Diversidade florística de Rubiaceae na Serra da …...2006, Melo & Barbosa 2007, Jardim & Zappi 2008a, b, c, Cabral et al. 2011). A família é bem representada na região com 391

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Biota Neotrop vol 13 no 3

Diversidade floriacutestica de Rubiaceae na Serra da Fumaccedila ndash complexo de Serras da Jacobina Bahia Brasil

Luzicleacuteia Arauacutejo Sousa13 Hortensia Pousada Bautista1 amp Jomar Gomes Jardim12

1Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Biodiversidade Vegetal Departamento de Educaccedilatildeo Universidade do Estado da Bahia ndash UNEB Rua do Gangorra 503 CEP 48608-240

Paulo Afonso BA Brasil httpwwwunebbrppgbveg 2Departamento Botacircnica Ecologia e Zoologia Centro de Biociecircncias Universidade Federal do Rio Grande do Norte ndash UFRN CEP 59072-970 Natal RN Brasil httpwwwcbufrnbrdbezdbezhtm

3Autor para correspondecircncia Luzicleacuteia Arauacutejo Sousa e-mail luzicleiaraujo122gmailcom Parte da dissertaccedilatildeo da primeira autora

SOUSA LA BAUTISTA HP amp JARDIM JG Floristic diversity of Rubiaceae on the Serra da Fumaccedila - Mountains complex of Jacobina Bahia Brazil Biota Neotrop 13(3) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n3enabstractinventory+bn02313032013

Abstract This paper is a survey of Rubiaceae species found in the Serra da Fumaccedila - Mountains Complex of Jacobina Bahia In the period of Juny2011 until August2012 were taken monthly from botanical material along trails and in the forest contemplating all vegetation types in the area We recorded 36 species in 20 genera The most representative in number of species were Borreria GMey (5 spp) Diodella Small Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf and Psychotria L (3 spp each) followed by Coccocypselum PBrowne Declieuxia Kunth Palicourea Aubl Perama Aubl Richardia L and Staelia Cham amp Schltdl (2 spp each) The other genera were represented only by one species Cordiera elliptica (Cham) Kuntze Coutarea hexandra (Jacq) KSchum Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Genipa americana L Guettarda sericea MuumlllArg Malanea macrophylla Bartl ex Griseb Manettia cordifolia Mart Posoqueria latifolia (Rudge) Roem amp Schult Sabicea grisea Cham amp Schltdl and Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum) Two endemic species were recorded one of the Chapada Diamantina (Perama harleyi JHKirkbr amp Steyerm) and one of caatinga (Guettarda sericea Muumlll Arg) Psychotria jambosioides Schltdl and P mapourioides DC were recorded for the first time to the Espinhaccedilo Range both known only from the Atlantic coast Identification key to the species descriptions illustrations and information on the geographical distribution of species and phenological data are displayedKeywords taxonomy caatinga campo rupestre seasonal forest Chapada Diamantina

SOUSA LA BAUTISTA HP amp JARDIM JG Diversidade floriacutestica de Rubiaceae na Serra da Fumaccedila - complexo de Serras da Jacobina Bahia Brasil Biota Neotrop 13(3) httpwwwbiotaneotropicaorgbrv13n3ptabstractinventory+bn02313032013

Resumo Este trabalho consiste no levantamento das espeacutecies de Rubiaceae encontradas na Serra da Fumaccedila - complexo de Serras da Jacobina Bahia No periacuteodo de junho de 2011 a agosto de 2012 foram realizadas coletas mensais de material botacircnico ao longo de trilhas e no interior da floresta contemplando todas as fitofisionomias existentes na aacuterea Foram registradas 36 espeacutecies distribuiacutedas em 20 gecircneros Os gecircneros mais representativos em nuacutemero de espeacutecies foram Borreria GMey (5 spp) Diodella Small Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf e Psychotria L (3 spp cada) seguidas por Coccocypselum PBrowne Declieuxia Kunth Palicourea Aubl Perama Aubl Richardia L e Staelia Cham amp Schltdl (2 spp cada) Os demais gecircneros foram representandos por apenas uma espeacutecie cada Cordiera elliptica (Cham) Kuntze Coutarea hexandra (Jacq) KSchum Emmeorhiza umbellata (Spreng) KSchum Genipa americana L Guettarda sericea MuumlllArg Malanea macrophylla Bartl ex Griseb Manettia cordifolia Mart Posoqueria latifolia (Rudge) Roem amp Schult Sabicea grisea Cham amp Schltdl Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) KSchum Foram registradas duas espeacutecies endecircmicas uma da Chapada Diamantina (Perama harleyi JHKirkbr amp Steyerm) e outra da caatinga (Guettarda sericea MuumlllArg) Psychotria jambosioides Schltdl e P mapourioides DC foram registradas pela primeira vez para a Cadeia do Espinhaccedilo ambas conhecidas apenas da Mata Atlacircntica litoracircnea Chave de identificaccedilatildeo para as espeacutecies descriccedilotildees ilustraccedilotildees e informaccedilotildees sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica das espeacutecies e dados fenoloacutegicos satildeo apresentadosPalavras-chave taxonomia caatinga campo rupestre floresta estacional Chapada Diamantina

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Sousa LA et al

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com temperatura meacutedia anual de 24 degC e iacutendices pluviomeacutetricos acima de 4776 mmano com dois periacuteodos chuvosos distintos de outubro a abril (Vale 2005) As serras da Jacobina satildeo constituiacutedas principalmente por filitos xistos e quartzitos havendo ocorrecircncia de mineacuterios como esmeralda e ouro (Santana et al 1995) Os solos no municiacutepio de Pindobaccedilu satildeo compostos por latossolos distroacuteficos argilossolos distroacuteficos ou eutroacuteficos e neossolos litoacutelicos distroacuteficos O relevo mais proeminente eacute o serrano cortado pelos rios Itapicuru-Accedilu Aipim e Capivara e seus riachos tributaacuterios (Companhia 2005)

2 Coleta dos dados

A coleta dos dados ocorreu atraveacutes de expediccedilotildees mensais agrave aacuterea de estudo no periacuteodo de junho de 2011 a agosto 2012 As coletas e observaccedilatildeo do material botacircnico foram efetuadas ao longo de trilhas e no interior da floresta contemplando todas as fitofisionomias existentes na aacuterea explorando-se ao maacuteximo as aacutereas com fitofisionomias distintas Adicionalmente foram realizados registros fotograacuteficos anotaccedilotildees de dados dos ambientes e haacutebitats e floresfrutos foram conservados em aacutelcool a 70 para anaacutelise posterior Os espeacutecimes resultantes das coletas foram processados seguindo teacutecnicas usuais como as descritas por Mori et al (1989) As exsicatas foram incorporadas ao acervo do (HUNEB coleccedilatildeo Senhor do Bonfim) e duplicatas foram enviadas por ordem de prioridade aos herbaacuterios HUNEB - Paulo Afonso HRB RB e UFRN

As identificaccedilotildees foram realizadas com auxiacutelio de chaves analiacuteticas e consulta agrave literatura especializada (ie Prado 1987 dados natildeo publicados Macias 1988 dados natildeo publicados Zappi amp Stannard 1995 Costa amp Mamede 2002 Souza amp Sales 2004 Delprete 2010a b c Jung-Mendaccedilolli 2007 Taylor et al 2007 Souza et al 2010 Delprete amp Corteacutes-B 2006 Cabral et al 2011) ou por comparaccedilatildeo com espeacutecimes previamente identificadas por especialistas nos acervos dos herbaacuterios ALCB BAH CEPEC HRB HUEFS e HUNEB (acrocircnimos de acordo com Thiers 2012) Dados sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica e fenofases das espeacutecies foram obtidos com base na literatura e nas etiquetas dos espeacutecimes analisados Os nomes de autores estatildeo abreviados de acordo com Brummitt amp Powell (1992) A terminologia geral adotada nas descriccedilotildees estaacute de acordo com Harris amp Harris (2001) e Radford et al (1974) a nomenclatura das estiacutepulas foi baseada em Robbrecht (1988) e a nomenclatura da venaccedilatildeo das folhas baseada em LAWG (Leaf 1999) As ilustraccedilotildees foram elaboradas com o auxiacutelio de estereomicroscoacutepio Medilux MDL-F e processadas atraveacutes do programa Adobe Photoshop CS4 Os mapas foram elaborados com os programas ArcView versatildeo 100 e AutoCAD versatildeo 171

Resultados e Discussatildeo

As Rubiaceae foram representadas na Serra da Fumaccedila por 36 espeacutecies e 20 gecircneros (Figuras 3 4 5 6 7 e 8) Os gecircneros mais diversos foram Borreria GMey (5 spp) Diodella Small Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf e Psychotria L (3 spp cada) seguidos por Coccocypselum PBrowne Declieuxia Kunth Palicourea Aubl Perama Aubl Richardia L e Staelia Cham amp Schltdl (2 spp cada) Os demais gecircneros Cordiera ARich ex DC Coutarea Aubl Emmeorhiza Pohl ex Endl Genipa L Guettarda L Malanea Aubl Manettia Mutis ex L Posoqueria Aubl Sabicea Aubl Tocoyena Aubl apresentaram apenas uma espeacutecie cada

Quanto ao haacutebito predominaram as espeacutecies herbaacuteceas (Figura 2) geralmente associadas a aacutereas abertas de caatinga e campo rupestre ou ao subosque da floresta O domiacutenio das espeacutecies herbaacuteceas se deve possivelmente agrave diversidade da tribo Spermacoceae que representa a maioria das espeacutecies De acordo com Cabral amp Bacigalupo (1999) esse grupo tem o Brasil como maior centro de diversidade na Ameacuterica

Introduccedilatildeo

Rubiaceae inclui 620 gecircneros e 13200 espeacutecies (Govaerts et al 2012) apresenta distribuiccedilatildeo cosmopolita sendo mais diversa na regiatildeo tropical (Andersson 1992 Maldonado 2005 Delprete amp Jardim 2012) Para a regiatildeo Neotropical satildeo citadas 5000 espeacutecies em 217 gecircneros (Delprete et al 2004)

No Brasil a famiacutelia eacute significativamente diversa sendo a quinta maior entre as angiospermas com 1380 espeacutecies em 119 gecircneros com representantes em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos (Barbosa et al 2012) Tratamentos floriacutesticos para a famiacutelia tecircm sido realizados em vaacuterias regiotildees do Brasil sendo os pioneiros e mais completos aqueles publicados na Flora Brasiliensis por Muumlller (1881) e Schumann (1888) Trabalhos mais recentes incluem revisotildees de alguns gecircneros (ie Prado 1987 dados natildeo publicados Macias 1988 dados natildeo publicados Germano Filho 1999 Souza et al 2010) e floras regionais (ie Costa amp Mamede 2002 Zappi et al 2003 Delprete et al 2004 2005 Campos et al 2006 Delprete amp Corteacutes-B 2006 Jung-Mendaccedilolli 2007 Taylor et al 2007 Delprete 2010a b c)

Na regiatildeo Nordeste do Brasil destacam-se os trabalhos sobre floras regionais alguns destes somando a descriccedilatildeo de novas espeacutecies (ie Zappi amp Stannard 1995 Zappi 1998 Barbosa amp Zappi 2002 Zappi et al 2003 Souza amp Sales 2004 Pereira amp Barbosa 2004 2006 Melo amp Barbosa 2007 Jardim amp Zappi 2008a b c Cabral et al 2011) A famiacutelia eacute bem representada na regiatildeo com 391 espeacutecies que incluem 76 gecircneros O estado da Bahia eacute o segundo mais diverso da famiacutelia no paiacutes com 318 espeacutecies e 67 gecircneros (Barbosa et al 2012)

A Chapada Diamantina representa a porccedilatildeo baiana dentro do complexo de vegetaccedilatildeo da Cadeia do Espinhaccedilo e apresenta alta diversidade de espeacutecies (Harley 1995 Zappi 2008) Essas aacutereas encontram-se divididas em vaacuterias serras entre elas as Serras da Jacobina que integram a borda oriental da Chapada Diamantina (Giulietti et al 1997) Aleacutem da riqueza de espeacutecies as florestas dessas regiotildees variam consideravelmente em composiccedilatildeo e estrutura como resposta agraves condiccedilotildees geo-climaacuteticas muitas vezes resultando em uma grande heterogeneidade de fitofisionomias em aacutereas florestais relativamente pequenas (ie Giulietti amp Pirani 1988 Harley 1995 Zappi et al 2003 Zappi 2008)

Com base no exposto acima o presente estudo teve como objetivos investigar a diversidade floriacutestica das Rubiaceae na Serra da Fumaccedila contribuir para o conhecimento da flora local e regional bem como subsidiar estudos com a famiacutelia e auxiliar futuras accedilotildees para a conservaccedilatildeo da aacuterea

Material e Meacutetodos

1 Aacuterea de estudo

A Serra da Fumaccedila corresponde a uma das Serras da Jacobina (Figura 1) a qual integra a porccedilatildeo Norte da Chapada Diamantina (Giulietti et al 1997) Estaacute situada na Ecorregiatildeo da Depressatildeo Sertaneja Meridional do bioma Caatinga localizado no municiacutepio de Pindobaccedilu Bahia sendo delimitada pelas coordenadas 10deg 38rsquo 54rsquorsquo a 10deg 40rsquo 08rsquorsquo S e 40deg 19rsquo 42rsquorsquo a 40deg 22rsquo 46rsquorsquo W entre 400 e 1050 m de altitude (Companhia 2005) As Serras da Jacobina estendem-se por 200 Km no sentido norte e sul com 15-25 km de largura e altitude de ateacute 1300 m na porccedilatildeo norte do estado da Bahia (Milesi et al 2002 Mascarenhas et al 1998) Eacute uma das aacutereas identificada pelo projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo da Diversidade Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) como de importacircncia bioloacutegica extremamente alta (Giulietti et al 2006) A vegetaccedilatildeo do municiacutepio foi caracterizada como de contato Cerrado-Floresta Estacional e Cerrado-Caatinga (Companhia 2005) Apresenta clima uacutemido a subuacutemido

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Rubiaceae na Serra da Fumaccedila Bahia Brasil



Figura 1 Mapa de localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo A - Localizaccedilatildeo da Serra Geral do Espinhaccedilo com destaque para o Complexo de Serras da Jacobina B - Localizaccedilatildeo da Serra da Fumaccedila Pindobaccedilu Bahia C - Carta topograacutefica da Serra da Fumaccedila com as curvas de niacutevel e detalhes dos pontos de coletaFigure 1 Location map of the study area A - Location of the Serra Geral do Espinhaccedilo featured the Mountains complex of Jacobina B - Location of the Serra da Fumaccedila Pindobaccedilu Bahia C - Letter topographic of the Serra da Fumaccedila with the contours and details of collection points

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Sousa LA et al



As aacutereas com fitofisionomias de cerrado situadas acima de 600 m de altitude se destacaram quanto ao nuacutemero de espeacutecies (41) do total seguidas por aacutereas de caatinga na base da serra abaixo de 500 m com 32 das espeacutecies As aacutereas com floresta de galeria abaixo de 500 m de altitude e a floresta estacional acima de 800 m somaram 27 das espeacutecies

Perama harleyi JHKirkbr amp Steyerm eacute endecircmica da Bahia e conhecida apenas para a Chapada Diamantina enquanto que Guettarda sericea MuumlllArg apenas para aacutereas de caatinga do nordeste brasileiro Jaacute Psychotria jambosioides Schltdl eacute endecircmica da Mata Atlacircntica ocorrendo apenas na Bahia e no Espiacuterito Santo onde era conhecida ateacute entatildeo apenas nas florestas litoracircneas incluindo a restinga Psychotria mapourioides DC possui distribuiccedilatildeo ampla (Amazocircnia e Mata Atlacircntica) Estas duas uacuteltimas espeacutecies constituem novos registos para a Cadeia do Espinhaccedilo Giulietti amp Pirani (1988) destacaram que algumas espeacutecies originaacuterias da Cadeia do Espinhaccedilo podem ser encontradas nas restingas ao longo da costa atlacircntica brasileira

Chave para identificaccedilatildeo das espeacutecies de Rubiaceae encontradas na Serra da Fumaccedila Pindobaccedilu Bahia

1 Aacutervores ou arbustos

2 Estiacutepulas bipartidas se inteiras espatuladas ou ovadas

3 Estiacutepulas deciacuteduas inteiras espatuladas a ovadas aacutepice arredon-dado a obtuso 30 Psychotria mapourioides

3rsquo Estiacutepulas persistentes biacutefidas aacutepice agudo

4 Folhas com venaccedilatildeo secundaacuteria inconspiacutecua peduacutenculo espesso branco ou lilaacutes 29 Psychotria jambosioides

4rsquo Folhas com venaccedilatildeo secundaacuteria saliente peduacutenculo delgado amarelo ou vermelho

5 Folhas com 60-130 mm compr pubescentes em ambas as faces corola externamente pubescente 24 Palicourea marcgravii

5rsquo Folhas (65-)120-180 mm compr glabras em ambas as faces corola externamente glabra 23 Palicourea guianensis

2rsquo Estiacutepulas inteiras triangulares ou lineares

6 Ramos sem lenticelas visiacuteveis fruto bacaacuteceo ou esquizocaacuterpico

7 Estiacutepulas lineares folhas pseudoverticiladas por apresentar braqui-blastos frutos esquizocarpos 10 Declieuxia aspalathoides

7rsquo Estiacutepulas triangulares folhas opostas sem braquiblastos frutos bacaacuteceos

8 Lacircmina foliar com (18-)30-83 mm compr flores diclinas tubo da corola com 5-8 mm compr frutos com 5-14 times 5-12 mm 8 Cordiera elliptica

