Upload
vilemar-magalhaes
View
260
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Adoçantes, adoçantes artificiais, sacarina, aspartame, aspartamo, acessulfame potásio, acessulfamo, sucralose, ciclamato potássio, ciclamato, doce,
Citation preview
Doce Ilusão
Você já é um doce, não use adoçantes.
Vilemar Magalhães
Fortaleza, Brasil - 2014
Aviso Importante
Este trabalho não substitui uma orientação médica ou nutricional. Não
leve este trabalho para amigos com o propósito que este possa tomar
uma decisão de adicionar, suspender ou trocar sua nutrição sem o
acompanhamento de um profissional da saúde. As informações neste
trabalho representam a minha ideia pessoal baseada em estudos que
fiz até a presente data. Peça orientação de um profissional da saúde
sempre que pretender fazer alterações importantes em sua dieta.
Vilemar Magalhães
Vilemar Magalhães
Palavras chaves: Adoçantes, aspartamo, sacarina, acessulfamo
potássio, sucralose, ciclamato de sódio, adoçantes artificiais.
2014
Introdução O homem comum mede a sua qualidade de sucesso pelas sensações de
prazer que consegue durante a vida. Muitas vezes, em suas tentativas de obter
prazer o homem chega a ameaçar ou comprometer conscientemente a sua
saúde. Em nutrição, as decisões de consumo são feitas quase sempre com
base no paladar e não nas características nutricionais de cada alimento.
As grandes indústrias de processamento de alimentos procuram
cuidadosamente encontrar o ponto de equilíbrio entre a quantidade de sal e de
doce em seus produtos. Quanto mais salgado ou doce, maior a aceitabilidade
no mercado.
O consumidor pode considerar repugnante depois de ingerir alguma
quantidade de alimentos excessivamente doces ou salgados. Por isto, é
importante conseguir descobrir a quantidade ideal que possa deixar o
consumidor viciado em um determinado produto, desde que não permita que
este se sinta enjoado depois de algum tempo.
Além do homem não ter o domínio de si mesmo para conter a sua busca por
prazer, o consumidor consciente não pode decidir que caminho tomar diante de
tantas correntes contrárias em nutrição na atualidade.
Este trabalho não tem o objetivo de denegrir qualquer uma das marcas de
adoçantes ou deixar a população assustada. A meta deste trabalho é alertar a
população e recomendar que se a pessoa ainda desejar usar um destes
adoçantes que o faça com ajuda de um profissional de nutrição ou médico.
Os adoçantes artificiais mais vendidos no Brasil são objeto deste trabalho e
será tratado como estas substâncias afetam a saúde do homem. O consumidor
fica confuso ao recorrer a nutricionistas que podem ter posições totalmente
antagônicas sobre o assunto. O que fazer se uns falam que adoçantes
artificiais podem ser consumidos por humanos e outros dizem que são danosos
e põem nossas vidas em risco?
Os adoçantes artificiais são necessários? O que são adoçantes artificiais e
como as opções no mercado estão sendo fabricadas em laboratórios e
indústrias? O que fazer para adoçar o cafezinho? O Chá? E os diabéticos
podem e devem usar adoçantes? Tem algum adoçante menos nocivo à saúde?
Esta análise bibliográfica traz um breve relato de como cada um dos adoçantes
estudados foram descobertos. É importante que o consumidor conheça os
métodos que os cientistas que confeccionaram estes produtos praticavam. É
inacreditável como cada adoçante foi descoberto e os métodos utilizados para
que estes fossem sugeridos para liberação para o consumo humano.
Quase todos os adoçantes têm um ponto em comum, eles foram descobertos
acidentalmente e por erros de laboratórios. O homem não estava procurando
achar uma solução saudável que substituísse o açúcar. Apenas foram
surpreendidos, fizeram uns testes após as descobertas acidentais e lançaram
seus produtos no mercado.
Adoçantes
Adoçantes ou edulcorantes são substâncias químicas extremamente doces
usadas como substitutas do açúcar a fim de conferir o sabor doce aos
alimentos e bebidas. A capacidade de adoçar destas substâncias sintéticas ou
naturais são centenas de vezes maiores que a do açúcar.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regula o uso de adoçantes
no Brasil pela Portaria no. 38, de 13 de janeiro de 1998 com o objetivo de
garantir as características mínimas de qualidade do que é chamado de
“Adoçantes de Mesa.” Quando o adoçante for destinado a atender pessoas
com restrições de ingestão de sacarose, frutose e glicose é chamado de
“Adoçante Dietético.”
