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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Maria de Fátima Ribeiro de Souza Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · objetivo expor a caracterização da proposta de gestão escolar no sistema de ensino do Estado do Rio de Janeiro, denominada Gestão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA NA

REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Maria de Fátima Ribeiro de Souza

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA NA

REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Pública

Por: . Maria de Fátima Ribeiro de Souza

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AGRADECIMENTOS

a Deus, pela coragem que tens me

dado em concretizar meus sonhos.

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RESUMO

Um breve histórico da administração pública brasileira até os dias atuais

inicia o presente trabalho que, apresenta as características principais da Gestão

Integrada da Escola – GIDE, proposta de gestão escolar implantada na rede

estadual de ensino do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2011. A origem de seus

princípios basilares, influenciados pela administração gerencial e as ferramentas

tecnológicas que viabilizam sua realização.

Que proposta é esta? Como surgiu e desenvolveu-se? Quais características

da administração gerencial se fazem presentes? Que relevância tem a tecnologia

da informação para as organizações nos dias atuais?

Analisa, ainda, o impacto gerado quando da implantação de uma nova forma

de gestão, em uma organização (escola), tradicionalmente, avessa à avaliações

institucionais. Até mesmo, pela falta de uma cultura organizacional com este

objetivo.

Planejamento estratégico, estabelecimento de metas e mensuração de

resultados são práticas administrativas muito pouco desenvolvidas dentro dos

sistemas educacionais brasileiros. Daí a resistência às avaliações externas –

PROVA BRASIL, SAERJ.

Ante a este quadro, qual o papel do gestor escolar? Como, através da

Gestão de Pessoas, pode este profissional mitigar as resistências apresentadas e,

transformar o descrédito inicial em comprometimento com a nova proposta?

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METODOLOGIA

I- CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA

Segundo Vergara (2007) esta pesquisa pode ser classificada quanto aos

meios e quanto aos fins. Quanto aos fins é do tipo descritiva porque tem como

objetivo expor a caracterização da proposta de gestão escolar no sistema de

ensino do Estado do Rio de Janeiro, denominada Gestão Integrada da Escola –

GIDE. Quanto aos meios, a pesquisa é do tipo estudo de caso, sendo o caso

escolhido a implantação do novo sistema de gestão no Colégio Estadual Adelina

Castro.

II - ASPECTOS OPERACIONAIS DA PESQUISA

Quanto aos instrumentos para coleta de dados foram utilizados pesquisa

documental, através de questionário individual respondido pelos professores,

diretores e coordenadores do colégio, perfazendo um total de nove pessoas.

III - CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL ADELINA CASTRO

O Colégio Estadual Adelina Castro situa-se no bairro de Campos Elíseos,

município de Duque de Caxias, atendendo a um total de setecentos alunos,

distribuídos em dois turnos, em turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e

do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. A estrutura física é formada por três prédios, num

total de onze salas de aula, uma quadra esportiva, refeitório, cozinha, despensa,

secretaria, sala de professores, dois banheiros para alunos, uma biblioteca, sala de

direção e de orientação pedagógica e educacional.

A localidade apresenta características socioeconômicas comuns às

comunidades da periferia, como a falta de saneamento básico, serviços de saúde e

transporte precários. A grande maioria da população é formada por trabalhadores

da área de construção civil e serviços, com escolaridade média de cinco anos.

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A equipe diretiva – diretores e coordenadores – estão na unidade em média

a dez anos e, observa-se, um comprometimento muito grande destes e da maioria

dos professores na busca por um ensino de qualidade.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL NO BRASIL 11

CAPÍTULO II – GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA – GIDE

1 –CONCEITO 16 2 - ETAPAS DA GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA – GIDE 2.1 -Marco Referencial 18 2.2-Diagnóstico 18 2.3 - Desenvolvimento 19 2.3.1 - Metas Globais Plurianuais e Anuais 19 2.3.2 - Metas Estratificadas 19 2.3.3 - Estratégias 20 2.3.4 - Plano de Ação da Escola 20 2.4 – Avaliação 21

CAPÍTULO III - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA IMPLANTAÇÃO

DA GESTÃO INTEGRADA NA ESCOLA 22

CAPÍTULO IV - GESTÃO DE MUDANÇAS

4.1 - Gestão de Pessoas 29

4.2 - O papel do gestor 34

CONCLUSÃO 36

ANEXOS 38

BIBLIOGRAFIA 42

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INTRODUÇÃO

Luiz Carlos Bresser, ex-ministro da Administração e

Reforma do Estado, destaca duas vertentes da

reforma: o estrutural e o da gestão. Sob o ângulo da

gestão, várias organizações têm elaborado planos

estratégicos buscando uma administração por

resultados.

No plano estrutural, identifica-se um núcleo

estratégico do Estado, que tem por objetivo

desempenhar as funções básicas do Estado. As

outras funções estão sendo delegadas aos

particulares, como é o caso da criação das OCIPS1.

“Essas organizações sociais são organizações

públicas não estatais responsáveis por executarem

com mais autonomia e eficiência os serviços sociais,

culturais e científicos do Estado”. (BRESSER, 2008,

p. 149).

As novas tendências gerenciais do Estado não

suportam uma Administração engessada e por isso,

“destacamos oito princípios básicos que direcionam

esse processo que são: a desburocratização, a

descentralização, a transparência, o accountability,

a ética, o profissionalismo, a competitividade e o

enfoque no cidadão”. (PIMENTA,1998, p. 174).

A administração pública no Brasil vem, desde a década de 90, passando

por uma transformação significativa com a implantação do Plano Diretor de

Reforma do Estado, ao que convencionou-se chamar de administração gerencial.

Dentre outras características, a administração gerencial busca incorporar à

administração pública parâmetros e ferramentas de gestão da iniciativa privada. A

gestão por resultados, a meritocracia e o estabelecimento de metas com avaliação

periódica e contínua são algumas dessas premissas.Gradualmente, os entes

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públicos vêm, desde então, procurando efetivar tais mudanças, com o objetivo

precípuo de oferecer um serviço público de qualidade e eficiente ao contribuinte. A

Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de Janeiro, implantou no ano

de 2011, um novo sistema de gestão em suas unidades escolares, alicerçado em

três pilares: gestão por resultados, meritocracia e uso da tecnologia de informação.

A Gestão Integrada das Escolas – GIDE é uma possibilidade de gerir as escolas

com mais eficiência, otimizando os recursos humanos, materiais e financeiros.

A partir da análise da realidade de cada unidade escolar, são traçadas

metas a serem alcançadas em determinado período. Os resultados positivos ou

não são avaliados, com vistas a ajustes no planejamento estratégico. A utilização

de tecnologia da informação na construção desses resultados é um fato inovador,

pois introduz maior objetividade e clareza, gerando ao final o IFC/RS (Índice de

Formação da Cidadania e Responsabilidade Social), que é uma radiografia de

todos os procedimentos escolares, quer sejam pedagógicos ou administrativos.

Com base nesses dados, um planejamento estratégico é traçado e, mais uma vez,

devidamente registrado neste mesmo software da Secretaria de Educação, bem

como os resultados futuros, novas decisões e avaliações, sempre supervisionados

por profissionais da Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC.

Deve-se ressaltar a importância das ferramentas de tecnologia de

informação para a efetividade desta proposta, visto que, são inúmeras as variáveis

analisadas em cada unidade escolar da rede estadual de educação do Estado do

Rio de Janeiro foram inúmeras, subdivididas nos aspectos pedagógico e

administrativo e, sem o suporte técnico destas ferramentas, a qualidade e

integridade das informações coletadas estaria comprometida.

