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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O CONCEITO DE EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA Por: Vitor Medeiros Zervelis Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2014-08-22 · por um lado, mensurar o grau de eficiência dos diversos escalões da ... de uma gestão preparada para atuar em

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O CONCEITO DE EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONTEMPORÂNEA

Por: Vitor Medeiros Zervelis

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O CONCEITO DE EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONTEMPORÂNEA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Pública.

Por: . Vitor Medeiros Zervelis

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha namorada e a

todos os amigos e familiares que

contribuíram e apoiaram na realização

desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico o presente trabalho a todos que

me auxiliaram em minha jornada

acadêmica. Em especial a minha mãe

que nem por um momento deixou de

acreditar na minha capacidade de superar

desafios.

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RESUMO

Este trabalho investiga as mudanças e transformações na esfera pública

que alteraram o estilo de gestão das administrações públicas contemporâneas,

que por sua vez vêm adotando procedimentos e processos corretivos e

afinados às exigências modernas, traduzidos em modelos de reforma do

Estado, os quais trazem em seu bojo processos e métodos de alcance da

eficiência.

A inserção na Constituição Federal do princípio da eficiência no ano de

1998 demarcou o início da otimização do uso dos recursos públicos. Nesse

contexto, a mensuração dos graus de eficiência dos órgãos e instituições

públicas, via acompanhamento e análise dos resultados de seus programas,

projetos e ações ganha centralidade.

O uso de indicadores como meio de medição dos resultados alcançados

na esfera pública tem sido um desafio, dado as peculiaridades e características

da administração pública. Os indicadores escolhidos e apresentados objetivam

por um lado, mensurar o grau de eficiência dos diversos escalões da

administração pública e, por outro, a satisfação do público alvo beneficiário do

serviço público.

Pretende-se com esse trabalho, contribuir para o debate relativo à

melhoria da gestão pública com foco em resultados, onde sua mensuração é

obtida através do monitoramento e avaliação de indicadores selecionados.

Uma vez alcançadas as metas de tais indicadores pode-se aferir que a

administração pública alcançou um estágio mais elevado de eficiência.

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METODOLOGIA

Para a confecção do presente trabalho foram utilizadas pesquisas

bibliográficas. O levantamento de dados foi feito por meio de pesquisas em

livros, mediante consulta a autores de renome nacional e internacional, além

de publicações da própria administração pública, e da Constituição Federal da

República do Brasil.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

1. CAPÍTULO I – Contextualização 11

2. CAPÍTULO II - A Eficiência no Direito Brasileiro 16

2.1 – Direito Administrativo 16 2.2 – O Princípio legal da Eficiência 18 Princípio da Legalidade 19 Princípio da Impessoalidade 19 Princípio da Moralidade 20 Princípio da Publicidade 20 Princípio da Eficiência 21 3. CAPÍTULO III - Eficiência e Administração Pública 24

4. CAPÍTULO IV – Eficiência através de Indicadores 29

5. CONCLUSÃO 36

6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

7. BIBLIOGRAFIA CITADA 39

ÍNDICE 40

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INTRODUÇÃO

Atualmente, eficiência é o princípio que norteia toda a administração

pública seja nas esferas federal, estaduais ou municipais. Genericamente, o

vocabulário está ligado à ideia de ação para produzir resultado de modo rápido

e preciso e, no caso da administração pública, esses resultados estão, em

ultima instância, ligados à satisfação das necessidades da população por meio

da prestação de serviços públicos.

Em suma, o princípio da eficiência tem a finalidade de informar a

administração pública, visando aperfeiçoar os serviços e as atividades

prestadas pelo governo e buscando otimizar os resultados e atender o

interesse público com elevados índices de eficácia e satisfação. Ou seja, a

satisfação da população no que se refere aos serviços públicos diz respeito à

prestação de serviços com eficiência e ainda, compatível com a dignidade

humana, e que satisfaça condições de regularidade, continuidade, segurança,

atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

Os especialistas em reestruturação administrativa vêm adotando, nos

últimos anos, a expressão Reforma Gerencial do Estado como forma de

substituir a burocracia estatal brasileira por um Estado democrático e eficiente,

não mais produtor e sim gerencial.

Um Estado Gerencial, cujo papel vai além da criação das agências

reguladoras, capaz de contribuir para o desenvolvimento e financiamento de

serviços sociais e pesquisas científicas, atuando como capacitador da

competitividade das empresas privadas.

Algumas características principais no modelo de administração pública

gerencial podem ser elencadas, são elas:

1. Qualidade e participação;

2. Competição administrativa no interior do próprio Estado;

3. Descentralização e redução de níveis hierárquicos;

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4. Deslocamento dos procedimentos (meios) para os resultados

(fins);

5. O interesse público passa a focar o atendimento do cidadão e a

avaliação de resultados;

6. Descentralização, incentivo à criatividade e à inovação;

7. Delegação de autoridade e de responsabilidade ao gestor público;

8. Rígido controle sobre o desempenho através de contratos de

gestão.

Os recentes planos estratégicos focados em áreas de resultados,

postos em prática pelo governo federal e pelos governos de algumas unidades

da federação, através de estratégias de priorização, delimitação e constante

aprimoramento vêm perseguindo cenários futuros promissores. Para colocá-los

em prática, parcial ou plenamente, a escolha e o permanente monitoramento e

aprimoramento de indicadores em cada uma das áreas de resultados é de

essencial importância e se torna um poderoso instrumento para o novo modelo

de administração almejado.

Esses planos estratégicos traduzem-se em um esforço das respectivas

administrações públicas na direção do início de um processo contínuo de

gestão estratégica, onde cada área de resultado focada nesse horizonte de

longo prazo se associa a um conjunto de indicadores, acompanhados e

comunicados à sociedade ao longo de toda a gestão. Em outras palavras, todo

esse esforço se traduz na busca da qualidade que é transformada em meta

por meio da perseguição do alcance de níveis cada vez mais elevados de

eficiência da máquina pública na prestação dos serviços à população.

