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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “ LATO SENSU”
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
CURSO: PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL NA
FORMAÇÃO DO EDUCANDO
MARIA DE BRITO MOURA FÉ
ORIENTADOR (A):
MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE
PICOS (PI)
2007
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “ LATO SENSU”
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL NA
FORMAÇÃO DO EDUCANDO
MARIA DE BRITO MOURA FÉ
Apresentação de monografia à
Universidade Cândido Mendes como
um dos requisitos para obtenção do
Grau de Especialista em
Psicopedagogia.
PICOS (PI)
2007
AGRADECIMENTO
A Deus pastor e protetor de minha vida
pela coragem de luta incansável na
busca de alcançar mais uma etapa de
formação acadêmica.
A professora orientadora Maria da
Conceição Maggioni Poppe pelo apoio.
Aos educadores, educandos e pessoas
que direta ou indiretamente
contribuíram para realização desse
trabalho.
DEDICATÓRIA
Às escolas que objetivam preparar o
ser humano para a vida.
Aos meus familiares, marido e filhos
pela tolerância e incentivo durante a
realização desse trabalho.
Perder a razão é grave, mais grave
ainda é perder a imaginação e o
sentimento, a fantasia e capacidade de
sonhar e de criar.
(Guilherme Michel)
RESUMO
O trabalho proporcionou uma visão reflexiva acerca da importância
emocional em especial na escola, sabemos que o fator emocional contribui
para a mudança de atitudes baseado nos valores familiares e educacionais.
É resultado de uma pesquisa de campo e bibliográfica as quais
deram suporte para desenvolver este trabalho sendo o mesmo referência para
conhecer a deficiência no aspecto emocional sobretudo quando os educandos
manifestam por meio de coleta de dados a necessidade de atenção por parte
da família e educadores no sentido de propiciar a qualidade da aprendizagem.
Nesta perspectiva fica compreendido que o papel do educador é
relevante e decisivo na construção da inteligência emocional e intelectual então
faz-se necessário que o educador esteja atento às manifestações de seus
educandos por menor que sejam para poder observar e trabalhar suas
dificuldades fazendo com que o aluno perceba o valor de sua ação
comportamental na escola e no meio social.
Este trabalho está dividido em sete partes que se completam. A
primeira define o que é a emoção, a segunda relaciona a inteligência,
afetividade e aprendizagem enfocando o trabalho com a família e a escola, a
terceira apresenta a afetividade na construção da prática psicopedagógica:
Relação entre autoridade e autoritarismo, a quarta parte consta os produtos da
aprendizagem apreciativa ou afetiva caracterizando-os, a 5ª parte relata a
construção das relações Socioafetivas na família e seu papel na educação dos
filhos, a 6ª parte ressalta a natureza da inteligência emocional definindo suas
paixões, razões e emoções e por fim, as múltiplas linguagens e inúmeras
possibilidades pedagógicas para aprender valores.
METODOLOGIA
O trabalho realizado envolveu pesquisa bibliográfica onde o qual
fundamento-se a partir do pensamento de vários autores ente eles Piaget,
Paulo Freire, Freud, Erik Erickson, James Anthony, Celso Antunes Goleman,
Linhares. Com a pesquisa podemos conhecer a importância do
Desenvolvimento Emocional do educando, devendo este está presente no
âmbito comportamental das crianças e adolescentes no decorrer de toda a sua
formação. Após a pesquisa bibliográfica foi feito a visita à Escola Municipal
José Alves de Oliveira, situada na zona rural de Picos – PI.
Durante a visita observou-se limitações de aprendizagem referente
aos aspectos emocionais da criança e do adolescente. Mediante observação
foi selecionado uma amostra de 5 alunos de cada série do Ensino
Fundamental I, onde diagnosticou problemas de ordem emocional acarretando
perdas na aquisição de conhecimentos.
Para o estudo de casos foi realizada entrevistas com 20 alunos
assim distribuídos:
1ª série - 05 alunos
2ª série - 05 alunos
3ª série - 05 alunos
4ª série - 05 alunos
Após a obtenção dos dados segue a análise dos resultados por
meio de gráficos para facilitar a intervenção psicopedagógica que contribuirá
para o crescimento e qualidade do ensino, servindo os resultados de suporte
para entendimento e esclarecimento de uma prática pedagógica mais eficiente
e próxima da realidade.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 08
CAPÍTULO I – O QUE É EMOÇÃO ? ............................................................. 10
CAPÍTULO II – INTELIGÊNCIA, AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM .......... 14
CAPÍTULO III – A AFETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA
PSICOPEDAGÓGICA: RELAÇÃO ENTRE AUTORIDADE X
AUTORITARISMO....................................................................................................... 19
CAPÍTULO IV – PRODUTOS DA APRENDIZAGEM: APRECIATIVA OU
AFETIVA ......................................................................................................... 23
CAPÍTULO V – A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIOAFETIVAS NA
FAMÍLIA E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS ............................... 27
CAPÍTULO VI - NATUREZA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ................... 30
CAPÍTULO VII – RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................... 36
CONCLUSÃO ................................................................................................. 40
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 42
ANEXO
ÍNDICE
08
INTRODUÇÃO
O tema desse trabalho monográfico A Importância do
Desenvolvimento Emocional na Formação do Educando reflete inúmeras
variações de comportamentos que influenciam o desenvolvimento emocional
da criança e do adolescente.
A princípio será abordado um relato sobre o entendimento e a
importância das emoções como sentimentos e estados afetivos em geral,
como também as maneiras como são externadas, será apontado processos
de aquisição de respostas emocionais: imitação, o condicionamento e a
compreensão enfatizando o papel da aprendizagem no desenvolvimento
emocional.
Na seqüência faz-se necessária uma explanação sobre a
inteligência, afetividade e aprendizagem e a análise de Piaget sobre as
funções da linguagem, do pensamento e da afetividade e também a
afetividade na Intervenção Psicopedagógica trabalhando com a família em
contato com a escola para que o profissional possa fazer um trabalho
consciente e seguro de suas ações.
Este trabalho propõe uma reflexão sobre a ética da relação
pedagógica entre educadores e educandos, partindo da afetividade para
construção de sujeitos autônomos. Discorre sobre a autoridade democrática
09
contrapondo-a às relações autoritárias existentes nos espaços educativos.
