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Edição #19 / Ano 3 INFORME DO METRÔ Linha 4 Kaptimagem Kaptimagem ECONOMIA PáG. 3 Veja o impacto da obra na cadeia produtiva da cidade ESTAÇÕES PÁGS.5 A 9 Conheça os detalhes das cinco novas estações COMPLEXIDADE PÁG. 4 Desafios da construção deixam legado técnico à engenharia REURBANIZAÇÃO PÁG. 10 Bairros repaginados e praças com novos equipamentos públicos ORGULHO Operário participa do revezamento da tocha PÁG. 11 Linha 4 está entregue entre Barra e Ipanema

Do meTRÔ - metrolinha4.com.brmetrolinha4.com.br/wp-content/uploads/2016/08/Informe19.pdf · 04 norme 05linha 4 norme linha 4 Foram seis anos de obra para tirar do papel a mesma extensão

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Edição #19 / Ano 3

Informe

do metrôLinha 4

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Kap

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em

economia pág. 3

Veja o impacto da obra na cadeia produtiva da cidade

estações págs.5 a 9

Conheça os detalhes das cinco novas estações

complexidade pág. 4

Desafios da construção deixam legado técnico à engenharia

reurbanização pág. 10

Bairros repaginados e praças com novos equipamentos públicos

orgulho Operário participa do

revezamento da tocha

pág. 11

Linha 4 está entregueentre Barra e ipanema

Informe Linha 4 0302 Informe Linha 4

Uma grande obra de infraes-trutura urbana traz benefícios à mobilidade e à qualidade de vida da população, mas também

é uma importante aliada da economia. A implantação da Linha 4 aumentará a produtividade, gerarando economia de cerca de R$ 883 milhões por ano com a redução do tempo de deslocamento en-tre a Barra e a Zona Sul, de acordo a Fun-dação Getúlio Vargas (FGV). Ao longo dos 25 anos de concessão, chega-se a R$ 22 bilhões, o que daria para construir o equivalente a duas linhas 4. A obra cus-tou R$ 9,7 bilhões, com investimento de cerca de R$ 530 milhões por quilômetro construído, dentro da média mundial, como mostra tabela abaixo.

“A operação plena começa com 300 mil passageiros diariamente, mas esse volume vai aumentando. Por isso, consi-16 quilômetros

de extensão

expedienteEsta publicação é de responsabilidade da Concessionária Rio Barra.

Redação e edição: FSB Comunicação projeto gráfico e diagramação: Marcelo Medeiros TiRagem: 20.000 exemplares

consÓrcio construtor rio barraEndereço: Avenida Armando Lombardi, 30 - Barra da TijucaCep: 22640-000 | Rio de Janeiro - RJResponsável pela obra entre Barra da Tijuca e Gávea

consÓrcio linha 4 sulEndereço: Avenida Epitácio Pessoa, s/n - Jardim de AlahCep: 22410-090| Rio de Janeiro - RJResponsável pela obra entre Ipanema e Gávea

Barra—Nossa Senhora da Paz: 13min

Nossa Senhora da Paz—Carioca: 18min

Gávea—Barra: 9min

Antero de Quental—Barra: 9min

Tempos de viagem entre as estaçõesJardim de Alah—Barra: 11min

General Osório—Barra: 15min

Antero de Quental—Carioca: 24min

Barra—Uruguai: 50min

Gávea—Leblon: 3min

Barra—Pavuna: 1h20min, com transbordo

Jardim Oceânico—Carioca: 34min

São Conrado—Carioca: 27 min

Trajeto da Linha 4

deramos uma média de 450 mil usuários por dia para todo período da conces-são. Como cada um vai economizar, em média, uma hora diária com a Linha 4, multiplicamos esse volume de horas pela média salarial dos usuários do metrô (R$ 7,27/hora) e pelos dias úteis do ano”, ex-plica Luiz Carlos Duque, coordenador de projetos da FGV.