Os cenários supracitados são desenhados em uma margem temporal

de 20 anos, a exemplo do Plano Estratégico do Governo do Rio de Janeiro,

onde se vislumbra um Estado do Rio de Janeiro, em 20271, convergindo para o

melhor dos cenários prospectivos, cujo conteúdo reúne visões de qualidade de

1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Plano Estratégico do Governo do Estado do Rio de Janeiro 2007 – 2010.

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vida da população e prosperidade econômica combinando desenvolvimentos

social, econômico e ambiental sustentáveis.

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CAPÍTULO I

CONTEXTUALIZAÇÃO

As mudanças e transformações do mundo ocorridas nas últimas

décadas, principalmente as de caráter tecnológico, alteraram o estilo de

gestão, não somente das organizações e empresas privadas, como também

da administração pública.

A administração pública vem atravessando revisões profundas em

seus modos de atuação, adotando procedimentos e processos corretivos,

ágeis e afinados às exigências modernas, abandonando em alguns casos, de

maneira gradual e, em outros, de maneira acelerada, a gestão estritamente

burocrática.

Hoje, seja no Brasil ou no resto do mundo, para uma organização se

manter viva é necessário um desenvolvimento constante, um conhecimento

inovador e criativo, implantando-se estratégias flexíveis e adequadas a esse

contexto global extremamente rápido.

Em decorrência disso, o investimento em capital humano ganha

destaque, visto que o conhecimento passa a ter maior participação no valor

agregado das organizações sejam elas privadas ou públicas. O capital

humano, com suas habilidades, talentos, intuições, criatividades, inovações e

capacidade de trabalho coletivo é o principal elemento para o desenvolvimento

de uma gestão preparada para atuar em um ambiente complexo que exige

constante posicionamento crítico e, sempre que necessário, flexibilidade

suficiente para implementar mudanças de curso, objetivo ou metas a tempo e a

contento.

Na era industrial a alocação de recursos era feita de maneira

puramente financeira e física, utilizando-se índices financeiros e de

produtividade para mensurar o desempenho das empresas. Todavia, em um

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ambiente competitivo como o contemporâneo é preciso muito mais do que

isso.

Os indicadores são instrumentos que permitem gerenciar aspectos

relacionados ao ambiente, ao desempenho organizacional e os relativos aos

empregados sob a ótica dos objetivos ou resultados das atividades industriais,

comerciais ou serviços.

Os critérios e os sistemas de avaliação tradicionais, baseados em

performance organizacional/institucional e em resultados financeiros finais

ficaram obsoletos por apresentarem limitações, tais como:

1. São reativos, visto que analisam o passado e não o futuro;

2. Não mostram relação com a estratégia e os resultados da

organização;

3. Produzem informações tardias dificultando dessa forma qualquer

ação corretiva;

4. São orientados para maximização dos resultados, principalmente

de curto prazo.

Por conta dessas deficiências, torna-se necessário a construção de um

sistema de controle que possa dar uma visão de conjunto das diferentes

dimensões do desempenho.

Mais recentemente na esfera pública é possível, através da escolha e

monitoramento de indicadores relevantes e comprovadamente eficientes,

mensurar não somente os objetivos e resultados de ações, programas e

projetos do diversos órgãos da administração direta e indireta, bem como o

desempenho de seu corpo funcional, incluídos servidores, os contratados e os

prestadores de serviços.

Esse fato revolucionou o mundo dos negócios, assim como as

instituições públicas, na medida em que adota a ideia de que tudo é passível

de mensuração. Afirmando de outro modo, o equilíbrio e sobrevivência das

organizações/instituições, sejam públicas ou privadas, passam pela medição

de suas ações não somente na perspectiva financeira, mas também nas

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perspectivas de seus clientes, dos fornecedores, dos processos internos, do

aprendizado e do conhecimento.

No caso específico da área pública, os indicadores podem ser obtidos

sob a ótica da satisfação dos serviços, dos atores envolvidos (parceiros,

patrocinadores, etc.); e dos insumos, processos, produtos e impactos, criando

assim um sistema de gestão abrangente e completo.

Esse novo modelo denominado de gestão que vem sendo adotado

aprofunda e enriquece a ótica tradicional assentada no tripé eficiência –

eficácia – efetividade, uma vez que agrega uma visão macro através da qual

se estabelece e acompanha indicadores de relevante importância à instância

decisória do governo.

O foco de controle no nível hierárquico estratégico, hoje estendido a

área pública, está voltado para informações abrangentes, múltiplos critérios de

avaliação e síntese das áreas funcionais, possuindo basicamente duas

finalidades:

1. Acompanhar e avaliar o desempenho da organização/instituição na

realização de sua missão.

2. Acompanhar os fatores externos que influenciam a

organização/instituição.

O controle estratégico produz as informações da análise interna

(pontos fortes e fracos) e externas (ameaças e oportunidades). A partir dessas

análises são monitorados os fatores que merecem a atenção constante da

administração (os fatores críticos de sucesso), já que afetam os resultados de

curto prazo e a sobrevivência de longo prazo da organização.

Para Maximiano (2000), com base nessas informações a alta

administração pública pode definir a relação desejada com o ambiente, ou o

desempenho desejado dentro de um ambiente definido.

Assim sendo, desde que disponha das informações de controle

mencionadas, a alta administração será capaz de construir um balizador ou um

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parâmetro que será capaz de comparar o seu desempenho com o de outras

administrações públicas.

