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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O DESIGNER INSTRUCIONAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: O PAPEL DESSE PROFISSIONAL NO CRESCIMENTO DA EAD Por: Raquel de Oliveira Henrique Orientador Profª. Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL a conquistar todo o sonho que coloca no meu coração. Agradeço ao meu esposo, que jamais me permite desistir desses sonhos. Agradeço

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESIGNER INSTRUCIONAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

EDUCACIONAIS: O PAPEL DESSE PROFISSIONAL NO

CRESCIMENTO DA EAD

Por: Raquel de Oliveira Henrique

Orientador

Profª. Mary Sue Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESIGNER INSTRUCIONAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

EDUCACIONAIS: O PAPEL DESSE PROFISSIONAL NO

CRESCIMENTO DA EAD

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Tecnologia Educacional.

Por: Raquel de Oliveira Henrique.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pois Ele me capacita

a conquistar todo o sonho que coloca

no meu coração. Agradeço ao meu

esposo, que jamais me permite desistir

desses sonhos. Agradeço a minha

família, que é o grande motivo de eu

desejar sonhar cada vez mais alto. E

agradeço a professora Mary Sue, por

sua dedicação e por me orientar na

realização deste sonho.

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EPÍGRAFE

Cada um examine os próprios atos, e então poderá

orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar

com ninguém...

Apóstolo Paulo (Gálatas – Cap 6:4)

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RESUMO

Ao longo da história, o homem, em seus diversos papeis, colaborou

para a evolução da tecnologia em múltiplas áreas. Hoje, essa constante

evolução tomou proporções que desafiam e modificam diariamente a

tradicional maneira com a qual nos comunicamos, nos relacionamos, nos

informamos, nos divertimos e também como aprendemos.

A educação à distância ou EAD, que sempre pegou carona nos

veículos de comunicação, desde a correspondência até a TV, é fruto dessa

evolução tecnológica, desta vez potencializada pela velocidade e pelas

possibilidades que a internet proporciona. O século XXI chegou e trouxe com

ele a web 2.0 e as NTICs – novas tecnologias da informação e comunicação,

que quando voltadas para a aprendizagem, são conhecidas por novas

tecnologias educacionais.

Mesmo com tanta tecnologia, o homem continua protagonista no

espetáculo da evolução, agora no papel do designer instrucional, profissional

responsável por conhecer, selecionar, adaptar e aplicar todos os benefícios das

tecnologias educacionais em cursos de diversos níveis de formação,

principalmente os acadêmicos. A versatilidade desse profissional nos leva a

crer que, talvez, ele seja peça chave no crescimento da educação à distância,

no que diz respeito a novas maneiras de apresentar o conhecimento.

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METODOLOGIA

Esse trabalho está dividido em três capítulos, cada um deles aborda

um ponto relativo ao tema. Os dois primeiros capítulos desta pesquisa foram

embasados e estruturados em livros específicos das áreas de design

instrucional, educação à distância e novas tecnologias educacionais. Foram

utilizados também arquivos publicados por grandes especialistas das mesmas

áreas em revistas e canais especializados. O terceiro capítulo foi escrito,

parcialmente, fundamentado nos meus conhecimentos pessoais como

profissional de design instrucional e reforçados com pesquisas realizadas em

portais na internet que tratam sobre em educação tecnologia e gestão.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – O Design Instrucional 10

CAPÍTULO II – A Educação a Distancia 21

CAPÍTULO III – Novas Tecnologias Educacionais 31

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 42

ÍNDICE 47

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INTRODUÇÃO

Novas tecnologias trouxeram para o ensino a possibilidade de

proporcionar aos aprendentes experiências virtuais similares às reais. Na

utilização destes recursos, o trabalho de um profissional específico se destaca:

o designer instrucional. É ele o responsável por transformar conteúdos brutos e

densos em materiais dinâmicos e atrativos, que tornem o processo de ensino-

aprendizagem mais interessante, utilizando a metodologia mais adequada.

Entretanto poucos sabem da existência dessa profissão ou qual é a real função

deste profissional no desenvolvimento de materiais didáticos projetados para

diferentes ferramentas.

O designer instrucional é o profissional responsável por inúmeras

atribuições dentro do processo de produção de um projeto educacional, desde

sua concepção até sua finalização. Com o crescimento da EAD o designer

instrucional, também conhecido como desenhista instrucional ou designer

educacional, tem encontrado um mercado bastante favorável, por ser um

profissional interdisciplinar e englobar em suas ações conhecimentos em

tecnologia, gestão e educação. Esta pesquisa pretende destacar a importância

do designer instrucional na produção de materiais didáticos, com base nas

novas tecnologias educacionais.

Para alcançar esse objetivo de maneira eficaz, o primeiro capítulo

desta monografia tratará de esclarecer o que é design instrucional, com

embasamento teórico nos especialistas mais reconhecidos da área.

Apresentará também a diferença entre a profissão e o profissional de DI; a

nomenclatura utilizada pela CBO – Classificação Brasileira de Ocupações; o

histórico do design instrucional como um método de aceleração de treinamento

militar; as responsabilidades do designer instrucional, os tipos de DI e o modelo

ADDIE.

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O segundo capítulo abordará o assunto Educação à Distancia. Esta

parte da pesquisa falará sobre o histórico e, consequentemente, sobre a

evolução da EAD; a história da EAD no Brasil e seu status atual em relação ao

ensino presencial; e destacará, principalmente, a visão dos principais

especialistas no que diz respeito a qualidade dos materiais de EAD produzidos

no Brasil.

As novas tecnologias educacionais serão o tema do terceiro capítulo.

Esta parte conclusiva da monografia falará sobre as NTICs e sua importância

para a evolução tanto da EAD quando do DI. Deste ponto em diante da

pesquisa se iniciará a comparação entre o design instrucional realizado para

cursos e-learning e mobile learning, também conhecido como m-learning. Com

base nessa comparação será possível entender quais são as estratégias

utilizadas pelo designer instrucional para aproveitar de forma plena todos os

recursos oferecidos por cada tecnologia, e, desta forma, proporcionar a melhor

experiência de aprendizagem para os alunos.

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CAPÍTULO I

O DESIGN INSTRUCIONAL

Quando você lê uma informação e não entende o que está sendo dito;

estuda por meio de um livro didático, mas tem dificuldade de se encontrar no

conteúdo; ou ainda quando assiste a uma aula on-line mas não consegue

manter a atenção por muito tempo, é bem possível que, nestes casos, tenha

faltado um elemento muito importante, mas pouco conhecido pelo público,

chamado de design instrucional.

Uma das definições de design instrucional segundo Andrea Filatro

(2008) é: “(..) o processo (conjunto de atividades) de identificar um problema

(uma necessidade) de aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma

solução para esse problema.”

Você já ouviu a expressão “Entendeu ou quer que eu desenhe?”. A

grosso modo, design instrucional é exatamente isso: o ato de tornar algo mais

compreensível através de figuras, mapas, infográficos, tabelas etc. Entretanto,

essa pode ser classificada como a face superficial do design instrucional, que

possui diversas funções dentro de um projeto educacional.

A CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, classificou essa

atividade sob o nome de Designer Educacional. Entretanto, é possível ouvir

diversas nomenclaturas para essa mesma atividade, como por exemplo,

desenhista instrucional, projetista instrucional ou ainda desenhista didático ou

pedagógico. Todos os nomes se referem ao mesmo assunto e a CBO os

entende como sinônimos, entretanto, nesta pesquisa, será utilizado o nome

design instrucional, uma vez que este é o mais disseminado pelos

pesquisadores e profissionais da área.

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1.1 - O que é design instrucional?

Para entender de forma mais específica o que é o design instrucional,

nada melhor do que destrinchar o significado semântico do nome. Neste ponto,

iremos por partes:

Design – O livro „Design Instrucional Contextualizado‟, de Andrea Filatro, faz

menção ao vocábulo inglês original, datado de 1588, de acordo com ele, design

significa “intenção, propósito, arranjo de elementos, num dado padrão artístico.”

A palavra provem do latim designare “marcar,indicar” também tem relação com

a palavra em francês designer “designar, desenhar”.

Instrucional – Segundo o dicionário Priberam, significa „relativo à instrução‟.

Entretanto, tal definição pode ser abrangente demais para o objetivo desta

pesquisa. Recorrendo novamente ao livro de Filatro, encontra-se a palavra

instrução sendo definida como “uma atividade de ensino que se utiliza da

comunicação para facilitar a compreensão da verdade.”

Levando em consideração as definições dos vocábulos „design‟,

„instrucional‟ e „instrução‟ é possível ter uma melhor compreensão, ainda que

superficial, dos objetivos do design instrucional em projetos educacionais.

O professor João Mattar, estudioso da área e autor de diversos livros

sobre o assunto, considera infeliz a utilização do termo „instrucional‟, e defende

o uso do nome Design Educacional. Em sua série de vídeos „Modelos em

EAD‟, disponíveis no YouTube, ele explica que tal palavra faz referência

apenas ao ato de instruir, ou seja, ensinar, e sendo assim, não teria

compromisso com a aprendizagem. Ele afirma que:

“Instrucional é uma palavra que representa ensino, a

direção do professor para o aluno. Educacional é uma

palavra que a gente está acostumado a usar na relação

de ensino-aprendizagem. Quer dizer, é um processo de

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ida e volta, dialógico, interativo. A educação dialógica

sobre a qual Paulo Freire fala, eu ensino e tenho um

retorno, e esse ciclo não termina nunca.” ( Mattar, 2012)

No próximo tópico deste capítulo, falaremos sobre o histórico do design

instrucional e sobre como esse método se disseminou pelo mundo educacional

ao longo dos anos.

1.2 - Histórico do design instrucional

Hoje, quando falamos em design instrucional, logicamente, entre

aqueles que conhecem a profissão, visto que ainda é parcialmente

desconhecida fora da área educacional, rapidamente associamos o termo à

tecnologia virtual, interatividade, moodle, LMS e todas as outras ferramentas

relacionadas à EAD. Entretanto, o design instrucional não nasceu de maneira

projetada para atender as demandas da educação à distância. Para esta

finalidade, ele acabou sendo adequado mais tarde. Conforme afirma Andrea

Filatro, em seu livro Design Instrucional Contextualizado:

“Desde seu surgimento como ciência da instrução, o

design instrucional esteve tradicionalmente vinculado à

produção de materiais didáticos, mais especificamente à

produção de materiais impressos. Mas, com o

desenvolvimento das tecnologias de informação e

comunicação, (...) passou a ser entendido como um

processo mais amplo.” (FILATRO, 2003, P.32)

Considerando que um dos objetivos fundamentais do design

instrucional é trabalhar um processo teórico árduo, acrescentando as doses

necessárias de didática, até que ele se torne um entendimento prático e

possível de ser aplicado, fica fácil compreender porque os principais

especialistas da área consideram que a sua origem está relacionada à

Segunda Guerra Mundial, por volta dos anos 1940. O cenário dessa época era

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trágico e para vencer os desafios relacionados ao evento era preciso

treinamento. Muito treinamento e em bem pouco tempo.

“(...) era necessário treinar rapidamente milhares de

recrutas para manejar sofisticadas armas de guerra que

exigiam um nível de controle e perícia sem

precedente.Para tanto, psicólogos e educadores norte-

americanos que tinham experiência na condução de

pesquisa experimental foram convocados a desenvolver

materiais de treinamento para o serviço militar.”(FILATRO,

2009, P.7)

Este pequeno trecho do livro de Andrea Filatro nos dá uma leve ideia

do quanto foi grande o desafio de treinar esses recrutas. O fator tempo, sempre

decisivo no que diz respeito a projetos educacionais, era escasso e foi

agravado pela seriedade e também pela quantidade de conteúdo a ser

trabalhado. Esse ainda é um dilema vivido por muitos designers instrucionais,

entretanto, nesta ocasião, é possível imaginar a pressão envolvida, visto que a

vida desses alunos estava em jogo.

Como a profissão ainda estava nascendo, obviamente, não existiam

profissionais específicos de design instrucional como hoje. Sendo assim, foram

selecionados especialistas de diferentes áreas, alguns com o conhecimento

necessário daquilo que precisava ser ensinado, neste caso, procedimentos

militares, e outros com o domínio do processo de ensino-aprendizagem.

O Instituto Brasileiro de Desenho Instrucional – IBDIN, descreve em

seu site qual foi a base para a produção desses materiais:

“Durante a guerra, uma quantidade considerável de

material de treinamento para os militares foram

desenvolvidas com base nos princípios de ensino,

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aprendizagem e comportamento humano. (...) Depois do

sucesso do treinamento militar, os psicólogos começaram

a ver a formação como um sistema, e desenvolveram

várias análises, design e processos de avaliação.”

Mas como será que eles conseguiram alcançar resultados tão

positivos? Que tipo de material pode ter sido produzido naquela época, capaz

de cumprir tamanho desafio? De acordo com o livro Design Instrucional na

Prática, de Andrea Filatro, a ideia veio do cinema. Tendo por inspiração o

sucesso de audiovisuais cinematográficos, pesquisadores desenvolveram uma

leva de filmes para o treinamento militar.

Esse foi o pontapé inicial para que o design instrucional se tornasse o

que é hoje, visto que com a vitória norte-americana, a abordagem sistêmica e a

gestão de projetos aplicados a soluções educacionais de grande escala

passaram a ser cada vez mais usadas mesmo depois da guerra. Entretanto

muitos eventos paralelos, que ocorreram ao longo do tempo, agregaram

características e peculiaridades a esse método, como por exemplo livros,

máquinas e a própria internet.

É possível resumir a trajetória do Design instrucional de 1940 até os

dias atuais levando em conta esses seguintes acontecimentos: a publicação

em 1954, de „The Science of learning and the art of teaching’, de

BurrhusFrederic Skinner, considerada o ponto de partida do design instrucional

moderno; o lançamento da taxonomia dos objetivos educacionais, em 1956,

por Benjamin Bloom, útil na especificação e na análise de resultados de

aprendizagem; Robert Gagné publicou, entre 1962 e 1965 as obras Military

training and principles of learning e The conditions of learning, destacando os

diferentes níveis de aprendizagem; Entre os anos 1960 e 1970, David Paul

Ausubel trouxe novas conclusões a respeito do modo como os indivíduos

adquirem, organizam e retêm a informação.

