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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Por: Izilda Mendes Corado da Silva
Orientador
Prof. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2007
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Supervisão
Escolar .
Objetivo Geral:
Tecer considerações sobre a importância da
Formação Continuada para os profissionais da
educação.
Por: . Izilda Mendes Corado da Silva
3
AGRADECIMENTOS
..À Deus por me dar força, coragem e
sabedoria neste momento tão difícil.
Aos meus colegas e professores do
curso de pós-graduação.
Minha mãe e minha tia que me
incentivaram para a conclusão do
curso.
4
DEDICATÓRIA
À Paula que é o sentido maior da minha
vida.
Ao Paulinho, meu grande amigo e
companheiro, pela paciência nos
momentos de desânimo.
Ao meu pai, in memorian, meu professor
na escola da vida.
5
EPÍGRAFE
Os educadores, apesar das suas dificuldades, são
insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a
tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas
enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser
ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.
Augusto Cury
Pais Brilhantes Professores Fascinantes
6
RESUMO
A crise no sistema de educação é um fato que nos faz refletir,
questionar as práticas pedagógicas e concluir que a busca de soluções deve
partir das escolas por meio da interação com seus integrantes. A importância
do desenvolvimento qualitativo da instituição depende da relação entre alunos,
diretores, funcionários, supervisores, que faz da escola um ambiente de
aprendizagem. Por isso, este estudo teve seu foco voltado para a Formação
Continuada o que demonstra a importância da construção de uma nova
realidade educacional. Quando reconhecemos a Formação Continuada dos
profissionais de uma instituição de ensino, estamos reconhecendo o valor
desse processo nas práticas educativas, e com isso associamos a formação
com a prática pedagógica, ou seja, o dia- a - dia dos profissionais.
7
METODOLOGIA
Com o objetivo de compreendermos a importância da formação
continuada para os profissionais da educação, realizamos os seguintes
procedimentos metodológicos:
X Consultas a fontes bibliográficas;
X Entrevistas a profissionais da educação da rede pública e privada de
ensino;
X Pesquisa em internet;
X Análise da pesquisa de campo realizada por Siffert1, como disciplina
obrigatória de Estágio Supervisionado de Organização e Gestão
Escolar II.
1 Esta pesquisa possui caráter qualitativo e subsidiou dados para a compreensão e aprofundamento do tema proposto. A aluna utilizou como instrumento de pesquisa a realização de entrevistas abertas com professores e gestores da instituição.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - Um Breve Resgate Acerca da Educação 10
CAPÍTULO II - A Formação Continuada 18
CAPÍTULO III – Aspectos Qualitativos da Formação Continuada
em Campo 31
CAPÍTULO IV – CONCLUSÃO 36
REREFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ANEXOS 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
9
INTRODUÇÃO
Este estudo afirmou a minha preocupação inicial de que a Formação
Continuada foi e ainda continua sendo um grande desafio para os profissionais
que lidam com a Educação.
Durante muito tempo, a grande maioria dos profissionais atuantes no
cotidiano escolar após a conclusão de seu curso, não continuava a investir em
uma Formação Continuada, seja pela ausência ou ineficácia das políticas
públicas voltadas para essa finalidade, por falta de estímulo do seu trabalho,
falta de capital ou falta de tempo devido à sua carga horária. Não se cultivava o
hábito de fazer um curso mais atualizado ou até mesmo uma pós-graduação,
para promover a troca contínua do conhecimento. Com isso, deixavam de ficar
a par de novas práticas pedagógicas, não trocando experiências próprias de
sala de aula, novas teorias educacionais, de forma que esse intercâmbio
trouxesse novos aprendizados para serem utilizados no que diz respeito à
Formação Continuada de professores.
10
CAPÍTULO I
UM BREVE RESGATE ACERCA DA EDUCAÇÃO
Existe na prática atuando em sala de aula e no contexto educacional
maior, uma grande heterogeneidade de profissionais cuja formação inicial
também foi heterogênea. Profissionais com apenas o curso normal, formação
em nível superior e pós-graduado e até mesmo os profissionais com formação
no polêmico curso normal superior.
Isso sem falar na heterogeneidade interna dos próprios cursos, posto
que já tivemos a formação de nível normal como formação de excelência.Com
isso precisamos dizer que a Formação Continuada parece também ter o papel
de promover uma certa coesão nessas múltiplas “deficientes” estâncias e, em
alguns de formação.
É, importante salientar que, muitas vezes, o conceito de Formação
Continuada e sua própria aplicabilidade cotidiana correm, freqüentemente o
risco de serem consideradas formações para suprir as lacunas da formação
inicial, o que é inadmissível. Esse aspecto pode minimizar ou mesmo anular
todo o caráter de Formação Continuada e isentar as responsabilidades da
finalidade necessária a formação inicial.
Conforme Nascimento (1996,p.223) assinala, a Formação Continuada
do professor é posterior a sua formação inicial, já que a Formação Continuada
é do nível de cursos de extensão, especialização ou atividades de formação
proposta pelos diferentes sistemas de ensino.
11
No entanto, esse quadro começa apresentar sinais de mudança e de
acúmulo teórico crítico, sobretudo a partir dos anos 80 e 90 no Brasil, paralelo
ao processo da globalização e também pelo quadro de redemocratização
política iniciado na década de 80, abriu-se assim a possibilidade de criação de
instâncias representativas como a ANFOPE (Associação Nacional pela
Formação dos Profissionais da Educação), conforme explica Bezerra
(2000,p.17), ela foi criada devido à necessidade de se romper com a
qualificação presente na formação. Com isso nos anos 80 e 90 a ANFOPE
promoveu encontros, formulando propostas e realizando experiências, no
sentido de garantir a melhoria da formação do educador.
Essa mudança no quadro de formação dos profissionais ocorreu
devido à globalização e conseqüentemente as cobranças que foram
aparecendo por meio dos pais e alunos, e com a nova legislação também, que
visa um profissional mais atualizado.
Nogueira em seu livro “Pedagogia dos Projetos” (2001, p.56), fala da
importância dessa atualização para os profissionais da Educação de forma que
trabalhem com seus alunos, usando as múltiplas inteligências como também
aproveitando a interdisciplinaridade para melhor aproveitamento de suas aulas
e da formação dos alunos, atingindo ao mesmo tempo várias áreas do
conhecimento, sem contar que consecutivamente está provocando a
exploração de suas competências.