Quando os adoçantes foram lançados no Brasil, eram catalogados como
fármacos destinados aos diabéticos e o seu consumo deveria ser
acompanhado por um médico. Cinco anos foram suficientes para acontecer
uma mudança radical na venda dos adoçantes.
As mudanças aconteceram de forma frenética e com caráter permanente. O
Brasil do final dos anos 80 estava apavorado com o crescimento galopante da
obesidade no país, fato que contribuiu consideravelmente para a grande
procura de adoçantes pela população.
A mensagem inicial da campanha publicitária do adoçante ainda continua forte
no consciente coletivo. A pessoa tinha a ilusão que por estar consumindo um
alimento sem açúcar, poderá comer muito mais.
O doce dos edulcorantes não são as únicas ameaças destes produtos a saúde
das pessoas. Geralmente os adoçantes contém muito sódio para ressaltar o
sabor dos alimentos. Portanto, tornam-se uma ameaça maior para a saúde do
homem, especialmente para hipertensos.
A chegada dos adoçantes trouxe a segunda grande força na nutrição, a busca
das formas corporais perfeitas. O homem moderno quer ter grandes prazeres e
parecer esteticamente bonito. Para atingir estas metas, há pessoas capazes de
tentarem o imaginável.
Sacarina
Um jovem assistente de pesquisa em um laboratório, Constantine Fahlberg
(1850 – 1910), em 1879, descobriu acidentalmente o primeiro adoçante artificial
nos Estados Unidos. O Dr. Fahlberg trabalhava com a liderança do professor
Ira Remsen da Universidade de John Hopkins. Ele só tinha 29 anos naquela
época. O que ele procurava fazer era uma substância que seria usada para
preservar alimentos. A substância achada foi o ácido sulfanoibenzoico um
derivado do petróleo.
Dr Fahlberg sujou as mãos enquanto trabalhava e esqueceu-se de lavá-las ou
isto não era uma preocupação mesmo. Quando Constantine estava jantando,
sem ainda ter lavado às mãos, notou o doce na sua mão ao levar um pedaço
de pão à boca. Neste momento estava descoberta a sacarina.
Você acredita nisto? Você tem coragem de ingerir um produto criado por
alguém tão criterioso? Se você soubesse que ele é 300 vezes mais doce que a
sacarose e que deixa um gosto amargo depois de ingerido? Ainda se
atreveria?
Seria bom se Fahlberg nunca tivesse voltado a fazer remédios. A não ser que
tenha aprendido higiene pessoal básica. Se ele tivesse conseguido terminar a
fórmula do preservativo de alimentos e hoje os nossos produtos tivessem um
produto feito com critérios tão duvidosos em nossas mesas?
Fahlberg montou um laboratório químico na Alemanha com um investimento de
2 mil marcos. Fahlberg ficou rico com a sua invenção. O seu chefe ficou
reclamando não ter recebido créditos pela invenção já que as pesquisas foram
feitas sob a sua orientação.
Em 1910, o inventor do sacarina morreu gordo aos 59 anos e 8 meses. A
obesidade se tornou um problema pelos anos 20. Será que o Fahlberg já foi
uma vítima de sua invenção?
A sacarina é um sulfonamida (abreviação de amido-benzeno-sulfamida), isto é,
pode causar reações alérgicas para pessoas alérgicas a drogas com sulfa que
são antibióticos anteriores às penicilinas.
Felizmente, esta substância só ficou popularizada 35 anos depois de tal
acidente trágico. Durante a Primeira Guerra Mundial era necessário racionar o
açúcar para mandar para os soldados no campo de batalha. O povo que ficou
nos Estados Unidos passou a usar a sacarina para adoçar os seus alimentos.
O americano que não gosta de economizar comida fez vários cartazes com a
mensagem “Food Will Win the War” (A Comida Ganhará a Guerra). A
população ficou com a pior parte do sacrifício. Não por ter que ingerir menos
açúcar, mas por ter que passar a usar a sacarina.
Em 1917, já durante a Segunda Guerra Mundial, a população foi chamada mais
uma vez para economizar alimento a fim de mandar o excedente para as
tropas na Europa. Até os soldados recebiam a sacarina como adoçante. Desta
data em diante a sacarina se firmou no mercado americano e começou a
incomodar muitos comercialmentes.
Em 1937, começaram a divulgar que a sacarina poderia causar câncer em
bexigas de cães e em 1960 concluíram que poderia causar câncer em ratos. O
órgão de administração de alimentos e drogas dos Estados Unidos ( Food and
Drug Administration) impôs restrições ao seu uso, sem banir o produto do
mercado.