8rsquo Lacircmina foliar ge90 mm compr flores monoclinas tubo da corola ge20 mm compr frutos com 18-100 times 15-80 mm

9 Folhas e ramos jovens densamente pubescentes tubo da corola externamente pubescente 36 Tocoyena formosa

9rsquo Folhas e ramos glabros ou folhas hirsutas a pubescentes tubo da corola externamente glabro

10 Lacircmina foliar com 80-130 mm compr estiacutepulas persistentes geralmente cariosas 27 Posoqueria latifolia

10rsquo Lacircmina foliar com 220-250 mm compr estiacutepulas deciacuteduas triangulares 16 Genipa americana

6rsquo Ramos visivelmente lenticelados frutos drupaacuteceos ou capsulares

11 Flores com tubo da corola com 15-18 mm compr frutos caacutepsulas septicidas 9 Coutarea hexandra

11rsquo Flores com tubo da corola com 2-35 mm compr frutos drupaacute-ceos

12 Ramos apoiantes espinescentes inflorescecircncias escor-pioides frutos rugosos vinaacuteceos a negros apoacutes a maturaccedilatildeo 17 Guettarda sericea

12rsquo Ramos eretos inermes inflorescecircncias tirsoides fru-tos costados laranja a vermelhos apoacutes a maturaccedilatildeo 30 Psychotria mapourioides

1rsquo Ervas subarbustos ou lianas

13 Lianas ou trepadeiras

14 Folhas e ramos apicais densamente pubescentes frutos bacaacuteceos vermelhos apoacutes maturaccedilatildeo 33 Sabicea grisea

14rsquo Folhas e ramos glabros raro hirsutos frutos capsulares ou drupaacute-ceos castanhos marrons ou atropurpuacutereos na maturaccedilatildeo

15 Estiacutepulas fimbriadas folhas com venaccedilatildeo marcadas a plicadas na face superior inflorescecircncias umbeliformes 15 Emmeorhiza umbellata

15rsquo Estiacutepulas triangulares folhas com venaccedilatildeo levemente marcada a marcada apenas na face superior nunca plicada inflorescecircncias em paniacuteculas e cimeiras

16 Estiacutepulas deciacuteduas presentes apenas em botatildeo aacutepice arre-dondado inflorescecircncias em paniacuteculas multifloras frutos drupas 18 Malanea macrophylla

16rsquo Estiacutepulas persistentes aacutepice agudo inflorescecircncias em cimeiras uniflora frutos caacutepsulas 19 Manettia cordifolia

13rsquo Ervas a subarbustos

Figura 2 Distribuiccedilatildeo das espeacutecies de Rubiaceae quanto agraves formas de vida (haacutebito) na Serra da Fumaccedila Pindobaccedilu BahiaFigure 2 Distribution of species of Rubiaceae on as life forms (habit) in Serra da Fumaccedila Pindobaccedilu Bahia

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17 Estiacutepulas inteiras ou reduzidas a uma linha

18 Erva ereta caule delicado com ateacute 30 cm alt estiacutepula reduzida a uma linha corola roacutesea ou amarela

19 Caule hirsuto corola amarela inflorescecircncias em glomeacuterulos congestos 26 Perama hirsuta

19rsquo Caule glabro ou com tricomas adpressos apenas no aacutepice corola roacutesea inflorescecircncias dicasiais laxas 25 Perama harleyi

18rsquo Subarbustos eretos ou ervas decumbentes caule robusto maior que 30 cm alt estiacutepulas inteiras corola azul

20 Caule lenhoso ereto frutos esquizocarpos dicoca castanhos na maturaccedilatildeo

21 Folhas lineares pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos 10 Declieuxia aspalathoides

21rsquo Folhas oblanceoladas a oblongo-eliacutepticas opostas sem formar braquiblastos 11 Declieuxia fruticosa

20rsquo Caule herbaacuteceo decumbente frutos bacaacuteceos inteiros azuis a lilases na maturaccedilatildeo

22 Folhas hirsutas 4-6 pares de nervuras secundaacuterias glomeacuterulos com 3 6(7)-flores caacutelice com lobos eretos 6 Coccocypselum hirsutum

22rsquo Folhas velutinas a denso velutinas 7-8 pares de nervuras se-cundaacuterias glomeacuterulos com 10-17-flores caacutelice com lobos reflexos 7 Coccocypselum lanceolatum

17rsquo Estiacutepulas biacutefidas ou fimbriadas nunca reduzidas a apenas uma linha

23 Estiacutepulas biacutefidas 28 Psychotria hoffmannseggiana

23rsquo Estiacutepulas fimbriadas

24 Flores hexacircmeras estigmas triacutefidos

25 Tubo da corola com 3-55 mm compr frutos com trecircs mericarpos sutilmente sulcados dorso com papilas arredondadas 32 Richardia grandiflora

25rsquo Tubo da corola com 2-3 mm compr frutos com trecircs meri-carpos profundamente sulcados dorso com papilas lanceoladas 31 Richardia brasiliensis

24rsquo Flores tetracircmeras e pentacircmeras estigmas inteiros ou bilobados

26 Frutos esquizocaacuterpicos

27 Bainha estipular com setas glabras fruto piloso apenas no aacutepice mericarpo com a face ventral lisa 13 Diodella radula

27rsquo Bainha estipular com setas pilosas fruto completamente piloso a hiacutespido mericarpo com a face ventral com duas depressotildees

28 Folhas com nervuras secundaacuterias visiacuteveis em ambas as faces caacutelice com lobos iguais corola 4-10 mm compr frutos com a face dorsal dos mericarpos com 3-5 costelas 12 Diodella apiculata

28rsquo Folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas caacutelice com lo-bos desiguais corola ateacute 4 mm compr frutos com a face dorsal dos mericarpos com 1-(3) costelas 14 Diodella teres

26rsquo Frutos capsulares

29 Caacutelice com lobos de comprimento iguais corola infundibu-liforme estames exsertos caacutepsula com deiscecircncia longitudinal ou longitudinal-obliacutequa

30 Tubo da corola externamente glabro caacutepsula com deiscecircncia longitudinal valvas unidas na base persistentes

31 Folhas pseudoverticiladas por apresentar braquiblastos nas axilas

32 Caacutelice com 4 lobos estigma capitado 1 Borreria capitata

32rsquo Caacutelice com 2 lobos iguais estigma bilobado

33 Estiacutepulas com 5-7 setas folhas com 2 pares de nervuras se-cundaacuterias glomeacuterulos globosos 5 Borreria verticillata

33rsquo Estiacutepulas com 7-9 setas folhas com 4-5 pares de nervuras se-cundaacuterias glomeacuterulos subglobosos 4 Borreria spinosa

31rsquo Folhas opostas sem braquiblastos

34 Caule jovem tetraacutegono alado folhas seacutesseis flores nos dois lados das axilas das folhas tubo da corola 35-6 mm compr 2 Borreria latifolia

34rsquo Caule jovem ciliacutendrico sem alas folhas pecioladas flores em apenas um dos lados das axilas das folhas tubo da corola 2-3 mm compr 3 Borreria ocymifolia

30rsquo Tubo da corola externamente papiloso ou hirsuto caacutepsula com deiscecircncia longitudinal-obliacutequa valvas totalmente livres deciacuteduas

35 Caule tomentoso-viloso lacircmina foliar com a face superior escabra corola 4-45 mm compr 34 Staelia vestita

35rsquo Caule glabro a pubeacuterulo lacircmina foliar com face superior glabra a pilosa corola 68-72 mm compr 34 Staelia virgata

29rsquo Caacutelice com lobos de comprimento desiguais corola hipocrateri-forme estames inclusos caacutepsula com deiscecircncia transversal

36 Tubo da corola com 35-48 mm compr semente com face ventral com encaixe em forma de ldquoy invertidordquo face dorsal sem depressotildees 23 Mitracarpus salzmannianus

36rsquo Tubo da corola com 12-35 mm compr semente com face ventral com encaixe em forma de ldquoXrdquo face dorsal com depressotildees cruciformes

37 Caule tetragonal fortemente alado folhas pseudoverticiladas pela presenccedila de braquiblastos tubo da corola 3-35 mm compr 22 Mitracarpus frigidus

37rsquo Caule ciliacutendrico sem alas folhas opostas cruzadas sem formar braquiblastos tubo da corola 12-15 mm compr 21 Mitracarpus baturitensis

Tratamento taxonocircmicoRubiaceae Juss Genera Plantarum 196 1789Aacutervores arbustos ou ervas ocasionalmente trepadeiras raro

epiacutefitas Ramos ciliacutendricos agraves vezes angulosos ou decussadamente achatados glabros ou pilosos Estiacutepulas interpeciolares raramente intrapeciolares (Elaeagia Wedd e Capirona Abeto) ou reduzida a uma linha em Perama Aubl persistentes ou deciacuteduas livres ou concrescidas entre si inteiras bipartidas fimbriadas ou foliaacuteceas

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Sousa LA et al



Inflorescecircncias terminais ou axilares geralmente cimosas multifloras ou paucifloras raramente flores solitaacuterias braacutecteas e bracteacuteolas frequentemente deciacuteduas Folhas simples inteiras opostas raro pseudo-alternas ou pseudoverticiladas seacutesseis ou pecioladas Flores monoclinas ou unissexuais distilia presente ou natildeo actinomorfas raro zigomorfas isostecircmones diclamiacutedeas simpeacutetalas livre em Dialypetalanthus (3)4-6 ou 11-13(-15) mera caacutelice truncado denteado comumente lobado corola hipocrateriforme infundibuliforme campanulada ou tubulosa de prefloraccedilatildeo valvar contorta ou imbricada estames epipeacutetalos 4-5 inclusos ou exsertos anteras geralmente rimosas e livres entre si excepcionalmente poricidas dorsifixas ou basifixas ovaacuterio iacutenfero excepcionalmente semi-iacutenfero dois raramente trecircs carpelos dois ou mais loacuteculos raramente um loacuteculo um a muitos oacutevulos por loacuteculo placentaccedilatildeo apical basal ou axial disco nectariacutefero inteiro ou bipartido anular carnoso raro reduzido a glacircndulas estilete usualmente inteiro estigma clavado dilatado capitado truncado discoide bilobado ou biacutefido com papilas estigmaacuteticas uniformemente distribuiacutedas Frutos deiscentes capsulares ou indeiscentes com pericarpo seco ou carnoso bacaacuteceos drupaacuteceos capsulares e esquizocaacuterpicos sementes uma a numerosas plana angulosa reniforme semiciliacutendrica com ou sem alas sulcada ou natildeo endosperma carnoso ou coacuterneo parco ou ausente

1 Borreria capitata (Ruiz amp Pav) DC Prodr 4 545 1830Erva ereta a procumbente 30-60 cm alt monoica caule

ciliacutendrico a tetraacutegono no aacutepice sem lenticelas pubescente entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 2-25 times 35 Este trabalho consiste no levantamento mm pubescentes 5-8 setas 3-6 mm compr glabras Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 24-50 times 5-8 mm eliacuteptica a lanceolada base atenuada ou obtusa aacutepice agudo margem plana ambas as faces pubescentes venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias impressas na face adaxial salientes na face abaxial 4-6 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos globosos terminais ou axilares 2-4 por ramo floriacutefero multifloros 4-6 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 1-15 mm compr linear-lanceolados pubescentes corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 3-4 mm compr externamente glabro anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 06-1 mm compr triangular a ovados pilosos no aacutepice estames exsertos presos proacuteximo da fouce porccedilatildeo livre dos filetes 05-1 mm compr anteras 04-06 mm compr oblongo-eliacutepticas estigma bilobado disco nectariacutefero bilobado estilete 38-43 mm compr Fruto caacutepsula septicida 2-3 times 1-15 mm oblongoide deiscecircncia longitudinal valvas unidas na base persistentes marrom na maturaccedilatildeo glabra a pubeacuterula sementes 12-15 times 05 mm elipsoides castanhas ruminadas na face dorsal sulco longitudinal na face ventral

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda na Venezuela Colocircmbia Peru Guiana Francesa e Boliacutevia (Bacigalupo amp Cabral 2007a Cabral et al 2011) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Cabral amp Bacigalupo 1999) Eacute encontrada com mais frequecircncia no Cerrado sl Mata Atlacircntica (restinga) e Caatinga (Cabral et al 2011)

Diferencia-se das demais espeacutecies do gecircnero presentes na aacuterea por apresentar folhas com nervuras secundaacuterias proeminentes em ambas as faces e disco nectariacutefero bilobado Segundo Steyermark (1972) na Ameacuterica do Sul a espeacutecie apresenta grande variaccedilatildeo morfoloacutegica foliar e no indumento Foi encontrada aacutereas abertas da Caatinga perturbada e campo rupestre entre 460-890 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea nos periacuteodos chuvosos junho a agosto e novembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 40rsquo 03rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 30rsquorsquo W 17XI2009 fl fr LA Sousa

171 (HUNEB) 26VI2011 fl fr LA Sousa 307 (HUNEB) 26VIII2011 fl fr LA Sousa 399 (HUNEB) 10deg 39rsquo 51rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 19rsquorsquo W 29IX2011 fl fr LA Sousa 444 (HUNEB)

2 Borreria latifolia (Aubl) KSchum Fl Bras 6(6) 61 1888Erva decumbente ou ereta 30-60 cm alt monoica caule

ciliacutendrico tetraacutegono quando jovens alado sem lenticelas hirsuto entrenoacutes 8-12 cm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 15-2 mm compr pubescente 5-8 setas 15-3 mm compr hirsutas Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 25-70 times 15-30 cm eliacuteptica lanceolada a oblanceolada base atenuada aacutepice agudo margem plana face adaxial escabra a hirsuta abaxial hirsuta a denso-hirsuta nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 3-5 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos axilares 3-4-flores 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 15-25 mm compr lanceolados hirsuto no aacutepice corola alva ou azulada infundibuliforme tubo 35-6 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-2 mm compr ovados esparso hirsuto estames excertos inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 1-15 mm compr anteras oblongas 18-2 mm compr estigma biacutefido estilete 7-9 mm compr Fruto caacutepsula septicida 38-4 times 2 mm oblongoide deiscecircncia longitudinal valvas unidas na base persistentes marrom quando madura aacutepice piloso Semente 18 times 06-08 mm plano convexa superfiacutecie dorsal reticulada superfiacutecie ventral com sulco longitudinal

Distribuiccedilatildeo Distribui-se na Ameacuterica Central e na maior parte da Ameacuterica do Sul (Chaw amp Peng 1987) No Brasil ocorre em quase todo o paiacutes nos domiacutenios da Amazocircnia Caatinga Cerrado Mata Atlacircntica e Pampa Na Bahia eacute encontrada em todos os biomas especialmente em aacutereas de Cerrado e Campo rupestre (Cabral et al 2011)

Borreria latifolia diferencia-se B ocymifolia espeacutecie mais semelhante presente na aacuterea por apresentar caule tetragono e alado quando jovem e flores em ambos os lados das axilas vs caule ciliacutendrico sem alas e flores unilaterais Segundo Cabral et al (2011) esta espeacutecie possui uma grande variaccedilatildeo quanto ao tipo de folha e de indumento Foi encontrada na aacuterea associada agrave floresta de galeria sobre solo argiloso Floresce e frutifica nos meses de junho e julho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 28VI2011 fl LA Sousa 366 (HUNEB) 28VII2012 fl fr LA Sousa 607 (HUNEB)

3 Borreria ocymifolia (Roem amp Schult) Bacigalupo amp ELCabral Opera Bot Belg 7 297 1996

Figura 3A-EErva a subarbusto ereto 30-60 cm alt monoica caule ciliacutendrico

sem lenticelas hirsutos entrenoacutes 20-60 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 4-8 times 35 mm compr hirsuta a hiacutespida 5-6 setas desiguais 08-6 mm compr Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 05-18 mm hiacutespidos lacircmina 18-50 times 5-20 mm oblanceolada a lanceolada base atenuada aacutepice agudo margem plana face adaxial pubeacuterula a escabra abaxial escabra a hiacutespida venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial levemente impressa na face adaxial 3-8 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos axilares raramente terminais unilaterais 4-8 por ramo floriacutefero multifloros 2 braacutecteas foliaacuteceas eliacutepticas 2 bracteacuteolas filiformes Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 05-15 mm compr triangulares a subulados hiacutespidos corola alva infundibuliforme tudo 2-3 mm compr externamente glabro um anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 2-3 mm compr oblongos a ovados pilosos no aacutepice estames exsertos inseridos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 1-2 mm compr anteras 05-07 mm compr eliacutepticas alvas estigma bilobado estilete exserto 4-5 mm compr Fruto caacutepsula septicida 2-22 times 08-1 mm eliacuteptica oblongoide deiscecircncia longitudinalvalvas unidas na base marrons

295




persistentes hiacutespida a escabra sementes 15-25 times 03-06 mm eliacutepticas ou oblongas castanho-escuras faveoladas na face dorsal sulco longitudinal na face ventral

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda por toda a regiatildeo Neotropical (Andersson 1992) No Brasil ocorre em todas as regiotildees nos estados do Amazonas Paraacute Tocantins Bahia Cearaacute Goiaacutes Distrito Federal Satildeo Paulo e Santa Catarina (Cabral et al 2011)

Caracteriza-se por apresentar inflorescecircncias unilaterais e caule ereto ciliacutendrico sem alas caracteriacutesticas que a diferencia de Borreria latifolia Foi coletada somente na base da serra a 490 m de altitude em aacutereas sombreadas no interior da floresta de galeria nas margens do rio Fumaccedila sobre solo argiloso Floresce e frutifica em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 28VI2011 fl fr LA Sousa 368 (HUNEB) 28VIII2011 fl fr LA Sousa 368 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 428 (HUNEB) 15XII2011 fl fr LA Sousa 454 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 512 (HUNEB) 28VII2012 fl fr LA Sousa 608 (HUNEB) 10deg 39rsquo 54rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 51rsquorsquo W 12IV2006 fl RF Souza-Silva amp VJ Santos 148 (ALCB HUEFS) Pindobaccedilu margem do rio Fumaccedila 12IV2006 fl VJ Santos 514 (HUEFS)