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A consolidação do campo de design instrucional veio em 1970, quando

surgiram diversos modelos de DI, construídos pelos teóricos Gagné e Bricks,

Dick e Carey, entre outros. Em 1980, a literatura e a prática do design

instrucional passou a ser dominada pelos microcomputadores, surgiram então

as soluções em formato multimídia. Nas décadas seguintes, até os dias atuais,

a internet tem ditado as regras, trazendo não apenas inovações tecnológicas,

mas também novas abordagens à instrução.

Estes foram os principais marcos da história do design instrucional no

mundo. Uma evolução relativamente recente, comparando a outras profissões,

principalmente na área da educação. Mesmo contando com todo esse contexto

histórico, a melhor maneira de entender o que é design instrucional, pode ser

justamente conhecendo as funções do profissional que o exerce. Sendo assim,

o próximo tópico desta pesquisa consiste em expor algumas das

responsabilidades atribuídas ao designer instrucional, com o objetivo de

esclarecer ainda mais o que significa esta atividade por meio da verificação da

atuação daqueles que a aplicam.

1.3 - Responsabilidades do designer instrucional

Nos tópicos anteriores falamos sobre o que é design instrucional e

descobrimos qual foi a história dessa profissão, dando destaque aos principais

marcos históricos relacionados a ela. A partir deste ponto da pesquisa,

falaremos mais especificamente sobre as ações do designer instrucional,

profissional que exerce a função de DI.

É comum definir Design Instrucional, a profissão, com base nas

atividades do Designer Instrucional, o profissional. Isso acontece de forma

natural, assim como em qualquer outra profissão. Entretanto é preciso ter

cuidado com a utilização das palavras para que não se confunda a ação, ou

seja, „o que é‟, com a pessoa que a executa, neste caso, „quem faz‟. No livro

„Design Instrucional na Prática‟, Andrea Filatro esclarece: “O profissional de

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design instrucional é o designer instrucional. Ele é o responsável por projetar

soluções para problemas educacionais específicos.” (FILATRO, 2008, p.09)

Em seu artigo „Educação à Distância: entre Mitos e Desafios‟, a autora

Andrea Cecília Ramal, dá a seguinte definição para o profissional de design

instrucional, nomeado por ela como instructional designer: “profissional-chave

nos percursos educacionais que envolvem tecnologia, para que os melhores

objetivos educacionais sejam atingidos tanto na EAD como em quaisquer

outras formas de acesso ao conhecimento.” (RAMAL,2001)

Em outro artigo de sua autoria, que tem como título “Educação com

Tecnologias Digitais: Uma Revolução Epistemológica em Mãos do Desenho

Instrucional” Andrea Ramal declara qual é o seu entendimento a respeito da

missão do designer instrucional.

“As possibilidades que a tecnologia digital vem trazer

precisam ser aproveitadas na EAD e essa é a missão do

desenhista instrucional - o profissional ou grupo de

profissionais que elaborarão o projeto pedagógico e o

planejamento do processo aprendizagem (...)”

(RAMAL,2003)

Em entrevista ao Boletim Universo EAD, informativo eletrônico do

Senac São Paulo, a professora e autora Vani Moreira Kenski, declara que o

trabalho desse profissional é desafiador, pois exige a mediação entre diversas

áreas do conhecimento, como didática, tecnologias, comunicação, produção

criativa e gestão de projetos educacionais. Ela ainda afirma que "O designer

instrucional atua na relação entre o uso de tecnologias inovadoras e sua

adequação aos desafios educacionais propostos pelos espaços corporativos e

acadêmicos."

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Recorreremos mais uma vez a CBO – Classificação Brasileira de

Ocupações. Nela, encontramos inscrita pela numeração 2394-35, a profissão

de Designer Instrucional, que apresenta em sua descrição sumária oficial as

seguintes ações: “Implementam, avaliam, coordenam e planejam o

desenvolvimento de projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de

ensino presencial e/ou a distância, aplicando metodologias e técnicas para

facilitar o processo de ensino e aprendizagem (...)”. (MTE 1997-2007)

Ao destrinchar este primeiro trecho da CBO, é possível identificar, de

forma bastante clara, que ele apresenta três pontos muito importantes para o

entendimento da profissão. O primeiro desses pontos são as responsabilidades

do DI, descritas como implementar, avaliar, coordenar e planejar o

desenvolvimento de projetos de cunho educacional. O segundo ponto diz

respeito a modalidades, esclarece que um Designer instrucional está habilitado

a trabalhar tanto na modalidade presencial quanto a distância. Por fim, o

terceiro ponto destaca algo ainda mais importante, que é o objetivo que esse

profissional deseja alcançar com tais ações: facilitar o processo de ensino e

aprendizagem.

Porém, a descrição sumária não para por aí. No trecho seguinte ela

apresenta os possíveis locais de atuação de um DI:

“Atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em

todos os níveis de ensino para atender as necessidades

dos alunos, acompanhando e avaliando os processos

educacionais. Viabilizam o trabalho coletivo, criando e

organizando mecanismos de participação em programas

e projetos educacionais, facilitando o processo

comunicativo entre a comunidade escolar e as

associações a ela vinculadas.” (MTE 1997-2007)

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Ao realizar uma análise comparativa entre os discursos de Andrea

Filatro, Andrea Ramal e Vani Moreira Kenski, é possível perceber diversos

elementos em comum, como por exemplo o uso das palavras educacional,

planejamento, tecnologia e inovação. Já na descrição da CBO, não existe a

menção as palavras tecnologia e inovação, amplamente utilizadas pelos

especialistas da área. Ainda assim, em todas as descrições, é possível

perceber o quanto a profissão de designer instrucional é abrangente.

Talvez seja exatamente por isso que, ao contrário de outras profissões,

o designer instrucional não seja proveniente de um curso superior específico.

De acordo com Andrea Filatro “As competências do designer instrucional

abrangem as três áreas de conhecimento que fundamentam o design

instrucional (...): as ciências humanas, as da informação e as da administração.

Essas competências são desenvolvidas por meio de uma formação

interdisciplinar combinada à experiência prática.” (FILATRO, 2008, p.09).

Sendo assim, podemos concluir que, apesar de uma grande parte dos

profissionais serem formados na área de humanas, principalmente da

Pedagogia, nada impede que alguém formado em Biologia se torne um DI.

Para que isso aconteça basta que ele tenha interesse por educação, domine as

tecnologias de informação e comunicação e possua capacidade de auto-

gestão. Todos esses elementos aliados a uma boa oportunidade, podem gerar

um ótimo designer instrucional.

1.3.1 Modelo ADDIE

Para de fato entender as responsabilidades do designer instrucional é

primordial analisar o modelo ADDIE. Este modelo é composto por cinco etapas

que demarcam cada ação a ser realizada em um projeto educacional. Em

inglês a sigla significa Analysis (Análise), Design (Desenho), Development

(Desenvolvimento), Implementation (Implementação) e Evaluation (Avaliação).

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Segundo o blog da empresa Claritiy Solutions, especialista em

soluções para educação corporativa, O ADDIE foi desenhado pela Florida State

University para atender o Exército Norte Americano, e em seguida o modelo foi

ampliado para as demais entidades militares norte-americanas. Atualmente, a

influência do modelo pode ser vista em muitas metodologias de Design

Instrucional encontradas na indústria.