Alguns países chegaram a banir este produto, contudo nenhum laboratório
chegou a provar que sacarina poderia provocar o câncer em animais. Pelo
contrário, alegam que o produto é 100% seguro. Contudo, os fabricantes foram
obrigados a declarar que o produto já causou câncer em animais de laboratório
até por volta do ano 2000.
(Tradução: O uso deste produto pode ser perigoso para a sua saúde. Este
produto contém sacarina que foi provado causar câncer em animais de
laboratório).
Já que todos declaram que o produto não causa câncer, porque colocar o aviso
acima nos rótulos dos produtos. Será que é para somente dizer depois que a
pessoa consumiu por vontade própria e que esta tinha sido avisada dos perigos
que corria?
A Anvisa recomenda que o consumo máximo diário de Sacarina seja de 5
mg/kg de peso corpóreo.
Aspartamo ou aspartilfenilalania
O aspartamo, (C13H18O5N2), o segundo adoçante a ser descoberto em 1965
depois da Sacarina. Esta descoberta foi de um jovem americano de 23 anos
chamado James M. Schlatter. James estava trabalhando na síntese de um
tetrapeptídeo, uma molécula contendo 4 amino ácidos, procurando encontrar
uma droga para o tratamento de úlceras peptídicas.
Talvez não seja correto culpar a pouca idade de Schlatter, contudo, ele
também sujou um pouco a mão e lambeu os dedos com o objetivo de
umedecê-los para que pudesse pegar um papel. Notou que havia doce em
sua mão e declarou que tinha sido descoberto o aspartamo. Quer dizer que
aconteceram dois enganos ao criar o Aspartame. O primeiro por não ter
conseguido fazer o remédio para úlcera e outro por ter trazido para o homem
este adoçante.
Como ele poderia estar trabalhando na manipulação de um remédio que seria
usado para tratar úlceras sem uma máscara ou luvas? Isto não comprometeria
os resultados de sua descoberta?
O Aspartame tem o poder de adoçar 200 mais que a sacarose. O Aspartame
perde a sua capacidade de adoçar depois de 6 meses de sua fabricação e ao
ser exposto à altas temperaturas. Então, ele é pouco indicado para cozinhar.
A digestão do Aspartame acontece com a liberação de fenilalanina, aspartato e
metanol. Os dois primeiros são quebrados no estomago e no intestino delgado
pela a ação de enzimas específicas. Esta quebra do aspartamo deixa os seus
componentes livremente no organismo humano. Estes amino ácidos são
necessários em pequenas quantidades nos alimentos, mas nas proporções
corretas e ligados a outras substâncias que não os fazem perigosos.
Excessos de fenilalanina, aspartato e metanol podem causar dores de cabeça,
ansiedade, artrite, aterosclerose, câncer, confusão mental, convulsões,
depressão, diarreias, doenças coronarianas, dor abdominal, dormência nas
extremidades, fadiga, fobias, fome ou sede excessiva, incapacidade de
concentração, palpitações, radicais livres, síndrome do pânico, tonturas e
urticária, Se a pessoa for fumante ou tiver diabetes pode ter ainda uma reação
mais acentuada ao aspartamo e muitos outros. Somente o FDA americano tem
mais de 10,000 relatos de reclamações envolvendo o uso do Aspartame.
O seu nome é dado pela junção dos seus componentes. Dois amino ácidos:
ácido ASpártico (40%); fenilalanina (Phenylalanine do inglês 50%); e uma
ligação éster metil de MEtanol (10%). Os dois primeiros componentes são
comuns em outros alimentos naturais e não apresentam dificuldade alguma
para a saúde do homem.
Nos alimentos naturais proteicos as quantidades de ácido aspártico e
fenilalanina são de aproximadamente 5% na maioria dos casos. No Aspartame,
estes dois amino ácidos representam uma ameaça para as células e chegam
até a atravessar a barrareira hemato-encefálica colocando em risco a
estabilidade das células cerebrais.
A fenilalanina é um amino ácido encontrado no cérebro. Ele representa um
risco maior em pessoas com fenilcetonúria. Este é um problema genético
quando a pessoa não tem a enzima fenilalanina hidroxilase necessária para
converter a fenilalanina no amino ácido tirosina, que no final do seu
metabolismo é convertido em neurotransmissores (L-dopa, norepinefrina,
epinefrina).
A fenilalanina que não é convertida em tirosina fica acumulada no cérebro o
que pode até ser letal. Acontece que quem consome Aspartame com
carboídratos, mesmo sem ter fenilcetonúria pode acumular fenilalanina no
cérebro.
Os especialistas não recomendam o Aspartame para grávidas, pois se a
criança tiver fenilcetonúria, pode nascer com retardo mental. A quantidade do
perigoso metanol é mínima e ainda é levado ao fígado para desintoxicação.
