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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES FACULDADE INTEGRADA AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO DA MUDANÇA: A MUDANÇA DE GESTÃO NA COORDENAÇÃO – GERAL DE RECURSOS HUMANOS DO INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI E SEUS IMPACTOS. Aluno: Luiz Carlos da Costa Pereira Junior Orientador Prof. Mario Luiz Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · terceirizando outras atividades para empresas parceiras. Os mercados passam a ter uma segmentação cada vez maior, com a sua clientela

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GESTÃO DA MUDANÇA: A MUDANÇA DE GESTÃO NA COORDENAÇÃO – GERAL DE RECURSOS HUMANOS DO

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI E SEUS IMPACTOS.

Aluno: Luiz Carlos da Costa Pereira Junior

Orientador Prof. Mario Luiz

Rio de Janeiro 2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GESTÃO DA MUDANÇA: A MUDANÇA DE GESTÃO NA COORDENAÇÃO – GERAL DE RECURSOS HUMANOS DO

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI E SEUS IMPACTOS.

Esta publicação atende a exigência de monografia como trabalho de conclusão do curso de Pós – Graduação em Gestão Empresarial.

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AGRADECIMENTOS Aos professores do Curso de Gestão Empresarial da AVM que, de alguma forma, contribuíram com os seus conhecimentos para a minha melhoria como pessoa e como profissional.

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DEDICATÓRIA

À minha mãe, Célia Sampaio da Costa Pereira, que apesar de todas as dificuldades e doenças impostas pela vida, sempre procurou dar a melhor educação aos filhos. À você, mãe, eu devo tudo o que sou hoje como pessoa. Ao meu avô, Eugênio, por ser meu segundo pai. À minha esposa, Dayse Tavares, pela sua paciência, apoio, amor e por ter me deixado usar o computador...

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RESUMO

O objetivo deste trabalho acadêmico é demonstrar, por meio de

fundamentos teóricos, dados institucionais do INPI – Instituto Nacional da

Propriedade Industrial e de sua Coordenação – Geral de Recursos Humanos,

(tais como seu regimento interno, estatísticas, evolução do quadro de pessoal

da CGRH, e relatórios de gestão), os impactos da gestão da mudança ocorrida

naquela coordenação do INPI no período 2003-2014, em função do

reconhecimento do INPI como órgão de fundamental importância no processo

de desenvolvimento econômico e tecnológico da nação brasileira.

Esse reconhecimento trouxe diversos impactos em todas as

unidades do órgão, inclusive na sua Coordenação – Geral de Recursos

Humanos, objeto deste estudo.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO – MUDANÇA ORGANIZACIONAL 10

CAPÍTULO II O INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 30

CAPÍTULO III A COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS HUMANOS DO INPI – CGRH 38

CAPÍTULO IV

GESTÃO DE MUDANÇA – A REESTRUTURAÇÃO DA CGRH 54

CAPÍTULO V

OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS NO INPI E NA CGRH 72

CONCLUSÃO 78

BIBLIOGRAFIA 80

ÍNDICE 85

ÍNDICE DE FIGURAS 87

ÍNDICE DE TABELAS 88

ANEXO 89

O AUTOR 90

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INTRODUÇÃO

Conta a história do Brasil que, depois de proclamada a

Independência por D. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga em 1822, algumas

províncias do Rio de Janeiro e do próprio estado de São Paulo só receberam a

notícia da proclamação cerca de três meses depois. Naquela época, as

notícias eram registradas de forma manuscrita e levadas por meio de navios,

cavalos ou a pé, por portadores, ao seu destino final. O mundo da época era

uma aldeia bastante estável e modorrenta.

Já em meados da década de 90, com muitos países vivenciando um

elevado grau de industrialização e desenvolvimento, as comunicações já não

dependiam mais de cartas e cavalos para chegarem ao seu destino. Havia o

telefone, o fax, o telex, a comunicação via satélite e a televisão. Mas ainda

assim a sociedade, as organizações, os governos e as pessoas em geral

experimentavam um contexto que lhes permitia planejar e tomar decisões com

razoável grau de previsibilidade, pois, apesar de toda a sua evolução, o mundo

ainda era muito estanque, muito compartimentalizado.

Entretanto, a intensificação do uso da Internet ao final daquela

década fez com que o acesso às notícias, informações, transações comerciais

e financeiras, a dados e pessoas se tornasse algo rápido, fácil e corriqueiro. A

agilidade e a rapidez de acesso à informação extinguiram a

compartimentalização então existente. Acabaram-se as fronteiras entre países:

o mundo estava globalizado.