O impacto gerado ao apresentar-se uma nova proposta de trabalho dentro

de qualquer instituição, por si só já é difícil. Quando esta é alicerçada em variáveis

estranhas à realidade em questão – meritocracia, estabelecimento de metas,

avaliação contínua, - a possibilidade de atritos e insatisfações aumenta

exponencialmente.

O presente trabalho objetiva analisar o cenário formado desde então,

contribuições e/ou possíveis ajustes a serem realizados no sistema e, como

através da gestão de mudanças, é possível viabilizar uma transição mais

harmoniosa e com menos resistências.

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No primeiro capítulo veremos um breve histórico da administração pública no

Brasil, do seu início patrimonialista a atual administração gerencial. O segundo

capítulo será dedicado ao estudo do sistema implementado na rede estadual de

ensino do Estado do Rio de Janeiro. Conceito, características e, dos profissionais

da educação que estão vivenciando a proposta na unidade escolar objeto da

pesquisa.

O terceiro capítulo, dedicado à tecnologia da informação, retrata como essa

ciência mudou para sempre as organizações sociais, senão até mesmo as relações

sociais. Neste caso específico, deixou claro que a escola, enquanto organismo

social, necessita incorporar em seu universo pedagógico e administrativo os novos

conhecimentos que a ciência oferece. Não é aceitável que um dos principais pilares

sociais fique indiferente às mudanças científicas ocorridas nas últimas décadas.

Vale lembrar que fala-se em administração gerencial desde a década de 90.

Computadores pessoais estão disponíveis a pelo menos três décadas e, até hoje,

os estados e municípios não informatizaram adequadamente suas redes de

ensino, inclusive, o Estado do Rio de Janeiro.

Finalizando, o quarto capítulo apresenta a importância da Gestão de

Pessoas para as organizações públicas e privadas.Como o conhecimento destes

conhecimentos administrativos pode auxiliar em momentos de mudanças, que

sejam políticas e/ou estruturais.

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CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL NO BRASIL

“Em cada país, a capacidade do Estado depende, em

primeiro lugar, de suas instituições políticas

democráticas que asseguram o império da lei, garantem

os direitos humanos, e torna legítimo o governo.

Depende, em segundo lugar, da qualidade de suas

políticas públicas, em especial de suas políticas

econômicas e sociais, que levam à consecução de tais

objetivos em um nível mais operacional. Depende, em

terceiro lugar, da qualidade da administração pública,

que implementa essas leis e políticas – uma

administração pública da qual, no passado, se exigia

essencialmente que fosse eficaz, mas da qual hoje em

dia, com o aumento dos serviços sociais fornecidos pelo

Estado, se exige também que seja eficiente.”

(Luiz Carlos Bresser-Pereira)

O poder público brasileiro, no curso de sua história, esteve sempre

vinculado ao tratamento abusivo e descompromissado com a res pública. Pode-se

afirmar que foi somente na década de 30 do século XX, com a criação do DASP

(Departamento de Administrativo do Serviço Publico), que se verificou o primeiro

passo no sentido de implantar um serviço público organizado, prevendo-se a

realização de concurso público e fixando-se critérios para a aquisição de bens e

serviços. A partir de então, novas regras foram sendo elaboradas visando à melhor

estruturação do aparelho do Estado, ainda caracterizado pela centralização do

poder e pela tomada de decisões administrativas em nível federal.

A primeira grande reforma da administração pública brasileira ocorreu com a

promulgação do Decreto-lei 200 de 25 de fevereiro de 1967, que dispôs sobre a

organização da Administração Federal. A fixação dos princípios fundamentais das

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atividades administrativas passa a conferir os parâmetros referentes à estrutura e

ao funcionamento da administração pública, que, regida pelos princípios do

planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e

controle, assume uma feição essencialmente pragmática e vinculada aos estritos

preceitos normativos.

As medidas adotadas no Brasil para a consolidação do modelo burocrático

foram acolhidas pelas três esferas de poder, entes dotados de autonomia política e

administrativa, de modo bastante semelhante, conferindo-se à União a atribuição

de fixar normas gerais em algumas matérias relacionadas à atividade

administrativa, em especial sobre licitações e contratos.

A Constituição Federal de 1988 veio reforçar e reafirmar as práticas

burocráticas, estabelecendo normas aplicáveis aos institutos das licitações e

contratações públicas, ao ingresso em cargo ou emprego público ao regime jurídico

cívico dos servidores civis, à responsabilidade civil, penal e administrativa dos

agentes públicos e às entidades da administração pública indireta, porém, o que,

ainda, se verifica é uma verdadeira submissão das entidades descentralizadas às

normas aplicáveis à administração direta, o que acarreta perda de autonomia,

aparente submissão dos aspectos técnicos e científicos em função das exigências

políticas, dificuldades das empresas estatais atuarem em condições isonômicas

nas relações de mercado com as empresas privadas, em face da observância de

normas rígidas de licitação e contratação de bens e serviços.Verifica-se que a

descentralização foi tomando rumos incompatíveis com as atuais exigências do

mercado e com a posição do Poder Público, que pretende afastar-se da condição

de prestador de serviços para consolidar-se como fiscalizador e controlador dos

serviços oferecidos pelas entidades privadas.

Acrescenta-se a essa realidade a busca de um serviço de melhor qualidade

e que garanta ao usuário meios de participação e de fiscalização na sua prestação,

em face do distanciamento existente entre o poder público prestador de serviços e

seus destinatários, que ficam à margem das decisões que atingem diretamente

seus direitos e obrigações.

Este cenário levou à conclusão que a Administração Pública Burocrática já

não atendia mais os anseios da sociedade. A transição da administração

burocrática clássica, herdada da tradição continental europeia, para a

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administração gerencial moderna, fortemente influenciada pela postura pragmática

das empresas, tira o foco que antes era de interesse administrativo do Estado para

o cidadão. As diferenças entre a Administração Pública Burocrática e a Gerencial

giram em torno de: a burocrática concentra-se no processo e é auto-referente,

enquanto que a gerencial orienta-se nos resultados e é orientada para os

cidadãos.Identifica-se com os interesses destes, passando os integrantes da

sociedade a serem vistos como clientes dos serviços públicos.Não cabe renegar a

Administração Pública Burocrática, pois a mesma possui sua importância dentro da

administração pública brasileira, sendo inerente à ela a impessoalidade, o

formalismo, a hierarquia funcional, a ideia de carreira pública e a profissionalização

do servidor. Mas, com a mudança de consciência dos cidadãos, a administração

pública burocrática já não respondia mais aos anseios da sociedade civil, o que

acarretou nos anos 90, à implementação pelo Governo Federal de uma nova

reestruturação da administração pública, introduzindo o gerencialismo como

instrumento de gestão.

A administração gerencial emergiu na segunda metade deste século como

resposta à crise do Estado, como modo de enfrentar a crise fiscal, como estratégia

para reduzir o custe e tornar mais eficiente a administração dos imensos serviços

que cabiam ao Estado e como instrumento de proteção do patrimônio público.

A administração pública gerencial parte do princípio de que é preciso

combater o nepotismo e a corrupção, mas que, para isso, não são necessários

procedimentos rígidos. Estes podem ter sido necessários quando predominavam

valores patrimonialistas, mas não agora, quando se rejeita universalmente que se

confundam os patrimônios público e privado.

Algumas características básicas definem a administração pública gerencial.

É orientada para o cidadão e para a obtenção de resultado; pressupõe que

políticos e funcionários são merecedores de grau limitado de confiança; como

estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação;

e utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos.