A visão conjunta dos fatores críticos de sucesso chama-se balanced

scorecard, que, a rigor, focaliza quatro dimensões importantes do desempenho

da organização, cada uma desdobrando-se em medidas específicas, que

podem se dividir em indicadores.

As quatro perspectivas e seus indicadores essenciais são:

1. Perspectiva Financeira: retorno sobre o investimento/valor

econômico agregado, lucratividade, aumento da receita, redução

de custos/aumento da produtividade;

2. Perspectiva dos Clientes: participação no mercado, aquisição de

clientes, lucratividade dos clientes, satisfação dos clientes.

3. Processos Internos: eficiência dos processos operacionais,

desenvolvimento de novos produtos, eficiência dos serviços pós-

venda; e

4. Aprendizado e Crescimento: satisfação dos funcionários, retenção

dos funcionários, lucratividade dos funcionários.

A instância estratégica deve dispor de mecanismos de consolidação

em tempo real e em rede. Ou seja, são criados sistemas de monitoramento de

indicadores que permitam o acesso e, consequente, identificação e

antecipação de solução de possíveis riscos futuros, visões comparativas com

outros entes, análises de desempenho sucintas, avaliação de tendências e

outros fatores de alta relevância à tomada de decisão.

A construção do sistema de indicadores, frequentemente denominado

Painel de Monitoramento de Indicadores, permite correções de rumos, ajustes,

em caso de necessidade, mudanças; visto que induzem ao raciocínio dinâmico

e, à incorporação do aprendizado estratégico, no qual a visão de futuro é

valorizada e estudada por meio da construção de possíveis cenários.2

2 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Plano Estratégico do Governo do Estado do Rio de Janeiro 2007 – 2010.

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Nos próximos itens será avaliada a absorção desses conceitos pelo

direito administrativo brasileiro, abordando os princípios constitucionais que

regem a administração pública no Brasil.

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CAPÍTULO II

A EFICIÊNCIA NO DIREITO BRASILEIRO

2.1 - Direito Administrativo

Segundo Meirelles (2009), o direito administrativo na Europa, como

ramo autônomo, nasceu com o Estado de Direito, no final do século XVIII e

início do XIX, ainda que existissem normas administrativas, já que onde há

Estado, existem órgãos encarregados do exercício de funções administrativas.

Assim sendo, o direito administrativo é um produto da Europa

Continental, uma vez que se apresenta como o direito que o Estado burguês

utiliza para se defender tanto contra a classe derrubada como contra a que,

utilizada como aliada no decurso da revolução, é reprimida depois da tomada

do poder.

O Estado de Direito foi estruturado sobre os princípios da legalidade e

o da separação dos poderes, através do primeiro os governantes se submetem

à lei, em especial a Constituição Federal, já o segundo tem por objetivo

assegurar a proteção dos direitos individuais, não apenas nas relações entre

particulares, como também entre estes e o Estado.

Para Di Pietro (2005), desde então, não somente nos países e

sistemas políticos europeus, se mostra cada vez mais evidente que quanto

menor o desenvolvimento do direito administrativo, maior é a aplicação do

direito privado nas relações jurídicas das quais participa o Estado.

O direito administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o tipo de

Estado adotado. Por exemplo, no chamado Estado de Polícia, que tem por

finalidade apenas assegurar a ordem pública, o objeto do direito administrativo

é bem menos amplo, porque menor é a interferência estatal no domínio da

atividade privada.

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Por outro lado, o Estado do Bem-Estar é um modelo mais atuante, que

não se limita a manter a ordem pública, mas desenvolve inúmeras atividades

na área de saúde, educação, assistência e previdência social, cultura, sempre

com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso específico, o

direito administrativo amplia seu conteúdo porque cresce a maquina estatal e o

campo da incidência da burocracia administrativa.

Do mesmo modo, no caso do Estado empresário, o conteúdo do direito

administrativo fica ampliado, a ponto de existir a discussão sobre um novo

ramo do direito – direito econômico que é baseado em normas, partes públicas

e privadas.

De acordo com Meirelles (2009), no Brasil o direito administrativo

começa a aparecer ainda que de maneira incipiente em 1856 na Faculdade de

Direito de São Paulo com a criação de uma cadeira voltada para o tema.

Todavia é a partir da Constituição de 1934 que o direito administrativo

brasileiro atravessa uma grande evolução, em virtude da própria previsão

constitucional de extensão da atividade do Estado nos âmbitos social e

econômico.

Em consequência disso, há um crescimento da maquina estatal com o

surgimento de novas pessoas jurídicas públicas. Tais como as capacitadas à

execução dos serviços públicos (autarquias), as com capacitação genérica

(territórios); causando um incremento significativo no quantitativo de

funcionários públicos para atender ao novo papel assumido pelo Estado.

Faz-se necessário enfatizar que o direito administrativo rege as

relações jurídicas que nascem da ação da administração, já que é ele quem

fixa suas prerrogativas e obrigações, rege as garantias outorgadas aos

particulares contra o arbítrio. Assim sendo, o direito administrativo engloba

toda a matéria relativa à intervenção administrativa no domínio econômico e

social.

Segundo Pereira (1998), caminham juntos o direito administrativo e a

ciência da administração, pois aquele pode ser definido como o conjunto de

princípios que regem a administração pública, e este abrange em sentido

objetivo:

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1. O fomento ou incentivo a iniciativa privada;

2. A polícia administrativa ou restrições impostas por lei ao exercício

de direitos individuais em benefício do interesse coletivo; e

3. O serviço público que abrange toda a atividade que ela executa,

direta ou indiretamente, para satisfazer à necessidade coletiva sob

regime jurídico predominantemente público.

A administração pública abrange, em sentido subjetivo, as pessoas

jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem as funções administrativas;

e, em sentido objetivo, a atividade administrativa exercida por esses entes.

