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Terceirização volta a causar prejuízos à
população de Divinópolis e a trabalhadores No ano passado, sindicatos liderados pelo Sintram, lutaram contra a terceirização do serviço público
Foto: Portal G1/Centro-Oeste
Na manhã desta quarta-feira (03), os garis fizeram uma manifestação em frente à empresa terceirizada para o serviço de coleta de lixo
A presidente do Sintram, Luciana Santos, destacou a luta do
Sindicato no ano passado contra a terceirização
No ano passado, quando o projeto ainda estava em
discussão no Congresso, as principais centrais
sindicais e federações do país, saíram às ruas para
denunciar que a terceirização plena dos serviços
públicos seria um grande mal para os trabalhadores
do serviço público brasileiro. Em Divinópolis, o
Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis
e Região Centro-Oeste (Sintram), liderou o
Movimento Sindical Unificado, que por diversas vezes
saiu às ruas para alertar a população sobre os
malefícios que a terceirização acarretaria ao
trabalhador e à população.
Divinópolis/MG, 04 de Outubro de 2018
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A prefeitura de Divinópolis já havia passado por
problemas com empresas terceirizadas, que deixaram
de pagar trabalhadores, de recolher as contribuições
patronais e abandonaram a cidade deixando a conta
para ser paga pelo povo de Divinópolis, através dos
impostos e taxas recolhidos aos cofres municipais.
Agora a situação se repete. Desta vez as vítimas são os
garis, categoria que presta um dos mais importantes
serviços à população, já que a limpeza urbana é um
dos principais reflexos de um governo. Uma cidade
limpa, gera a sensação de um governo atuante e
preocupado com o cidadão e isso não está
acontecendo em Divinópolis. A taxa de limpeza
urbana é paga pela população já embutida na guia do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e
representa um dos itens que mais encarecem o
imposto. Só para se ter uma ideia do grande volume
que a população paga para ter um serviço decente, a
prefeitura pretende arrecadar em 2019 somente com
a taxa de limpeza urbana R$ 17,3 milhões, conforme
previsão do Projeto de Lei que fixa o orçamento para
o ano que vem. O Projeto, 072/2018, já está em
tramitação na Câmara Municipal.
Esse volume de recursos arrecadados com a taxa,
pelas regras vigentes, deve ser repassado
integralmente para o custeio da limpeza urbana.
Divinópolis recolhe hoje 150 toneladas diárias de lixo
urbano, porém o valor arrecadado com a taxa de
limpeza é suficiente para cobrir todas as despesas,
especialmente mantendo em dia o pagamento da
Arbor Serviços e Manutenção, empresa terceirizada
para o serviço da coleta de lixo. Entretanto, apesar do
volume de recursos, os garis que prestam serviços à
empresa, estão enfrentando dificuldades, já que além
das péssimas condições de trabalho e falta até de
veículos para recolher o lixo, os salários ainda estão
atrasados.
PARALISAÇÃO
Diante do quadro, os garis fizeram uma manifestação
nesta quarta-feira (03) deixando de recolher o lixo em
diversos pontos da cidade. A categoria reivindica
pagamento em dia dos salários e melhores condições
de trabalho, que incluem itens indispensáveis, como
os equipamentos de segurança. Eles também
reivindicam veículos adequados, já que boa parte da
frota, segundo denúncias feitas pela categoria, está
sucateada.
Nesta quarta-feira, ao interromper parcialmente os
serviços, os garis realizaram uma manifestação em
frente a Arbor Serviços e Manutenção, exigindo
principalmente o pagamento dos salários, que estão
atrasados há quase dois meses. Em declaração ao
Portal G1/Centro-Oeste, o gari Michel Ricardo Ferreira
fez graves denúncias: “A situação aqui está uma
vergonha. Estão atrasando nosso pagamento, não
estão pagando a passagem de ônibus, não tem
caminhão, e os que tem, estão estragando todo dia. A
turma aqui também trabalhava sem EPI [Equipamento
de Segurança Individual], com roupas rasgadas,
botinas e luvas furadas”, afirmou.
Também ao G1, o motorista Vicente Paulo dos Santos,
denunciou a situação: “Precisamos de ferramentas
para trabalhar. Tem dia que temos vários caminhões
aqui para trabalhar, mas tem dia também que a gente
chega e tem só um, ou dois. Parte de mecânica dos
caminhões está fraca, teve vez de sair caminhão com
falha no freio. Está complicado isso, tá faltando muita
coisa, até mesmo os horários de trabalho estão
desorganizados”.
Ao G1, a prefeitura de Divinópolis disse ter notificado
a empresa para que tome providências sobre o não
recolhimento do lixo na cidade, acrescentando que
em relação às reivindicações dos garis, o município
não tem o que fazer, pois essa é uma
responsabilidade da empresa terceirizada. Já a Arbor
não se manifestou.
