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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU APERTANDO OS CINTOS: INTERVENÇÃO INTELIGENTE EM MEIO A CRISES Hanrry da Silva Cardoso ORIENTADOR: Prof. Nelson Magalhães Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2016. 4. 10. · universidade candido mendes avm – faculdade integrada pÓs-graduaÇÃo lato sensu apertando os cintos: intervenÇÃo

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

APERTANDO OS CINTOS: INTERVENÇÃO INTELIGENTE EM

MEIO A CRISES

Hanrry da Silva Cardoso

ORIENTADOR:

Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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2

FOLHA DE ROSTO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

2

APERTANDO OS CINTOS: INTERVENÇÃO INTELIGENTE EM

MEIO A CRISES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos. Por: Hanrry da Silva Cardoso

Rio de Janeiro 2016

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3

AGRADECIMENTOS

3

Primeiramente a Deus que permitiu que esta

conquista ocorresse, a minha família pelo

apoio incondicional, meu amigo Natan por

todas as dicas compartilhadas e a meu

orientador pelo empenho dedicado na

elaboração deste trabalho.

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4

DEDICATÓRIA

4

Dedico essa monografia a todos que torceram

e colaboraram de forma direta ou

indiretamente pelo meu sucesso,

especialmente a minha família por estar ao

meu lado em todos os momentos, e a meu pai

que infelizmente partiu deste plano antes de

poder vivenciar esta minha nova conquista

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5

RESUMO

O presente trabalho trata de compreender o significado de uma crise

sistêmica (não necessariamente econômica ou política) e seus efeitos nocivos

para uma organização, dando ênfase ao analisar o cenário e impactos criados

pela crise em uma perspectiva científica. Para a elaboração de uma solução

que contorne a crise, apresenta-se um processo indutivo para determinar quais

meios deverão ser utilizados para elaboração de um plano estratégico

contingencial. O embasamento teórico permite uma análise crítica situacional

para a organização frente as ameaças a qual ela está enfrentando, dando

importância no entendimento do que está acontecendo, da preservação de sua

imagem frente ao mercado, dá-se importância a busca, filtragem de dados e

informações inerentes ao problema gerados pela crise e busca compreender o

quanto é importante conhecer e gerir a estrutura organizacional. Compreendeu-

se que a realização de um estudo sistemático acerca dos fenômenos induz a

organização a esforçar-se como um todo para obter sucesso no processo de

retomada do controle em suas atividades.

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LISTA DE SIGLAS

MGT - Matriz Da Gestão Do Tempo OBZ - Orçamento Base Zero RBS - Risk Breakdown Structure SWOT - Matriz SWOT

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METODOLOGIA

O método da pesquisa cientifica aborda as questões de indução,

dedução, elaboração de hipóteses ou variáveis para explorar e analisar causas,

fenômenos ou cenários, esse processo é utilizado para obter respostas

concisas ao que se observa ou estuda. (Macedo 1994). A pesquisa

monográfica consiste no estudo, análise, observação de um fenômeno ou

cenário especifico, buscando entende-lo e levantando soluções para o

problema de pesquisa (Macedo 1994).

A pesquisa bibliográfica consiste no levantando de teorias, publicações e

documentos, com a finalidade de que o pesquisador tenha contato com o que

já fora pesquisado anteriormente (Pádua 2004). Este tipo de pesquisa visa

realizar uma varredura documental, levantando a bibliografia necessária para

sanar as perguntas inerentes ao problema abordado (Macedo 1994).

A metodologia no presente trabalho adotou a pesquisa qualitativa,

buscando em seu referencial bibliográfico os meios teóricos para analisar o

problema de pesquisa e consequentemente responde-lo.

Para Santos e Candeloro (2006) a análise do método qualitativo

representa a possibilidade de inserir conceitos subjetivos a discursão, não

possuindo a pretensão de levantar variáveis, contudo este método uma visão

sistêmica da questão explorada. A pesquisa qualitativa procura ir além da

análise quantitativa, pois a sua dialética é pressuposta na observação do

âmbito social. A análise qualitativa também se dá pelo fato de abrir o leque de

objetos observados, que consequentemente não suprem os critérios

quantitativos para obtenção de resultados experimentais além de assumir a

premissa de que quantificação de dados é limitada e pode apresentar falhas.

Com relação a coleta de dados, deu-se através dos portais e bibliotecas

online: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Portal Periódicos CAPES,

SIBiUSP (Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo),

Portal EBSCO Publishing Inc., Google Scholar e Google Books.

Para reduzir o universo pesquisado, a ênfase do presente trabalho

abordou o problema de uma crise em pequenas e médias empresas, de forma

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com que as mesmas pudessem elaborar planos estratégicos para conduzir

suas operações em meio ao cenário que estão imersas, para o entendimento

do fenômeno crise adotou-se apenas o conceito de uma desordem ao equilíbrio

natural de um sistema.

Os capítulos dividem-se da forma para com que haja compreensão e

entendimento do fenômeno da crise, seguindo de um pensamento crítico

cientificista para entender os impactos dos fenômenos provendo soluções,

apresentação de ferramentas e métodos para retomar o controle da situação e

por fim entender a importância do aprendizado com as experiências

vivenciadas durante o processo de identificação de uma crise até a obtenção

de uma solução para os problemas da empresa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

CAPÍTULO I - O CENÁRIO DE CRISE E SEUS EFEITOS .................................. 12

CAPÍTULO II - ANALISANDO A CRISE EM UMA PERSPECTIVA CIENTIFICA 15

CAPITULO III - RETOMANDO O CONTROLE .................................................... 27

CAPITULO IV - O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ........................................ 35

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................... 41

ÍNDICE .................................................................................................................. 43

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INTRODUÇÃO

O capitalismo, a sociedade, a economia, a política, as organizações já

atravessaram alguma crise em sua formação histórica. Um evento de grandes

proporções que altere o equilíbrio natural entre os agentes que compõem o

sistema, é de um fenômeno de máxima importância para administração das

organizações. A frágil rede que compõem o capitalismo moderno é facilmente

perturbada por distúrbios muitas vezes nem percebidos, o que no final pode

culminar em uma grave crise sistêmica, expondo as organizações a riscos

potencialmente perigosos para seu modelo de negócio.

O questionamento dos fenômenos que ocorrem na economia, na

sociedade e na política é comum da natureza do homem moderno, alterações

nas políticas tributárias, cambiais, normativas tendem afetar diretamente a

gestão empresarial.

O impacto de uma crise pode ser percebido em organizações de

diferentes portes, desde micro e pequenas empresas a grandes multinacionais

com décadas de know-how e pioneirismo. Uma questão importante a ser

respondia é, qual a importância da análise de uma crise sistêmica no modelo

de negócio praticado pela organização e quais medidas devem ser tomadas

quando uma crise se instala e a ameaça a organização?

Portanto, o presente trabalho pretende responder tais questionamentos,

apresentando uma perspectiva cientifica combinando-a com as ferramentas

mais atuais da administração sob uma ótica racional para diminuir os danos

causados por perturbações nos ambientes externos e internos inerentes as

organizações provenientes de uma crise. Em termos corporativos a palavra

custo tem um esplêndido significado, todavia não pode ser considerado como a

única alternativa para soluções de grandes problemas.

A necessidade de demonstrar o quanto é importante o processo de

aprendizagem com tais acontecimentos, e quais lições deverão ser carregas

para o futuro da organização.

Em suma é importante ressaltar que o estudo e desenvolvimento de

soluções para crises é algo primordial para a continuidade da organização no

mercado, o intuito é demonstrar o quando de valor pode ser gerado ao

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administrar uma crise. Na Era da Informação, não baste apenas possuir as

ferramentas de consulta a informações, é necessário filtrar as informações para

gerar conhecimento e valor agregado.