4 Borreria spinosa (L) Cham amp Schltdl Linnaea 3 340 1828Figura 3F-HErva ereta ca 20 cm alt monoica caule tetragonal sem

lenticelas glabro entrenoacutes 10-50 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 25-4 times 3-35 mm glabra a pubescente 7-9 setas 3-5 mm compr glabras Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 10-20 times 4-8 mm eliacuteptico a lanceolado base atenuada aacutepice agudo margem plana ambas as faces glabras face abaxial com papilas na nervura central venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos subglobosos terminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 16-2 mm compr lanceolados hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 15-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares a ovados glabros estames exsertos porccedilatildeo livre dos filetes 1 mm compr anteras 06-08 mm compr oblongo-eliacutepticas estigma curtamente biacutefido estilete 14-2 mm compr Fruto caacutepsula septicida 25-3 times 1-12 mm oblongoide caacutepsula com deiscecircncia longitudinal valvas unidas na base persistentes marrom na maturaccedilatildeo aacutepice piloso sementes 15 times 04-06 mm oblongas castanhas reticulada na face dorsal sulco longitudinal na face ventral

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda na Ameacuterica desde o Meacutexico Antilhas ateacute a Argentina No Brasil ocorre em todas as regiotildees nos domiacutenios do Cerrado e da Caatinga (Cabral amp Salas 2012a)

Borreria spinosa pode ser confundida com B verticillata da qual se diferencia pelo maior nuacutemero de setas na estiacutepula (7-9 vs 5-7) pelo maior nuacutemero de nervuras secundaacuterias (4-5 vs 2) e atraveacutes da forma dos glomeacuterulos (subglobosos vs globosos) Foi encontrada na aacuterea apenas no periacuteodo chuvoso associada a aacutereas abertas de Caatinga com solo argiloso a 480 m altitude Foi encontrada com flores e frutos em junho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 28VII2011 fl fr LA Sousa 355 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Jaguarari estrada para Grotas Caminho do Engenho 24VI2005 fl RF Souza-Silva amp A Rapini 22 (HUEFS) Base da Crista proacuteximo ao

Rio 13IV2006 fl EB Souza et al 200 (HUEFS) Lenccediloacuteis 08IX2005 fl EB Souza et al 1406 (HUEFS) Senhor do Bonfim 28IV2005 fl JG Freitas amp V Barreto14 (HUNEB)

5 Borreria verticillata (L) GMey Prim Fl Esseq 83 1818Erva ou subarbusto ereto 30-60 cm alt monoica caule

ciliacutendrico na base aacutepice tetraacutegono com papilas aculeadas sem lenticelas glabro entrenoacutes 6-30 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 2-3 times 3 mm pubescente 5-7 setas 1-3 mm compr pubeacuterula Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 8-40 times 18 mm lanceolada eliacuteptica a estreito-eliacuteptica base cuneada aacutepice agudo margem plana ambas as faces glabras nervura hiacutespida com papilas na face abaxial venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas na face adaxial 2 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos globosos terminais subterminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 1-2 mm compr lanceolados margem plana corola alva infundibuliforme tubo 1-2 mm compr glabro externamente anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares glabros estames exsertos inseridos na fouce porccedilatildeo livre dos filetes 08-1 mm compr anteras 07-1 mm compr oblongo-eliacutepticas estigma biacutefido estilete 08-22 mm compr Fruto caacutepsula septicida 2-28 times 1-12 mm oblongoide caacutepsula com deiscecircncia longitudinal valvas unidas na base persistentes marrom na maturaccedilatildeo glabro a pubeacuterulo sementes 07-18 times 06 mm elipsoides castanhas faveoladas na face dorsal sulco longitudinal na face ventral

Distribuiccedilatildeo Ocorre desde o Sul dos Estados Unidos ateacute a parte meridional da Ameacuterica do Sul Antilhas e Velho Mundo (Burger amp Taylor 1993) Ocorre com ampla distribuiccedilatildeo no Brasil sendo representada na maioria dos estados (Dimitri 1959 Andersson 1992)

Borreria verticillata eacute muito semelhante a B spinosa tanto em campo como em material herborizado mas se diferencia por apresentar ramos eretos geralmente pouco ramificados ou com ramificaccedilatildeo apical maior nuacutemero de setas na estiacutepula folhas com apenas duas nervuras secundaacuterias e glomeacuterulos globosos e geralmente menores Foi encontrada em aacutereas abertas perturbadas na base da serra entre 490-540 m de altitude Floresce e frutifica em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 54rdquo S e 40deg 21rsquo 14rdquo W 12IV2006 fl VJ Santos 520 (HUEFS) 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 24I2009 fl fr LA Sousa 313 (HUNEB) 30VI2011 fl fr LA Sousa 340 (HUNEB) 28VI2011 fl fr LA Sousa 316 (HUNEB) 28IV2011 fl fr LA Sousa 315 (HUNEB 26VII2011 fl fr LA Sousa 394 (HUNEB) 2VIII2011 fl fr LA Sousa 421 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 427 (HUNEB) 15XII2011 fl fr LA Sousa 484 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 495 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 515 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 513 (HUNEB 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 26VI2011 fl fr LA Sousa 324 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 412 (HUNEB) 28IX2011 fl fr LA Sousa 423 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 432 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 511 (HUNEB) 18IV2012 fl fr LA Sousa 593 (HUNEB) 27VII2011 fl LA Sousa 506 (HUNEB) 17IV2012 fl fr LA Sousa 554 (HUNEB)

6 Coccocypselum hirsutum Bartl ex DC Prodr 4 396 1830Figura 3I-LErva decumbente monoica caule ciliacutendrico sem lenticelas

densamente hirsuto tricomas alvos entrenoacutes 50-90 mm compr Estiacutepulas persistentes 35-5 times 28-35 mm inteiras lineares hirsutas Folhas opostas herbaacuteceas peciacuteolo 5-8 mm compr densamente hirsuto lamina 38-60 times 15-25 mm eliacuteptica a lanceolada base obtusa aacutepice agudo a obtuso margem plana ambas as faces hirsutas

296

Sousa LA et al



Figura 3 A-E Borreria ocymifolia - A ramo floriacutefero B estiacutepula C flor e hipanto D fruto E semente F-H Borreria spinosa - F ramo floriacutefero G estiacutepula H flor e hipanto I-L Coccocypselum hirsutum - I ramo floriacutefero J estiacutepula K flor e hipanto L fruto (A-E LA Sousa 368 F-H LA Sousa 317 I-L LA Sousa 415)Figure 3 A-E Borreria ocymifolia - A flowering branch B stipule C flower and hypanthium D fruit E seed F-H Borreria spinosa - F flowering branch G stipule H flower and hypanthium I-L Coccocypselum hirsutum - I flowering branch J stipule K flower and hypanthium L fruit (A-D LA Sousa 368 F-H LA Sousa 317 I-L LA Sousa 415)

297




venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 4-6 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos terminais e axilares 3-6 (7)-flores peduacutenculo 5-15 mm hirsutos braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas dimoacuterficas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 3-45 mm compr linear-lanceolados hirsutos eretos corola azul-claro hipocrateriforme tubo 2-3 mm compr glabro internamente pubescente externamente 4-mera lobos 25-3 mm compr estreito-eliacutepticos hirsuto-barbados externamente estames inseridos na fauce anteras 15-2 mm compr oblongas estigma biacutefidos flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 3-35 mm estilete 15-2 mm compr flores longistilas porccedilatildeo livre do filetes 13-15 compr estilete 5-65 mm compr Fruto baga 08-14 times 05-08 cm compr ovoide obovoide a elipsoide azul-intenso a lilaacutes na maturaccedilatildeo pubescente semente 13-15 mm diacircm superfiacutecie dorsal muricada superfiacutecie ventral com sulco longitudinal

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda no Brasil em todas as regiotildees exceto na Sul nos estados do Amazonas Bahia Distrito Federal Goiaacutes Mato Grosso do Sul Mato Grosso e Minas Gerais no Campo rupestre Cerrado sle em floresta ciliar (Costa 2004 dados natildeo publicados)

Coccocypselum hirsutum pode ser confundida com C lanceolatum da qual se diferencia principalmente pelo indumento das folhas (hirsutas vs velutinas) pela venaccedilatildeo secundaacuteria das folhas em menor nuacutemero (4-6 vs 7-8 pares) glomeacuterulo com menor nuacutemero de flores [3-6 (7) vs 10-17] e atraveacutes dos lobos do caacutelice (eretos vs reflexos) Foi encontrada associada a aacutereas de Cerrado com solo argiloso a 800-910 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em janeiro fevereiro e dezembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 526rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 04rsquorsquo W 29II209 fr LA Sousa 254 (HUNEB) 26I2012 fl fr LA Sousa 541 (HUNEB) 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 26I2011 fr LA Sousa 516 (HUNEB)

7 Coccocypselum lanceolatum (Ruiz amp Pav) Pers Syn Pl 1 132 1805

Figura 4A-DErva decumbente monoica caule ciliacutendrico sem lenticelas

velutino a tomentoso tricomas alvos entrenoacutes 10-120 mm compr Estiacutepulas persistentes 3-6 times 3-35 mm inteiras lineares velutinas Folhas opostas herbaacuteceas peciacuteolo 4-20 mm compr velutino lacircmina 30-75 times 15-40 mm ovada a eliacuteptica base arredondada obtusa truncada a levemente assimeacutetrica aacutepice agudo margem plana face adaxial velutina abaxial denso-velutina venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 7-8 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos globosos axilares e terminais 10-17-flores peduacutenculos 5-7 mm compr velutinos braacutecteas foliaacuteceas ovais bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos iguais 18-22 mm compr ovados lanceolados a oblanceolado aacutepice obtuso velutinos reflexos corola azul infundibuliforme tubo 25-38 mm compr externamente velutinos 4-mera lobos 25-3 mm compr triangulares hirsutos no aacutepice estames inseridos na fauce anteras 15-2 mm compr oblongas estigma biacutefido flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 4-45 mm estiletes 15-2 mm compr flores longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 13-15 mm compr estiletes 5-6 mm compr Fruto baga 8-14 times 5-8 mm compr ovoide obovoide a elipsoide azul-intenso a lilaacutes na maturaccedilatildeo pubescente semente 13-15 mm diacircm superfiacutecie dorsal muricada a ventral com sulco longitudinal

Distribuiccedilatildeo Se distribui amplamente na regiatildeo neotropical ocorrendo desde o Sul do Meacutexico ateacute a Argentina (Dwyer 1980 Andersson 1992) No Brasil ocorre em todas as regiotildees exceto na Norte (Costa amp Mamede 2002)

Coccocypselum lanceolatum pode ser reconhecido atraveacutes das folhas com indumento velutino das nervuras secundaacuterias com 7-8

pares e atraveacutes dos lobos do caacutelice reflexos A presenccedila de caacutelice reflexo foi apontada por Steyermark (1967 1974) como uma caracteriacutestica importante na delimitaccedilatildeo desta espeacutecie A espeacutecie foi encontrada associada ao subosque da Floresta Estacional sobre solo argiloso a 800-910 m altitude Floresce em janeiro fevereiro maio junho e dezembro e frutifica de novembro a junho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 14rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 18II2009 fl fr LA Sousa 108 (HUNEB) 26VI2011 fl fr LA Sousa 337 (HUNEB) 27XIII2011 fl fr LA Sousa 416 (HUNEB) 15XII2011 fl fr LA Sousa 468 (HUNEB) 20I2012 fr LA Sousa 516 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 528 (HUNEB) 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 26VI2011 fr LA Sousa 334 (HUNEB) 10deg 40rsquo 14rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 05rsquorsquo W 19V2012 fr LA Sousa 595 (HUNEB)

8 Cordiera elliptica (Cham) Kuntze Revs Gen Pl 1 279 1891Figura 4E-HArbusto 18-3 m alt dioico caule ciliacutendrico sem lenticelas

glabro entrenoacutes 15-60 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 2-4 times 2-38 mm inteiras triangulares livres ou conadas na base aacutepice aristado glabra Folhas opostas coriaacuteceas peciacuteolo 3-7 mm compr glabro lacircmina (18)30-83 times (1)20-65 mm ovada a eliacuteptica base arredondada a obtusa aacutepice acuminado a cuspidado margem plana glabra venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 5-9 pares Inflorescecircncias masculinas fasciculadas terminais 3-8-flores as femininas unifloras seacutesseis 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores diclinas homostiacutelicas seacutesseis flores masculinas caacutelice truncado 2-3 mm compr glabro a seriacuteceo corola hipocrateriforme alvas com lobos roacuteseos tubo 5-8 mm compr pilosos externamente anel de tricomas na fouce 5-mera lobos 2-3 mm compr estreito-ovados pubeacuterulos estames inclusos inseridos na base do tudo porccedilatildeo livre dos filetes 05-06 mm compr anteras oblongas 3-35 mm compr estigma biacutefido estilete 6 mm compr flores femininas caacutelice truncado 3-4 mm compr glabros corola alvas com lobos roacuteseos hipocrateriforme tubo 4-5 mm compr piloso internamente tricomas moniliformes na fauce 5-mera lobos 2-3 mm compr oblongos pilosos estames inclusos inseridos na base do tudo porccedilatildeo livre dos filetes 03-05 mm compr anteras 25-28 mm compr oblongas sem poacutelen estigma biacutefido estilete 7-75 compr Fruto baga 5-14 times 5-12 mm globosa marrom-escura na maturaccedilatildeoa glabra sementes 35-4 times 25-35 mm retangulares exotesta lisa

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nas regiotildees Centro-Oeste Nordeste e Sudeste nos estados da Bahia Distrito Federal Goiaacutes Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais e Paraacute (Delprete amp Corteacutes-B 2006 Pessoa amp Zappi 2012)

Caracteriza-se por apresentar as folhas com venaccedilatildeo fortemente reticulada com coloraccedilatildeo contrastante na face superior Em herbaacuterio pode ser confundida com Cordiera rigida (KSchum) Kuntze da qual se diferencia por apresentar folhas cartaacuteceas glabras fosca na face superior com venaccedilatildeo secundaacuteria aparente e margem plana Enquanto que C rigida apresenta folhas coriaacuteceas com a face superior lustrosa vernicosa venaccedilatildeo secundaacuteria inconspiacutecua e margem revoluta pilosas na face inferior A espeacutecie encontra-se bem distribuiacuteda em aacutereas de borda ou interior de florestas sobre solo arenoso a argiloso entre 840-930 m de altitude Floresce nos meses de setembro outubro e fevereiro e frutifica em outubro janeiro fevereiro e setembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 29IX2011 fl LA Sousa 452 (HUNEB) 29IX2011 fl LA Sousa 451 (HUNEB) 29II2009 fr LA Sousa 242 (HUNEB) 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 29IX2011 fr LA Sousa 497 (HUNEB) 01XI2011 fr LA Sousa 462 (HUNEB) 20I2012 fr LA Sousa 531 (HUNEB) 20I2012 fl LA Sousa 532 (HUNEB)

298

Sousa LA et al



9 Coutarea hexandra (Jacq) KSchum Fl Bras 6 (6) 196 1889

Arbusto ou arvoreta 08-7 m alt monoica caule ciliacutendrico lenticelado glabro entrenoacutes 5-40 mm compr Estiacutepulas persistentes 2-25 times 3-35 mm inteiras triangulares aacutepice acuminado margens pubescentes Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 3-6 mm compr glabros lacircmina (25)40-60 times (15)28-40 ovado-eliacuteptica oblanceolada a lanceolada base aguda a cuneada aacutepice agudo margem plana glabras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 4-6 pares Inflorescecircncias paniacuteculas terminais 4-5-flores peduacutenculo 4-10 mm compr 2 braacutecteas foliaacuteceas lineares bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelo 5-8 mm compr caacutelice 6 lobos iguais 4-6 mm compr lineares glabro pubeacuterulos na base corola alva tubulosa-claviforme tubo 15-18 mm compr glabro externamente internamente viloso na base 6-mera lobos 8-10 mm compr triangular-lanceolado aacutepice agudo ou arredondado glabro estames exsertos inseridos na base do tubo porccedilatildeo livre dos filetes 2-43 mm compr anteras 1-15 mm compr oblongas estigma biacutefido estiletes 16-18 mm compr Fruto caacutepsula deiscecircncia septicida 30-33 times 40-48 mm compr oblonga marrom na maturaccedilatildeo glabra sementes 9-15 times 5-8 mm compr oblongas onduladas

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda por toda a regiatildeo neotropical podendo ser encontrada no Meacutexico Ameacuterica Central e do Sul (Schumann 1888 Andersson 1992) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Zappi 2012a)

Caracteriza-se por apresentar corola tubulosa-claviforme levemente zigomorfa e frutos capsulares fortemente lenticelados Foi encontrada associada a vegetaccedilatildeo de campo rupestre em solo argiloso a 780 m de altitude Floresce na aacuterea em dezembro e janeiro e frutifica em marccedilo