A presidente do Sintram, Luciana Santos, afirmou que
essa situação não pode se prolongar. “Embora os garis
sejam terceirizados, eles são servidores públicos e
precisam muito dos seus salários e o município precisa
intervir com autoridade para sanar essa situação. Esse
é o reflexo da terceirização e tudo isso que está se
repetindo aqui na cidade, vem sendo denunciado e
combatido pelo Sintram desde o início do nosso
mandato. A terceirização só traz prejuízos, reduzindo
o recolhimento de contribuições ao Diviprev e o mais
grave, deixando trabalhadores em dificuldades, com
atrasos de salários e trabalhando até correndo risco
de vida por falta de equipamentos de segurança e até
de veículos seguros. Além disso, a população que paga
uma absurda taxa de limpeza urbana, é obrigada a
conviver com o lixo que em alguns bairros fica por
dias aguardando ser recolhido. Esse é o resultado da
terceirização que tanto combatemos”, analisou.
O “Efeito Tiririca” e a importância da votação para deputado
Votos válidos são divididos pelo número de vagas a serem preenchidas
POR PAULO VICTOR CHAGAS
Repórter da Agência Brasil
Em 2014, o ator e palhaço Tiririca, nome de Francisco
Everaldo Oliveira Silva, tentou a primeira reeleição
para a Câmara dos Deputados por São Paulo e
conseguiu repetir o feito de quatro anos antes. Com
mais de 1 milhão de votos (1.016.796 votos), foi um
dos parlamentares mais votados do país, ajudando a
colocar no Congresso Nacional nomes que não
obtiveram votação semelhante. O fenômeno se
repete em casos de eleições proporcionais e ocorre
graças ao chamado quociente eleitoral.
Segundo a legislação, a eleição para deputado federal,
estadual, distrital e vereador ocorre de forma
diferente das candidaturas majoritárias, em que são
disputados os cargos de presidente da República,
governador, senador e prefeito das cidades. No
sistema proporcional, é necessário fazer um cálculo:
divide-se o número de votos válidos registrados no
estado ou cidade (no caso das eleições para Câmaras
de Vereadores) pela quantidade de vagas a serem
preenchidas.
Com essa regra, nem sempre os candidatos mais
votados são eleitos. A partir do quociente eleitoral,
cada legenda pode obter o número do quociente
partidário, que significa a quantidade de cadeiras que
o partido ou coligação terá direito pelos próximos
quatro anos. Essa conta é feita dividindo a votação
obtida pelas coligações pelo quociente eleitoral. Só
então os candidatos mais votados de cada agremiação
partidária poderão se considerar eleitos para a
Câmara dos Deputados, a Assembleia Legislativa dos
estados ou, no caso do Distrito Federal, a Câmara
Legislativa.
FORTALECIMENTO
Esse tipo de eleição busca fortalecer as
representações partidárias, já que o voto do eleitor
vai indicar, na prática, a quantas vagas terá direito a
legenda. Ao votar em um nome, os cidadãos na
verdade escolhem ser representados pela
sigla/coligação a que ele pertence e,
preferencialmente, pelo candidato em que votou. Nos
últimos anos, porém, com a pulverização partidária,
os parlamentares têm buscado aprovar reformas
eleitorais criando barreiras às chamadas “legendas de
aluguel”.
Por exemplo, se o número de votos válidos registrado
nas eleições em um estado hipotético foi de 100 mil e
a casa legislativa em questão tem 100 vagas em
disputa, o quociente eleitoral é de 1.000. Caso o
partido tenha 20 mil votos, terá então direito a 20
cadeiras na Câmara. Se ele está coligado com outras
siglas, o número de vagas é distribuído entre os mais
votados de toda a coligação, e não somente daquele
partido. Veja aqui a distribuição de deputados por
unidade da Federação, feita com base na densidade
demográfica.
Com 1 milhão e 16 mil votos, o deputado Tiririca
ajudou a eleger, em 2014, mais cinco candidatos.
Desses, dois não seriam eleitos caso o fator
considerado fosse somente o total de votos recebido
por cada parlamentar. Quando estreou na política,
quatro anos antes, ele teve 1,3 milhão de votos e
ajudou a eleger candidatos de outros partidos
pertencentes à sua coligação.
MUDANÇAS
Essa, no entanto, será a última vez em que os partidos
poderão formar coligações na disputa proporcional.
Aprovada no ano passado, a Emenda Constitucional
97 proíbe a formação de alianças para os cargos de
deputado e vereador a partir de 2020.
