Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A tecnologia na educação para portadores de necessidades
especiais.
Por: Marcela de Souza Santos
Orientador
Prof.ª Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A tecnologia na educação para portadores de necessidades especiais.
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito parcial
para obtenção do grau de especialista em
Tecnologia Educacional.
Por: Marcela de Souza Santos.
3
AGRADECIMENTOS
... às colegas do presente curso:
Fernanda Araújo,Renata Farani,
Síntia Cristina e Thamilis Lobão.
Aos meus alunos que são
sempre a minha fonte de
inspiração para um mundo
melhor e mais igualitário. E ao
MEU AMOR, Laercio Cristiano,
por estar sempre ao meu lado.
4
DEDICATÓRIA
...Agradeço a Deus pelo Dom da
Vida, e dedico o presente trabalho
à minha Família e à minha
PRIMEIRA PROFESSORA, a
minha MÃE- MARCIA GLORIA DE
SOUZA-que sempre me encoraja,
me dá FORÇA E FÉ, me levanta
quando eu caio e acima de tudo,
acredita na realização dos nossos
sonhos. Agradeço à estimada
Mestre Mary Sue Pereira por
também me encorajar e ser
bastante paciente perante as
minhas dificuldades.
“...Cause Mom you always were the
Perfect Fan.” (Backstreet Boys,
Album Millenium, 1999.)
5
RESUMO
O presente estudo propõe em analisar e observar os desafios que enfrentamos como
educadores (técnicos em educação), principalmente da educação especial ou inclusiva,
dentro da atual política de educação. Ao que se refere à escola regular e não regular.
Para tanto o estudo relata em capítulos da seguinte forma: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (Educação Inclusiva), a Tecnologia e a Educação Inclusiva, as Leis que dão
suporte, Declaração de Salamanca, Tecnologia a serviço da Inclusão e a importância da
formação continuada dos professores. A criança portadora de necessidade especial,
apesar de manter suas dificuldades, dependendo do grau do comprometimento, pode
aprender os padrões necessários para exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e
integrar-se de maneira bastante satisfatória à sociedade e neste sentido o papel da escola
como espaço inclusivo é mais do que fundamental. Contudo, é de extrema importância
ressaltar sobre as necessidades da formação pedagógica continuada dos professores e
também para crescente aceitação da inclusão como processo social. Ainda explicitaram
que as estratégias pedagógicas utilizadas pelos profissionais de educação é o principal
instrumento de interação dos alunos (especiais) no ambiente escolar. Logo, a importância
do técnico de educação junto a todos inseridos na escola.
6
METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho monográfico foi utilizada diversas referências
bibliográficas de autores renomados, pesquisas em sites confiáveis, artigos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação(LDB) e assuntos trabalhados durante as aulas de pós
graduação em tecnologia educacional da AVM-Faculdade Integrada- A Voz do Mestre no
período de Abril 2014 a fevereiro de 2015.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
7
CAPÍTULO I - EDUCAÇÃO INCLUSIVA
CAPÍTULO II - A TECNOLOGIA/EDUCAÇÃO INCLUSIVA
CAPÍTULO III- A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO: FORMAÇÃO DOS
PROFESSORES
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A proposta do presente trabalho acadêmico gera em torno da grande demanda
de portadores de necessidades especiais nas instituições de ensino tanto públicas
quanto privadas e como a tecnologia poderá auxiliar no desenvolvimento desses
alunos e como preparar os educadores a enfrentarem essa realidade que é cada dia
mais comum.
8
Os profissionais da educação devem rever seu modo de ensinar, focando a
realidade, superando o que é arcaico, aprimorando o momento atual e aprender a
conviver com limitações diferentes em um mesmo ambiente, e se possível, fazendo o
uso da tecnologia.
Através de leituras de renomados autores para elaboração da presente
pesquisa será relatada a realidade e as diferenças entre instituições que são adaptadas
tecnologicamente e as que não são para receber esse público tão específico, tendo
também todo o cuidado para a aceitação pelo grupo, promovendo a socialização digital
e acessibilidade, todos os discentes cooperando entre si e sendo mediados pelo
professor capacitado para promover tal interação, pois, no mundo em que vivemos,
precisamos de uma escola nova, onde sejam aceitas diferentes capacidades, pois, o
mundo se modernizou e se diferenciou perante as adversidades de cada indivíduo e
que não mate a criatividade e a forma de pensar de cada educando.
A intenção do tema é também chamar a atenção dos órgãos competentes para
que possam implantar nas instituições de ensino, principalmente as públicas,
equipamentos tecnológicos modernos e capacitar os profissionais de ensino sem deixar
de mencionar a valorização dos educadores que muito fazem para a formação do
cidadão desde a infância.
Este estudo tem por objetivo enfatizar que nada é impossível quando se tem a iniciativa
de fazer, conquistar e enfrentar a dificuldade.
O fator motivacional do tema proposto está relacionado com o público que as
instituições de ensino recebem nos dias atuais, e o professor sendo obrigado a atender
às diferentes necessidades dentro de sala de aula.
Infelizmente, os profissionais de ensino não estão preparados para encarar tal
realidade, seja por falta de formação acadêmica especializada, treinamento ou até
mesmo incapacidade de lidar com portadores de necessidades especiais. E como hoje
ocorre o processo de inclusão,alunos que necessitam de atenção especial acabam
sendo prejudicados ao frequentar o mesmo ambiente que os alunos ditos “normais”,
pois sofrem discriminação e muitas das vezes não são aceitos pelo grupo, sendo
9
deixado de lado pelos colegas de turma e o professor sem saber que atitude tomar
diante desta triste realidade.
Esperamos que com a era digital e tecnológica, a situação mude.Que o ambiente
seja adaptado com a maior mobilidade possível e que todos possam usufruir e se
beneficiar com o uso da tecnologia.
Os profissionais da educação deverão receber também treinamento especializado
para lidar com toda a mudança e poder realizar seu trabalho com excelência, superando
os obstáculos de cada dia dentro de sala de aula e saber, auxiliar seus alunos, a trilhar
um bom caminho para um futuro próspero sem desigualdades sociais.
Contamos também com a colaboração do governo para a implantação de
laboratórios equipados para receber todos os tipos de alunos, principalmente os
portadores de necessidades especiais nas instituições públicas e que se faça
investimento em tecnologia nas salas de aula regulares e que capacitem os profissionais
da educação para que eles sejam motivados a exercerem sua função com qualidade,
sabedoria e aptidão. Sem deixar de mencionar também, no reconhecimento dos
profissionais através de um bom salário digno de quem enfrenta tantas adversidades e
desigualdades no mesmo ambiente.
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
10
Para que exista uma sociedade igualitária é imprescindível uma educação
básica comum para todas as classes sociais, inclusive aos portadores de necessidades
especiais.E para isso destacaremos a educação inclusiva que está sendo ressaltada na
Lei de Diretrizes e Bases da educação.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
A educação inclusiva é a política educacional adotada oficialmente no país,
amparada pela legislação em vigor e convertida em diretrizes para a educação básica
dos sistemas federal, estaduais e municipais de ensino, conforme a resolução CNE/CEB
nº2 de 2001:
Art.2º: Os sistemas de ensino devem matricular a todos os alunos cabendo às escolas
organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais, assegurando às condições necessárias para uma educação de qualidade
para todos. (BRASIL, 2001).