O objetivo principal era finalizar cada uma das etapas antes de iniciar a

próxima. O modelo ADDIE original possuía sub-etapas para cada uma das 5

fases principais, que por sua vez são originárias de um modelo mais antigo

conhecido como “Abordagem dos 5 Passos” (Five Step Approach)

desenvolvido pela Força Aérea Americana.

Com o passar do tempo, muitos praticantes passaram a aplicar

revisões e variações no modelo, visando sobretudo torná-lo mais dinâmico e

interativo. Foi em meados da década de 1980 que o modelo se transformou em

uma versão muito próxima da que é aplicada atualmente.

O portal Design Instrucional – Criando experiências de aprendizagem

explica as fases do ADDIE da seguinte maneira:

1) Análise – momento de coletar informações, entender as necessidades

da organização e preparar o relatório de diagnóstico. O papel do

designer instrucional nesta fase é solicitar dados, realizar entrevistas,

conduzir questionários para saber quais competências devem ser

trabalhadas no treinamento ou experiência de aprendizado.

2) Desenho – durante esta etapa todos os dados levantados na fase de

análise são utilizados para a definição dos objetivos do curso e para o

planejamento de atividades voltadas para o alcance desses objetivos.

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3) Desenvolvimento – é nesta fase que todo o material elaborado nas fases

anteriores é de fato criado. Para ganhar tempo, muitas vezes, as etapas

de planejamento são puladas, e o projeto se inicia diretamente na fase

de desenvolvimento. Esse é um erro que pode ser fatal ao projeto.

4) Implementação – neste momento, o material/curso criado nas fases

anteriores é colocado em prática. No caso de treinamentos em sala de

aula, trata-se da aplicação do treinamento; já no ensino à distância, é

nesta fase em que o participante fará uso dos materiais e atividades cri-

ados.

5) Avaliação – na fase de avaliação, o designer instrucional compara os

resultados planejados com os resultados obtidos e avalia o retorno em

relação ao investimento que foi feito durante todo o projeto. Desta forma

é possível descobrir se o projeto foi rentável, se atendeu as

expectativas, se precisa de ajustes etc.

Finalizamos aqui o primeiro capítulo desta pesquisa. No próximo,

falaremos sobre Educação a Distância, abordando os principais tipos de

ambientes virtuais de aprendizagem; a história da EAD no Brasil e as teorias de

aprendizagem utilizadas pelo designer instrucional na produção de materiais

didáticos para EAD.

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CAPÍTULO II A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

No século XXI vivemos em um mundo transformado pela tecnologia.

Talvez não tanto quanto o imaginado no filme „De volta para o futuro‟, no qual,

em 21 de outubro de 2015, os personagens Marty McFly (Michael J. Fox) e o

Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) encontraram carros voando, skates

flutuando e tênis se ajustando sozinhos aos pés. Ainda assim, evoluímos

tecnologicamente. E a educação também foi transformada por essa evolução.

Uma das principais provas de que a educação foi alcançada pela

tecnologia é a modalidade de Educação ministrada à Distância, conhecida hoje

pela famosa sigla EaD. O Ministério da Educação – MEC classifica Educação a

distância como a modalidade educacional na qual alunos e professores estão

separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização

de meios e tecnologias de informação e comunicação.

Ainda segundo o MEC, essa modalidade é regulada por uma legislação

específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e

adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.

Em seu artigo „O que é educação a distância‟, o professor e pesquisador José

Moran entende EaD como:

“o processo de ensino-aprendizagem, mediado por

tecnologias, onde professores e alunos estão separados

espacial e/ou temporalmente (...) mas podem estar

conectados, interligados por tecnologias, principalmente

as telemáticas, como a Internet.” (MORAN, 2002)

No mesmo artigo, José Moran também trata de esclarecer aquilo que a

EaD não é. Segundo ele “educação a distância não é um "fast-food" em que o

aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as

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necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e

virtual.”

João Mattar apresenta em seu livro Guia de Educação a Distância a

seguinte definição “A EaD é uma modalidade de educação, planejada por

docentes e instituições, em que professores e alunos estão separados

espacialmente e diversas tecnologias de comunicação são utilizadas.”

(MATTAR, 2011)

Apesar de também ser adepto ao termo “a distância”, João Mattar

declara, no mesmo livro citado anteriormente, que existe resistência de alguns

autores em utilizar a expressão, visto que ela faz referência a uma distância

que, do ponto de vista educacional ou psicológico, não existe necessariamente

quando fazemos EaD. Ele afirma que “Uma expressão alternativa cada vez

mais utilizada é Educação Aberta e a Distância. Outros autores preferem a

expressão Educação On-line que apontaria para a interatividade possibilitada

pelas novas TICs”

2.1 - Histórico e evolução da EaD

Hoje, a Educação a Distância poderia ser chamada de Educação On-

line sem grandes prejuízos, visto que o acesso a internet já é bastante

homogêneo na sociedade. Entretanto, a EaD já existia muito antes da internet,

graças a outros veículos de comunicação e informação que cumpriam bem o

seu papel na época e encurtaram distâncias entre aprendiz e conhecimento

bem antes da web nascer.

Segundo a Professora Doutora Marlene Almeida de Ataíde, no artigo

nomeado como „Novos tempos: Educação a Distância e a revolução da

tecnologia na sociedade em rede‟, o desenvolvimento da EaD pode ser descrito

basicamente em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e

de comunicação de cada época:

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Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo

material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo,

destaca-se no Brasil o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de

dezenas de anos nesta modalidade educativa, no país;

Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos

programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e

material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta

fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto

Minerva, no Brasil;

Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo

fixo para o acesso à educação. As inovações da World Wide Web

possibilitaram avanços na EaD nesta geração do século XXI.

A seguir, veremos como cada veículo de comunicação colaborou para

disseminação da educação a distância, de acordo com a tecnologia disponível

na época, e quais foram os programas que se destacaram em cada geração.

2.1.1 - EaD via correspondência

O portal on-line de Ead do Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial - Senac apresenta um pouco sobre a história da modalidade. O

início foi marcado pelo ensino por correspondência e o primeiro registro data de

1728, quando o jornal Gazeta de Boston ofereceu material para tutoria por

meio de correspondência. Mais de um século depois, em 1829, a educação a

distância chegou à Suécia com o Instituto Líber Hermondes. A expansão

continuou e, em 1840, a primeira escola por correspondência da Europa foi

inaugurada no Reino Unido.

A página de Educação a Distância do Jornal Folha de São Paulo,

apresenta uma reportagem de Galeno Lima, sob o título de „Da

correspondência à internet‟, a mesma traz a informação de que em 1858, a

Universidade de Londres passa a oferecer cursos superiores a distância.

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Décadas depois, a instituição diplomou a distância um de seus estudantes mais

famosos, o líder sul-africano Nelson Mandela, que cursou direito enquanto

estava prisão.

Ainda de acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, No Brasil,

segundo o especialista em EaD João Roberto Alves, as edições do "Jornal do

Brasil", no fim do século 19, já traziam anúncios de cursos de datilografia por

correspondência. Uma outra reportagem escrita por Camila Rodrigues e

publicada na página de Educação do Portal UOL, afirma que cursos de

correspondência recebiam mais de mil cartas por dia.