A administração pública estadual pode ser direta e indireta. A direta se

constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa do governo e das

secretarias de Estado. Já a indireta compreende as seguintes categorias de

entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: autarquias, empresas

públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas.

Neste contexto é pertinente fazer uma exposição sobre os aspectos

legais da eficiência.

2.2 – O Princípio legal da Eficiência

Para Di Pietro (2005), entende-se como princípio uma ordenação

abrangente sobre a qual estão assentadas as regras. Um princípio ou um

conjunto de princípios são proposições básicas, fundamentais, típicas que

condicionam todas as estruturas subsequentes.

A partir da Constituição Federal de 1988, deu-se no Brasil o primeiro

passo para o desencadeamento das ações necessárias ao surgimento de uma

nova Reforma da Administração Pública, visto que esse instrumento jurídico

estabelece em seu artigo de número 37 vários princípios. São eles: da

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legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência, este último

instituído pela Emenda Constitucional n°19, de 04 de junho de 1988.

Uma vez que o interesse público tem supremacia sobre os individuais,

esses princípios norteiam o ordenamento constante do direito público e

estabelecem a racionalidade que deve guiar a administração e os

administradores públicos no cumprimento de suas atividades.

Adiante, apresento um breve resumo de cada um dos princípios

explicitados na Constituição Federal, incluindo o entendimento de autores

sobre o tema.

2.2.1 Princípio da Legalidade

Este é um dos princípios gerais do direito com maior aplicabilidade na

administração pública, visto que estabelece que só se possa fazer o que é

permitido por lei, ao contrário do âmbito das relações particulares (direito

privado), onde o princípio aplicável é o da autonomia da vontade, que permite

o cidadão fazer tudo o que não é proibido por lei.

De tal forma, todos os atos da administração pública dependem de lei,

já que a lei estabelece condições para a prática de tais atos. A Constituição

Federal determina, em seu artigo 5°, que ninguém será obrigado a fazer ou

deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.

O princípio da legalidade constitui uma das principais garantias de

respeito aos direitos individuais. Pois, ao mesmo tempo em que os define,

estabelece também os limites da atuação administrativa.

2.2.2 Princípio da Impessoalidade

A conduta na administração pública deve ser impessoal, seja quanto

ao agente, seja quanto ao destinatário, pois sob qualquer aspecto a finalidade

é sempre o interesse público. Isto significa afirmar que a administração pública

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não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas.

Esse princípio está relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda

a atividade administrativa.

Segundo Mello (2009), os atos administrativos são imputáveis não ao

funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade da administração pública.

O agente apenas manifesta a vontade estatal. Dessa maneira, as realizações

governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade

pública em nome de quem as produzira.

2.2.3 Princípio da Moralidade

O princípio da moralidade exige dos representantes da administração

pública não apenas comportamento lícito, mas também uma conduta

compatível com a moral, os bons costumes, as regras de boa administração,

os princípios de justiça e equidade, e a ideia comum de honestidade.

Conforme Di Pietro (2005), o princípio da moralidade deve ser

cumprido não apenas pelo administrador público, mas também pelo particular

que se relaciona com a administração pública. A imoralidade administrativa

produz efeitos jurídicos que podem resultar na invalidade do ato.

A partir da Constituição de 1988, a moralidade constitui pressuposto de

todo ato da administração pública. É o princípio que norteia os atos do

administrador no desempenho de suas funções internas ou externas, pois cabe

a ele respeitar os princípios éticos de razoabilidade e de justiça.

2.2.4 Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade abrange toda a atuação estatal sob diversos

aspectos. A administração deve dar conhecimento aos administrados sobre

sua gerência e sobre a condução dos negócios públicos.

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Assim sendo, ele exige ampla divulgação dos atos praticados pela

administração pública com o objetivo de assegurar a todos a possibilidade de

fiscalizar sua legalidade. São exceções ao princípio da publicidade as

hipóteses de sigilo previstas em lei como, por exemplo, os casos em que o

sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Para Meirelles (2009), a publicidade abarca não somente o aspecto da

divulgação oficial de seus atos como também a conduta interna de seus

agentes.

2.2.5 Princípio da Eficiência

Segundo da Silva (2009), o princípio da eficiência é um dos princípios

que norteiam a administração na tutela de situações subjetivas de vantagem

ou de vínculo. Ou seja, reconhece por um lado, a pessoas ou entidades a

faculdade de realizar certos interesses por ato próprio ou exigindo a ação ou

abstenção de outrem, e por outro lado, vincula pessoas ou entidades à

obrigação de submeter-se às exigências de realizar uma prestação, ação ou

abstenção em favor de outrem.

A administração pública antes da normatização do conceito de

eficiência tinha como diretriz de sua atuação unicamente o princípio da

legalidade estando, portanto, integralmente vinculada aos mandamentos da lei.

Como consequência a administração pública cumpria o seu papel, nem

sempre obtendo o melhor resultado, visando os fins e deixando os meios em

segundo plano.

Antes do princípio da eficiência se tornar norma constitucional a

necessidade da busca pela eficiência na administração pública já era

reconhecida pela doutrina que afirmava que o administrador deveria voltar-se

para o resultado final do seu ato, norte de todo agente público, sob pena de

responder pelos danos que ocasionar ao erário. No entanto houve a

necessidade de constitucionalizá-lo.

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O princípio expresso da eficiência administrativa somente foi incluído,

ao lado dos outros quatros princípios (legalidade, impessoalidade, moralidade

e publicidade), no caput do artigo 37 da Constituição Federal, pela Emenda

Constitucional n°19 de 1998.

É importante ressaltar que este princípio não possui caráter absoluto e

por isso irradia alguns diferentes conceitos.