A obrigatoriedade de inclusão está prevista em lei desde 2001, mas
infelizmente não há recurso suficiente para atender à grande demanda da população
portadora de necessidades especiais, que surge desde a infância até a fase adulta.
Podemos citar em primeiro lugar, a falta de capacitação dos profissionais da
educação, que por mais boa vontade de trabalhar e cooperar, deparam com salas de
aula lotadas e tempo limitado para atender com prioridade aos mais necessitados.
A adequação arquitetônica e tecnológica das instituições públicas e privadas
nem sempre estão adaptadas para receber cadeirantes e cegos como também
portadores de deficiências múltiplas.
Por essa razão, muitas das vezes ocorre o fracasso e a evasão dos alunos das escolas
e muitos se deparam com a triste realidade do mercado de trabalho em seu futuro e se
tornam dependentes de sua família ou de centros de acolhimento. Estudos mostram que
com a modernidade e o avanço tecnológico é possível gerar grandes mudanças na área
educacional para que todos os educandos tenham a mesma oportunidade, sejam eles
portadores ou não de necessidades especiais. Podendo citar a utilização de aparelhos
11
adaptados nas máquinas utilizadas pelos portadores de deficiência, investimento em
laboratórios também adaptados e capacitação dos profissionais que utilizarão todo o
material disponível. É esperado também que os órgãos competentes pelo país tomem as
devidas providências para colocar em prática os projetos apresentados pelos estudantes
cientistas de nosso país.
Associações, Instituições e Organizações não governamentais
Atualmente percebemos a iniciativa de grandes educadores, médicos, empresários,
artistas, jovens empreendedores e voluntários preocupados com a sociedade e que
investem na reabilitação de portadores de necessidades especiais e procuram fornecer
subsídios para a família do necessitado e que com toda a motivação oferecida,
conseguem superar os inúmeros obstáculos.
Podemos citar três grandes instituições:
AACD- Assistência à Criança Deficiente
Segundo informações encontradas no site da AACD - https://aacd.org.br/, foi criada
em 1950 por um médico visionário, Dr. Renato da Costa Bomfim, que inspirado na
evolução tecnológica dos centros de reabilitação no exterior, criou estrutura semelhante
no Brasil.
Tem como propósito trabalhar em frentes necessárias para que as pessoas com
deficiências possam atingir seu máximo potencial, evoluindo além de suas limitações e
contribuindo para uma sociedade que acolhe melhor a diversidade.
A AACD não está voltada exclusivamente para a área da reabilitação física. Diversas
outras atividades, como projetos de capacitação profissional, programas de sustento
para pessoas com
deficiência física e seus familiares, a inserção no esporte paraolímpico, além do
empenho em assegurar a plena integração social aos pacientes, fazem parte da atual
gestão da Entidade.
Em parceria com as Secretarias de Educação do Estado e do Município,
aproximadamente 187 alunos estudaram nas classes e nas escolas especiais para as
pessoas com deficiência física da AACD em 2013. O setor Escolar da AACD é um
12
espaço importante no processo de reabilitação de pessoas com deficiência física e tem
como objetivo proporcionar, ao educando, formação por meio de aprendizagens
significativas, favorecendo o pleno desenvolvimento de sua potencialidade, seu preparo
para o exercício consciente da cidadania e sua qualificação para o trabalho; respeitando
sempre o ritmo e as fases do desenvolvimento, e tendo, como meta primordial, a
inclusão social e educacional durante ou ao final do seu processo de escolarização na
Instituição.
APAE- Associação dos pais e amigos dos excepcionais
Segundo informações do site http://www.apaebrasil.org.br/#/oquefazemos, a APAE
nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. Caracteriza-se por ser uma organização social, cujo
objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência,
prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. A Rede APAE destaca-se
por seu pioneirismo e capilaridade, estando presente, atualmente, em mais de dois mil
municípios em todo o território nacional desde o ano de 1.954 O Movimento Apaeano é
uma grande rede, constituída por pais, amigos, pessoas com deficiência, voluntários,
profissionais e instituições parceiras - públicas e privadas - para a promoção e defesa
dos direitos de cidadania da pessoa com deficiência e a sua inclusão social. É o maior
movimento social do Brasil e do mundo, na sua área de atuação.
A Federação das APAES do Estado é uma associação civil, beneficente de
assistência social, de assessoramento, de defesa e garantia de direitos com foco no
fortalecimento do Movimento social da pessoa com deficiência, formação e capacitação
de lideranças, defesa, efetivação e construção de novos direitos, promoção da
cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de
defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nas áreas da
educação, saúde, esporte, cultura, formação do trabalho, estudo e pesquisa, sem fins
lucrativos e de fins não econômicos, com duração indeterminada, tendo do seu estado.
IHA – Instituto Helena Antipoff
Segundo o site http://ihainforma.wordpress.com/about/, o IHA é um centro de referência
em educação especial da rede municipal do Estado do Rio de Janeiro responsável ela
13
implementação das políticas públicas da educação especial, em consonância com as
diretrizes do MEC/SECADI.
A instituição é constituída de sala de recursos, professor itinerante,
Estagiário/voluntário, Intérprete/Instrutor. A instituição está voltada ao atendimento
educacional especializado (AEE), que é um serviço da Educação Especial que identifica,
elabora e organiza os recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades
específicas, desenvolvidos nas salas de Recursos Multifuncional, tais como o ensino de
linguagem de sinais (LIBRAS), ensino do código Braille, utilização de recursos de
tecnologia assistida (TA), comunicação alternada e ampliada (CAA), produção de
recursos de acessibilidade e acompanhamento pedagógico.
O instituto também tem como objetivo dar continuidade aos programas de
formação inicial e continuada para os profissionais da rede pública municipal,
oferecendo cursos sobre o atendimento básico a alunos com deficiências, com
transtornos globais do desenvolvimento com altas Habilidades /Superlotação.
A instituição também apresenta como meta ampliar para as escolas públicas do
município do Rio de Janeiro, a produção e a aquisição de livros didáticos e de literatura,
em Braille e tinta, para todos os alunos cegos e produzir livros adaptados aos alunos
público alvo da Educação Especial. Em coerência com a política de inclusão,
estabelecer padrões para adaptação de prédios e novas construções, de acordo com as
leis vigentes. Ampliar o fornecimento e o uso de equipamentos,inclusive os de
informática, adaptados às necessidades específicas dos alunos.Prover transporte
escolar com as adaptações necessárias aos alunos que apresentem dificuldade de
locomoção.