De acordo com a vice-presidente do Instituto Monitor, Elaine Guarisi,

em meados de 1985 havia 10 mil matrículas por mês em cursos livres. “Hoje

recebemos dez cartas por dia, em média. Até o início dos anos 1990, eram

mais de mil cartas por dia”. A reportagem ainda declara que entre os pioneiros

na oferta de cursos por correspondência no Brasil que sobrevivem às novas

tecnologias de informação estão o Instituto Monitor, fundado em 1939, e o

Instituto Universal Brasileiro, de 1941.

2.1.2 - EaD via transmissão de rádio

A era do rádio também deu sua contribuição para a educação a

distância. Em 1923 foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.A

principal função da emissora era a de possibilitar a educação popular. A Rádio

funcionou, inicialmente, nas dependências de uma escola superior mantida

pelo Poder Público. Inúmeros programas, especialmente os privados, foram

sendo implantados a partir da criação, em 1937, do Serviço de Radiodifusão

Educativa do Ministério da Educação. Destacaram-se, dentre eles:

a Escola Rádio-Postal "A Voz da Profecia", criado pela Igreja Adventista

em 1943, com o objetivo de oferecer aos ouvintes cursos bíblicos.

O SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial iniciou, em 1946,

suas atividades e logo a seguir desenvolveu no Rio de Janeiro e em São

Paulo a Universidade do Ar que em 1950 já atingia 318 localidades.

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A Igreja Católica, por meio da Diocese de Natal, no Estado do Rio Grande

do Norte, criou em 1959 algumas escolas radiofônicas, dando origem ao

Movimento de Educação de Base.

No sul do País, destaque para a Fundação Padre Landell de Moura, no

Estado do Rio Grande do Sul, com cursos via rádio.

Projetos como o MOBRAL, vinculado ao Governo Federal, prestaram

grande auxílio e tinham abrangência nacional, especialmente pelo uso do

rádio.

Como consequência da revolução de 1969 grandes iniciativas

relacionadas a rádio educativa foram embarreirados pelo sistema de censura.

2.1.3 - EaD via TV

O Brasil incentivou bastante o uso da TV para fins educacionais anos

60 e 70 e a mesma foi usada de maneira muito positiva inicialmente. Um ótimo

exemplo desses incentivos foi a criação do Programa Nacional de Teleducação

(PRONTEL), em 1972, que teve pouco aproveitamento, tendo em vista o

surgimento do Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê) como um órgão

integrante do Departamento de Aplicações Tecnológicas do Ministério da

Educação e Cultura. Em 1994 foi reformulado o Sistema Nacional de

Radiodifusão Educativa, cabendo à Fundação Roquete Pinto a coordenação

das ações.

A Fundação Roberto Marinho, criou alguns programas de sucesso,

como os telecursos, que atenderam - e continuam ainda atendendo - a um

número incontável de pessoas, através de mecanismos de apoio, para que os

alunos obtenham a certificação pelo Poder Público.

A TV Educativa, projeto do Ministério da Cultura, oferece poucos

programas educacionais. A chegada do sistema de TV fechada (a cabo)

permitiu que algumas novas emissoras se dedicassem de forma correta à

educação, destacando-se as TVs Universitárias, o Canal Futura, a TV Cultura,

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dentre outras que difundem algumas de suas produções também por canais

abertos.

2.1.4 - EaD via Internet

Em seu livro Guia de Educação a Distância, João Mattar afirma que:

“Por volta de 1995, com o crescimento explosivo da internet, pode-se observar

um ponto de ruptura na história da EAD. Surge um novo território para

Educação, o espaço virtual da aprendizagem, digital e com base na rede”

Hoje os meios disponíveis são diversos. Entre ele, teleconferência,

chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, espaços wiki,

plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional

entre alunos e tutores.Em seu artigo “O que é Educação a Distância”, de 2002,

Moran previu que “As possibilidades educacionais que se abrem são

fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na

TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância.” (Moran,

2002).

O professor e especialista em EaD, Wilson Azevedo, em seu artigo

‟Panoroma atual da Educação a Distância no Brasil‟, declara:

“Antes da Internet tínhamos uma EAD que utilizava

apenas tecnologias de comunicação de um-para-muitos

(rádio, TV) ou de um-para-um (ensino por

correspondência). Via Internet temos as três

possibilidades de comunicação reunidas numa só mídia:

um-para-muitos, um-para-um e, sobretudo, muitos-para-

muitos.”

A internet permanece até hoje como o principal meio de contato a

promover a EaD. A cada novo dia se descobrem outras maneiras de expandir o

contato entre alunos e tutores e de colaborar mais para a disseminação do

conhecimento.

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2.2 –EaD no Brasil

Os cursos de nível superior oferecidos dentro da modalidade de

Educação a Distância têm uma história recente no Brasil. Em 1992 foi fundada

a Universidade Aberta de Brasília, criada pela Lei 403/92, uma das primeiras

iniciativas públicas de curso superior por EAD. Entretanto, somente em 1996 a

modalidade foi regulamentada no País, através da LDB – Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Segundo Jose Manuel Moran,

“A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996),

em especial nos seus artigos 80 e 87, reconhece a

educação a distância e a partir de aí se intensificam os

cursos nos vários níveis. Até então os cursos eram

esporádicos e se concentravam mais no seu caráter

supletivo(...)”

Assim como Moran, Mattar também concorda que o grande avanço da

EAD no ensino superior ocorreu a partir de 1980, graças aos projetos de

informatização, que geraram as novas tecnologias da informação e da

comunicação, e com a abertura da legislação específica para área.

Com essa evolução, os brasileiros têm abraçado cada vez mais a

Educação à distância como sua modalidade de ensino preferencial. Uma

pesquisa feita pelo Censo da Educação Superior de 2012 aponta que a

educação a distância (EAD) cresceu mais que a educação presencial de 2011

a 2012. Em um ano, houve um aumento de 12,2% nas matrículas da EAD,

enquanto a educação presencial teve um aumento de 3,1%.

O Portal Educação apresenta em um artigo de autoria de Enderson

Lara, as várias vantagens de cursar a modalidade EAD. Muitas destas se

resumem à própria concretização de seus objetivos e estão relacionadas a

diversos fatores. Dentre as várias vantagens desta modalidade de ensino,

destacam-se as seguintes:

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• Combinação entre estudo e trabalho.

• Permanência do aluno em seu ambiente familiar.

• Menor custo por estudante;

• Diversificação da população escolar;

• Pedagogia inovadora;

• Autonomia do aluno;

• Materiais didáticos já incluídos no preço;

• Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio;

• Apoio com conteúdos digitais adicionais;

• Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade;

• Flexibilidade: Onde estudar? Quando estudar? Em que ritmo?

O índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país está

diretamente ligado ao nível de renda, longevidade e educação de seus

habitantes. Se levarmos em consideração o crescimento das matriculas nos

cursos de ensino superior no Brasil, é possível acreditar que estamos no

caminho certo para aumentarmos tal índice, pelo menos no que diz respeito a

educação.

De acordo com o Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira - INEP, o Censo da Educação Superior apontou

que, em 2012 o total de alunos matriculados na educação superior brasileira

ultrapassou a marca de 7 milhões. Esse número representa aumento de 4,4%

em relação a 2011. No que diz respeito a modalidades de ensino, entre 2011 e

2012, as matrículas avançaram 12,2% nos cursos a distância e 3,1% nos

presenciais. Mesmo com este crescimento, a modalidade à distância

representava apenas pouco mais de 15% do total de matrículas em graduação.