Cabe então ao professor buscar aprender e se informar para discutir e
ensinar novas questões, de modo que seus alunos aprendam de acordo com o
mundo atual. Já que as cobranças vêm aparecendo, nesse sentido. No que diz
respeito a esse processo de transformação dos educadores, Candau (1996,
p.49) assinala que:
12
A formação de educadores está passando por um
momento de revisão substantiva e de crise em nosso
país. Muitos que provocam essa situação entre, eles
podemos citar: o questionamento do próprio papel
exercido pela educação na sociedade, a falta de
clareza sobre a função do educador e a problemática
relativa à redefinição do curso de pedagogia e da
licenciatura em geral.
No entanto hoje não podemos mais fechar os olhos para tal situação
referente à Formação Continuada, pois essa instabilidade do sistema
educacional e da nova legislação em si, traz para o educador uma certa falta
de clareza no que diz respeito a sua função hoje no mercado. Com isso, a
formação contínua ajuda a esclarecer diversos fatores ligados a esse quadro
instável em que o educador se encontra, sem saber o que ele deve seguir
como meio de formação na sua área. Daí a necessidade da escola em
participar de toda essa situação com seus profissionais e implantar projetos de
Formação Continuada, fazendo com que seus docentes tenham uma visão
mais ampla da problemática que envolve a sua profissão, e trazer a questão do
processo que está sendo questionado em relação à formação desses
docentes.
Temos que ter uma escola mais aberta, mais social e participativa de
forma que o nosso PPP (Projeto Político Pedagógico) seja de uma escola atual,
participativa e inclusiva com profissionais mais atualizados, competentes e
habilidosos, que possam fazer de seus conhecimentos pedagógicos não
apenas simples planejamento ou até mesmo, práticas já ultrapassadas. Temos
absoluta certeza que tais práticas já não podem ser utilizadas num mundo
globalizado e informatizado no ápice da era tecnológica.
13
Candau (2002 p.42 à 45) fala da importância do profissional da
educação em superar o formalismo didático, onde o profissional utiliza o
conteúdo como apenas uma estrutura para seu método didático, reduzindo a
prática pedagógica a um único elemento e instrumento de aprendizagem. Com
isso a autora fala do desafio no momento para nós, que é o de reflexionar
coletivamente sobre as questões didáticas que devem integrar os cursos de
formação de professores e com que enfoque trata-las.
Podemos então analisar que a formação do docente depende de um
processo de construção que atende a demanda do mercado atual e do desafio
em superar o formalismo didático fazendo com que a formação desses
docentes envolva questões a serem debatidas em função de uma prática
reflexiva, que deve fazer parte do seu cotidiano. Não só na sala de aula, mas
também em todos os aspectos que envolvam assuntos ligados a instituição em
que ele trabalha.
Entramos no 3º milênio e não podemos continuar trabalhando com
nossos profissionais de forma inadequada, antiquada, e com práticas
pedagógicas ultrapassadas , pois já tivemos provas, por diversos estudiosos da
área da Educação, que muitos métodos usados no passado não podem fazer
parte de nosso presente, principalmente no tocante a avaliação, inclusão,
didática e práticas pedagógicas ,que estão cada dia mais voltadas para o
crescimento, tanto do profissional que está atuando como do seu aluno que
está sendo o tempo todo testado e avaliado em suas múltiplas inteligências.
O professor corre o risco de ficar para trás se não conseguir vencer o
desafio das mudanças sociais e tecnológicas, que envolve o aluno. Ele deve
renovar a sua prática educativa, passando a ser um professor interdisciplinar,
vide os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que já estão cobrando essa
prática de nossos docentes.
Para Fazenda (1991), o professor interdisciplinar é uma pessoa ousada
e assume o desafio da prática educativa renovada.
14
No entanto ele se envolve com o movimento de transformação que é
importante para o amadurecimento contínuo do ser humano. Percebemos que
na sua prática docente o professor enfrenta seis desafios que são: refletir sobre
a própria prática; deixar de ser o centro dos conhecimentos e o transmissor de
informações; ser o organizador de situações de aprendizagem significativas, o
mediador e orientador do processo; conhecer os alunos, saber das suas
necessidades e discutir com eles sua própria formação; abandonar a prática
solitária e trabalhar cooperativamente, dialogando com os novos conceitos
teóricos em função de acumular toda a informação necessária para responder
a todas as questões que emergem na sala de aula.
Portanto, temos que nos aperfeiçoar e trocar nossas experiências, nos
atualizando em prol de um crescimento mútuo para que juntos possamos dar
nossa contribuição para aqueles que no futuro dependerão do trabalho que
estamos fazendo. Logo, não podemos deixar de manter uma Formação
Continuada.
Tudo que podemos acrescentar no nosso conhecimento em prol de
melhoria e atualização de nossas tarefas e do nosso trabalho é sempre bem
vindo, uma vez que o conhecimento não pesa, porém o saber destaca, evolui e
cresce o indivíduo. Fazendo dele e dos que estão à sua volta pessoas
altamente capazes e competentes e quando há possibilidade de troca desse
saber junto com experiência, o conhecimento em geral fortalece. Isso talvez
seja um dos melhores aprendizados que o livro ou teoria nenhuma venha dar a
alguém. É preciso também que haja estímulo e motivação para esses
profissionais.
Lück (2001, p.33) vê a motivação como a chave que abre a porta para
o desempenho com qualidade em qualquer situação, tanto no trabalho, como
nas atividades de lazer como também nas atividades sociais. A motivação é o
empurrão ou alavanca para estimular as pessoas a agirem e a se superarem.
Trata-se de uma espinha dorsal entre: o indivíduo, o grupo de trabalho e a
organização como um todo.
15 Com isso, a importância dos responsáveis escolares em buscar essa
motivação junto aos seus docentes torna-se uma necessidade para que o
sucesso ocorra na escola. Cabe então aos docentes buscar a sua atualização
de forma que o trabalho caminhe em um sentido participativo, em relação às
estratégias de Formação Continuada.
Devemos estar sempre nos atualizando, fazendo cursos, treinamentos,
workshops, palestras, seminários, congressos e principalmente debates
buscando trocar experiências. Com isso podemos nos manter no mercado
atual globalizado cujo profissional atualizado é o que se destaca.
Desta forma o trabalho tem como objetivo geral, investigar as
dificuldades da Formação Continuada na prática docente e como objetivos
específicos:
X Diferenciar Formação Continuada de Educação Continuada;
X Historiar a Formação Continuada a partir dos anos 90;
X Esclarecer os aspectos reflexivos da prática pedagógica na Formação
Continuada;
X Identificar as dificuldades que os profissionais encontram na formação
continuada e as conseqüências na falta desta formação.
O estudo terá como questão básica: A Importância da Formação
Continuada para os Profissionais da Educação e como questões específicas:
161) Qual a diferença entre Formação Continuada e Educação Continuada?
2) Quais são as questões relativas a Formação Continuada segundo
alguns teóricos a partir dos anos 90 ?