impacto socioeconômico Com a redução do trânsito, o estudo revela ainda que a Linha 4 terá impac-to na redução de acidentes, para o meio ambiente e até para a saúde da popula-ção, reduzindo as poluições sonora e do ar. O comércio é outro beneficiado com a chegada do metrô, pois haverá aumen-to na circulação de pessoas e valorização dos bairros. A Câmara dos Dirigentes Lojistas espera aumento de 10% nas ven-

menos tempo no deslocamento e mais produtividade

das dos estabelecimentos no entorno da Linha 4. Desde 2010, quando as obras começa-ram, foram gerados cerca de 30 mil pos-tos de trabalho, distribuídos R$ 3 bilhões em salários e contratadas 340 empresas. Foram cerca de R$ 3 bilhões em impos-tos (31% do valor da obra), recursos que os governos devem investir em melho-rias à população. A Concessionária Rio Barra também preocupou-se em proporcionar quali-ficação e desenvolvimento profissional aos colaboradores, para que estivessem mais preparados para voltar ao mercado de trabalho, com o fim das obras. Ofe-receu capacitação, treinamentos, cursos técnicos, de inglês, informática e alfabe-tização. Cerca de 15% dos funcionários entraram como ajudantes/serventes e sa-íram profissionais, como pedreiros.

A Linha 4 do Metrô é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro que liga a Barra da Tijuca a Ipanema. Em plena operação, a

nova linha transportará mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de quatro mil veículos por hora, no ho-

rário de pico, nos dois sentidos do eixo Barra - Zona Sul, segundo estudo da Fun-dação getúlio Vargas (FGV). A nova linha tem cinco novas esta-ções: Jardim Oceânico, São Conrado, An-tero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz. A Estação Gávea teve o projeto modificado pelo Governo em 2013, para permitir futuras expansões, e a previsão de entrega é em janeiro de 2018. A Linha 4 fecha o anel de alta performan-ce da cidade, conectando-se às Linha 1 e 2 ao sistema BRT, na Barra da Tijuca.

metrôrio assume operaçãoCom a inauguração da Linha 4 dentro do cronograma previsto pela engenharia, a Concessionária MetrôRio, responsável pelas Linhas 1 e 2, assume a operação do novo trecho. Assim, o passageiro poderá se deslocar entre a Barra e a Pavuna pagando apenas uma passagem.

linha 4 do metrô vai transportar mais de 300 mil passageiros por dia, em operação plena

barra–ipanema em 13 minutos

custo de obras de metrô no mundo - milhões r$/Km

Informe Linha 4 0504 Informe Linha 4

Foram seis anos de obra para tirar do papel a mesma extensão de me-trô subterrâneo construída no Rio nas últimas três décadas. Com alta

complexidade técnica, a Linha 4 cortou bairros densamente povoados. Cerca de 200 especialistas, consultores nacionais e internacionais e 340 empresas participa-ram do projeto. Além de causar menor impacto no entorno, o objetivo era usar tecnologia de ponta para entregar o maior legado que a cidade ganha com os Jogos Olímpicos, com qualidade e segurança, se-guindo as normas mais rigorosas do mun-do para construção e funcionamento de metrôs, como a americana NFPA-130. A obra esteve dentro do tempo médio mun-dial de execução, levando-se em conta sua complexidade.

Imagine a logística de trabalhar com equipamentos de grande porte, 22 cantei-ros de obra e cerca de 10 mil colaborado-res. Foram feitos estudos de tráfego com a Prefeitura, para minimizar os efeitos de alterações viárias, e para os colaboradores, havia refeitórios com alimentação balan-ceada e cozinhas industriais.

O ‘Tatuzão’, máquina alemã, escavou túneis na Zona Sul, instalando anéis de concreto. No trecho escavado em rocha, com detonações controladas, o túnel pas-sou sob a Pedra da Gávea, com cobertura de rocha de 840 metros, e sob a comunida-de da Rocinha, a 13 metros abaixo das ca-sas. Ali está o maior bitúnel entre estações de metrô do mundo, com cinco quilôme-tros, ligando a Barra a São Conrado. Já a arquitetura em curva e a altura da ponte estaiada também têm um motivo: não há fundações dentro do canal da Bar-ra, o que preserva o ecossistema e a nave-gabilidade. O projeto permitiu manter o gabarito nas ruas sob a sua estrutura. A Estação Jardim Oceânico ganhou manta impermeabilizante - a mesma utilizada no Ground Zero de Nova Iorque, para a re-construção dos prédios do World Trade Center -, por causa da presença de lençol freático e alto nível de salinidade.