Quando mais globalizado é o nicho de mercado explorado, em vias de

regras gerais é imprescindível obter o menor tempo resposta frente as

adversidades mercadológicas, se uma organização opta pela inércia

certamente será ultrapassada por seus concorrentes, tonar-se-á obsoleta ou

simplesmente colapsará sobre seu próprio peso.

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CAPÍTULO I O CENÁRIO DE CRISE E SEUS EFEITOS

Para qualquer empresa, haverá momentos que seu modelo de negócio

será submerso em alguma crise, seja ela no ambiente interno ou externo. É

necessário entender que não existe modelo de negócios a prova de falha e

principalmente, compreender que o mercado faz parte de um sistema complexo

compondo inúmeras variáveis tornando impossível a previsibilidade de

determinados eventos.

As dimensões de uma crise sistêmica podem determinar o nível da

ameaça que uma organização está exposta. Em 2008, a crise dos suprimes

nos Estados Unidos demonstrou a fragilidade do sistema econômico

americano, dezenas de grandes organizações foram afetadas, o case mais

famoso fora o pedido de concordata do banco de investimento Lehman

Brothers, um respeitado agente financeiro com mais de 150 anos de

pioneirismo no mercado. (Tostes 2007) informa que cada vez mais é

necessário tomar conhecimento da exposição a riscos em que as empresas

estão imersas. É importante para qualquer organização desenvolver planos de

contingência mesmo em tempos de calmaria.

Basicamente, um cenário de crise apresenta dois tipos de risco, (Ross

et al. 2015) os define da seguinte maneira;

• Risco sistemático; o risco não diversificável, afetando toda a carteira de

ativos.

• Risco não-sistemático; o qual pode ser reduzido por diversificação no

portfólio de investimento.

As premissas apresentadas por (Ross et al. 2015) contemplam a visão

do investidor racional que almeja obter lucro diminuindo sua exposição aos

riscos. Essa visão pode ser sintetizada para organizações que pretendem estar

aptas para enfrentar eventos futuros que possam prejudicar seu

funcionamento. Ainda segundo (Ross et al. 2015) o risco sistemático é

composto pelos agentes macroeconômicos em forma de políticas fiscais,

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aduaneiras, intervenção ou regulamentação no setor econômico, câmbio, juros,

inflação e todo tipo de mudança que afete uma grande área da economia.

No entanto é preciso ressaltar a definição de crise e como os

indivíduos se utilizam dela.

Para Bauman e Bordoni definem a palavra crise da seguinte forma;

Crise. Da palavra grega Krisis, “juízo”, “resultado de um juízo”,

“ponto crítico”, “seleção”, “decisão” (segundo Tucídides), nas

também “contenda” ou “disputa” (segundo Platão), um padrão,

do qual derivam critério, “base para julgar”, mas também

“habilidade de “discernir”, e crítico, “próprio para julgar”,

“crucial”, “decisivo”, bem como pertinente à arte de julgar.

(Bauman e Bordoni 2016, p. 9)

A verdade se dá ao notar que a palavra crise perdeu seu sentido, e

hoje é adotada como uma forma de transferir a responsabilidade de algum

evento para algo abstrato. Assim é a afirmação de Bauman e Bordoni;

Qualquer acontecimento adverso em especial os concernentes

ao setor econômico, é culpa da crise, trata-se de uma

atribuição de responsabilidade absolutamente

despersonalizada, a qual liberta indivíduos de tudo e qualquer

envolvimento e faz alusão a uma entidade abstrata. (Bauman

e Bordoni 2016, p. 9)

De certa forma, uma organização não pode transferir a

responsabilidade para outras entidades. Uma vez que ela imerge em uma crise

não há outro meio se não planejar sua recuperação. É necessário a

racionalização do momento, muitas vezes se faz eminente sair das abordagens

conservadoras e idealizar novos meios para alcançar resultados favoráveis,

procurando estabelecer principalmente os prazos para cada marco do projeto.

Negar um cenário de crise pode resultar em catástrofe para a

organização, eventualmente algumas organizações só admitem estar imersas

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em crises quando as dimensões e os danos sofridos são significativos.

Drucker, (2002 p. 114) “o erro mais comum é tratar uma citação genérica como

se fosse constituída por uma série de acontecimentos isolados” A gestão

inteligente deve por obrigação reconhecer os indícios de uma crise e trabalhar

para informar os níveis estratégicos da organização para que se sensibilizem e

comecem o preparo para estratégias de contingencia.

Segundo a abordagem de Cardia (2015) devemos ter profissionalismo

na administração de uma crise, dando a importância a coleta de dados,

minimizar o sofrimento e o impacto negativo o qual a organização está imersa,

atenuar-se as consequências das decisões e gerir a imagem externa da

empresa, impedindo o máximo possível que ela seja de alguma forma

prejudicada.

Evidentemente, após a afirmação de Cardia, é possível enxergar que

para a começar a administração da crise é preciso se utilizar do método

cientifico básico para estudar o caso. Elaborar as hipóteses, desenvolver

teorias que possam comprovar tais hipóteses e posteriormente a prática dos

resultados obtidos. Assim como abordado pelo filósofo Karl Popper, a

prudência no estudo na abordagem da problematização de algo é responsável

pelos bons resultados finais. O ato de reconhecer o cenário caótico, determinar

suas origens, identificar seus efeitos não é garantia para a obtenção de uma

solução que contornará os resultados negativos.

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CAPÍTULO II ANALISANDO A CRISE EM UMA PERSPECTIVA

CIENTIFICA

Quando há uma crise real, não é de admirar que apareçam inúmeros

indivíduos que apresentam as mais variadas soluções para os mais variados

problemas. Análises amadoras e imprecisas são confundidas e muitas vezes

mescladas aquelas que possam agregar valor na preparação de uma solução.

Diante de tanta imprecisão de informações a organização precisa aplicar filtros

inteligentes para coletar as informações de real valor. O método cientifico,

consistindo basicamente do ceticismo e movido pela dúvida deve ser usado

como um eficiente filtro para que o administrador da crise elabore suas

hipóteses.

O filosofo cientista Karl Raimund Popper, possui enorme influência no

meio científico por ter desenvolvido trabalhos que evidenciam a importância do

método científico.

A epistemologia ou lógica da pesquisa cientifica deve ser

identificada como a teoria do método cientifico. [...] na medida

em que se projeta para além da análise puramente lógica das

relações entre enunciados científicos, [...] a decisões acerca da

maneira de manipular enunciados científicos” (Popper 2004,

p.51)

Deve-se entende que para Popper, enunciado significa a informatividade

de algo. A metodologia cientifica proposta por Popper consiste na eliminação

de hipóteses que não podem ser provadas, esta premissa reduz

consideravelmente o tempo resposta da observação de um experimento. Ainda

que uma teoria não possa ser verificada, esta pode ser corroborada.

O entendimento da questão acerca da elaboração de uma solução a

partir da utilização do método cientifico é conveniente em tempos de crise, visto

que o timming para uma resposta positiva é demasiadamente curto.

Desta forma V. R. Vargas (2005) complementa acrescentando “nas

situações de crise, seja ágil. Informe a posição atual, ainda que não seja a

definitiva. [...] A falta de informação é fonte para boatos, criando instabilidade”

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(p.9). Ou seja, é necessária harmonia entre agilidade, responsividade em

relação a coleta de repasse de informações.

2.1 ENTENDENDO, ELABORANDO E ESTRUTURANDO

O PROBLEMA

Assim como é abordado no gerenciamento de projetos, um problema

precisa ser estruturado de maneira organizada e coesa. Vargas e Nir (2014)

abordam uma metodologia consistente de 7 etapas até a observação de

resultados. É importante ressaltar o aspecto da palavra “resultados” como um

aspecto nulo a positivo ou negativo. Obter um resultado é concretização pós

implantação de uma medida. Abordando as técnicas de Vargas e Nir (2014), o

segredo está na formação da equipe e na sua capacidade de identificar o

problema. As sete etapas apresentam-se da seguinte maneira;

1. O primeiro passo consiste em reconhecer e identificar o problema.

Utiliza-se a abordagem científica abordada por Popper.