A globalização, que pode ser entendida como o aprofundamento da

integração econômica, social, cultural e política do mundo através dos meios

de comunicação (os computadores, especialmente), fez com que as relações

entre pessoas, sociedades, empresas, organizações e governos fossem

remodelados. Por sua vez, a globalização possibilitou que os mercados de

diferentes países passassem a interagir entre si de uma maneira nunca antes

vista, aprofundando-se a expansão do capitalismo. Onde antes só as

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negociações do mercado interno ocorriam, hoje as transações econômico-

financeiras são expandidas para mercados distantes e emergentes,

aproximando pessoas e mercadorias.

Essa transformação mercadológica trouxe impactos imediatos nas

organizações, que tiveram que se adaptar quase que instantaneamente às

mudanças adjacentes a tais transformações para que pudessem se manter

sólidas e lucrativas em seu mercado. As mudanças englobaram (e englobam)

modificações no seu processo produtivo, na tecnologia empregada, no

relacionamento com os clientes, com os fornecedores e, principalmente,

mudanças na forma de gerir os recursos humanos das empresas.

Não obstante, governos foram também impactados nesse processo.

Da mesma forma que leis tiveram que ser criadas ou modificadas para que

novos direitos surgissem e os já existentes fossem mantidos e respeitados, a

estrutura burocrática dos governos precisou se adequar à nova realidade

mundial. Não foi diferente com o governo brasileiro. Ainda que a Administração

Pública Federal (APF) seja extremamente engessada pela necessidade de

cumprimento da legislação em virtude da necessidade de alinhamento ao

Princípio Constitucional da Legalidade, a estrutura burocrática da APF teve que

se adequar também ao processo de globalização e às mudanças decorrentes.

Considerando que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) tem

como função precípua agir como indutor do processo de desenvolvimento

econômico e tecnológico do país, o instituto, como órgão da Administração

Pública Federal, teve que se adaptar a esse novo paradigma, não só

estruturalmente, mas também em termos de gestão e de recursos humanos.

Considerando o contexto explicitado anteriormente, este trabalho

tem por finalidade demonstrar como se deram a mudança do processo de

gestão na Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Instituto Nacional da

Propriedade Industrial e os impactos decorrentes desse novo modelo.

A decisão de estudar as modificações ocorridas nessa instituição

decorre da importância que o órgão assumiu após o Brasil se tornar um player

de destaque no cenário econômico internacional, em meados dos anos 90,

com a estabilização da economia nacional. Tais mudanças levaram à criação

da Política Industrial e Tecnológica de Comércio Exterior – PITCE, no início do

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primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa política teve o objetivo de fortalecer e expandir a base

industrial brasileira, por meio da melhoria da capacidade inovadora das

empresas, fomentando o desenvolvimento econômico e industrial do país em

áreas relacionadas à produção de softwares, semicondutores, bens de capital,

fármacos, medicamentos e em atividades portadoras de futuro, como

biotecnologia, nanotecnologia e energias renováveis, todas áreas transversais

às atividades do INPI.

A assunção de novas responsabilidades na área de proteção da

propriedade intelectual resultou em profundos impactos no INPI,

transformando-o em um órgão sintonizado com as mudanças ocorridas na

economia mundial, tendo uma participação mais ativa no que diz respeito ao

assunto “Propriedade Industrial”. Como o desempenho empresarial depende

das pessoas que atuam na organização, tais transformações implicaram

impactos na área de recursos humanos do INPI.

A metodologia se baseia na apresentação de fundamentos teóricos,

dados institucionais do INPI e de sua Coordenação-Geral de Recursos

Humanos, tais como o seu regimento interno e suas alterações, estatísticas,

evolução do quadro de pessoal da CGRH, atividades e projetos realizados no

período de 2003 a 2014.

A delimitação do estudo levará em consideração as atividades

realizadas pelo INPI, o contexto no qual o órgão se insere, as atribuições

regimentais da Coordenação-Geral de Recursos Humanos e as mudanças

ocorridas no mesmo período.

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CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO – MUDANÇA

ORGANIZACIONAL

1.1. Contexto

Desde os mais remotos tempos da história, o homem vem se

deparando com a necessidade de lidar com todos os tipos de mudanças no seu

ambiente e na sua vida, como também com os respectivos efeitos. Muitas

vezes, as mudanças eram oriundas de fatores sobre os quais o homem não

possuía controle, como o clima ou doenças. Mas à medida que ele foi

evoluindo, as mudanças passaram a tê-lo como o seu principal causador. Daí

que o homem precisou aprender a implementar a mudança como também

gerenciar todo o processo: do momento em que a mudança se iniciava até o

seu final. E também teve de aprender como reagir de forma estruturada às

consequências daquelas mudanças sobre as quais ele não tinha controle.