O gerencialismo é uma técnica de instrumentalização e operacionalização

das políticas públicas previamente desenvolvidas e aceitas pela organização. É,

portanto, meio de implementação. Nesse sentido, não se distingue da burocracia,

que, também, não apresenta o elemento político como caracterizador de seu

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conceito, ao contrário, enfatiza o aspecto procedimental interno das organizações

públicas. O que as distingue são os métodos adotados para o alcance dos fins

pretendidos, entre eles a adoção de critérios mais flexíveis ou rígidos e a ênfase

nos meios ou nos resultados. Dentro desse conceito, a administração gerencial

caracteriza-se pela existência de formas modernas de gestão pública, modificando

os critérios de aplicação do controle dos serviços públicos, as relações

estabelecidas entre o Poder Público e seus servidores e alterando, também, a

própria atuação da administração, que passa a enfatizar a eficiência, a qualidade e

a efetiva concretização do regime democrático, mediante a participação mais

intensa dos cidadãos. O que se almeja é uma administração eficiente e voltada

para o controle dos resultados, em oposição a algumas regras da administração

burocrática, que adota o controle dos procedimentos e prima pela existência de

normas que estabeleçam padrões hierárquicos rígidos e excesso de regras de rigor

técnico, que impedem o alcance de resultados eficientes e ágeis.

“ o princípio basilar da new públic

management (nova gestão pública) é o de

que as organizações públicas podem ser

gerenciadas atendendo aos imperativos da

performance, combinando eficiência,

efetividade e qualidade no atendimento às

demandas por serviços públicos, desde que

arranjos institucionais adequados

possibilitem tal combinação.”(A nova

gestão pública, performance e reinvenção

das instituições: um desafio para a reforma

do Estado. Revista do Ministério da

Administração e Reforma do

Estado.Nov,1998)

A noção de manegement public é bem recente. O termo manegement é um

termo de origem anglo-saxônica, que designa, em linhas gerais, a maneira de

conduzir uma entidade levando em consideração o mercado e as técnicas de

negociação, objetivando uma tendência global direcionada a um tipo de reforma

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administrativa. Pode-se afirmar que o desenvolvimento do manegement public é

acompanhado da introdução de técnicas na gestão pública, a partir de

procedimentos e métodos desenvolvidos nas empresas privadas, tais como : o

balanced scoredcard , o GPR (Gerenciamento por Resultados) e o PDCA(Planejar,

Executar, Controlar e Avaliar).

A Administração Gerencial fornece formas flexíveis de gestão, confere

autonomia ao administrador na execução de suas tarefas relacionadas aos

aspectos materiais, financeiros e humanos e utiliza-se de um controle a posteriori,

deslocando-se a ênfase dos meios para os fins. A justificativa para a reforma do

aparelho do Estado não tem como único fator a crise do Estado burocrático, mas,

também, a crescente escassez de recursos financeiros, as modernas regras de

economia de mercado, caracterizado pela globalização, e o afastamento das

decisões públicas do cidadão, o que impede a legitimidade do Estado Democrático

de Direito, uma vez que o poder deixa de ser a expressão da vontade popular e

passa a representar o interesse de poucos.

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CAPÍTULO II

GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA – GIDE

1- CONCEITO

O governo do Estado do Rio de Janeiro implantou no ano de 2011 um novo

sistema de gestão das escolas estaduais, com o objetivo claro de alavancar a

qualidade do ensino e, consequentemente, melhorar o desempenho da rede nas

avaliações internas e externas. A proposta de administrar as unidades escolares

utilizando princípios e ferramentas da administração pública gerencial vem sendo

implementada desde então.

A Gestão Integrada da Escola – GIDE é um sistema de gestão desenvolvido

pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial –INDG, atual Falconi Consultores de

Resultado, estabelecida em Nova Lima – Minas Gerais.

A FALCONI teve origem na Fundação Cristiano Ottoni, na Universidade

Federal de Minas Gerais, que, na década de 80, iniciou o movimento Qualidade

Total com a ajuda dos japoneses da Juse (Japanese Union of Scientists and

Engineers). Em 1998, com a necessidade de ampliar a sua atuação e atender à

enorme demanda de empresas que procuravam por consultoria em gestão e

necessitavam de novos patamares de resultados, foi criada a Fundação de

Desenvolvimento Gerencial (FDG). A partir de 2003, a FDG passou a atuar

somente em projetos sem fins lucrativos, prestando serviços a instituições

carentes. Nesse momento, foi fundado o INDG, organização que se tornou líder em

consultoria de gestão com foco em resultados no Brasil. A partir de outubro de

2012, a empresa passou a se chamar FALCONI Consultores de Resultado.

Esta proposta de gestão integra os aspectos estratégicos, políticos e

gerenciais inerentes a área educacional, com foco em resultados da atividade fim,

processo ensino-aprendizagem, objetivando impedir a dispersão de

recursos(financeiros, matérias e humanos).

Há um consenso entre os pensadores e estudiosos da educação de que a

principal causa do atraso no Brasil é a deficiência na gestão escolar. Na tentativa

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de responder a esta demanda, o INDG desenvolveu a Gestão Integrada da Escola

– GIDE.

O sistema GIDE é fruto de experiência de parcerias realizadas pelo INDG, e

passou por sucessivas etapas de aperfeiçoamento. Nos anos 90, exemplo, tinha o

seu foco no aspecto essencialmente gerencial denominado GPR (Gerenciamento

por Resultados), que constava de diagnóstico, estabelecimento de metas,

elaboração de planos de ação, acompanhamento, tomada de ações corretivas e

padronização de melhores práticas. Atualmente, o sistema integra, também, os

aspectos estratégicos, políticos-pedagógicos e uma ferramenta de diagnóstico e

bloqueio de causas de problemas - o indicador IFC/RS (Índice de Formação de

Cidadania e Responsabilidade Social), que é orientado pelo método gerencial de

soluções de problemas, PDCA.

O PDCA também conhecido como “Ciclo de Deming”, é uma das primeiras

ferramentas de gestão da qualidade (ou ferramentas gerenciais) e permite o

controle do processo. É um método de controle eficaz e confiável das atividades de

uma organização, principalmente àquelas relacionadas às melhorias, possibilitando

a padronização nas informações do controle de qualidade e a menor probabilidade

de erros nas análises ao tornar ao tornar as informações mais entendíveis. O

PDCA constitui-se das seguintes etapas :Planejar, Desenvolver, Controlar e

Avaliar.

A Gestão Integrada da Escola é uma proposta de gerenciamento das

instituições educacionais, a partir de uma visão sistêmica da escola, deixando de

gerenciar a escola de forma fragmentada, sem foco nos fins, o que acaba

provocando desperdício de tempo, talento e energia das pessoas. O sistema está

acoplado ao indicador Índice de Formação de Cidadania e Responsabilidade

Social- IFC/RS, que mensura o desempenho da escola nos resultados tangíveis no

cumprimento da missão. A sua utilização no sistema GIDE torna o gerenciamento

mais objetivo, focado e veloz. Por meio de variáveis do IFC/RS com foco nos

resultados, a escola poderá identificar as variáveis na vertente ambiental e no

processo ensino-aprendizagem para serem alvos de medidas específicas no seu

planejamento.

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2- ETAPAS DA GIDE

2.1 – Marco Referencial – É a etapa da Gestão Integrada da Escola em que se

definem missão, visão de futuro, valores, compromissos e suas perspectivas

futuras em função dos cenários interno e externo. É objeto dessa etapa também as

diretrizes pedagógicas e administrativas que deverão compor o marco operativo. O

objetivo de aplicar o IFC/RS antes de se construir o Marco Referencial é a

obtenção de dados e informações que respondam de forma objetiva às questões

referentes à escola e ao seu contexto, assegurando à comunidade escolar uma

visão mais clara e precisa de sua realidade. Ao se apoiar no diagnóstico do

IFC/RS, a escola terá acesso à informações importantes para fortalecer a análise

de sua realidade, cuja etapa é essencial para o desenvolvimento das fases

posteriores da GIDE.