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila trilha para a Serra Paredatildeo de pedra 10deg 39rsquo 57rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 08rsquorsquo W 26XII2011 fl LA Sousa 507 (HUNEB) 20I2012 fl LA Sousa 518 (HUNEB) 17III2012 fr LA Sousa 565 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Campo Formoso Brejo do Tamanduaacute Serra do Areatildeo 07II2006 fl EB Souza 1453 (HUEFS) Jacobina Caminho para Pingadeira 069IV1996 fl ML Guedes 2876 (ALCB HRB e HUEFS) Serra do Brite 21VII1984 fl fr RP Orlandi amp HPBautista 698 (ALCB HRB) Miguel Calmon entre a Faz Peacute de Serra e o riacho do Caldeiratildeo 05IV2001 fr NG Jesus et al 1280 (HRB CEPEC) Sauacutede Cachoeira do Paiaiaacute 14VI1996 fl fr ML Guedes et al 2897 (ALCB)

10 Declieuxia aspalathoides MuumlllArg Flora 59 437 1876Figura 4I-LArbusto a subarbusto ereto 1-15 m alt monoico caule

ciliacutendrico sem lenticelas pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 5-10 mm compr Estiacutepulas persistentes 1-15 times 1 mm compr inteiras lineares pubeacuterulas Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos coriaacuteceas seacutesseis lacircmina 4-7 times 05-1 mm linear base cuneada aacutepice agudo margem plana ambas as faces hispidas nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces Inflorescecircncias cimas terminais e axilares 3-12 flores seacutesseis 1-2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelos 03-5 mm compr piloso caacutelice 4 lobos desiguais 02-13 mm compr lineares glabros corola azul-claro infundibuliforme tubo 3-4 mm compr externamente glabro anel de tricomas proacuteximo da fauce 4-mera lobos oblongos 15-2 mm compr glabros a pubeacuterulos estames inseridos abaixo da fauce anteras 08-12 mm compr oblongas a subeliacutepticas estigma biacutefido flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 115 mm compr estilete 18-26 mm compr flores longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 05-08 mm compr estilete

5-53 mm compr Frutos esquizocaacuterpicos dicoca 15-2 times 25-28 mm lateralmente compressos deiscecircncia lateral negro na maturaccedilatildeo glabro sementes 08-1 times 04 mm marrons com estrias circulares

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia Distrito Federal Minas Gerais e Sergipe nos domiacutenios da Caatinga e Cerrado (Kirkbride Junior 1976) Segundo Harley et al (2005) esta eacute uma das trecircs espeacutecies tiacutepica dos campos rupestres da Chapada Diamantina Eacute tambeacutem registrada para os campos de restinga na Bahia e Sergipe

Caracteriza-se por apresentar folhas lineares densamente congestas nos ramos sendo difiacutecil observar a sua filotaxia e por apresentar o caule suberoso densamente ramificado no aacutepice Foi encontrada na vegetaccedilatildeo de transiccedilatildeo entre floresta de encosta e campo rupestre sobre solos arenosos entre 890-930 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em janeiro fevereiro junho e agosto

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 40rsquo 03rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 30rsquorsquo W 29VII209 fl fr LA Sousa 319 (HUNEB) 26VI2011 fl fr LA Sousa 319 (HUNEB) 28VI2011 fl fr LA Sousa 320 (HUNEB) 29VI2011 fl fr LA Sousa 328 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 521 (HUNEB) 20II2012 fl fr LA Sousa 550 (HUNEB)

11 Declieuxia fruticosa (Willd ex Roem amp Schult) Kuntze Revs Gen Pl 1 279 1891

Subarbusto 07-08 m alt monoico caule ciliacutendrico sem lenticelas glabros entrenoacutes 20-50 mm compr Estiacutepulas persistentes 2-3 times 2 mm inteiras lineares glabras Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 10-35 times 4-15 mm oblanceolada a oblongo-eliacuteptica base atenuada aacutepice agudo-acuminado margem plana glabras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 5-8 pares Inflorescecircncias cimas terminais e axilares multifloras peduacutenculo 2-42 mm compr glabro a pubeacuterulo 2 braacutecteas estreito-eliacutepticas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelo 01-06 mm compr glabro caacutelice 4 lobos iguais 06-1 mm compr oblongos glabros corola azul infundibuliforme tubo 38-45 mm compr externamente glabro piloso da porccedilatildeo mediana ateacute a fauce 4-mera lobos 08-12 mm compr ovados a oblongos glabros estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo anteras 06-08 mm compr oblongas estigma biacutefido flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 25-5 mm compr estilete 10-28 mm compr flores longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 01-02 mm compr estilete 4-48 mm compr Fruto esquizocarpo didiacutenamo 35-4 times 25-3 mm lateralmente compressos deiscecircncia lateral azul a negro glabro sementes 2-3 times 2-4 mm marrons planas circulares estrias circulares

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda por toda a regiatildeo neotropical (Kirkbride Junior 1976) sendo a espeacutecie mais amplamente distribuiacuteda do gecircnero No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Delprete 2010a)

Caracteriza-se por apresentar folhas oblanceoladas a oblongo-eliacutepticas venaccedilatildeo marcada na face inferior marrom-escura apoacutes a secagem o que a difere de Declieuxia aspalathoides a segunda espeacutecie ocorrente na aacuterea Segundo Campos et al (2006) apresenta grande variabilidade morfoloacutegica principalmente quanto agraves folhas Foi encontrada associada agrave floresta de encosta sobre solo argiloso e em aacutereas sombreadas com 600-720 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em junho e agosto

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 40rsquo 03rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 30rsquorsquo W 26VI2011 fl fr LA Sousa 338 (HUNEB) 26VIII2011 fr LA Sousa 387 (UNEB) 10deg 39rsquo 548rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 51rsquorsquo W 14IV2006 fl VJ Santos 529 (HUEFS)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Catoleacutes encosta da Serra da Tromba 14IV2000 fl EBM Silva 455 (HUEFS HRB) Serra da Trompa 14VI2000 fl fr EB Miranda Silva et al 455 (ALCB) Jacobina Monte Tabor Hotel Serra do

299




Ouro 20II1993 fr AMV Carvalho et al 4198 (CEPEC) Lenccediloacuteis Coqueiros 11VI1988 fl Cassia 82 (HBA)Pai Inaacutecio Cachoeira do Paiaiaacute 14VI1996 fl ML Guedes et al 2897 (ALCB) Morro do Chapeacuteu 26VIII1980 fl fr R Orlandi 275 (HRB) Morro do Chapeacuteu Cachoeira do Ferro Doido 21II2006 fl N Roque 1321 (ALCB) Mucugecirc Unidade de Manejo Sustentaacutevel 06IV1997 fl HPBautista amp SL Silva 314 (HRB) Sauacutede Serra da Sauacutede 03IX1981 fl LMC Gonccedilalves 182 (HRB)

12 Diodella apiculata (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin 1 169-174 2004

Erva ereta ou prostrada 20-70 cm alt monoica caule ciliacutendrico a tetraacutegono no aacutepice sem lenticelas levemente pubescente entrenoacutes 8-20 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 2-3 times 2-32 mm compr 5-7 setas desiguais 4-12 mm compr pilosas Folhas opostas membranaacuteceas seacutesseis lacircmina 4-11 times 2-4 mm ovada a linear-lanceolada base atenuada aacutepice apiculado margem plana face adaxial escabra abaxial glabra a pubeacuterulo-escabrosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias visiacuteveis em ambas as faces 2-4 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos axilares raramente terminais 2-8 por ramo floriacutefero 2-4-flores 2 braacutecteas lineares glabras 2 bracteacuteolas glabras Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobado lobos iguais 1-2 mm compr estreito triangulares glabro a pubeacuterulos corola lilaacutes infundibuliforme tubo 4-10 mm compr externamente pubeacuterulo internamente com anel de tricomas proacuteximo da base 4-mera lobos 1-3 mm compr triangulares pilosos no aacutepice estames exsertos presos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 05-2 mm compr anteras 05-1 mm compr oblongas estigma capitado estilete 5-10 mm compr Fruto esquizocarpo 25-3 times 2-35 mm obovoide ou turbinado 3-5 costado sulco longitudinal na face dorsal mericarpos indeiscentes marrons na maturaccedilatildeo pubeacuterulo a hiacutespido face ventral com duas depressotildees sementes 06-18 times 12-15 mm plano-convexas eliacutepticas ou obovadas face ventral com depressatildeo em forma de ldquoYrdquo

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda na Ameacutericas Central e do Sul Malaacutesia e Aacutesia (Schumann 1888) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Bacigalupo amp Cabral 2007b Cabral amp Salas 2012b)

Caracteriza-se por apresentar folhas com aacutepice apiculado e lobos do caacutelice de comprimento iguais Diferencia de Diodella teres por apresentar folhas com nervuras secundaacuterias visiacuteveis em ambas as faces corola maiores (4-10 mm compr) e atraveacutes dos mericarpos com 3-5 costelas na face dorsal Apresentou populaccedilotildees abundantes na aacuterea encontrada nos campos rupestres em solo arenoso e em florestas mais abertas em solo argiloso entre 468-890 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 20II2012 fl fr LA Sousa 537 (HUNEB) 17III2012 fl fr LA Sousa 557 (HUNEB) 20II2012 fl fr LA Sousa 559 (HUNEB) 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 20IV2011 fl fr LA Sousa 71 (HUNEB) 27V2009 fl fr LA Sousa 101 (HUNEB) 27V2008 fl fr LA Sousa 104 (HUNEB) 26X2008 fl fr LA Sousa 149 (HUNEB) 18VII2009 fl fr LA Sousa 298 (HUNEB) 28VI2011 fl fr LA Sousa 327 (HUNEB) 29XI2011 fl fr LA Sousa 340 (HUNEB) 27VIII2011 fl fr LA Sousa 413 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 448 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 472 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 479 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 500 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 443 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 2011 (HUNEB) 18III2012 fl fr LA Sousa 578 (HUNEB) 19V2012 fl fr LA Sousa 594 (HUNEB)

13 Diodella radula (Willd ex Roem amp Schult) Delprete Fl Ilustr Catarin Rubiaacuteceas I 174 2004

Erva ereta a decumbente 40-60 cm alt monoica caule ciliacutendrico a tetraacutegono no aacutepice sem lenticelas hirsuto entrenoacutes 10-80 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 12-2 times 25-38 mm compr pubescente 7-10 setas 14-3 mm compr glabras Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 10-40 times 4-20 mm largo-eliacuteptica a oblongo-lanceolada aacutepice agudo base atenuada margem plana face adaxial escabrosa e abaxial hirsuta venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias conspiacutecuas em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos axilares (3-)8-11 por ramo floriacutefero 2-4-flores 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais os maiores 2-3 mm compr os menores 18-25 mm compr estreito-triangulares hirsutos corola alva infundibuliforme tubo 4-5 mm compr externamente piloso na porccedilatildeo superior internamente com anel de tricomas na base do tubo 4-mera lobos 33-5 mm compr triangulares ciliados estames exsertos inseridos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 08-1 mm compr anteras 15-2 mm compr longamente eliacuteptica estigma bilobado estilete 6-8 mm compr Fruto esquizocarpo 25-3 times 2-38 mm globoso com sulco longitudinal separando-se em dois mericarpos indeiscentes 2-4 costelas marrons na maturaccedilatildeo piloso apenas no aacutepice face ventral lisa sementes 12-26 times 08-2 mm obovoides castanhas aacutepice fendido sem sulcos na face ventral

Distribuiccedilatildeo Distribui-se por toda a regiatildeo neotropical (Andersson 1992 Delprete et al 2004) No Brasil ocorre em quase todas as regiotildees exceto na Norte (Cabral amp Salas 2012b)

Distingue-se das demais espeacutecies do gecircnero encontradas na aacuterea por apresentar folhas com venaccedilatildeo impressa na face superior e proeminente na face inferior estiacutepulas com setas glabras lobos do caacutelice com 33-5 mm compr e fruto piloso apenas no aacutepice Foi encontrada sobre solos argilosos e arenosos associada a aacutereas abertas e no interior da floresta a 470-860 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea nos meses de junho e julho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 48rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 07rsquorsquo W 26VI2011 fl fr LA Sousa 313 (HUNEB) 28VII2011 fl fr LA Sousa 318 (HUNEB) 23VII2011 fl fr LA Sousa 355 (HUNEB) 26VIII2011 fl fr LA Sousa 412 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 433 (HUNEB) 15XII2011 fl fr LA Sousa 488 (HUNEB) 26XIII2011 fl fr LA Sousa 509 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 479 (HUNEB) 20II2012 fl fr LA Sousa 537 (HUNEB) 17III2012 fl fr LA Sousa 557 (HUNEB) 19III2012 fl fr LA Sousa 558 (HUNEB)

14 Diodella teres (Walter) Small Fl Lancaster Co 271 1913Erva decumbente 20-40 cm alt monoica caule ciliacutendrico a

tetragonal sem lenticelas pubeacuterulo a piloso entrenoacutes 10-35 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 1-15 times 28-35 mm pubeacuterula margem pilosa 8-10 setas 4-6 mm compr pilosas Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 8-22 times 2-5 mm lanceolada a oblongo-lanceolada base atenuada aacutepice agudo a acuminado margem plana ambas as faces estrigosas a tomentosas venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncias fasciacuteculos axilares 2-4 floro 2 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 15-2 mm compr 4 lobos desiguais os maiores 13-2 mm compr os menores 1-15 mm compr lanceolados margem hirsuta corola branca a lilaacutes infundibuliforme tubo 35-48 mm compr 4-mera lobos 15-2 mm compr triangulares externamente pubeacuterulos internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior estames exsertos presos na fouce porccedilatildeo livre dos filetes 06-08 mm compr anteras 05-08 mm compr oblongas estigma bilobado estilete 35-45 mm compr Fruto esquizocarpo 4-45 times 35-4 mm globoso a subovoide com sulco longitudinal

300

Sousa LA et al



Figura 4 A-D Coccocypselum lanceolatum - A ramo floriacutefero B estiacutepula C flor e hipanto D fruto E-H Cordiera elliptica - E ramo frutiacutefero F estiacutepula G flor masculina H fruto I-L Declieuxia aspalathoides - I ramo floriacutefero J estiacutepula K flor L fruto (A-D LA Sousa 468 E-H LA Sousa 452 I-L LA Sousa 328)Figure 4 A-D Coccocypselum lanceolatum - A flowering branch B stipule C flower and hypanthium D fruit E-H Cordiera elliptica - E fruitful branch F stipule G male flower H fruit I-L Declieuxia aspalathoides - I flowering branch J stipule K flower L fruit (A-D LA Sousa 468 E-H LA Sousa 452 I-L LA Sousa 328)

301




separando-se em dois mericarpos indeiscentes 1(3) costelas marrons na maturaccedilatildeo pubescentes face ventral com duas depressotildees sementes 25-3 times 15-2 mm obovoides plano-convexas castanhas sulco longitudinal na face ventral em forma de ldquoYrdquo

Distribuiccedilatildeo Distribuiacuteda na regiatildeo neotropical ocorrendo no Sudeste dos Estados Unidos Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Cabral amp Bacigalupo 2005 Campos et al 2006) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Cabral amp Salas 2012b)

Caracteriza-se por apresentar folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas e frutos com sulco longitudinal na face ventral Diferencia-se de Diodella apiculata por apresentar caacutelice com lobos desiguais e face dorsal dos mericarpos 1-(3) costelas (vs 3-5) Foi encontrada assciada agrave vegetaccedilatildeo aberta na Caatinga perturbada sobre solo argiloso a 470 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em junho e julho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 26VI2011 fr LA Sousa 369 (HUNEB) 28VII2012 fl fr LA Sousa 599 (HUNEB)

15 Emmeorhiza umbellata (Spreng) K Schum Fl Bras 6(6) 408 1889

Liana monoica caule herbaacuteceo ciliacutendrico a tetragonal no aacutepice sem lenticelas glabros entrenoacutes 35-110 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 3-8 times 2-3 mm glabra 7 setas desiguais menores nas extremidades 15-7 mm compr glabras Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolo 3-8 mm compr lacircmina 30-95 times 15-40 mm eliacuteptica a largo-lanceolada base cuneada aacutepice acuminado margem plana ambas as faces glabras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes a plicadas visiacuteveis em ambas as faces 4-5 pares Inflorescecircncias umbeliformes terminais multifloras seacutesseis a pedunculadas 05-15 mm compr 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas 2 bracteacuteolas lanceoladas Flores monoclinas homostiacutelicas caacutelice 4 lobos iguais 1-12 mm compr ovado-triangulares hirsutos corola alva infundibuliformes tubo 2-25 mm compr externamente hirsuto anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 1-15 mm compr ovados pubeacuterulos estames exsertos inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 03-7 mm compr anteras 05-08 mm compr oblongas estigma biacutefido estilete 18-22 mm compr Fruto caacutepsula septicida 2-3 times 1-15 mm obovoide castanho na maturaccedilatildeo glabro sementes 2-3 mm comp elipsoides testa rugosa

Distribuiccedilatildeo Ocorre exclusivamente na Ameacuterica do Sul na ilha de Trinidad Colocircmbia Venezuela Guianas Peru Boliacutevia Brasil e Paraguai (Bacigalupo amp Cabral 2007c) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Delprete 2010a Cabral amp Salas 2012c)

Caracteriza-se por apresentar haacutebito trepador com caule voluacutevel folhas com nervuras secundaacuterias proeminentes em ambas as faces a plicadas e atraveacutes das inflorescecircncias umbeliformes Foi encontrada nas bordas e no interior de aacutereas florestadas em solos argilosos com serapilheira a 890 m de altitude Foi encontrada na aacuterea com flores apenas no mecircs de junho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 29VII2011 fl LA Sousa 330 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Jacobina Serra do Tombador 14X2001 fl HP Bautista 981 (CEPEC) Lenccediloacuteis Rio Lenccediloacuteis 09I1992 fl LS Funch et al 44 (ALCB) Morro do Chapeacuteu 26VIII1980 fl HP Bautista 378 (HRB) Ventura 27VIII1981 fl JDCA Ferreira 38 (HRB) 26VIII1980 fl EBM Silva 455 (HUEFS HRB) Rio de Contas Pico das Almas 13deg 32rsquo S e 41deg 53rsquo W 06XI1988 fr RM Harley et al 25957 (CEPEC) Rio Brumado 13 km da cidade 13deg 28rsquo S e 41deg 52rsquo W 27X1988 fr RM Harley et al 25701 (CEPEC)

