

No Festival Internacional da Canção

daquele ano Geraldo Vandré ganhara o segundo

lugar com “Para não dizer que não falei de

flores” ícone da canção de protesto brasileira

(perdendo para Sabiá de Tom Jobim e Chico

Buarque). Em dezembro do mesmo ano, no

Festival Universitário da Canção, Caetano Veloso

seria vaiado ao apresentar “É proibido proibir”

(frase usada pelos estudantes franceses em sua

rebelião em maio daquele ano) com a presença de

guitarras elétricas. Indignado o cantor e compositor

faz um discurso inflamado, que você pode conferir

abaixo, apontando para a incompreensão do público

para o fato de que o uso de guitarras não

demonstrava alienação, tampouco aceitação do

regime.

https://www.youtube.com/watch?v=Od_4eaH3J7A

O ano 1968 é também de aprovação do

Ato Institucional nº 5 responsável pelo

fechamento do Regime Militar Brasileiro,

marcando o início dos “Anos de Chumbo”.

https://www.youtube.com/watch?v=FSp6ht3lDVs

CULTURA MATERIAL E IMATERIAL; PATRIMÔNIO E DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL.

A diversidade cultural engloba as

diferenças culturais que existem entre as pessoas,

como a linguagem, danças, vestimenta,

tradições e heranças físicas e biológicas, bem

como a forma como as sociedades organizam-

se conforme a sua concepção de moral e de

religião, a forma como eles interagem com o

ambiente, etc.

O termo diversidade diz respeito à

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variedade e convivência de ideias, características

ou elementos diferentes entre si, em

determinado assunto, situação ou ambiente.

Refere-se a crenças, comportamentos,

valores, instituições, regras morais que permeiam e

"preenchem" a sociedade. Explica e dá sentido à

cosmologia social, é a identidade própria de um

grupo humano em um território e num determinado

período de tempo.

CULTURA MATERIAL

Numa definição mais clássica, a cultura

material pode assim ser entendida como o

conjunto de artefatos criados pelo homem,

combinando matérias-primas e tecnologia, o qual

se distingue das estruturas fixas pelo seu caráter

móvel.

A noção de cultura material, que, em

princípio, se aplicaria apenas a objetos isolados,

poderá ser alargada de forma a abranger quase

todas as produções humanas, levando a que

alguns estudiosos considerem a história da

tecnologia, os estudos de folclore, a antropologia

cultural, a arqueologia histórica, a geografia

cultural e mesmo a história da arte como

subcampos de estudos de cultura material.

CULTURA IMATERIAL

A cultura imaterial é o conhecimento que

não foi ensinado por meio de livros, registros

formais ou ensinamentos sistemáticos, mas sim, o

conhecimento transmitido na prática, na forma

oral ou por meio de gestos, de geração para

geração. Tradição e transmissão de conhecimento

são fatores essenciais para a continuidade da

cultura intangível, também chamada de cultura

imaterial, e para a construção da identidade um

grupo, povo ou nação.

O patrimônio cultural de um povo não é

composto apenas por elementos materiais, mas

também através de manifestações da cultura

imaterial, ele é constituído de práticas,

representações, técnicas, objetos e lugares do

mesmo. Exemplos de bens imateriais que estão com

o processo de registro em andamento são a

capoeira, o teatro mamulengo e o complexo

cultural do bumba-meu-boi do Maranhão, a Festa

do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, a

Farmacopéia Popular do Cerrado e o Circo de

Tradição Familiar.

PATRIMÔNIO ARTÍSTICO

Os bens materiais e imateriais que

formam o patrimônio cultural brasileiro são,

portanto, os modos específicos de criar e fazer

(as descobertas e os processos genuínos na

ciência, nas artes e na tecnologia); as

construções referenciais e exemplares da tradição

brasileira, incluindo bens imóveis (igrejas, casas,

praças, conjuntos urbanos) e bens móveis (obras

de arte ou artesanato); as criações imateriais

como a literatura e a música; as expressões e os

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modos de viver, como a linguagem e os

costumes; os locais dotados de expressivo valor

para a história, a arqueologia, a paleontologia e

a ciência em geral, assim como as paisagens e

as áreas de proteção ecológica da fauna e da flora.

Quando se preserva legalmente e na

prática o patrimônio cultural, conserva-se a

memória do que fomos e do que somos: a

identidade da nação. Patrimônio,

etimologicamente, significa "herança paterna"-

na verdade, a riqueza comum que nós

herdamos como cidadãos, e que se vai

transmitindo de geração a geração. O TOMBAMENTO DE BENS CULTURAIS

Tombar, de acordo com normas legais,

equivale a registrar, com o objetivo de proteger,

controlar, guardar. Tombamento, também chamado

tombo, provavelmente originado do latim tomex,

significa inventário, arrolamento, registro. O

tombamento de bens culturais, visando a sua

preservação e restauração, é de interesse do estado e

da sociedade.