Aborda-se ainda o papel da família na educação dos filhos, as
relações socioafetivas e a centralidade da família nas políticas sociais além de
discutir o ensinamento dos valores, por meio de linguagens pedagógicas
diferenciadas que venham reafirmar as convicções dos educadores e
conscientizem os educandos, pelo exemplo, pela coerência e acima de tudo
pela verdade desvelada.
Será enfocado o uso da Inteligência Emocional como um excelente
auxiliador no processo de aprendizagem já que a compreensão da
reciprocidade entre a afetividade e a inteligência é fundamental para a
estruturação do conhecimento e da formação humana.
Na visão psicopedagógica propõe-se um conhecimento
diagnosticado sobre o comportamento e o desenvolvimento emocional
interagindo nas relações intra e interpessoais estabelecendo uma
aprendizagem significativa.
10
1 – O QUE É EMOÇÃO ?
O termo emoção é usado para significar os sentimentos e os estados
afetivos, em geral. Os estados emocionais e sentimentais formam a
afetividade, um dos aspectos do comportamento humano, por sentimento
entendemos o estado afetivo brando de prazer, desprazer ou indiferença,
distinguem-se das emoções por serem reações mais calmas e com uma
experiência mais complexa, com mais elementos intelectuais (Dorin,
1972).
O estado de experiência ou sentimento individual, aspecto interno
somente é objeto de análise através dos relatos verbais, estimativas e
julgamentos daquele que experimenta a emoção. O aspecto expressivo ou
comportamental, constitui a parte externa e se manifesta através de uma
série complexa de respostas motoras, resposta do sistema nervosos autônomo
e glandulares. É muito difícil identificar determinada emoção, a partir da
exclusiva observação dos sinais externos, tais como expressão facial, postura
corporal e respostas fisiológicas.
Emoção é qualquer agitação ou perturbação da mente, sentimento,
paixão, qualquer estado mentalmente ou exitado. Refere-se a um sentimento e
seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e uma
gama de tendências para agir, há centenas de emoções, juntamente com
suas combinações, variações, multações e matizes.
11
1.1 - Para que servem as Emoções ?
Nossos profundos sentimentos e, as nossas paixões e anseios são
diretrizes essenciais que nossa espécie deve grande parte de sua existência à
força que eles emprestam nas questões humanas.
Em situações de perigo, na experimentação da dor causada por
uma perda, na necessidade de não perder a perspectivas apesar dos
percalços, na ligação com o companheiro na formação de uma família, cada
tipo de emoção que vivenciamos nos predispõe para uma ação imediata, cada
uma sinaliza para uma direção que, nos recorrentes desafios enfrentados pelo
ser humano ao longo da vida provou ser a mais acertada.
A importância do repertório emocional utilizado para garantir a
sobrevivência da nossa espécie foi atestada pelo fato desse repertório ter
ficado gravado no sistema nervoso humano como inclinações inatas e
automáticas do coração.
As emoções, em essência, impulsos legados pela evolução, para
uma ação mediata, para planejamentos instantâneos que visam a lidar com a
vida. Cada emoção desempenha uma função específica que permitem a
verificação dos diferentes tipos de emoção e preparam o corpo para diferentes
tipos de respostas.
1.2 – Manifestação das Emoções
Há três indicadores que são utilizados para identificar as emoções
como: relatos verbais, observação do comportamento onde as emoções
possam ser expressas através de uma única resposta corporal, costuma-se
observar os gestos, a postura corporal, a expressão facial e outros
movimentos para identificar as emoções e por fim indicadores fisiológicos
ocorrem durante os estados da emoção por meio de várias alterações
12
fisiológicas e orgânicas.
1.3 – Desenvolvimento Emocional e Social
Segundo Watson existem três tipos básicos de reações emocionais
inatas medo, raiva e amor. A posição de Watson é de que o desenvolvimento
emocional depende de aprendizagem, mas também do desenvolvimento e
amadurecimento de células, tecidos e órgãos.
As emoções podem ser adquiridos através de recepção e
interpretação e informações, isto é por processos racionais e lógicos. A razão
nos faz compreender as conseqüências de determinado evento, e isto nos leva
a sentir emoções.
Na vida cotidiana verifica-se que o ambiente familiar pode ensinar
as crianças a serem afetuosas , amorosas ou frias, autosuficientes e distantes.
O ambiente familiar e social ensina a criança a ter auto confiança ou a ser
tímida, retraída e desconfiada podendo as emoções serem inatas e
aprendidas.
No desenvolvimento emocional e social a socialização da criança
inicia e tem seu fundamento na família, cresce através da interação com os
companheiros, se desenvolve e cria corpo na escola, continua a se expandir na
adolescência e juventude, para culminar na vida adulta.
Freud destaca a importância de duas situações de aprendizagem no
desenvolvimento sexual e emocional: a amamentação e o controle dos
esfíncteres e bexiga. A primeira situação é importante porque determina o
relacionamento com a mãe e o subseqüente relacionamento com as
demais pessoas. A segunda situação reveste-se de importância especial,
porque a 1ª norma social que os adultos e a sociedade impõe sobre a criança,
é o 1º gesto de socialização da criança.
13
Erik Erickson afirma que os indivíduos enfrentam diferentes tarefas
sócio-psicológicas à medida que crescem. Novas exigências vão sendo feitas
pela sociedade e novas formas de reagir devem ser desenvolvidas.
14
2 – INTELIGÊNCIA, AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM
Segundo Jean Piaget, a inteligência não é inata nem adquirida, mas
sim o resultado de uma construção devida á interação das pré-condições do
sujeito e às circunstâncias do meio social. As investigações de Piaget
evidenciaram que a criança, ao nascer, se encontra em um estado de
dualismo, ou seja, de indiscriminação entre si mesma e o mundo que a rodeia,
a partir do qual vai construindo níveis sucessivos.
No 1º nível o da inteligência sensório-motora que se estende desde
o nascimento até um ano e meio ou 2 anos aproximadamente, onde as ações
não têm representação, no 2º nível o da inteligência pré-operatória abrange
dos 2 aos 7 anos ou 8 aproximadamente, nela já existe uma representação ou
simbolização, no 3º nível, o da inteligência operatória concreta que se estende
dos 7 ou 8 anos ou 11 ou 12 anos em que o pensamento da criança torna-se
reversível e por último o da inteligência hipotético-dedutiva que se inicia aos
11 ou 12 anos e culmina nos 15 anos, se caracteriza por ser um pensamento
que se torna independente do concreto, parte de premissas cuja verdade é
admitida a título hipotético e pode operar de acordo com uma lógica que
implica em todas as combinações possíveis.