Metanol não seria de fato o grande problema do Aspartame.
Se você não sente nada diferente tomando Aspartame não pode ser inferido
que você não está sendo vítima desta substância. Qualquer hora o seu
organismo vai cobrar pelo preço de ter sido obrigado a metabolizar esta
substância estranha. Se todo este risco for para não engordar, seria
interessante que você soubesse que não há comprovação que este adoçante
vá evitar aqueles quilos excedentes tão indesejáveis.
A fenilalanina e o ácido aspártico presentes em uma só dose de Aspartame
estimulam a liberação da insulina e de leptina, hormônios que fazem com que o
seu corpo guarde gordura e ainda, em níveis altos, pode baixar os níveis de
serotonina, um neurotransmissor que informa ao corpo que ele está saciado.
Acontecendo isto a pessoa pode passar a comer mais e ter um corpo bem mais
gordo. Baixos níveis de serotonina podem além causar depressão e outros
problemas emocionais.
O Aspartame age em nosso corpo como um neurotransmissior no cérebro. Em
quantidades expressivas, permite que o cálcio entre mais nas células o que
estimula a ação de radicais livres causando danos significativos ao corpo.
Infelizmente, nem a barreira hematoencefálica que existe para proteger o
cérebro pode conter tal agressão. Por isto que são encontradas tantas
complicações neurológicas em consumidores deste produto.
Um produto gerado a partir do consumo de Aspartame é o Dicetopiperazinas
(DKP), substância apontada como causadora de tumores cerebrais, pólipos
uterinos e outros.
A Anvisa recomenda que a dose máxima de Aspartame não exceda a 50 mg/kg
de peso corpóreo.
Acessulfamo Potássio
O terceiro adoçante artificial criado foi o acessulfamo potássio ou sal de
potássio de dióxido de metiloxantiazinona, Os componentes do Acessulfamo
Potássio são C4H4NO4KS (Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e
potássio).
Esta foi mais uma descoberta acidental que aconteceu em 1967 tendo a frente
os químicos alemães Karl Clauss e H. Jensen de Hoechst AG em Frankfurt,
Alemanha. O Dr. Clauss precisava folhear uns papéis e umedeceu os dedos
levando-os a boca, quando notou que os seus dedos tenham um o sabor
adocicado.
O acessulfamo potássio não quebra em altas temperaturas, isto é, não perde a
sua capacidade de adoçar os alimentos se for levado ao fogo. Em temperatura
ambiente apresenta uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes
por manter a sua capacidade de adoçar intacta por 3 a 4 anos.
O acessulfamo K não é fermentado pelas bactérias na boca e nem no intestino.
Isto mesmo! Bactéria! A bactéria, não é burra para usar uma substância como
esta.
A microbiota intestinal, a população de bactérias que habitam em nosso
intestino, pode ser alterada e estas são relacionadas com o controle de peso
corporal. Portanto, não adianta correr riscos substituindo açúcar por este
adoçante, se a sua motivação for não ganhar mais peso.
A recusa das bactérias de fazer uso deste adoçante não implica que ele possa
evitar o aumento de peso. As cáries não vão surgir com o seu uso,
diferentemente do consumo de açúcares ou outros alimentos que estimulam a
produção de bactérias na boca e consequentemente do nível de acidez na
cavidade oral. A pessoa ainda pode ter cáries, maspor outros motivos.
Este adoçante é pouco acusado de causar câncer em animais. Talvez por ter
uma campanha publicitária muito tímida, não desperte muito a iria de seus
concorrentes. Tenho certeza que se eles começarem a ameaçar mais os seus
concorrentes, aparecerão estudos de todos dizendo que é uma substância
muito cancerígena. Pelo menos, a população estará mais informada dos
malefícios desta substância.
O processo de manufatura do acessulfamo potássio consiste na transformação
do ácido acetoacético, responsável pelo sabor extremamente doce do
acessulfamo de potássio, e na junção com o potássio (10mg em um sache)
para formar uma substância estável e cristalina.
Outro componente importante do acessulfato potássio é cloridrato de metileno.
Esta substância é ligada diretamente a dores de cabeça, confusão mental e
outros.
A quantidade de potássio deixada no corpo pelo acessulfamo potássio é
mínima. Contudo, é uma boa regra que pessoas com pressão alta evitem o
consumo desta substância.
O ácido acetoacético, o beta-hidroxibutirato e acetona formam os corpos
cetônicos. E não dito que corpos cetônicos são os vilões de uma nutrição
baseada em proteínas e gorduras?