Ensino Público versus Ensino Privado
Conforme mencionado no início do capítulo já sabe da obrigatoriedade em lei do
processo de inclusão de portadores de necessidades especiais nas instituições de
ensino, tanto nas
instituições públicas quanto privadas. Mas como a lei está sendo cumprida? Como a
inclusão está sendo feita na realidade? Ou melhor, a inclusão e a acessibilidade estão
14
ao alcance de todos? Para responder a tais questionamentos, faremos um estudo de
comparação entre ambas as instituições, focando na realidade do acolhimento e
inclusão dos portadores de necessidades especiais no mesmo ambiente dos não
portadores.
O Ensino público incentiva a inclusão de crianças e jovens portadores de deficiência
atrás de sala de recursos e professores adjuntos, que são orientados para auxiliar os
alunos portadores de necessidades nas tarefas do dia -a- dia da sala de aula. Porém
faltam recursos financeiros para investir na adaptação das escolas, como rampas,
elevadores, portas mais largas, principalmente dos banheiros, recursos para adaptar os
alunos no ambiente, como impressões em BRAILLE para os alunos cegos, ensino de
LIBRA para os surdos e criação de laboratórios de informática com computadores
adaptados a receber a todos os alunos com qualquer necessidade especial. O número
de alunos é muito grande para a quantidade de vagas disponíveis em todo o
município,ficando assim muitas crianças sem ter o devido acesso à educação. E a verba
que o governo disponibiliza é pouca para investir nesse grande projeto que é o de
inclusão.
No Ensino privado a situação também não é muito diferente do ensino público. A
direção da escola é obrigada a aceitar e a incluir alunos especiais nas turmas regulares.
A maioria das escolas não apresenta estrutura física necessária e provém de pouco
recurso financeiro para adaptar suas escolas. O professor regente da turma fica
responsável por todos, incluindo os portadores de necessidades especiais e muitas das
vezes, esse professor não apresenta treinamento especializado para lidar com a
situação. Deixando assim os que mais necessitam um pouco de lado, pois já sabem que
possuem capacidade limitada de aprendizagem para se dedicar mais aos alunos que
poderão dar um bom retorno dentro da escola. Muitas das vezes a escola não
disponibiliza um professor para dar apoio especial na execução das atividades que
exijam um maior esforço desses alunos.
No caso de grandes escolas privadas ainda é possível encontrar uma estrutura
melhor, com adaptações tecnológicas e na arquitetura da instituição. Disponibilizam
também educadores formados e capacitados para lidar com diferentes tipos de
deficiência na mesma sala de aula, porém o custo para manter os alunos acaba sendo
muito mais alto do que as famílias são capazes de arcar.
15
De acordo com Bobbio (2004) a educação inclusiva é considerada como um
conjunto de projetos escolares e assim são apresentadas ao que se refere ao aluno
especial. Segue abaixo duas abordagens sobre a educação inclusiva:
Integração- dentro da escola inclusiva o processo educativo é social, pois, a
comunidade é participativa, entretanto, há integração da criança especial e a
comunidade, família, onde esta é a maior responsabilidade.
Responsabilidade- na escola tende a ter um comprometimento social entre todos,
tornando-se um processo cooperativo e colaborativo. Com isso os papéis se invertem e
repensa-se a infraestrutura tanto no acesso físico e na avaliação.
Em contra partida, a educação moderna espera que o aluno com necessidades
especiais seja atendida e inserida em classes normais para que a mesma seja inserida
ao grupo social e assim possa desenvolver potencial e habilidades, entretanto, também
se espera, professores qualificados e preparados em lidar com esse aluno, sendo ele
portador de necessidades especiais.
Bobbio (2004) relata que a educação é um processo e o mesmo precisa dar uma
continuidade, ou seja, não só a escola básica, mas, também o ensino médio e a
universidade é o dever do governo, já que por lei é um dever do estado e direito de todos.
Portanto, a educação inclusiva favorece o desempenho e o sucesso escolar, pois, seu
direito é garantido, também, como a sua integração em seu artigo 26 da Declaração
Universal dos Direitos do Homem, de 1948:
Artigo XXVI. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. A mãe e o pai têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrado a seus filhos.
16
A Educação Especial fundamenta-se na Constituição da República Federativa do Brasil
(1988), especialmente nos seguintes artigos:
Capítulo II – Da União.
Art. 23. é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
...
II. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras
de deficiência.
Capítulo III – Da educação, da cultura e do desporto
Seção I – Da educação
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
...
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante à garantia de:
...
III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.
Capítulo VII – Da família, da criança, do adolescente e do idoso.
...
Art. 227.
§ 1º. O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do
adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo aos
seguintes preceitos:
...
II. criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de
deficiência física, sensorial ou mental, bem como a integração social do adolescente
portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a
facilitação do acesso dos bens e serviços coletivos, com eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.
17
A Constituição Federal (1988) tem ainda outros dispositivos que tratam das pessoas
com deficiência e podem ser encontrados os seguintes títulos:
• Dos Direitos e Garantias Fundamentais (Art. 7);
• Da Organização do Estado (Art. 24);
• Da Administração Pública (Art. 37);
• Da Ordem Social (Art. 203);
• Das Disposições Gerais (Art. 244).
A Política Nacional de Educação Especial (PNEE), segundo a secretaria do MEC
(1994, p.7), é:
A ciência e a arte de estabelecer objetivos gerais e específicos, decorrentes da interpretação dos interesses, necessidades e aspirações de pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas (problemas de conduta) e de altas habilidades (superdotados), assim como o de bem orientar todas as atividades que garantam a conquista e a manutenção de tais objetivos.
O conteúdo da Política de Educação Especial se fundamenta na Constituição Federal
(1988), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 5.962/71, com redação alterada
pela Lei nº 7.044/82), no Plano Decenal de Educação para Todos / MEC (1993) e no
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990).
O acordo da Unesco de 1960, reafirma os artigos dito acima e um dos mais
importantes, é sobre a discriminação no ensino, esse é o alvo principal da UNESCO, e
que teve uma ratificação com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966,
18
na qual reafirma o direito de toda pessoa à educação sendo ela gratuita e obrigatória.
A questão da inclusão é cada vez mais real em debates internacionais, UNESCO e o
Movimento Educação para todos (EPT) foram criados em 1990 em conjunto com as
políticas internacionais, e a coordenação foi toda elaborada pela UNESCO, com o intuito
em saber como é o acesso e a participação da educação em todo o mundo em relação a
educação inclusiva.
Este ímpeto cresceu em duas grandes conferências internacionais realizadas em
Jomtien em 1990 e Dacar em 2000, onde a UNESCO (2000) teve como foco identificar a
educação como instrução, refletir sobre a educação em regiões carentes em todo o
mundo e assim, oferecer oportunidade em repensar se as escolas estão realmente
desenvolvendo a educação inclusiva.
A partir dessas conferências e pesquisas houve a necessidade em se aprofundar na
Educação Especial, onde fora observado em outros países que algumas crianças
deficientes não frequentavam as escolas, não por sua condição financeira, mas, pela falta
de apoio governamental e acessibilidade e locomoção.