O marco referencial é desdobrado em : marco situacional, doutrinal e

operativo.

O marco situacional é uma análise geral do ambiente no qual a escola esta

inserida. O marco doutrinal é a proposta de sociedade, pessoa, educação que a

escola assume. Neste momento estabelece-se missão, a visão de futuro e os

valores da organização. O marco operativo é composto pelos critérios de ação

específicos para aspectos relevantes da escola, tendo em vista missão, visão de

futuro e valores estabelecidos.

2.2- Diagnóstico – O objetivo do diagnóstico é levantar informações atualizadas

sobre a escola para que se possam definir objetivos e metas e planejar o trabalho

de forma objetiva, com base em fatos e dados. Nessa etapa, deve ser traduzido de

forma objetiva e quantitativa o que foi levantado no marco situacional, detalhando a

situação da escola e do seu entorno.O diagnóstico é composto de duas partes:

* Análise de Resultados – Os resultados traduzem o desempenho da escola,

evidenciando o que foi alcançado na atividade fim, ou seja, no processo ensino-

aprendizagem.

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*Análise Estratégica – A análise estratégica é realizada para identificar fatores

internos e externos que deverão ser trabalhados ao longo de uma determinada

gestão escolar. Esses fatores deverão ser traduzidos em estratégias que irão

compor o plano de ação com foco nas metas estabelecidas. A análise estratégica

auxilia a escola na identificação dos seus pontos fortes e fracos( fatores internos) e

oportunidades e ameaças(fatores externos).A ferramenta utilizada é a Matriz

SWOT(acrônimo das palavras: Strengths – Forças; Weaknesses – Fraquezas;

Opportunities- Oportunidades e Threats Ameaças), desenvolvida pelos

professores Kenneth Andrews e Roland Christensen.

A análise SWOT é importante, pois ajuda a escola a concentrar suas

energias em estratégias e ações que se beneficiem das condições favoráveis

apontadas pelas combinações entre forças e oportunidades e para que a escola

possa agir preventivamente sobre as condições apontadas pela combinação entre

fraquezas e ameaças.

2.3- Desenvolvimento – Consiste no estabelecimento de metas globais

plurianuais, anuais e estratificadas e na elaboração de estratégias e plano de ação

da escola. O sistema GIDE orienta para o estabelecimento das seguintes metas:

2.3.1. Globais Plurianuais e Anuais: são metas que fazem referência ao resultado

geral da escola e, geralmente, são definidas para um período de 04(quatro) anos.

*IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) : estabelecido pelo MEC,

por escola, de 02 em 02 anos, de 2007 até 2021.

*IFC/RS (Índice de Formação de Cidadania e Responsabilidade Social):

estabelecido pela escola, anualmente a partir do diagnóstico das variáveis relativas

aos resultados, condições ambientais e ensino-aprendizagem.

*ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) : estabelecido pela escola anualmente.

2.3.2.Estratificadas: são metas estabelecidas para cada ano em curso:

*Variáveis da Dimensão Resultados do IFC/RS. Exemplo: Resultado na Avaliação

da Prova Brasil.

*Resultado da Dimensão Condições Ambientais

*Resultado de atendimento do Padrão Mínimo da Dimensão Ambiental

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Os resultados do diagnóstico ou o Índice de Formação de Cidadania e

Responsabilidade Social – IFC/RS são estabelecidos objetivamente, através do

uso de software específico. Insere-se todos os dados no programa e este

apresenta o resultado final, que pode ser : satisfatório, regular ou insatisfatório

2.3.3 Estratégias : É o caminho para atingir a visão de futuro de uma organização.

É uma ação cuja implementação demanda um prazo maior e tem grande impacto

nos resultados da organização. É a definição de como certos recursos serão

utilizados para atingir os objetivos definidos pela escola.

2.3.4. Plano de Ação da Escola : A Gestão Integrada da Escola prevê 02(dois)

planos de ação para trabalhar as causas detectadas e priorizadas no IFC/RS para

alcance das metas estabelecidas:

*Plano da Dimensão Ensino-Aprendizagem, composto por contramedidas relativas

às estratégias de curto prazo oriundas da matriz SWOT e das variáveis críticas

priorizadas da Dimensão Ensino-Aprendizagem diagnosticadas no Índice de

Formação da Cidadania e Responsabilidade Social -IFC/RS.

* Plano da Dimensão Ambiental,composto pelos encaminhamentos identificados

por meio da aplicação do Padrão Mínimo da Dimensão Ambiental, que possibilitará

à escola, consequentemente, trabalhar as variáveis críticas da Dimensão

Condições Ambientais do Índice de Formação da Cidadania e Responsabilidade

Social – IFC/RS.

Ao analisarmos a proposta, observamos que esta possui variáveis e

questionamentos aos quais os profissionais da educação não estão

acostumados.Administra a unidade escolar, objetivamente, orientada por um

planejamento estratégico e estabelecimento de metas para os diferentes processos

existentes, ainda não faz parte da realidade do sistema educacional brasileiro o

estabelecimento de metas claras, objetivas e mensuráveis. .

A maioria – 90% (noventa por cento) - dos profissionais entrevistados,

declararam-se pouco receptivos à proposta no primeiro momento, por acreditarem

tratar-se de mais uma invencionice do estado. Seus receios foram justificados

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como decorrentes da falta de infraestrutura material e pessoal. A objetividade no

tratamento dos dados coletados, é visto como “desumanização” da educação, já

que trata a unidade escolar como uma “empresa”. São profissionais que não estão

familiarizados com o uso de tecnologia da informação - fato recorrente na grande

maioria das redes de ensino municipal e estadual – e possuem uma cultura

organizacional que desvincula escola de resultados. Não estão acostumados a

terem seu desempenho laboral avaliado por critérios mensuráveis e, isto os

assusta muito, por desconhecimento e insegurança.

Hoje, dois anos após a implementação da proposta a maioria dos professores a

veem como positiva e necessária ante ao desempenho pífio da rede estadual de

ensino nas avaliações internas e externas.

2.4- Avaliação – É fundamental que toda a comunidade interna (professores,

alunos e funcionários) e externa ( pais e moradores da localidade) saibam dos

resultados finais, através de comunicação interna( murais, cartazes, reuniões) e/ou

externa( internet)..Hoje, o desempenho de qualquer unidade escolar frente às

avaliações externas e internas( PROVA BRASIL, SAERJ) encontra-se disponível

na rede social, isto traz transparência ao trabalho do gestor e contrapartida ao

usuário do serviço.

Em qualquer situação,alcançadas ou não as metas estabelecidas, a

prestação de contas ao usuário do serviço público é extremamente importante, pois

desenvolve uma cultura de parceria entre o gestor público e o contribuinte.

Ainda há muito por fazer no serviço público no Brasil em termos de gestão,

mais existem iniciativa positivas em todos os segmentos dentro diferentes entes

públicos.

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CAPÍTULO III

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

NA IMPLANTAÇÃO GESTÃO INTEGRADA NA ESCOLA

“A tecnologia da informação é o

coração da administração pública,

podendo fazê-la parar ou avançar.”

(Ministro Augusto Sherman) No atual cenário mundial, um dos bens mais valiosos nas organizações é a

informação. Quase todos os processos ou atividades geram informações e estas

devem ser armazenadas. Existem formas conhecidas de armazenamento da

informação que pode ser da maneira tradicional através do papel, pastas

específicas, entre outras. Essas podem gerar uma série de problemas tais como:

ocupação de espaços e manuseios de grandes volumes do mesmo, que dificulta a

recuperação das informações. Bem como formas mais moderna, através do uso de

tecnologia da informação. Onde as informações podem ser interligadas, coletadas,

armazenadas e disseminadas. O uso de Tecnologia da Informação emerge como

apoio a estratégia para ganhar vantagens competitivas e qualitativas.