2. A definição do problema. Nas próprias palavras de Vargas e Nir;

Situar como, quando e onde membros ficaram cientes do

problema; explorar diferentes maneiras de visualizar o

problema “central”; questionar quaisquer premissas feitas sobre

o problema para garantir que a equipe veja a “real” questão a

ser resolvida. (Vargas e Nir 2014, p. 21)

3. Coleta de informações de maneira organizada e precisas.

Recomenda-se apenas coletar apenas as informações relevantes ao

caso. Vargas e Nir (2014), simplificam esse processo fazendo a

seguinte pergunta “Por que equipes precisam executar essa etapa?”

(p. 21), com a seguinte resposta “para verificar se o problema foi

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definido corretamente na etapa 2 e para desenvolver soluções

alternativas para o problema” (p. 21).

4. Desenvolver soluções alternativas, os autores advertem o perigo da

facilidade da aceitação logo na primeira solução, é necessário

proceder na elaboração de uma segunda ou terceira solução.

Drucker (2002) complementa referindo-se ao custo de uma decisão

“atingir qualquer dos objetivos implica altos riscos. Exige esforços, e

isso significa custo” (p. 223). Portanto como é lembrado por Popper a

prudência vem em primeiro lugar.

5. Selecionar a melhor alternativa. Após a apresentação de todas as

soluções, escolhe-se aquela em que melhor se adequa a realidade

da organização, ponderando-se a racionalidade e fatores humanos.

Andrade e Amboni (2010) Alerta sobre o fato “a tomada de decisão é

um processo técnico e político de escolhas de alternativas para

solucionar problemas, para alavancar oportunidades ou para tirar

proveito da crise” (p. 201). Nesse aspecto, é importante para equipe

reforçar que tipo de decisão tomará considerando o cenário em que

se estuda, Andrade e Amboni 2010) acrescentam que existem dois

tipos de decisões, as programas e as não programadas, em suas

definições caracterizam as programadas como aquelas que possuem

rotina, são repetitivas, em geral aquelas podem ser praticamente

automáticas, em relação a um acontecimento, em exemplo pode-se

tomar as premissas; se o evento X ocorre, a decisão é a opção A, no

enteando se o evento X ocorre juntamente com Y, a decisão B é a

melhor escolha. Para as decisões não programas, os autores as

consideram que o decisor deve realizar um julgamento, este deve

depender de alguma forma, de experiência, insight, intuição e

criatividade. Entretanto não há nenhum impedimento em combinar os

dois tipos de tomada de decisão, uma vez que não existe uma regra

formal para tomada de decisões.

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6. Implementar a melhor alternativa. (Vargas e Nir 2014) em suas

palavras “uma vez que a alternativa foi escolhida, a equipe precisa

implementar sua decisão. Isso requer planejamento eficaz e

capacidade de comunicar a decisão a todas as partes interessadas”

(p 22).

7. Avaliação do resultado. Os autores nesse aspecto reforçam a

fiscalização na execução dos planos de ação. Ressalta-se que nesse

aspecto é indispensável a execução da ferramenta PDCA visto que

todos os aspectos apresentados são processos.

Conforme demonstrado, a solução para uma crise é como um todo um

processo que envolve interdependência em diferentes métodos, a premissa

inicial partiu da estrutura elaborada por Vargas e Nir, combinando a

observações de outros autores como Durker, Popper, Andrade e Amboni. É

propicio ao desenvolvimento da solução diversas consultas a ferramentas e

competências profissionais especificas para que a equipe engajada na missão

possa ter êxito. Trabalhar determinados cenários hipotéticos requer uma

combinação das competências generalistas e especialistas de cada profissional

envolvido no processo.

2.2 OS BENEFÍCIOS DO FEEDFORWARD

Toda experiência adquirida deve ser armazenada. É inegável a

importância do feedback na operação de qualquer tarefa nas organizações, os

feedbacks são responsáveis por definir a qualidade de algo, basicamente

funciona como uma retroalimentação para o emissor. Jones e George, (2012)

sobre feedback:

A última etapa no processo decisório é a aprendizagem obtida

com o feedback. Os administradores eficazes sempre realizam

uma análise retrospectiva para ver o que podem aprender com

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o sucesso ou insucessos anteriores. [...] é preciso estabelecer

um procedimento formal com o qual se pode aprender a partir

dos resultados de decisões anteriores. (Jones e George, 2012,

p. 156)

Atualmente o feedback tornou-se um axioma no que compete a

qualquer processo, do mais simples ao mais complexo. Todavia o feedback

nem sempre responde todas as questões, portanto de acordo com (Seborg, et

al. 2010, 273)

Para situações as quais o feedback não se faz unanimemente

satisfatório, melhorias significantes podem ser obtidas usando-

se feedforward, porem o feedforward requisita a inserção ou

mensuração das perturbações antecipadamente. (Seborg, et al.

2010, p. 273)

O feedforward pode ser explicado da seguinte maneira por Jones e

George (2008) “antecipar problemas antes de eles surgirem, de modo que não

ocorram mais tarde, durante o processo de conversão” (p. 379).

O feedforward utiliza a sistemática da pré-alimentação de dados.

Seborg, et al. (2010) acrescenta a discursão “o conceito básico do feedfoward

é mensurar as variáveis que prejudiquem o processo e corrigi-las antes de

acontecerem” (p. 274). Em síntese a técnica do feedforward é intrinsicamente

ligada a ciência da engenharia e computação, como observado trata-se de uma

previsão de acontecimentos mediante a inserção de determinadas variáveis,

um importante adendo é ter a ciência de que é necessário obter dados

confiáveis, o utilizador deve dar ênfase na qualidade dos dados e não

meramente na quantidade. No entendimento de Liptak (2006)

O conceito do feedforward é extremamente poderoso, porem

infelizmente é extremamente difícil sua implantação em

sistemas de controle. Em muitos casos as variáveis que

prejudicam um processo são difíceis de serem mensuradas. [...]

A limitação do feedforward se dá na incapacidade da perfeita

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modelagem de processos ou mensurar corretamente os dados

a serem utilizados. (Liptak 2006, p. 110)

Portanto é um dever, ou praticamente uma lei que a coleta e inserção

dos dados sejam da melhor qualidade possível, caso contrário todo o processo

pode se autodestruir. Prejudicando todos os setores os quais necessitariam do

resultado do processo.

O feedforward apresenta um benefício as organizações que queiram

manter um equilíbrio durante uma crise no ambiente externo, a técnica traz

consigo a importante premissa de antecipar determinados eventos, mediante a

inserção de variáveis em seu modelo de configuração. Combinando os

conceitos do feedback e feedforward a organização imersa em um cenário de

crise possui maiores chances de reduzir os dados e possivelmente lucrar com

a crise. Ainda que no Brasil sistema de simulação de cenários sejam apenas

um recurso adquirido com grandes organizações, o processo feedforward ainda

pode ser aplicado, desde que o utilizador conheça seus princípios e consiga

adequar as configurações para executar o processo com garantias de sucesso.

O aspecto de ter a possibilidade de antecipar acontecimentos, é

claramente um agente agregador de valor para a organização, reduz

drasticamente o risco do negócio e possibilita criar um clima organizacional

mais satisfatório. Preserva a imagem da empresa perante o mercado,

transforma-se em um ponto forte no ambiente interno e permite a identificação

de oportunidades no ambiente externo.