O resultado do Censo de Educação Superior de 2014, não foi muito

diferente. Também apresentou forte crescente na Educação a Distância no

país. Segundo o levantamento, a modalidade de educação a distância está em

constante ascendência. Entretanto continua correspondendo a uma

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participação não muito maior que 15% do total de matriculados no ensino

superior do país.

Ainda de acordo com os dados publicados pelo Inep, nos últimos dez

anos, o número de matriculados nos cursos de graduação a distância passou

de 5 mil para 30 mil. Em 2014 se contabilizou mais de 1,2 mil cursos a

distância no Brasil enquanto em 2003, havia 52. As universidades são

responsáveis por 90% da oferta, o que representa 71% das matrículas nessa

modalidade.

Segundo Aloizio Mercadante, ministro da Educação, o índice do ensino

fora de sala de aula ainda é baixo, e existe espaço para crescer. De acordo

com o ministro é preciso garantir a qualidade do ensino, e a intenção é ampliar

a oferta nas instituições federais.

Em seu artigo, publicado pela revista ETD – Educação Temática Digital

da Unicamp em 2009, Moran faz a seguinte afirmativa:“Depois de uma década

de experimentação, o ensino superior a distância encontra-se numa fase de

crescimento intenso, de consolidação pedagógica e de intensa regulação

governamental, com diretrizes bem específicas.” (Moran,2009)

Cinco anos depois, em 2014, por meio do artigo „A EAD no Brasil:

cenário atual e caminhos viáveis de mudança‟, Moran critica:

“Muitas instituições banalizam a EAD; pensam que é fácil,

barata, com recursos mínimos e que qualquer um pode

trabalhar nela ou ser aluno. Muitos cursos são previsíveis,

com informação simplificada, conteúdo raso e poucas

atividades estimulantes e em ambientes virtuais pobres,

banais.” (Moran,2014)

Como solução para essas questões, Moran prevê que “Prevalecerão,

no médio prazo, as instituições que realmente apostem na educação com

projetos pedagógicos atualizados, com metodologias atraentes, (...)” Ele

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complementa ainda, afirmando que hoje é possível oferecer propostas mais

personalizadas nas quais é possível monitorar e avaliar o desempenho dos

alunos em tempo real. Coisa que não é possível na educação a distância mais

massiva ou convencional.

É dentro deste contexto que o designer instrucional se torna cada vez

mais necessário e fundamental. Este profissional é considerando por Moran

como “cada vez mais decisivo para contar com roteiros cognitivos inteligentes,

com equilíbrio entre aprender juntos e sozinhos”. Ainda segundo Moran, ao

personalizar a EaD será possível oferecer “materiais mais atraentes, com

muitos recursos típicos dos jogos: fases, desafios, competição, colaboração,

recompensas. ”

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CAPÍTULO III NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Educar é uma ação antiga que, naturalmente, relacionamos à infância.

Até mesmo a Bíblia nos dá uma prova dessa associação, no livro de

Provérbios, capítulo 22, versículo 6, diz: “Educa a criança no caminho em que

deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”O livro de

Provérbios foi escrito pelo rei Salomão, filho do rei Davi, muito antes de Jesus

nascer. De lá pra cá muita coisa evoluiu.

A educação continua necessária, não apenas no sentido

comportamental, mas também no que diz respeito ao conhecimento. Hoje,

quando o termo educação é utilizado, sabemos que pode estar relacionado a

qualquer idade. Desde os tempos bíblicos até os dias atuais, o método de

educar passou por muita evolução.

O mundo não é mais o mesmo. Hoje temos a industrialização, a

globalização, a profissionalização, e tudo isso foi impulsionado por uma única

palavra: tecnologia. Ao usar esse termo, rapidamente o associamos ao novo,

recente, de vanguarda... Mas será que é realmente isso o que ele quer dizer?

O portal Significados classifica tecnologia como um produto da ciência

e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas

que visam à resolução de problemas. Podemos até classificar as tecnologias

de acordo com a época ou áreas em que foram criadas: primitivas, medievais,

militares, de navegação, entre outras.

As tecnologias primitivas envolvem a descoberta do fogo, a invenção

da roda, a escrita. As tecnologias medievais englobam invenções como a

prensa móvel, tecnologias militares como a criação de armas, as tecnologias

das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. Esses são

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exemplos que tornam mais fácil compreender que a tecnologia não está

limitada ao moderno.

Contudo, o que nos diz respeito, dentro do contexto desta pesquisa,

levando em conta o tema deste terceiro capítulo, é falar sobre as novas

tecnologias educacionais, também classificadas como NTICs (novas

tecnologias da informação e da comunicação).

A partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e

comunicação através da evolução das telecomunicações, utilização dos

computadores, desenvolvimento da internet. As novas tecnologias são fruto do

desenvolvimento tecnológico alcançado pelo ser humano e têm um papel

fundamental no âmbito da inovação.

As antigas tecnologias educacionais, que ainda são utilizadas e com

resultados bastante positivos, principalmente em salas de aula, são os livros,

cadernos, quadro negro e giz, e por que não citar os, hoje já aposentados,

retroprojetor e mimeógrafo, que ainda na minha época de ensino fundamental,

mesmo sem possibilitar grandes interações, se faziam valer com o esforço das

professoras.

Como novas tecnologias educacionais, podemos citar diversos

exemplos, como: quadro interativo, vídeos on-line, games, podcasts, e-

learning, m-learning, ambientes virtuais como o secondlife, simuladores de

aprendizagem, realidade aumentada, entre outros. Todos os dias novas

tecnologias são criadas, implementadas e disseminadas no mundo da

educação presencial ou à distância.

Embora as NTICs tenham sua importância também na educação

presencial, a modalidade tratada nesta pesquisa é a EAD, por isso, vamos

destacar o e-learning como tecnologia educacional a ser estudada, visto que o

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objetivo deste material é enfatizar o papel do designer instrucional na relação

entre o crescimento da EAD e as novas tecnologias.

3.1 – E-learning

E-learning é uma modalidade de ensino a distância que possibilita a

aprendizagem autoinstrucional, acessado principalmente via internet por

computadores ou notebooks. Por meio dos recursos didáticos inseridos, o

próprio aluno é capaz de conduzir o seu aprendizado.O termo “e-learning” vem

de “eletroniclearning” (aprendizado eletrônico), já que se trata de uma

modalidade de ensino ministrado totalmente pelo computador.

Diferente de uma simples disponibilização de cursos pela internet ou

videoconferência, o e-learning refere-se à criação de hábitos de aprendizagem

distintos daqueles incentivados pelo ensino presencial, principalmente no que

diz respeito ao aprendizado, visto que a internet exige uma maior concentração

por parte do aluno, que deve conduzir o seu estudo.

Aqui no Brasil, o e-learning se popularizou ainda dentro da modalidade

presencial, mais precisamente nas universidades. A Portaria 4.059, publicada

pelo MEC em dezembro de 2004, permite que os cursos superiores

reconhecidos pelo ministério ofereçam disciplinas na modalidade

semipresencial. O decreto define que, no máximo, 20% da carga horária total

do curso apresentado e aprovado no MEC podem ser feitos à distância.