UNESCO (2000) apesar do aparente progresso que o mundo passa, há lugares que
visam chamar a atenção para as possibilidades de um sistema educacional inclusivo, para
todas as crianças em especial a criança portadora de necessidades especiais, foi a partir
deste ponto aconteceria a Declaração de Salamanca.
19
CAPÍTULO II
A TECNOLOGIA / EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Bobbio (2004) relata que o Brasil sendo um país de terceiro mundo onde o PIB é
inferior, o mesmo conseguiu implantar uma educação inclusiva de qualidade. Chile
também foi outro país com o PIB de US$ 185 bilhões em 2009, um país quase nove
meses menor que o nosso PIB, conseguiram através da cooperação o segredo da
formação de professores, participação da comunidade e um programa de reforço para
alunos que não conseguiram, ou seja, alunos que tiveram dificuldades.
Os dois países mais avançados ao que se refere a educação inclusiva, como
Inglaterra e os Estados Unidos, adotaram algumas medidas com a ajuda da tecnologia:
segue algumas dessas medidas de acordo com Bobbio (2004): criação de uma política de
telecomunicações, baseado na ampliação de redes para todas as escolas, bibliotecas,
clínicas e hospitais; cruzamento entre a escola de qualidade e a escola inclusiva;
acompanhamento com pesquisas a respeito de pessoas com deficiência e que esteja
passando por esse processo de inclusão.
Verduin (1991) diz que a internet é um canal de valor excepcional ao que se refere ao
processo de aprendizagem, pois, há uma grande interação entre o método e a tecnologia
e o feedback do professor que também seja ágil.
Segundo os autores Schloser e Anderson (1994) onde os alunos inserido em algum
programa de educação a distância criam expectativas e metas, além de automotivados e
disciplinados, esses são os mais velhos, os autores Schloser e Anderson fizeram um tipo
de pesquisa em que ambos observaram que a maioria desses alunos são alunos mais
velhos e com alguma deficiência em acompanhar em aula presencial.
Em seu artigo Carlos Seabra (1994), com o tema “uma nova educação para uma
nova era”, onde o mesmo descreve que os computadores em sala de aula, é como uma
ferramenta pedagógica, pois, são atraentes e assim estimula o aprendizado. Esse tipo de
aprendizado é um estimulo para aqueles com dificuldade em manusear velhos e
tradicionais cadernos e livros.
20
A introdução dos jogos, videogames, quizzes, tudo isso desenvolve o raciocínio lógico e
ajuda o psico-motor, e outros sentidos ficam mais apurados. Em contra partida a
intertextualidade como a voz ajuda aos deficientes visuais e os elementos visuais para
quem não ouve (deficientes auditivos), cada deficiência a tecnologia têm o suporte em
auxiliar e ajudar.
A tecnologia associada a criatividade por parte do educador, ele sendo capacitado
tem como uma ponte em incentivar e criar a interatividade co as redes sociais e assim,
criando uma socialização virtual tais como: facebook, twitter, etc... a tecnologia dos blogs
e as páginas pessoais: e-mails, correios eletrônicos, pois, tudo isso leva a socialização,
pois, assim, o portador de deficiência terá o seu acesso a uma vida digamos normal e
independente.
Verduin (1991) relata que a internet tem como ponto positivo a socialização e o
conhecimento, porém, o lado negativo da tecnologia se associa ao lado selvagem do
homem.
UNESCO em 2001, Durban, na África do Sul, e uma Conferência Mundial sobre a
Luta contra o Racismo, Racial e Xenofobia, onde esses três elementos levam a sociedade
a intolerância. Tal encontro foi realizado num momento, onde a humanidade vivencia
conflitos violentos étnicos em várias partes do mundo.
Após essa conferência foram adotados estratégias para enfrentar as diferentes
formas do racismo. Resumindo as redes sociais através da tecnologia, onde a etapa
principal é a educação a
distância, é uma confirmação que o aluno deficiente elimina a sensação de solidão e o
aprendizado torna-se prazeroso e atraente para este portador.
Leis que dão suporte a educação inclusiva e as formas de tecnologias
De acordo com a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, número
9.394/96, relata que foi um marco significativo na educação brasileira, outrora, que prevê a
inclusão e a ampliação do atendimento educacional, em rede pública aos alunos com
necessidades educativas especiais, aos níveis de educação infantil e também superior.
21
Todavia, tal lei é fundamental e abre um grande leque para essas crianças com
necessidades especiais, pois, saibamos que depende muito das possibilidades que elas
venham a ter uma interação ao meio social.
Braga (1996) diz que Vygotsky almejava o futuro dessas crianças e visava também um
futuro melhor para elas e nada melhor a interação com a sociedade.
Russo (1994, p.37) menciona:
As pessoas (crianças) com necessidades especiais devido a sua delimitação e sua dificuldade, caracterizada pela ausência de experiências sócio culturais que a vida lhe imposta durante o decorrer de sua trajetória, portanto, essas delimitações podem ser fortes, dependendo de cada quadro patológico.
Entretanto, acredita-se que a escola como instituição é um meio mais adequado para
possibilitar a interação da criança com o meio social, todavia, a inclusão deve ser o
princípio e começo diga-se assim, para que a sociedade receba essas pessoas com
necessidades especiais, oferecendo a oportunidade para que elas possam relacionar-se
com os demais.
Política Nacional de Educação Especial- PNEE
Esta foi elaborada no mesmo ano n qual o Brasil assinou a Declaração de
Salamanca, com o intuito em oferecer educação a todos independentes de suas
limitações. Todavia, o documento relata ao aluno portador de necessidades especiais.
Brasil (1994, p.17): “Aquele que, por apresentar necessidades próprias e diferentes dos
demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares, correspondentes à sua idade,
requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas”.
Ainda o PNEE (Brasil, 1994) define prioridades ao atendimento prioritário a ser
oferecido a essas pessoas com necessidades especiais, garantindo um conjunto de
objetivos, segue abaixo alguns desses:
22
• Ingresso do aluno deficiente em turmas comuns, sempre que
possível;
• A conscientização da comunidade escolar e a sua importância da
presença do alunado;
• Apoio ao sistema de ensino regular e oferecer condições de
socialização aos alunos inclusos;
• A organização de ambiente educacional menos restrito possível.
O PNEE e a LDB e a Lei n° 9.394/96 ficam estabelecidas os rumos e os
fundamentos da Educação Brasileira, evidenciando a importância da educação especial e
assim, dispondo as normas no capítulo V, arts 58, 59 e 60. Na qual essas leis permitem o
direito ao atendimento a educação especial em uma rede de ensino público ou não, mas,
com possibilidades de atendimentos em lugares diferenciados, porém, exigindo
adaptações de acordo com a necessidade especial do aluno.
Nos arts 58, 59 e 60, citam-se (BRASIL, 1994):
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Ainda no artigo destaca-se a importância da criança que está com dificuldades seja de
transtornos ou de deficiência a ser inserida nas escolas, em classes dita como regulares,
e esta receberá um apoio especializado caso a classe não suprir as necessidades
educacionais.