Hoje, entende-se por Tecnologia da informação, não só as máquinas

(hardware) e programas (software), bem como as ferramentas (BSC, PDCA, GPR)

de implementação e avaliação dos diferentes processos corporativos.

Esta nova realidade provoca uma reorganização intensa da sociedade,

gerando modificações nas organizações. Segundo Porter (1986) a utilização efetiva

da Tecnologia da Informação está diretamente ligada à sobrevivência e a estratégia

das organizações.

A escola, como as demais organizações sociais, não pode e, nem deve,

estar à margem dos avanços tecnológicos. É imprescindível que os profissionais da

educação tenham acesso às novas tecnologias e destas façam uso.

Ocorre que, as redes de ensino da maioria dos entes públicos, oferecem

acesso precário às tecnologias de informação. As redes de informação, quando

existem, apresentam sérios problemas de manutenção. Este fato representa um

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contracenso para uma área que deveria estar à frente, ou pelo menos, em nível de

igualdade estrutural junto às demais.

No conjunto das mudanças iniciadas na administração pública,

particularmente, na Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de

Janeiro, a partir de 2011, a implementação de programas de governo eletrônico (e-

Gov) tem sido um tema central na discussão do novo modelo de gestão pública. O

e-Gov pode ser entendido como uma forma natural de se buscar a modernização

do estado e da administração pública através do uso estratégico e intensivo das

TIC nas relações internas dos próprios órgãos de governo e nas relações do

governo com a sociedade (serviços,processos, informações e pessoas). Os

programas de e-Gov devem fomentar, entre outras,iniciativas para promover a

inclusão digital e a universalização da educação, garantindo que toda a sociedade

tenha acesso ao ensino fundamental e médio de qualidade. Na educação, a

implementação desses programas requer o debate amplo sobre o uso de novas

tecnologias na escola, a metodologia para aplicá-las e novas políticas

educacionais. A tecnologia é ferramenta que, quando bem utilizada pelo professor,

produz excelentes resultados. Ela auxilia no planejamento de aulas mais

dinâmicas, na aplicação de exercícios práticos, tanto em sala de aula quanto fora

dela, na ampliação do conhecimento de mundo e na geração de autonomia por

parte dos alunos.

O gestor escolar moderno tem a função de estimular o uso da tecnologia em

sua escola, de estender essa prática aos atos administrativos e pedagógicos e de

ampliar seu alcance em benefício da comunidade onde a escola esta inserida. No

entanto, para Lima (2007):

“a criação de ambiente

informatizados na organização para apoio à

gestão do conhecimento deverá considerar

os processos pelos quais são feitas as

trocas de informação e a cultura de

colaboração existente”.

Não há como promover mudanças sem o envolvimento e a sedução de todos os

participantes em prol do estabelecimento de uma cultura de colaboração. Não há

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como promover a colaboração sem o diálogo e a troca de experiências entre

professores, funcionários, pais, alunos, gestores e comunidade. A gestão para o

uso de tecnologias visa a disseminação de informações, considerando a escola

como um sistema, um organismo vivo que aprende e que ensina, que muda à

medida que passa por conflitos, toma decisões e adquire novos conhecimentos.

Cabe ao gestor escolar permitir e potencializar o processo de apropriação

das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs por parte de todos os

membros do processo educativo, possibilitando, conforme ressalta Almeida e

Rubin (2004):

“a criação de comunidades colaborativas

de aprendizagem que privilegiam a construção do

conhecimento, a comunicação, a formação

continuada e a gestão articulada entre as áreas

administrativa, pedagógica e informacional da

escola”.

Só assim há uma relação profunda com o saber, que provoca mudanças na forma

de atuação daqueles que participam da rede colaborativa então estabelecida.

Entretanto, fazer com que as TICs sejam incorporadas na atuação de todos requer

um trabalho intenso de conscientização sobre sua importância, a começar pelo

próprio gestor, que pode utilizá-la no controle e organização dos atos

administrativos e pedagógicos, obtendo subsídios para a tomada de decisões, pois

tem acesso fácil e amplo às informações. A inserção das tecnologias na escola

pode gerar resistência e rejeições quando mal trabalhada, mas também pode

provocar mudanças benéficas se for feita de maneira a envolver e motivar a todos

para a sua utilização eficaz, uma vez que para Almeida e Rubin (2004):

“são as pessoas que utilizam os espaços

disponíveis na Web que concretizam a interação

potencializada pela tecnologia, tecem redes de

significados e rompem com as paredes da sala de

aula, integrando o ambiente escolar à comunidade

que cerca à sociedade da informação e a outros

espaços produtores de conhecimento”.

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Desta maneira, fica garantida não só a construção do conhecimento, mas também

sua disseminação nos mais diversos meios sociais e culturais, visando ao

cumprimento dos objetivos educacionais de natureza pedagógica. Pode-se dizer

que não há incorporação efetiva das TICs na escola se não houver uma revisão

nos conceitos de ensinar e aprender, se não se promover uma ampla revisão nos

papéis assumidos por cada elemento que a compõe, se não viabilizarmos a

aprendizagem autônoma e significativa. Os ambientes virtuais são fortes aliados da

Educação, pois desde a década de 80 quando apareceram os vídeos cassete e até

os dias de hoje com lousas eletrônicas, redes sociais, etc. A questão da interação,

acessibilidade e integração fazem parte das salas de aula. Essa evolução toda

também significa que para o professor acompanhar tudo isso é difícil, não ser só

um simples usuário e apresentar-se como um agente de interação entre as novas

tecnologias e a educação e o aluno é uma tarefa árdua, porém para preparar o

aluno para os novos cenários tecnológicos é necessário que o professor se atualize

e mude suas ferramentas.

Nos dias de hoje percebemos o quanto a tecnologia altera a sociedade, a

cultura e até alterando a ordem do conhecimento, mas é preciso salientar que

esses acontecimentos já datam de várias décadas, sendo assim verificamos que as

TIC´s produzem transformações principalmente no encontro com as práticas

pedagógicas, onde temos novas linguagens através das mídias eletrônicas e

digitais. As mídias invadem hoje a casa de todos, não conhecê-las nos tornam

pessoas isoladas na sociedade, primeiro apareceram os televisores, rádios, DVDs,

computadores, a internet, celulares e redes sociais. Tal realidade chama a atenção

dos jovens e muitas vezes parecem ser mais interessantes do que estar em uma

sala de aula com o velho giz e lousa verde. Mas mesmo diante deste quadro

muitos professores ainda resistem à quebra de paradigmas com aulas inovadoras,

têm medo de que os computadores possam substituí-los, quando na verdade são

ferramentas essenciais para despertar o interesse do aluno pelo aprendizado. O

importante, diz Weldel (2008):

“é que o professor possa

desenvolver a capacidade dos alunos para

produzir e decodificar as mensagens dos

meios de comunicação em massa.”

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Através do aprendizado pelas mídias o aluno se sente parte da sociedade e

integrado, uma vez que consegue compreender de maneira mais fácil e reproduzir

o que aprendeu através de outras ou das mesmas ferramentas utilizando em outras

aulas ou no dia-a-dia, isso eleva a autoestima do aluno e o anima a continuar a

participar das aulas. As tecnologias não devem ser inseridas na escola apenas

como exigência do mercado, mas como parte dos projetos pedagógicos para

conhecer as novas linguagens e trazer o novo mundo à realidade do aluno.