O princípio da eficiência tem por objetivo a racionalização da máquina

administrativa e o aperfeiçoamento da prestação do serviço público. Atuar com

eficiência é atuar de modo que se alcance o interesse público da melhor forma

possível. Ou seja, fazer uso de meios eficientes para conseguir obter

resultados eficientes.

Para Meirelles (2009), eficiência é o princípio que impõe a todo agente

público a execução de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento

funcional. Ainda acrescenta que se trata do mais moderno princípio da função

administrativa, exigindo resultados positivos para o serviço público e

satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus

membros.

Trata-se do mais moderno princípio da função administrativa porque a

ele está vinculada a ideia da boa administração enquanto realizadora não

apenas de atos legais, mas também aquela que presta satisfatoriamente

serviços à sociedade.

Todavia, torna-se necessário reassaltar que o princípio da eficiência

não deve se sobrepor a nenhum dos demais princípios constitucionais,

especialmente ao da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica

e ao próprio Estado de direito.

É importante destacar a participação da sociedade no desempenho

eficiente da prestação dos serviços públicos, exigindo entre outros, uma

aplicação mais adequada e transparente dos recursos provenientes do

pagamento de tributos, sem desperdício.

Dando continuidade ao debate sobre o tema da eficiência na

administração pública a seguir será realizado um aprofundamento sobre a

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aplicação da eficiência na esfera pública e alguns resultados alcançados no

Brasil.

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CAPÍTULO III

EFICIÊNCIA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Define-se administração como um processo de tomar decisões e

realizar ações que compreende quatro processos principais interligados:

planejamento, organização, execução e controle. A esses processos principais

somam-se os de coordenação, direção, comunicação e participação.

Administrar, na esfera pública significa manter e gerir os bens públicos,

assim como oferecer, de maneira eficiente, serviços públicos a população.

Num contexto de diversidade de interesses e complexidade de fatores e

variáveis, é função do Estado, através de sua administração pública, criar

mecanismos regulatórios e fiscalizadores capazes de garantir o equilíbrio dos

interesses envolvidos. Manifesta-se dessa maneira a competência da

administração pública na formulação e condução das políticas públicas.

O interesse público é de fundamental importância para uma

convivência harmônica e racional entre os homens e a observância de seus

aspectos éticos e morais são essenciais no desempenho da prestação do

serviço público à sociedade.

De acordo com Pereira (1998), a primeira reforma da administração

pública brasileira ocorreu nos anos 30, denominada reforma burocrática, a qual

representou um grande avanço ao romper com o patrimonialismo e

estabelecer as bases para o surgimento da administração profissional.

A reforma burocrática baseou-se no serviço civil profissional e no

universalismo de procedimentos, expresso em normas rígidas de procedimento

administrativo. Ao mesmo tempo em que acontecia a reforma se acelerava o

desenvolvimento tecnológico e aumentava-se o papel do Estado, tanto no

campo social como no econômico.

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Mais tarde, entre os anos 60 e 70, o Estado adquiriu um papel

claramente desenvolvimentista no campo social e econômico, quando assumiu

um crescente número de serviços de interesse social, tais como: educação,

saúde, cultura, previdência, assistência social; bem como de papeis

econômicos, como: regulador de mercado interno e relações econômicas

internacionais, estabilidade da moeda e do sistema financeiro.

Com o esgotamento do Estado desenvolvimentista causado por

diversas razões, tais como a primeira crise do petróleo, a administração pública

experimentou ações incipientes do que viria a ser chamada, posteriormente, de

reforma gerencial. Diante das restrições econômicas mundiais e as exigências

decorrentes da globalização, o Estado brasileiro abandona sua função de

expandir e alavancar as atividades econômicas.

A instituição estatal racional, representada pela administração pública,

executa o serviço público porque considera indispensável à sociedade a sua

existência e funcionamento, depreendendo-se daí a obrigatoriedade do

desempenho da atividade pública, em que a administração pública se sujeita

ao dever de continuidade da prestação dos serviços públicos.

Ainda que, recentemente, a concentração da obrigatoriedade da

prestação dos serviços públicos esteja voltada, por diversas razões, àqueles

de caráter essencial, ou seja, aqueles diretamente ligados aos direitos sociais

fundamentais do cidadão, estabelecidos na Constituição Federal, como a

educação e a saúde; o princípio da continuidade do serviço público, em

decorrência do qual o serviço público não pode parar, tem aplicação especial

com relação aos contratos administrativos e ao exercício da função pública.

Vale ressaltar que o modelo neoliberal adotado pelos últimos governos,

não somente no Brasil, mas em toda a América Latina, tem colocado em

prática sucessivas ações de transferência à iniciativa privada de serviços antes

executados pelo aparelho estatal.

O extremo do modelo neoliberal é o chamado “Estado Mínimo” no qual

o papel do Estado estaria restrito exclusivamente à proteção contra os inimigos

externos e à manutenção da ordem interna. Complementarmente a esses, o

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modelo neoliberal inclui a produção e a prestação de alguns bens e serviços

de consumo coletivo, como atribuição do Estado.

Todavia, fica cada vez mais claro que a adoção de um modelo cuja

proposta seja a redução do aparelho estatal é não reconhecer, ou passar por

cima das especificidades da administração pública, tentando reduzi-la à

administração de empresas.

Conforme Pereira (1998), a reforma gerencial da administração

pública, iniciada em 1995, está voltada para a afirmação da cidadania no

Brasil, por meio da adoção de formas modernas de gestão do Estado

brasileiro, que possibilitem atender de forma democrática e eficiente as

demandas da sociedade. Como o próprio nome aponta, a reforma foi e,

continua sendo gerencial, porque busca inspiração na administração das

empresas privadas, e porque tem por objetivo dar ao administrador público

condições efetivas de gerenciar com eficiência as agências públicas.

