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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA EXCELÊNCIA E ÉTICA NA GESTÃO PÚBLICA Orientador Prof. Antônio Fernando Vieira Ney Co-orientador: Prof Marcelo Oliveira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Nunca antes se ressaltou tanto a ética no serviço púbico. As burocracias de todo o mundo se mantinham á margem e observavam

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EXCELÊNCIA E ÉTICA NA GESTÃO PÚBLICA

Orientador

Prof. Antônio Fernando Vieira Ney

Co-orientador:

Prof Marcelo Oliveira

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EXCELÊNCIA E ÉTICA NA GESTÃO PÚBLICA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Publica.

Por: . Luciana Silva Tamburini.

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AGRADECIMENTOS

....aos amigos e parentes, ao Detran-

RJ e a minha eterna Lucinda.

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RESUMO

Estudo bibliográfico que aborda a excelência e ética na gestão pública.

Há tempos a corrupção e falta de ética vem degradando a imagem e a

qualidade no serviço público.

A EC 19 introduziu o princípio constitucional básico da “eficiência” que

fornece, dentre outras coisas, ferramentas para avaliar o desempenho do

Agente Público; A lei 8429/1992 elencou os crimes de improbidade

administrativa e regulou suas sanções; A lei 1171/1994 regulou o Código de

Ética do servidor público civil do poder executivo federal; A Lei Complementar

101/2000 (LRF) estabelece responsabilidade na Gestão Fiscal, principalmente

na geração de despesas irregulares; A lei 8112/1990 dispõe sobre o regime

jurídico dos servidores públicos civis e institui, dentre outras disposições, os

deveres do servidor público; A legislação acima norteia exatamente como deve

ser a conduta ética e moral do agente público e como ele deve agir e como

não deve.

Serviço Público deve ser encarado como uma empresa na qual a

principal meta é o cumprimento do dever público de forma imparcial, eficiente e

eficaz.

As ferramentas para mensurar a qualidade como: Histograma, Gráfico

de Cauda e Efeito, Gráfico de Pareto, Gráfico de Controle, Gráfico de

Dispersão, dentre outras, são primordiais para se melhorar a qualidade do

serviço público, alcançando a excelência.

Palavras-Chave: Ética. Qualidade. Serviço Público. Legislação.

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METODOLOGIA

A pesquisa se configura com o apoio de pesquisas de leis e autores

conhecidos pelo seu trabalho junto a ética pública

A proposta deste trabalho é a abordagem da ética na Administração

Pública, procurando traçar um quadro sobre a função da Administração Pública

em um Estado Democrático de Direito e os sistemas adotados pelo Estado

para evitar o desvio de suas finalidades por intermédio de atos não muito

éticos praticados por seus administradores e servidores. Para tanto, a partir da

definição de ética, analisar-se-ão os princípios que norteiam a Administração

Pública, passando-se a apontar dos sistemas de controle dos atos

administrativos, com abordagem das novas atitudes da gestão pública.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 A QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO ............................................................... 11

2.1 RAZÕES PARA IMPLANTAR A QUALIDADE TOTAL NO SERVIÇO PÚBLICO .................................................................. Erro! Indicador não definido.

2.2 ÉTICA ............................................................................................................. 16

2.3 LEGISLAÇÕES QUE ABORDAM A ÉTICA E A QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO .............................................................................................. 18

2.3.1 Normas destinadas a implementar tais princípios ........................................ 19

2.3.2 Princípio da legalidade: ................................................................................ 19

2.3.3 Princípio da impessoalidade ......................................................................... 21

2.3.4 Princípio da publicidade ................................................................................ 21

2.3.5 Princípio da eficiência ................................................................................... 21

2.3.6 Princípio da moralidade ................................................................................ 23

3 CONDUTAS PRATICADAS POR SERVIDORES PÚBLICOS QUE VIOLAM VALORES ÉTICOS E CONFIGURAM INFRAÇÃO PENAL ...................................... 24

3.1 Atos que causam prejuízo ao erário, tais como (art. 10): .............................. 26

3.2 Atos que atentam contra os princípios da Administração Pública, tais como (art. 11): ....................................................................................................... 27

3.3 Condutas que configuram infração disciplinar grave, definidas no Estatuto do Funcionário Público Federal, Lei n ° 8.112/90, art. 117, incisos IX a XVI: ........ 27

3.4 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ............................................................. 27

3.5 QUALIDADE NA CONSTITUIÇÃO .................................................................. 29

3.6 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ................................................................................................. 31

3.7 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO 2000 .............................................................................................. 32

3.8 CÓDIGO DE ÉTICA ......................................................................................... 32

4 O QUE A SOCIEDADE ESPERA DO SERVIÇO PÚBLICO .................................. 35

4.1 FERRAMENTAS DISPONIVEIS PARA SE ATINGIR A QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO .............................................................................................. 36

4.2 HISTOGRAMA ................................................................................................. 36

4.3 GRÁFICO DE CAUSA E EFEITO .................................................................... 36

4.4 GRÁFICO DE PARETO ................................................................................... 37

4.5 GRÁFICO DE CONTROLE .............................................................................. 37

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4.6 GRÁFICO DE DISPERSÃO ............................................................................. 37

4.7 AÇÕES DO GOVERNO PARA ATINGIR A QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO: .............................................................................................................. 38

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45

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INTRODUÇÃO

Nunca antes se ressaltou tanto a ética no serviço púbico. As burocracias de

todo o mundo se mantinham á margem e observavam as atrocidades que

cometiam os funcionários públicos em determinados locais. Um dos slogans de

campanha de Adhemar de Barros, não assumido abertamente, era

“Adhemar rouba, mas faz”, lema de sua campanha eleitoral para prefeito de

São Paulo, em 1957, se promovendo em cima das inúmeras acusações de que

era corrupto e de que desviava verbas públicas nos períodos em que foi chefe

do executivo.

O comportamento corrupto contamina tudo aquilo em que toca. Este tem

sido o tema e as conclusões da Conferencial Internacional Anticorrupção que

têm ocorrido em todo o mundo desde 1987.

Não Se pode deixar de mencionar o inegável avanço promovido pela

Lei n º8.429, de 02 de junho de 1992, a “Lei de Improbidade Administrativa”, ou

“lei do colarinho branco”, como ficou conhecida quando de sua promulgação, a

qual foi editada para dar exequibilidade ao art. 37, § 4º, da Constituição

Federal de 1988, constituindo-se no principal instrumento legislativo de todos

os tempos para a defesa do patrimônio público.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e

também, ao seguinte:

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos

direitos políticos, a perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e o

ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da

ação penal cabível. (Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988)

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Esta lei, cuida da improbidade administrativa, dispondo sobre as sanções

aplicáveis ao agente publico, no exercício de mandado, cargo, emprego ou

função, na administração direta, indireta ou fundacional, além de definir como

e quando sua conduta se traduz em ato com tal definição.

Ao classificar as condutas, aponta a forma de apura-las e puni-las. Tem por

objetivo proteger a administração, alvo maior da “corrupção”, de privilégios, de

má gestão e mau uso do patrimônio público.