16 Genipa americana L Syst Nat 2 931 1759

Aacutervore 5-7 m alt dioica ou monoica caule ciliacutendrico sem lenticelas glabro entrenoacutes 20-30 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 15-20 times 6-8 mm inteiras triangulares aacutepice acuminado glabras Folhas opostas congestas no aacutepice peciacuteolo 10-15 mm pubescente lacircmina 220-250 times 85-120 mm oblanceolada a lanceolada aacutepice obtuso base atenuada margem plana glabras a pubescentes em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 10-15 pares Inflorescecircncias cimeiras terminais ou axilares (1-)3-8-flores peduacutenculo 5-15 mm compr 2 braacutecteas ovadas a lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas ou raramente diclinas homostiacutelicas pediceladas caacutelice truncado tubo 7-8 mm compr 5-6 lobos inconspiacutecuos corola hipocrateriforme branca ou amarela tubo 10-40 mm compr externamente pubescente anel de tricomas proacuteximo da fauce 5-6-mera lobos 20-60 mm compr eliacutepticos seriacuteceos estames inseridos na fauce seacutesseis anteras 5-18 mm compr lanceoladas estigma espatulado biacutefido estilete 25-30 mm compr Fruto baga 60-100 times 40-80 mm subglobosa caacutelice persistente marrom acinzentada pilosa sementes 8-10 times 6-5 mm compr arredondadas comprimidas lateralmente lisas

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda na Floacuterida Meacutexico Ameacuterica Central e Ameacuterica do Sul (Dwyer 1980) No Brasil ocorre em quase todo o territoacuterio nacional tanto natural como cultivada (Andersson 1992)

Genipa americana eacute marcadamente distinta das demais espeacutecies presentes na aacuterea e se caracteriza por apresentar as folhas concentradas no aacutepice frutos marrom-acinzentados e mais desenvolvidos (60ndash100 times 40-80 mm diacircm) em relaccedilatildeo agraves demais espeacutecies Foi encontrado apenas alguns indiviacuteduos nas margens do rio Fumaccedila em aacutereas florestadas a 480 m de altitude sobre solo argiloso Frutifica na aacuterea nos meses de marccedilo e junho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 18IV2012 fr LA Sousa 585 (HUNEB) 20V2012 fr LA Sousa 590 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Andaraiacute rio Paraguaccedilu 20IV2001 fr DM Loureiro 46 (ALCB) Entre Rios 10I2011 fl MBB Alves amp PB Alves 14 (ALCB) Miguel Calmon parque das Sete Passagens 23XII2006 fr ML Guedes 13206 (ALCB) Senhor do Bonfim Povoado de Estiva Serra de Santana 13VI2005 fl D Cardoso et al 719 (HUEFS)

17 Guettarda sericea MuumlllArg Flora 58 450 1875Figura 5A-CArbusto 18-22 m alt ramos apoiantes monoica caule ciliacutendrico

geralmente espinescente lenticelados glabros a pubeacuterulos no aacutepice entrenoacutes 50-120 mm compr Estiacutepulas persistentes apenas no aacutepice 28-6 times 08-45 mm inteiras triangulares aacutepice agudo densamente adpresso-pubescente Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolo 05-12 mm compr tomentoso lacircmina 15-80 times 8-45 mm largo-eliacuteptica ovada a oblanceolada base aguda a obtusa aacutepice agudo margem plana face adaxial pilosa abaxial velutina venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 6-8 pares Inflorescecircncias escorpioides axilar ou terminal 8-12-flores peduacutenculo 10-20 mm compr adpresso-pubescente ou esparso a denso-hirsuto 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas lanceoladas pubescentes Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado sublobado tubo 2-35 mm compr adpresso-pubescente corola rosa hipocrateriforme tubo ciliacutendrico 10-11 mm compr externamente seriacuteceo internamente glabro 6-mera lobos 4-8 mm compr triangulares oblongos aacutepice arredondado pilosos estames inseridos proacuteximos da fouce seacutesseis anteras 2-22 mm compr estreito-oblongas estigma globoso flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 05-07 mm compr estiletes 7-9 mm compr flores longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 2-25 mm compr estiletes 14-16 mm compr Fruto drupa 11-15 times 7-11 mm

302

Sousa LA et al



globosa a oblonga-elipsoide vermelha a negra na maturaccedilatildeo 3-4 pirenos rugosa lenhosa sementes 12 times 1 mm ciliacutendricas

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil Ocorre apenas na regiatildeo Nordeste nos estados da Bahia ao Cearaacute exceto em Sergipe no domiacutenio da Caatinga (Barbosa 2012a)

Caracteriza-se por apresentar caule geralmente apoiante nigrescente geralmente lenticelados e com ramos curtos espinescentes e frutos elipsoides negros apoacutes a maturaccedilatildeo Foi encontrada associada agrave vegetaccedilatildeo aberta de Caatinga perturbada sobre solo argiloso a 480 m de altitude Floresce na aacuterea em julho agosto novembro dezembro e frutifica em janeiro e fevereiro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 26VII2011 fl LA Sousa 31 (HUNEB) 29VIII2011 fl LA Sousa 431 (HUNEB) 26VIII2011 fl LA Sousa 371 (HUNEB) 19XI2011 fl LA Sousa 480 (HUNEB) 26XII2011 fl LA Sousa 510 (HUNEB) 20I2012 fr LA Sousa 514 (HUNEB) 20II2012 fr LA Sousa 552 (HUNEB)

18 Malanea macrophylla Bartl ex Griseb Fl Brit W Ind 337 1861

Figura 5D-FLiana 1-25 m alt monoico caule lenhoso ciliacutendrico

lenticelado glabro a hirsuto entrenoacutes 60-130 mm compr Estiacutepulas deciacuteduas 7-15 times 5-10 mm inteiras ovadas aacutepice arredondado glabras Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 07-15 mm compr glabros a esparso pubeacuterulos lacircmina 40-135 times 20-65 mm ovada oblongo-ovada largo-eliacuteptica base aguda a obtusa aacutepice agudo a obtuso margem plana face adaxial glabra a hirsuta em ambas as faces venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes em ambas as faces 6-8 pares Inflorescecircncia paniacutecula axilar multifloras peduacutenculo 5-15 mm compr pubeacuterulo 2 braacutecteas ovado-triangulares bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos diferentes 05-08 mm compr triangulares tubo pubescente corola branco-amarelada infundibuliforme tubo 2-4 mm compr externamente seriacuteceo anel de tricomas proacuteximos da fauce 4-5-mera lobos 15-2 mm compr triangulares densamente piloso na face interna estames inseridos proacuteximos da fouce porccedilatildeo livre dos filetes 02-04 mm compr anteras 08-1 mm compr eliacutepticas estigma biacutefido estilete 2-3 mm compr incluso Fruto drupa 8-11 times 3 mm oblongo-elipsoide atropurpuacutereo na maturaccedilatildeo glabro sementes 2 3-4 times 1-2 mm elipsoides com sulco longitudinal

Distribuiccedilatildeo Amplamente distribuiacuteda desde a Ameacuterica Central ateacute a Venezuela Suriname Guiana Francesa Colocircmbia Boliacutevia e Brasil (Taylor et al 2004) No Brasil ocorre em todas as regiotildees nos domiacutenios da Amazocircnia Cerrado e Mata Atlacircntica (Barbosa 2012b)

Caracteriza-se por apresentar haacutebito trepador geralmente com raiacutezes adventiacutecias frutos drupas oblongo-elipsoides atropurpuacutereos na maturaccedilatildeo Foi encontrada associada agrave floresta de encosta em bom estado de conservaccedilatildeo sobre solo argiloso entre 640-700 m de altitude Frutifica na aacuterea em novembro dezembro e marccedilo

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 40rsquo 03rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 30rsquorsquo W 19XII2011 fr LA Sousa 481 (HUNEB) 26XII2011 fr LA Sousa 497 (HUNEB) 26XII2011 fr LA Sousa 505 (HUNEB) 17III2011 fr LA Sousa 564 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Lenccediloacuteis Morro do Pai Inaacutecio 04II1995 fl fr AMGiulietti 1531 (ALCB HRB) 12III1997 fl fr P Gasson 6193 (ALCB HRB) Serra da Chapadinha ao logo do Coacuterrego 06II1995 fl fr AMGiulietti amp LFunch 1614 (CEPEC HUEFS ALCB)

19 Manettia cordifolia Mart Denkschr Koumlnigl Akad Wiss Muumlnchen 9 95 t 7 1824

Liana monoica caule herbaacuteceo ciliacutendrico sem lenticelas glabro a pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 13-18 cm compr Estiacutepulas persistentes 15-3 times 2-3 mm compr inteiras triangulares aacutepice agudo a curtamente acuminado glabras a pubescentes na margem Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 05-1 mm compr tomentosos lacircmina 15-100 times 6-40 mm oval-lanceolada a oblonga base atenuada a acuminada aacutepice agudo a acuminado margem plana face adaxial glabra a pubeacuterula face abaxial glabra venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 3-5 pares Inflorescecircncias cimeiras axilares 1-flores peduacutenculos 6-40 mm compr glabros 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas velutinas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelo 8-35 mm compr glabro a pubescente caacutelice 4 lobos 2-5 mm compr estreito-triangulares a subulados pubescentes corola vermelha tubulosa-claviforme tubo 20-38 mm compr externamente glabro internamente com um anel de tricomas proacuteximo da base 4-mera lobos 2-4 mm compr ovado-triangulares pubeacuterulos estames exsertos inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 15-20 mm compr anteras oblongas 06-08 mm compr estigma biacutefido estilete 20-38 mm compr Fruto caacutepsula 10-16 times 6-10 mm oblonga deiscecircncia longitudinal marrom na maturaccedilatildeo glabra sementes oblongas 28-3 mm compr castanhas aladas

Distribuiccedilatildeo Distribui-se no Meacutexico Ameacuterica Central Colocircmbia Boliacutevia Brasil e Norte da Argentina (Delprete amp Corteacutes-B 2006) No Brasil ocorre em todas as regiotildees (Pessoa amp Macias 2012)

Caracteriza-se pelo conjunto de caracteres como haacutebito trepador com caule voluacutevel inflorescecircncias unifloras com braacutecteas foliaacuteceas geralmente cordiforme e pela corola vermelha Foi encontrada associada a bordas da floresta de galeria sobre solo argiloso a 470 m altitude Floresce na aacuterea em julho agosto e frutifica em agosto

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 28VI2011 fl LA Sousa 339 (HUNEB) 28VIII2011 fl LA Sousa 357 (HUNEB) 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 26VII2011 fl fr LA Sousa 373 (HUNEB) 10deg 40rsquo 016rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 21rsquorsquo W 28VII2012 fl fr LA Sousa 613 (HUNEB)

20 Mitracarpus baturitensis Sucre Rodrigueacutesia 26(38) 255 1971

Erva ereta 35-40 cm alt monoica caule ciliacutendrico a tetragonal sem lenticelas piloso ou densamente hiacutespido entrenoacutes 30-60 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha estipular 12-18 times 2-3 mm ciliadas 4-7 setas 1-3 mm compr densamente ciliadas Folhas opostas herbaacuteceas seacutesseis lacircminas 15-30 times 5-8 mm estreito-eliacuteptica aacutepice agudo base aguda margem plana face adaxial escabra abaxial glabra pubescente na nervura principal venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces 2-3 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos axilares e terminais 1-2 por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 05-08 mm compr pilosos caacutelice 4-lobos desiguais dois maiores 15-2 mm compr dois menores 08-1 mm compr lanceolados densamente ciliados corola branca hipocrateriforme tubo 12-15 mm compr externamente glabro anel de tricomas moniliformes na metade interna lobos 08-1 mm compr ovados ciliados na face externa estames inseridos na fauce seacutesseis a subseacutesseis porccedilatildeo livre do filete 03-07 mm compr anteras 06 times 08 mm compr oblongas estigma biacutefido 18-2 mm compr excerto Fruto caacutepsula 1-15 times 08-12 mm compr globosa com deiscecircncia transversal marrom na maturaccedilatildeo pilosa no aacutepice sementes 06-08 times 05-07 mm globosas castanhas face dorsal com depressatildeo cruciforme impressa exotesta foveacuteolo-reticulada face ventral com encaixe em forma de ldquoXrdquo

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo apenas nas regiotildees Nordeste (BA CE PB PE e PI) e Centro-Oeste (GO MT)

303




22 Mitracarpus salzmannianus DC Prodr 4 571 1830Erva ou subarbusto ereto ascendente ou decumbente 20-50 cm

alt monoica caule tetragonal sem lenticelas escabro ou hispido entrenoacutes 18-150 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 15-38 times 15-4 mm pubescente 4-8 setas 1-6 mm compr glabras Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina (4)17-45 times (2)4-10 mm eliacuteptica estreito-eliacuteptica a lanceolada base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem plana ambas as faces escabras ou densamente estrigosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial ou as vezes inconspiacutecuas 2-3(5) pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos terminais e axilares 2-4(5) por ramo floriacutefero multifloros 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 04-1 mm compr glabros caacutelice 4 lobos desiguais dois maiores 28-32 mm compr dois menores 12-2 mm compr lanceolados margem hirsuta corola alva hipocrateriforme tubo 35-48 mm compr externamente piloso na metade superior anel de tricomas na porccedilatildeo mediana do tubo 4-mera lobos 1-12 mm compr triangulares pilosos externamente estames subinclusos inseridos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 04 mm compr anteras 06-08 mm compr oblongas estigma biacutefido estilete 45-6 mm compr Fruto caacutepsula 18-3 times 3 mm compr ovoide com deiscecircncia transversal marrom-escura na maturaccedilatildeo glabra sementes 07-11 times 04-06 mm oblongas castanhas face dorsal sem depressatildeo exotesta foveolo-reticulada face ventral com encaixe em forma de ldquoY invertidordquo

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie amplamente distribuiacuteda ocorrendo nas Guianas Suriname e Brasil No Brasil ocorre nas regiotildees Norte (PA) Centro-Oeste (GO) Sudeste (ES MG e RJ) e em todo o Nordeste (Souza et al 2010) nos domiacutenios da Amazocircnia Caatinga e Cerrado (Souza 2012)

Diferencia-se das demais espeacutecies do gecircnero principalmente pelas caracteriacutesticas reprodutivas como corola externamente pilosa na metade superior semente com face dorsal sem depressatildeo e face ventral com encaixe em forma de ldquoY invertidordquo Segundo Souza et al (2010) esta espeacutecie apresenta ampla variaccedilatildeo morfoloacutegica principalmente quanto aos caracteres vegetativos Foi encontrada em diferentes fitofisionomias associada agrave vegetaccedilatildeo aberta em solos arenosos e argilosos entre 450-890 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea de estudo em quase todos os meses do ano poreacutem natildeo foi observada nos meses secos

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 47rsquorsquo W 26VII2011 fl fr LA Sousa 359 (HUNEB) 23VI2011 fl fr LA Sousa 384 (HUNEB) 26VII2011 fl fr LA Sousa 397 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 426 (HUNEB) 26VII2011 fl fr LA Sousa 435 (HUNEB) 10deg 39rsquo 536rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 29XII2009 fl fr LA Sousa 144 (HUNEB) 26VII2011 fl fr LA Sousa 415 (HUNEB) 26VIII2011 fl fr LA Sousa 417 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 474 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 474 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 475 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa 485 (HUNEB) 29IX2011 fl fr LA Sousa 445 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 499 (HUNEB)

23 Palicourea guianensis Aubl Hist Pl Guiane 1 173 t 66 1775

Figura 6A-DArbusto 18-25 m alt monoico caule ciliacutendrico sem

lenticelas glabro entrenoacutes 10-60 mm compr Estiacutepulas persistentes inteiras 3-5 times 2-4 mm compr biacutefidas concrescidas na base lobos triangulares aacutepices obtusos ou agudos glabras Folhas opostas cruzadas cartaacuteceas a papiraacuteceas peciacuteolos 10-30 mm compr lacircmina (65)120-180 times (25)40-80 mm ovada-eliacuteptica lanceolada oblanceolada base aguda ou subobtusa aacutepice agudo a acuminado

nos domiacutenios da Caatinga e do Cerrado (Souza et al 2010 Souza 2012)

Caracteriza-se por apresentar folhas opostas cruzadas sem braquiblastos e atraveacutes do tubo da corola externamente glabro Diferencia-se de Mitracarpus frigidus por apresentar o caule ciliacutendrico sem alas vs caule tetragonal alado e de M salzmannianus devido agraves flores menores (tubo 12-15 mm vs 35-48 mm compr) e por apresentar sementes com depressatildeo cruciforme ventral em forma ldquoXrdquo (vs ldquoYrdquo) Foi encontrada em aacutereas de campo rupestre sobre afloramento rochoso a 703 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea no mecircs de agosto