O metrô, enfim, chegou à Barra. Esperada há mais de 20 anos por quem mora ou trabalha no bairro, a Estação Jardim Oceânico - além

de multimodal, pois está integrada ao sis-tema de ônibus articulados BRT -, tem um diferencial que não vai passar despercebi-do por nenhum passageiro. Ela foi cons-truída sob as pistas da Avenida Armando Lombardi, a 13 metros de profundidade, mas não tem ‘cara’ de estação subterrânea. É que sua moderna solução arquitetônica privilegia a iluminação natural, levando claridade ao mezanino e até em trechos das plataformas.

A cor predominante desta estação é o amarelo, decorada com as pastilhas e placas de cerâmica. O arco central sobre as bilheterias tem quase uma centena de bolas transparentes para captação de luz natural. Neste amplo salão, dois painéis em mosaico de vidro coloridos fazem re-ferência aos esportes náuticos, típicos da Barra. Nos acessos de passageiros batiza-dos de ‘Mar’ (Avenida Fernando Mattos, esquina com Armando Lombardi, sentido

a maior obra de infraestrutura da américa latina

Zona Sul) e ‘Lagoa’ (Armando Lombardi, em direção ao Recreio), há painéis que re-lembram espécies de animais da região. O terceiro acesso fica conectado ao terminal do BRT.

Planejada de forma a garantir a acessi-bilidade de todos os passageiros, a estação tem apenas dois níveis até a plataforma e banheiros públicos nas áreas pagantes, in-clusive com cabines adaptadas. Segundo a demanda estimada, cerca de 91 mil pesso-as por dia vão circular por aqui.

Até Ipanema, por exemplo, o tempo de

‘Céu estrelado’ privilegia a iluminação natural

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Jardim oceânico: a estação mais iluminada da linha 4

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emTúnel em rocha teve avanços entre 40 centímetros e quatro metros por dia

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Foram usados 365 equipamentos e o ‘Tatuzão’ escavou solo composto por rocha, água e areia

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em#VocêsabiaQuantidade de material escavado: Total: 2.840.026 m3 ≈ 1.136 piscinas olímpicas

Quantidade de concreto utilizado: Total: 665.346 m3 ≈ 8 estádios do Maracanã

Quantidade de explosivos utilizados: Total: 1.640.400 toneladas ≈ 152 Réveillons em Copacabana

estações de tratamento de água: Desde 2010, cerca de 220 milhões de litros tratados e reaproveitados, o que daria para abastecer quase 20 mil casas em um mês.

meio ambiente: 3 mil plantas, como bromélias e orquídeas, retiradas por rapel do Morro do Focinho do Cavalo e conservadas no Jardim Botânico.

Estação tem painéis que remetem a espécies de animais e esportes náuticos típicos do bairro

viagem será de 13 minutos. O passageiro com destino a Botafogo levará 23 minutos. Para a Carioca, no Centro, serão somente 34 minutos, algo impensável para os dias atuais. Para a a Estação Uruguai, na Tiju-ca, o trajeto será feito em 51 minutos.

A Estação Jardim Oceânico não foi construída como estação terminal. Para permitir futura expansão da linha metro-viária sem impactar no funcionamento desta estação, ela tem 350 metros à frente. Este trecho da via também servirá como área de manobra para os trens.

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conheça a estação são conrado, construída sob rocha

Entregar uma estação de metrô e levar progresso e desenvolvimento a uma cidade como o Rio impõe certos desafios que precisam ser

superados. Em São Conrado, um deles foi encarar o maciço rochoso e fazer nascer, de dentro dele, a estação homônima ao bairro. Aos pés da comunidade da Ro-cinha, ela vai beneficiar cerca de 61 mil passageiros por dia.