Igualmente, um grande passo para a Excelência do Serviço Público foi dado

com a Reforma Administrativa. O que se procura alcançar com a reforma

administrativa é uma administração pública eficiente, com a consequente

prestação de serviços públicos essenciais com qualidade. A proposito, já o

código de Defesa do Consumidor inclui como direito básicos a

“adequada e eficaz prestação de serviços públicos em geral”. (artigo 6º, inciso

X) – Principio da Eficiência.

O principio da eficiência, no ordenamento jurídico constitucional, tem origem na

EC 19/98, que incorporou ao texto da Constituição de 1988 (art. 37, caput). A

inserção do principio da eficiência, no texto constitucional, ao lado dos

princípios clássicos da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade

fundou-se no argumento de que o aparelho estatal deve se orientar para gerar

benefícios, prestando serviços á sociedade e respeitando o cidadão

contribuinte.

Segundo Moraes, o principio da eficiência tem a seguinte definição:

“é aquele que impõe a Administração direta e indireta e a seus agentes a

persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de

forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e

sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e

morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de

maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se uma maior rentabilidade

social. Note-se que não se trata da consagração da tecnocracia, muito pelo

contrário, o principio da eficiência dirige-se para a razão e fim maior do Estado,

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a prestação dos serviços públicos essenciais á população, visando à adoção

de todos os meios legais e morais possíveis para a satisfação do bem comum”.

(MORAES,2000)

A importância da qualidade e da ética no serviço público é primordial para o

estudo de Gestão em Administração Pública.

Tendo em vista estas questões, o presente trabalho final de curso, tem

como objetivo geral abordar a excelência e a ética na gestão pública.

Para o alcance desse objetivo geral foram estabelecidos como objetivos

específicos: Conceituar qualidade e ética no serviço público justamente com as

suas ferramentas necessárias.

Com base nas questões da pesquisa e nos objetivos do trabalho final de

curso, supõe-se que consigamos abordar a excelência e ética na gestão

pública, conceituando as diversas legislações que falam sobre o assunto,

conceituando as ferramentas de qualidade para se atingir a excelência no

serviço público e as ações que o governo vem tomando atingir esta excelência.

O trabalho final de curso está estruturado em 03 (três) capítulos e

subdivisões.

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CAPÍTULO I

A QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

A questão da qualidade no atendimento não é assunto exclusivo

da iniciativa privada. A burocracia estatal e os funcionários públicos são vistos

como portadores de toda a culpa pelo suposto mau funcionamento do aparelho

do Estado. Por isso, a qualidade é também uma preocupação da

administração pública, onde o Governo Federal já consta com uma norma

sobre o assunto, o Decreto nº 3.507, de 13 junho de 2000, que

“Dispõe sobre o estabelecimento de padrões de qualidade do

atendimento prestado aos cidadãos pelos órgãos e pelas entidades da

Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, e dá outras

providências.”.

Trata-se do inicio da normatização deste assunto, pois logo no

artigo 1º o Decreto diz que: “Ficam definidas as diretrizes normativas para o

estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento”, enquanto o art. 2º

diz que os referidos padrões

“deverão ser observados na prestação de todo e qualquer serviço aos

cidadãos-usuários; avaliados e revistos periodicamente; mensuráveis; de fácil

compreensão; e divulgação ao público”.

A atenção, o respeito e a cortesia no tratamento a ser dispensado aos

usuários; as prioridades a serem consideradas no atendimento; o tempo de

espera para o atendimento; os prazos para o cumprimento dos serviços; os

mecanismos de comunicação com os usuários; os procedimentos para atender

a reclamações; as formas de identificação dos servidores; o sistema de

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sinalização visual; e as condições de limpeza e conforto de suas dependências

formam o elenco a ser observado pelos órgãos e entidades federais no

estabelecimento dos padrões de qualidade no atendimento.

Observando termos como atenção, respeito e cortesia, teríamos

apenas que lamentar o fato de vivermos num país onde é necessária uma lei

dizendo da sua necessidade. Entretanto, como não podemos forjar outra

realidade num passe de mágica, precisamos valorizar este instrumento e

entende-lo como veículos que poderá agregar á administração.

Para DEMING (1990):

“Na maioria das repartições públicas, não há um mercado a ser

buscado. Ao invés de conquistar um mercado, uma agência governamental

deveria prestar, de forma econômica, o serviço prescrito pela legislação

vigente. O objetivo deveria se destacar por serviço bem executado”.

1.1 RAZÕES PARA IMPLANTAR A QUALIDADE TOTAL NO SERVIÇO

PÚBLICO:

Reformas constitucionais foram elaboradas com vistas à melhoria do

serviço público, o que garantiu um incremento da necessidade de estudo e

preparação dos servidores, no entanto, essas reformas pecaram na forma de

desenvolver a Administração Pública brasileira, ou seja, não focaram na

pessoa do servidor público como principal fonte de mudanças positivas para o

funcionamento do aparelho do Estado. O Brasil abandonou a tradicional escola

francesa de administração pública para assumir o modelo gerencial, advindo

dos Estados Unidos da América e da Inglaterra.

Por isso, viu-se a necessidade da implantação da Qualidade Total no

serviço público. As empresas públicas não estão familiarizadas a Qualidade

Total por não sofrerem pressão por causa da concorrência. Para não haver

desperdícios nos recursos recebidos (sempre escassos) é necessário fazer um

trabalho eficiente, eficaz e efetivo. Para obtermos esse resultado, é necessário

seguir as técnicas da Gestão da Qualidade Total. A GQT pode fornecer uma

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contribuição decisiva através do controle, avaliação de processos,

padronização, metodologia de solução de problemas e outros. Assim,

podemos ter o controle sobre como cada milhão de reais repassado pelo

Ministério ou Secretaria da Educação ou da Saúde? Como evitar o

esbanjamento nessas áreas tão carentes? Como usar proveitosamente numa

Prefeitura os recursos oriundos dos impostos pagos pela população? Como

usar os recursos da Imprensa Oficial para fazer um trabalho eficiente e eficaz

para a comunidade? Ou seja, atualmente, a responsabilidade social já faz

parte das entidades públicas em geral.

As deficiências na estrutura administrativa podem ser vistas através

dos seguintes fatores:

• Desperdício de materiais por falta de armazenagem e distribuição

adequada;

• Falta de padronização das tarefas repetitivas;

• Falta de metodologia para identificar os verdadeiros problemas e

mais ainda: desconhecimento de como atacá-los;

• Falta de clareza no tocante a metas, objetivos, estratégias e

controle dos resultados obtidos;

• Falta de clareza, e muitas vezes desinteresse, em relação com as

necessidades dos usuários e como atendê-las;

• Desaproveitamento de grande parte do potencial de trabalho dos

funcionários;

• Falta de seleção adequada de fornecedores;

• Falta de seleção adequada de funcionários;

• Falta de gerenciamento eficiente;

O conjunto destas carências acaba se manifestando na forma de

desmotivação com o serviço público,que leva a altos custos, desmotivação,

falta de cumprimento das responsabilidades da organização, imagem pobre

frente à opinião pública, entre outras coisas.