Em plena Era da Informação, a combinação de feedback e feedforward

não podem ser ignoradas, nem em tempos de calmaria, tão pouco em tempos

de crise. O fator decisivo para o sucesso da organização se dá na sua

capacidade de tempo resposta a problemas.

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2.3 O PRINCÍPIO DA NAVALHA DE OCKHAM COMO

FERRAMENTA PARA FILTRO DE INFORMAÇÕES

A Informação é essencial para tomada de decisão, combinada com

outras ferramentas a informação torna-se essencial para uma tomada de

decisão. Selecionar o tipo de informação correta para o fim correto hoje é um

desafio, embora a Era da Informação facilite consideravelmente o acesso a

todo o tipo de informações e dados, existe uma enorme poluição nos meios de

busca de informações. Produzir ou resgatar informação de alguma pesquisa

nem sempre é sinônimo de sucesso. O pesquisador eventualmente se esbarra

com os desafios de conseguir obter alguma informação sobre sua pesquisa, ou

por pesquisar um tema novo, o qual há pouca disponibilidade de informações

sobre ele, ou por ser um tema saturado onde existe muito conteúdo bom

todavia encoberto por camadas poluídas com desinformações,

sensacionalismo, pseudociências entre outros desagregadores de valores, há

também os casos onde a temática é complexa e requer que o pesquisador

resgate primeiro outros conhecimentos específicos para entender sobre seu

tema central.

O tempo talvez seja uma das variáveis mais importantes na atualidade,

consequentemente é uma variável que não pode ser modificada ou reinserida.

Uma vez que o tempo passa, nada o fará retornar ao ponto anterior a que o

investigador queira. Em momentos de crise como já abordado o timming pode

ser decisivo, logo não deve ser encarado como mera meta fútil no processo de

solução.

Guilherme de Ockham foi um filosofo inglês e monge franciscano que

viveu no século XII foi o criador do conceito da Navalha de Ockham, todavia o

nome atual só foi concedido em meados do século IXX, algo revolucionário

para sua época Guilherme de Ockham empregava seu conceito na teologia,

atualmente pode ser usado como um poderoso filtro para explicações acerca

de temáticas complexas e peculiares. É preciso compreender que a Navalha de

Ockham não é um argumento e sim uma premissa para criar argumentos.

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(Bruce e Barbone 2013, 79) explica detalhadamente o princípio na Navalha de

Ockham;

É tipicamente expressada como “entidades não são

multiplicadas sem necessidade”. Às vezes, é entendida da

seguinte maneira: quando há escolha entre duas teorias, deve-

se escolher a que emprega menos entidades (ou menos tipos

diferentes de entidades).

Compreende-se no entendimento das entidades como possíveis

explicações para algo, em forma de hipóteses, teorias ou leis no processo de

pesquisa cientifica. O conceito da Navalha de Ockham é livre para utilização de

qualquer pesquisador em busca da verificação de um argumento válido. Nas

organizações esse conceito ajuda gestores a minimizarem seus erros, apesar

de ser raro sua nomenclatura no universo corporativo, muitos tomadores de

decisão experientes se utilizam do conceito sem mesmo saberem que estão

usando-o.

Ryan (2007) modestamente diz, tem termos mais modernos o conceito

pode ser empregado para minimizar a quantidade de explicações para um

determinado objetivo. Fenômenos econômicos por exemplo podem possuir

diversas causas, o intuído da Navalha é reduzir o número de explicações para

o mínimo possível e assim obter-se as explicações mais assertivas.

O emprego da Navalha de Ockham é exemplificado por (Bruce e

Barbone 2013, 80) da seguinte maneira: considerando as seguintes premissas

P1 e P2.

P1. Duas teorias, descartando teorias rivais, temos T1 e T2 explicam

igualmente os fatos constados. Considerando que T1 necessita de mais

requisitos para seu sucesso do que T2.

P2. A Navalha de Ockham: se duas teorias (T1 e T2) explicam

igualmente bem os fatos explicitados melhor do que qualquer outra

teoria rival, devemos acreditar (ou dar maior importância) que se utiliza

de menos requisitos para explicação.

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Conclusão: Deve-se utilizar T2 e não a T1 (modus pones, P1, P2)

Empregar essa lógica na escolha de soluções tem o poder de reduzi o

tempo resposta da organização frente sua necessidade. Não necessariamente

precisa-se utilizar teorias, o emprego do conceito da Navalha é livre, podendo

ser usado para filtrar informações, quando há uma dualidade em que há mais

de um tipo informação para explicação de algo.

Contudo é indispensável não aderir ao binarismo, limitar-se a apenas

duas respostas para algo pode levar a uma decisão falseável acarretando

prejuízos ou a não efetividade na solução do problema.

Drucker (2002 p. 114) argumenta “quando maior a concisão e a clareza

com que forem estabelecidas as condições-limites, maior a probabilidade de

que a decisão será eficaz e levará o comprimento dos objetivos”. Na

Universidade de Stanford foram realizadas pesquisas sobre decisões tomadas

indevidamente, muitas vezes por excesso de confiança, nesta pesquisa é

sugerido para os gerentes que ao analisar criticamente uma decisão a chance

de se cometer um erro é menor.

Eles deveriam admitir a si mesmos quando erram e realmente

aprender com seus erros (em vez de considera-los como

acidentes ou como situações fora de controle. Além disso os

gerentes deveriam suspeitar da concordância de opinião

excessiva na direção. (Jones, et al., 2012 p. 229)

Não se deve complicar aquilo que é simples, obter respostas simples é

minimizar custo e tempo para organização, em tempos de crise, quanto menor

o custo e menor o tempo mais benefício a organização encontra em sua rotina.

2.4 PRESERVANDO A IMAGEM DA ORGANIZAÇÃO

Toda organização deve estar preparada para a comunicação, deve-se

ter agilidade para responder quaisquer questionamentos do mercado, mídia ou

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partes interessadas. Em tempos passados organizações podiam contar com o

tempo extra para lidar com quaisquer questões, no século XXI o tempo é seu

inimigo. Com uma mídia dinâmica e buscadores online cada vez mais

poderosos ocultar algum evento é difícil. Para qualquer organização

independente de seu porte é embaraçoso apresentar incapacidade de lidar

com adversidades.

A imagem pode ser moldada, porem incontrolável pela

organização, pois depende de diversos fatores externos como

a mídia, as normativas do governo, dinâmica de mercado entre

outras variáveis externas que por sua vez influenciam a visão

sobre a organização. (Barnett, Jermier & Lafferty, 2006, p.34)

(Barnett, Jermier e Lafferty 2006)

Quando o banco de investimentos Lehman Brothers entrou em processo

de concordata, o mundo inteiro fora noticiado sobre o evento. O evento tornou-

se manchetes em vários veículos de comunicação traduzindo em diversas

línguas. A imagem do Lehman Brothers foi esfacelada em questão de horas,

todo o know-how obtido em décadas de pioneirismo não valiam absolutamente

um centavo.

Em 2001 tem-se o caso da companhia de energia Eron, uma

organização que já foi líder e referência na distribuição de energia elétrica e

gás natural, chegando a empregar 21 mil colaboradores. A Eron transformou-

se em pó quando o escândalo chegou os veículos de mídia, onde a Eron era

acusada de fraudas relatórios contábeis, quando oficialmente nos Estados

Unidos a Securities and Exchange Commision obrigou a Eron a realizar novos

relatórios contábeis, demonstrando a fraude nos faturamentos. Não só a

empresa entrou em colapso, mas o sistema financeiro americano por completo

fora descredibilizado, a crise gerada pela Eron espalhou-se pela mídia

alertando o mundo de possíveis fragilidades no sistema financeiro dos Estados

Unidos. Nota-se que no início do século XXI os conceitos de redes sociais

eram bastante iniciais e não tinha a força que possuem nos dias atuais.