A 15 metros de profundidade, havia um altar iluminado dentro da caverna. Era ali que começava o dia dentro dos túneis. De mãos dadas, os operários pe-diam licença à Santa Bárbara, padroeira dos tuneleiros, para mais um turno. Eles seguiam a escavação em rocha acompa-nhados por geólogos. Um dos detalhes curiosos nesta história é a identificação de rochas chamadas Biotita Gnaisse e Gnaisse Facoidal, tipos que formam tam-bém o Morro Pão de Açúcar, com idades entre 1 bilhão e 541 milhões de anos. Em um contraste com a caverna, dutos de re-frigeração na cor amarela cortam a parte mais alta da estação.

São Conrado terá três acessos de pas-sageiros: na Estrada da Gávea, próximo ao antigo supermercado Extra; na Aveni-da Niemeyer, em frente à Igreja Universal da Rocinha; e outro na Avenida Aquare-la do Brasil. Este último, aliás, faz jus ao nome, pois os usuários que passarem por ali poderão observar paredes coloridas, com tons de verde e azul, intercaladas por pastilhas nas cores amarela e vermelha. Para dar mais conforto e mobilidade aos passageiros, o acesso Aquarela do Brasil – o mais extenso até o embarque, pois passa sob as pistas da Autoestrada Lagoa-Barra – possui quatro esteiras rolantes.

Planejada de forma a privilegiar a ilu-minação natural nas áreas de bilheteria, a estação tem duas claraboias de 16 metros de diâmetro. O teto de vidro permite ao passageiro observar o céu azul, conferin-do mais vida aos acessos da estação na caverna. No acesso Rocinha, em home-nagem aos moradores da comunidade, o artista plástico paulistano Vik Muniz, radicado em Nova Iorque, presenteou a cidade com uma obra que tem a cara da nossa gente: um mosaico em vidro que traz rostos de crianças da Rocinha. O pai-nel retrata meninos e meninas em preto e branco, na chegada ao mezanino.

“Para a cozinheira Maria Madalena Lopes, de 58 anos, moradora de Santa Te-resa, a estação no bairro vai facilitar seu deslocamento. “Vai ser ótimo ter o metrô em São Conrado, pois pego dois ônibus e perco entre 2h e 3h no trânsito”, diz Maria, pensando na economia de tempo. “A ex-pectativa é grande. Trabalho há três anos no bairro e acredito que, além do comér-cio, todos que moram e têm emprego aqui serão beneficiados”, comemora.

Em 1961, quando o aposenta-do Elias Carneiro ainda era uma criança recém-chegada ao Leblon, o Rio de Janeiro não tinha qual-

quer estação de metrô. Cinquenta e cin-co anos depois – e com duas linhas cons-truídas –, o morador da Avenida Ataulfo de Paiva não vê a hora de passar pelas roletas e embarcar nas plataformas da Estação Antero de Quental, da qual ele foi uma espécie de fiscal. Foi debruçado em um dos tapumes e observando os re-toques finais da obra que encontramos o seu Elias, de 58 anos.

Dono de uma rotina que o leva com frequência ao Centro do Rio, o aposen-tado está ansioso para estrear a nova li-nha e assim evitar de vez os congestio-namentos: “A expectativa é grande. Estou há quase quatro anos esperando por essa linha. Como eu costumo ir ao Centro, agora o deslocamento vai ficar bem mais fácil. Muito melhor do que pegar ônibus e perder horas no trânsito”, diz ele.

Seu Elias e os demais passageiros do Leblon terão dois acessos na Praça An-tero de Quental, um voltado para a Ave-nida Bartolomeu Mitre e outro para a Rua General Urquiza, ambos nas esqui-nas com a Avenida Ataulfo de Paiva. A estação é moderna e compacta, com três níveis até chegar às plataformas. No pri-meiro piso ficam as bilheterias e um pai-nel de azulejos coloridos que homena-geia o surfista carioca. Como as demais estações, há rampas, elevadores, escadas rolantes e piso tátil para garantir a acessi-bilidade de todos.