É sabido que as dificuldades e déficits orçamentários levam as

instituições públicas de todos os níveis (federais, estaduais e municipais) a

cortarem, eliminarem e até adiarem programas necessários para o cidadão. A

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verdade é que é necessário melhorar o modo de fazer o trabalho através da

Gestão da Qualidade Total.

As organizações públicas que utilizam a GQTestão tendo os seguintes

resultados:

• Economia de milhões de reais;

• Conquista do reconhecimento do público, admirado com a

qualidade dos serviços;

• Acréscimo de novos serviços necessários e já exigidos pelo

público em geral;

Para se obter o sucesso na GQT, é necessáro procurar, identificar e

eliminar (ou pelo menos reduzir substancialmente) as causas básicas dos

problemas que geram esses imensos desperdícios. Removidas as causas, os

sintomas desaparecem. Quando apenas se atacam os sintomas, eles se

tornam cada vez mais problemáticos.

Carr e Littman (1990) mencionam muitas destas causas básicas:

• Erros, retrabalhos, defeitos, excedentes, refugos;

• Necessidade de horas extras, revisões, trocas de pedidos;

• Cidadãos não atendidos;

• Custos de entrega lenta;

• Tempo ocioso;

• Relatórios desnecessários;

• Retreinamento;

• Cobranças tardias;

• Absenteísmo;

• Falhas nos equipamentos;

• Batalhas de territórios.

• Estoque em excesso;

• Rotatividade desnecessária.

Alguns conceitos essenciais em qualidade total são: Controle,

Processo, Produtos, Clientes.

O controle não significa gerenciar ou administrar e sim uma parte

essencial do processo de planejamento. O Controle na GQT significa é uma

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parte essencial do processo de gerenciar ou administrar. O controle é o

monitoramento do planejamento. Desse modo, as principais vantagens que

surgem da rotinização dos processos são que estes se tornam estáveis e

previsíveis. Para Deming (1990), a rotina, que envolve a criação e manutenção

de padrões, ataca as causas especiais.

O processo significa algo que está em movimento permanente, que se

transforma gradualmente de um estado a outro. Assim, cada tarefa cumprida,

de certo modo, influi na seguinte, de forma que, usando o linguajar da

Qualidade Total, podemos entender o processo como um conjunto de causas

operando sobre certos insumos, objetivando o desfecho de certo efeito final é

profundamente dinámica podendo envolver o todo e as partes,

simultaneamente ou não. Cada processo precisa ser identificado através de

um fluxograma, sendo que ele poderá ter vários efeitos, mas só alguns

realmente nos interessam. Estes efeitos, verdadeiras características da

qualidade, serão escolhidos como indicadores recebendo um nome muito

definido e muito importante em Qualidade Total: itens de controle. Por sua vez,

cada processo é, normalmente, afetado por várias causas, algumas das quais

se reconhecidas como importantes, podem desempenhar também o papel de

indicadores agora num segundo nível. Estes indicadores são denominados

itens de verificação.

Todo processo tem 3 elementos: entrada, processamento e saída.

Já o produto pode ser definido como o resultado de um processo. O

produto não necessita ser de natureza física, pode ser de natureza intangível,

com é o caso de um diagnóstico médico ou ministrar uma palestra. Nestes

casos, em lugar de produto muitas vezes utiliza-se a palavra serviço.

Existem vários tipos de clientes que uma organização deve considerar.

São basicamente de três tipos: clientes externos (usuários, aqueles que

recebem, compram e/ou utilizam o produto); clientes internos (os funcionários

da organização, que são clientes dos processos anteriores àqueles nos quais

eles estão trabalhando) e clientes em sentido amplo (aqueles que são afetados

de alguma forma pelos produtos ou serviços da organização, embora não

sejam usuários dos mesmos).

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1.2 ÉTICA

“A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que

não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, 1993, P.7)

Segundo o Dicionário Aurélio, ÉTICA é

“o estudo dos juízos de apreciação que se referem á conduta humana

susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja de modo

absoluto”.

Alguns diferenciam a ética e a moral de vários modos:

ÉTICA MORAL

É princípio São aspectos de condutas específicas

É permanente É temporal

É regra É conduta da regra

É teoria É prática

A ética é uma ciência, um ramo da Filosofia. A ética transcende o

campo individual e alcança o plano profissional dos seres humanos, entretanto,

na busca de não se resumir o ser humano a um autômato, mero cumpridor de

normas ou etiquetas sociais, devemos buscar alcançar a razão de ser dos

comportamentos humanos. A ética está no nosso cotidiano, em jornais,

revistas, diálogos e outros aspectos de nossa realidade social. Ela é utilizada,

lembrada, esquecida, mencionada ou até mesmo exigida.

CAMARGO(3) define a ética, de acordo com Sertillanges:

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"Ciência do que o homem deve ser em função

daquilo que ele é".

A ética antecede a qualquer lei ou código de conduta. Pode-se dizer

que

"...a ética é a ciência que tem por objeto a finalidade da

vida humana e os meios para que isto seja alcançado". A

ética é o "caminho para a busca do aperfeiçoamento

humano". (LEPARGNEUR)

Ética é parte da filosofia que responde pela investigação dos princípios

que motivam, distorcem, disciplinam e orientam o comportamento humano,

refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores,

prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Podemos

dizer que por extensão, a ética é o conjunto de regras e preceitos de ordem

valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade

ética profissional, ética psicanalítica, ética na universidade(LEPARGNEUR).

Segundo HOUAISS, a palavra ética é um substantivo feminino que foi

incorporado à língua portuguesa no século XV e tem significados diferentes:

“Etimologicamente falando, ética vem do grego “ethos”, e tem seu

correlato no latim “morale”, com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos

costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras

sinônimas”.

Vários pensadores em diferentes épocas abordam especificamente

assuntos sobre ÉTICA: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estoicos, os

Pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza,

Nietzsche, Paul Tillich, etc”. (ROSA, 2002).

Por isso, no atual momento da vida nacional, o estudo da ética deve

ser aperfeiçoado para dar-se continuidade ao processo de melhoria do serviço

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público brasileiro baseado nos agentes públicos e, mais especificamente, nos

servidores públicos e nos agentes políticos.

2. LEGISLAÇÕES QUE ABORDAM A ÉTICA E A

QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO:

Existem normas existentes na legislação federal brasileira que, de

alguma forma, concorrem ou contribuem para que se alcance um padrão de

conduta ética desejável na Administração Pública brasileira. Tais normas

podem ter natureza repressiva, educativa ou estimuladora do comportamento

ético, o que significa dizer que o âmbito do presente trabalho não se limita ao

que está estabelecido nos Códigos de Ética ou em leis que disciplinem o

regime jurídico dos servidores públicos. Pretende-se alcançar todo o

arcabouço normativo relacionado à questão da ética. É necessário verificar

também, a inter-relação entre os órgãos com responsabilidade na gestão da

ética, visando averiguar a existência de canais disponíveis que possibilitam o

funcionamento deles de forma correta, requisito relevante para que a

infraestrutura ética alcance um grau de eficiência compatível com os anseios

da sociedade.