A Anvisa recomenda que uma pessoa não ingira por dia mais que 1.5 mg/kg de
peso corpóreo.
Ciclamato de sódio
Em 1937, Michael Sveda ainda estudante de graduação na Universidade de
Illinois, Estados Unidos, enquanto fumava um cigarro e manipulava uma droga
antipirética, colocou o cigarro na bancada em seu laboratório e ao trazer o
cigarro de volta à boca, descobriu o sabor doce da substância no cigarro.
Posteriormente, Sveda chamou a sua descoberta acidental de ciclamato de
sódio.
Sveda abandonou a sua busca por um antiperético e ásspi a fazer testes na
nova substância doce encontrada no cigarro. Testes em laboratório mostraram
que aquele produto apresentava um sabor residual como é visto em muitos
adoçantes disponíveis no mercado. Por este motivo é comum a junção de mais
de um adoçantes com o Ciclamato para conseguir mascarar os resultados
indesejáveis desta substância.
No Brasil o ciclamato é vendido na forma sódica e em junção com a sacarina.
Segundo a nutricionista Luciana Harfenist, pessoas com pressão alta ou
insuficiência renal devem fazer um acompanhamento de suas taxas de sódio,
pois o Ciclamato e a Sacarina são ricos em sódio podendo afetar gravemente a
saúde de pessoas com hipertensão ou dificuldades renais.
Embora a taxa de biotransformação do ciclamato dependa da flora intestinal de
pessoa, 63% deste é biotransformado no intestino à ciclohexilamina pela flora
bacteriana presentes no intestino. Testes mostraram que tanto o cliclamato
como a ciclohexilamina não eram muito tóxicas, mas os estudos foram
positivos quanto a atrofia testicular. . Aproximadamente 37% do ciclamato são
absorvidos sem sofrer nenhuma biotransformação hepática por serem
altamente hidrossolúvel. Esta porção intacta do ciclamato é expelida pela
urina.
A Iarc (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) diz que é seguro
ingerir ciclamato de potássio e que este poder não é carcinogênio. Infelizmente
esta visão não é compartilhada por outras organizações.
O Ciclamato até 1969 era autorizado pelo FDA *Food and Drug Administration,
agência sanitária reguladora, com a indicação para diabéticos. O seu consumo
foi proibido outra vez pelo FDA depois da descoberta que o Ciclamato poderia
provocar carcinomas papilares de bexiga em ratos que receberam Ciclamato-
Sacarina e Cicloexilamina.
E o que fez o FDA para socorrer os diabéticos que estavam consumindo este
produto pensando estarem protegendo suas vidas? Não é fácil excluir
completamente o Ciclamato da dieta de uma pessoa. Muitas vezes as pessoas
não sabem que o produto que estão tomando contenha este ou outros
adoçantes.
Em fim, pode-se tomar o ciclamato ou não? Ferraz de Arruda et. AL em 2004
realizou estudos que concluiu que o Ciclamato de sódio pode causar:
• Danos renais (nefrotoxicidade)
• Retardo no desenvolvimento fetal
• Índice de maturação placentária reduzido
• Pode causar câncer no trato urinário em humanos (Andreatta et. AL
2008)
Nestes casos um simples pedido de desculpas basta? E você? Ainda está
consumindo adoçantes artificiais pensando estar consumindo um alimento
confiável? E se você estiver errado? Muitos países baniram o ciclamato de seu
território.
A Anvisa recomenda que a quantidade máxima diária recomendada para o
ciclamato e de 11 mg/kg de peso corpóreo.
Sucralose
A Sucralose foi descoberta em 1976, o indiano Shashikant Phadnis, fazendo
um curso de pós-graduação em química estava pesquisando sobre os
inseticidas, no laboratório da Tate & Lyle Ltd em parceria com a King’s College
London, entendeu a recomendação de seu chefe da forma errada. Ele foi
solicitado testar a fórmula, (test em inglês) e entendeu “taste” que significar
provar.
Shashikant provou sem se preocupar com os perigos que a fórmula poderia
causar. Não era um inseticida? Como ele poderia levar esta substância à
boca?
A Tate & Lyle repassou a fórmula deste adoçante para ser desenvolvida pela
Johson & Johnson. Esta substância não pode ser classificada como nenhuma
outra substância criada pela natureza ou jamais inventada pelo homem. A
Sucralose mantém ainda mais semelhanças com um pesticida do que um
açúcar de fato.
A Sucralose é o produto criado a partir da sacarose, o açúcar de mesa. Ele é
600 vezes mais doce que o açúcar. O que mudou nos dois casos? 3 hidroxilas
(OH) foram substituídas por 3 átomos de cloro. A troca do íon hidroxila (OH)
por um átomo de cloro libera o gás fosfogênio.