3.1.1 – Tipos de e-learning

Podem existir dois tipos de e-learning: síncrono e assíncrono. É preciso

que o designer instrucional possua a informação a respeito do tipo de e-

learning a ser desenvolvido, pois cada um tem diferentes características que

influenciam diretamente na solução educacional e nos recursos a serem

inseridos.

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Síncrono– O e-learning de tipo síncrono exige que o acesso e as

atividades relacionadas ao curso aconteçam sempre no mesmo horário. A

interação ocorre entre aluno e conteúdo, alunos e alunos e entre alunos e tutor.

Esse modelo possibilita um ambiente similar ao da sala de aula, pois torna

possível atividades como grupos de discussão, trabalhos em equipe,dinâmicas

e tipos similares. Um outro grande benefício é a tutoria, que possibilita que os

alunos tirem dúvidas praticamente em tempo real e cria um elo afetivo com os

participantes, diminuindo a evasão.

Como desvantagem deste modelo, é possível destacar a necessidade

de obedecer a horários e prazos, a dependência do tutor para evoluir nos

estudos e a espera pelo feedback das atividades e avaliações. No que diz

respeito ao design instrucional, existe uma liberdade maior para desenvolver

conteúdos e propor atividades mais complexas no modelo discursivo,

considerando que o tutor poderá tirar dúvidas e corrigir os exercícios.

Assíncrono – Já o e-learning de tipo assíncrono não permite interação

além do conteúdo. É totalmente autoinstrucional e deve ser trabalhado pelo

designer instrucional com muito cuidado, o conteúdo precisa estar o mais claro

possível, já que não haverá como o aluno tirar dúvidas com um tutor, por

exemplo. Em compensação o estudante fica livre para estudar no momento

que achar mais adequado.

Neste modelo as desvantagens também existem. Podem ser elencadas

como pouco comprometimento dos alunos pela ausência/limitação da tutoria, o

que fatalmente gera evasão; a dificuldade de entendimento pela

impossibilidade de tirar dúvidas; a falta da troca de experiências, de vínculo

afetivo e de networking com outros participantes.

3.1.2 LMS / AVA

Ao desenvolver cursos on-line geralmente é preciso monitorar a

presença e a participação dos alunos, até mesmo como critério de avaliação. É

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necessário também testificar o nível de conhecimento obtido com base no

mesmo. Por conta de se tratar de um curso realizado de maneira virtual, no

qual os encontros ocorrem a distância, não é possível usar os mesmos

recursos de acompanhamento de um curso presencial. Então qual foi a solução

encontrada? O LMS!

O Learning Management System (LMS), conhecido no Brasil como

AVA – Ambiente virtual de aprendizagem, é um software de banco de dados

com a tecnologia que permite o desenvolvimento de cursos eletrônicos

inteligentes. Traduzindo, é o “local virtual” onde, em geral, os cursos na

modalidade a distância ou semipresencial acontecem. São ambientes que

utilizam plataformas especialmente planejadas para abrigar cursos.

Existem diversos modelos de AVAs, gratuitos e comerciais, e todos

possuem suas particularidades, que os tornam mais ou menos adequados

dependendo das características do projeto. Dentre os ambientes comerciais

estão o Blackboard, Desire2Learn e eCollege. Alguns dos principais ambientes

virtuais gratuitos são o moodle, TelEduc e o AulaNet. Os LMS gratuitos

possuem código livro/aberto e podem ser configurados por profissionais

especializados.

Por meio do ambiente virtual de aprendizagem, além da área reservada

para a apresentação do conteúdo, que pode ser feita em diversos formatos

como vídeos e animações, é possível gerar relatórios com diversas

informações a respeito da evolução dos participantes no curso. É possível

também disponibilizar interações síncronas como os chats e assíncronas como

fóruns de discussão. Tais recursos proporcionam a interação entre os

participantes e com os tutores.

3.1.3 SCORM

Um designer instrucional que trabalha com EAD e convive com uma

equipe multidisciplinar, pode ficar um pouco confuso com alguns termos

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utilizados, principalmente os relacionados à área de programação. LMS, AVA,

Moodle, temas que já foram trabalhados nesta pesquisa, são alguns destes

termos, porém é possível que o mais complicado deles seja o SCORM.

A sigla SCORM significa Sharable Content Object Reference Model.

Gustavo Escoqui, Coordenador de Programação na Ciatech, define SCORM

como “uma padronização técnica para garantir a correta comunicação entre

cursos on-line (WBT – Web-Based Training) e diferentes plataformas

gerenciadoras, os LMS (Learning Management System).”

Em 1999 foi criada, pela ADL (AdvancedDistributed Learning) a

primeira versão do SCORM. A versão 1.2, mais utilizada no Brasil, apesar de

não ser a mais recente, foi lançada em 2001. O principal benefício de se utilizar

o SCORM é a padronização das entregas de cursos WBT pois, um curso

desenvolvido dentro dos padrões funcionará perfeitamente em qualquer

plataforma em que for disponibilizado.

3.2 – M-learning

O M-learning, também conhecido como mobile learning, pode ser

considerado uma variação do e-learning para acesso em mecanismos portáteis

como tablets e smartphones.Um recurso que definitivamente impulsionou o

mobile learning é o Wi-fi, que torna possível acessar a internet na praia, no

trem, no metrô, nos ônibus, nos shoppings sem a menor dificuldade e com zero

custo.

Hoje, o tempo gasto entre a casa e o trabalho ou esperando a próxima

sessão de cinema pode ser investido em conhecimento. O mesmo curso que

você começou no computador, antes de sair de casa, pode ser finalizado a

caminho do shopping. Entretanto, no que diz respeito ao design instrucional

existem pequenas diferenças que precisam ser respeitadas.

O simples fato de ser um momento aproveitado, e não apropriado para

estudo, que seria o ideal, exige que o material que compõe o curso seja mais

curto, leve e com menos elementos visuais e necessidades de clique para

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desdobramento. Para tal, é preciso utilizar técnicas de microlearning, que se

trata basicamente de expor o conteúdo de maneira mais objetiva possível,

usando para isso recursos como bullets, infográficos, jogos, quizzes etc.

Quando se trata de mobile learning, é preciso considerar o designer

responsivo. Um artigo do site Midiatismo, define designer responsivo, como

“aquele que responde ao tamanho da tela para se adequar da melhor forma.

Ou seja, ao invés de criar dois cursos separados, um para mobile e um outro

para desktops, é feito apenas um curso que vai se adaptar a qualquer tela em

que ele for carregado.”

3.3 – Os recursos de DI

É importante considerar que cursos produzidos como e-learning e

m-learning não podem ser simplesmente adaptações dos conteúdos

ministrados em cursos presenciais. E é nesta questão que o trabalho do

designer instrucional faz toda a diferença, a face didática do profissional é

posta em ação durante a produção do material. Este é o momento de

desenvolver a versão de DI do curso, chamado pela equipe de storyboard, ou

SB.

O Storyboard é o arquivo de trabalho do desenhista instrucional, é nele

que o profissional transforma o conteúdo bruto em um material interessante e

cheio de recursos didáticos, levando sempre em consideração o público alvo,

os objetivos a serem alcançados, o tipo de curso a ser produzido e por qual

ferramenta ele será acessado. O SB normalmente é produzido em softwares de

apresentação de slides ou editor de textos.