Oliveira Morais cita em seu artigo Normas destinadas a

implementar tais princípios diretivos da Administração Pública, estabelecidos

na Constituição Federal, são eles :

- legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art.

37, caput);

- licitação pública, como regra, para aquisição de bens e serviços na

administração pública (art. 37, inciso XXI);

-probidade administrativa, cujos atos a ela contrários são punidos com

a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade

de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei (art.

37, § 4o);

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- iniciativa popular para anular ato lesivo ao patrimônio público e/ou à

moralidade administrativa, mediante ação popular (art. 5º, LXXIII, da CF);

2.1 Normas destinadas a implementar tais princípios

Os princípios mencionados no caput do art. 37 da Constituição

Federal são auto aplicáveis, ou seja, independem de leis e regulamentos para

sejam observados, de forma obrigatória, pela administração pública e seus

servidores. Mesmo assim, o ordenamento jurídico contempla diversas normas

de natureza legal e infralegal reafirmando-os expressamente ou esclarecendo

melhor o alcance deles, conforme se demonstra a seguir.

2.2 Princípio da legalidade:

Este princípio impõe ao servidor público fazer o que a lei determina e,

não, o que ela não proíbe. Diferentemente do que ocorre na atividade privada,

onde ao particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíba, na Administração

Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza; não há liberdade nem vontade

pessoal do agente público. Todavia, como adverte Lúcia Valle Figueiredo,

"o princípio da legalidade não pode ser compreendido de maneira

acanhada, de maneira pobre. E assim seria se o administrador, para prover,

para praticar determinado ato administrativo, tivesse sempre de encontrar

arrimo expresso em norma específica, que dispusesse exatamente para aquele

caso concreto."

Isto significa dizer que este princípio não se destina a proteger o ócio,

ou seja, a albergar atitudes daqueles que procuram escudar-se na ausência de

norma expressa para o caso concreto como pretexto para deixar de fazer

aquilo que se inclui entre suas obrigações. Destina-se, isto sim, a impedir o

administrador público de,

"por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie,

criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto precisa de

lei".

Ou, ainda, nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, trata-se

de um princípio que traduz um propósito político:

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"o de submeter os exercentes do poder concreto - o administrativo - a

um quadro normativo que embargue favoritismos, perseguições ou

desmandos. Pretende-se, através da norma geral, abstrata e por isso mesmo

impessoal, a lei, editada pois pelo Poder Legislativo - que é o colégio

representativo de todas as tendências (inclusive minoritárias) do corpo social -

garantir que a atuação do Executivo nada mais seja senão a concretização

dessa vontade geral."

Além do caráter impositivo deste princípio, que deve ser cumprido

independente de qualquer regulamentação, verifica-se que diversas outras

normas relacionadas com a atividade pública o mencionam expressamente,

como mecanismo de reforço da sua imperatividade. Nesse sentido, pode-se

citar, a título de exemplo, as que seguem:

a) o art. 116, III da Lei n. 8.112/90 (Regime Jurídico do Servidor

Público Federal - RJU) que estabelece o dever do servidor público "observar as

normas legais e regulamentares";

b) o art. 11, caput e inciso I da Lei n. 9.429/92 que capitula como ato

de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão que viole o dever de

legalidade, bem como os atos praticados visando a fim proibido em lei ou

regulamento ou diverso daquele previsto na regra de competência;

c) a Lei n. 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública Federal e estabelece normas básicas que visam à

proteção dos direitos dos administrados, dispõe em seu art. 2º que a

Administração Pública tem o dever de obedecer, dentre outros, "aos princípios

da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,

moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e

eficiência".

d) a Lei n. 8.666/93 (Lei das Licitações) editada com a finalidade de

garantir o princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais

vantajosa para a Administração, estabelece, em seu art. 3º, que a licitação

"será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios

básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da

publicidade, da probidade administrativa, ...".

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2.3 Princípio da impessoalidade: este princípio tem como objeto a

neutralidade da atividade administrativa e importa em não se dar tratamento

preferencial a qualquer pessoa, física ou jurídica, além de impedir que o agente

público utilize-se do cargo para promoção pessoal. Constituiu, também, fator

inibidor do nepotismo na administração pública. Ele se encontra reafirmado

nas seguintes normas:

a) no art. 3º da Lei das Licitações, acima mencionado;

b) no inciso II do art. 37 da Constituição Federal, o qual estabelece o

concurso público como requisito obrigatório para investidura em cargo ou

emprego público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão

declarado em lei de livre nomeação;

c) no inciso XXI do art. 37 da CF que proíbe o uso de "nomes,

símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou

servidores públicos" na publicidade dos atos, programas, obras, serviços e

campanhas dos órgãos públicos, a qual somente poderá ter caráter educativo,

informativo ou de orientação social;

d) no item III do art. 2º da Lei n. 9.784/99, que determina à

Administração que observe, no manejo dos processos administrativos, a

"objetividade no atendimento do interesse, público, vedada a promoção

pessoal de agentes e autoridades";

e) no item VIII do art. 117 da Lei n. 8.112/90 que veda ao servidor

público "manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,

cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil";

f) no item XIV, "a", do Código de Ética aprovado pelo Decreto n.

1.171/94, que veda ao servidor público "o uso do cargo ou função, facilidades,

amizades, tempo, posição e influência para obter qualquer favorecimento, para

si ou para outrem".

2.4 Princípio da publicidade: este princípio significa não apenas que

os atos da administração pública devem ser divulgados oficialmente para

conhecimento público e início de seus efeitos externos. Significa, também, que

o agente público deve agir com a maior transparência possível e visa a

concretizar um outro princípio, que é o da moralidade. Constitui requisito de

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eficácia e validade do ato e somente pode deixar de ser observado nos casos

em que a lei, atendendo a interesse superior da Administração, imponha o

sigilo. Encontra-se reafirmado em diversas normas, a saber:

a) na citada Lei das Licitações (Lei 8.666/93), onde se encontra

inserido entre os princípios gerais da licitação pública (art. 3º), como também

em diversos outros dispositivos que tratam da publicidade de todos os atos e

contratos regulados por essa Lei;

b) na Lei que regula o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública Federal (Lei n. 9.784/99) que determina a observância

do critério da "divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as

hipótese de sigilo previstas na Constituição" (art. 2º, V);

c) no Decreto n. 84.555, 12.3.1980 que dispõe sobre a publicação de

atos oficiais, o qual relaciona como de publicação obrigatória no Diário Oficial,

além dos atos legislativos e normativos, "XI - portarias, pareceres, contratos,

editais, avisos, extratos e quaisquer outros atos administrativos, que se refiram

a servidores públicos civis e militares".

d) no Decreto n. 2.134, de 24.1.1997, que dispõe sobre a categoria de

documentos públicos sigilosos e o acesso a eles.