O fosfogênio foi muito usado durante as guerras mundiais para sufocar
pessoas e na atualidade é o maior componente usado pela indústria que de
pesticida, herbicidas, inseticidas e plásticos.
O cloro, a mesma substância que é colocada em piscinas, mata as bactérias na
água da piscina, como também morrem as bactérias necessárias no intestino
grosso. Segundo o Dr. Morando Soffritti do Ramazzini Intitute em Bolonha,
Itália, depois de realizar estudos com 843 ratos concluiu que o Sucralose
apresentou indícios que esta substância possa levar a leucemia devido o cloro
que é considerado como carcinogênico. O cloro é usado geralmente como
parte da composição de gases venenosos, desinfetantes, pesticidas e
plásticos.
A Suclarose é uma substância organoclorada. A organoclorida faz parte das
substâncias mais perigosas do mundo. Os alimentos naturais também podem
ter uma certa quantidade de cloro como tem o Sucralose. No entanto na
natureza o cloro faz uma ligação iônica que se dissolve facilmente. No Splenda,
o cloro fica como parte de uma ligação covalente que não é dissolvida por falta
da enzima específica.
O cloro interfere na quantidade de iodo no corpo humano se alojando nos
tecidos da tireoide sendo uma importante causa para o aparecimento de
hipotireoidismo.
O sufixo–ose é para nomear açúcares. Sucralose não é um açúcar. Este nome
ficou parecido com sacarose, que é o nosso açúcar de mesa. A adição do
sufixo “ose” tem que ser entendida como uma tentativa de confundir os seus
consumidores.
Em quantidade, o Sucralose, tão usado em muitos produtos industrializados,
pode ser um risco para diabéticos e pessoas precisando perder peso. Segundo
um estudo da equipe de Yanina Pepino da Washington University, Saint Louis,
Missouri, publicado na revista Diabetes Care, o Sucralose altera os níveis de
insulina em obesos.
Uma dose única de Sucralose somente pode aumentar a concentração de
glicose plasmática em 20% ou 0.6 nanomoles por litro. O aumento na produção
de insulina pode fazer o corpo resistente a este hormônio, podendo a pessoa
desenvolver diabetes tipo 2 e ter um aumento considerável de depósitos de
gorduras corpórea especialmente no abdômen.
A Anvisa recomenda que a ingestão máxima diária de Sucralose não deva
exceder a 5mg/kg por peso corpóreo.
Stevia
Stévia é um adoçante natural extraído da planta perene chamada de Stevia
Rebaudiana encontrada na América do Sul, especialmente no Brasil e no
Paraguai. Conhecida desde o século 16 e cultivada no Japão desde 1970. De
todos os adoçantes neste trabalho, o Stévia é o único que não é fruto de um
engano de laboratório. Ele é 300 vezes mais doce que o açúcar comum e pode
provocar vários efeitos colaterais independentemente da quantidade
consumida.
Quando uma pessoa ingerir um alimento adoçado com Stévia, o doce
detectado na boca sinaliza para o corpo que este está recebendo glicose
naquele instante. Todo o mecanismo de digestão de glicose é acionado,
havendo uma queda dos níveis de glicose na corrente sanguínea como uma
preparação para receber mais glicose como anunciado pelo o que foi detectado
na boca. Portanto, se torna imperativo que se a pessoa insistir em usar este
adoçante tenha que fazê-lo com uma fonte de carboidratos.
Não se concretizando o fornecimento de glicose na dieta, o corpo tenta
restaurar a quantidade de glicose no sangue produzindo os hormônios
adrenalina e cortisol para conseguir açúcar/glicose de outras fontes,
especialmente do fígado e do glicogênio dos músculos, proteínas ou até
mesmo de tecido muscular. Esta operação causa deficiência no sistema
imune, aumenta ocorrências de inflamações, e diminui a ação da tireoide. Uma
das complicações nestes casos é que o corpo pode perder a capacidade de
transformar carboidratos em energia para alimentar o corpo.
Muitos consumidores de Stevia reportam dormência no corpo, problemas
estomacais, náuseas, inchaços, tontura e dores corporais. A tontura pode
implicar na capacidade de andar com desenvoltura e independentemente sem
ajuda de terceiros. Estes sintomas ainda podem vir acompanhados com a falta
de apetite.
Pessoas que estejam em uma terapia utilizando lítio podem ter dificuldades
com o Stevia, pois este adoçante é diurético e pode interferir quando o
organismo estiver pronto para expelir o lítio. Como o Stevia e os
medicamentos para diabéticos podem ser usados para diminuir o açúcar
circulante no sangue. É interessante monitorar estes índices enquanto estiver
usando o Stevia.