“Com o advento das

tecnologias de informação, em

especial a internet, foi possível

modificar a forma de acessar,

recuperar e transmitir informações,

ocasionando um significativo

aumento de novas metodologias e

ferramentas aplicadas ao ensino,

estabelecendo assim, uma nova

cultura, uma nova realidade.”

(SANTOS, 2005).

A utilização das tecnologias não devem ser só estimuladas na sala de aula mas

devem ir além dos muros das escolas e universidades, pois se tem um rico material

disponível na internet para pesquisa, além dos acervos das bibliotecas virtuais

disponibilizados, o professor deve utilizar tais recursos para complementar a aula e

facilitar o entendimento do alunos. A pesquisa deve ser estimulada, já que agora

com alguns clicks é possível ver uma nova geografia, conhecer culturas diferentes

e novas línguas sem sair da cadeira.

“Métodos participativos

deverão substituir a mera

transmissão de conhecimentos. O

professor passa a ser um

estimulador, coordenador e parceiro

do processo de ensino e

aprendizagem e não mais um mero

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transmissor de um conhecimento

fragmentado.” (WELDEL,2008).

Nos dias de hoje é necessário que o professor tenha domínio técnico e pedagógico

para lidar com as novas tecnologias, de tal forma que o aluno consiga construir

conhecimento, mas também deve ficar atento quando tais tecnologias atrapalham o

andamento da aula. Na construção do conhecimento o professor pode construir

mídias com seus alunos, assuntos online, além de poder ter uma interatividade

maior com o aluno. Por isso devemos lembrar que esses alunos da geração digital

estão cada vez menos passivos a mensagem fechada, pois no dia-a-dia, utilizando

as mídias conseguem construir e mudar as informações, portanto tal interatividade

deve aparecer nas escolas para que o aluno se interesse por este mundo que

também tem tecnologia. (WELDEL,2008). A teoria construtivista, mostra que a

aprendizagem é um processo de construção de informações pelo discente que nos

dias de hoje tem mais facilidade na construção dos saberes através da tecnologia,

isso pode melhorar a qualidade do aprendizado quando as ferramentas são bem

utilizadas pelos docentes.

Vemos que o uso da tecnologia da informação, dentro e fora da sala aula,

tem muito a contribuir para a qualidade dos sistemas de ensino, inclusive, para o

êxito da implantação da proposta de Gestão Integrada da Escola fez-se necessário

o domínio de determinadas ferramentas tecnológicas. Para isso, a Secretaria de

Estado de Educação, através de concurso interno, selecionou professores para

ocuparem a função de IGT –Integrante de Grupo de Trabalho, ou seja,

supervisores que atuam junto às escolas, dando suporte ao processo de

implementação da proposta. Estes profissionais foram capacitados no uso de

software específico,visto que a proposta tem na tecnologia da informação uma dos

seus pilares e, também, treinados pelos idealizadores da mesma para serem

multiplicadores da proposta junto às unidades escolares. Diretores e

coordenadores, também, receberam treinamento.

Todas as etapas da Gestão Integrada da Escola – GIDE são registradas

neste software, que apresenta ao final o Índice de Formação de Cidadania e

Responsabilidade Social.

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A utilização direta da tecnologia da informação em uma proposta como esta,

requer dos profissionais envolvidos – orientadores, diretores e professores – uma

adequação à uma nova realidade, que alguns resistem, pois ainda detêm um

conceito mais burocrático dos serviços públicos. Avaliação de desempenho, gestão

por resultados, meritocracia são conceitos não internalizados, ainda, por uma parte

relevante dos profissionais da educação, que acreditam não ser possível mensurar

resultados na educação. Apesar de já termos, a algum tempo, as avaliações

externas – SAEB, PROVA BRAIL, PISA. Existem muitas dificuldades decorrentes

da falta de tecnologia básica nas unidades escolares do estado do rio de janeiro.

Não existe uma política eficaz de suporte tecnológico às escolas.

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com os governos estaduais e

municipais, promove a utilização de Tecnologia de Informação e Comunicação

(TIC) em nossas escolas por meio do Programa Nacional de Tecnologia

Educacional (Proinfo). Não é tarefa simples prover nossas escolas públicas com

laboratórios de informática, banda larga e outros elementos de infraestrutura. Essa

iniciativa não é suficiente para implementar uma cultura de TIC a serviço do

processo de ensino e aprendizagem.O PROINFO - Programa Nacional de

Tecnologia Educacional- garantiu, apenas, a entrega das máquinas. Cada unidade

escolar deve viabilizar a capacitação dos professores e manutenção das mesmas,

algo extremamente difícil, face a inexistência de recursos

financeiros.Consequentemente, o uso de ferramentas tecnológicas no dia a dia das

escolas estaduais no estado do rio de janeiro, ainda é algo bem distante do

cenário ideal.

Em redes de ensino como do Estado do Rio de Janeiro, com um quantitativo

de 1457(um mil, quatrocentos e cinquenta e sete) unidades escolares, distribuídas

por 92 (noventa e dois) municípios, um sistema de informatização eficaz pode

minimizar distorções na mensuração de dados, disseminar informações com maior

rapidez e segurança e avaliar o desempenho de servidores, alunos e funcionários

com maior veracidade.

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CAPÍTULO IV

GESTÃO DE MUDANÇAS

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS NO GERENCIAMENTO DE

MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS 4.1- GESTÃO DE PESSOAS: ELEMENTOS ESSENCIAIS

(...) apesar da mudança de atitude ser um

pressuposto básico que as organizações e as

pessoas devem buscar desenvolver e de ser

desejável em um ambiente de mudança

independente do programa ou “modelo” gerencial

adotado, a consciência para essa necessidade é

um processo interno ao indivíduo que deve buscar

conhecer seus próprios limites, necessidades,

formas de contribuição em relação ao processo de

mudança individual (atitude) e organizacional

(atividades desenvolvidas pelas empresas).

Portanto, trata-se de um processo de descoberta,

de questionamento, de reflexão, onde o

autoconhecimento torna-se o ponto central para

essa análise.

(Bitencourt e Gonçalo)

A escola é uma organização que sempre precisou mostrar resultados - o

aprendizado dos alunos. Porém nem sempre eles são positivos. Para evitar

desperdício de esforços e fazer com que os objetivos sejam atingidos ano após

ano, sabe-se que é necessária a presença de gestores que atuem como líderes,

capazes de implementar ações direcionadas para esse foco. A concepção de que a

liderança é primordial no trabalho escolar começou a tomar corpo na segunda

metade da década de 1990, com a universalização do ensino público. A formação e

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a atuação de líderes, até então restritas aos ambientes empresariais, foram

adotadas pela Educação e passaram a ser palavra de ordem para enfrentar os

desafios.

A formação de gestores escolares passa a ser uma necessidade e um

desafio para os sistemas de ensino. Sabe-se que, em geral, a formação básica dos

dirigentes escolares não se assenta sobre essa área específica de atuação e que,

mesmo quando estes profissionais a têm, ela tende a ser livresca e conceitual,

uma vez que esta é, em geral, a característica dos cursos superiores na área

social. A formação inicial, em nível superior, de gestores escolares esteve, desde a

reforma do curso de Pedagogia, afeta a esse âmbito de formação, mediante a

oferta da habilitação em Administração Escolar. O MEC propunha, na década de

70, que todos os cargos de diretor de escola viessem a ser ocupados por

profissionais formados neste curso. No entanto, com a abertura política na década

de 80 e a introdução da prática de eleição para esse cargo, diminuiu

acentuadamente a procura desses cursos que, por falta de alunos, tornaram-se

inviáveis. Houve, no entanto, um movimento no sentido de ofertar cursos de

especialização em gestão educacional, muito procurado por profissionais já no

exercício dessas funções, porém, com um número relativamente pequeno de

vagas. No contexto das instituições de ensino superior, portanto, o que se observa

é uma oferta insuficiente de oportunidades para a formação inicial de gestores

escolares. Recaem, portanto, sobre os sistemas de ensino a tarefa e a

responsabilidade de promover, organizar e até mesmo, como acontece em muitos

casos, realizar cursos de capacitação para a preparação de diretores escolares.