23
No artigo 59 é obrigatório que os sistemas de ensino ofereça suporte ao aluno incluso,
métodos e técnicas diferenciadas que assim possa auxiliar no seu desenvolvimento e
também profissionais aptos
e capacitados que possam auxiliar e ajudar no processo de aprendizagem dos alunos
com necessidades especiais.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
No Art.60 tanto o sistema de ensino público ou privado deverão se adequar e
implantar programas de caráter espacial a todos aqueles alunos que apresentam
necessidades educacionais especializadas, ainda cabe ao Poder Público “assegurar o
direito ao ensino regular aos alunos inclusos, bem como metodologias para a atuação
destes alunos”, e assim, seja claro e evidente essa lei.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com 26 atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Parágrafo Único. O Poder Público adotará como alternativa preferencial a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo (BRASIL, 1996). Segundo o artigo 60 tanto a rede pública de ensino quanto as escolas privadas deverão implantar programas de caráter especial a todos os alunos que apresentarem necessidades educacionais especializadas.
24
Ainda a Lei n° 10.172/2001 datado em 9 de janeiro de 2001, onde aprova o Plano
Nacional de Educação o PNE e o mesmo encaminha outras providências que estabelece
27 objetivos e metas para a educação dos alunos para inclusão (BRASIL, 2001)
Brasil (2001) essas metas tratam de: desenvolvimento, ações preventivas, atendimento
extraordinário, educação continuada, a lei que supre as necessidades educacionais.
A LDB (2001) sugere adaptações arquitetônicas e curriculares no que se refere a
educação inclusiva MEC/ SEF/ SCESP, sugere uma educação especial mais apropriada
com o intuito em promover o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com
necessidades especiais.
Ainda MEC (BRASIL, 1998) elaborou um documento em que as respostas
educativas fossem fornecidas ao sistema de ensino e assim, favorecendo a todos os
alunos aos quais dentre eles o aluno com necessidade especial.
Finalizando em 11 de setembro de 2001, no Art.12, assegura a lei 10.098/2000 e a lei
10.172/2001 que todos os sistemas de ensino devem garantir o acesso aos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, promovendo as escolas, recursos e
instrumentos necessários ao portador de necessidades especiais.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
A política atual sobre as pessoas com necessidades educativas especiais é o
resultado de um lento caminhar, mas que apresenta ganhos para a escola inclusiva.
Podemos citar a Declaração de Salamanca como um exemplo dessa caminhada, onde
ela propõe uma escola aberta às diferenças, onde crianças, jovens e adultos devem
aprender juntos, independentemente de suas características, origens, condições físicas,
sensoriais, intelectuais, linguísticas, ou emocionais, econômicas, ou sócio culturais. Nela
fica claro que é o mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam
capazes de prover uma educação de alta qualidade para todas as crianças: o
estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes
discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade
inclusiva.
De acordo com o site www.abrindoosolhosparaeducacao.blogspot.com.br (2015),
cuja a mesma apoia os portadores de necessidades especiais, visa buscar uma educação
de qualidade para esses portadores. Ela ocorreu na Espanha entre o dia 7 e 10 de junho
de 1994, com o intuito de garantir a oportunidade de uma educação para todos.
25
E com a Declaração os alunos sejam inseridos ao sistema educacional regular ou
não regular.
O governo da Espanha junto a UNESCO realizou a Declaração de Salamanca em
94, dando enquadramento de uma ação inspirada em experiência a nível nacional, onde
sua demanda trás soluções e recomendações e também publicações das Nações Unidas
e outras organizações governamentais, principalmente nas Normas sobre a Igualdade e
Oportunidade para Pessoas com Deficiência.
A Declaração de Salamanca possui 85 diretrizes que apoiam e dão suporte ao
portador de necessidades especiais referente apenas na inclusão do aluno e das suas
necessidades. Essas
diretrizes englobam várias funções, ou seja, o papel do governo e o papel da escola ao
que se refere a Declaração de Salamanca:
Papel do Governo- tem por obrigatoriedade a preocupação e o investimento nas escolas,
como suporte financeiro e principalmente materiais pedagógicos para as escolas num
âmbito geral e as mesmas estejam apropriadas para inclusão das crianças independente
de suas diferenças ou dificuldades individuais e principalmente dando suporte aos
professores através de: treinamentos, cursos de capacitação para lidar com a educação
especial.
Papel da Escola- desenvolver escolas inclusivas que possam oferecer uma educação de
qualidade para ambos os alunos “especiais” / “normais”. A escola deverá se adequar a
essa criança inclusa, fazendo adaptações que possam oferecer conforto e atendimento
adequado.
Além de bons equipamentos eletrônicos onde irão desempenhar um bom progresso
do aluno, e assim incluí-lo nas práticas pedagógicas. Contudo, não podemos esquecer,
da importância do professor e de outros profissionais que darão suporte a esta criança
com necessidades especiais, são eles: psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas, etc...
É relevante falar que a comunidade escolar e a família, junto a escola seja
participativos ao que se refere ao aluno incluso.
Para Mantoan (2003, p. 23-24) relata:
Nas situações de integração escolar, nem todos os alunos com deficiência cabem nas turmas de ensino regular, pois há uma seleção prévia dos que estão aptos a inserção. Para esses casos, são indicados: a individualização dos programas escolares, currículos adaptados, avaliações especiais, redução dos objetivos educacionais para compensar as dificuldades de aprender. Em suma: a escola não muda como um todo, mas os alunos têm um acento de mudar para se adaptarem as suas exigências. (...) Quanto à inclusão, esta questiona
26
não somente as políticas e a organização da educação especial e da regular, mas também o próprio conceito de integração. Ela é incompatível com a integração, pois prevê a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção devem frequentar as salas de aula do ensino regular e não regulares.
Nenhum aluno por maior comprometimento que apresente deve ser considerado sem
condições de se beneficiar do trabalho escolar. A educação é um bem a que todos têm
direito e mesmo nos casos mais difíceis deve se ter como meta a construção de
conhecimento que levem à independência e autonomia, que permitam a integração social.
É importante que haja coerência entre o planejamento (objetivos, conteúdos e
atividades) e a possibilidade que o aluno terá de aprender e se desenvolver,
compreendendo e relacionando os conhecimentos que vai adquirindo a situações de vida.
É fundamental integrar as várias áreas de conhecimento, promover estratégias
contextualizadas, criar instrumentos que permitam avaliar continuamente o
desenvolvimento dos alunos, priorizando certos objetivos e conteúdos, ou acrescentando
aqueles que se fizerem necessários, de acordo com a especificidade que cada caso
apresenta.
Para que esse ideal se torne realidade, a escola precisa adaptar-se às diferenças e
responder às necessidades gerais e específicas de todos os alunos. A transformação da
escola envolve o compromisso de educadores, pais, especialistas, agentes do poder
público e de outros atores sociais para assumir desafios, formar novas competências e
constituir uma rede de solidariedade. Trata-se, pois, de um amplo movimento de
transformação e de democratização da educação como direito de todos, tendo como
horizonte a construção de uma sociedade inclusiva.