3) Quais são as reflexões da prática pedagógica na Formação
Continuada?
4) Quais as dificuldades da Formação Continuada na prática docente?
Esse trabalho tem o suporte da pesquisa bibliográfica juntamente com
a pesquisa de campo. Como instrumentos de pesquisa, a entrevista foi utilizada
para ampliar o universo investigado. Essa análise qualitativa é validada por
Lüdke e Marli (1986 p.26) como:
Sendo o principal instrumento da investigação, o
observador recorre aos conhecimentos e experiências
pessoais com auxiliares no processo de compreensão
e interpretação do fenômeno estudado. Introspecção
e reflexão têm papel importante na pesquisa
naturalística.
Na pesquisa bibliográfica foram estudados alguns autores e estudiosos
a partir da década de 90, que estão relacionados com o tema Formação
Continuada. Como fontes primárias foram utilizados os livros de: Maria Cristina
Bezerra (2000), Alda Junqueira Marin Org.(2000), Maria da Franca C. Arruda
Nascimento (1996) e como fontes secundárias: Vera Maria Candau (2002),
Heloísa Lück at all (2001), Menga Lüdke e Marli André (1986), Sonia Regina
Mendes e Diego Jorge Ferreira (2004), Nilbo Ribeiro Nogueira (2001), e Ivani
Fazenda (1991).
17
Este estudo se justifica na medida em que hoje a Formação
Continuada é um espaço formativo de grande importância tanto no que diz
respeito àqueles profissionais já formados há algum tempo e que necessitam
de atualização quanto aqueles recém formados que buscam especialização.
Acreditamos ainda que o processo de formação precisa ser contínuo,
articulando constantemente a riqueza da prática pedagógica com a discussão
teórica maior.
No entanto é preciso que o profissional da educação entenda o que é a
Formação Continuada, quais as dimensões que caracterizam o professor no
contexto que diz respeito a essa proposta de formação, saiba a sua trajetória,
as dificuldades que aparecem no processo de implementação das estratégias
de formação em serviço e como a Formação Continuada pode vir a somar os
conhecimentos desses professores.
18
CAPITULO II
A FORMAÇÃO CONTINUADA
2.1 - A Formação Continuada e a Educação Continuada
Na pesquisa realizada houve a necessidade de diferenciar os seguintes
termos de Formação Continuada e Educação Continuada equiparando-os. A
Formação Continuada trata-se de uma Formação permanente do profissional
onde ele já obtém a formação inicial e dá continuidade aos seus estudos se
atualizando através de cursos de extensão, pós-graduação etc.
Conseqüentemente entende-se por Formação: o ato ou efeito de
formar ou formar-se; modo porque uma coisa se forma; disposição ordenada;
constituição, caráter, ato de tomar forma, desenvolver-se segundo Caldas
Aulete (apud Porto). Já o mesmo autor define a Educação: como o
desenvolvimento das faculdades físicas, morais e intelectuais do ser humano;
Civilidade; Arte de ensinar e adestrar animais; Nível ou tipo de ensino.
Nessa perspectiva Caldas Aulete (op.cit) associa o conceito de
Formação Continuada: como o tema identificado no percurso, processo–
trajetória de vida profissional e pessoal, que implica na atuação e construção
de patamares cada vez mais avançados de saber-ser, saber-fazer, fazendo-
se. Logo, segundo Nóvoa (apud Porto) é possível relacionar a formação de
professores com o desenvolvimento profissional – produzir a profissão docente.
De forma que a formação do professor é um processo que não se finaliza com
a formação inicial; ela é um processo ininterrupto na vida de um professor da
Educação fazendo-se assim Formação Continuada.
De acordo com as definições acima pode-se dizer que a Formação
Continuada: é uma Educação sucessiva, seguida, sem interrupções.
19
Segundo Marin (2000) a Educação Continuada é como um conjunto de
conhecimentos que o homem adquiri desde quando ele nasce e passa a se
relacionar com o meio em que vive.
Importante observar que para Marin (op.cit) existem três fatores que
podemos considerar na Educação Continuada que são: a possibilidade de
inverter os pontos de partida nas diferentes modalidades de Educação
Continuada; ruptura com isolamentos, tanto de grupos como de pessoas no
âmbito da educação escolar e participação mais efetiva dos professores, na
medida em que o trabalho se realiza num pequeno ou grande grupo que não se
caracteriza uma assembléia. A Educação Continuada não especifica uma
formação ela se amplia por todos os meios de pesquisa ou conhecimento
contínuos.
2.2 - A Formação Continuada a partir dos anos 90
Diante do exposto acima vale destacar a importância do tema
Formação Continuada nas últimas décadas, que veio trazendo a partir dos
anos 90, novos questionamentos para a “formação em serviço”, passando a ser
também bastante investigada a partir desse período, pois segundo Santos e
Ferreira (2004 p.1455):
Um dos resultados desse processo é a constatação de que os
programas de formação de professores vinham se repetindo em ações pouco
eficientes, em parte por seu caráter esporádico e porque geralmente, não
mantinham vínculo direto com o cotidiano do docente, estando focadas em
prescrições didáticas que não davam conta da complexidade do trabalho do
docente.
20
Sendo assim, a partir desse período, alguns pesquisadores e
estudiosos como Monteiro e Giovanni (2000, pps.129-141) influenciados por
autores da literatura nacional e internacional como Candau (1996), Gatti
(1992), Hernández (1998), Mizukami (1996), Perrenoud (1993) permitiram
estabelecer alguns pressupostos norteadores para ações de Formação
Continuada, bem como evidenciaram algumas características desse processo.
A Formação Continuada figura-se sempre na formação de um
profissional, independente de sua área de atuação, geralmente apresenta-se
de forma pontual como:
Palestras, conferências, oficinas, cursos de curta duração ou não,
projetos, ações de educação à distância entre outros. Desencadeando uma
continuidade às ações educacionais que envolvem grupos de profissionais em
situações de ensino e aprendizagem. Além disso, o momento da vivência
profissional desses participantes vem contribuindo como um fator positivo no
tocante a troca de informações, podendo ser ricos para futuras generalizações
e teorizações.
Para Bezerra (2000, p.18) a Formação Continuada é expressa de
forma bastante heterogênea no tocante a formação permanente do educador
de escola básica. Ela se confunde com o treinamento em serviço oferecido aos
educadores das redes públicas por suas respectivas agências contratantes. É
fundamental considerar que além do treinamento, um serviço ministrado pelas
secretarias , e o processo de formação que ocorre, ou que deveria ocorrer no
contexto das instituições escolares nas quais os professores atuam são às
vezes insuficientes. Nesse aspecto vale ressaltar o tipo de formação que deve
ser oferecida para o profissional que está em serviço. Já que cabe a Formação
Continuada dar o desenvolvimento do conhecimento do professor.