2.5 Princípio da eficiência:

Este princípio foi elevado a nível constitucional com a Emenda

Constitucional n. 19 de 1998. Está direcionado tanto à Administração Pública

como um todo quanto a cada um dos seus agentes e tem por finalidade

garantir a produção de resultados úteis, eficazes, racionais e econômicos.

"É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se

contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados

positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades

da comunidade e de seus membros".

Algumas normas infraconstitucionais também consagram este

princípio, como as que se menciona a seguir:

a) a que determina o dever de a Administração observar o princípio da

eficiência na gestão dos processos administrativos (Lei n. 9.784/99, art, 2º);

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b) Código de Conduta do Servidor Público (Decreto n. 1.171/94), que

em seu item XIV, "b", dispõe ser dever do servidor público

"exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo

fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,

principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na

prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim

de evitar dano moral."

2.6 Princípio da moralidade: a moralidade administrativa, que

também pode ser vista sob o aspecto da probidade na administração pública,

recebeu um destaque maior na Constituição Federal de 1988, que no § 4º do

art. 37 impôs as seguintes sanções aos atos de improbidade administrativa:

suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibilidade de

bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem

prejuízo da ação penal. Para regular esse dispositivo constitucional foi editada

a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que define os atos configuradores de

improbidade na administração pública, tais como os que importam em

enriquecimento ilícito, os que causam prejuízo ao erário, os que violam os

princípios constitucionais da administração pública e, também, os conflitos de

interesses e o uso ou fornecimento de informação privilegiada. A Constituição

Federal também erigiu a moralidade administrativa como fundamento

autônomo para anulação de ato administrativo, mediante ação popular (art. 5º,

LXXXIII). O princípio da moralidade administrativa encontra-se reafirmado em

diversas outras normas, a exemplo das que seguem:

a) o inciso IX do art. 116 da Lei n. 8.112/90 estabelece como um dos

deveres do servidor o de

"manter conduta compatível com a moralidade administrativa";

b) as Leis 8.666/93 e 9.784/99, acima referidas, também incluem a

moralidade administrativa como princípio que deve ser observado por todos

aqueles encarregados da aquisição de bens ou serviços para a Administração

Pública e pela operacionalização de processos administrativos (arts. 3º e 2º,

respectivamente).

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Em que pese a Lei n. 8.429/92 detalhar de forma extensiva, mas não

exaustiva, os atos que configuram improbidade na administração pública e,

portanto, que ferem a moral administrativa, é certo que o conceito do que seja

moral administrativa comporta juízos de valor bastante elásticos, o que exige,

sempre, delimitação dos seus contornos ou balizamento da sua compreensão.

Por isso que o Código de Ética do Servidor Público aprovado pelo Decreto n.

1.171/94, inspirado pela obra de Hauriou, assim dispôs:

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de

sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o

justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,

mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras

contidas no art. 37, "caput" e § 4º, da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção

entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o

bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do

servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Moral e ética são valores que se interpenetram. Por essa razão, o

Código de Conduta da Alta Administração Federal, que será comentado mais à

frente, há de ser entendido como mais uma medida de caráter normativo

visando a dar concretude ao princípio constitucional da moralidade

administrativa.

3. Condutas praticadas por servidores públicos

que violam valores éticos e configuram infração penal:

Condutas estabelecidas no Código Penal:

- apropriar-se de dinheiro ou bem móvel, público ou particular, de que

tem a posse em razão do cargo (crime de peculato, art. 312);

- exigir vantagem indevida (crime de concussão, art. 316); 2.1.3 -

solicitar ou receber vantagem indevida para a prática ou omissão de ato

inerente à função (crime de corrupção passiva, art. 317);

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- retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, para

satisfazer interesse ou sentimento pessoal (crime de prevaricação, art. 319);

- patrocinar interesse privado perante a administração pública,

valendo-se da qualidade de funcionário (crime de advocacia administrativa, art.

321);

- revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva

permanecer em segredo (crime de violação de sigilo funcional, art. 325), dentre

outras que integram o rol dos crimes contra a administração pública.

- Estabelecidas na legislação penal extravagante:

- o crime de abuso de autoridade, previsto na Lei n° 4.898, de

9.12.1965.

- os crimes previstos na Lei de Licitações, Lei n. 8.666, de 21 de junho

de 1993, quais sejam:

- dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei (art.

89);

-patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a

Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de

contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário (art. 91);

- admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou

vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor de adjudicatário, durante

a execução dos contratos, sem autorização em lei, no ato convocatório da

licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais (art. 92, 1ª parte);

-pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua

apresentação (art. 92, 2ª parte);

-devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório,

ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo (art. 94);

-admitir a licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional

declarado inidôneo (art. 97);

-obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer

interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração,

suspensão ou cancelamento de registro do inscrito (art. 98).

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3.1 Condutas que configuram ato de improbidade administrativa

(Lei nº 8.429/92):

- enriquecimento ilícito no exercício da função pública, o qual se

configura pela aufericão de qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida,

tais como (art. 9º):

- recebimento de bem, valor ou qualquer vantagem econômica de

pessoa que tenha interesse que possa ser amparado por ação ou omissão do

servidor, no exercício da função;

- aceitação de emprego ou prestação de atividade de consultoria ou

assessoria a tais pessoas, enquanto no exercício da função; 3.1.3 - ostentação

de acréscimo patrimonial que não possa ser justificado pelas rendas lícitas e

declaradas;

- utilização, em obra ou serviço particular, de qualquer bem público,

tais como veículos, máquinas, equipamentos e material de qualquer natureza,

bem como o trabalho de servidores públicos ou de empregados de empresas

contratadas para prestar serviço ao Poder Público;

- receber vantagem econômica para intermediar a liberação ou

aplicação de verba publica de qualquer natureza;

- usar, em proveito próprio, bens rendas, verbas ou valores integrantes

do acervo patrimonial de entidade pública ou a ela equiparada.

3.2 Atos que causam prejuízo ao erário, tais como (art. 10):

- Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que cause prejuízo ao

erário e/ou que permita que terceiro se enriqueça ilicitamente;

-inobservância das normas legais e regulamentares na realização de

operação financeira, na concessão de benefício administrativo ou fiscal e na

liberação de verba pública;

-Frustar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

- Agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda

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3.3 Atos que atentam contra os princípios da Administração

Pública, tais como (art. 11):

qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,

imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições;

- atos praticados com desvio de finalidade, violação de sigilo funcional,

prevaricação e, também, a revelação de informação privilegiada.

3.4 Condutas que configuram infração disciplinar grave, definidas

no Estatuto do Funcionário Público Federal, Lei n ° 8.112/90, art. 117,

incisos IX a XVI:

- valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em

detrimento da dignidade da função pública;

- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,

salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de

parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer

espécie, em razão de suas atribuições;

- proceder de forma desidiosa; utilizar pessoal ou recursos materiais

da repartição em serviços ou atividades particulares.