A partir de domingo (7), nas eleições gerais passa a
valer a cláusula de desempenho individual,
implementada na minirreforma eleitoral de 2015. Ela
busca amenizar o fenômeno dos puxadores de votos,
estabelecendo que os candidatos devem ter pelo
menos 10% do quociente eleitoral para serem eleitos.
Caso o político não alcance o número mínimo de
votos, a vaga é repassada à próxima coligação com
maior quociente partidário.
Diferenças entre candidatos e eleitores afetam representação
Gênero, faixa etária, escolaridade e renda são desproporcionais na comparação dos dados
Um dos maiores desafios do processo eleitoral
brasileiro é a representação parlamentar. O
distanciamento entre eleitor e eleito é criticado por
estudiosos e rechaçado por aqueles que defendem
mais representatividade dos diferentes segmentos
sociais nas Casas que decidem os rumos de nosso
País, estados e municípios.
Nas eleições deste ano para a Assembleia Legislativa
de Minas Gerais (ALMG), os dados registrados pelo
Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MG)
comprovam que a desproporção antecede os
resultados das urnas. Elas são percebidas já ao
analisarmos as candidaturas que estão colocadas para
disputar uma vaga de deputado estadual.
Segundo maior colégio eleitoral do País, perdendo
apenas para São Paulo, Minas Gerais tem 15,7
milhões de eleitores aptos, o correspondente a
10,66% do total no País. Do eleitorado mineiro,
51,95% são mulheres, mas, apenas 31,16% das
candidaturas são femininas. A desproporção de
gênero não é a única na comparação entre os perfis
de eleitores e candidatos ao Parlamento mineiro.
No quesito escolaridade, a diferença é muito mais
aguda. Enquanto 43,21% dos 1.363 candidatos
registrados possuem ensino superior completo e
30,96%, o ensino médio completo, apenas 6,82% dos
eleitores têm um diploma de graduação e 20,46%
completaram o ensino médio.
A maior parcela do eleitorado mineiro, 29,66%, nem
chegou a concluir o ensino fundamental. Somados
analfabetos, os que apenas leem e escrevem, aqueles
que não concluíram o ensino fundamental e os que
possuem apenas os nove primeiros anos do ensino, o
número chega a 51% dos eleitores registrados.
Quando se analisa a idade dos candidatos x eleitores,
a diferença também é acentuada. As faixas etárias no
eleitorado são muito mais distribuídas. A maior parte
daqueles que tentam se eleger a deputado estadual
está concentrada entre 45 e 59 anos, o
correspondente a 44,68% das candidaturas. Apenas
24,65% dos eleitores estão nessa mesma faixa,
embora ela também seja a que abriga a maior parte
desse universo.
Outra boa parcela dos candidatos, 26,34%, tem entre
34 e 44 anos, faixa etária de 19,95% dos eleitores. A
segunda maior concentração do eleitorado tem entre
25 e 34 anos, alcançando 20,33% contra 11,74% dos
candidatos dessa faixa.
Os mais jovens, entre 18 e 24 anos, que já estariam
aptos a se candidatar e detêm 13,42% do eleitorado,
são os que menos encontram opções entre os
possíveis representantes. Apenas 34 candidatos, ou
2,28%, participam das eleições. O maior equilíbrio se
encontra entre quem tem entre 60 a 69 anos: 12,47%
dos candidatos e 11,14% dos eleitores.
RENDA
A renda média entre candidatos e eleitores também é
muito desproporcional. Embora o TRE não possua
informações sobre os ganhos financeiros do
eleitorado, dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra
que, em 2016, o salário médio mensal do brasileiro foi
de R$ 2.149. Em Minas a média recebida pelo
trabalhador foi de R$ 2.005. Já o rendimento médio
familiar per capita reduz para R$ 1.224, no Estado.
O registro do TER-MG traz as declarações de bens dos
candidatos. Dos 1.363 que disputam o cargo de
deputado, 131 (9,61%) possuem patrimônio acima de
R$ 1 milhão e 117 (8,5%) possuem entre R$ 500 mil e
1 milhão. Não há informação disponível de 466
candidatos, o que equivale a 34,19%. Dos que
declararam bens, o maior percentual, 243 (17,83%)
está na faixa de até R$ 50 mil, seguidos por 209
(15,33%) entre R$ 50.01 e R$ 200 mil e 197 (14, 45%)
que registraram patrimônio entre R$ 201 e R$ 500
mil.
Candidato a deputado precisa de
votação individual mínima em 2018
A chamada cláusula de desempenho individual vai ser aplicada pela primeira vez nas eleições para deputado federal, mas não vale para o sistema de sobras
POR CAROL SIQUEIRA
Repórter da Agência Câmara
A eleição para deputado deste ano traz uma
novidade: para se eleger, além de contar com a soma
dos votos no partido ou coligação, os deputados
também precisam de uma votação mínima individual.