Entre as primeiras ações do designer instrucional ao trabalhar o

conteúdo, é dividi-lo adequadamente por módulos ou unidades conforme a

complexidade do projeto. Depois é necessário definir e informar ao aluno os

objetivos de aprendizagem e as competências a serem desenvolvidos no curso

ou disciplina. Para definir os objetivos de aprendizagem, normalmente é

utilizada a Taxonomia de Bloom.

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Frequentemente são utilizados personagens ou “mascotes” para

conduzir a linguagem dialógica que é construída ao longo das telas. Alguns

recursos de web também podem ser aplicados no intuito de setorizar o

conteúdo, tais como pop ups e mouse over, muito funcionais como glossário de

palavras desconhecidas do público e apresentação de conceitos. Para tornar o

curso mais dinâmico, podem ser inseridos vídeos do you tube, links de artigos

e entrevistas publicados na internet.

A interatividade fica por conta dos questionamentos reflexivos, das

atividades, que podem ser de diversos tipos, sempre acompanhadas por

feedback imediato, e do incentivo aos cliques em elementos, que podem

revelar novos conteúdos, imagens ou animações ocultas na tela principal. As

avaliações também podem ser realizadas por meio do e-learning,

principalmente para testar a assimilação do conteúdo estudado.

Os recursos visuais também são importantes ferramentas do desenho

instrucional. A aplicação correta de cores para composição das telas, a

inserção de boxes para destacar trechos dos textos e a utilização de cenários

que estejam dentro do contexto do tema do material e de acordo com a

realidade do público, aproximam os alunos, despertam interesse e criam uma

identificação imediata.

3.4 – A equipe multidisciplinar

No primeiro capítulo desta pesquisa, vimos que dentre as

responsabilidades do designer instrucional está a coordenação do processo de

produção do projeto educacional, que também pode ser chamado de

gerenciamento de projetos. Em algumas empresas, o lado gerencial do DI é

mais exigido do que em outras, independentemente disso, é necessário

conhecer quais são as especialidades envolvidas na produção de um curso

para EAD.

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O e-learning e o m-learning são tipos de cursos feitos a muitas mãos.

Apesar das aulas na modalidade EAD serem financeiramente mais

interessantes para o aluno, a produção de um curso deste tipo envolve tempo e

dedicação de diversos profissionais especializados. Cada um é responsável

por uma parte no processo de desenvolvimento, até que o mesmo seja

concluído.

A este grupo de profissionais é dado o nome de equipe multidisciplinar,

pois são necessárias diversas formações para o que produto final saia com a

qualidade máxima.A formação desta equipe pode variar de acordo com o

projeto a ser produzido. Entretanto, algumas funções são praticamente

indispensáveis, como: conteúdista, designer instrucional, revisor de textos,

designer gráfico/Web Designer, programador e tutor.

O conteúdista é o profissional da equipe multidisciplinar responsável

pelo conteúdo. Normalmente, trata-se de uma pessoa especialista no assunto

do tema a ser trabalhado no curso. Por exemplo, para um curso de

gastronomia, contrata-se um chef de cozinha para elaborar o material bruto a

ser utilizado no curso.

Conforme já foi falado de maneira mais abrangente no primeiro

capítulo, o Designer instrucional é responsável por diversas etapas na

produção de um projeto educacional, resumidamente, no que diz respeito ao e-

learning, a atuação deste profissional está diretamente ligada ao tratamento

didático do conteúdo elaborado pelo conteudista. Para isso, o DI aplica os

recursos já descritos no ponto 3.3 deste capítulo.

O fluxo de produção do material digital pode variar em algumas

empresas, porém o mais correto, é que a revisão gramatical seja realizada no

mínimo duas vezes antes de ser publicado. A primeira é depois do DI e a última

é após o designer gráfico. Na etapa de revisão, o profissional deve observar,

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além da questão gramatical e ortográfica, as diferenças de padrão na escrita e

na estrutura do material, além da coesão, coerência e possíveis erros de

digitação.

Após estar devidamente revisado, chega o momento dos recursos

visuais aplicados pelo designer gráfico ou web designer. Neste ponto são

definidos o projeto de identidade visual do curso (PIV) que envolve cores,

elementos, iconografia, fontes e personagens. Neste momento também são

desenvolvidas as ilustrações, animações, inserção de imagens e outros

recursos idealizados e sugeridos pelo DI.

Paralelamente ao designer gráfico, o programador pode iniciar o seu

trabalho. A este profissional fica a responsabilidade de realizar as

configurações necessárias para o funcionamento correto do curso no AVA,

garantindo que a navegação, as avaliações e as atividades do curso “rodem”

de maneira correta, e que o relatório com as informações de desempenho seja

gerado corretamente.

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CONCLUSÃO

Com base em todos os especialistas consultados e também nas

minhas experiências profissionais e pessoais, que jamais seriam suficientes,

porém foram fundamentais para a escolha e o desenvolvimento do tema, essa

pesquisa conclui que, de fato, o papel do designer instrucional tem grande

importância para a evolução da educação à distância.

Tal afirmação é feita, considerando que a EAD, a partir do seu modelo

on-line, se tornou algo novo, que chegou para atender a demanda de um

público que anseia por algo capaz de captar sua atenção. Essa demanda criou

uma nova necessidade. Era preciso que alguém fosse capaz de dominar e

aplicar tecnologias que, por vezes, eram desconhecidas de educadores

atuantes na educação presencial.

Essa nova necessidade foi reforçada por um fator decisivo: a ausência

de capacidade didática em especialistas que precisavam disseminar

conhecimento técnico. Era necessária uma nova linguagem capaz de levar

conhecimento por meios mais eficientes e menos custosos. Essa foi a chave

que abriu as portas do mercado para um profissional muito específico: o

designer instrucional.

A atuação deste profissional é estratégica e difere de todos os outros

envolvidos na produção de um projeto educacional. O DI é capaz de equilibrar

em sua atuação tecnologia, educação e gestão de projetos. É justamente essa

versatilidade que o torna único, visto que ele é capaz de tornar aquilo que

poderia ser entediante e ignorado em algo interessante e capaz de levar

genuíno conhecimento a um público exigente e sedento pelo novo.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

EPÍGRAFE 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O Design Instrucional 10

1.1 – O que é o Design Instrucional 11

1.2 – O histórico do Design Instrucional 12

1.3 – Responsabilidades do Designer Instrucional 15

1.3.1 – Modelo ADDIE 18

CAPÍTULO II

A Educação a Distância 21

2.1 – O histórico e a evolução da EaD 22

2.1.1 – EaD via correspondência 23

2.1.2 – EaD transmissão de rádio 24

2.1.2 – EaD via TV 25

2.1.3 – EaD via Internet 26

2.2 – EaD no Brasil 27

CAPÍTULO III

Novas Tecnologias Educacionais 31

3.1 – E-learning 33

3.1.1 – Tipos e e-learning 33

3.1.2 – LMS/AVA 34

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2.1.3 – SCORM 35

3.2 – M-Learning 36

3.3 – Os recursos de DI 37

3.4 – A Equipe Multidisciplinar 38

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 42

ÍNDICE 47