A sanção aplicável, em casos tais, é a demissão do cargo, a teor do

disposto no inciso XIII do art. 132 dessa Lei. (José Leovegildo Oliveira Morais)

3.5 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Segundo Martins, A ética está bem delineada no texto

constitucional brasileiro. Tem seu perfil retirado do direito natural e inserido

como direito positivo, na ordem vigente. Lamentavelmente, o governo brasileiro

em suas três esferas de atuação, e nas 5.500 entidades federativas, não tem

respeitado a Constituição, nem os princípios éticos que a conformam, ao servir

á sociedade, sendo grande parte da crise brasileira decorrente desta atuação

ética e “pro domo” sua, que influenciou políticos e burocratas na administração

do país, nos últimos 10 anos. Que o futuro ofereça melhores quadros de

servidores, administradores com maior senso de responsabilidade e espirito

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público, e que estejam, governo e povo, dispostos a construir, eticamente, o

futuro do país.

Art.37. A administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n º19, de

1998).

Almeida (2005) propõe que todo principio além de pilar de sustentação

do sistema jurídico é também pressuposto de validade. Neste prisma podemos

caracterizar o principio da moralidade como pressuposto de validade dos atos

da administração Pública em geral.

O brocardo romano “nom omne quod licet honestum est” (nem tudo

que é lícito é honesto), também conhecido como lei da ética, pode conceder-

nos a visão lógica que o principio da moralidade administrativa não está

contido no principio da legalidade, nem aquele é desdobramento deste. O

principio em tela reportar-se a moral jurídica descrita por Maurice Hariou, na

acepção de ética superior que orienta as atividades públicas, perpassando

pela moral comum, sem, no entanto, com ela confundir-se.

Ulpiano definiu direito como “viver honestamente, a ninguém

ofender e dar a cada um o que é seu”. No mesmo caminho enveredou o

legislador na lei 9.784/1999, abraçando valores como a probidade, decoro e

boa-fé, valores referidos anteriormente no Direito Natural e considerados como

Jurídicos apenas quando expressamente citados em texto legal pela escola

positivista.

A partir do momento em que a Constituição Federal, em seu

art.37, inseriu o principio da moralidade administrativa entre os de observância

obrigatória pela Administração Pública, ela veio permitir que o ato

administrativo imoral fosse considerado tão inválido quanto o ato administrativo

ilegal.

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3.6 QUALIDADE NA CONSTITUIÇÃO

Segundo Oliveira Carmo (2004), sempre que nos referimos ao serviço

público, deparamos com um problema generalizado, um mal latente e evidente

no recebimento da prestação do serviço estatal, que resulta em má qualidade

e, o que nega cumprimento ao Principio da Eficiência acrescido pela Emenda

Constitucional n º19 ao “caput” do artigo 37 da Constituição Federal.

Posteriormente, previsto também na legislação infraconstitucional, artigo 22, da

Lei 8.078/1990 – “Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,

concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de

empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes,

seguros e, quanto aos essenciais, contínuos”. Daí porque, não nos olvidamos

ser obrigatório a todo o sistema de gestão administrativa, não estando, por

isso, adstrito tão-somente á administração pública a cargo do Poder Executivo;

assim, não sendo setorial, deve ser cumprido indistintamente por todos os

Poderes que compõe o Estado, consequentemente, por seus órgãos e

repartições.

O conceito de Serviço Público, na sua literalidade é:

“São aqueles de competência e responsabilidade do Poder Público

(União, Estados e Municípios), visando atender ás necessidades coletivas da

população”.

Contudo, podemos incluir entre estes, os de natureza individual, pois, é

sabido que, alguns serviços são prestados mesmo em caráter isolado e

individualizado. Porém, alguns doutrinadores fazem algumas distinções quanto

aos serviços que são tidos como “impróprios”, embora, atenda igualmente ás

necessidades sociais, o Estado não os executa direta ou indiretamente, mas,

autoriza, regula e fiscaliza sua prestação, razão pela qual, não estariam na

esfera daqueles serviços públicos no rigor cientifica da expressão dada acima

e que são delegadas ao prestador do serviço.

Voltamos nossa analise ao instrumental organizacional do

Estado, que para cada atividade desenvolvida cria um órgão, um

departamento, uma entidade; enfim, oferece em contrapartida um ente “apto” a

desempenhar as inerentes tarefas; executar as funções capazes de tornar

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efetiva a prestação do serviço. Notadamente, esta função estatal encerra todos

os caracteres do direito administrativo, porém, como dito anteriormente, está

obrigatoriamente relacionada a todas as áreas de atuação geral do Estado, ou

seja, de seus entes. Daí porque, não pode o serviço público romper o elo

estabelecido com os princípios consagrados pela Constituição Federal, sob

pena de estar não só agindo com ilegalidade, mas também, de estar

desestabilizando todo o sistema de respeitabilidade hierárquica.

Assim, lembramos que, a Administração Pública não é mero

aparato de sustentação de um determinado governo, é sim, em primeiro plano,

é a instituição regrada e regulamentada; capaz de existir independentemente

do governo, até porque, o Estado é impessoal. E de tal maneira, fundou-se e

institui-se a Teoria do órgão, aquela em que a pessoa jurídica não se confunde

com seus órgãos gestores, sendo estes sem personalidade jurídica, mas, que

devem funcionar coerentemente, organicamente saudáveis, sob pena de

causar a falência do sistema como um todo.

E, é justamente sobre esta questão, que incide o “Princípio

da Eficiência”, que pode também ser entendido não como principio, mas sim

como finalidade e resultado, como meta atingida em virtude de uma causa.

Pode ainda, ser desmembrado, e feito isto, encontraremos outras variantes,

elementos importantes e imprescindíveis á gestão e qualidade do serviço

público, tais como: qualidade, celeridade, simplificação.

Para o objetivo do nosso trabalho, a eficiência deve ser interpretada

sob seus vários aspectos, podendo representar num primeiro momento,

qualidade; e num segundo, uma ação eficaz, ou ainda, num terceiro momento,

pode ganhar a configuração de atividade dinâmica que não gera prejuízo.

E, diante desta concepção, é pertinente o comentário de Martins

Cardozo:

“Ser eficiente, portanto, exige primeiro da Administração Pública o

aproveitamento máximo de tudo aquilo que a coletividade possui, em todos os

níveis, ao longo da realização de suas atividades. Significa racionalidade e

aproveitamento máximo das potencialidades existentes. Mas não só. Em seu

sentido jurídico, a expressão, que consideramos correta, também deve abarcar

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a ideia de eficácia da prestação, ou de resultados da atividade realizada. Uma

atuação estatal só será juridicamente eficiente quando seu resultado

quantitativo e qualitativo for satisfatório, levando-se em conta o universo

possível de atendimento das necessidades existentes e os meios disponíveis.”

(CARDOZO apud CARMO, 2004).

3.7 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 – LEI DE IMPROBIDADE

ADMINISTRATIVA

“Desde que não se tirem aos homens os bens nem a honra, Vivem

estes satisfeitos, e só se deverá combater a ambição de poucos, a qual se

pode sofrear de muitos modos e com facilidade. Fá-lo desprezível o ser

considerado volúvel, leviano, efeminado, pusilânime, irresoluto. E essas são

coisas que devem ser evitadas pelo príncipe como nauta evita um rochedo.