21
Contudo, Nascimento (1996, pps.226-236) fala dessas propostas de
Formação Continuada, que pelo fato de não serem bem elaboradas passam a
ser descontínuas, fugindo da realidade em que é viabilizada a proposta de
oferecer para o profissional da educação, projetos estratégicos que sejam
integrados e não desarticulados, individual e limitado. Essas estratégias
desarticuladas na proposta de formação de professores são insuficientes para
uma mudança na prática educativa e nas instituições de ensino.
Ainda Nascimento (op.cit.) faz a ressalva de que a necessidade de
saber que tipo de profissional da educação queremos formar é primordial para
que as propostas de Formação Continuada sejam confiantes e contínuas. Com
isso a autora cita as dimensões que fazem com que as propostas de formação
e o caráter do professor que se deseja formar sejam integrados. São elas as
dimensões pessoal e social (autoconhecimento) que compreende que o
profissional da educação a nível pessoal e social caracteriza-se de forma de
valorização do conhecimento interiorizado com relação ao meio em que vive.
Pressupondo que o conhecimento é um processo de construção ativa
do sujeito, e dimensão objetiva no processo de formação do professor que
passa a ser adquirido através do conhecimento cientifico, formando um sujeito
crítico, capaz de desprover de canais que permitam a atualização do seu
conhecimento; dimensão pedagógica e didática (ação-reflexão da prática e
ação-intervenção) é a dimensão onde o professor reflete sobre a sua prática e
utiliza seus instrumentos didáticos de forma condizente com a realidade com
que ele trabalha; dimensão histórico-cultural (identidade, visão
pluridimensional) essa dimensão abrange um profissional provedor de cultura,
com pensamento filosófico-histórico no qual, defende a Identidade do país e
atua de acordo com a história da região em que trabalha, contribuindo na
formação de um homem múltiplo, por fim, a dimensão expresso comunicativa
(sensibilidade ,percepção e criação) que valoriza a formação do profissional
criativo e expressivo com consciência sensível.
22
Importa observar que as dimensões citadas acima devem nos servir
em nível de conhecimento teórico no que diz respeito ao processo de formação
dos professores, pois, a formação deve ser compreendida como um processo
global que precisa assegurar a formação integral da pessoa, do cidadão e do
profissional. No entanto a Formação em serviço deve ter a escola como espaço
privilegiado de Formação Continuada, já que é no cotidiano desses
profissionais que ocorrem as trocas, onde se processam as mudanças e se
inovam as estratégias. Segundo Nóvoa (apud Porto 2000, p.15):
O estabelecimento de ensino tem que ser um
contexto institucional estimulante para os alunos,
mas também para os professores.
Nesse sentido deve haver fundamentos para constituir um ambiente
interdisciplinar de interação intensa e de fertilização da transformação do
indivíduo. Um lugar que ofereça horizonte teórico e prático para reflexão sobre
o espaço e o tempo, aprimorado para aprender, conhecer, relacionar-se, trocar,
experimentar, conviver em interação com o outro, consigo mesmo e com o
mundo.
Cabe ressaltar que a iniciativa dos estabelecimentos de ensino nem
sempre são válidas, pois a problemática atual na Formação em serviço aponta
as dificuldades que esses profissionais enfrentam, devido à falta de tempo em
participar dos cursos de Formação Continuada, ocorre com o custo oneroso
dos cursos e das atividades limitadas que às vezes são impostas de maneira
mal formulada e que acabam sendo rejeitadas devido à resistência desses
profissionais. Ocorre também à falta de incentivo das escolas na formulação
das propostas de Formação Continuada e dos sistemas de ensino que não se
interessam pelos conhecimentos produzidos pelos professores.
23
Nesse sentido, Nascimento (op.cit.) faz a observação da falta de
incentivo, por parte dos responsáveis escolares e do sistema de ensino em
apoiar os educadores que dão início a Formação Continuada. e faz ressalva de
que a falta de assessoria também por parte dos sistemas de ensino no que diz
respeito às estratégias de Formação em serviço desses profissionais é
evidente. Ficando restrita pela ineficácia da impossibilidade do apoio das
parcerias com as universidades.
Atualmente o governo começa a implementar cursos, buscando dar
mais oportunidades aos professores, inicialmente apenas para a rede
municipal. A rede particular procura acompanhar a legislação criada pelo
governo mesmo sabendo que não tem ainda condições de implantar tal projeto.
O governo em vez de facilitar aos professores, cria dificuldades, desde os pisos
salariais até as novas regras a serem cumpridas pelas escolas sejam elas
públicas ou particulares. Dessa forma, cada vez mais fica difícil contar com o
apoio do governo, visto que atualmente cria novos obstáculos e exigências a
serem cumpridas. Sem dar plenas condições para as instituições cumpri-las.
Como ficam esses profissionais para atender as exigências sem
estarem preparados? Os cursos existentes da rede pública na área da
Educação como o Normal, são cada vez menores e o número de vagas
oferecidas também. As universidades da rede pública que oferecem cursos
superiores de Educação têm número de vagas limitadas. E os cursos de
extensão e pós-graduação oferecidos por universidades particulares possuem
preços que esses profissionais também não podem pagar. Essa é a
contribuição que o governo dá para a Formação Continuada de nossos
profissionais. Poucos são os cursos e seminários gratuitos e que podem ser
considerados.
24
2.3 - Formação Continuada e a Prática Pedagógica
Assim como a Educação Continuada, a Formação Continuada, tem o
propósito de trazer benefícios para a educação, sendo que a Formação
Continuada traz uma perfeita transformação para a educação, e a Educação
Continuada uma transformação para os docentes.
Para Porto (2000 pps 11-13) a formação dos professores tem sido
bastante discutida em busca de uma perspectiva transformadora, onde muitos
autores da área da educação vem investigando a formação e
consecutivamente provocando debates que encaminham propostas para a
melhoria na formação inicial e continuada dos docentes.
Segundo o autor com esse movimento:
A Formação Continuada ocupa lugar de destaque,
estando de forma crescente associada ao processo
qualitativo de práticas formativas e pedagógicas.
Caracteriza-se esse momento histórico pela
incessante busca e renovação do saber
educativo(op.cit, p.11).
Contudo a prática é a ancora do conhecimento que o docente
desenvolve.
Então, formação e prática pedagógica devem estimular a criatividade
no contexto em que emergem e se concretizam, possibilitando a geração de
propostas inovadoras e contribuindo para o processo de mudança.