Inúmeros jornais ainda não apostavam em suas versões digitais, a mídia

televisiva ainda era extremamente forte, contudo o escândalo da Eron

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conseguiu atravessar as fronteiras americanas. Nos tempos atuais, apenas um

pequeno deslize é suficiente para desencadear boatos, manchetes,

reportagens e opiniões sobre a imagem de uma organização.

O caso mais recente a ser abordado é o da empresa OGX no Brasil.

Eike Batista que uma vez chegou a lista dos dez homens mais ricos do mundo,

teve algumas de suas empresas escandalizadas no mercado por uma crise de

falsas promessas. Uma vez que que OGX demonstrou em seus relatórios que

alguns campos de extração de petróleo que antes era apontado como

promissores e mais tarde noticiados como inviáveis comercialmente o grupo

EBX entrou em colapso. A imagem manchada da OGX se espalhou para as

demais companhias do grupo, o que se tornou uma grande bola de nove

afetando todas as outras parceiras de negócio. Segundo os dados das

cotações dos ativos na BMF&Bovespa, as ações OGXP3 em janeiro de 2012

estavam em ascensão, em fevereiro atingiram a casa dos R$ 18,00, em julho

do mesmo ano as ações já valiam por volta dos R$ 5,50. Por volta de 2013, no

mesmo período de julho as ações já estavam sendo cotadas a centavos. A

crise que implodiu na OGX assim como a Eron reduziu a imagem da

organização a cacos sem valor.

Abordando a temática da comunicação nas empresas (Nascimento

2007, 70) argumenta “Há necessidade de se pensar a comunicação de forma

proativa, alinhada ao planejamento estratégico da empresa para que possa

render lucros, principalmente em relação a imagem e reputação das

organizações”. Esse posicionamento remete ao fato da definição de imagem

usada por (Teixeira 2013), que define a imagem corporativa como uma

consequência do trabalho da construção da identidade da organização. A partir

dessa percepção a imagem da organização é construída e interpretada pelo

seu público e demais agentes do mercado.

Imagem e comunicação estão interligados, em meio à crise, a imagem é

da empresa precisa ser preservada. Embora pareça inviável a criação ou

desenvolvimento de um setor de relações públicas para pequenas e médias

empresas, a realidade de preparar respostas comunicativas está presente no

nível estratégico da organização. Há uma necessidade não somente por ética

profissional mas sim por conveniência de ser transparente, como abordado no

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caso Eron, fraude de informações pode ter um alto custo futuro nas ações da

empresa. Transparência de informação não significa dizer que a empresa não

está apta no momento em realizar uma tarefa. Significa comunicar que devido

a determinados eventos, fatos ou fenômenos algumas atividades da empresa

possam estar prejudicadas mas que toda equipe está empenhada em resolver

a questão. (Nascimento 2007, 27) aconselha “a transparência e a rapidez, a

adoção de atitudes realistas, sem tentar minimizar os fatos, pode ajudar na

compreensão do problema”. No entendimento do mercado uma empresa que

não possui transparência em seus atos é considerada duvidosa e inapta em

seu modelo de negócio.

Em relação a exposição negativa da imagem de uma empresa, é

preciso ter em mente o qual será o impacto nos negócios e como poderá

prejudicar a captação de receita ou investidores. Tudo acomuna na formulação

da reputação, a qual é definida por (Fombrun e van Riel 1998):

A reputação de uma organização é uma representação do

passado das ações e dos resultados de uma organização que

representam a sua capacidade em gerar valor [...]. Ela define a

posição relativa de uma organização, tanto internamente como

externamente. (Fombrun e van Riel 1998, 10).

Certificando-se de que a imagem da empresa esteja preservada a

organização minimiza seus problemas e tem mais espaço para solucionar os

tramites pertinentes aos planos de ação contra a crise. Em linhas gerais, a

imagem e reputação de uma empresa podem definir o futuro da organização.

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CAPITULO III

RETOMANDO O CONTROLE

O presente trabalho apresentou a importância dos aspectos em avaliar

uma crise sob a ótica cientifica proposta por Popper, observou-se a

estruturação dos problemas dando a importância para a coleta de dados e

informações pertinentes em relação aos problemas observados, pontuou a

importância da utilização do feedforwad para evitar agravamento em tempos

futuros e trabalhou o conceito da Navalha de Ockham para auxílio na tomada

de decisões e para filtrar informações.

Retomar o controle em plena crise é de fato, o mesmo que enxergar

oportunidades. Uma vez que gestores não tem o controle do ambiente externo

a organização, somente do ambiente interno a gestão inteligente basear-se-á

em desenvolver a inteligência de negócios.

É trivial que organizações de médio e pequeno porte estejam mais

suscetíveis a mudanças bruscas em suas estratégias, consta que por

apresentarem um tamanho reduzido o quadro de funcionários enxuto e menos

departamentos, uma mudança em sua estrutura tende a ser mais rápida de ser

concluída. O aspecto negativo se faz presente no controle do custo e despesas

financeiras e principalmente na captação de receita. Uma organização de

médio e pequeno porte não pode se dar ao luxo de ver seus recebíveis

diminuindo a cada período.

A organização precisa ter a prática de localizar seu ponto de equilíbrio

financeiro e definir explicitamente as margens de garantia desde ponto para

servirem de alarme quando o nível de recebíveis reduz e o custo somado as

despesas aumenta ou se mantêm.

No auxílio para almejar resultado positivos em crises, a utilização

ferramentas estratégias fazem a diferença, em caráter de recomendação o

gestor deve utilizar as propostas:

Matriz SWOT; Diagrama de Pareto; Curva ABC; Orçamento Base Zero;

Matriz da Gestão de Tempo; Benchmarking; Risk Breakdown Structure;

Downsizing.

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3.1 ANÁLISE SWOT

Identificar as forças e fraquezas, as ameaças e oportunidades.

Indispensável no mundo coorporativo a SWOT (S – força, W – fraqueza, O –

oportunidade e T – ameaça) é talvez a mais conhecida ferramenta de gestão

estratégica entre os gestores. De ampla utilização a SWOT permite pleno

domínio em conhecer o que se passa nos ambientes internos e externos da

organização. Em uma breve definição por Rodrigues (2004) o objetivo é

identificar no ambiente externo as ameaças e oportunidades e internamente os

respectivos pontos fortes e fracos da organização. A aplicabilidade e

interpretação da análise da SWOT resume-se ao:

O cruzamento entre quatro quadrantes da análise provê uma

moldura onde a organização pode desenvolver melhor suas

vantagens competitivas relacionando Oportunidades e Forças,

[...] cruzamento entre Oportunidades e Fraquezas, podem-se

estabelecer as bases para modificação do ambiente interno [...]

entre Ameaças e Força pode representar a possibilidade de

investir na modificação do ambiente [...] entre Ameaças e

Fraquezas estiveram situações de alta relevância para

organização, prevalente trata-se de uma ocasião para

modificações profundas. (Daychoum 2010, 14)

Diante da interpretação da análise os integrantes da gestão estratégica

tomam nota dos resultados e por meio de reuniões podem discutir os objetivos

e metas a serem alcançados.

3.2 DIAGRAMA DE PARETO

No século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto correlacionou que

80% do que se é realizado em matéria de trabalho vem de 20% do tempo

empregado na tarefa. Mais tarde o princípio desenvolvido por Pareto

popularizou-se em o Princípio 80/20. (Daychoum 2010, 91) informa que o

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Princípio 80/20 “pode ser utilizado quando você encontra vários problemas

relacionados ou um problema comum em multiplicas causas”.

A boa utilização deste princípio é mapear quais os agentes mais

comuns afetados pela crise ou qual/quais fenômenos estão afetando um

número grande de agentes no ambiente externo. No ambiente interno da

organização, o gestor precisará de maior acuracidade, desta forma o Diagrama

de Pareto pode apresentar dissonâncias nos resultados, portanto a

recomendação é a aplicação da Curva ABC.