Conclusão
Não se culpe por tomar adoçantes. Você não é o único a se aventurar nesta
viagem perigosa. Segundo a nutricionista Bruna Passos, o Brasil é o maior
produtor e exportador de açúcar do mundo e um grande consumidor de
adoçantes dietéticos. Portanto, você apenas está se comportando como um
brasileiro e vítima de campanhas publicitárias fortíssimas. Também, não
adianta pensar que uma única dose de adoçante possa lhe matar logo após o
consumo.
A reação imediata observada na maioria dos consumidores de adoçantes é o
desenvolvimento de uma adição por doces. Uma adição química como
qualquer outra droga. Alguns adoçantes podem ser 200, 600, 7,000 e até
100,000 vezes mais doces que a sacarose. As fábricas já estão fracionando as
fórmulas para diminuir a sua capacidade de adoçar destes produtos.
Ingerindo substâncias tão doces as papilas gustativas vão pedir mais doces
ainda, mais e mais, até que a pessoa desenvolva comportamentos
semelhantes a qualquer outra adição conhecida. Os neurotransmissores
envolvidos nesta adição são os mesmos que são encontrados em uma mente
viciada em cocaína ou outras adições conhecidas como a de cocaína,
maconha, crack, etc.
Muitas publicidades dizem que adoçantes artificiais não engordam.
Infelizmente, isto não é verdade. Segundo o Dr. Mark Hyman, em um trabalho
publicado no Journal of Behavioral Neuroscience, os adoçantes não evitam os
pesos indesejados, mas induzem um conjunto de respostas fisiológicas e
hormonais que realmente fazem com que a pessoa ganhe mais peso.
O aumento de insulina provocado pelos adoçantes faz com que o açúcar no
sangue caia consideravelmente e o ser humano passa a ter compulsão para
comer. Além disto, a insulina sinaliza para o seu corpo estocar mais gorduras
e não usá-las na produção de energia.
Um fator importante no ganho de peso quando se ingeri adoçantes é que a
pessoa confiando estar consumindo um produto “diet” passa a ingerir mais
alimentos.
Os efeitos a longo prazo, de acordo com alguns estudos, podem ser
desastrosos. Todos são acusados de provocarem câncer em animais, alguns
com efeitos mais marcantes e outros com uma ação mais amena. Os
adoçantes foram proibidos e liberados em diversas partes do mundo e da
história desde que foram descobertos.
Hoje, a palavra final está mais do que nunca com o consumidor. Contudo, é
difícil ter uma vida totalmente sem adoçantes artificiais, pois estes são
encontrados em vários produtos industrializados, como em refrigerantes,
sucos, cafés e muitos outros. Vale a pena ler o rótulo e checar o que você
realmente está disposto a ingerir e as quantidades destas substâncias em cada
produto.
Espero ter contribuído com dados que o consumidor possa tomar a sua própria
decisão. Este trabalho não tem interesses comerciais e nem recomenda
qualquer um dos adoçantes descritos no corpo do trabalho. Há muitos outros
adoçantes no mercado, mas esta análise foi feita apenas dos mais comuns.
Não há um adoçante seguro.
A decisão de continuar tomando adoçante e as quantidades dependem
exclusivamente você e do profissional que o acompanha. Siga as orientações
desta pessoa. Não estando satisfeito, procure outro profissional, mas nunca
teme esta decisão sozinho ou motivado pela opinião de amigos leigos.
Bibliografia
ANDERSON, J. et. al - Sugar and Sweetners – Colorado State University – Maio de 2010
ANVISA - - Esclarecimentos sobre o uso do edulcorante ciclamato em alimentos - Informe
Técnico nº. 40, de 2 de junho de 2009 - www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/40_020609.htm
APPLETON, Nancy - What’s In That Little Blue Packet? Sweet Deception ! -
www.nancyappleton.com
CHRISTANTE, Luciana - Os Adoçantes na Balança - Setembro de 2009 -
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000011891.pdf
COLLINGS, Alan J. - Metabolism of Cyclamate and Its Conversion to Cyclohexylamine
Diabetes Care, VOL. 12, NO. 1, SUPPL. 1 de janeiro de 1989
CREDIDIO, Edson - Adoçantes artificiais - www.nutrosoft.com.br/site/artigos/adocante.asp
DRYDEN, Jim - Artificial sweeteners may do more than sweeten: It can affect how the
body reacts to glucose - www.sciencedaily.com/releases/2013/05/130529190728.htm– 29 de
maio de 2013
ELKAIM, Yuri – Artificial Sweetners Are Bad News! By Yuri Elkaim, BPHE, CK, RHN
EVANGELISTA, Arthur M. Aspartame: The History of a Killer – The Whole Story –
www.pense.com/general50/killer.htm.