Pode-se dizer que o pensamento dom pré-adolescente que evoluiu
normalmente, tenha alcançado o mais alto nível de construção ao longo de um
extenso processo, no qual cada uma das etapas indica um determinado nível
de capacidade ou sensibilidade cognitiva para aprender as características dos
15
objetos.
As manifestações emocionais representam o interesse predominante
da psicanálise que revelou a existência de vínculos afetivos positivos e
negativos do sujeito com objeto e situações que podem assumir diferentes
intensidade e se orientar em estruturas de conduta e personalidade, ou
esquemas de reação com menor ou maior grau de estabilidade.
Segundo estudo de Gouin Décarie, as reações afetivas e cognitivas
de crianças de até dois anos, pôde observar que umas e outras possuíam um
alto grau de correlação.
James Anthony comprovou que em crianças com uma forte alteração
emocional, se produz uma involução intelectual com perdas das estruturas
cognitivas em uma ordem de sucessão inversa à de sua construção.
A aprendizagem é concebida como uma construção que
depende dos aspectos energéticos e estruturais e que implica em uma
tematização.
Cabe ainda mencionar que todo processo de aprendizagem
transcende a estruturação cognitiva porque requer a afetização do objeto e
transcende também, a afetividade visto que implica na utilização de operações
cognitivas, sem esquecer o que se pode denominar de tematização ou
conteúdo adquirido mediante os recursos cognitivo-afetivos postos em jogo.
2.1 – Linguagem, Pensamento e Afetividade
Para Piaget as funções da linguagem baseiam-se a princípio pela
fala, procurando comunicar diferentes modos de pensar, as palavras fazem
parte das reflexões objetivas, informam e permanecem ligadas ao
conhecimento, por outro lado a linguagem comunica as ordens e os desejos,
16
serve para criticar, ameaçar, despertar os sentimentos e para provocar atos.
O comunicar, uma outra função da linguagem aborda o fenômeno
do verbalismo, como as palavras constrangem pelo seu uso a significações
precisas. A existência dessa discussão prova a capacidade das funções da
linguagem e a impossibilidade de reduzi-las a uma só: a de comunicar o
pensamento.
P. Janet acredita que as 1ªs palavras têm sua origem no grito a
palavra é, portanto, ligada a ação, pois ela só é suficiente para
desencadear a ação.
2.2 – A Afetividade na Intervenção Psicopedagógica
É fundamental que estejamos conscientes e sensíveis a esta
questão afim de que possamos melhor compreender tanto o cliente como a
nós mesmos diante do trabalho . Apesar de que no trabalho psicopedagógico
se necessita lidar com os aspectos afetivos, não se deve confundi-lo com o
trabalho psicológico.
Às vezes, a dificuldade de aprendizagem decorre da impossibilidade
do cliente estabelecer o vínculo com o objeto, seja ele uma pessoa ou um
conteúdo qualquer. No atendimento psicopedagógico procura-se oferecer
situações onde haja oportunidade de estabelecer um vínculo adequado com o
objeto.
O desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem num processo nem
sempre linear e contínuo. Existem portanto, períodos mais férteis e produtivos
e períodos onde o desenvolvimento não é percebido. Uma das principais
causas da dificuldade de aprendizagem é a impossibilidade para tolerar
a frustração e aceitar o limite, pois é necessária a colocação de limites nas
propostas de atividades. Na intervenção psicopedagógica o tempo não
17
é ilimitado, urge que o cliente consiga aprender autonomamente fora e
dentro da sessão.
2.3 – O Trabalho com a Família
Temos observado que quando para a família a demanda do
atendimento psicopedagógico é clara e aceita por ela, as condições de
trabalho são melhores. Consideramos necessário e fundamental o contato
sistemático com a família a fim de obter sistemático com a família
a fim de obter informações a respeito do desenvolvimento e
aprendizagem. Às vezes, a dificuldade que a família enfrenta para
aceitar o limite do filho, acrescida pela ansiedade impede que possam
com objetividade ajudá-lo.
A família se constitui em um campo dinâmico no qual agem tanto os
fatores conscientes, como os inconscientes. O grupo familiar nunca é estático,
antes ele comporta-se como um campo grupal dinâmico, onde circulam em
todos os níveis, uma rede de necessidades, desejos, relações objetais,
ansiedades, mecanismos defensivos, mal-entendidos, afetos contraditórios,
etc., sendo necessário destacar dois aspectos essenciais: a estruturação
das identificações e a definição de papéis a serem desempenhados. Tal
combinação ocorre para a formação da identidade, tanto individual como
social.
2.4 – O Contato com a Escola
Da mesma forma que se necessita de uma boa vinculação com a
família do cliente, o terapeuta necessita da confiança e do contato com a
escola. Cabe ao terapeuta obter informações a respeito do cliente e
apresentar um relatório da avaliação com indicações e sugestões para que a
escola possa melhor compreender e ajudar a criança com dificuldade.
18
No decorrer da intervenção, contato sistemáticos com a escola
permitirão ao terapeuta psicopedagógico e a instituição subsidiarem-se
mutuamente de dados que contribuam a ambos no seu trabalho.
19
3 – A AFETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA
PSICOPEDAGÓGICA: RELAÇÃO ENTRE AUTORIDADE X
AUTORITARISMO
Quando falamos em afetividade num primeiro momento, remetemo-
nos às relações permeadas de carinho e de alegria e esquecemos da dor, do
desprazer que às vezes essa afetividade nos faz sentir quando estamos
envolvidos com alguém ou com um grupo de pessoas.
A relação afetiva entre educador/educando precisa ser construída
durante o processo ensino-aprendizagem para que ambos possam contribuir
um com o outro na relação social.
