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Documentação das Instalações Elétricas

Documentação das Instalações Elétricas - valp.eng.brvalp.eng.br/Valp/2_CURSO_NR10/CURSO NR-10 PARTE 5.pdf · Documentação das Instalações Elétricas Medidas de controle Medidas

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Documentação das Instalações

Elétricas Medidas de controle

Medidas preventivas de controle do risco elétrico e outros riscos

adicionais.

Conjunto de procedimentos;

Documentação das instalações;

Inspeções do SPDA (Sistema de proteção contra descargas atmosféricas);

Especificações de EPC e EPI´s;

Especificação de ferramentas;

Testes de isolação elétrica dos equipamentos;

Descrição dos procedimentos de emergência.

Documentação das Instalações

Elétricas

Unifilar

Documentação das Instalações

Elétricas

Unifilar

Documentação das Instalações Elétricas Procedimentos de trabalho

O que fazer? Como fazer? Por que fazer? Observações

Atividades

preliminares

Elaborar roteiro de manobras de

liberação.

Para liberar de forma segura

os serviços.

Verificar os EPIs e EPCs necessários.

Inspecionar ferramental e instrumental

necessários.

Identificar os procedimentos técnicos

para cada tipo de serviço.

Para garantir a eficiência dos

mesmos.

A supervisão irá definir os

trabalhadores habilitados para

execução da tarefa.

Para que os serviços sejam

executados de forma

padronizada.

Debater com a equipe as

peculiaridades e todos os

aspectos de segurança relativos

ao serviço.

Para manter todos

informados sobre o

serviço.

Analisar a documentação técnica, tais

como: diagramas unifilar e

funcional, interligações, entre

outros.

Para melhor conhecimento

do sistema elétrico.

Realizar uma análise de risco da tarefa,

observando toda documentação

técnica e as particularidades de

cada sistema elétrico.

Para minimizar e manter sob

controle o potencial de

risco do serviço.

Documentação das Instalações Elétricas

Permissão de Trabalho (PT)

O que fazer? Como fazer? Por que fazer? Observações

Obter

permissão de

trabalho (PT)

Analisar em conjunto com o operador os riscos de

serviço; Verificar a análise de risco da tarefa;

Certificar-se da abrangência da PT.

Para eliminar ou minimizar a

possibilidade de acidente

e/ou incidente.

Responsável pela

PT deve ser

autorizado.

Acompanhar ou executar as manobras de

desenergização e liberação dos serviços em

conformidade com o roteiro previamente elaborado.

Para ter conhecimento da

real condição do sistema

elétrico.

Seguir

procedimentos e

observar riscos.

Identificar com o operador os equipamentos e

sistemas a ser trabalhado.

Sinalizar com fita de cor amarela a área onde estão

equipamentos energizados vizinhos à área de

serviço.

Para evitar enganos.

Verificar com detector a tensão a ausência ou não de

potencial nos equipamentos e sistema liberados.

Para garantir a integridade

dos profissionais.

Usar luvas e testar o detector em circuito

sabidamente energizado.

Para evitar manobras

indevidas.

Travar com cadeado os equipamentos de manobras

pertencentes ao sistema em serviço.

Aterrar o sistema / equipamento liberado. Para proteger os

executantes contra

manobras indevidas e/ou

induções.

Atenção para as

alimentações de

retorno.

Documentação das Instalações Elétricas Execução dos Serviços

O que fazer? Como fazer? Por que fazer? Observações

Durante a

execução dos

serviços

Avaliar os riscos e a sinalização. Quando da

execução de testes com potencial elevado,

observar os procedimentos operacionais

para cada teste.

Para evitar descargas

elétricas em outros

executantes.

Usar luvas de

alta tensão e

descarregar os

equipamentos

após os testes.

Verificar as condições de segurança sempre

que se ausentar do local do trabalho e

quando for reiniciar o serviço.

Para garantir sua

própria integridade.

Usar o detector

de tensão.

Executar os serviços observando os

procedimentos técnicos operacionais.