27
CAPÍTULO III
A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
Segundo (Marx apud Rui Gama, 1987, p. 208): “ a tecnologia revela um modo de
proceder do homem com a natureza, o processo imediato de produção de sua vida,
material e assim elucida as condições de sua vida social e as concepções mentais”.
Entretanto, a tecnologia veio para somar, é um conhecimento e um bem social
dependendo do ponto de vista. O uso dessas tecnologias na educação proporciona novas
relações no trabalho pedagógico dentro das salas de aula e assim, oportunizando
melhoria de qualidade social da educação.
Na metade da década de 90, desenvolveu-se um Projeto Político Pedagógico com a
introdução e a implementação de uso de novas tecnologias como ferramenta na
construção de práxis pedagógicos e assim buscar o conhecimento através dessas novas
tecnologias.
Mazzoni et al (2001, p. 29) para as pessoas terem acesso a informação é importante
entender que a escola é o principal acesso, tanto no trabalho quanto no lazer, e isso de
forma natural, entretanto, isso se aplica principalmente as pessoas com deficiência.
Targino (1991, p.159) comenta que:
A qualidade de vida do cidadão passa pela difusão da informação. Passa por uma postura fundamental, social, além da democracia que tem assim, mais informação e o seu pressuposto maior que significa força conjunta engajamento social e político, ou seja, cidadania.
Targino (1991) a manifestação da cidadania é feita através da sensibilização, acesso as
informações e qualquer outro suporte.
Acredita-se que as mudanças de atitudes em qualquer área profissional é fundamental
para construção de uma sociedade inclusiva.
28
Sassaki (1997, p. 47) onde o autor fala que, “um retrocesso que contribui para a
construção de um novo tipo de sociedade, ocorre através de pequenas transformações”,
ou seja, através de pequenos gestos, a inclusão baseia-se na aceitação das diferenças.
A formação continuada para os docentes
Libâneo (2005) comenta sobre a formação continuada dos educadores, onde o autor
cita em seu livro (p.227):
O termo formação continuada vem acompanhado de outra formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados a formação profissional, completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento teórico e prático no contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional.
Perrenoud (2000) menciona que é necessário a acessibilidade aos alunos em
relação a tecnologia, mas, o professor tende a se capacitar de como oferecer essa
acessibilidade ao educando, pois, esse papel é efetivamente da escola, pois, sabemos
que a tecnologia tornou-se mais accessível aos saberes.
Prado (2010) onde a autora diz que o professor durante décadas vem
desenvolvendo práticas pedagógicas arcaicas dando aula em lousas, corrigindo os
deveres e testes, aplicando provas aos alunos. Entretanto, esse quadro ainda continua
em algumas escolas, porém, já tem algum tempo com a implementação de
computadores, vídeos e tv’s, câmeras, projetores, entre outros recursos tecnológicos nas
escolas e assim, facilitando o ensino aprendizagem tornando a aula mais prazerosa e a
transmissão de conhecimento ficou mais flexível, todavia, basta dizer que ainda
possuímos instituições que nem energia tem. Algumas nem carteiras, quanto o mais o uso
de tecnologias, pois, os governantes não dão suportes suficientes para à nossa
educação.
A formação continuada auxilia o profissional de educação e neste contexto leva ao
mesmo a uma reflexão sobre sua profissão, ajudando à levar ao questionamento o que
está alcançando com isso?
29
Perrenoud (1999) relata que quando problematizamos as dificuldades de
aprendizagem e aplicamos esses recursos, colocamos em práticas posteriormente
resolvidas com maior consciência e métodos, desta forma, transformando o seu
conhecimento em prática.
Gouvêa (1999) onde o autor diz que o professor sempre será mais importantes do
que qualquer inclusão de tecnologia na educação, outrora, que o mesmo sempre esteja
se capacitando, reciclando a fim de aprimorar não só o seu conhecimento, mas, trazendo
para a sala de aula, métodos que auxiliem em passar um conhecimento melhor, aos seus
alunados. Um dia o professor introduziu o primeiro livro numa escola e com isso ele teve
que aprimorar seus conhecimentos, e assim, com o uso da tecnologia, onde está a cada
dia se aperfeiçoando cada hora, cada instante o avanço com a informática fica cada vez
mais veloz.
Gouvêa (1999) diz que ensinar e aprender, seja por gesto, emoção, palavras,
afetividade, textos lidos ou escritos, pela mídia, e agora também pelo tablet, celulares,
tudo isso em tempo real, através da tecnologia.
Moran (2000) o professor e o seu papel é fundamental nesses projetos de
inovações, pois, ele é o ligamento entre aluno e máquina, o mesmo vai ensiná-lo a como
manusear tal tecnologia dentro do contexto escolar, sempre sendo aliado à educação, até
porque a qualidade de ensino em um ambiente tecnológico onde depende muito mais de
como ele é usado didaticamente dentro do contexto escolar.
Perrenoud (1999) comenta sobre as 10 competências para uma formação continuada do
Ensino Fundamental, cabe ao professor:
1. Organizar e estimular à aprendizagem;
2. Gerar a progressão de aprendizagem;
3. Conceber e fazer com que os dispositivos de diferenciação evoluam;
4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e no trabalho;
5. Trabalhar em equipe;
6. Participar da gestão escolar;
7. Informar e envolver os pais;
8. Utilizar novas tecnologias;
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;
10.Gerar sua própria formação contínua.
30
O uso da tecnologia é definida por Perrenoud (2000) a tecnologia junto a
aprendizagem em uma visão construtivista, trás ao aluno a sua realidade e ao seu
conhecimento através do uso da computação.
A medida que o sistema educacional se utiliza dessas tecnologias no processo de
ensino aprendizagem há uma diminuição da exclusão digital, e assim, a educação vai
além das paredes da sala de aula, o computador pode sim, dar um grande suporte à
sala de aula, porém, tudo dependerá de como se faz esse uso da tecnologia e a postura
do professor durante esse uso, pois, ele precisa ser auxiliado e o mesmo ser o mediador
dessas novas tecnologias.
Demo (2008) diz que:
Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Demo (2008) com a citação acima que o professor é praticamente insubstituível,
não podemos substituir o professor por uma máquina, porém, é fato que se faz necessário
a capacitação do mesmo para implantação dessas novas tecnologias, é notório que o
professor desenvolva em sala de aula uma prática tradicional, num outro patamar, utilizar
o recurso tecnológico, como uma ferramenta de apoio, pois, a integração das mídias já
fazem parte da prática pedagógica.
Pozo (2008) fala que a informática está gerando uma explosão de saberes,
todavia, o professor têm o dever e o papel em reverter esse cenário, educando-se para a
vida e para a significação, o aluno, precisa encontrar um eixo nisso tudo que está
acontecendo e cabe isso ao professor.
Percebemos que o uso da tecnologia na educação está cada vez mais ampliado. O
Japão é um país que nos mostra de maneira positiva de como o uso da tecnologia foi uma
excelente ferramenta dentro da educação.