A posição da autoridade democrática do educador em relação ao
educando, compreendida esta relação como a construção de regras e limites
numa ação pedagógica horizontal com a tomada de decisões conjuntas, sem
imposições de ordem. A autoridade mostra-se decorrente da legitimidade
reconhecida pelos educandos, em face da competência do educador diante da
relação ensino-aprendizagem . A construção do conhecimento exige respeito,
confiança, liberdade de expressão e de sentimentos e na convivência se
constroem as normas e as regras portanto a autoridade sem democracia é
limitadora da criatividade e da participação.
Os princípios da ação ética e pedagógica são determinantes para
20
a construção de sujeitos autônomos. Segundo Paulo Freire sistematizou-se
quando escreveu Pedagogia da Autonomia referindo-se aos princípios da
solidariedade, do respeito mútuo, do diálogo, da liberdade e da autoridade
democrática. É preciso analisar as relações de poder existentes entre
educador e educando e suas conseqüências para a prática educativa, pois o
ato de educar transcende a execução do planejamento realizado com o
coletivo de educadores. Sendo que a autoridade x autoritarismo se difere um
que se propõe a construir a cultura da paz, a justiça social, a conviver com o
conflito como algo inerente a relação humana e o respeito às diferenças ente
os povos e o outro prega o pensamento único, a padronização, à riqueza em
cima da miséria dos povos do 3º mundo e a intolerância a diferença. Neste
sentido é possível construir autoridade com democracia através da reflexão, do
conflito, do respeito, do planejamento democrático e da afetividade.
É necessário percebermos o autoritarismo nas atitudes e postura de
alguns educadores que restringem a liberdade dos educandos. O ensino deve
ter sentido tanto para o educador como para educando. Deve ser um
instrumento para a vida que nos possibilite resolver problemas e também deve
ser prazeroso para alimentar a alma.
Articulando corpo e alma a nossa prática pedagógica não irá
contribuir para a manutenção e criação de sistemas políticos que aniquilam
culturas, povos e gerações, mas será libertadora porque compreenderá o
sentido da educação como instrumento de emancipação humana.
A diferenciação entre o aspecto autoritário e a autoridade
democrática será demarcada pela forma de funcionamento da instituição.
Devemo-nos perguntar se a estrutura permite uma comunicação ágil entre os
integrantes ou se as decisões são tomadas de cima para baixo.
O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo
ético e não favor que devemos conceder uns aos outros. Precisamente porque
éticos podemos desrespeitar a rigorosidade da ética e resvalar para a sua
21
negação, por isso, é imprescindível deixar claro que a possibilidade do desvio
ético não pode perceber outra designação se não de transgressão. O professor
que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua
inquietude, a sua linguagem, mais precisamente a sua sintaxe e a sua
prosódia, o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que “ele
se ponha em seu lugar” ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto
quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor
limites à liberdade do aluno que se furta ao dever de ensinar, de estar
respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os
princípios fundamentalmente éticos de nossa existência.
É neste sentido que o professor autoritário, que por isso mesmo
afoga a liberdade do educando, amesquinhando o seu direito de estar sendo
curioso e inquieto tanto quanto o professor licencioso rompe com a
radicalidade do ser humano, a de sua inconclusão assumida em que se
enraíza a eticidade.
Ensinar exige liberdade e autoridade. A liberdade amadurece no
confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em face da
autoridade dos pais, do professor, do Estado, é decidindo que se aprende a
decidir; ninguém é autônomo primeiro para depois decidir. A autonomia vai se
constituindo na experiência de várias, inúmeras, decisões, que vão sendo
tomadas, é neste sentido que uma pedagogia da autonomia tem de estar
centrada em experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade,
vale dizer, em experiências respeitosas da liberdade. É interessante observar
como, de modo geral, os autoritários consideram amiúde, o respeito
indispensável à liberdade como expressão de incorrigível espontaneismo e os
licenciosos descobrem autoritarismo em toda manifestação legítima da
autoridade.
Ensinar exige uma tomada de decisões. A educação não vira política
por causa da decisão deste ou daquele educador, ela é política, pois é na
medida mesmo em que a educação é deturpada e diminuída pela ação de
22
“Laderneiros” que ela, deixando de ser verdadeira educação possa a ser
política, algo sem valor. A raiz mais profunda da politicidade da educação se
acha na educabilidade mesma do ser humano, que se funda na sua natureza
inacabada e da qual se tornou consciente.
Se a educação não é a chave das transformações sociais não é
também simplesmente reprodutora da ideologia dominante. O educador e a
educadora críticos não podem pensar que, a partir do curso que coordenam ou
do seminário que lhe deram, podem transformar o país. Mas podem
demonstrar que é possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de
sua tarefa político-pedagógica.
A pedagogia da autonomia como prática de liberdade visa a
transformação da realidade social, com o objetivo de instigar os educadores a
refletirem sobre sua prática educativa e reconhecerem seu caráter político
pedagógico.
23
4 – PRODUTOS DA APRENDIZAGEM: APRECIATIVA OU
AFETIVA
A aprendizagem apreciativa ou afetiva é produto determinante para a
formação do indivíduo, tornando-o sujeito participante e consciente da vida
social e da sua própria vida.
A afetividade constitui a formação do caráter pautado nos valores
sociais (família, escola etc).
4.1 – Caracterização da Aprendizagem Apreciativa
Atualmente, a escola pretende contribuir para a equilibrada formação
da personalidade do aluno e sua integração ao ambiente sócio-cultural,
através do ajustamento de seus sentimentos, atitudes e ideais aos do grupo a
que o mesmo pertence.
Diante de um novo conhecimento ou habilidade, a atitude do
aprendiz pode variar, revelando-se positiva, negativa, ou mesmo indiferente.
Desta maneira, a aprendizagem apreciativa, emocional ou afetiva sempre
acompanha as demais, ultrapassando o currículo escolar, seguindo pela vida
a fora.
24
A aprendizagem apreciativa influi, modifica e aperfeiçoa a
personalidade do educando, que se estrutura sob as bases hereditárias, em
constante interação com o meio ambiente. Compreende atitudes e valores
sociais, traduzidos por gostos, preferências, simpatias, costumes, crenças,
hábitos e ideais de ação que constituem os princípios mais gerais de conduta
humana. Sem emoções, sentimentos, valores e ideais, a vida não teria sentido.