Essa responsabilidade se torna mais marcante quando se evidencia a necessidade

de formação contínua, complementarmente à formação inicial (Machado, 1999),

como condição para acentuar o processo de profissionalização de gestores, de

modo que enfrentem os novos desafios a que estão sujeitas as escolas e os

sistemas de ensino. É evidente que nenhum sistema de ensino, nenhuma escola

pode ser melhor que a habilidade de seus dirigentes. De pouco adiantam a

melhoria do currículo formal, a introdução de métodos e técnicas inovadores, por

exemplo, caso os mesmos não sejam acompanhados de um esforço de

capacitação dos dirigentes nesses processos. Essa capacitação, aliás, constitui-se

um processo aberto, de formação continuada e permanente. Não se pode esperar

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mais que os dirigentes escolares aprendam em serviço, pelo ensaio e erro, sobre

como resolver conflitos e atuar convenientemente em situações de tensão, como

desenvolver trabalho em equipe, como monitorar resultados, como planejar e

implementar o projeto político pedagógico da escola, como promover a integração

escola-comunidade, como criar novas alternativas de gestão, como realizar

negociações, como mobilizar e manter mobilizados atores na realização das ações

educacionais, como manter um processo de comunicação e diálogo abertos, como

estabelecer unidade na diversidade, como planejar e coordenar reuniões eficazes,

como articular interesses diferentes, etc. Os resultados da ineficácia dessa ação

são tão sérios em termos individuais, organizacionais e sociais, que não se pode

continuar com essa prática. A responsabilidade educacional exige

profissionalismo. O trabalho de gestão escolar exige, pois, o exercício de múltiplas

competências específicas e dos mais variados matizes.

A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que

objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as

condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos

socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção

efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar

adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no

conhecimento. Por efetiva, entende-se, pois,a realização de objetivos avançados,

de acordo com as novas necessidades de transformação socioeconômica e

cultural, mediante a dinamização da competência humana, sinergicamente

organizada. Compete à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a

mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que

sejam orientadas para resultados, isto é, um modo de ser e de fazer caracterizado

por ações conjuntas, associadas e articuladas. Sem esse enfoque, os esforços e

gastos são dispendidos sem muito resultado, o que, no entanto, tem acontecido na

educação brasileira,uma vez que se tem adotado, até recentemente, a prática de

buscar soluções tópicas, localizadas e restritas, quando, de fato, os problemas da

educação e da gestão escolar são globais e estão interrelacionados. Estes não se

resolvem ora investindo em capacitação, ora em melhoria de condições físicas e

materiais, ora em metodologias, ora em produção de materiais, etc. É preciso agir

conjuntamente em

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todas as frentes, pois todas estão inter-relacionadas. A gestão escolar constitui

uma dimensão importantíssima da educação, uma vez que, por meio dela,

observa-se a escola e os problemas educacionais globalmente, e se busca

abranger, pela visão estratégica e de conjunto, bem como pelas ações interligadas,

tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam de modo

interdependente. Cabe ressaltar que a gestão escolar é uma dimensão, um

enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, uma vez que o objetivo

final da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos, de modo que,

no cotidiano que vivenciam na escola, desenvolvam as competências que a

sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam: pensar criativamente; analisar

informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar ideias

com clareza, tanto oralmente, como por escrito; empregar a aritmética e a

estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões fundamentadas e

resolver conflitos, dentre muitas outras competências necessárias para a prática de

cidadania responsável. Portanto, o processo de gestão escolar deve estar voltado

para garantir que os alunos aprendam sobre o seu mundo e sobre si mesmos em

relação a esse mundo, adquiram conhecimentos úteis e aprendam a trabalhar com

informações de complexidades gradativas e contraditórias da realidade social,

econômica, política e científica, como condição para o exercício da cidadania

responsável.Com esta demanda, o sentido de educação e de escola se torna mais

complexo e requer cuidados especiais. O aluno não aprende apenas na sala de

aula, mas na escola como um todo: pela maneira como a mesma é organizada e

como funciona; pelas ações globais que promove; pelo modo como as pessoas

nela se relacionam e como a escola se relaciona com a comunidade, pela atitude

expressa em relação às pessoas, aos problemas educacionais e sociais, pelo

modo como nela se trabalha, dentre outros aspectos.Diante desse desafio, ganha

corpo e importância a gestão da escola e a atuação dos profissionais que a

promovem. Subsidiar a realização desse trabalho e refletir sobre o mesmo é,

portanto, uma tarefa aberta a contribuições.

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Segundo Ansoff, uma organização, seja ela com fins lucrativos ou não, é

uma entidade construída para fornecer bens e/ou serviços. Como há

intencionalidade e orientação para propósitos em sua criação, pode-se afirmar que

toda organização está a serviço do ambiente no qual está inserida.

Dada a sua importância social, as organizações necessitam ser eficientes –

ou pelo menos procurar a eficiência (Motta, Pereira). Na busca de atingir seus

objetivos, uma organização lança mão de três elementos: Estratégia, Desenho

organizacional e Pessoas.

Estratégia: especificação de como a organização irá alcançar resultados

consistentes com seus objetivos, com sua razão de ser.

Desenho organizacional: forma como o trabalho será dividido em tarefas

distintas e como será feita a coordenação entre essas tarefas(Mintzberg), ou seja,

forma como os recursos serão estruturados e alocados.

Pessoas: profissionais a serem contratados pela organização, por meio dos

quais a estratégia organizacional será realizada.

Esses elementos devem estar orientados para satisfazer às necessidades

dos clientes ou usuários dos produtos e serviços da organização. Além dessa

orientação, esses elementos devem ser compatíveis (congruentes) com o ambiente

que contém a organização, conforme demonstrado.

A definição da estratégia condicionará o desenho organizacional e o perfil

das pessoas a serem contratadas. Por exemplo, uma estratégia baseada em

liderança pessoas em custo requer um perfil específico de pessoas e um desenho

organizacional centralizado. Já no caso de uma estratégia baseada em

diferenciação, o perfil de pessoas será outro, assim como o desenho

organizacional terá que ser mais descentralizado.

Como se vê, a gestão de pessoas é um processo sistêmico, contingencial e

situacional, sendo influenciado por forças externas (quantidade e qualidade do

talento humano disponível no mercado, ações dos movimentos sociais e sindicais,

ações do Estado, etc.) e internas(culturas e valores da organização mudanças de

processo produtivo, negócios da organização, etc.). Portanto, não há apenas uma

melhor forma de gerir pessoas.

Com as profundas transformações sociais provocadas pelo crescente uso de

tecnologias de informação e de comunicação (TICs), pela internacionalização dos

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mercados e pela competição global, as organizações passaram a ser

compreendidas como sistemas sociais, onde as mais poderosas fontes de valor

estão guardadas na mente e nos corações das pessoas (MAGRETTA,2002).

4.2 – O PAPEL DO GESTOR

Segundo Luck (2004, p 32), é do diretor da escola a responsabilidade

máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e

desenvolvimento plenos dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e

coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para

tal. Devido a sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce

forte influência (tanto positiva, como negativa sobre todos os setores pessoais da

escola. As funções do trabalho do gestor estão diretamente relacionadas à

organização e gestão da escola. O processo de organização escolar dispõe,

portanto, de funções, propriedades comuns ao sistema organizacional de uma

instituição, com base nos quais se definem ações e operações necessárias ao

funcionamento institucional. São quatro as funções constitutivas desse sistema:

a) planejamento;

b) organização: racionalização de recursos humanos, físicos, materiais, financeiros,

criando e viabilizando as condições e modos pares realizar o que foi planejado;

c) direção/coordenação: coordenação do esforço humano coletivo do pessoal da

escola;

d) avaliação do funcionamento.