O princípio da eficiência está presente nos objetivos e finalidades dos

programas de reforma do Estado levados a cabo no Brasil a partir dos anos 90,

em particular na reforma gerencial, que teve como documento básico o Plano

Diretor da Reforma do Estado.

Consta no Plano Diretor da Reforma do Estado que reformar o Estado

significa não apenas melhorar a organização e o pessoal do Estado, como

também suas finanças e todo o seu sistema institucional-legal, de forma a

permitir que o mesmo tenha uma relação positiva com a sociedade civil.

Permitindo que o núcleo-estratégico do Estado tome decisões mais efetivas e

que seus serviços operem de maneira eficiente.

Atualmente, ganha destaque em todas as áreas da administração

pública brasileira, o conceito de qualidade na prestação de serviços à

sociedade em contrapartida aos impostos pagos. O modelo de administração

pública almejado tem sido aquele que prima pelo alcance de níveis cada vez

mais elevados de qualidade através da profissionalização, aperfeiçoamento, e

qualificação dos servidores.

O conceito de qualidade, seja na perspectiva pública ou privada,

significa executar, ser ou obter o melhor resultado em alguma atividade. Assim,

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a consciência e a gestão moderna do interesse e patrimônios públicos passam

pela reorganização de estruturas, atividades, processos/procedimentos de

instituições/empresas públicas, com ênfase na eficiência, qualidade e

produtividade dos serviços oferecidos; bem como pela qualificação e melhor

desempenho de seus servidores.

A questão da qualidade é amplamente difundida na esfera privada,

entre os anos 70 e 80, quando grandes empresas montadoras de produtos

finais resolvem instituir programas de qualidade que incorporam o sistema de

inspeção de qualidade e dão origem aos selos e certificados de qualidade.

No Brasil, somente a partir dos anos 90 o conceito de qualidade passa

a ser incorporado à administração pública como meio essencial para o alcance

da modernização da esfera pública.

A reforma de gestão implica em uma mudança cultural, que ainda está

ocorrendo. As ideias expressas no Plano Diretor, desde a sua elaboração, têm

sido compreendidas e adotadas gradativamente pela alta administração

pública federal e, mais recentemente, também pelas estaduais. Prova disso é a

criação, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, da carreira de gestor público

pela lei ordinária 5.355 de 23 de dezembro de 2008.

Modernizar o Estado e tornar sua administração pública mais eficiente

tem sido um desafio aos sucessivos governos e vêm ocorrendo lentamente

pelo fato de representar; por um lado mudanças profundas na cultura,

costumes e modos comportamentais de trabalho dos servidores e funcionários

públicos; e por outro por demandar ações integradas como a criação de

instrumentos de ajuste fiscal e a criação de agências reguladoras.

Algumas dessas mudanças exigiram alterações profundas e, por

conseguinte, mais demoradas em legislações específicas sobre a transferência

de serviços à iniciativa privada, como são os casos de concessões, visto que

exigiram aprovações de novas leis que regulem a matéria.

Outro aspecto que deve ser considerado é a baixa motivação do

quadro de servidores, cujos vencimentos não decorrem de planos de cargos e

salários, e que consequentemente não ascendem profissionalmente. Gerando

desmotivação e perda de eficiência na prestação do serviço público.

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Em suma, para que o serviço público se torne realmente mais eficiente

é necessário mais do que simples iniciativas, são necessárias decisões

políticas de cunho ético e responsabilidade pública, onde se privilegie sempre

o interesse público.

Adiante, será destacada a importância do uso, avaliação e

monitoramento de indicadores para a obtenção de resultados eficientes na

administração pública.

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CAPÍTULO IV

A EFICIÊNCIA ATRAVÉS DE INDICADORES

A Eficiência, a eficácia e a competitividade são critérios básicos de

mensuração e avaliação do desempenho das organizações. A eficiência e a

eficácia são critérios de avaliação também dos administradores.

A avaliação e o desempenho da administração pública são partes

indispensáveis da gestão moderna. Para controlar a prestação dos serviços

públicos vários princípios e regras, relacionados à mensuração da eficiência,

estão sendo aplicados na esfera pública.

O processo de avaliação inclui medir, comparar e corrigir. Para medir é

preciso saber como e o que medir. A comparação determina a diferença entre

o desempenho real e o desejado. Finalmente adotam-se medidas para corrigir

os desvios apontados na etapa anterior.

Jannuzzi (2001) utiliza, a título de exemplo, um modelo de avaliação

para um programa de reurbanização de favelas.

Segue abaixo o exemplo de avaliação convencional dado pelo autor:

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A reforma gerencial do Estado provocou alteração na atuação do

Tribunal de Contas da União, que intensificou a realização de auditorias,

visando contribuir para a melhoria do desempenho de ações, programas e

projetos de governo e, a partir daí, foram introduzidas diversas metas, entre

elas a avaliação da gestão pública.

A Constituição Federal estabelece que a fiscalização contábil,

financeira, orçamentária e patrimonial da União, dos Estados e Municípios

deve ser exercida pelo controle externo, e pelo sistema de controle interno de

todas as entidades da administração direta e indireta. Estabelece também que

tal controle externo deverá ser exercido com o auxílio do Tribunal de Contas. E

esse controle implica na criação de mecanismo para aferição dos princípios

constitucionais.

A administração pública moderna constatou a necessidade de se

adaptar ao novo cenário globalizado, de rápidas mudanças, para atender às

crescentes demandas da sociedade por maior eficiência na aplicação dos

escassos recursos públicos, por melhoria na qualidade dos serviços prestados

à própria sociedade.