25
O profissional passa a dar continuidade a sua formação e reflete suas
práticas inovando-as. Com esse modelo de prática que interage o coletivo com
o individual onde ele passa a refletir sobre suas ações muda o tipo de formação
do docente. Logo, Marin (2000) fala dessa mudança na perspectiva da
formação, o fazer reflexivo, dando início a novas práticas reflexivas. Como
esclarece Schör (apud, 2000, p.14),a prática pedagógica: É o conhecimento na
ação (saber-dizer); reflexão na ação (pensar sobre o fazer); reflexão sobre a
ação e sobre a reflexão na ação (analisar criticamente o saber-fazer). Nesse
caso, uma prática crítico-reflexiva, criativa-inovadora, autonomia-
transformadora passa a se impor como condição construtiva da vida e da
profissão do professor.
Nesta direção, a mudança na área educacional está relacionada à
formação do professor e inovação das suas práticas pedagógicas sendo
condizentes na associação de projetos educativos que devem ocorrer nas
escolas. Segundo Nóvoa (apud Porto, 2000, p.26) não basta só mudar o
profissional da educação é preciso mudar também o contexto em que ele atua,
fazendo com que a escola passe a ser um espaço de iniciativa, onde o
professor possa concretizar os seus projetos com práticas, guiadas pela
reflexão crítica que envolva o coletivo escolar para tornarem agentes
educativos que nela atuam. A Formação Continuada e antes de tudo uma
releitura das experiências ocorrentes na escola, com o foco na prática do
docente. Ressaltando o espaço pertinente interinfluente com o mundo sócio
político e com o cotidiano da educação e, por isso, constantemente
confrontadas com as condições de mudanças, provocadas pela interpretação e
reinvenção da prática do professor (op.cit, p.33).
26 Trata-se então de rever os aspectos que intervêm na
prática do professor, um processo tentativo de
reflexão sobre a própria experiência como objetivo de
torna-se um autor desta mesma experiência. Daí a
prática reflexiva do docente interage com o processo
que ocorre em sua volta e com o meio em que ele
atua.
Segundo Nascimento (1996, p.220) vê a importância dos professores
como produtores de saberes, e fala que os focos principais da prática e trocas
desses professores devem ser ocorrentes de uma prática que compete aos
profissionais em formação, com a convicção de que é preciso que os mesmos
busquem socializar e sistematizar esses saberes construindo uma escola mais
competente e democrática.
Apesar de estarmos colocando a prática pedagógica reflexiva como
uma necessidade, que faça parte do cotidiano dos nossos docentes sabemos
que ela passou a ser questionada de uma maneira reflexiva recentemente,
segundo Elza Garrido et al (2000, pps. 89-90), faz a observação de que:
Embora saibamos que o aprimoramento das práticas e condições
indispensável para o desenvolvimento profissional, e que essa percepção é tão
antiga quanto à humanidade, é recente a tomada de consciência sobre o modo
de considerar a prática como possibilitadora de produção de conhecimento.
Trata-se de hoje não só na área da educação, mas principalmente
nela em que se é discutida a idéia de que o profissional melhora a sua prática
na medida em que avalia suas ações buscando otimiza-las, incorporando o
conhecimento e colocando-o em prática.
27
Esse processo reflexivo de ação do professor tem ocorrido também
com o que é utilizado como estratégia de Formação Continuada hoje, sendo
que é nessa perspectiva que caminha atualizado e consecutivamente acaba
refletindo sobre suas ações na sala de aula. Segundo Schör (apud Garrido,
2000, p.91) analisa a insuficiência dos quadros teóricos em orientar a prática
docente e faz a ressalva que: O professor caracteriza-se muito menos por ser
um especialista, que aplica seu conhecimento para resolver problemas
técnicos, e muito mais por ser um “prático reflexivo” que age e que toma
decisões com base na ponderação e na avaliação dos problemas colocados
pelas interações em sala de aula. A prática do professor estaria sendo
constantemente reelaborada pela “reflexão sobre a ação” tendo em vista a
superação das dificuldades vividas no cotidiano escolar.
Pelo que foi exposto acima, se fez necessário repensar o quanto é
importante à prática reflexiva do professor na ação cotidiana e quanto a
Formação Continuada pode vir a somar a nível de conhecimento, trazendo
para o professor informações e trocas de experiências que o façam refletir
sobre suas ações, desenvolvendo o seu aluno e a si próprio.
Contudo, a reflexão do professor sobre a sua própria prática, trata-se
de um novo conceito de profissionalização do docente, onde se insere uma
nova metodologia no processo de formação que se volta para os professores
como profissionais que possui concepções sobre o próprio trabalho onde são
capazes de realizar reflexões sobre a sua própria prática e as condições que a
cercam e , a partir dessas reflexões reformular a prática e transformar as
condições nas quais ela se insere. Nessa perspectiva, procura-se superar os
antigos programas de informação que privilegiavam a reciclagem, o acúmulo
de cursos e conhecimentos, independentemente das características pessoais e
de contexto de atuação desses profissionais (Monteiro e Giovani,2000,p.135).
28
Embora essa metodologia privilegie o aspecto de
satisfação na formação do professor, onde professor
aprende na ação refletindo sobre ela, ainda é grande a
reformulação dessa nova metodologia de forma que
possa ser totalmente inserida nesse contexto.
No próximo tópico iremos salientar as dificuldades encontradas por
esses profissionais na Formação Continuada.
2.4 - As Dificuldades Que Os Profissionais Encontram Na
Formação Continuada
Na grande maioria os profissionais que atuam na área educacional, são
profissionais que trabalham em duas escolas ou nos dois horários na mesma
escola. De forma que com os baixos salários e o cansaço que acabam tendo
no final de suas jornadas não conseguem desprover dos cursos de Formação
Continuada. Muitas vezes, são chefes de família e não conseguem fazer outra
atividade no horário da noite, sempre deixando para depois ou esperando uma
outra oportunidade melhor para conseguir fazer treinamento, curso ou até
mesmo assistir uma palestra que fale de um tema que possa ser útil para a sua
formação.
Muitas escolas ainda não se informatizaram e com isso seus
profissionais perdem, em não poderem ter acesso à internet e
conseqüentemente não participam dos cursos a distância oferecidos pelos sites
de educação. Havendo também profissionais que estão em serviço, que não
dispõe de um computador em casa, pois a sua renda mensal baixa não
colabora. Isso dificulta muito o seu trabalho e sua atualização, perante a era
tecnológica de hoje.
29
Algumas escolas têm a iniciativa de implementar projetos de
Formação Continuada, mas acabam fracassando devido à falta de estratégia
em articular as atividades oferecidas à realidade dos horários que fazem parte
cotidiana do professor.