O chaveiro Jorge Souto, de 59 anos, também será um usuário assíduo da nova linha. Ele brinca que “se esconde” em Irajá, na Zona Norte, e atualmente precisa de três conduções para chegar ao seu ponto, na esquina da Ataulfo de Paiva com a Rua General Urquiza: um ônibus em direção ao metrô do bairro em que mora, o trajeto na Linha 2 com baldeação para a Linha 1 e, ao saltar na Estação General Osório, em Ipanema,

camento na cidade e será um dos 35 mil passageiros beneficiados pela nova es-tação, segundo demanda estimada. Da Antero de Quental até a Estação Carioca, por exemplo, serão só 24 minutos. Quem quiser ir para a Barra, fará o trajeto em apenas 9 minutos.

ainda utiliza mais um coletivo para, en-fim, desembarcar no Leblon.

“A Linha 4 vai ser excelente para mim!”, comemora. “Principalmente pelo fato de eu não precisar pegar mais um ônibus para chegar aqui”.

Jorge reduzirá seu tempo de deslo-

praça antero de Quental, no coração do leblon, ganha estação moderna

Detalhe da claraboia sobre a bilheteria

Estação terá três acessos, um deles aos pés da Rocinha

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Estudo de cromaterapia definiu as cores, em referência ao mar e ao verão

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Cena carioca: surfista pegando onda é homenageado em painel de azulejos

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estação Jardim de alah tem bicicletários e decoração colorida

Serão pouco mais de 11 minutos de viagem entre o Leblon e a Barra da Tijuca, graças à futura Estação Jardim da Alah, construída sob a

movimentada Avenida Ataulfo de Paiva. Quem usufruir desta estação, perceberá que seus acessos têm estruturas metáli-cas com design moderno e padronizado, como as demais estações da Linha 4. Os vidros especiais têm película antirresíduo, o que contribui para o conforto térmico, visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno.

A estação passou por estudo de cro-matização e ficou bem colorida. Há deta-lhes como guarda-corpo de vidro, corri-mão de aço inoxidável nas escadas com leitura em Braille e lixeiras transparentes, medida antiterrorismo.

Por dia, a previsão é de que 20 mil pessoas circulem por aqui. Uma delas será a professora aposentada Mary da Rocha Bocayuva, de 73 anos, que revela estar ansiosa para visitar as filhas na Bar-ra utilizando o metrô como transporte público.“Eu já aposentei meu carro, por causa da idade, e só ando de metrô. Mi-nhas filhas moram na Barra e estou em contagem regressiva para ir à casa delas com a Linha 4”, conta a moradora.

Jardim de Alah terá dois acessos: na esquina das avenidas Borges de Medeiros com Ataulfo de Paiva e outro na própria Ataulfo de Paiva, próximo à Rua Almiran-te Pereira Guimarães. Ambos têm bicicle-tários para estimular entre os usuários do sistema de metrô a integração de modais. Ao todo, aliás, a Linha 4 oferecerá 300 va-gas para as ‘magrelas’ nos acessos de pas-sageiros de todas as estações.

Tombado, o Jardim de Alah ainda será restaurado, após retirada de canteiros de apoio, e será entregue com as caracterís-ticas originais.

para relembrar Foi nesta estação que o ‘Tatuzão’ che-gou em uma solução inédita para a enge-nharia brasileira, o método breakthrough

submerso: parte da estação foi preenchida com água para equilibrar a pressão do ter-reno e garantir que a máquina continuas-se operando em ambiente similar ao que

estava sob o canal do Jardim de Alah.Mundialmente empregada em obras

de metrô, foi a primeira vez que a técnica foi utilizada no Brasil, em julho de 2015.

A Estação Nossa Senhora da Paz foi a primeira a receber o ‘Tatuzão’ e, por isso, a primeira ficar pronta para a finalização da instalação de

sistemas operacionais. Construída no co-ração de Ipanema, sob a praça de mesmo nome, esta estação vai beneficiar cerca de 47 mil pessoas por dia, aquecendo o co-mércio da região e beneficiando o meio ambiente, com a redução do uso de car-ros de passeio.