A aprendizagem apreciativa ou afetiva resulta em respostas afetivas,
que poderão ser proveitosas ao indivíduo e à sociedade. Muitos dos
estados afetivos no homem, como o amor, o respeito, a admiração, o
sentimento de justiça, o sentimento atlético e moral, são em grande proporção,
fruto da experiência e da educação. a escola e a família devem exercitar
essas respostas afetiva e outras, que desempenham papel da maior
relevância na vida social.
A aprendizagem apreciativa pode ser positiva ou negativa, se cria
uma reação individual favorável, ou provoca reação de agressividade, inibição
ou aversão, portanto a aprendizagem apreciativa possibilita a formação do
caráter do aprendiz, o que se expressa na sua maneira constante de agir,
diante das diferentes situações. Todo este conteúdo da aprendizagem
apreciativa, que constitui os recursos fundamentais de integração à vida, ao
meio social e à profissão, não surgem espontaneamente, mas precisa ser
ensinado e cultivado pela escola.
4.2 - Processos de Aquisição da Aprendizagem Apreciativa
Os valores, ideais, atitudes de apreciação são em partes intelectuais.
A aprendizagem apreciativa exige um ataque direto, mediante situações que
provoquem respostas afetiva, atuando os processos de condicionamento. No
primeiro caso se realiza de forma indireta e no segundo de maneira direta e
imediata.
25
Os exercícios de apreciação, de formação de atitudes e preferências
devem ser ocasionais, entretanto, ainda que a aprendizagem de apreciação
não tenha lugar fixo nos horários, o cultivo dos valores, ideais e atitudes
afetivas exige, freqüentemente, estudos analíticos das idéias relacionadas
com os valores, ideais e atitudes.
No cultivo acidental dos aspectos afetivos é preciso levar em conta
a personalidade do educador, o método de aprendizagem e a situação que
serve de base ao ensino.
4.3 - Princípios Básicos da Aprendizagem Apreciativa
• O aluno deve ser preparado para a aprendizagem porque as
idéias podem suscitar emoções mais facilmente.
• Os princípios de motivação da aprendizagem devem ser
atendidos.
• O professor deve vivenciar os ideais, atitudes e valores que
deseja cultivar nos alunos.
• O professor deve oferecer oportunidade para as reações
afetivas.
• As aulas sobre os conteúdos da aprendizagem apreciativa não
devem ser formais. A melhor técnica é a discussão simples e
natural, em forma de conversação.
• As diferenças individuais devem ser respeitadas.
26
• As formas de medir outras aprendizagens não são adequadas
para a aprendizagem apreciativa.
4.4 – Processo de Condicionamento de Reações
Uma resposta afetiva agradável, por determinada situação, associa-
se à mesma, ou à situação semelhante, pelo processo de condicionamento.
4.5 – Processo de Imitação
A imitação não consiste apenas em um processo de, apenas,
observar aquilo que os outros fazem e repeti-lo. A pessoa que imita observa
outro realizar determinado ato e esta observação é o fator essencial que leva a
agir de forma semelhante.
A simples semelhança de comportamento pode não decorrer de
imitação, porque poderá proceder de mecanismo inatos comuns, ou de
padrões culturais comuns, que são deliberadamente ensinados às crianças,
pela aplicação de castigos e recompensas.
O processo de imitação verdadeiro, descobre-se que utilizar as
ações de outras pessoas como modelo a ser copiado, raras vezes, é um
procedimento rotineiro, ou genérico. Quando alguém imita, agi
propositadamente para atingir um objetivo que considera desejável ou para
evitar conseqüências desagradáveis. A imitação, portanto, não é um fim em si
mesmo, não é apenas uma tendência para copiar cegamente a ação dos
outros. A imitação é um modo mais eficiente de obter prestígio, aceitação
social e segurança emocional, assim como de adquirir habilidades motoras e
sociais.
27
5 – A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES SÓCIO-AFETIVAS NA
FAMÍLIA E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
No contexto familiar as pessoas vivem suas primeiras
experiências de relações sociais, construção de posições a partir de suas
idéias, assimilação de valores, princípios, conflitos, que processam seu
universo emocional. A família é uma construção histórica social, por isso é
importante resgatar o nosso passado escravocrata para percebermos quanto
às famílias escravas foram mercadoria nas mãos dos colonizadores e quanto
as crianças escravas sofreram em conseqüência, pela ausência de afeto e de
convívio familiar e social.
A compreensão dos fatores afetivos, socioeconômicos, políticos e
culturais é determinante para falar de família porque são eles que influenciam
sua dinâmica e seu movimento na sociedade. No cotidiano deparamos com
várias composições familiares, tanto nas famílias em situação de pobreza
quanto naquelas em condições socioeconômicas favorecedoras de uma
qualidade de vida digna, ou seja, a composição familiar não é necessariamente
nuclear. Sabemos que a lógica capitalista perversa, não possibilita que as
pessoas se constituam como sujeitos participativos, desse modo para um país
como o Brasil campeão em desigualdades sociais, fica evidente uma pequena
parcela de família que estão inseridas na lógica construía pela política
econômica.
Nas diferentes camadas sociais, a crescente presença de
famílias monoparentais, centradas na figura da mãe que passa a desempenhar
28
múltiplos papéis, respondendo por funções tradicionalmente atribuída aos
homens. Por detrais da criança emocionalmente fragilizada devido a sua
situação social e econômica, está a família desamparada, sem moradia, com
moradia precária, em fim, inserida na espiral da exclusão. Concebe-se o
planejamento familiar como parte de um processo mais amplo de reflexão e de
luta por melhoria da qualidade de vida.
Educar os filhos e ser educado no mesmo processo é um desafio
colocado à família contemporânea. Assegurar para que a mesma assegure a
seus filhos a convivência familiar e comunitária.
A família, como elemento básico da sociedade e meio natural para o
crescimento e o bem-estar de todos os seus membros, e, em particular, das
crianças, deve receber a proteção e assistência necessárias para poder
assumir plenamente suas responsabilidades na comunidade e reconhecer que
a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade,
deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e
compreensão.
Apesar dos inúmeros desafios tem-se que construir meios de
intervir nessa realidade, pois tem-se mecanismo que favorecem a construção
de políticas sociais, como, por exemplo, os Conselhos Municipais dos Direitos,
da Assistência, da Saúde e da Habitação, dentre outros.