Para garantir qualidade

e padronização.

O serviço somente deve ser iniciado após a

liberação da PT; Usar ferramental adequado,

nunca improvisar; Portar e usar os EPIs

recomendados.

Para se autopreservar.

Manter em local visível e de fácil acesso os

diagramas unifilar e funcional; Alterações na

seqüência ou nas condições de segurança

do serviço devem ser comunicadas ao

supervisor e, se necessário, revisar a PT.

Para não executar

serviços com dúvida.

Conservar a distância de segurança das

partes energizadas.

Para garantir a barreira

isolante do ar.

Documentação das Instalações Elétricas

Conclusão dos Serviços

O que fazer? Como fazer? Por que fazer? Observações

Conclusão dos serviços

Inspecionar os equipamentos e

sistemas observando: condições de

energização; cabos bem conectados;

curtos-circuitos para testes retirados;

sistemas de proteção ativos; caixas de

conexões vedadas; buchas e

isoladores limpos e sem avarias;

sistemas de refrigeração

desobstruídos; ausência de materiais /

ferramentas no interior dos

equipamentos

Para garantir a

condição operacional

dos mesmos.

Retirar todos os aterramentos

provisórios (na seqüência inversa do

aterramento); Retirar sinalização e

fitas de isolamento da área; Retirar

equipamentos e matérias da área.

Para evitar curtos –

circuitos.

Acompanhar ou executar as manobras

de normalização do sistema elétrico,

conforme roteiro previamente

elaborado; Dar baixa na PT.

Para manter a área

limpa e em ordem.

Documentação das Instalações

Elétricas Exemplos:

Instrução Técnica: Planejamento da tarefa – base e no campo;

Aterramento temporário;

Sinalização de canteiro de trabalho;

Laudo técnico – SPDA;

Laudo de CA;

Ficha descritiva de conformidade de equipamentos;

Certificados de conformidade de equipamentos;

Planos de atendimento a situações de emergência (PASE´s);

Quadro de etapas de segurança, “Passo a passo”.

Responsabilidades

CIPA

SESMET

Empresa

Empregados

Responsabilidades

Empresa

Conforme o Art. 157 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

Cabe às empresas:

Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;

Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes;

Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Responsabilidades SESMET

• Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança

e Medicina do Trabalho está regulamentado conforme dispositivo da Lei 6.514/77 – Portaria 3.214/78, especificado na Norma Regulamentadora NR 4.

• A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Responsabilidades

SESMET

• Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança

e Medicina do Trabalho está regulamentado conforme dispositivo da Lei 6.514/77 – Portaria 3.214/78, especificado na Norma Regulamentadora NR 4.

• A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Responsabilidades

PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, que visa identificar, avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, promovendo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Responsabilidades

PCMSO

É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado

anualmente com base em um preciso reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho, em conformidade com os riscos levantados e avaliados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem como em outros documentos de saúde e segurança, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Responsabilidades

CIPA

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A CIPA é composta por representantes do empregador - (designados) e dos empregados (eleitos).

CIPA

Organograma pode ser representado conforme segue:

Presidente (Membro indicado)

Vice - Presidente

(Representante membros

eleitos)

Secretária

Representante

Empregados (Membros

eleitos)

Representante da

Empresa (Membros

indicados)

Acidentes elétricos

Acidente de trabalho Estudo de acidentes e incidentes

600

30

10

1

Não Comunicados

Lesões graves ou fatais

Acidentes não comunicados

Incidentes sem lesões ou

danos visíveis

Acidentes com danos à propriedade

Lesões menores

Acidente de trabalho

Modelo de perdas

Modelo de perdas

Falta de controle

A falta de controle é o princípio da seqüência de

fatores causais que originam um acidente, que

dependendo de sua gravidade, pode gerar

muitas ou poucas perdas.

Um programa inadequado;

Padrões inadequados do programa;

Cumprimento inadequado dos padrões.

Modelo de perdas Causas básicas

As causas básicas são as razões de ocorrerem os atos e condições abaixo do padrão.