O passageiro que chegar à estação pelo acesso Joana Angélica fará uma bre-ve viagem ao passado do bairro. Em um colorido painel de 32 metros de extensão por 3,80 metros de altura, azulejos recon-tam fatos marcantes sobre Ipanema e a Paróquia Nossa Senhora da Paz. Quem já ouviu falar do Cine Pax e de Pixinguinha e uma de suas mais famosas composições, a partitura de ‘Carinhoso’? O compositor morreu dentro da igreja, em uma cerimô-nia de batismo num sábado de Carnaval, fato recordado pela Banda de Ipanema, que também está retratada na obra. O de-senho é do arquiteto Luiz Neves e contou

com o esforço de um time de pedreiros de acabamento que montou 3.059 peças, tonalizando até o rejunte de acordo com a cor dos desenhos.

“Dá orgulho para nós que fizemos parte. Esperamos que todos que passem por aqui se lembrem dos colaborado-res que deixaram o suor neste local para embelezar a estação”, disse, orgulhoso, o colaborador Rogério Perdones. Neste mesmo acesso há uma escultura de ferro recortado simulando um menino soltan-

Os dois acessos estão localizados fora da praça de Ipanema

estação nossa senhora da paz reconta história do bairro de ipanema

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Detalhes especiais: esculturas de árvores em ferro recortado e corrimão com leitura em Braille

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Plataformas vão receber 20 mil pessoas por dia, segundo demanda estimada

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Diferencial nas plataformas em formato de ‘S’

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do uma pomba. A obra simboliza a paz. Já quem chegar à estação pelo acesso Maria Quitéria será “recepcionado” por um mo-saico de Nossa Senhora da Paz. O traba-lho em homenagem à padroeira do bairro foi confeccionado manualmente pela mo-saicista Mariana Lloyd.

Para definir as cores da estação, foram feitos três estudos de cromatização até que se chegasse à combinação de tons de verde, coral, cinza claro, amarelo e azul. Como nas demais estações, as placas de cerâmica usadas para revestimento das paredes são modernas e removíveis. As-sim, facilitam o acesso para manutenção das tubulações, sistemas e cabeamentos de energia e dados.

Ao passar pelo amplo mezanino, onde haverá distribuição de passageiros em direção ao Centro e à Zona Norte ou no sentido Barra da Tijuca, os usuários vão chegar às plataformas. Um detalhe as di-ferencia: o formato em “S”. Aos curiosos, a explicação é simples: a estação corta a praça na perpendicular e o traçado levou em conta a curva feita pelo ‘Tatuzão’.

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áreas no entorno das estações estão repaginadas

Viagem especial: colaboradores visitam estações que construíram

Com a implantação da Linha 4 do Metrô, os bairros impactados pe-las obras voltam à rotina. As ruas e avenidas que sofreram intervenções

e mudanças na circulação dos veículos já estão liberadas ao trânsito e as áreas do entorno das estações foram reurbanizadas. Na Zona Sul, as praças Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, e Antero de Quental, no Leblon, ganharam reforço na iluminação, brinquedos de madeira para o parquinho infantil – inclusive um balanço adaptado para cadeirantes – e novos equipamentos para a academia da terceira idade.

A Praça Nossa Senhora da Paz, que é tombada, foi devolvida à população con-forme orientação do Instituto Rio Patrimô-nio da Humanidade (IRPH), mas as áreas destinadas a crianças e aos idosos pude-ram ser mantidas em trechos de sombra. O ‘parcão’ também pôde ser posicionado mais distante do parquinho, atendendo a pedidos de pais e mães do bairro.

As árvores que necessitaram ser trans-plantadas para a construção da estação fo-ram levadas para um sítio, onde permane-ceram sob cuidado permanente e cultivo até retornarem aos seus locais de origem. As espécies que não puderam ser trans-plantadas, devido às suas características, foram substituídas por novos exemplares. As duas praças também receberam novos plantios de árvores, como previa o projeto paisagístico aprovado pelos órgãos compe-tentes.