31
Entretanto, nos Estados Unidos a experiência com o uso da tecnologia não foi positiva,
seguindo a revista Veja, o governo americano, em seus altos investimentos em inserir o
uso dessas tecnologias em escolas, identificou que os alunos perdiam tempo em sites de
relacionamentos e pornografias, passando e driblando os bloqueios.
Chaves (2011), Gouvêa (2004), ambos defendem o uso do computador como
ferramenta pedagógica, pois, a mesma gera novas possibilidades, amplia conhecimentos,
cria a capacidade em pesquisar e criar, não podendo esquecer que o processo sempre
será o responsável pela transmissão do conhecimento no processo ensino-aprendizagem.
Atualmente qualquer pessoa deveria ter acesso e saber manusear o computador,
porém, essa não é a realidade vigente, pois a maioria dos profissionais de educação
estudaram numa época em que a informática não era tão acessível assim, ou seja, não
fazia parte cotidianamente, atualmente esses novos professores que ainda estão se
formando até esses, terão problemas para mudar esse nosso cenário que é a nossa atual
educação.
Perrenoud (2000) em relação as redes públicas de ensino, as mesmas necessitam de
uma atenção muito grande ao que se refere a formação continuada, pois, muitos desses
profissionais se acomodam e não se estimulam em prosseguir sua formação.
O técnico de educação e a sua contribuição na escola inclusiva Mantoan (2003) no geral, em toda sociedade, observa-se o desenvolvimento da
consciência de que o autoritarismo, a centralização, a fragmentação e o conservadorismo
estão gradativamente ficando ultrapassados, por conduzirem ao imobilismo, a
desresponsabilização por atos e seus resultados e, em última instância, à estagnação
social e ao fracasso de suas instituições.
Essa mudança de paradigma é marcada por uma forte tendência à adoção de
concepções e práticas interativas, participativas e democráticas, caracterizadas por
movimentos dinâmicos e globais, estabelecendo alianças, redes e parcerias, na busca de
soluções de problemas e alargamento de horizontes. São demandadas mudanças
urgentes na escola, a fim de garantir formação competente de seus alunos, de modo que
sejam capazes de enfrentar criativamente, com empreendedorismo e espírito crítico, os
problemas cada vez mais complexos da sociedade.
32
Mantoan (2003) a educação exige esforços redobrados e maior organização do
trabalho educacional, assim como a participação da comunidade na realização desse
empreendimento, a fim de que possa ser efetiva, já que não basta ao estabelecimento de
ensino apenas preparar o
aluno para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que o que ele precisa é de
aprender para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condições para
ações competentes na prática da cidadania. E o ambiente escolar como um todo deve
oferecer-lhe esta experiência.
Todo esse movimento, alterando o sentido e concepção de educação, de escola e
da relação escola/sociedade, tem envolvido um esforço especial do técnico educacional,
isto é, de organização da escola, assim como articulação de seu talento, competência e
energia humana, de recursos e processos, com vistas à promoção de experiências de
formação de seus alunos, capazes de transformá-los em cidadãos participativos da
sociedade. Trata-se de uma experiência nova, sem parâmetros anteriores para o qual
devemos desenvolver sensibilidade, compreensão e habilidades especiais, novos e
abertos.
Luck (2001) um novo paradigma emerge e se desenvolve sobre a educação, a
escola, o técnico educacional e sua gestão como aliás, em todas as áreas de atuação
humana: não existe nada mais forte do que uma ideia cujo tempo chegou, em vista do
que se trata de um movimento consistente e sem retorno. E esta que perpassa todos os
segmentos da sociedade é a que demanda espaços de participação, associados aos
quais estão, inevitavelmente, os esforços de responsabilidade. Há de se dar conta, no
contexto da escola, da multiculturalidade de nossa sociedade, da importância e riqueza
dessa diversidade, associados à emergência do poder local e reivindicação de esforços
de participação.
É no contexto desse entendimento, que o técnico educacional ajuda no processo de
construção social da escola e na realização de seu trabalho, mediante a organização do
projeto político pedagógico organizado por todos inseridos na escola, tomada de decisões
de forma coletiva, a compreensão da questão dinâmica e conflitiva e contraditória das
relações interpessoais da organização, enfim, a compreensão de que a mudança de
processos educacionais envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e
nos sistemas de ensino. É a partir dessas questões que conceitos como descentralização,
democratização e autonomia da escola se tornam não apenas importantes, mas
imprescindíveis.
33
Luck (2001) dentro do contexto da escola inclusiva o modelo de gestão que mais se
enquadra é a democrática-participativa. A participação é o principal meio de se assegurar
a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários
no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além
disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura
organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece
uma aproximação maior entre professores, alunos e pais.
O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que significa a
capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios, isto é, de
conduzirem sua própria vida. Como a autonomia opõe-se às formas autoritárias de
tomada de decisão, sua realização concreta nas instituições é a participação.
Segundo Gandin (2000, p. 94): [...] a luta pelo acesso e permanência de todos a uma boa
escola (isso é, obviamente, uma luta para a transformação social) é a primeira prática
escolar participativa e democrática, sem a qual nenhuma outra faz sentido.”
Em síntese, a escola é uma instituição social com objetivos explícitos: o
desenvolvimento das potencialidades dos alunos através de conteúdos (conhecimentos,
habilidades, procedimentos, atitudes, valores), para constituírem-se em cidadãos
participativos na sociedade em que vivem.
A escola democrática é aquela que possibilita a todas as crianças a assimilação de
conhecimentos e o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de modo a
estarem preparadas para participar ativamente da vida social (na profissão, na política, na
cultura). Assim, as tarefas da escola, centradas na transmissão e assimilação ativa dos
conhecimentos, devem contribuir para objetivos de formação profissional, para a
compreensão das realidades do mundo, de formação política para que permita o exercício
ativo da cidadania, de formação cultural para adquirir uma visão de mundo com os
interesses emancipatórios da classe trabalhadora.
Os benefícios da inclusão na visão dos educadores comprometidos com uma
educação de qualidade para todos, são muitos, dentre eles, o fato de que o ambiente
escolar pode sim se tornar rico em situações de aprendizagem.
Se acreditarmos que a educação escolar tem um papel na democratização das esferas
econômica, social, política e cultural, ela será mais democrática quanto mais for
universalizada a todos, sem distinção, assegurando tanto o acesso e a permanência nas
séries iniciais, quanto o domínio de conhecimentos básicos e socialmente relevantes e o
34
desenvolvimento das capacidades intelectuais por parte dos alunos portadores de
necessidades especiais.
O papel de todos dentro de um ambiente escolar (reflexão)
Para fazermos uma inclusão de verdade e garantir a aprendizagem a todos os
alunos nas escolas, precisamos fortalece a formação e a capacitação dos professores e
assim, criar uma boa rede de apoio entre alunos, professores, família, comunidade
escolar, gestores, e todos que estão inseridos para termos uma boa convivência ao que
se refere ao aluno inclusivo.