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Assim sendo, a análise da gestão pública é feita anualmente pelo

Tribunal de Contas da União, que analisa a legalidade e o mérito do ato

administrativo. Especificamente, a avaliação do mérito abrange o controle da

eficiência, do resultado e da conveniência do ato administrativo.

A definição de gestão está associada à realização de atividades na

busca de um determinado resultado (eficácia), obedecendo a regras que

ordenam os fatores de produção (eficiência), o que torna necessário a

utilização de indicadores para avaliação tanto da eficiência, como da eficácia.

Enquanto a análise do desempenho preocupa-se, com a eficiência, no

que tange à utilização de recursos humanos e financeiros e com a eficácia, no

que diz respeito ao alcance dos objetivos ou resultados pretendidos; os

indicadores de desempenho preocupam-se em corrigir as deficiências

apontadas na avaliação.

Atualmente existem varias metodologias utilizadas para medir o

desempenho, muitas delas bem difundidas no setor privado e que vêm

servindo de referencial para as organizações públicas desenvolverem seus

modelos próprios.

Com o aperfeiçoamento dessas metodologias, torna-se necessário a

ampliação do escopo dos indicadores, que podem ser:

1. Finalísticos, utilizados para medir o desempenho em termos de

eficácia, eficiência e qualidade;

2. De produtividade, que medem os recursos utilizados;

3. De qualidade, relacionados à satisfação do cliente.

No âmbito da União, o Tribunal de Contas da União orienta na

elaboração dos indicadores a serem utilizados. Esses indicadores são

estabelecidos juntamente com o órgão ou entidade, de modo a espelhar o

comportamento da gestão, permitindo aferir a eficiência, eficácia e

economicidade da ação administrativa.

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Nesse processo, um grande desafio é escolher os melhores

indicadores, e por em prática meios de calculá-los e atualizá-los regularmente,

de modo a permitir a verificação do alcance das metas pré-estabelecidas.

Segundo Jannuzzi (2001), as etapas de avaliação podem ser definidas,

através de exemplos, conforme o quadro abaixo:

Estágio de Implantação dos programas

Modelo Processual de Avaliação

Desdobramentos mais abrangentes. Melhoria do nível

nutricional. Melhoria do desempenho

escolar.

Fontes Internas Fontes Externas

Indicador - insumo Recurso:

Quantidade de médicos por mil

habitantes ou gasto monetário per

capita em saúde.

Indicador - processo Uso dos recursos: Consultas ao mês

por criança até 1 ano de idade.

Indicador - produto Resultado efetivo:

Taxa de mortalidade

infantil por causa específica.

Indicador - impacto

De forma a contribuir com o aperfeiçoamento da gestão pública e a

consequente melhora dos serviços públicos prestados, o Tribunal de Contas

da União disponibilizou diversos indicadores, que são adotados por instituições

públicas, para divulgar os já existentes e também exemplificar no caso de

elaboração de novos. A seguir está reproduzida uma tabela com alguns

exemplos fornecidos pelo TCU.

A exceção do último indicador, o quadro a seguir trata de indicadores

de eficiência relacionados ao aspecto orçamentário dos recursos destinados a

gastos e despesas da União.

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Percentual de cobertura do orçamento geral da União.

Mede a eficiência da Secretaria Federal de Controle no que diz respeito à cobertura do Orçamento da União.

Identifica qual a contribuição oferecida pelo controle na melhoria da atuação da unidade auditada. O acréscimo deste índice, num determinado período, revela que a ação do controle contribuiu para que a unidade atingisse um melhor nível da eficiência em seus trabalhos.

Índice de melhorias obtidas.

Indicador Descrição

Eficiência na aplicação de recursos orçamentários.

Relação entre o percentual de cumprimento das metas do plano anual de diretrizes e o percentual de execução dos recursos orçamentários da instituição.

Índice de infomação sobre disponibilidade orçamentária.

Mede eficácia e qualidade na relação entre número de disponibilidade realizada no prazo médio pelo número total de disponibilidade orçamentária.

A produtividade de um sistema é definida como a relação entre os

recursos utilizados e os resultados ou produção obtidos, exemplo: alunos por

professor, pacientes por médico, leitos per capita. A produtividade aumenta à

medida que se aumentam os resultados utilizando-se a mesma quantidade de

recursos; ou quando se diminui a quantidade de recursos para produção dos

mesmos resultados.

Para Maximiano (2000), a qualidade é um conceito com muitos

significados representando a coincidência entre o produto ou serviço e sua

qualidade planejada. Ou seja, quanto maior a ausência de deficiência e

defeitos, melhor sua qualidade e melhor sua eficiência. A qualidade e,

consequentemente, a produtividade, caem conforme diminui a quantidade de

itens aceitos em relação aos itens produzidos.

A qualidade é medida pela relação entre a quantidade de itens ou

serviços que atendem as especificações e a quantidade total de itens ou

serviços produzidos ou oferecidos. A ausência de qualidade significa

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desperdício, ineficiência e o acréscimo de custos da não-qualidade, como os

seguintes:

1. Reclamações e perda de clientes;

2. Projeção da imagem pública comprometedora;

3. Reposições e concertos que devem ser feitos sem custos para o

cliente ou usuário, se o produto estiver no período de garantia e,

em caso de serviço, em tempo hábil;

4. Retrabalho;

5. Perdas de produtos que devem ser descartados porque não

podem ser recuperados, ou de tempo e de recursos materiais, em

caso de serviços.

No caso da esfera pública, e, com vistas à tradução do princípio da

eficiência via construção de indicadores, os tribunais auxiliam, recomendam e

pontuam as respectivas administrações, por meio de auditorias operacionais

nas seguintes modalidades:

Auditoria de desempenho operacional, através da qual se busca

examinar em que medida as organizações governamentais estão operando de

forma econômica, eficiente e eficaz e trata de aspectos relacionados a praticas

antieconômicas e ineficientes, cumprimento de metas previstas, aquisição,

proteção e utilização dos recursos de órgãos e entidades públicas e

cumprimento de dispositivos legais.