Fica, pois claro que o gestor desempenha vários papéis dentro do ambiente

escolar, cabendo a ele a articulação de todos os setores e aspectos do mesmo. É

do seu desempenho e de sua habilidade em influenciar o ambiente que depende

em grande parte, a qualidade do ambiente e clima escolar. O desempenho do seu

pessoal e a qualidade do processo ensino aprendizagem.

Em momentos de transição como o que vem ocorrendo desde 2011 no

sistema educacional estadual do estado do Rio de Janeiro, o gestor escolar tem

papel fundamental. Na unidade escolar observada, Colégio Estadual Adelina

Castro, existe um vínculo muito forte entre funcionários, professores e diretores.

Estes últimos já encontravam-se lotados na unidade há cerca de dezoito anos, dos

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quais, quinze anos na função de diretores; portanto tempo suficiente para a

construção e estabelecimento de relações profissionais e pessoais. Esta rede de

comunicação, em momentos como este, é um fator muito favorável, pois sabe-se

quais e quantos aliados tem-se ou não.

Um gestor comprometido com a organização de forma transparente, é um

dos fatores de maior relevância, qualquer que seja a área de atuação, pois gera

crédito e estímulo à crença de que é possível dar certo.

Atualmente, os gestores escolares no sistema em questão, passam por um

processo seletivo interno e, são alocados de acordo com a carência das unidades.

Isto requer um grau de conhecimento de gestão de pessoas muito maior, pois

ingressar em uma organização – as unidades escolares – e construir relações de

trabalho que contribuam para o alcance de metas preestabelecidas é grande

desafio. São vários atores e variáveis independentes, o que exige do gestor maior

habilidade e competência.

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CONCLUSÃO

A iniciativa do governo estadual na implantação da gestão integrada das

escolas foi uma ação positiva e acertada. Não podemos dizer que trata-se da

salvação da pátria. Não, longe disso. Até porque, a história da educação no Brasil

tem mostrado que fórmulas milagrosas não existem.

Os professores e funcionários entrevistados da referida unidade escolar

mostraram-se otimistas quanto aos êxitos futuros que poderão alcançar.

Reforçaram a fala da necessidade de melhor gestão dos recursos financeiros na

educação. Gasta-se quantias vultosas no ensino superior e a educação básica,

que é o alicerce de tudo, fica a mercê de projetos descontínuos e políticas

sazonais. Defendem a tese, a qual corroboro, de que se tivermos excelência na

educação básica, compreendida em suas três fases: educação infantil, fundamental

e ensino médio, teremos ganhos enormes não só em educação, mas em qualidade

de vida para os cidadãos. Pessoas com a acesso à mais conhecimento, pela

lógica, farão escolhas de vida mais positivas.Quem disse que todos teremos de ir à

faculdade para sermos plenos e felizes? Quem disse que o pedreiro é menos

importante que o médico? Porém, ambos precisam saber fazer escolhas para suas

vidas. E, justamente nestes momentos que, ter tido acesso a uma educação de

qualidade faz toda a diferença.

Ter metas e objetivos claros para cada unidade escolar, a partir dos anseios

da comunidade que encontra-se no entorno, mas não limitada a mesma.Quais as

forças e oportunidades cada unidade escolar possui, bem como suas fraquezas e

ameaças? Aprender a ver cada unidade escolar como um organismo único, mas

não desconectado do mundo, que precisa alinhar-se a esse – a introdução da

tecnologia e da neurociência na educação, por exemplo - mas não desfigurar-se,

afastando-se de sua função precípua, a construção do conhecimento.Ter esse

diagnóstico de maneira mais precisa e objetiva, introduz na organização mais

transparência e clareza, o que refletirá na tomada de decisões, no planejamento

estratégico.

Ao estabelecer que diretores e orientadores devem submeter-se a concursos

internos foi outra ação positiva e alinhada à nova gestão, pois reforça a

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meritocracia, como veículo de crescimento e ascensão profissional, afastando o

nepotismo tão comum às direções escolares.

A grande dificuldade está em desconstruir uma cultura e o papel do gestor é

fundamental. Em primeiro lugar, cabe fazer o dever de casa e conhecer muito bem

a proposta e suas variáveis. Conhecer gestão, principalmente, de pessoas é hoje

fundamental aos diretores de escola, pois muitos servidores ainda resistem às

mudanças e creditam os males da educação, principalmente, a falta de qualidade,

tão somente aos baixos salários. É uma resposta simplista demais. Pesquisas

mostram que aumentos salariais dissociados de outras ações não surtem elevação

significativa na qualidade do serviço público prestado.

Portanto, a proposta apresentada e implementada pela Secretaria de Estado

de Educação, até o presente momento, mostra-se como um conjunto de ações que

há muito se fazia necessário, porém, há muito por fazer até alcançarmos níveis de

qualidade aceitáveis na educação brasileira.

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ANEXOS

Fonte:www.seeduc.rj.gov.br/planejamento estratégico

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Fonte:www.seeduc.rj.gov.br/planejamento estratégico

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Fonte:www.seeduc.rj.gov.br/planejamento estratégico

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Universidade Cândido Mendes

Instituto A Vez do Mestre

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

ORIENTADOR : PROF. LUIZ EDUARDO CHAUVET

Aluna: MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DE SOUZA Turma : C O65

Coleta de dados junto aos professores do Colégio Estadual Adelina Castro, situado à Avenida Tupinambá de Castro, s/nº - Campos Elíseos – Duque de Caxias/RJ. Nome : ______________________________________ Função/Cargo: _____________ Segmento de Ensino: ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio 1- Como tomou conhecimento da GIDE- Gestão Integrada da Escola ? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Inicialmente, qual postura adotou quanto ao novo sistema de gestão? ( ) receptivo ( ) pouco receptivo ( ) rejeitou 3- Quais aspectos positivos identificou no novo sistema ? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Quais dificuldades/ entraves e/ou fragilidades sinalizaria no novo sistema ? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- Tem clareza dos motivos que levaram o governo estadual a implementar a Gestão Integrada da Escola? Quais seriam? ( ) sim ( ) não ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Após dois anos da implantação da Gestão Integrada da Escola, que avaliação faz do sistema? Porquê? __________________________________________________________________________

Agradeço sua colaboração.

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BIBLIOGRAFIA:

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www.seeduc.rj.gov.br/planejamento estratégico.

www.unicentro.br/editora/revistas/ambiencia

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ÍNDICE

RESUMO 4

METODOLOGIA 5 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I -ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL NO BRASIL 11

CAPÍTULO II – GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA – GIDE

1 – CONCEITO 16 2 - ETAPAS DA GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA – GIDE 2.1 - Marco Referencial 18 2.2 - Diagnóstico 18 2.3 -Desenvolvimento 19 2.3.1 - Metas Globais Plurianuais e Anuais 19 2.3.2 - Metas Estratificadas 19 2.3.3 - Estratégias 20 2.3.4 - Plano de Ação da Escola 20 2.4 – Avaliação 21

CAPÍTULO III -TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA IMPLANTAÇÃO

DA GESTÃO INTEGRADA NA ESCOLA 22

CAPÍTULO IV - GESTÃO DE MUDANÇAS

4.1 - Gestão de Pessoas 29

4.2 - O papel do gestor 34

CONCLUSÃO 36

ANEXOS 38

BIBLIOGRAFIA 42