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 53rsquorsquo W 26VIII2011 fl fr LA Sousa 390 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Jacobina Serra do Tombador 28X1995 fl AMA Amorim et al 1798 (CEPEC) 02VII1996 fl AM Giulietti et al 3316 (ALCB) Morro do Chapeacuteu subida da Serra para Morro do Chapeacuteu 25VIII1981 fl R Orlandi 444 (HRB) Mucugecirc estrada para Abaiacutera 14VI2010 fl ML Guedes et al 171781 (ALCB) Lenccediloacuteis Pai Inaacutecio 04VII1994 fl MC Ferreira 16 (HRB) Juazeiro 08II1970 fl AL Costa (ALCB) Rio de Contas Pico das Almas estrada para torre de repeticcedilatildeo 29VII1994 fl A Pereira et al 246 (HRB) Senhor do Bonfim Carrapichel 29V2005 fl PD Carvalho et al 200 (HUEFS)

21 Mitracarpus frigidus (Willd ex Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 81 1888

Figura 5G-JErva ou subarbusto 40-60 cm alt caule fortemente tetraacutegono

alado sem lenticelas glabro ou pubeacuterulos entrenoacutes 40-110 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha estipular 12-22 times 18-2 mm compr pubeacuterula 5-7 setas 2-5 mm compr glabras Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 7-60 times 2-12 mm longo-eliacuteptica oblanceolada a oblonga base atenuada ou cuneada aacutepice agudo margem plana ambas as faces escabras a estrigosas venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 3-4 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos terminais e axilares 1-3 por ramo floriacutefero multifloras 2-4 braacutecteas foliaacuteceas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 4 lobos desiguais dois maiores 35-4 mm compr dois menores 12-15 mm compr linear-lanceolados margens hirsutas corola alva hipocrateriforme tubo 3-35 mm compr externamente pubeacuterulo-papilosa internamente com anel de tricomas proacuteximo da base 4-mera lobos 11-15 mm compr ovados pubeacuterulos estames subinclusos inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 03-06 mm compr anteras lineares 1-11 mm compr estigma biacutefido estilete 35-4 mm compr Fruto caacutepsula 18-2 times 1-15 mm obcocircnica com deiscecircncia transversal marrom na maturaccedilatildeo glabra ou pubeacuterula no aacutepice sementes 1-12 times 06-08 mm globosas castanhas face dorsal com depressatildeo cruciforme profundamente impressa exotesta foveolo-reticulada face ventral com encaixe em forma de ldquoXrdquo

Distribuiccedilatildeo Distribui-se na Colocircmbia Venezuela Guiana Francesa e Brasil No Brasil ocorre em todas as regiotildees exceto no Centro-Oeste (Delprete et al 2004 Souza et al 2010)

Diferencia-se das demais por apresentar caule alado e sementes com depressatildeo cruciforme dorsal profundamente impressa Foi encontrada em aacutereas de Caatinga perturbada aberta sobre solo argiloso na base da serra a 450m Floresce e frutifica na aacuterea no mecircs de outubro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 567rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 546rsquorsquo W 18XI2011 fl fr LA Sousa 460 (HUNEB)

304

Sousa LA et al



Figura 5 A-C Guettarda sericea - A estiacutepula B flor hipanto e bracteacuteolas C fruto D-F Malanea macrophylla - D ramo frutiacutefero E estiacutepula do aacutepice F fruto G-J Mitracarpus frigidus - G ramo floriacutefero H estiacutepula I fruto J semente face dorsal (A-C LA Sousa 549 D-F LA Sousa 450 G-J LA Sousa 373)Figure 5 A-C Guettarda sericea - A stipule B flower hypanthium and bracteoles C fruit D-F Malanea macrophylla - D fruitful branch E stipule apex F fruit G-J Mitracarpus frigidus - G flowering branch H stipule I fruit J dorsal surface of seed (A-C LA Sousa 549 D-F LA Sousa 450 G-J LA Sousa 373)

305




margem plana ambas as faces glabras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias visiacuteveis na face adaxial plicado nervosa proeminentes na face abaxial 10-15 pares Inflorescecircncias paniacuteculas terminais multifloras peduacutenculo 40-90 mm compr peduacutenculo 30-60 mm compr delgado amarelo 1 braacutectea linear bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelo 2-5 mm compr glabro ou pubeacuterulo caacutelice truncado 5 lobos iguais 01-04 mm compr ovados a triangulares glabros corola amarela tubular base gibosa tubo 8-12 mm compr externamente glabro internamente pubescente anel de tricomas na porccedilatildeo inferior 5-6-mera lobos 2-35 mm compr triangulares ou ovado-oblongos pubeacuterulos anteras 3-4 mm compr oblongas estigma biacutefido flores brevistilas estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo porccedilatildeo livre dos filetes 35-4 mm compr estiletes 10-12 mm compr flores longistilas estames inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 3-35 mm compr estiletes 14-16 mm compr Fruto drupa 4-55 times 3-4 ovoide azul-escuro a atropurpuacutereo na maturaccedilatildeo glabro 3-5 costadas sementes natildeo observadas

Distribuiccedilatildeo Ocorre no Meacutexico Caribe Brasil e Boliacutevia (Taylor et al 2007) No Brasil natildeo haacute registros apenas nas regiotildees Sudeste e Sul (Zappi amp Taylor 2012)

Palicourea guianensis pode ser facilmente reconhecida na aacuterea pelo porte robusto com folhas amplas [(65-)120-180] e atraveacutes da inflorescecircncia laxa paniculada com flores amarelas vistosas Foi encontrada em floresta estacional com vegetaccedilatildeo uacutemida e sombreada sobre solo argiloso entre 780-890 m de altitude Floresce na aacuterea em setembro outubro novembro dezembro e frutifica em marccedilo

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 40rsquo 02rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 43rsquorsquo W 18XI2011 fl LA Sousa 458 (HUNEB) 29IX2011 fl LA Sousa 425 (HUNEB) 20I2012 fr LA Sousa 522 (HUNEB) 10deg 39rsquo 49rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 21rsquorsquo W 18XI2009 fl LA Sousa 175 (HUNEB) 29VI2011 fl fr LA Sousa 325 (HUNEB) 18XI2011 fl LA Sousa 459 (HUNEB) 18XI2011 fl LA Sousa 470 (HUNEB)

24 Palicourea marcgravii ASt-Hil Pl Rem Bres 22 231 1824

Arbusto ereto 08-2 m alt monoico caule ciliacutendrico sem lenticelas pubescente na base pubeacuterulo a hiacutespido no aacutepice entrenoacutes 50-150 mm compr Estiacutepulas persistentes 25-4 times 3-4 mm compr biacutefidas concrescidas na base lanceoladas pubeacuterulas Folhas opostas peciacuteolo de 3-5 mm compr glabro a hirsuto lacircmina 60-130 times 25-55 mm ovada oblongo-ovada a eliacuteptica base aguda a decurrente aacutepice agudo a longo-acuminado margem plana ambas as faces pubescentes a hirsutas levemente estrigosa nas nervuras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 9-12 pares Inflorescecircncias paniacuteculas terminais multifloros peduacutenculo 25-70 mm compr delgado vermelho glabro a hispido 2 braacutecteas foliaacuteceas linear-lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas pedicelo 5 mm compr caacutelice 5 lobos iguais 1-2 mm compr estreito-triangulares tomentoso corola laranja a roacutesea tubular base gibosa tubo 12-20 mm compr externamente pubescente anel de tricomas proacuteximo da base 5-mera lobos 18-25 mm compr estreito-triangulares externamente pubescentes anteras 1-12 mm compr lanceoladas estigma biacutefido flores brevistilas estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo porccedilatildeo livre dos filetes 38-45 mm compr estiletes 10-12 mm compr flores longistilas estames inseridos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 2-28 mm compr estiletes 16-20 mm compr Fruto drupa 35-55 times 35-6 mm ovoide vinaacuteceo na maturaccedilatildeo glabra a levemente pilosa 3 costadas semente 2 5-3 times 18 mm plano-convexas castanhas superfiacutecie ventral sulcada longitudinalmente superfiacutecie dorsal lisa

Distribuiccedilatildeo Eacute amplamente distribuiacuteda no Brasil ocorrendo na bacia Amazocircnica no Nordeste Centro-Oeste ateacute o Sul tendo como limite o estado de Satildeo Paulo (Delprete 2010b)

Caracteriza-se por apresentar inflorescecircncias com raque vermelho e corola laranja ou lilaacutes com lobos roacuteseos Foi encontrada apenas na base da serra associada agrave floresta de galeria e floresta de encosta entre 400-700 m altitude sempre em locais sombreados Floresce e frutifica na aacuterea em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu trilha para Serra 10deg 40rsquo 03rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 30rsquorsquo W 18V2008 fl LA Sousa 90 (HUNEB) 26VI2011 fl LA Sousa 322 (HUNEB) 23VI2011 fr LA Sousa 361 (HUNEB) 26VIII2011 fl LA Sousa 388 (HUNEB) 15XI2011 fl LA Sousa 459 (HUNEB) 20II2011 fl LA Sousa 535 (HUNEB) 20I2012 fl LA Sousa 548 (HUNEB) 18II2012 fl LA Sousa 551 (HUNEB) 18IV2012 fl fr LA Sousa 585 (HUNEB) 18V2012 fl LA Sousa 588 (HUNEB) 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 18VI2011 fl LA Sousa 591 (HUNEB)

25 Perama harleyi JHKirkbr amp Steyerm Brittonia 29 194 (-195) 1977

Figura 6E-GErva ereta 16-30 cm alt monoica caule ciliacutendrico sem

lenticelas glabro ou com tricomas adpressos no aacutepice entrenoacutes 20-45 mm compr Estiacutepulas reduzidas a uma linha ou uma bainha inconspiacutecua pilosa Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 15-4 times 01-1 mm lanceolada a linear lanceolada base cuneada aacutepice agudo margem plana face adaxial glabra abaxial hirsuta nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas Inflorescecircncias em dicaacutesios laxos axilares e terminais 2-4-flores peduacutenculo 4-12 mm compr piloso 2-4 braacutecteas foliaacuteceas lanceolado-ovadas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2-lobado lobos iguais 1-5 18 mm compr lanceolados hirsuto corola branca a roacutesea infundibuliforme tubo 3-4 mm compr externamente hirsuta anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 4-mera lobos 08-1 mm compr ovados pubeacuterulos internamente estames exsertos inseridos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 01 mm compr anteras 05 mm compr estreito-eliacutepticas estigma biacutefido estilete 4-5 mm compr Fruto caacutepsula 11 times 1 mm deiscecircncia longitudinal marrom-escuro na maturaccedilatildeo hirsuta sementes 07 times 08 mm hemisfeacuterica

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica da Bahia encontrada em fitofisionomias de Caatinga e Cerrado (Zappi 2012b)

Caracteriza-se por apresentar caule ereto delicado geralmente ramificado com ateacute 30 cm alt inflorescecircncias em dicaacutesios laxos e flores roacuteseas Foi encontrada em vegetaccedilatildeo de transiccedilatildeo entre floresta e campo rupestre sobre solos arenosos e rupestres entre 890-900 m altitude Floresce e frutifica na aacuterea nos meses junho agosto setembro e novembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 27VIII2011 fl fr LA Sousa 410 (HUNEB) 29IX2009 fl fr LA Sousa 280 (HUNEB) 10deg 39rsquo 26rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 18rsquorsquo W 27VIII2011 fl fr LA Sousa 450 (HUNEB) 10deg 38rsquo 57rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 31rsquorsquo W 18XI2011 fl fr LA Sousa 465 (HUNEB)

26 Perama hirsuta Aubl Hist Pl Gui Franccedil 1 541775Figura 6H-KErva ereta 12-20 cm alt monoica caule ciliacutendrico sem

lenticelas hirsuto entrenoacutes 2-12 mm compr Estiacutepulas reduzidas a uma linha Folhas opostas membranaacuteceas seacutesseis lacircmina 3-7 times 4-8 mm ovada a lanceolado-ovada base arredondada aacutepice agudo margem plana ambas as faces hirsutas venaccedilatildeo paraleloacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 3-4 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos axilares e terminais 1-4 por ramo floriacutefero multifloros peduacutenculo 5-10 mm compr hirsuto 2-4 braacutecteas foliaacuteceas lanceolado-ovadas bracteacuteolas inconspiacutecuas

306

Sousa LA et al



Figura 6 A-D Palicourea guianensis - A ramo floriacutefero B estiacutepula C flor D fruto E-G Perama harleyi- E ramo floriacutefero F detalhe do noacute e linha estiacutepular G flor H-K Perama hirsuta - H ramo floriacutefero I detalhe do noacute e linha estiacutepular J flor K fruto (A-D LA Sousa 458 E-G LA Sousa 410 H-K LA Sousa 408)Figure 6 A-D Palicourea guianensis - A flowering branch B stipule C flower D fruit E-G Perama harleyi - E flowering branch F node detail and stipule line G Flower H-K Perama hirsuta - H flowering branch I node detail and stipule line J Flower K fruit (A-D LA Sousa 458 E-G LA Sousa 410 H-K LA Sousa 408)

307




Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 05-08 mm compr estreito triangulares hirsutos corola amarela infundibuliforme tubo 25-3 mm compr externamente glabro anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos 05-1 mm compr triangulares pilosos no aacutepice estames inclusos a parcialmente exsertos presos na fauce da corola porccedilatildeo livre dos filetes 01-02 mm compr anteras 07-08 mm compr oblongo-lineares estigma biacutefido filete 3-34 mm compr Fruto caacutepsula 2-3 times 1-2 mm subgloboso deiscecircncia transversal circuncisa amarelo-esverdeado hirsuto sementes com 03-07 times 02-05 mm com estrias transversais

Distribuiccedilatildeo Ocorre no Meacutexico Ameacuterica Central Antilhas nordeste e sudeste da Ameacuterica do Sul (Taylor et al 2004) No Brasil ocorre em quase todas as regiotildees exceto na Sul (Zappi 2012b)

Caracteriza-se por apresentar caule delicado com ateacute 20 cm alt hirsutos e corola amarela Na Serra da Fumaccedila foi encontrada associada ao campo rupestre sobre solos arenosos em locais abertos a 840 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea no mecircs de agosto

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 27VIII2011 fl fr LA Sousa 408 (HUNEB) 29VIII2009 fl fr LA Sousa 280 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Morro do Chapeacuteu Rio do Ferro Doido 17VII1979 fl G Hatschbach 42432 (CEPEC) 31V1980 fl fr R Harley 22480 (CEPEC) Mucugecirc Gobira 30X2009 fl fr AA Conceiccedilatildeo 3163 (HUEFS) Lenccediloacuteis Serra da Chapadinha 31IV2000 fl TS Nunes 182 (HUEFS) Rio de Contas 25VII1983 fl fr G Hatschbach 46948 (HUEFS)

27 Posoqueria latifolia (Rudge) Roem amp Schult Syst Veg 5 227 1819

Figura 7A-CAacutervore 5-7 m de alt monoica caule ciliacutendrico sem lenticelas

glabro entrenoacutes 25-35 mm compr Estiacutepulas persistentes geralmente escariosas 6-12 times 8-10 mm inteira triangulares aacutepice agudo glabras Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 5-15 mm compr glabros lacircmina (55) 80-130 times (25) 35-50 mm oblonga a eliacuteptica base arredondada a truncada aacutepice obtuso-acuminado agudo margem plana glabras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes em ambas as faces 5-7 pares Inflorescecircncias em corimbos terminais 5-10-flores peduacutenculo 20-30 mm compr glabro braacutecteas e bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas pedicelos 08-16 mm compr glabro caacutelice 5-lobado lobos iguais 05-18 mm compr triangulares externamente ciliados corola branca hipocrateriforme tubo 85-140 mm compr externamente glabro internamente papilosos 5-mera lobos 10-18 mm compr oblongo-lanceolados papilosos estames exsertos inseridos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 6-13 cm compr anteras 5-6 mm lineares estigma biacutefido estilete 60-100 mm compr Frutos bacaacuteceos 45-60 times 25-40 mm globosos lenhosas alaranjados na maturaccedilatildeo glabros sementes 8-10 x 6-5 mm compr subglobosas lisas

Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda no Meacutexico Ameacuterica Central Antilhas Guianas e da Colocircmbia ateacute o Brasil (Taylor et al 2004) No Brasil eacute amplamente distribuiacuteda ocorrendo em todas as regiotildees e em quase todos os estados (Barbosa 2012c)

Caracteriza-se por apresentar haacutebito arboacutereo e atraveacutes das flores brancas com tubo longo (85-140 mm compr) Foi encontrada associada agrave Floresta Estacional sobre solo argiloso entre 890-900 m altitude Floresce na aacuterea apenas no mecircs de novembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 136rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 225rsquorsquo W 18XI2011 fl LA Sousa 467 (HUNEB) 18XI2011 fl LA Sousa 469 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Lenccediloacuteis Rio Mandassaia 03V2007 fr AA Conceiccedilatildeo 2524 (ALCB HUEFS) Rio de Contas Itoboira 18XI1998 fl FHF Nascimento

86 (HUEFS) Serra das Almas 07VII2006 fr FHF Nascimento 526 (HUEFS) 28XI1988 fr RM Harley 26654 (ALCB CEPEC)

28 Psychotria hoffmannseggiana (Willd ex Schult) MuumlllArg Fl Bras 6(5) 336 1881

Figura 7H-IErva a subarbusto 40-80 cm alt monoica caule ciliacutendrico

ou geniculado em alguns pontos sem lenticelas glabro entrenoacutes 25-70 mm compr Estiacutepulas persistentes 2-3 times 3-5 mm biacutefidas lanceoladas a oblanceoladas aacutepice agudo glabra a pilosa Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 2-6 mm compr glabros lacircmina 35-95 times 20-45 mm ovada eliacuteptica oblongo-eliacuteptica base obtusa a aguda aacutepice agudo a atenuado margem plana face adaxial glabra abaxial esparso pubeacuterula nas nervuras venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 6-8 pares Inflorescecircncias subcapitadas terminais ou axilares pecircndulas multifloras peduacutenculo 5-10 mm compr glabro 4 braacutecteas lanceoladas bracteacuteolas oblonga a lanceoladas Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice cupular denteado 5 lobos iguais 02-04 mm compr triangulares pilosos corola roacutesea infundibuliforme tubo 5-6 mm compr externamente glabro densamente pubescente internamente 5-mera lobos 18-21 mm compr ovado-triangulares pubeacuterulos estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo anteras 8-2 mm compr oblongas estigma biacutefido flores longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 06-08 mm compr estiletes 65-75 mm compr flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 13-28 mm compr estiletes 35-4 mm compr Frutos drupoides 3-4 times 3-35 mm globosos a subglobosos azul-escuro a atropurpuacutereos na maturaccedilatildeo glabro a pubeacuterulo pirenos 2 com 4-5 costas longitudinais sementes natildeo observadas