Deve ele procurar que em suas ações se reconheça grandeza, coragem,

gravidade e fortaleza, e quanto ás ações privadas de seus súditos deve fazer

com que a sua sentença seja irrevogável, conduzindo-se de tal forma que a

ninguém passe pela mente enganá-lo nem em fazê-lo mudar de ideia. “O

príncipe que conseguir formar tal opinião de si adquire grande reputação; e

contra quem é reputado dificilmente se conspira e dificilmente é atacado

enquanto for tido como excelente e reverenciando pelos seus”.

(Maquiavel, 2003)

Esta lei dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos

nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego

ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras

providencias.

São abrangidos ainda aqueles que, mesmo não sendo agentes

públicos, induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele

se beneficia, sob qualquer forma, direta ou indireta.

Os atos incriminados são os que importam vantagem ilícita, ou

que causam prejuízo ao erário, ou que atentam contra os princípios da

Administração Pública.

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As penalidades envolvem ressarcimento do dano, multa, perda do

que foi obtido ilicitamente, perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos (de 3 a 10 anos, conforme a hipótese) e proibição de contratar com o

poder público. (FUHER, pg 26)

3.8 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LEI COMPLEMENTAR

Nº 101, DE 4 DE MAIO 2000

Esta lei estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a

responsabilidade na gestão fiscal. A LRF pressiona a administração pública a

seguir normas mais rígidas, sendo assim, mais eficientes, evitando também,

heranças fiscais que possam prejudicar e imobilizar governos recém-

empossados quando esse tem que assumir divida e compromissos financeiros

de governos anteriores, por isso destaca-se a proibição de aumentos salariais

no final de governos e a contratação de obrigações que não possam ser

efetivamente quitadas naquele mandato.

A partir da sua edição, o controle da Administração Pública

passou a ser orientado para a atuação preventiva e concomitante, sob o

pressuposto de que somente o acompanhamento, em tempo oportuno, da

ação governamental será capaz de corrigir desvios e impedir a concretização

de prejuízos aos cofres públicos. Aliadas a esta diretriz de controle, a LRF

estabeleceu regras bastante severas relativas á atuação do governante no

último ano de mandato, as chamadas restrições de final de mandato, cujo

grande objetivo é evitar que o próximo de concluir seu mandato, o governante

assuma compromissos que possam comprometer a gestão de seu sucessor.

3.9 CÓDIGO DE ÉTICA

Em 22 de junho de 1994 foi publicado o DECRETO Nº1. 171 que

aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder

Executivo Federal. Este decreto definiu principalmente os principais deveres do

servidor público; as suas vedações e a competência das Comissões de ética.

O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de

sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o

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justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,

mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante às regras

contidas no art.37, caput, e § 4º, da Constituição Federal. (Inciso II, Decreto nº

1.171).

O Código de Ética chama as pessoas de colaboradores - servidores

públicos ou não, que direta ou indiretamente, participam do processo de

avaliação das organizações públicas, avaliadores, consultores, examinadores,

juízes, conselheiros, revisores, coordenadores de núcleo, integrantes da

gerência executiva, dos comitês, gerentes de sistemas, operadores de

sistemas, atendentes, estagiários, pesquisadores e pessoal de apoio - por

terem, de alguma forma acesso a informações de caráter reservado das

organizações públicas brasileiras que participam do Programa da Qualidade no

Serviço Público estão submetidas ao presente Código de Ética.

Portanto, o exercício de qualquer atividade no Programa da Qualidade

no Serviço Público - PQSP tem como pré-requisito a aceitação pelo

colaborador deste Código de Ética. De acordo com os princípios éticos

profissionais do servidor público aprovados pelo Decreto 1.171, de 22 de junho

de 1994, os colaboradores comprometem-se a respeitar os seguintes

preceitos:

1-conduzir-se profissionalmente, considerando a veracidade, a

exatidão, a imparcialidade e a responsabilidade perante o Estado e a

Sociedade;

2-manter sigilo das informações fornecidas pelas organizações

atendidas, salvo quando liberadas por elas, devendo ser adotadas as seguinte

precauções:

a)-as informações não devem ser objeto de discussão com terceiros,

nem mesmo com familiares, pessoas de relacionamento e outros

colaboradores, à exceção daqueles que compõem uma mesma equipe de

avaliação;

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b)-a identidade das organizações em avaliação não pode ser revelada

pelo nome ou por qualquer outra característica que possa identificá-las durante

e após o processo de avaliação.

c)-os documentos recebidos, utilizados, produzidos no ciclo de

avaliação não podem se copiados

d)-ao término do processo de validação ou avaliação, os colaboradores

que dele participaram deverão devolver ao Programa todos os documentos

recebidos e produzidos a respeito da organização.

3-Os colaboradores que participarem do processo de auto-avaliação,

mesmo dando assistência à distância ou da preparação do Relatório da

Gestão de uma candidata inscrita no Prêmio Nacional da Gestão Pública não

podem discutir ou revelar essa participação a outros colaboradores, nem

participar da validação ou das bancas de examinadores e de juízes dessa

organização.

4-Agir com independência, evitando e denunciando as pressões

recebidas de qualquer natureza e destinadas a obtenção de privilégios junto ao

Programa da Qualidade no Serviço Público.

5-Não atuar como Avaliador Externo, Examinador, Examinador Sênior

ou Juiz quando se tratar de organização a qual esteja vinculado

profissionalmente ou com a qual tenha algum conflito de interesse.

6-Agir de maneira apropriada para a boa reputação e integridade do

Programa da Qualidade no Serviço Público.

7-Não usar quaisquer informações que cheguem ao seu conhecimento

como forma de oferecer serviços de consultoria, ou qualquer outra forma que

caracterize o uso indevido de informação privilegiada.

8-Não solicitar ou aceitar da organização com a qual esteja atuando

em nome do Programa da Qualidade no Serviço Público, honorários,

comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie para si, familiares ou

qualquer pessoa ,

9-Seguir as regras da boa educação e da cordialidade, seja em relação

às organizações atendidas, aos seus empregados ou aos colegas

colaboradores.

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10-Cooperar com a elucidação de qualquer violação aos princípios aqui

estabelecidos.

11-Contribuir para que os demais colaboradores do Programa ajam de

acordo com esses mesmos princípios.

12-Constitui compromisso dos colaboradores envidar esforços no

sentido de apoiar o desenvolvimento profissional das pessoas e do processo

de melhoria da gestão, como forma de estimular as organizações públicas

brasileiras ao aperfeiçoamento contínuo do seu modelo de gerenciamento em

direção ao paradigma da excelência da gestão.

4. O QUE A SOCIEDADE ESPERA DO SERVIÇO

PÚBLICO:

Tudo o que a sociedade espera dos servidores das diversas áreas

do serviço público é que estejam motivados e preparados para prestarem seu

melhor serviço. E as especializações e promoções do quadro funcional,

incluem-se entre as formas de motivação e incentivo a esse servidor. É

importante citar trechos da entrevista da presidente da Escola Nacional de

Administração Pública, Regina Pacheco, sobre o sétimo Concurso de

Inovações na Gestão Pública Federal Prêmio Hélio Beltrão (para ações de

desburocratização).