Falar de inclusão é preciso pensar, repensar, no sentido a educação, mudar os
paradigmas dos nossos governantes. Também o papel do educador junto a escola, fazer
com que os demais alunos, respeitem a deficiência do colega, a escola tem o papel
principal nesse contexto, a inclusão depende da mudança de valores e esses são
ensinados, primeiramente na família e também na escola e uma vivência que não se faz
simples, não é uma receita pronta, mas, com reflexões de professores, diretores, pais,
alunos e comunidade.
Portanto, a inclusão não é uma questão fácil e simples, pois, devemos levar em
consideração as demandas e as vezes essas, não são tão fáceis. Tendo essa consciência
de que essas demandas, nem mesmo por vezes a escola especial consegue dar conta
deste atendimento especializado, pois, como educadores, temos demandas diferentes.
Entretanto, a inclusão coloca vários questionamentos aos educadores e técnicos
que atuam nesta área. Por isso se faz necessário avaliar a realidade e as controvérsias
sobre o termo “inclusão”.
A realidade da nossa educação é outra, com a resistência dos professores e
gestores, são sempre manifestadas através de indagações e queixas, e até mesmo, pelas
expectativas que as vezes somos educadores e ao mesmo tempo mágicos, pois, por
vezes esperamos soluções que acabam virando decepções e frustrações, pois, em sala
de aula trabalhamos sozinhos sem apoio de um profissional da área de saúde, ou seja, na
realidade a visão é outra.
35
CONCLUSÃO
Concluímos que a educação inclusiva e a tecnologia junto a escola são excelentes
ferramentas no ensino aprendizagem, o aluno inclusivo tende a ter grandes dificuldades
em aprender junto aos colegas em salas comuns, sabemos que não possuímos recursos
necessários em algumas escolas.
A história da nossa educação constitui em separar os alunos normais em anormais,
e dentro dessa maneira de pensar a política educacional, vigente impede outras práticas
escolares a serem implantadas, para que esses paradigmas e concepções mudem, é
necessário uma interação e integração, por parte de todos, que compõe um ambiente
escolar.
Como educadores temos que estar sempre nos capacitando, pois, só assim,
melhoraremos nossa educação e a nossa maneira de ver a inclusão junto a tecnologia,
venho para somar e facilitar esse acesso e nos dar suporte. Ainda falta muita coisa para
que a escola aceite de vez o uso da tecnologia em sala de aula, pois, a falta de verbas,
além da falta de educação “respeito” ao próximo por parte de alguns dos alunos.
A informatização,exige estudos e entendimentos, por isso se faz necessário que os
professores se capacitem, cada vez mais, porque o mundo informático está cada vez
mais exigente. A informática é um recurso que contribui para a construção do
conhecimento e a base da educação é fundamentada na competência desses
profissionais, sejam especializados em educação e em outras áreas do conhecimento,
principalmente aos alunos inclusos, onde a educação deve buscar uma conexão com a
realidade a medida que a sociedade mundial tende a cada vez mais a se informatizar.
A tecnologia veio para auxiliar, conhecer e dominar o ambiente de várias maneiras de
forma concreta e abstrata, espacial ou temporal.
Temos que estar ciente que o mundo contemporâneo vive o momento de reflexões
multimídias (tecnologias).
As tecnologias são como extensões do nosso corpo, o Estado vem investindo na
melhoria da aprendizagem escolar e assim, contribuindo para melhoria da Educação
Brasileira, sendo ela inclusiva.
36
BIBLIOGRAFIA
BOBBIO, Noberto. A era dos direitos. São Paulo: Campus, 2004.
BRASIL, Educação Inclusiva: direito a diversidade. Documento Orientador. Brasília, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. Departamento de Gestão e Educação na Saúde. Política e Educação e Desenvolvimento para o SUS, 2004. BRASIL. Ministério da Educação – Diretrizes Operacionais para Educação Básica das Escolas do Campo, Brasília, DF, 2002. BRASIL, MEC. Diretrizes Nacionais à Educação Especial na Educação Básica, Secretaria de Educação Especial, MEC: SEESP, 2001. BRASIL, Conselho Nacional da Educação, Câmara de Educação Básica, resolução CNB/ CEB n.2, 11de fevereiro de 2001; Instituto Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, 2012. BRASIL, Lei n° 10.172, 09 de janeiro de 2001, Plano Nacional de Educação e de outras providências. CHAVES. Eduardo O C. O Uso de Computadores em Escolas: Fundamentos e Críticas; Scipione, São Paulo: 2011. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. DEMO, Pedro, Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI, In:Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC: guia do cursista/ Maria Umbelena Caiafa Salgado; Ana Lúcia Amaral- Brasília: DF; Ministério da Educação, secretaria de Educação à Distância: 2008, cap 4, p.139. GANDIN, Danilo. A Prática do Planejamento Participativo. Petrópolis : Vozes, 8ª Ed, 2000. GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os Caminhos do Professor na Era da Tecnologia. Revista Educação e Informática, Ano 9 – n° 13 – abril 1999. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola- Teoria e Prática, Goiânia: Alternativa, 2005.
37
LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5º Ed. São Paulo, 2001. MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar O que e? Por Que? Como Fazer. Editora: Moderna, 2003. MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na educação, disponível em: www.eca.usp.b/prof/moran/integraçao.htm acesso em: 14/05/2015. MAZZONI, Alberto Angel et al. Aspectos que interferem na construção da acessibilidade em bibliotecas universitárias. Ciência da Informação, Brasília, 2001. PERRENOUD, Philipe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. PERRENOUD, Philipe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. POZO, J. I. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento, In: tecnologia da Educação: ensinando e aprendendo comas TIC, 2008, cap. 29. PRADO, M. Articulando saberes e transformando a prática. Série “Tecnologia e Currículo”, Programa Salto para o Futuro, Novembro, 2010. SASSAKI, R. K. Inclusão Construindo Uma Sociedade Para Todos. Editora: WVA, 1997. SEABRA, Carlos. Uma nova educação para uma nova era. In “A revolução tecnológica e os novos paradigmas da sociedade”, São Paulo: Oficina dos Livros/ IPSO (Instituto de Pesquisa e Projetos Sociais e Tecnológicos), 1994. SCHLOSSER, C. A e Anderson, M. L. Destance education: A review of the literature. Ames, IA: Iowa Distance Education Alliance, Iowa State Universaty, 1994. TARGINO, Maria das Graças. Biblioteconomia, informação e cidadania. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação- UFMG, Belo Horizonte, 1991. VERDUIN, J. R; CLARK, T. Distance education: the foundations of effective practice. San Francisco: Oxford, 1991. Sites consultados: http//:www.chaves.com.br/funteve.htm, acesso em 09 de maio de 2015. http//:www.abrindoosolhosparaeducacao.blogspot.com.br/ acesso em 16/07/2015.
38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I- EDUCAÇÃO INCLUSIVA. 10 CAPÍTULO II- A TECNOLOGIA/EDUCAÇÃO INCLUSIVA. 19 CAPÍTULO III- A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO:FORMAÇÃO DE PROFESSORES. 27 CONCLUSÃO 35 BOBLIOGRAFIA 36 ÍNDICE 38
39
40
41
42
43
44
45
46
47