3.3 CURVA ABC

A Curva ABC é uma derivação do Diagrama de Pareto, de certa forma

ela pode ranquear quais variáveis tem mais peso dentro de um conjunto. Nos

dizeres de (SACOMANO, et al. 2004) a Curva ABC fora desenvolvida pela

General Eletric para classificação de itens de estoque, sob o argumento de que

caso itens mais importantes encontram-se em menor número representando

um grande valor financeiro, logo é necessário haver o controle rígido destes

estoques. Todavia itens numerosos representando valores financeiros não

suficientemente importantes possam ter menor rigidez no controle.

A ferramenta permite ao gestor criar uma tabela onde será facilmente

identificado as variáveis que mais consomem recursos. (SACOMANO, et al.

2004) funcionalidade da Curva ABC é elencada sob três perspectivas:

A: são 10 a 15% dos itens que representam cerca de 65 a 75% do investimento

B: são 20 a 30% dos itens que representam cerca de 20 a 25% do investimento

C: são de 50 a 60% dos itens que representam somente 5 a 10% do

investimento

Em via de regra geral, a Curva ABC é tão dinâmica que pode ser

adaptada para diversos setores da empresa. Pode elencar quais setores

utilizam mais recursos financeiros em comparação a geração de valor para

organização. Em termos logísticos ela pode ser usada para mapear as rotas

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mais onerosas para realização de entregas. Na produção pode ser usada para

medir o nível de produtividade operacional, combinar hora homem com output

na confecção de bens. Também pode ser aplicada na área comercial para

gerenciar os clientes que mais geram receita. As utilidades são inúmeras,

portanto gestores qualificados se utilizam desse método de forma inteligente e

criativa.

3.4 ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ)

Um bom controle financeiro rende informações valiosas a gestão

estratégica da empresa, determinar quais políticas de controladoria determinam

o sucesso da boa gestão financeira. Todo valor financeiro transitado pela

organização deve ser contabilizado, indiferente se o valor é uma quantia

representativa ou apenas irrisória. A controladoria da empresa deve manter

relatórios do fluxo de capital atualizados.

O Orçamento Base Zero (OBZ) é uma burocracia que traz uma

normatividade ao processo orçamentário. Toda requisição de valor financeiro

deve por natureza ter uma razão, cabe ao requisitante justificar o porquê ele

necessita de tal quantia e onde ela será aplicada. O OBZ trabalha em uma

perspectiva que pode ser explicada por (Padoveze 2012) “a filosofia desse tipo

de orçamento reside na exclusão de dados passados, porque fatos podem

conter ineficiências que o orçamento de tendências perpetua”.

Ou seja, como OBZ as previsões orçamentárias iniciam-se do zero,

desprezando informações passadas. Isso permite com que a administração

investigue melhor a composição do orçamento, reduzindo custos e despesas

não detectadas anteriormente. Contudo, o OBZ pode consumir um tempo e

esforço considerável para sua elaboração, logo a gestão estratégia deve

assumir que a prática deverá ajustada com as demais demandas internas. Em

casos, nos quais, a organização possua prazos muito enxutos, o OBZ pode ser

dispensado, dando espaço a outras técnicas que se adequem melhor a

situação. Se os aspectos orçamentários da organização apresentarem um

rígido controle e sobretudo uma prática prudente o OBZ é totalmente

dispensável.

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3.5 MATRIZ DA GESTÃO DO TEMPO (MGT)

Administração do tempo é administrar um recurso intangível, invariável

e incontrolável. O tempo é a única variável da natureza que temos certeza

absoluta que não retorna. Tempo desperdiçado é o mesmo que prejuízo,

(Drucker 2002, 97) “o uso do tempo melhora com a prática. Mas, somente

esforços constantes na administração do tempo podem impedir o desperdício

dele”.

Assim como a SWOT, a MGT é representada por um quadro divido em

quatro quadrantes onde as colunas UREGNTE e NÃO URGENTE se

correlacionam com as linhas IMPORANTE e NÃO IMPORTANTE. Desta forma

é possível separar as atividades, tarefas e processos organizando-os em seus

respectivos lugares no quadro.

As atividades consideradas importantes, segundo (Baldwin, Rubin e

Bommer 2015) estão vinculadas às metas produtoras de resultado significativo.

Estas atividades requerem soluções tão rápidas quanto possível. Leva-se em

conta que quando há uma atividade importante no quadrante urgente, a

prioridade é solucionar está tão quanto qualquer outra.

Ainda segundo (Baldwin, et al., 2015), para o gestor a tarefa mais difícil

é definir o que é importante e não importante, o que é urgente e não urgente.

Organizações em crises tendem apresentarem que tudo é importante e urgente

ao mesmo tempo. Desta forma vale relembrar os conceitos da Navalha de

Ockham como meio de sanar essa difícil questão. Drucker resume de maneira

inteligente a utilização desta ferramenta.

Primeiro identifica-se e elimina-se o que não precisa ser feito, o

que é pura perda de tempo e não leva a resultado nenhuma.

Para identificar essas perdas de tempo deve-se perguntar

sobre todas as atividades registradas de tempo: “O que

aconteceria se isso não fosse feito? ” e se a resposta for: “Nada

aconteceria”, então obviamente a conclusão será parar de fazer

isto. (Drucker, 2002 p. 97)

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O tempo pode ser igual todos os dias para um relógio, porem será

diferente todos os dias para as organizações. Na era da informação, o tempo

torna-se seu maior obstáculo e seu maior aliado.

3.6 BENCHMARKING

Comparar resultados é a melhor maneira para se saber o que precisa

ser aprimorado, reforçado ou refeito. O ser humano já possui o hábito de

comparar praticamente tudo que seus olhos possam ver, o que as mãos

possam sentir, os sabores que pode degustar, é natural comparamos algo e

produzir um julgamento logo a seguir.

(Drucker, 2001 p. 124) “A mais moderna das ferramentas usadas para

se obter informações sobre produtividade é o benchemarking”. A verdade sobre

o benchmarking nas organizações é a possibilidade de comprar o nível do

desempenho em relacionando os ambientes internos e externos. Em linhas

gerais o benchmarking compara o desempenho atual com algum desempenho

exemplar, tido como ícone para excelência. (Drucker, 2001 p. 124) “O

benchmarking pressupõe, assertivamente, que uma organização faz, qualquer

outra pode fazer também”.

De fato, comparar a estrutura do modelo de negócio adotado pela

organização com seus concorrentes traz respostas a problemas que possam

ter passados despercebidos. Em uma crise econômica, a organização A está

sentindo os efeitos negativos em sua estrutura, no mesmo cenário a

organização B está mantando-se ilesa aos fenômenos provocados pela crise

econômica, entende-se que a organização A enfrenta problemas internos que

precisam ser observados. O benchmarking fornece a organização uma janela

para o ambiente externo buscando soluções para seu ambiente interno.

Não basta a capacidade da gestão estratégica da empresa em

empregar o benchmarking, ao mesmo tempo é preciso consagrar que

mudanças irão acontecer, portanto os gestores deverão analisar se a cultura

organizacional é resistente ou não ao que se observou no benchmarking. Antes

de qualquer mudança é preciso esclarecer cada ponto e trabalhar a cultura

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organizacional, não necessariamente copiar de alguma outra empresa, afinal

não se trata de transformar uma organização em um plagio da outra, mas sim

transformar o modelo de negócio atual mais eficiente.