Nascimento (1996,p.231) fala da incompatibilidade constante em limitar
os cursos e horários em que são elaboradas propostas de Formação
Continuada, fugindo do alcance dos professores participarem, a autora traz
também a questão da resistência desses professores em participar de pacotes
idealizados a nível individual em que são apresentados por pessoas distantes
da realidade escolar. Esses pacotes idealizados acabam não indo a diante por
se tratar de atividades que não condizem com as experiências que já vem
sendo trabalhadas pelos professores e pelas instituições. Esses aspectos
dificultam as estratégias de implementação das atividades de Formação
Continuada ocorrentes por parte do desinteresse do sistema de ensino, com os
aspectos relacionados aos conhecimentos vividos pelos professores ,no
sentido em que não se divulga as estratégias de práticas concretas de sala de
aula, não se dando apoio a experiências bem sucedidas.
Outras dificuldades que os profissionais enfrentam, e que acabam
ocasionando o fracasso da maioria das estratégias da Formação em serviço
tem haver com a falta de motivação dos responsáveis escolares em
proporcionar cursos de Formação Continuada, ou até mesmo não acreditarem
na educação, que é o caso da gestão da escola analisada que veremos no
capítulo a seguir. Onde a gestora não tem motivação para continuar se
atualizando e não vê a hora de se aposentar. E diz:
30
“Hoje em dia os alunos não querem nada com a hora do Brasil, não
estão nem aí para o vestibular, eu não agüento esses “aborrecentes”, que os
pais acham que nós temos que educar. Estou cansada não vejo a hora de me
aposentar, que curso o que? Que pós o que? Não tenho mais idade nem
disposição para essas coisas”.
Com isso alguns profissionais dessa escola observada acabam se
atualizando individualmente, outros reclamam da falta de tempo, da falta de
iniciativa da gestão, do custo dos cursos oferecidos pelas universidades e do
baixo salário do professor. Logo, outros acreditam na Formação em serviço,
mas falam que a iniciativa de implantar os projetos de Formação Continuada
foge ainda da realidade das instituições.
Parece que, a gestão não estimula esses profissionais, porque não
entende do assunto que se trata a Formação Continuada, ou, não se sente
possibilitada em falar sobre o assunto e não questiona com os seus
professores aspectos relevantes que contribuam para sua formação.
31
CAPÍTULO III
ASPECTOS QUALITATIVOS DA FORMAÇÃO
CONTINUADA EM CAMPO
3.1- Campos Metodológicos
Segundo Lüdke e Marli (1986, p.13) a pesquisa qualitativa ou
naturalística, tem como foco principal o processo, e em seguida utiliza o
instrumento para coletar dados que sejam relevantes e condizentes a esse
processo. Esse tipo de abordagem de pesquisa vem ganhando crescente
aceitação na área da educação, principalmente pelo seu potencial em estudar
as questões relacionadas às escolas.
3.2 - Campo Empírico: Universo Investigado
O Colégio X é um estabelecimento de ensino particular, que tem por
finalidade ministrar: o ensino Fundamental (de 5ª à 8ª Série); O Ensino Médio
Regular (1ª à 3ª Série) e Educação de jovens e Adultos; visando o
desenvolvimento integral da personalidade do educando, a compreensão dos
direitos e deveres da pessoa humana e dos grupos que compõem a
comunidade. O colégio não possui Projeto Político Pedagógico ele possui
Regimento Interno. O colégio também não possui curso de formação de
professores por ser um colégio que trabalha apenas com o Ensino Fundamental,
Ensino Médio regular, Educação de jovens e Adultos, por meio do curso
Supletivo e Curso Pré-Vestibular e a unidade em que foi realizado o estágio, que
fica no bairro X, cuja clientela é caracterizada por famílias de classe média.
32
O Colégio X, por ser um colégio que teve início com um curso pré-
vestibular ainda mantém esse padrão. Em conversa com os professores, obtive
a informação que a instituição não tem projeto de Formação Continuada,
porque o horário é muito corrido e o professor tem uma rotatividade muito
grande entre as turmas .
Segundo sua página na internet: “O Colégio X, sendo uma instituição
educativa e política, tem por finalidade o desenvolvimento integral da
personalidade do educando, a compreensão dos direitos e deveres da pessoa
humana e dos grupos que compõem a comunidade”
Estabelece esta instituição, como objetivos centrais, a auto-realização
do aluno e preparo do futuro cidadão para que o mesmo contribua, livre e
responsavelmente, em qualquer setor, para o aperfeiçoamento da sociedade,
tornando-o capaz de participar em todos os momentos do processo educativo
pelo qual passa.
“É meta impar do Colégio X, que seus alunos consigam uma vaga na
universidade”.
Quanto ao que diz respeito ao processo de formação desses
professores parece que se preparam por conta própria, mas a grande maioria
possui uma formação superior ou até mesmo duas graduações, como
Matemática e Engenharia, por exemplo. Com a falta de emprego, muitos
profissionais acabam cursando diferentes graduações para ter empregabilidade
e com isso muitos procuram na docência uma forma de sobrevivência fazendo
cursos aligeirados de licenciatura para poder dar aulas.
33
Com isso, grande parte desses profissionais, não possuem o espírito
de presença docente em sua trajetória profissional o que complica ainda mais
esse quadro e afirma a importância da Formação Continuada com os poucos
professores que fale. Alguns estão preocupados com o Mestrado;. Outros vêm
à necessidade do colégio implementar projetos de Formação Continuada. Com
a entrevista foram coletados dados que responderam às questões de estudo
que enfatizei.
3.3 - Impressões Dos Docentes
Nesse momento do estudo, visamos apresentar, de forma exploratória
inicial, alguns indícios, opiniões e representações que os docentes da escola
investigada possuem sobre a questão da Formação Continuada.
Foram realizadas 120 horas de investigação no total posto que a
atividade empírica de pesquisa foi concomitante as atividades de observação
das disciplinas de estágio. Essa vivência interdisciplinar apresentou-se de
forma extremamente satisfatória , pois várias facetas do universo investigado
se apresentam para o estudo.
Além de observação e de coleta de dados gerais foram feitas
entrevistas semi-estruturadas com seis professores da casa. Vale observar que
o número reduzido de entrevistas e expressão, por um lado, de resistência dos
professores em participar de atividades desse tipo e por outro pela falta de
tempo que caracteriza o seu cotidiano.
Privilegiamos por entrevistar professores do 2º segmento do Ensino
fundamental e do Ensino Médio. Foram feitas três entrevistas no Ensino
Fundamental e três no Ensino Médio.
34
Temos clareza que essa pesquisa não representa todo corpo docente
do colégio. Todavia, como num estudo exploratório, visa-se coletar as
principais representações e limitações de Formação Continuada no cotidiano
dos professores.
