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Do livro Perspectivas sociólogicas , trouxe uma resenha de um dos capítulos: A sociedade como drama. Diferente do pensamento Russeauniano, Berger apresenta uma versão da vida do indivíduo, em que este já nasce dentro de um controle, de coordenadas e padrões estabelecidos. Jean Jacques Rousseau acreditava que o homem nascia livre, mas, por todos os lados encontrava-se acorrentado. Concordo com Berger. Basta pensarmos numa sociedade de castas que fica muito bem ilustrado, que antes mesmo de nascer, o indivíduo já tem sua rota traçada. Filho de rei, vai ser pedinte? Por outro lado, aqui no Brasil, podemos articular e negociar com o destino. De pedintes, podemos amanhecer

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Page 1: Do livro

Do livro Perspectivas sociólogicas, trouxe uma

resenha de um dos capítulos: A sociedade como drama.Diferente do pensamento Russeauniano, Berger

apresenta uma versão da vida do indivíduo, em que

este já nasce dentro de um controle, de coordenadas

e padrões estabelecidos. Jean Jacques Rousseau

acreditava que o homem nascia livre, mas, por todos

os lados encontrava-se acorrentado. 

Concordo com Berger. Basta pensarmos numa

sociedade de castas que fica muito bem ilustrado,

que antes mesmo de nascer, o indivíduo já tem sua

rota traçada. Filho de rei, vai ser pedinte?

Por outro lado, aqui no Brasil, podemos articular e

negociar com o destino. De pedintes, podemos

amanhecer presidentes, aqui o livre arbítrio é muito

mais nosso  do que daqueles que nos precederam.

Ainda bem! Do contrário, eu nem estaria aqui.

BERGER, Peter L. A perspectiva sociológica – a

sociedade como drama. In: ___. Perspectivas

sociológicas : uma visão humanística . 21. ed. -.

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Petrópolis: Vozes, 2000. 202 p. ISBN 8532605079 :

(broch.). P. 137-. 166.

A “claustrofobia sociológica” apresenta dificuldade

de proporcionar algum alívio ao indivíduo. O mistério

é encontrado diariamente” e a “Liberdade não é

imprevisibilidade”. Não é aquilo sem causa aparente.

Pensar os fragmentos da realidade e usar o espectro

científico, resulta em barbarismo intelectual – O

autor enverga críticas aos cientistas americanos. O

discernimento subjetivo não deve se sobrepor à

racional interpretação científica. Conforme o texto,

podemos co-definir a situação social em questão;

colaborar com a manutenção de uma situação

particular. “A existência marginal na sociedade,

segundo Berger, é já um “indício” de que a coerção

social não é, de todo, falível. Ou seja, e´ possível

uma via desgarrada do claustro construído pela

sociedade. “Construir-se pela pessoa” e não pelo

que assevera a sociedade. O carisma é tratado

como um exemplo dessa construção. Mas nada se

pode desvincular completamente do passado, como

a linguagem e o conhecimento adquirido. A arte e a

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religião são meios de se desnortear do controle

social. Contudo, a primeira, como insere Berger,

pode solicitar uma condição econômica favorável. Já

a religião é um exílio, também, que promove um

discurso contra o ancien regimen. Todavia, o autor

alerta para a questão iminente do restabelecimento

do que fora combatido. O novo sempre vem e diz

que somos os mesmos, isso se ratifica quando

readotamos o antigo regime. A sociologia industrial é

o melhor cenário para a subversão; o antídoto para a

depressão sociológica. Entre os possíveis “êxtases”,

pontua-se o da alternação – em que o indivíduo

muda de posição no sistema social. O Êxtase é mais

provável em ambientes urbanos, na concepção do

autor. A atuação pode se dá como de forma

entusiasmada ou com má vontade. As máscaras do

mundo sério ou lúdico não se diferem tanto. Isso é

uma habilidade política. No fim, a sociedade tem um

caráter lúdico, ou seja, da representação.

Pressupondo o homem como ser livre, discute-se a

visão de autores como Gehlen, o qual interpreta a

figura das instituições como “meios de canalização

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da conduta humana”. Diferente dos animais, os

humanos podem escolher. Agir de má fé ilustra o

poder de escolha. Nesse contexto a má fé é vista

como uma “sombra da liberdade”. Como Saber

insere “estamos condenados à liberdade”. Sob o

pensamento de Heidegger, Berger assinala que a

sociedade aparece como uma defesa ao terror; um

“mundo aprovado” para enfrentar o terror com calma.

O “man”, desconhecido e indeterminado de

Heidegger, nos deixa viver inautenticamente. Mas

estar em êxtase é fugir, transcender; estender-se

além sociedade, a sobrevivência, contudo, pode ser

só uma possibilidade, pois, se na mata há lobos

famintos, andar nela alheio ao medo pode ser bom e

fatal; bom ou fatal, ou, apenas, fatal.