HISTÓRIA CULTURAL DOS POVOS

AFRICANOS. A LUTA DOS NEGROS NO

BRASIL E O NEGRO NA FORMAÇÃO DA

SOCIEDADE BRASILEIRA.

A cultura africana chegou ao Brasil com

os povos escravizados trazidos da África durante

o longo período em que durou o tráfico

negreiro transatlântico. A diversidade cultural

da África refletiu-se na diversidade dos

escravos, pertencentes a diversas etnias que

falavam idiomas diferentes e trouxeram

tradições distintas.

Os africanos trazidos ao Brasil

incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças

religiosas deram origem às religiões afro-

brasileiras, e os haucás e malês, de religião

islâmica e alfabetizados em árabe. Assim

como a indígena, a cultura africana foi

geralmente suprimida pelos colonizadores. Na

colônia, os escravos aprendiam o português,

eram batizados com nomes portugueses e

obrigados a se converter ao catolicismo.

Os africanos contribuíram para a cultura

brasileira em uma enormidade de aspectos:

dança, música, religião, culinária e idioma. Essa

influência se faz notar em grande parte do país;

em certos estados como Bahia, Maranhão,

Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de

Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a

cultura afro-brasileira é particularmente destacada

em virtude da migração dos escravos.

Os bantos, nagôs e jejes no Brasil

colonial criaram o candomblé, religião afro-

brasileira baseada no culto aos orixás praticada

atualmente em todo o território. Largamente

distribuída também é a umbanda, uma religião

sincrética que mistura elementos africanos com

o catolicismo e o espiritismo, incluindo a

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associação de santos católicos com os orixás.

A influência da cultura africana é

também evidente na culinária regional,

especialmente na Bahia, onde foi introduzido o

dendezeiro, uma palmeira africana da qual se

extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado

em vários pratos de influência africana como o

vatapá, o caruru e o acarajé.

Na música a cultura africana contribuiu

com os ritmos que são a base de boa parte da

música popular brasileira. Gêneros musicais

coloniais de influência africana, como o lundu,

terminaram dando origem à base rítmica do

maxixe, do samba, choro, bossa-nova e outros

gêneros musicais atuais. Também há alguns

instrumentos musicais brasileiros, como o

berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem

africana.

O berimbau é o instrumento utilizado

para criar o ritmo que acompanha os passos

da capoeira, mistura de dança e arte marcial

criada pelos escravos no Brasil colonial.

A palavra Orixá quer dizer “Coroa

Iluminada”; “Espírito de Luz”. O princípio

mais evoluído existente em nosso sistema,

manifestado através das forças da natureza.

HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E A

FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL BRASILEIRA.

A colonização do território brasileiro

pelos europeus representou em grande parte a

destruição física dos indígenas através de guerras

e escravidão, tendo sobrevivido apenas uma

pequena parte das nações indígenas originais.

A cultura indígena foi também

parcialmente eliminada pela ação da catequese e

intensa miscigenação com outras etnias.

Atualmente, apenas algumas poucas nações

indígenas ainda existem e conseguem manter

parte da sua cultura original.

O indígena brasileiro é representando sua

rica arte plumária e de pintura corporal. Apesar

disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas

sobre a terra foram determinantes durante a

colonização, influenciando a língua, a culinária, o

folclore e o uso de objetos caseiros diversos como

a rede de descanso. Um dos aspectos mais

notáveis da influência indígena foi a chamada

língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu),

uma língua derivada do Tupi-guarani com termos

da língua portuguesa que serviu de língua franca

no interior do Brasil até meados do século XVIII,

principalmente nas regiões de influência paulista

e na região amazônica.

O português brasileiro guarda, de fato,

inúmeros termos de origem indígena,

especialmente derivados do Tupi-Guarani. De

maneira geral, nomes de origem indígena são

frequentes na designação de animais e plantas

nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc ).

A influência indígena é também forte no

folclore do interior brasileiro, povoado de seres

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fantásticos como o curupira, o Saci-Pererê, o

boitatá e a iara, entre outros.

Na culinária brasileira, a mandioca, a erva

mate, o açaí e a jabuticaba, inúmeros pescados e

outros frutos da terra, além de pratos como os

pirões, entraram na alimentação brasileira por

influência indígena. Essa influência se faz mais

forte em certas regiões do país, em que esses

grupos conseguiram se manter mais distantes da

ação colonizadora, principalmente em porções da

Região Norte do Brasil.

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