3.7 RISK BREAKDOWN STRUCTURE (RBS)

Amplamente utilizado no gerenciamento de projetos, o RBS viabiliza a

classificação dos riscos em que um projeto está exposto, essa classificação se

em um formato de organograma, esse tipo de layout facilita não só a visão

funcional dos riscos como pode ser usado como um ranking de prioridades. O

RBS não é um método para ser utilizado sozinho, para sua máxima eficiência

ele ser combinado com demais ferramentas para se elaborar a categorização

dos riscos. É de fato uma forma inteligente de organizar as ameaças afim de

melhorar a visão do risco no qual a organização está imersa.

A versatilidade do RBS está em poder separar os riscos dos ambientes

interno e externo. Estas duas categorias por si só já facilitam o entendimento

dos riscos. Bartlett, (2004 p. 100) “Na avaliação dos ricos os que situam-se

nas primeiras posições, são os que mais possuem ameaça ou maior frequência

de ocorrerem. Aqueles que estão nas posições inferiores podem ser eliminados

futuramente mediante algumas ações corretivas”.

Uma vez o RBS construído, o gestor elenca as soluções viáveis ao

momento e ao nível da ameaça. Apensar do RBS não apresentar uma variável

temporal, a MGT é bem-vinda ao auxílio do gestor. A grande vantagem no RBS

é seu baixíssimo custo de implantação mediante aos modernos softwares de

gerenciamento de risco e simuladores de cenários, basta apenas que a equipe

reúna-se e elabora a estrutura do organograma RBS.

3.8 DOWNSIZING

Visando uma estrutura organizacional o Downsizing muitas vezes é

interpretado como sinônimo de demissões em massa. Ao contrário dos tabus, o

downsizing prioriza a dinamização da organização, encurtando a hierarquia.

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Baseando-se nos estudos da Qualidade Total, o downsizing é um dos

segmentos aplicados. Seguindo as palavras de Chiavenato (2006 p. 332) “o

downsizing promove redução dos níveis hierárquicos e enxugamento

organizacional para reduzir operações ao essencial (core business) do negócio

e transferir o acidental para terceiros que saibam faze-lo melhor (terceirização)

”.

Compete a organização eliminar uma cultura antiquada de excessos de

cargos de comando ou supervisão desnecessário, de certa forma também

adequa a uma nova holística produtiva, uma vez que uma organização enxuta

deve ter uma produção enxuta, porem eficiente.

Organizações enxutas tendem a ter mais espaço para aplicação de

novas ideias, essa perspectiva produz uma sensação de maior liberdade onde

os colaboradores podem comunicar-se entre si sem receio de terem suas

ideias coibidas, Drucker, (2002 p. 101) “em uma organização enxuta, as

pessoas têm espaço para agir sem colidir umas com as outras, e podem fazer

seu trabalho sem ter de explicá-lo o tempo todo”.

Deve-se ter a ciência que eliminar cargos gerencias pode trazer

instabilidade entre os demais gerentes, uma vez que o sentimento de

descontentamento pode surgir. Jones, et al. (2012) explica que em uma

pesquisa conduzida pela Wyatt CO. com uma amostragem de 4300

colaboradores, constatou que 76% dos entrevistados que trabalham em

organizações que estão em processo de expanssão estão satisfeitos com seus

trabalhos, e apenas 57% dos colaboradores de organizações que estão

passando pelo processo downsizing estão satisfeitos. Em momentos de crise,

há de se lembrar o custo de um desligamento tanto no ambito financeiro quanto

no ambinto da moral dos colaboradores.

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CAPITULO IV O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Toda experiência é válida para boa administração de uma empresa, seja

boa ou ruim, um fenômeno que desafie a capacidade de resolução de

problemas de uma organização deve ser considerado como parte experiência

no negócio. Em suma, a organização deve alimentar a aprendizagem

organizacional. Seja em tempos de calmaria ou em crises a organização tem o

compromisso de manter em vigência o Princípio da Continuidade.

Através da aprendizagem cada indivíduo tem o potencial de adaptar-se

ao mundo. A manifestação dos fenômenos naturais ou não acabam por forçar

os indivíduos a se adaptarem as novas mudanças, ou comungarão para

fracasso. A Teoria da Evolução proposta por Darwin pressupõe que indivíduos

mais adaptados tem mais chances de sobreviver as mudanças climáticas e

eventos catastróficos, consagrando assim seu futuro no mundo.

Do mesmo modo que existe um grande número de estruturas

diferentes para os organismos biológicos, há também um

grande número de organizações para o organismo social, que é

a que é a moderna instituição. Em vez de procurar a

organização certa, a administração precisa aprender a

procurar, desenvolver e testar. A organização que melhor se

ajusta à tarefa (Drucker, 2002 p. 277)

De certa forma as organizações precisam entender que a questão da

versatilidade em adaptar-se é fundamental para o sucesso. Quanto ao que se

remete a aprendizagem organizacional para Ruas, et al. (2005), aprendizagem

organizacional é algo discutido com maior abrangência em meados de 1900,

uma organização extrai aprendizado da cultura, estrutura organizacional,

capacidade de absorção de conhecimento, resolução de problemas,

competências, capital intelectual. Os aspectos da aprendizagem são definidos

em processos técnicos (descritivos ou incrementais) e processo social

(descritivo).

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Uma crise de modo geral tem grande potencial para exploração da

aprendizagem organizacional uma que trata de mudanças, para Andrade, et al.,

(2010 p. 28) “o ser humano não está preocupado com a busca da verdade

absoluta, mas sim aproximativa, que pode ser modificada, corrigida e

abandonada por outra mais adequada”, Ruas, et al. (2005 p. 15) “a

aprendizagem organizacional só passa a ter sentido em administração se

associada à mudança, haja intencionalidade ou não”, Drucker, (2002 p. 35) “os

gerentes precisam aprender a questionar, cada poucos anos, todo processo,

produto, procedimento e política”.

Portanto, o processo de aprendizagem não é mera recomendação e

sim um axioma corporativo. Como abordado anteriormente a imagem da

organização depende de diversos fatores, aprender com erros é crucial, pois o

cliente nunca esquece os erros cometidos pelas organizações. A filosofia das

organizações modernas é seu potencial de conectividade com o mundo para

transmissão e coleta de informações alinhado aos interesses de seus

acionistas e investidores. Considerando esta premissa, entende-se que

aqueles que mais estiverem preparados e propensos a aprender novas

soluções, consequentemente terão respostas mais rápidas as adversidades

mercadológicas e, portanto, serão mais rentáveis.

Gerencia o conhecimento, esta é a base da aprendizagem. Quando se

efetua um planejamento estratégico, todo o conhecimento é requerido para que

as ações de implementação possam ser implementadas. Teóricos como Peter

Drucker são adeptos a administração generalista, onde a figura do

administrador possui uma visão amplificada para compreender o ambiente em

que ele se encontra.

Essa visão permite com que o administrador se livre de vícios e

consiga adquirir mais conhecimento útil a seu favor. Dentre esses motivos

deter apenas o conhecimento técnico de algo não basta para solucionar

problemas de proporções maiores, Drucker (2002 p. 432) “o conhecimento

especializado em si não gera desempenho. O cirurgião não é eficiente a menos

que haja diagnostico que, de modo geral, não lhe cabe determinar, tampouco

faz parte de sua competência”. Ou seja, quando a situação requer uma

considerável quantia de atenção e comprometimento, a interdependência das

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competências gerenciais é primordial para resolução das questões pertinentes

ao que se propõem em pauta.

Uma observação importante a ser ressaltada é a autoconfiança

exagera por parte de gestores e demais colaboradores em diferentes níveis

organizacionais, Jones, et al. (2008 p. 229) “não só os gestores, mas todas as

pessoas tendem a não aprender com os erros. Para agravar esse otimismo

indevido há uma tendência muito humana em ser superconfiante nas próprias

habilidades e na influência sobre eventos imprevisíveis”. Esse grave problema

em meio a uma crise é definitivamente algo que não pode ocorrer.