Na praça do Leblon, por exigência das normas de segurança, houve necessidade de se instalar sistemas especiais de venti-lação. Os dutos têm o objetivo de propor-cionar conforto térmico aos usuários e funcionários da estação, promover a higie-nização do ar e, ainda, cumprir funções de segurança em situações de emergência. Os equipamentos são mais altos para que o ar quente oriundo do subsolo seja dispersado acima do nível de circulação dos pedestres, evitando desconforto às pessoas, e aten-dem aos critérios técnicos de dimensiona-mento para que os requisitos funcionais do

sistema sejam atendidos. Em São Conrado, como contrapartida à

comunidade, houve a substituição das an-tigas galerias de águas pluviais por novas. Já na Barra da Tijuca, o entorno da estação recebeu readequação de pistas e calçadas, a recuperação de jardineiras e novo projeto de iluminação pública. Para os acessos de passageiros da Estação Jardim Oceânico foram criadas novas áreas de circulação de pedestres. Além de bancos nas praças e bicicletários, na Avenida Fernando Mattos

há uma escultura em concreto, com uma asa em latão, dentro de um espelho d’água. No acesso da Avenida Armando Lombar-di, por sua vez, há um deque para integra-ção de passageiros que chegam de barcos das ilhas Primeira e da Gigóia.

Com a inauguração da Linha 4, os re-tornos subterrâneos do ‘Novo Viário’ da Barra também estão operando, como al-ternativa aos retornos existentes, sob o Elevado das Bandeiras e a ponte de acesso à Avenida das Américas.

Praça Antero de Quental também recebeu balanço adaptado para cadeirantes no parquinho

Tombada, Praça Nossa Senhora da Paz teve projeto aprovado pelo IRPH

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dos canteiros da linha 4 para o revezamento da tocha olímpicaCom a conclusão das obras, o frentista de túnel Leandro Souza dos Santos, o Lelê, de 31 anos, teve um novo e importante compromisso. No dia 5 de agosto, às vésperas do início dos Jogos Rio 2016, ele participou do revezamento da tocha Olímpica. Lelê integrou o time Linha 4 desde 2010. Ele é faixa preta de Jiu-Jitsu e dá aulas gratuitas de luta a 60 crianças da Rocinha, comunidade onde nasceu e mora até hoje. “Foi um orgulho muito grande”, festejou ele, que trabalhou na abertura dos túneis entre a Barra e São Conrado e nas estações São Conrado, Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah e Antero de Quental, acumulando diversas funções.

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nos tempo no trânsito, graças a cada um de vocês”.

Ao ouvir pelos autofalantes o dese-jo de boa viagem, muitos colaboradores se emocionaram. Sacaram celulares para fotos e selfies com os colegas, com quem dividiram a rotina nos canteiros ao longo dos últimos seis anos.

O orgulho estava estampado nos olhos do carpinteiro Luiz Henrique, de 41 anos. Na reta final das obras, ele trabalhou na reurbanização do entorno das estações

do Leblon. “Minha sensação é de dever cumprido. Foi daqui que tirei o sustento da minha família. Essa é uma obra tão im-portante para a cidade, que é um sonho estar viajando aqui hoje, naquilo que aju-dei a construir”.

Na obra desde 2014, o engenheiro civil Alexandre Taveira trabalhou na es-cavação das estações Jardim Oceânico e São Conrado, quando ainda havia nesses locais areia de praia e rocha. “É uma satis-fação ver tudo pronto”.

“Atenção, passageiros!”, alertou o maquinista do trem da Linha 4 na viagem que reuniu colaboradores, no último dia 28 de julho, às vés-

peras da inauguração da nova linha. “Vo-cês tiraram a Linha 4 do papel e a cidade toda agradece o empenho e a dedicação de vocês!”, continuou o condutor, passan-do pela ponte estaiada, ao deixar a Barra em direção a Ipanema. “Ao longo desse trajeto, vocês deixaram seu suor. Podem se orgulhar! A população vai gastar me-

Lelê é faixa-preta de Jiu-Jitsu

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Funcionários aplaudiram a chegada do trem

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Mantenha a cidade limpa. Não jogue este impresso em vias públicas.

PARA MAIS INFORMAÇÕESLinha 4 do Metrô (sobre as obras)

www.metrolinha4.com.br 0800 021 06 20

RioÔnibus (mudanças nas linhas e pontos)

www.rioonibus.com 0800 886 10 00

CET-Rio e SMTR (alterações viárias)

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MetrôRio (Metrô na Superfície)

0800 595 11 11

A Linha 4 do Metrô está inaugurada. A você que nos acompanhou de perto, obrigado pelo apoio.

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