A coleta de dados deu-se através de entrevistas que foram registradas
em um diário de campo que visaram responder basicamente as seguintes
questões: Qual a formação inicial dos professores? E se os mesmos possuem
algum tipo de especialização, foi perguntado também a cerca de Formação
Continuada em sua prática cotidiana. De antemão sabíamos que o colégio não
possui nenhum projeto dessa natureza, mas, como a grande maioria dos
docentes trabalha em diferentes locais acreditou-se ser interessante investigar
se havia espaço coagindo a Formação Continuada em algum momento de sua
atuação.
Por último, buscou-se ouvir dos professores qual seria o papel da
Formação Continuada na formação geral? E, em que medida a falta de espaço
para que a Formação Continuada pode prejudicar na sua atuação?
Com as informações coletadas através de entrevistas semi-
estruturadas feita com os professores da instituição, foi possível analisar
perante as suas respostas que primeiramente no que diz respeito à questão da
formação inicial desses profissionais, todos possuem uma graduação. No caso
de especialização desses professores, as respostas foram as seguintes: minha
especialização é de professor(a) do ensino fundamental.
X Professora de biologia entrevistada do colégio X, onde foi realizado
o estágio, tenho licenciatura em Biologia;
X Sou especializada em leitura prof .(a) de Literatura EM - 3º série
formada em Letras;
X Tenho licenciatura em Geografia (prof.(o) de geografia EF-7ªsérie);
35X Tenho graduação em matemática, sou formado em Engenharia e
estou fazendo mestrado na área de contabilidade (prof.(o) de matemática EM-
3ºsérie);
X Tenho pós–graduação em Língua Portuguesa e Lingüística (prof.(o)
de português EF –7ª série formado em Letras);
X Prof.(o) de física EF-8ª série, formado em física
X Através das entrevistas, foi possível analisar que alguns
professores não têm uma Formação Continuada e outros têm pós-graduação e
estão até mestrando. Esses profissionais acabam lecionando porque às vezes
não conseguem se engajar no mercado.
Foram formuladas algumas perguntas trazendo a questão da visão
desses profissionais em relação à Formação Continuada, se eles mantêm uma
Formação Continuada ,e o que acham que poderia mudar na sua formação
para que pudessem ter mais confiança na prática cotidiana. Foram dadas
respostas diversificadas do tipo: a falta de tempo em participar dos cursos de
Formação Continuada devido a carga horária de trabalho, uns acham que falta
incentivo das escolas em proporcionar esses cursos, outros falam que
investem em si próprio a nível individual, já que as escolas não investem em
seus funcionários. Quanto à questão de estarem buscando atualização são
poucos os que estão fazendo cursos, só houve um profissional entrevistado
que está mestrando.
A pergunta que remete o que deveria mudar na sua formação para
acrescentar, melhorar e renovar sua prática, trouxe pontos divergentes pois,
alguns responderam, que nada deveria mudar e outros responderam, que a
atualização e a busca de novos conhecimentos fazem com que eles reflitam
sobre suas práticas e consecutivamente, traz benefícios e segurança.
36
CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na pesquisa realizada, no qual foi feito uma breve abordagem à
Formação Continuada dos professores, ressaltamos fatores que intrigaram a
investigar a dificuldade da formação na prática docente norteando questões
relacionadas, a estudos abordados pelos autores a partir dos anos 90 e
conceitos sobre Formação Continuada e Educação Continuada. Realizamos
este estudo levantando alguns dados através do campo empírico que nos
serviu de grande valia, para que pudéssemos enriquecer o debate acerca do
tema proposto.
Tanto a Educação como a Formação Continuada é importante para
qualquer profissional, principalmente o da Educação. Porque é na escola onde
vamos começar a formar o cidadão e o futuro profissional que em alguns anos
estará no mercado de trabalho atuando e até mesmo formando outros
profissionais. E quanto mais conhecimento, criatividade, treinamento, formação
e experiência o profissional de Educação tiver, ele conseguirá trabalhar de uma
forma muito melhor com sua turma fazendo uso de práticas pedagógicas mais
recentes, inovadoras, atuais, criativas e cada vez mais desenvolvendo as
habilidades e as múltiplas inteligências de seu educando, porque é justamente
nessa fase que deverão ser exploradas pelos educadores.
37
Podemos diferenciar a Educação Continuada da Formação
Continuada de uma forma muito simples: a primeira aquela em que o
profissional faz dela uma continuação da “educação de berço” até a sua
situação atual incluindo a sua formação e a segunda aquela em que o
profissional não deixa de continuar acrescentando ao seu conhecimento e
formação, cursos, treinamentos, workshops, oficinas, cursos de extensão, pós-
graduação, mestrado, doutorado e assim sucessivamente, de forma que todo
esse conhecimento contribua para a sua prática pedagógica, fazendo do
profissional um eterno aprendiz e executor desse aprendizado.
O Profissional que não faz uso de uma Formação Continuada será
sempre um profissional ultrapassado em suas técnicas e conhecimentos como
também de suas práticas pedagógicas e com isso poderá correr o risco até de
perder no mercado de trabalho e no meio profissional, para aqueles
profissionais que fazem uso da Formação Continuada.
Para os profissionais da Educação ter uma Educação Continuada
basta que se unam, na própria escola, através de reuniões periódicas, façam
questionamentos entre si para descobrirem o que está sendo feito de novo na
sua área, entrem em contato com outros professores de outras escolas e até
mesmo de outros estados e troquem essa informação. Podem fazer um
intercâmbio de experiências vividas e se possível convidar esses professores
para fazerem palestras na sua escola e também procurarem se informatizar
através da Internet, toda essa comunicação fica mais fácil e acessível, sem
contar que perdem por não fazerem cursos à distância.
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Durante muito tempo o educador foi visto como portador de todo o
conhecimento, aquele que ministra suas aulas e os alunos simplesmente o
assiste, ficando no anonimato, ou como seres passivos. O educador é
simplesmente um mediador ele está ali para trocar experiências, trabalhar em
grupo, fazer parceria e também levar novos conhecimentos e aprendizados
para seus alunos. O educador não pode ser um ditador e sim ser flexível que
admite o erro e que aprende até mesmo com uma criança. O educador que faz
uso de uma Educação Continuada sempre será um profissional mais seguro
nas suas atitudes e práticas pedagógicas, estará sempre atualizado, poderá
passar até um pouco de segurança para seus colegas, saberá trabalhar em
grupo e conseguirá lidar com situações de improviso, constrangedoras e até
mesmo de certa dificuldade, porque ele teve um conhecimento maior em
relação aos outros profissionais que não fazem uso da Educação Continuada.