Fatores pessoais;

Fatores de trabalho (ambiente de trabalho).

Causas imediatas

As causas imediatas são as circunstâncias que precedem imediatamente o contato e que podem ser vistas ou sentidas.

Atualmente, utiliza-se os termos abaixo dos padrões e condições abaixo dos padrões.

Atos ou práticas abaixo dos padrões;

Condições abaixo do padrão.

Modelo de perdas

Perdas

As perdas são os resultados de um acidente, que geram vários tipos de perdas: às pessoas, à propriedade, aos produtos, ao meio ambiente e aos serviços.

O tipo e o grau dessas perdas dependerá da gravidade de seus efeitos, que podem ser insignificantes ou catastróficos.

Tempo do trabalhador ferido;

Tempo do companheiro de trabalho;

Tempo do supervisor;

Perdas gerais;

Outras perdas.

Custos produzidos pelos acidentes

Custos de lesões e enfermidades

Médicos;

Custos de compensação (custos segurados);

Danos aos imóveis;

Danos aos equipamentos e ferramentas;

Danos ao produto e materiais;

Interrupção e atrasos de produção;

Gastos legais;

Gastos de equipamentos e previsões de emergência;

Custos produzidos pelos acidentes

Custos de lesões e enfermidades

Aluguel de equipamentos de substituição;

Tempo de investigação;

Horas extras;

Tempo extra de supervisão;

Menor produção do trabalhador acidentado após o retorno;

Perda de prestígio e de possibilidades de fazer negócios.

Custos produzidos pelos acidentes CAT

Na ocorrência do acidente de trabalho o trabalhador deve levar o fato ao conhecimento da empresa. Esta por sua vez deve comunicar o fato à Previdência Social através da CAT’s (Comunicação de Acidente do Trabalho).

Relatórios de Acidentes

A empresa deverá elaborar relatório de investigação e análise de acidente, conduzido e assinado pelo SESMT e a CIPA, com todo detalhamento necessário ao perfeito entendimento da ocorrência.

Responsabilidade civil e criminal

nos acidentes de trabalho

“Quem tem o poder, tem o dever correspondente”

“Não sou eu que quero, é a norma que exige”

“Quem cria o perigo, ainda que não tenha culpa, tem o

dever de eliminá-lo”

Criminal - Pessoas Civil - Empresa

Responsabilidade civil e criminal

nos acidentes de trabalho Qualquer pessoa poderá responder criminalmente, quando da

ocorrência de um acidente do trabalho, caso seja comprovada:

Imprudência

É a atuação intempestiva e irrefletida.

Consiste em praticar uma ação sem as necessárias precauções, isto é, agir com precipitação, inconsideração, ou inconstância.

Exemplos

Ultrapassar veículo pelo acostamento;

Não utilizar equipamentos de proteção individual;

Tocar ou aproximar-se em demasia de condutores energizados.

Conceitos

Negligência

É a omissão voluntária de diligência ou cuidado, falta ou

demora no prevenir ou obstar um dano.

Exemplos

Permitir que seus empregados trabalhem sem EPI’S.

Deixar de alertar sobre a situação de risco ou não cobrar cuidados necessários de segurança.

Conceitos

Imperícia

É a falta de especial, habilidade, ou experiência ou de

previsão no exercício de determinada função, profissão, arte ou ofício.

Exemplos

Empregado não treinado ou não preparado para a tarefa que lhe foi desligada.

Empregado que desconhece detalhes técnicos de máquinas ou equipamentos.

Modalidade de culpa

“Culpa in eligendo”

Quando provém da falta de cautela ou providência na escolha do preposto ou pessoa a quem é confiada a execução de um ato, ou serviço.

Caracteriza-se, exemplificativamente, o fato de admitir ou de manter o preponente a seu serviço, empregado não legalmente habilitado ou sem as aptidões requeridas, ou seja, a má escolha do representante ou preposto.

Responsabilidade do Diretor, pelo encarregado de obras que descumpre normas de segurança.