É importante observar que, de tempos em tempos, a família é
lançada como slogan político. Exemplo: Dia da Família na Escola. A escola
deveria ser um espaço educativo, tanto da criança e do adolescente
como de seus responsáveis, mas é tratada de forma pontual e
fragmentada.
É interessante ressaltar as dificuldades existentes no âmbito da
escola de envolver as famílias em atividades educativas, diferentes daquelas
29
tradicionais, como: Dia das Mães, Dia dos Pais, dentre outros.
Neste sentido, pode-se desenvolver ações educativas que
proporcionem às famílias informações, orientações e reflexões referentes a
temas transversais, encontros com grupos de famílias que visem a troca de
experiências e alternativas para a geração e ampliação de renda e para
orientação e encaminhamento de documentos, objetivando o acesso a
benefícios garantidos pelos direitos sociais, como também, realizar oficinas
com crianças, adolescentes e famílias, sensibilizando-os quanto à importância
da convivência.
30
6 – A NATUREZA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A capacidade de percepção de nossos sentimentos e, a partir dessa
percepção saber lidar com eles, dominando-os quando negativos,
desenvolvendo-os quando positivos, de modo a se conquistar o equilíbrio
emocional.
Retratam talentos como a capacidade que o indivíduo tem de
motivar-se e persistir diante das frustrações, controlar impulsos e adiar a
satisfação, regular o próprio estado de espírito e impedir que a aflição invada a
capacidade de pensar, de criar empatia e esperar.
A inteligência emocional e o QI (quociente de lnteligência) são
capacidades distintas. Todos os indivíduos mesclam acuidade intelectual e
emocional.
As pessoas com prática emocional desenvolvida têm mais
probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes em suas vidas,
dominando os hábitos que formentam sua produtividade.
As pessoas diferem em campos de aptidões como conhecer as
próprias emoções lidar com elas, motivar-se, reconhecer emoções nos outros e
lidar com relacionamentos.
31
6.1 - As Paixões e a Razão
Goleman afirma que embora nossas emoções tenham sido sábias
guias no longo do percurso evolucionário, as novas realidade que a civilização
apresenta são tão rápidas que a lenta marcha da evolução não podem
acompanhar. As emoções são consideradas, impulsos para agir, planos
instantâneos para lidar com a vida que evolução nos infundiu.
De acordo com os cientistas do comportamento de como cada
emoção prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente entre eles o
medo, a ira, o amor, a felicidade e a tristeza.
A dicotomia racional e emocional é uma disposição que parece
originar-se de eras e eras da vantagem evolucionária de ter-se as emoções e
intuições como guias das respostas instantâneas nas situações em que a vida
está em perigo.
As duas mentes racional e emocional operam estreita harmonia na
maior parte do tempo, entrelaçando seus modos de conhecimento para nos
orientar no mundo. Geralmente há um equilíbrio emocional e racional, com a
emoção alimentando e informando as operações da mente racional, e a mente
racional refinando e às vezes vetando o insumo das emoções.
6.2 – Ensinando as Emoções
A valorização do ensino das emoções junto às escolas dos Estados
Unidos vem se tornando crescente. Faz-se necessário ressaltar que o
professor também é treinado quando o ensino das emoções faz parte do
currículo das escolas. A função principal da alfabetização emocional é que
ela amplie a visão da própria escola, tornando-a mais explicitamente uma
agente da sociedade para ver que as crianças aprendam lições
essenciais para a vida.
32
A alfabetização emocional é um projeto amplo em que se propõe a
autoconsciência emocional, controle das emoções, canalizar produtivamente
as emoções, empatia e lida com relacionamentos.
Goleman (1995) acredita que o que as crianças aprendem nas
classes de alfabetização emocional tem grande probabilidade de
transpor os muros das escolas e ser testado e praticado nos desafios reais da
vida.
6.3 – Inteligência Emocional
Segundo Machado (1980) o fenômeno da emoção é muito complexo
e nele participam áreas corticais e subcorticais sabe-se que as áreas
relacionadas com o comportamento emocional ocupam territórios bastante
grandes.
As experiências que mais nos apavoram ou emocionam na vida
estão entre nossas lembranças indeléveis. Isso significa que o cérebro tem
dois sistemas de memória, um para fatos comuns e outro para aqueles que
são carregados de emoção.
Faz-se necessário considerar o poder que as emoções têm em
perturbar o próprio pensamento. A contínua perturbação emocional cria
deficiência nas aptidões intelectuais da criança, diminuindo e, às vezes, até
mutilando a capacidade de aprendizagem.
As emoções são importantes para a racionalidade. Na relação
relação entre sentimento e pensamento a faculdade emocional guia
nossas emoções, nossas decisões a cada momento trabalhando de
mãos dadas com a mente racional e capacitando, ou incapacitando
o próprio pensamento.
33
A inteligência emocional abre possibilidade de se analisar a
inteligência humana em todos os diferentes aspectos e adaptações à cultura.
O professor que tem conhecimento do perfil das aptidões de suas crianças
pode aprimorar a forma da aula, proporcionando o aprendizado mais agradável
e estimulante. Retrata a possibilidade de pais e educadores têm de ensinar
essas essenciais aptidões para a vida de toda criança.
6.4 - As Bases da Inteligência Emocional
A vida emocional exige um conjunto de aptidões, e a qualidade
dessas aptidões numa pessoa é decisiva para compreender porque uma
próspera na vida, enquanto outra de igual nível intelectual envereda por
caminhos sem saída. A aptidão emocional metacapacidade que determina até
onde podemos usar bem quaisquer outras habilidades que tenhamos incluindo
o intelecto bruto.
Numa sociedade cada vez mais baseada no conhecimento, a
aptidão técnica é sem dúvida uma delas; mas há muitos indícios os quais
atestam que as pessoas emocionalmente competentes, que conhecem e lidam
bem com os próprios sentimentos, entendem e consideram o sentimento dos
outros, levam vantagens em qualquer setor da vida, seja nas relações
amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam o
sucesso na política organizacional.