Segundo a presidente da Escola Nacional de Administração

Pública, dos anos 80 e inicio de 90, para cá, os servidores vêm assumindo

uma postura mais dinâmica, em resposta á pressão da própria sociedade

brasileira.

“... está muito claro que a sociedade quer um Estado atuante,

saúde pública, educação, sistema de previdência confiável, etc. Enfim, exige

um bom serviço público. É a pressão da sociedade sobre o servidor público.”

O servidor público, por sua vez, não suporta mais conviver com a

“fama” de incompetente, daquele que ganha para não fazer nada. A imagem

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do serviço público do inicio do século, quando era um privilégio trabalhar na

administração federal, mudou totalmente nos anos 80. A partir daí virou

vergonha ser servidor, ele passou a ter uma imagem de alguém que não dava

certo em nada. Nas nossas discussões, em 1995, nos perguntávamos como

iriamos reverter à imagem de desvalorização, da incompetência. Até porque é

uma imagem injusta, mesmo nos momentos de maior crise do setor público:

sempre existirá gente que faz corpo mole, mas há também uma quantidade de

gente com garra. O que está claro é que a imagem só vai mudar na hora que a

qualidade do serviço melhorar, quando o cidadão chegar numa repartição e

resolver o problema dele sem precisar voltar cinco vezes, sem ser empurrado

daqui para lá porque o funcionário não sabe dar uma explicação, ou porque

fica falando no telefone por vários minutos. (Pacheco, 2002)

4.1 FERRAMENTAS DISPONIVEIS PARA SE ATINGIR A

QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

As ferramentas para mensurar a qualidade como: Histograma,

gráfico de causa e efeito, gráfico de Pareto, Gráfico de Controle, Gráfico de

Dispersão, dentre outras, são primordiais para se melhorar a qualidade do

serviço público, alcançando a excelência.

4.1.1 HISTOGRAMA

O Histograma é uma ferramenta utilizada para dar uma visão

rápida e objetiva a um conjunto de dados expostos em uma folha de

verificação, transcritos para uma tabela de distribuição de frequência.

A construção de histogramas tem caráter preliminar em qualquer

estudo, principalmente na qualidade e é um importante indicador da

distribuição de dados. Podem indicar se uma distribuição aproxima-se de uma

função normal

4.1.2 GRÁFICO DE CAUSA E EFEITO

O Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe é uma ferramenta

gráfica utilizada pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da

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Qualidade (CQ). Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru

Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Também é conhecido

como: diagrama causa-efeito, diagrama 4M, diagrama 5M e diagrama 6M.

O Diagrama deve ser feito a partir do problema, que é o que

vemos e percebemos (consequência ou efeito), fazendo depois a identificação

de suas causas primárias e secundárias.

4.1.3 GRÁFICO DE PARETO

É uma ferramenta utilizada para estabelecer uma ordem para que

as causas das perdas sejam sanadas de forma prioritária. Ela existe para que

possamos nos preocupar primeiro com as perdas que causam os maiores

impactos. A ideia é sempre sanar poucas causas e obter grandes resultados.

4.1.4 GRÁFICO DE CONTROLE

É um tipo de gráfico, comumente utilizado para o

acompanhamento durante um processo, determina uma faixa chamada de

tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e uma linha

inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do processo, que foram

estatisticamente determinadas. É utilizado para observar como uma medida de

controle varia ao longo do tempo. Procurar tendências é um uso importante do

gráfico de controle. Se a tendência sugere que o processo esta ficando

constantemente pior, então valerá a pena investigar o processo. (SLACK,

1997, P.562)

4.1.5 GRÁFICO DE DISPERSÃO

É utilizado para estudar a relação existente entre duas variáveis ou

mais, em que pelo menos uma é variável dependente e as outras são

independentes. Ou seja, procura-se explicar as variações dependentes por

meio das variações independentes. Coletam-se dados aos pares de duas

variáveis (causa/efeito) para checar a existência real da relação entre essas

variáveis.

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4.2 AÇÕES DO GOVERNO PARA ATINGIR A QUALIDADE NO

SERVIÇO PÚBLICO:

Desde 1991, o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão

no contexto do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP vêm

desenvolvendo na administração pública brasileira ações cujo propósito é

transformar as organizações públicas, procurando torná-las cada vez mais

preocupadas com o cidadão e não, apenas, com os seus processos

burocráticos internos.

Em outras palavras, o que se busca é fazer com que a

organização pública passe a considerar o cidadão como parte interessada e

essencial ao sucesso da gestão pública e, em função disso, que avaliação do

desempenho institucional somente seja considerada aceitável se incluir a

satisfação do cidadão como item de verificação.

Três fases caracterizam o desempenho:

(DEMING 2000)

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A base desse movimento nacional pela Qualidade no serviço público é

uma rede de parcerias entre organizações, servidores e cidadãos mobilizados

para a promoção da melhoria da gestão no setor público.

Elevar o padrão dos serviços prestados ao cidadão e, ao mesmo

tempo, tornar o cidadão mais exigente em relação aos serviços públicos a que

tem direito é o grande desafio da Qualidade na Administração Pública e o foco

de sua atuação.

Para isso, as ações do Programa se desenvolvem, principalmente, no

espaço em que a organização pública se relaciona diretamente com o cidadão,

seja na condição de prestadora de serviço, seja na condição de executora da

ação do Estado.

Neste espaço, o Programa atua mobilizando e sensibilizando as

organizações para a melhoria da qualidade da gestão pública e do

desempenho institucional. Atua, também, junto aos cidadãos, procurando

torna-los participantes das atividades públicas, desempenhando o papel de

avaliadores dos serviços e das ações do Estado.

Neste sentido, o Programa da Qualidade no Serviço Público é um

poderoso instrumento da cidadania, conduzindo cidadãos e agentes públicos

ao exercício prático de uma administração pública participativa, transparente,

orientada para resultados e preparada para responder ás demandas sociais.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho enfocou a importância da qualidade e da ética no

serviço pública e procurou mostrar como um serviço público de qualidade

realizado por profissionais éticos podem beneficiar a todos os Stakeholders

(população, governo, servidor, etc.).

Foram abordados os conceitos, ferramentas, legislações e programas

de qualidade e ética na gestão do serviço público.

Com base nas questões da pesquisa e nos objetivos do trabalho final

de curso, supõe-se que consigamos abordar a excelência e ética na gestão

pública, conceituando as diversas legislações que falam sobre o assunto,

conceituando as ferramentas de qualidade para se atingir a excelência no

serviço público e as ações que o governo vem tomando atingir esta excelência.

Assim, em vista de todos os argumentos mencionados, podemos

concluir que é perfeitamente possível oferecermos a sociedade um serviço

mais ético e eficaz, enfatizando cada vez mais o binômio ética/qualidade no

serviço público. Profissionalizando os servidores e aplicando as diversas

ferramentas da qualidade.

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