Avaliação de programas, através da qual se objetiva avaliar a

efetividade de programas e projetos governamentais, assim como a

economicidade, eficiência, eficácia e equidade de suas implementações.

Para Serra (2008), o objetivo da gestão para resultados no setor

público é gerar capacidade nas suas organizações para que consigam,

mediante a gestão do processo de criação de valor público, os resultados

estipulados nos objetivos do programa do governo. Tal modelo de gestão tem

sido recomendado, inclusive, por organizações de renome internacional como

a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),

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Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), como também

pelos governos francês, canadense e australiano; além dos bancos Mundial e

Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Cabe lembrar que todos os indicadores utilizados devem ser objeto de

levantamento regular e cuja manutenção deve ser efetuada por fonte fidedigna

e oficial de informação.

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CONCLUSÃO

Eficiência significa realizar atividades ou tarefas de maneira certa.

Realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e com o

melhor aproveitamento possível de recursos. Todavia, o alcance da eficiência é

consequência e para ser atingida deve resultar de um conjunto de ações, tais

como: a adoção de planos de cargos e salários dignos para os servidores, a

neutralização de possíveis interferências políticas na esfera da administração

pública, a eliminação do nepotismo, a adoção de critérios técnicos, morais e de

carreira na escolha de pessoas/servidores capacitados para assumir funções

de alta importância na esfera pública. É importante ressaltar que, para assumir

qualquer função pública, mesmo as de nível operacional e técnico, esses

critérios devem nortear sempre a escolha.

A discussão mais recente sobre a reforma do Estado e a adoção de

técnicas eficientes e eficazes de gestão apontam para a incorporação do

controle social dos serviços públicos, bem como a incorporação de práticas de

cooperação, em lugar das ações de competição, tão usuais no mercado, onde

o fator determinante entre as relações é o capital.

Ainda que as mudanças que estejam ocorrendo sejam efetivas e

positivas, a dignificação da função pública ainda carece de realização.

As administrações públicas ainda continuam aplicando grande volume

de recursos em contratos de consultoria de serviços, ao invés de aplicá-los na

capacitação e treinamento maciço dos servidores públicos, com ênfase na

informação e conhecimento.

Essa iniciativa os tornaria efetivamente preparados às novas funções

e, como consequência, teriam motivação e preparo para obterem resultados

eficientes. Assim sendo, gozariam de salários compatíveis ou similares com

aqueles praticados pela esfera privada.

Ao mesmo tempo essa iniciativa permitiria uma grande economia aos

cofres públicos, visto que o que se verifica hoje, em vários governos estaduais

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e também no federal, é uma prática de contratação de grandes consultorias a

custos muito elevados aos cofres públicos.

Na esfera pública, é importante e adequado fazer com que os diversos

setores especializados da administração pública desenvolvam relações

intensas e sistemáticas com instituições universitárias de graduação e pós-

graduação, proporcionando elas mesmas, cursos mais específicos e voltados

às suas próprias demandas.

Somado a essas ações, urge um grande pacto nacional, pelo resgate

do papel da educação como elemento fundamental e principal de uma

sociedade moderna composta de cidadãos, incluindo servidores públicos,

preparados e qualificados em termos técnicos e científicos.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26ª

edição. São Paulo: Atlas, 2013.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos.

1ª edição. São Paulo: Manole, 2012.

Constituição da República Federativa do Brasil. Coleção Saraiva de

Legislação. 49ª edição. São Paulo: Saraiva, 2014.

FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. 9ª edição. São

Paulo: Malheiros, 2008.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24ª edição. São Paulo: Atlas,

2009.

PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. 3ª edição. Rio de

Janeiro: Campus, 2013.

PASCARELLI FILHO, Mario. A Nova Administração Pública:

Profissionalização, Eficiência e Governança. 1ª edição. São Paulo: DVS, 2011.

RONZANI, Dwight Cerqueira. Direito Administrativo Concreto: Teoria, casos e

questões para cursos de direito e preparação de provas e cursos. 1ª edição.

Rio de Janeiro: Impetus, 2000.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 – DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 18ª edição. São

Paulo: Atlas, 2005.

2 – GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Plano Estratégico do

Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2011-2014.

3 - JANNUZZI, Paulo De Martino. Indicadores Sociais no Brasil: Conceitos,

Fontes de dados e Aplicações. 3ª edição. São Paulo: Alínea, 2001.

4 - MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a Administração. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2000.

5 - MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35ª edição. São

Paulo: Malheiros, 2009.

6 - MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª

edição. São Paulo: Malheiros, 2009.

7 - PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Reforma do Estado para a Cidadania: a

reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. 34ª edição. São

Paulo: ENAP, 1998.

8 - SERRA, Alberto. Modelo Aberto de Gestão para Resultados no Setor

Público, tradução de Ernesto Montes. Natal, RN: EARH/RN, 2008.

9 - SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª

edição. São Paulo: Malheiros, 2009.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Contextualização 11

CAPÍTULO II

A Eficiência no Direito Brasileiro 16

2.1 – Direito Administrativo 16

2.2 – O Princípio Legal da Eficiência 18

2.2.1 – Princípio da Legalidade 19

2.2.2 – Princípio da Impessoalidade 19

2.2.3 – Princípio da Moralidade 20

2.2.4 – Princípio da Publicidade 20

2.2.5 – Princípio da Eficiência 21

CAPÍTULO III

Eficiência e Administração Pública 24

CAPÍTULO IV

A Eficiência Através de Indicadores 29

CONCLUSÃO 36

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

BIBLIOGRAFIA CITADA 39

ÍNDICE 40