O processo de aprendizagem organizacional se conclui quando a rede

de colaboradores mantém uma comunicação sem ruídos, Jones, et al. (2008

pp. 588,) “uma mensagem é clara quando é fácil para o receptor entender e

interpretar, e é completa quando contêm todas as informações de que o

emissor e receptor precisam para alcançar um entendimento comum” desta

maneira, maximizando a geração de valor entre os próprios colabores e

principalmente agregando conhecimento (neste caso um dos componentes do

valor) a organização.

Prevenir é melhor do que remediar, apesar de ser um jargão popular a

verdade consiste na premissa de que se há conhecimento de causa ou se há

possibilidade de se obter tal conhecimento o melhor é prevenir algo, no entanto

se a opção que resta é remediar, aprender com os acontecimentos e situações

vivenciadas é a melhor maneira de se seguir em frente.

Toda organização deixar uma marca na história, por menor que seja,

toda organização possui seu lugar no mercado, umas prolongam-se mais do

que outras, outras ascendem mais rapidamente ao sucesso e existem aquelas

que apenas existem por uma pequena fração de tempo. Drucker (2002., p.339)

“A única ideia relativa ao futuro que vai falhar inevitavelmente é aquela coisa

aparentemente certa, a ideia sem riscos, aquela que não pode falhar”. O

intuído verdadeiro do empreendedorismo é manter seu crescimento em uma

linha ascendente. Muitos investimentos estão sendo destinados em

ferramentas como simuladores de eventos futuros afim de ajudar gestores a

preverem comportamentos de mercado mediante a inserção de variáveis e

histogramas de eventos passados. Essas novas tecnologias promissoras

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podem evitar diversas situações desagradáveis, uma vez que dezenas de

senários podem ser simulados e ações corretivas possam ser elaboradas

antecipadamente.

O custo dessa tecnologia ainda é alto demais, inviabilizando sua

utilização para pequenas e médias empresas em todo mundo, todavia ações

simples tomadas pela direção da empresa podem ter relevante ajuda em

tempos futuros. O processo de aprendizagem organizacional provê o

conhecimento dos fenômenos e suas interpretações, logo a gestão estratégica

da empresa deve a partir de seu aprendizado a elaborar suas próprias

previsões e análises de fenômenos.

A organização deve portar-se como uma fábrica de ideias, incentivar seu

desenvolvimento ao futuro, desta maneira futuras crises terão um impacto

menor sob a estrutura organizacional.

A respeito das ideias, Drucker (2002., p. 339) “Deve ser arriscada: ter

probabilidade de sucesso mas também de fracasso. Se não for incerta nem

arriscada, simplesmente não é uma ideia pratica para o futuro, pois o próprio

futuro é, em si, incerto e arriscado”. Comumente gestores com postura

conservadora tendem a repudiar ideias sobre acontecimentos futuros, ao

enfrentar situações que desafiam suas competências gerencias de suas

capacidades acabam por fracassar. Não necessariamente um fracasso

momentâneo possa comprometer permanentemente a organização, porem

com certeza atrasará suas atividades.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho procurou esclarecer o entendimento de uma crise

sistêmica sob uma ótica científica, observando-a como um fenômeno que pode

ser transcrito em fenômenos impactantes na estrutura organizacional das

empresas. Com base no método científico observou-se que uma crise nada

mais é do que uma anomalia na harmonia de um sistema, desta forma

concluindo-se que através um de um estudo meticulosamente elaborado a

organização pode criar planos de ações para reverter os resultados negativos.

Apresentou-se um método consistente de sete etapas de acordo com

Vargas e Nir para elaborar-se um problema e promover uma solução eficaz

para o mesmo. Fora demonstrado a extrema importância da coleta de dados e

informações tanto para estruturar o problema quanto para soluciona-lo. Os

dados e informações obtidos no presente ou coletados de algum histórico

devem ser armazeno e posteriormente usados conforme as recomendações

avaliadas nos estudos do Feedforward. Para auxiliar a filtragem das

informações de forma e encurtar prazos o conceito da Navalha de Ockham fora

inserido na discussão como um meio para determinar entre as possibilidades

possível aquela que melhor pode apresentar uma usabilidade superior.

Demonstrou-se que a imagem da empresa é essencial e deve ser

preservada em tempos de crise, sob a premissa de que uma vez a imagem

manchada, o mercado tende não mais dar credibilidade, dificultando ou até

impossibilitando a retomada da fatia de mercado perdida.

Para retomar o controle da organização apresentou-se 8 ferramentas

usadas em planejamentos estratégicos como um meio para que os gestores

estruturem novas estratégias contornando todas as adversidades agregando

valor a empresa. Como forma de construir um legado futuro a contribuição da

aprendizagem organização é demonstrada como a última atribuição,

demonstrando que tudo o trajeto percorrido pelos colaboradores ao depararem-

se com uma crise, é de fato um processo educacional, de forma com que a

organização assume um nível acima do anterior ocupado.

Em linhas gerais, houve certa dificuldade em apresentar uma explicação

simplificada para o significado de uma crise, uma vez que cada crise possui

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atribuições diferentes, embora a bibliografia consultada concorda com a

premissa de que uma crise é algo anormal a um sistema complexo. Optou-se

por não tentar identificar quais variáveis devem ser procuradas para determinar

o início de uma crise uma vez que cada evento desses é diferente em suas

origens. O presente trabalho procura abordar a crise em sua forma presente,

ignorando acontecimentos futuros. Trata-se de uma holística prática em relação

ao enfrentamento dos impactos gerados por uma crise.

Embora o leque de ferramentas para planejamento estratégico seja

imenso, a pesquisa procurou demonstrar a importância da interdependência

das ferramentas demonstradas. O intuito dessa premissa é criar uma rede

estruturada para combinar diferentes ferramentas em um único objetivo. É

exposto que para o devido sucesso na utilização dessas ferramentas uma

equipe de gestão estratégica tecnicamente capacitada e unida, demonstra-se

que somente através da colaboração entre setores e gestores uma crise é

vencida.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ................................................................................................ 2

AGRADECIMENTOS .............................................................................................. 3

DEDICATÓRIA ....................................................................................................... 4

RESUMO ................................................................................................................ 5

LISTA DE SIGLAS .................................................................................................. 6

METODOLOGIA ..................................................................................................... 7

SUMÁRIO ............................................................................................................... 9

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

CAPÍTULO I - O CENÁRIO DE CRISE E SEUS EFEITOS .................................. 12

CAPÍTULO II - ANALISANDO A CRISE EM UMA PERSPECTIVA CIENTIFICA 15

2.1 ENTENDENDO, ELABORANDO E ESTRUTURANDO O PROBLEMA ....................... 16 2.2 OS BENEFÍCIOS DO FEEDFORWARD ............................................................................. 18 2.3 O PRINCÍPIO DA NAVALHA DE OCKHAM COMO FERRAMENTA PARA FILTRO DE INFORMAÇÕES .................................................................................................................. 21 2.4 PRESERVANDO A IMAGEM DA ORGANIZAÇÃO ....................................................... 23

CAPITULO III - RETOMANDO O CONTROLE .................................................... 27

3.1 ANÁLISE SWOT ................................................................................................................. 28 3.2 DIAGRAMA DE PARETO .................................................................................................. 28 3.3 CURVA ABC ....................................................................................................................... 29 3.4 ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ) ................................................................................... 30 3.5 MATRIZ DA GESTÃO DO TEMPO (MGT) ...................................................................... 31 3.6 BENCHMARKING .............................................................................................................. 32 3.7 RISK BREAKDOWN STRUCTURE (RBS) ....................................................................... 33 3.8 DOWNSIZING ..................................................................................................................... 33

CAPITULO - IV O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ........................................ 35

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................... 41

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ÍNDICE .................................................................................................................. 43