Qualquer indivíduo com prática emocional bem desenvolvida tem
mais probabilidade de sentir-se satisfeito e de ser eficiente em sua vida
dominando os hábitos mentais que formentam sua produtividade. Percebe-se
que a inteligência emocional está embasada pelas inteligências pessoais a
inteligência intrapessoal e interpessoal. A inteligência intrapessoal está focada
no conhecimento dos aspectos internos das pessoa, o acesso ao sentimento
da própria vida, à gama das próprias emoções, à capacidade de discriminar
essas emoções e eventualmente rotulá-las, utilizando-se delas como uma
34
maneira de entender e orientar o próprio comportamento. A inteligência
interpessoal se desdobra pelas aptidões de liderança, capacidade de manter
relações e conservar amigos, de resolver conflitos e a do tipo de análise
social.
O desenvolvimento afetivo e o intelectual são aspectos diversos de
uma mesma e única realidade: o desenvolvimento pessoal do indivíduo. É a
emoção que estabelece o vínculo entre o eu e o mundo, é o instrumento, o
elo que proporciona o laço que une a vida orgânica à vida psíquica.
6.5 - Múltiplas Linguagens e Inúmeras Possibilidades
Pedagógicas para Aprender Valores
A perda de referência pessoal e social têm trazido aos jovens e
adolescentes situações inusitadas, quanto aos seus comportamentos no
cotidiano escolar, na família e na comunidade. Os valores em profundas
transformações ausentes ou presentes de forma contraditória ou equivocada,
geram confronto e embate em quase todas as situações de conflito
que, muitas vezes, têm-se dificuldade em administrar, orientar e
encaminhar, sejam os pais, os educandos, os responsáveis diretamente
envolvidos.
Educar para os valores é desafio da prática vivencial de todos nós.
Diante de um contexto tão adverso para a maioria da população cujo valores
universais vem, paulatinamente perdendo terreno para a violência, a falta e
coesão social necessita-se apelar para os educadores, pais, agentes
comunitários, dentre outros, que auxiliem as crianças e os adolescentes, no
alcance dos ideais de igualdade social, justiça, liberdade e paz.
Estas situações atuais gerais ou específicas na ambiência escolar e
dos trabalhos comunitários precisam ser repensados do ponto de vista do
conteúdo e da prática educativa a fim de balizar e apontar caminhos na busca
35
da construção de novas relações humanas capazes de serem emancipatórias
e cidadãs dentro e fora da comunidade cotidiana da escola, da família, da
sociedade e do Estado.
Tanto a educação informal quanto a formal desempenham
fundamental papel no desenvolvimento pessoal e social das crianças,
adolescentes e jovens de qualquer lugar, com o objetivo de reduzir as
posturas indisciplinares que rompem harmonia da convivência sadia,
prazerosa e alegre do grupo.
Escolher valores pessoais, sociais, morais e espirituais encoraja-nos
a viver com mais desenvoltura no sentido de participarmos de todos os
momentos da via com mais segurança, fortalecimento nos conflitos, de
equívocos, ou facilitando a integração na comunidade com respeito, dignidade
e propósito definido.
Ensinar valores é um desafio, aprender a decidir a escolher, a
selecionar nos ensina a implementar habilidades sociais, gerais ou específicas
como criatividade para viver em grupo, em comunidade ou instituições, como
família, escola, partido político, igrejas e associações. É preciso que nossa
ambiência seja baseada em valores, incluindo a escrita, a mediação de
conflitos, a criação de regras colaborativas, cooperativas e compartilhadas num
comportamento de construção individual e coletivo.
Introduzir novos hábitos nas ações educativas não é tarefa simples,
pressupõe uma mudança de comportamento, exigindo aprimoramento
sistemático e constante, a maioria dos povos e culturas foi influenciada pela
ideologia do consumo, do egoísmo, da ganância e do lucro. Propor, valores da
lógica inversa de cooperar, partilhar, ouvir, tolerar, é, contrapor-se a violência,
as desigualdades sociais, a desagregação dos valos, é uma postura
constituída por árduo trabalho de construção e formação cidadã crítica, criativa
e participativa, sobrepondo-se a cópia, a reprodução do conhecimento, a
memorização cansativa e inútil.
36
55%
20%
10%
10%
5%55% Preferência em Educação Física
20% Preferem escrever
10% Matemática
10% Artes
5% Português
7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados da pesquisa de campo estão apresentados a partir de
representações gráficas.
Gráfico 1 – Atividades que as crianças mais gostam de fazer na
escola.
Sobre as atividades preferidas pelas crianças, a pesquisa mostra
que 55% dos entrevistados afirmam gostar mais de Educação Física, 20%
dizem que é escrever, 10% preferem matemática, 10% apreciam artes e 5%
português.
50%
15%
15%
10%
10%50% Aprendem mais a ler e escrever
15% Fazem novos amigos
15% Consideram a escola muito importante
10% Valorizam os funcionários
10% Gostam de brincar
37
Gráfico 2 – Sentimento das crianças com relação à sua
escola
As crianças que responderam ao questionário sentem-se felizes em
está na escola. Sendo que 50% gostam de ir a escola porque aprendem a ler e
escrever preparando-os para o futuro, 15% afirmam sentir-se feliz por fazerem
novos amigos, 15% consideram a escola muito importante, 10%
valorizam os funcionários da escola e 10% gostam da escola porque
brincam.
Gráfico 3 – Relacionamento das crianças com seus colegas
O gráfico baixo demonstra que 50% dos entrevistados convivem bem
com seus colegas, 20% relacionam-se através das brincadeiras e atividades
em grupo, 10% consideram seus colegas como amigos e irmãos, 10%
declaram ser solidários, ajudando nas necessidades dos colegas e 10%
apresentam dificuldades de se relacionarem, pois se sentem
discriminadas.
50%
20%
10%
10%
10%
50% Boa convivência
20% Através de brincadeiras
10% Como amigos e irmãos
10% Solidários
10% Com dificuldades
40%
20%
15%
15%
10%40% Provas
20% Repreensão
15% Em matemática, história e ciências
15% Tarefas propostas pela escola
10% Percurso entre casa e escola
38
Gráfico 4 – Dificuldades Encontradas na Escola
Mediante resultado do questionário quanto às dificuldades do aluno
na escola obteve-se os seguintes resultados 40% manifestam-se que as
provas são as maiores dificuldades, 20% das crianças ficam tristes ao serem
repreendidas por professores e colegas, 15% sentem dificuldades nas
disciplinas de matemática, histórica e ciências, 15% nas tarefas propostas
pelos educadores e apenas 10% declaram dificuldades do percurso entre casa
e escola.