A Formação Continuada dos profissionais da educação pode vir a
somar de maneira grandiosa e qualitativa para educação do país, já que o
mundo atual, pede um profissional que saiba lidar com seus alunos de forma
interdisciplinar, inovando suas práticas e atualizando-as com a compatibilidade
do saber do aluno. Sem falar que esses profissionais que se atualizam, são os
mais reconhecidos pelo mercado.
Diante dos limites impostos a realização desse estudo, tais como, a
limitação do tempo em desenvolver as atividades cotidianas, as próprias
responsabilidades acadêmicas, a carga horária de trabalho demasiada, com
certeza algumas lacunas deixaram de ser exploradas. Por outro lado, esse
trabalho me instigou cada vez mais pesquisar o tema abordado, de forma onde
eu possa explorar mais o assunto, equiparando campos empíricos diferentes,
propriamente até uma pós- graduação que me leve a encontrar as respostas
que me faltaram, já que pretendo seguir com esse estudo adiante.
39
A formação inicial é a base e a Formação Continuada é uma
necessidade para os profissionais do mundo globalizado atual, independente
da sua área de atuação. Por isso a preocupação deve ser ainda maior por
parte dos gestores das instituições e do próprio sistema de ensino em
concretizar e expandir qualificadamente as estratégias de Formação
Continuada, já que é o profissional da educação que tem a responsabilidade de
formar os alunos em profissionais que fazem e irão fazer parte do mercado de
trabalho e da sociedade.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GARRIDO.E...et. al. A Pesquisa Colaborativa na Escola como Abordagem
Facilitadora para o Desenvolvimento da Profissão do Professor. IN: MARIN, A.
J. (Org). Educação Continuada. Campinas, SP: Editora Papirus, 2000
42
ANEXOS
Entrevista feita através de um questionário semi-estruturado (registrada
no diário de campo pertencente à disciplina de Estágio Supervisionado de
disciplinas pedagógicas).
Cargo que ocupa na instituição: Professora de Biologia – (Ensino Médio-
1º série)
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: graduação em Biologia.
2) Qual a sua especialização?
Resp: professora do Ensino Fundamental.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação ?
Resp: Necessária para o professor desenvolver os seus
conhecimentos.
4) Você mantém Formação Contínua?
Resp: não,não tenho tempo no momento, o tempo é muito corrido, o
dinheiro é curto e tenho muitos afazeres em casa, mas pretendo
mais para frente começar algum curso.
5) O que você acha que deveria mudar na sua formação para que
pudesse te dar mais confiança e segurança na sua prática
pedagógica?
Resp: nada, acho só que os pais deveriam colaborar mais com os
professores e educar seus filhos.
43Cargo que ocupa na instituição: professora de Leitura –( Ensino
Médio- 3º série)
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: Formada em Letras.
2) Qual a sua especialização ?
Resp: Literatura.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação?
Resp: Não há iniciativa das escolas, então fica difícil para os
professores buscar uma participação, ainda mais nesses cursos por
fora.
4) Você mantém uma Formação Contínua?
Resp: Só de vez em quando assisto uma palestra ou outra, bom
seria se aqui na escola tivesse um projeto desses.
5) O que você deveria mudar na sua formação para que pudesse te dar
mais confiança na prática pedagógica?
Resp: Acho que esses cursos e projetos me ajudariam no sentido de
ter uma visão do mundo de hoje, pois a coisa está muito séria na
educação, está muito difícil tanto para o professor, quanto para o
aluno.
44Cargo que ocupa na instituição: Professor de Geografia – (Ensino
Fundamental-7ª série).
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: Geografia.
2) Qual a sua especialização?
Resp: em Geografia.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação?
Resp: acho extremamente necessário tanto para o profissional da
área de educação quanto de outra área.
4) Você mantém uma Formação Contínua?
Resp: Participo de debates e seminários ligados a minha formação.
Procuro estar sempre por dentro das mudanças que ocorrem nas
leis.
5) O que você acha que deveria mudar na sua formação para que
pudesse te dar mais confiança e segurança pedagógica?
Resp: Acho que os professores não podem parar de estudar, ainda
mais com as mudanças rápidas que ocorrem no mundo de hoje, por
isso, acho que me atualizando eu consigo entender mais o que
acontece, isso com certeza acaba refletindo na minha ação com os
meus alunos na sala de aula.
45Cargo que ocupa na instituição: Professor de Matemática - (Ensino
Médio- 3º série)
(Ensino Fundamental-7ª série).
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: Matemática e Engenharia.
2) Qual a sua especialização?
Resp: Construção Civil.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação?
Resp: primordial para os professores alcançarem seus objetivos
4) Você mantém uma Formação Contínua?
Resp: Estou fazendo mestrado ligado a área de Ciências Contábeis,
participo de encontros , palestras e de um projeto educativo.
5) O que você acha que deveria mudar na sua formação para que
pudesse te dar mais confiança e segurança na sua prática
pedagógica?
Resp: acho que primeiramente o professor tem que ter a consciência
que a prática muda a cada dia que as mudanças surgem. Ainda
mais com essa meninada de hoje. Eu mudei muito. Pra mim cada
dia em sala de aula é uma experiência que surge. Mas eu gosto. O
que é ruim é o salário do professor, né?
46Cargo que ocupa na instituição: Professora de Português- (Ensino
Fundamental -7ª série).
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: Formada em Letras.
2) Qual a sua especialização?
Resp: Pós-Graduação em Língua Portuguesa e Lingüística.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação?
Resp: Infelizmente a iniciativa das escolas é muito pequena quando
se trata desse assunto.
Nas escolas em que eu trabalho não existe esse projeto. Hoje em
dia se você não se aperfeiçoar já viu, você não tem trabalho.
4) Você mantém uma Formação Contínua?
Resp: no momento eu não estou dando conta de fazer nada. Ainda
mais no segundo semestre.
5) O que você acha que deveria mudar na sua formação para que
pudesse te dar mais confiança e segurança na sua prática
pedagógica?
Resp: acredito que quanto mais você ensina você aprende, e quanto
mais você aprende você ensina. E isso acaba dando segurança no
que você faz.
47Cargo que ocupa na instituição: Professor de Física -(Ensino
Fundamental- 8ª série).
1) Qual a sua Formação Inicial?
Resp: Física.
2) Qual a sua especialização?
Resp: professor do ensino fundamental.
3) Como você analisa a questão da Formação Continuada para o
profissional da Educação?
Resp: muito importante.
4) Você mantém uma Formação Contínua?
Resp: na verdade procuro buscar conhecimento por todos os
meios:internet, jornal, cursos ,etc.
5) O que você acha que deveria mudar na sua formação para que
pudesse te dar mais confiança e segurança na sua prática
pedagógica?
Resp: Acredito que todos deveriam buscar cursos, palestras , para
estar sempre bem informado , dando dinamismo às suas aulas.
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
49