FOUNDER, Sayer Ji - Splenda (Sucralose) Found To Have Diabetes-Promoting Effects –2/5/2013
GOMES, Maria Rejane - Tudo sobre Adoçantes - Publicado em: 01/03/2000. Última revisão:
12/03/2014 - www.saudenainternet.com.br/portal_saude/tudo-sobre-
adocantes.phpMANALI
HULL, Janet - Acesulfame K And The Trend To Blend - 24 de fevereiro de 2014 -
www.janethull.com/healthynews/blog/2014/02/acesulfame-k-and-the-trend-to-blend/KOVACS
Betty - Artificial Sweeteners - www.medicinet.com/artificial/sweetners/page9.htm
KEVAT, Deepak - Acesulfame Potassium Dangers - http://wiki-fitness.com/acesulfame-potassium-dangers - 22 de março de 2014
LIMA, Danilo Rebouças Fernandes de - Cetose induzida por diabetes – 6 de novembro de 2011 - http://diabetes-biobio94.blogspot.com.br/2011/11/cetose-induzida-por-diabetes.html LYDEN, Elizabeth – Artfificial Sweetners: Why you should completely avoid them to stay healthy – 26 de outubro de 2012 www.policymic.com/articles/16014/artificial-sweeteners-why-you-should-completely-avoid-them-to-stay-healthy
MANN, Emily - 7 Hidden Dangers Of Artificial Sweeteners – 24 de fevereiro de 2014
MARTINI, Betty - The Potential Danger of Sucralose (Splenda)
www.rense.com/general63/SPLENte.htm
McCAMBS, Jay - Artificial Sweetener Myths – 09 de junho de 2006
http://bevtech.com.br/cursos/lights/cic.pdf
MERCOLA, Joseph – Artificial Sweetners – More Dangerous Than You Ever Imagined – 13
de outubro de 2009 - http://articles.mercola.com/sites/archive/2009/10/13/artificial-sweetners-
more-dangerous-than-you-ever-imagined.aspx
MYERS, Wendy - Deadly Artificial Sweetners – 12 de maio de 2013
www.liveto110.com/deadly-artificial-sweeteners/
PASSOS, Bruna Maria Di Chiara Oliveira – A Polêmica dos Adoçantes – 4/5/2012
PEÑA, Carolyn de la - The Story of Artificial Sweeteners from Saccharin to Splenda – 2010
– University of North Carolina Press - http://uncpress.unc.edu/browse/page/694 - Visto em
11/5/2014.
SAHELIAN, Ray - Sweetener artificial and natural, dangers, risks. - Feb 4 2014 - www.raysahelian.com/sweetener.html SAULO, Aurora A. - Sugars and Sweeteners in Foods – Food Safety and Technology (FST) –
Maço de 2005. University of Hawaii at Mãnoa
Sawant - Aspartame: History of the Artificial Sweetener – University of California Berkeley
Scientific Journal, Undergraduation - http://escholarship.org/uc/item/8r30s9hf
SCHARDT, David - Sweet Nothings, not all sweeteners are the Same – Nutrition Action
Healthletter – Maio de 2004
SELIM, Jocylyn - The Chemistry of . . . Artificial Sweeteners – 06 de Agosto de 2005
http://discovermagazine.com/2005/aug/chemistry-of-artificial-sweeteners
STEIN, Anne - Artificial sweeteners. What's the difference? – 11 de maio de 2011 – Special
Tribune Newspaper – Chicago Tribune.
SUDDATH, Claire - Are Artificial Sweeteners Really That Bad for You? – 20 de outubro de 2009
http://content.time.com/time/health/article/0,8599,1931116,00.html
SULLIVAN, Dana - Are Artificial Sweeteners Safe? – 29 de abril de 2014
SWEARENGEN, Ken - The Terrible Truth About Artificial Sweeteners - 11 de dezembro de 2013. www.myhealthwire.com/news/food/651
TABOR, Aaron - The Dark History of Aspartame You Have Never Read -
www.beliefnet.com/columnists/truebeauty/2011/09/the-dark-history-of-aspartame-you-have-
never-read.html#ixzz31JwB7zsd
WHITEHOUSE, Christina - The Potential Toxicity of Artificial Sweeteners – Junho 2008, volume 56, nr 6.
Doce Ilusão
Vilemar Magalhães