85%
15%
85% Boa convivência
15% Dificuldades na convivência em família
35%
25%
20%
20% 35% Não Gostam de gritos
25% Preferem brincadeiras e o diálogo
20% Medo e insatisfação com as brigas
20% Satisfeitas
39
Gráfico 5 – Convivência em Casa
Observou-se que 85% das crianças entrevistadas admitem terem em
casa uma boa convivência com amor, carinho, respeito e felicidade e 15%
alegam transtornos na convivência com padrastos causando desequilíbrio e
má convivência familiar.
Gráfico 6 – Gostaria que mudasse em sua escola
Diante da pesquisa realizada 35% das crianças gostariam que a
Diretora e a professora não gritassem, 25% preferem que a professora
brincasse e dialogasse mais sobre a vida, 20% mostram o medo e insatisfação
durante as brincadeiras no recreio devido as brigas, 20% estão satisfeitas com
a escola.
40
CONCLUSÃO
Percebeu-se a resistência do trabalho emocional na escola
verificando-se então, a predominância da carência afetiva diante das
manifestações comportamentais como agressividade, rebeldia, isolamento,
desmotivação, dificuldade nas relações intra e inter pessoais e desinteresse às
atividades propostos sejam individuais ou coletivas.
Diante da coleta de dados muitas das nossas crianças sentem-se
agredidas pelo não cumprimento do acompanhamento emocional, isto, se deve
a alegação de fatores estruturais e até mesmo falta de percepção de alguns
dos profissionais envolvidos no processo ensino aprendizagem; mesmo assim,
as crianças sentem-se felizes ao está na escola, embora algumas tenham
dificuldades em se relacionar com os colegas e em casa.
É importante e necessário que valorize a criança e o adolescente
como gente, que sente, precisa e sabe; para isso é conveniente que docentes
tenham uma apreciação pelo comportamento apresentado, numa perspectiva
de conhecer profundamente a criança e torná-lo evidente em todo seu
desenvolvimento.
Atualmente a escola precisa trabalhar além do intelectual, o lado
afetivo envolvendo valores éticos, morais e sociais, desenvolvendo no
educando o espírito de cooperação, solidariedade e formação do caráter para
saber conviver socialmente contribuindo para formar cidadãos conscientes, na
41
busca de uma sociedade menos violenta, tornando-os sujeitos responsáveis
das suas ações e garantindo a igualdade, a justiça, a honestidade, o amor ao
próximo na expectativa de construir um mundo melhor.
Acredita-se que a interação do psicopedagogo institucional atuando
juntamente com os educadores, gestores, coordenadores, educandos a
famílias e demais membros que compõem a comunidade escolar , seja um
caminho para atingir uma educação equilibrada onde o emocional e o
intelectual estejam juntos no processo da aprendizagem e na formação do
sujeito.
Portanto a Psicologia é de suma importância para a prevenção dos
distúrbios emocionais o Psicopedagogo deve dá ênfase ao desenvolvimento
emocional procurando motivar e conscientizar os professores, os especialistas
em educação e os pedagogos, desenvolvendo projetos pedagógico/
educacional, redefinindo o processo pedagógico e através da aprendizagem
nas diversas áreas do conhecimento, promover a integração afetivo/ cognitivo,
uma vez que, a prevenção é um trabalho voltado para o aperfeiçoamento das
construções pedagógicas.
Todavia na busca do conhecimento o afeto e cognição se constituem
em aspectos inseparáveis, estando presente em qualquer atividades a ser
desenvolvida, variando apenas as suas proporções. O afeto e a inteligência
se estruturam nas ações e pelas ações dos indivíduos, sendo o afeto
entendido como uma fonte energética necessária para que a estrutura
cognitiva passe a operar: O afeto influencia a velocidade com que se constrói o
conhecimento pois, quando as pessoas se sentem seguras, aprendem com
mais facilidade.
42
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QUESTIONÁRIO
1) Quais são as atividades que você mais gosta de fazer na sua escola ?
2) Você se sente feliz em vir para a escola ? Por que ?
3) Como você se relaciona com seus colegas ?
4) O que você acha mais difícil na escola ?
5) Como você convive com as pessoas de sua casa ?
6) O que você gostaria que mudasse em sua escola ?
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 08
CAPÍTULO 1 – O QUE É EMOÇÃO ? ................................................................. 10
1.1 - Para que serve as Emoções ? .................................................................... 11
1.2 - Manifestação das Emoções ......................................................................... 11
1.3 - Desenvolvimento Emocional e Social .......................................................... 12
CAPÍTULO 2 – INTELIGÊNCIA, AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM ............... 14
2.1 - Linguagem, Pensamento e Afetividade ........................................................ 15
2.2 - A Afetividade na Intervenção psicopedagógica ........................................... 16
2.3 - Trabalho com a Família ............................................................................... 17
2.4 - O Contato com a Escola .............................................................................. 17
CAPÍTULO 3 – A AFETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA
PSICOPEDAGÓGICA: RELAÇÃO ENTRE AUTORIDADE X
AUTORITARISMO................................................................................................ 19
CAPÍTULO 4 – PRODUTOS DA APRENDIZAGEM: APRECIATIVA OU
AFETIVA............................................................................................................... 23
4.1 – Características da Aprendizagem Apreciativa ............................................. 23
4.2 – Processos de Aquisição da Aprendizagem Apreciativa ............................... 24
4.3 – Princípios Básicos da Aprendizagem Apreciativa ........................................ 25
4.4 – Processo de Condicionamento de Reações ................................................ 26
4.5 – Processo de Imitação .................................................................................. 26
CAPÍTULO 5 – A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIOAFETIVAS NA
FAMÍLIA E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS .................................... 27
CAPÍTULO 6 - NATUREZA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL .......................... 30
6.1 - As Paixões e a Razão ................................................................................. 31
6.2 – Ensinando as Emoções ............................................................................... 31
6.3 – A Inteligência Emocional ............................................................................. 32
6.4 – As Bases da Inteligência Emocional ............................................................ 33
6.5 - Múltiplas Linguagens e Inúmeras Possibilidades Pedagógicas para Aprender
Valores ................................................................................................................. 34
7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 36
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 40
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 42
ANEXOS