Distribuiccedilatildeo Distribui-se na Colocircmbia Equador Peru Guianas Venezuela e Brasil (Steyermark 1972) No Brasil ocorre em todas as regiotildees e em quase todos os estados desde a bacia Amazocircnica ateacute o Centro-Oeste e Centro-Sul (Delprete 2010b)

Caracteriza-se por apresentar caule geralmente geniculado atraveacutes das folhas avermelhadas apoacutes a secagem e pelas inflorescecircncias pecircndulas subcapitadas e circundadas por braacutecteas lanceoladas Encontra-se bem distribuiacuteda na aacuterea associada a quase todas as aacutereas florestadas sobre solo argiloso entre 452-898 m altitude Floresce e frutifica na aacuterea em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 46rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 48rsquorsquo W 26VIII2011 fr LA Sousa 401 (HUNEB) 10deg 39rsquo 55rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 51rsquorsquo W 21I2012 fl LA Sousa 519 (HUNEB) 28VI2011 fl LA Sousa 321 (HUNEB) 10deg 39rsquo 47rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 25rsquorsquo W 29VI2011 fl LA Sousa 329 (HUNEB) 29VI2011 fr LA Sousa 336 (HUNEB) 26VII2011 fl LA Sousa 374 (HUNEB) 20I2012 fl LA Sousa 527 (HUNEB)

29 Psychotria jambosioides Schltdl Linnaea 28 518 1857Figura 8A-DArbusto 25-3 m de alt monoico caule ciliacutendrico sem

lenticelas glabro entrenoacutes 5-70 mm compr Estiacutepulas persistentes 5-10 times 3-3 mm bipartidas ao menos no aacutepice triangulares aacutepice agudo glabra Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolo 8-12 mm compr lacircmina 35-150 times 2350 mm oblonga oblanceolada a linear-lanceolada base atenuada aacutepice agudo a acuminado raro cuspidado margem plana face adaxial glabra a abaxial glabra a levemente pilosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces 11-15 pares Inflorescecircncias paniculadas subterminais multifloras peduacutenculo 30-60 mm compr espesso branco ou lilaacutes glabro 2 braacutecteas foliaacuteceas oblanceoladas bracteacuteolas lanceoladas Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice denteado lobos 08-1 mm compr agudos pubescentes corola lilaacutes tubular base gibosa tubo 8-20 mm compr externamente glabro internamente anel de tricomas proacuteximo da inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos 15-2 mm compr largo-eliacuteptico pubescentes

308

Sousa LA et al



Figura 7 A-C Posoqueria latifolia - A ramo floriacutefero B estiacutepula C flor D-G Psychotria mapourioides - D ramo floriacutefero E estiacutepula em botatildeo F estiacutepula e folhas jovens G fruto H-I Psychotria hoffmannseggiana - H ramo floriacutefero I estiacutepula (A-C LA Sousa 458 D-F LA Sousa 410 H-I LA Sousa 408)Figure 7 A-C Posoqueria latifolia - A flowering branch B stipule C flower D-G Psychotria mapourioides - D flowering branch E stipule bud F stipule and young leaves G fruit H-I Psychotria hoffmannseggiana - H flowering branch I stipule (A-C LA Sousa 458 D-F LA Sousa 410 H-I LA Sousa 408)

309




502 (HUNEB) 20I2012 fl fr LA Sousa 529 (HUNEB) 18XI2011 fl LA Sousa 568 (HUNEB) 20IV2012 fl LA Sousa 589 (HUNEB) 18V2012 fr LA Sousa 598 (HUNEB)

31 Richardia brasiliensis Gomes Mem sobre Ipecac 31 1801Erva prostrada ca 10 cm alt monoica caule tetraacutegono

sem lenticelas base vilosa aacutepice setosos entrenoacutes 30-55 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 2-25 times 2-3 mm compr pubescente 3-4 setas desiguais 2-4 mm compr pilosas Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolo 1-3 mm compr hirsuto lacircmina 8-28 times 3-10 mm obovada eliacuteptica oblanceolada a oblonga base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem plana face adaxial hiacutespida abaxial escabrosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 2-4 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos axilares e terminais 1-3 por ramo floriacutefero multifloras 4-6 braacutecteas foliaacuteceas ovadas a obovadas bracteacuteolas lanceoladas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais15-2 mm compr linear-lanceolados hiacutespido a escabro corola roacutesea a branca infundibuliforme tubo 2-3 mm compr externamente glabro anel de tricomas proacuteximo da base 6-mera lobos 3-32 mm compr triangular a eliacuteptico pilosos estames exsertos presos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 1-2 mm compr anteras 15-2 mm compr elipsoides estigma triacutefido estiletes 38-4 mm excertos Fruto esquizocarpo 5-62 times 3-42 mm oblongo-ovado pardo a castanho na maturaccedilatildeo deiscecircncia lateral trecircs mericarpos comprimidos dorsiventralmente amplamente sulcado dorso pubeacuterulo com papilas lanceoladas sementes natildeo foram observadas

Distribuiccedilatildeo Distribui-se por toda a Ameacuterica Argentina Boliacutevia Paraguai Uruguai (Schumann 1888 Lewis amp Oliver 1974) No Brasil eacute amplamente distribuiacuteda ocorrendo em todas as regiotildees

Richardia brasiliensis diferencia-se de R grandiflora atraveacutes das estiacutepulas com setas pubescentes (vs hirsutas) qanto comprimento do tubo da corola (2-3 vs 3-55 mm) atraveacutes dos frutos com mericarpos apresentando papilas lanceoladas e longas no dorso vs curtas e arredondadas Foi encontrada apenas associada agrave margem da trilha em aacutereas abertas sobre solo argiloso a 460-480 m altitude Floresce e frutifica na aacuterea no mecircs de junho periacuteodo chuvoso

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 19XI2011 fl fr LA Sousa 476 (HUNEB) 29VI2012 fl fr LA Sousa 601 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Senhor do Bonfim 25II1974 fl RM Harley 16341 (CEPEC) Siacutetio Cristiana 19IV2011 fl JO Santos et al 1 (HUEFS)

32 Richardia grandiflora (Cham amp Schltdl) Steud Nomencl Bot 2 459 1841

Erva prostrada ca 10 cm alt monoica caule tetraacutegono sem lenticelas base vilosa aacutepice setoso entrenoacutes 30-65 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 2-3 times 3-5 mm compr pubeacuterula a hirsuta 3-5 setas desiguais 03-5 mm compr pilosas Folhas opostas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 10-40 times 5-20 mm obovada eliacuteptica oblanceolada a oblonga base atenuada aacutepice agudo-mucronado margem plana face adaxial hiacutespida abaxial escabrosa venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes na face abaxial 2-3 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos axilares e terminais 1-3 por ramo floriacutefero multifloras 4-6 braacutecteas foliaacuteceas ovadas a obovadas bracteacuteolas lanceoladas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 6 lobos iguais 18-28 mm compr linear-lanceolados hiacutespido a escabro hirsuto nas margens corola roacutesea ou alva infundibuliforme tubo 3-55 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas proacuteximo da base 6-mera lobos 15-2 mm compr triangular a eliacuteptico pilosos estames exsertos presos na fauce porccedilatildeo livre dos filetes 1-2 mm compr anteras 15-2 mm compr elipsoides estigma triacutefido estiletes 38-4 mm compr exserto Fruto esquizocarpo 5-55 times 2-35 mm oblongo-

estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo estigma biacutefido flores longistilas estames inclusos seacutesseis anteras estreito-eliacutepticas 2-25 mm compr estiletes 4-45 mm compr flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 02-06 mm compr anteras 15-2 mm compr elipsoides estiletes 2-25 mm compr Fruto drupaacuteceo 5-6 times 4-45 mm elipsoide subglobosa roxa a verde quando imatura glabra pirenos 2 hemisfeacutericos com 5 costas longitudinais arredondadas

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo nos estados da Bahia e Espiacuterito Santo no domiacutenio Mata Atlacircntica (Taylor 2012)

Diferencia-se das demais atraveacutes das folhas com nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces da inflorescecircncia com raque e peduacutenculos espessos e corola roxa Foi encontrada associada ao subosque da Floresta Estacional sobre solos argilosos a 800-900 m altitude Floresce na aacuterea em abril setembro novembro dezembro janeiro e frutifica em junho setembro dezembro marccedilo e maio

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 54rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 22V2008 fl LA Sousa 37 (HUNEB) 29XI2009 fl LA Sousa 261 (HUNEB) 26X2008 fl LA Sousa 174 (HUNEB)26VII2011 fr LA Sousa 334 (HUNEB) 26XII2011 fr LA Sousa 503 (HUNEB) 10deg 39rsquo 54rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 26VIII2011 fl fr LA Sousa 406 (HUNEB) 18XI2011 fl LA Sousa 464 (HUNEB) 20I2012 fr LA Sousa 524 (HUNEB) 10deg 39rsquo 29rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 21rsquorsquo W 17V2012 fr LA Sousa 576 (HUNEB)

30 Psychotria mapourioides DC Prodr 4 509 (1830)Figura 7D-GArbusto ou arvoreta 3-6 m alt monoica caule ciliacutendrico

lenticelado glabro ou levemente pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 10-70 mm compr Estipulas deciacuteduas 5-9 times 4-8 inteiras espatuladas a ovadas aacutepice arredondo a obtuso glabra Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolos 1-18 cm compr glabros lacircmina 110-200 times 40-80 mm eliacuteptica a oblanceolada base cuneada aacutepice acuminado a cuspidado margem plana face adaxial glabra a abaxial esparso pubeacuterula na nervura principal venaccedilatildeo broquidoacutedroma proeminentes na face abaxial 8-12 pares Inflorescecircncias paniculadas terminais 3-7-flores peduacutenculo 30-85 mm compr pubescente 2 braacutecteas foliaacuteceas triangulares bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice truncado lobos inconspiacutecuos aacutepice pubeacuterulos corola alva infundibuliforme tubo 2-3 mm compr densamente piloso proacuteximo da fouce 5-mera lobos 3-4 mm compr oblongo-lanceolados glabro a pubeacuterulo na base estames inseridos proacuteximo da base do tubo anteras 2-21 compr estreito-eliacuteptica estigmas biacutefidos flore longistilas porccedilatildeo livre dos filetes 05-08 mm compr estilete 35-4 mm compr flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 2-28 mm compr estilete 18-21 mm compr Fruto drupoide 5-6 times 6-7 mm compr elipsoide a subgloboso vermelha na maturaccedilatildeo glabras pirenos 2 com 3-5 costas longitudinais sementes natildeo observadas

Distribuiccedilatildeo Ocorre desde a Venezuela ateacute o Sul do Brasil (Taylor 2007) No Brasil a espeacutecie foi citada para a regiatildeo Norte (AC AM PA e RO) e para o Sudeste apenas em Satildeo Paulo (Taylor 2012)

Caracteriza-se por apresentar estiacutepulas espatuladas a ovadas deciacuteduas e atraveacutes dos frutos laranja agrave vermelhos na maturidade Em herbaacuterios pode ser confundida com Psychotria carthagenensis Jacq devido agraves folhas com tamanho e formato semelhantes e pela inflorescecircncia paniculada com flores brancas Difere-se desta atraveacutes do porte mais robusto e principalmente atraveacutes das estiacutepulas com aacutepice patente vs reflexo Foi encontrada associada agrave Floresta Estacional sobre solo argiloso entre 880-890 m de altitude Floresce na aacuterea em dezembro e janeiro e frutifica em maio e julho

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 25rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 25rsquorsquo W 26XII2011 fl LA Sousa

310

Sousa LA et al



1-15 times 2-25 mm pubeacuterula 4-6 setas desiguais 1-25 mm compr tomentosas proacuteximo ao aacutepice Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 6-14 times 1-25 mm lanceolada base atenuada aacutepice agudo margem plana face adaxial glabra a escabra abaxial glabra a tomentosa proacuteximo das nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias inconspiacutecuas em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncias em glomeacuterulos terminais e axilares 8-13 por ramo floriacutefero multifloros 2-3 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-22 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 22-3 mm compr externamente viloso internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior 4-mera lobos 2-22 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames excertos inseridos na fauce porccedilatildeo livres dos filetes 08-12 mm compr anteras 08-1 mm compr oblongas estigma biacutefido estiletes 5-55 mm compr Fruto caacutepsula septicida 3-38 times 12-18 mm obovoide deiscecircncia longitudinal-obliacutequa valvas totalmente livres deciacuteduas marrom-acinzentada na maturaccedilatildeo hirsuta sementes 09-11 times 05 mm semicirculares castanhas sulco longitudinal na face ventral

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil (Souza amp Sales 2004 Schumann 1888) Distribui-se nas regiotildees Nordeste (BA PE PI) Centro-Oeste (GO MT TO) (Delprete 2010c) nos domiacutenios da Caatinga e Cerrado (Salas amp Cabral 2012)

Staelia vestita eacute proacutexima de S virgata que tambeacutem ocorrente na aacuterea diferenciando-se atraveacutes do indumento no caule (tomentoso-viloso vs caule glabro a pubeacuterulo) e da lacircmina foliar (face superior escabra vs glabra) e pelo comprimento da corola (4-45 vs 68-72 mm) Foi encontra na aacuterea associada a solos arenosos no campo rupestre a 890 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea apenas no mecircs de novembro

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 19IX2011 fl fr LA Sousa 486 (HUNEB)

Material adicional examinado BRASIL BAHIA Caetiteacute Brejinho das Ametistas 24IV2008 fl fr ML Guedes 14359 (ALCB) Mucugecirc estrada para Igatu 21VII2005 fl AKA Santos 274 (HUEFS) Mucugecirc 3 km de Andaraiacute 07VII2006 fl SA Mori 13111 (CEPEC)

35 Staelia virgata (Roem amp Schult) KSchum Fl Bras 6(6) 76 1889

Erva ou subarbusto eretos 40-70 cm alt monoica caule ciliacutendrico a tetraacutegonos no aacutepice sem lenticelas pubeacuterulos entrenoacutes 09-28 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha 1-18 times 18-2 mm compr pubeacuterula 4-8 setas desiguais 05-15 mm compr glabras coleacuteteres no aacutepice Folhas pseudoverticiladas devido aos braquiblastos nas axilas cartaacuteceas seacutesseis lacircmina 5-15 times 3-4 mm lanceolada base atenuada aacutepice agudo margem plana face adaxial glabra abaxial pubeacuterula apenas nas nervuras venaccedilatildeo eucamptoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes em ambas as faces 2 pares Inflorescecircncias glomeacuterulos terminais e axilares 3-8 por ramo floriacutefero multifloras 2 braacutecteas foliaacuteceas lanceoladas bracteacuteolas inconspiacutecuas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 2 lobos iguais 2-3 mm compr lanceolados hirsutos corola alva a lilaacutes infundibuliforme tubo 48-52 mm compr externamente glabro internamente com anel de tricomas na porccedilatildeo inferior 4-mera lobos 15-2 mm compr oval-triangulares externamente hirsutos estames inclusos inseridos na fauce porccedilatildeo livres do filetes 12-16 mm compr anteras 08-1 mm compr oblongas estigma biacutefido estiletes 5-8 mm compr Fruto caacutepsula septicida 1-15 times 1-12 mm obovoide deiscecircncia longitudinal valvas totalmente livres deciacuteduas marrom-acinzentada na maturaccedilatildeo hirsuta sementes 09-11 times 05 mm oblongas castanhas sulco longitudinal na face ventral

ovado pardo a castanho na maturaccedilatildeo deiscecircncia longitudinal trecircs mericarpos comprimidos dorsiventralmente sulco estreito dorso pubeacuterulo com papilas curtas e arredondadas sementes 1-02 times 005-01 mm ovaladas marrons muricadas

Distribuiccedilatildeo Distribui-se por toda a Ameacuterica e como planta introduzida na Floacuterida Estados Unidos No Brasil ocorre em todas as regiotildees nos domiacutenios de Caatinga Cerrado e Mata Atlacircntica (Delprete 2010b Cabral amp Salas 2012d)

Caracteriza-se por apresentar tubo da corola longo (3-55 mm compr) e atraveacutes dos frutos com mericarpos amplamente sulcados com papilas lanceoladas Foi encontrada em aacutereas abertas associada agrave margem da trilha sobre solo argiloso a 400-480m altitude Floresce e frutifica na aacuterea apenas no mecircs de junho periacuteodo chuvoso

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 22rsquorsquo W 29VI2012 fl fr LA Sousa 605 (HUNEB)