Modalidade de culpa

“Culpa in vigilando”

É a que origina da inexistência de fiscalização por parte do patrão sobre a atividade de seus empregados ou prepostos.

Responsabilidade do encarregado de obras, por acidente causado por seu funcionário, por falta de fiscalização.

“Culpa in omitendo”

É a que tem como fonte de abstenção, a negligência.

Responsabilidade decorrente da não proibição do início da construção de uma valeta, não havendo materiais para escoramento.

Modalidade de culpa

“Culpa in custodiendo”

É a que emana da falta de cautela ou atenção

do agente a respeito de algo que encontra-se

sob a sua responsabilidade e cuidados.

Responsabilidade civil do proprietário de um

veículo que o empresta para um terceiro, que

causa um acidente.

Modalidade de culpa

“Culpa in comitendo”

É a que o sujeito pratica ato positivo (doloso ou culposo), na forma de imprudência.

Excesso de velocidade.

O ato ilícito ou omissão pode ser causado por ação ou omissão.

Se a ação ou omissão for voluntária, intencional, o ato ilícito praticado é DOLOSO.

Se a ação ou omissão for involuntária, mas o dano ocorre, o ato ilícito é CULPOSO.

Jurisprudência dos tribunais

Homicídio e Lesões Culposas:

Erguimento de postes de ferro junto à rede elétrica de alta tensão – Encarregado de serviço, eletricista, que superintende os trabalhos sem solicitar o desligamento da corrente – Eletrocussão de um operário e lesões em outros – Responsabilidade Penal reconhecida.

Perfeitamente previsível a um eletricista habilitado e chefe do serviço de erguimento de postes, a possibilidade de sofrerem os operários efeitos de descarga, pelo contato de uma das hastes com um condutor elétrico. Responde, assim, pelas conseqüências de acidente de tal natureza, quando negligencie pedido de desligamento da força durante os trabalhos (JUTACRIM 56/350).

Perigo para a vida ou a saúde de

outrem Transporte de trabalhadores sentados nas laterais da

carroceria de caminhão, sem as mínimas condições de segurança – Dolo de perigo caracterizado – Condenação mantida – inteligência do art. 132 do Código Penal.

Procede com evidente dolo de perigo, ainda que eventual, o motorista profissional nesse mister, que transporta pessoas sentadas nas laterais da carroceria do caminhão que dirige, sem as mínimas condições de segurança, exteriorizando na sua conduta a aceitação consciente do risco de expor a perigo a vida ou a saúde das pessoas assim perigosamente transportadas (TACrimSP – 695/330).

Responsabilidade penal

Homicídio culposo decorrente de acidente do trabalho – Conduta omissiva do empregador – Falta de fornecimento de equipamentos de proteção individual e fiscalização de seu uso obrigatório – Evento danoso perfeitamente previsível na atividade – Culpa caracterizada – condenação mantida.

Em trabalhos de substituição de postes de cimento de rede elétrica de baixa tensão, havendo risco previsível de que eles possam tocar em fios de alta tensão, é omissão culposa o não se desligar tais fios de alta tensão, que, por isso e com o contato, venham a provocar a morte de um dos operários por eletroplessão.

Responsabilidade penal

Equipamentos de proteção individual. Omissão em seu fornecimento e falta de fiscalização em seu uso obrigatório. Cabem à empresa e, por sua despersonalização, às pessoas físicas que a representem no exercício das relações laborais o fornecimento de EPI’s adequados e próprios e a fiscalização de seu uso obrigatório pelos empregados.

A omissão de qualquer destas obrigações, somada à previsibilidade do evento danoso, configura a culpa e faz com que os agentes respondam pelo resultado, em sua forma culposa (RT 631/344 – 3º Câmara Criminal do Tribunal de Alçada Criminal do Rio Grande do Sul).

“O SÁBIO ANTEVÊ O PERIGO E PROTEGE-SE, MAS OS

IMPRUDENTES PASSAM E SOFREM AS

CONSEQUÊNCIAS”

Provérbios 2,2:3