A regra vale para os candidatos à Câmara dos
Deputados e às assembleias legislativas.
A mudança ficou conhecida como cláusula de
desempenho individual: os candidatos terão de
garantir para si 10% do chamado quociente eleitoral,
que é a divisão dos votos válidos pelo número de
vagas e representa o número-chave para definir
quantos candidatos de cada partido ou coligação
serão eleitos. O número varia de acordo com cada
estado, já que o eleitorado e a representação na
Câmara são diferentes.
Essa regra, no entanto, não é absoluta. Uma alteração
feita em 2017 permitiu que o mínimo de votos seja
desconsiderado no sistema de sobras, uma segunda
conta da qual todos os candidatos participam.
Clique aqui e entenda o cálculo para a eleição de
deputados
A CLÁUSULA
O objetivo da cláusula de desempenho é diminuir o
impacto dos chamados “puxadores de voto”
(candidatos com votação nominal expressiva) que
inflam o total de votos recebidos pelos partidos e
coligações e podem garantir a eleição de deputados
com votações pouco expressivas. Isso porque, nas
eleições proporcionais, as vagas são preenchidas de
acordo com a votação dos partidos e coligações.
O consultor legislativo da área de Direito Eleitoral Leo
Van Holthe destacou que a mudança pode alterar o
modo como o eleitor vota, já que alguns partidos
podem deixar de eleger candidatos que não chegaram
ao mínimo de votos.
Holthe explicou que alguns eleitores podem abrir mão
de votar apenas no partido, o voto de legenda. “A
partir dessa mudança que começa a valer nas eleições
gerais de 2018, nós temos a necessidade de que o
voto de legenda seja muito bem pensado".
O consultor afirmou, no entanto, que o voto de
legenda deve permanecer nesta eleição. Há quatro
anos, os partidos que mais receberam votos de
legenda para a Câmara dos Deputados foram o PSDB e
o PT. À época, mais de vinte por cento dos votos
obtidos por esses dois partidos foram dedicados ao
partido, não aos candidatos.
Candidato ao governo de São Paulo sofre ataque a tiros
(Da Agência Brasil) O candidato ao governo de São
Paulo pelo DC, Major Costa e Silva (foto), sofreu um
ataque a tiros na noite desta quarta-feira (3) na
Estrada Cooperativa, em Ribeirão Pires, na Grande
São Paulo. O crime foi comunicado na delegacia do
município, mas ainda não foi registrado. A Polícia
Militar está no local.
Em sua página do Facebook, mensagem publicadas a
partir das 23h trouxeram informações sobre o ataque
ao Major Costa e Silva. Segundo as mensagens,
motocicletas fecharam o veículo na Estrada Mauá-São
Paulo e fizeram vários disparos contra o carro em que
estavam o major e seu motorista, Capitão Munhoz.
O motorista foi atingido e o veículo caiu em um rio.
Segundo informado no Facebook, o major reagiu e
disparou contra os agressores, que fugiram. O
candidato e o motorista foram levados para um
hospital cujo nome, segundo a rede social, não foi
divulgado “por questões de segurança”. O major teve
leves escoriações, mas não há informações sobre o
estado de saúde do motorista.
SAIBA COMO FAZER A JUSTIFICATIVA ELEITORAL PELA INTERNET
O eleitor que estiver ausente do seu domicílio poderá justificar pela internet. O envio pelo Sistema Justifica exige o cumprimento dos seguintes requisitos:
a) ser eleitor inscrito no Estado de Minas Gerais; b) identificar-se corretamente; c) preencher o motivo da justificativa; d) anexar, de forma digitalizada, o comprovante da impossibilidade de comparecimento (atestado médico, comprovante de passagens, entre outros) - (formato "jpg" ou "pdf", tamanho máx. 2MB). Observação: deve ser encaminhada uma justificativa para cada turno de eleição.
Funcionamento do Sistema: - Encaminhada a justificativa, via Sistema, o eleitor receberá um número de protocolo para consulta e informações pelo e-mail cadastrado. - Recebida pelo cartório eleitoral o requerimento de forma legível, o eleitor será informado que aguarda apreciação do juiz eleitoral. - Caso esteja ilegível, a justificativa não será analisada e o eleitor poderá fazer novo requerimento no sistema com um documento legível ou procurar o cartório eleitoral. - Por fim, o Sistema informará do deferimento ou do indeferimento do pedido pelo juiz eleitoral. Prazo para justificativa: Eleitor no Brasil: até 60 dias após as eleições: (até 1º de dezembro para o primeiro turno e até 29 de dezembro de 2016 para o segundo turno).