33 Sabicea grisea Cham amp Schltdl Linnaea 4 192 1829Figura 8E-HLiana monoica caule lenhoso ciliacutendrico sem lenticelas

pubeacuterulo aacutepice adpresso-pubescente a lanoso-pubescente entrenoacutes 20-140 mm compr Estiacutepulas persistentes 4-6 times 25-55-6 mm inteiras ovadas a oblonga-ovadas reflexas aacutepice apiculado externamente adpresso-pubescente internamente glabra Folhas opostas cartaacuteceas peciacuteolo 4-11 mm compr lacircmina 20-90 times 15-40 mm eliacuteptica a oblongo-lanceolada base arredondada a truncada aacutepice agudo a acuminado margem plana face adaxial hirsuta a esparso aracnoides abaxial hirtelas ou esparso a denso seriacuteceo venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras secundaacuterias proeminentes em ambas as faces 10-14 pares Inflorescecircncias fasciacuteculos axilares 3-6-flores peduacutenculo 05-08 mm compr 3-4 braacutecteas foliaacuteceas ovadas bracteacuteolas ovado-lanceoladas Flores monoclinas heterostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos iguais 6-12 mm compr linear-lanceolados seriacuteceo-pubescentes a hirsutos corola hipocrateriforme alva tubo 11-14 mm compr hirsuto externamente pubescente com um anel de tricomas na inserccedilatildeo dos filetes 5-mera lobos 8-10 mm compr oblongo a ovados externamente hirsuto-barbados internamente glabro estames inseridos na porccedilatildeo mediana do tubo anteras 25 mm compr oblongas estigma biacutefido flores brevistilas porccedilatildeo livre dos filetes 3-6 mm compr estilete 8-10 mm compr flores longistilas estames seacutesseis estiletes 12-16 mm compr Fruto baga 4-10 times 6-11 mm globoso a subgloboso vermelho na maturaccedilatildeo pubescente sementes 2-3 mm compr globosas reticuladas

Distribuiccedilatildeo Espeacutecie endecircmica do Brasil ocorrendo na Bahia Cearaacute Goiaacutes Paraacute Pernambuco Rio de Janeiro Satildeo Paulo e Tocantins (Delprete 2010c)

Caracteriza-se atraveacutes do haacutebito lianescente pelas estiacutepulas reflexas com indumento adpresso-pubescente e frutos baccedilaacuteceos globosos com polpa esponjosa Foi encontrada associada agraves florestas de galeria e campo rupestre sobre solos argilosos entre 460-780 m altitude Floresce na aacuterea em dezembro janeiro e fevereiro e frutifica em marccedilo

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 59rsquorsquo S e 40deg 21rsquo 59rsquorsquo W 19XI2011 fl LA Sousa 481 (HUNEB) 26XI2011 fl LA Sousa 496 (HUNEB)17III2012 fl LA Sousa 555 (HUNEB) 17III2012 fl LA Sousa 556 (HUNEB) 10deg 39rsquo 57rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 14rsquorsquo W 20I2012 fl LA Sousa 511 (HUNEB) 20I2012 fl LA Sousa 520 (HUNEB) 17V2012 fr LA Sousa 567 (HUNEB)

34 Staelia vestita K Schum Fl Bras 6(6) 78 1889Figura 8I-LErva ou subarbusto eretos 30-40 cm alt monoica caule

ciliacutendrico a tetraacutegonos no aacutepice sem lenticelas tomentoso a viloso entrenoacutes 25-17 mm compr Estiacutepulas fimbriadas persistentes bainha

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Figura 8 A-D Psychotria jambosioides - A ramo floriacutefero B estiacutepula C flor D fruto E-H Sabicea grisea - E ramo floriacutefero F estiacutepula G flor H fruto I-K Staelia vestita - I ramo floriacutefero J estiacutepula K flor L fruto (A-D LA Sousa 334 E-H LA Sousa 555 I-K LA Sousa 501)Figure 8 A-D Psychotria jambosioides - A flowering branch B stipule C flower D fruit E-H Sabicea grisea - E flowering branch F stipule G Flower H fruit I-K Staelia vestita - I flowering branch J stipule K flower L fruit (A-D LA Sousa 334 E-H LA Sousa 555 I-K LA Sousa 501)

312

Sousa LA et al



da aacuterea de estudo Aacute Marcela F da Silveira e ao Roberto Salas pela significativa contribuiccedilatildeo na revisatildeo do manuscrito

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Distribuiccedilatildeo Estaacute distribuiacuteda no Peru Boliacutevia Paraguai Argentina e Brasil (Andersson 1992) No Brasil distribui-se em todas as regiotildees e em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos (Salas amp Cabral 2012)

Caracteriza-se por apresentar lobos do caacutelice 2-4 mm compr duas braacutecteas folhas glabras e ramos florais pubescentes (Souza amp Sales 2004) Foi encontrada associada a aacutereas abertas de campo rupestre sobre solo areno-argiloso entre 500 a 900 m de altitude Floresce e frutifica na aacuterea em quase todos os meses do ano

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 54rsquorsquo S e 40deg 20rsquo 52rsquorsquo W 28VI2011 fl fr LA Sousa 323 (HUNEB) 28VI2011 fl fr LA Sousa 324 (HUNEB) 26VIII2011 fl fl LA Sousa 409 (HUNEB) 10deg 39rsquo 546rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 20rsquorsquo W 28V2008 fl fr LA Sousa 95 (HUNEB) 14II2009 fl fr LA Sousa 283 (HUNEB) 22IV2008 fl fr LA Sousa 58 (HUNEB) 26VII2011 fl fr LA Sousa 581 (HUNEB) 26VII2011 fl fr LA Sousa 473 (HUNEB) 19XI2011 fl fr LA Sousa (HUNEB) 10deg 39rsquo 586rsquorsquo S e 40deg 31rsquo 18rsquorsquo W 20I2012 fl fr LA Sousa 511 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 505 (HUNEB) 26XII2011 fl fr LA Sousa 506 (HUNEB)

36 Tocoyena formosa (Cham amp Schltdl) K Schum Fl Bras 6 347 1889

Arbusto 2-25 m alt monoico caule ciliacutendrico sem lenticelas glabro a pubeacuterulo no aacutepice entrenoacutes 20-80 mm compr Estiacutepulas persistentes 3-5 times 4-5 mm inteiras triangulares aacutepice agudo externamente glabras internamente tomentosas no aacutepice Folhas opostas cartaacuteceas a subcoriaacuteceas peciacuteolo 5-20 mm compr velutino lacircmina 90-200 times 60-110 mm obovada a eliacuteptica base cuneada aacutepice agudo margem plana face adaxial pubescente abaxial tomentosa venaccedilatildeo broquidoacutedroma nervuras proeminentes na face abaxial 7-11 pares Inflorescecircncias corimbos terminais 4-7 flores peduacutenculo 8-11 mm compr pubeacuterulo braacutecteas foliaacuteceas e bracteacuteola triangular-lanceoladas Flores monoclinas homostiacutelicas seacutesseis caacutelice 5 lobos denteados 08-1 mm compr triangulares tomentosos corola amarela hipocrateriforme tubo 90-110 mm compr externamente tomentoso internamente glabro 5-mera lobos 18-20 mm compr obovados externamente tomentosos estames exsertos inseridos na fauce porccedilatildeo livre 05-08 mm compr anteras 7-9 mm compr eliacutepticas estigma biacutefido estilete 90-130 mm compr Fruto baga 18-25 times 15-35 mm globoso negra na maturaccedilatildeo pubeacuterula a hiacutespida sementes 4-5 times 38-5 mm orbiculares compressas exotesta lisa

Distribuiccedilatildeo Distribui-se amplamente na regiatildeo neotropical (Andersson 1992) No Brasil ocorre em todas as regiotildees e em quase todos os estados (Zappi 2012c)

Caracteriza-se por apresentar corola longamente tubulosa amarela e frutos bacaacuteceos vilosos Foi encontrada associada a aacutereas de Caatinga perturbada sobre solo argiloso a 490 m de altitude Floresce na aacuterea em janeiro fevereiro e abril e frutifica em abril

Material examinado BRASIL BAHIA Pindobaccedilu Serra da Fumaccedila 10deg 39rsquo 25rsquorsquo S e 40deg 22rsquo 25rsquorsquo W 20I2012 fl LA Sousa 539 (HUNEB) 20II2012 fl LA Sousa 517 (HUNEB) 17III2012 fl fr LA Sousa 561 (HUNEB)

Agradecimentos

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior - CAPES pela concessatildeo da bolsa agrave primeira autora a qual permitiu o desenvolvimento da pesquisa aos curadores dos herbaacuterios ALCB BAH CEPEC HRB e HUEFS pelo apoio durante as visitas aos professores do PPGBVeg pelo auxiacutelio direto ou indireto na construccedilatildeo do trabalho ao Natanel Nascimento dos Santos pelas ilustraccedilotildees das espeacutecies e ao Gabriel Lima pela produccedilatildeo dos mapas

313




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com temperatura meacutedia anual de 24 degC e iacutendices pluviomeacutetricos acima de 4776 mmano com dois periacuteodos chuvosos distintos de outubro a abril (Vale 2005) As serras da Jacobina satildeo constituiacutedas principalmente por filitos xistos e quartzitos havendo ocorrecircncia de mineacuterios como esmeralda e ouro (Santana et al 1995) Os solos no municiacutepio de Pindobaccedilu satildeo compostos por latossolos distroacuteficos argilossolos distroacuteficos ou eutroacuteficos e neossolos litoacutelicos distroacuteficos O relevo mais proeminente eacute o serrano cortado pelos rios Itapicuru-Accedilu Aipim e Capivara e seus riachos tributaacuterios (Companhia 2005)

2 Coleta dos dados

A coleta dos dados ocorreu atraveacutes de expediccedilotildees mensais agrave aacuterea de estudo no periacuteodo de junho de 2011 a agosto 2012 As coletas e observaccedilatildeo do material botacircnico foram efetuadas ao longo de trilhas e no interior da floresta contemplando todas as fitofisionomias existentes na aacuterea explorando-se ao maacuteximo as aacutereas com fitofisionomias distintas Adicionalmente foram realizados registros fotograacuteficos anotaccedilotildees de dados dos ambientes e haacutebitats e floresfrutos foram conservados em aacutelcool a 70 para anaacutelise posterior Os espeacutecimes resultantes das coletas foram processados seguindo teacutecnicas usuais como as descritas por Mori et al (1989) As exsicatas foram incorporadas ao acervo do (HUNEB coleccedilatildeo Senhor do Bonfim) e duplicatas foram enviadas por ordem de prioridade aos herbaacuterios HUNEB - Paulo Afonso HRB RB e UFRN

As identificaccedilotildees foram realizadas com auxiacutelio de chaves analiacuteticas e consulta agrave literatura especializada (ie Prado 1987 dados natildeo publicados Macias 1988 dados natildeo publicados Zappi amp Stannard 1995 Costa amp Mamede 2002 Souza amp Sales 2004 Delprete 2010a b c Jung-Mendaccedilolli 2007 Taylor et al 2007 Souza et al 2010 Delprete amp Corteacutes-B 2006 Cabral et al 2011) ou por comparaccedilatildeo com espeacutecimes previamente identificadas por especialistas nos acervos dos herbaacuterios ALCB BAH CEPEC HRB HUEFS e HUNEB (acrocircnimos de acordo com Thiers 2012) Dados sobre a distribuiccedilatildeo geograacutefica e fenofases das espeacutecies foram obtidos com base na literatura e nas etiquetas dos espeacutecimes analisados Os nomes de autores estatildeo abreviados de acordo com Brummitt amp Powell (1992) A terminologia geral adotada nas descriccedilotildees estaacute de acordo com Harris amp Harris (2001) e Radford et al (1974) a nomenclatura das estiacutepulas foi baseada em Robbrecht (1988) e a nomenclatura da venaccedilatildeo das folhas baseada em LAWG (Leaf 1999) As ilustraccedilotildees foram elaboradas com o auxiacutelio de estereomicroscoacutepio Medilux MDL-F e processadas atraveacutes do programa Adobe Photoshop CS4 Os mapas foram elaborados com os programas ArcView versatildeo 100 e AutoCAD versatildeo 171

Resultados e Discussatildeo

As Rubiaceae foram representadas na Serra da Fumaccedila por 36 espeacutecies e 20 gecircneros (Figuras 3 4 5 6 7 e 8) Os gecircneros mais diversos foram Borreria GMey (5 spp) Diodella Small Mitracarpus Zucc ex Schult amp Schultf e Psychotria L (3 spp cada) seguidos por Coccocypselum PBrowne Declieuxia Kunth Palicourea Aubl Perama Aubl Richardia L e Staelia Cham amp Schltdl (2 spp cada) Os demais gecircneros Cordiera ARich ex DC Coutarea Aubl Emmeorhiza Pohl ex Endl Genipa L Guettarda L Malanea Aubl Manettia Mutis ex L Posoqueria Aubl Sabicea Aubl Tocoyena Aubl apresentaram apenas uma espeacutecie cada

Quanto ao haacutebito predominaram as espeacutecies herbaacuteceas (Figura 2) geralmente associadas a aacutereas abertas de caatinga e campo rupestre ou ao subosque da floresta O domiacutenio das espeacutecies herbaacuteceas se deve possivelmente agrave diversidade da tribo Spermacoceae que representa a maioria das espeacutecies De acordo com Cabral amp Bacigalupo (1999) esse grupo tem o Brasil como maior centro de diversidade na Ameacuterica

Introduccedilatildeo

Rubiaceae inclui 620 gecircneros e 13200 espeacutecies (Govaerts et al 2012) apresenta distribuiccedilatildeo cosmopolita sendo mais diversa na regiatildeo tropical (Andersson 1992 Maldonado 2005 Delprete amp Jardim 2012) Para a regiatildeo Neotropical satildeo citadas 5000 espeacutecies em 217 gecircneros (Delprete et al 2004)

No Brasil a famiacutelia eacute significativamente diversa sendo a quinta maior entre as angiospermas com 1380 espeacutecies em 119 gecircneros com representantes em todos os domiacutenios fitogeograacuteficos (Barbosa et al 2012) Tratamentos floriacutesticos para a famiacutelia tecircm sido realizados em vaacuterias regiotildees do Brasil sendo os pioneiros e mais completos aqueles publicados na Flora Brasiliensis por Muumlller (1881) e Schumann (1888) Trabalhos mais recentes incluem revisotildees de alguns gecircneros (ie Prado 1987 dados natildeo publicados Macias 1988 dados natildeo publicados Germano Filho 1999 Souza et al 2010) e floras regionais (ie Costa amp Mamede 2002 Zappi et al 2003 Delprete et al 2004 2005 Campos et al 2006 Delprete amp Corteacutes-B 2006 Jung-Mendaccedilolli 2007 Taylor et al 2007 Delprete 2010a b c)

Na regiatildeo Nordeste do Brasil destacam-se os trabalhos sobre floras regionais alguns destes somando a descriccedilatildeo de novas espeacutecies (ie Zappi amp Stannard 1995 Zappi 1998 Barbosa amp Zappi 2002 Zappi et al 2003 Souza amp Sales 2004 Pereira amp Barbosa 2004 2006 Melo amp Barbosa 2007 Jardim amp Zappi 2008a b c Cabral et al 2011) A famiacutelia eacute bem representada na regiatildeo com 391 espeacutecies que incluem 76 gecircneros O estado da Bahia eacute o segundo mais diverso da famiacutelia no paiacutes com 318 espeacutecies e 67 gecircneros (Barbosa et al 2012)

A Chapada Diamantina representa a porccedilatildeo baiana dentro do complexo de vegetaccedilatildeo da Cadeia do Espinhaccedilo e apresenta alta diversidade de espeacutecies (Harley 1995 Zappi 2008) Essas aacutereas encontram-se divididas em vaacuterias serras entre elas as Serras da Jacobina que integram a borda oriental da Chapada Diamantina (Giulietti et al 1997) Aleacutem da riqueza de espeacutecies as florestas dessas regiotildees variam consideravelmente em composiccedilatildeo e estrutura como resposta agraves condiccedilotildees geo-climaacuteticas muitas vezes resultando em uma grande heterogeneidade de fitofisionomias em aacutereas florestais relativamente pequenas (ie Giulietti amp Pirani 1988 Harley 1995 Zappi et al 2003 Zappi 2008)

Com base no exposto acima o presente estudo teve como objetivos investigar a diversidade floriacutestica das Rubiaceae na Serra da Fumaccedila contribuir para o conhecimento da flora local e regional bem como subsidiar estudos com a famiacutelia e auxiliar futuras accedilotildees para a conservaccedilatildeo da aacuterea

Material e Meacutetodos

1 Aacuterea de estudo

A Serra da Fumaccedila corresponde a uma das Serras da Jacobina (Figura 1) a qual integra a porccedilatildeo Norte da Chapada Diamantina (Giulietti et al 1997) Estaacute situada na Ecorregiatildeo da Depressatildeo Sertaneja Meridional do bioma Caatinga localizado no municiacutepio de Pindobaccedilu Bahia sendo delimitada pelas coordenadas 10deg 38rsquo 54rsquorsquo a 10deg 40rsquo 08rsquorsquo S e 40deg 19rsquo 42rsquorsquo a 40deg 22rsquo 46rsquorsquo W entre 400 e 1050 m de altitude (Companhia 2005) As Serras da Jacobina estendem-se por 200 Km no sentido norte e sul com 15-25 km de largura e altitude de ateacute 1300 m na porccedilatildeo norte do estado da Bahia (Milesi et al 2002 Mascarenhas et al 1998) Eacute uma das aacutereas identificada pelo projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo da Diversidade Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) como de importacircncia bioloacutegica extremamente alta (Giulietti et al 2006) A vegetaccedilatildeo do municiacutepio foi caracterizada como de contato Cerrado-Floresta Estacional e Cerrado-Caatinga (Companhia 2005) Apresenta clima uacutemido a subuacutemido

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Documents

Diversidade florística de Rubiaceae na Serra da …...2006, Melo & Barbosa 2007, Jardim & Zappi 2008a, b, c, Cabral et al. 2011). A família é bem representada na região com 391