Assim aconteceu nas organizações.

Ao final do século XX, com o advento da internet e da globalização

dos mercados, o mundo se tornou extremamente dinâmico, exigindo que as

organizações criassem meios e capacidades de acompanhar esse dinamismo

(Naisbitt, 1994). As inovações ocorridas no ramo das telecomunicações,

sobretudo nas áreas de telefonia celular e de redes de informação, fizeram com

que empresas obtivessem acesso à infraestrutura necessária para competir em

um mercado cada vez maior.

O novo cenário resultou em profundas alterações na capacitação da

força de trabalho, acirrou a competição entre empresas, criou novas tendências

sociais, transformou a forma de se fazer política e intensificou os investimentos

em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

O acesso à novas tecnologias e a popularização do seu uso

alcançaram as organizações em um processo inovador sem precedentes,

possibilitando que tanto as pequenas empresas como as grandes corporações

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organizassem e reorganizassem suas estruturas, com a finalidade de

responder mais rapidamente às demandas ambientais.

De um mundo caracterizado por empresas de origem familiar e de

atuação local, e com a atividade industrial se concentrando em um reduzido

número de países possuidores de pouca diversificação produtiva, passamos

para um mundo de empresas transnacionais, onde seus acionistas estavam em

todos os lugares do globo. O foco passou a ser o core business, ou seja, as

organizações passaram a valorizar a sua verdadeira vocação de negócio,

terceirizando outras atividades para empresas parceiras. Os mercados passam

a ter uma segmentação cada vez maior, com a sua clientela elevando o grau

de exigência sobre produtos e serviços; a procura por produtos melhores e

mais baratos resulta no aumento do investimento em integração de processos,

como forma de assegurar a qualidade desses produtos (Manaia e Takayama,

2012).

O ambiente empresarial transformou-se, surgindo um alto grau de

instabilidade e incerteza. As organizações se tornam mais ágeis na execução

de seus processos e melhores em seus resultados.

Novas formas de organização, estruturação e execução do trabalho

emergiram. A atividade individualizada cedeu espaço ao trabalho em equipe,

como também a administração autoritária cedeu lugar à liderança participativa.

Aspectos culturais são valorizados; mudanças tornaram-se cada mais

constantes e velozes.

Assim, ao compreender a necessidade de adequação a esses novos

paradigmas por uma mera questão de sobrevivência, as organizações rompem

com o status quo vigente, direcionando a sua gestão em função das alterações

ambientais. Tal direcionamento leva ao conceito de mudança organizacional.

1.2. Organização e Mudança

Para melhor abordar o tema em questão, serão definidos agora os

conceitos de organização e mudança.

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1.2.1. Conceito de Organização

O conceito lato sensu de organização contempla a existência de um

ente social formado por duas ou mais pessoas, que atuam ou exercem

atividades de forma coordenada, almejando um objetivo coletivo. Essas

atividades envolvem a existência de divisão de tarefas e atribuição de

responsabilidades. Para a execução de tais atividades, faz-se necessária a

existência de determinadas funções, como liderança, gestão de recursos

humanos, planejamento, administração da produção, de recursos materiais,

tecnológicos e financeiro-orçamentários.

1.2.2. Elementos da Organização

Aprofundando a definição inicial sobre organização, podemos

entendê-la como um conjunto de recursos que englobam pessoas, maquinário,

estrutura física e demais equipamentos que, agindo de forma coordenada,

permitem o alcance de um determinado objetivo. Assim, temos que as

organizações abrangem (Chiavenatto, 2000):

a. Recursos humanos: pessoas.

b. Ativos tangíveis: construções, máquinas e equipamentos, terrenos

etc.

c. Ativos intangíveis: marcas, patentes, conhecimento, tecnologia

etc.

Por possuir características e particularidades muito específicas, cada

um dos elementos componentes acima é gerido por unidades organizacionais

específicas e profissionais distintos, com formações específicas para tal. Como

exemplo, temos os “Analistas de RH”, que atuam na área de pessoal; os

“Gerentes de Produção”, que desempenham suas funções na área fabril; os

“Chefes do Almoxarifado”, que se encontram na área de logística etc.

Ainda que para fins didáticos a estrutura da organização possa ser

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apresentada de forma separada, com itens estanques, não é assim que a

realidade se apresenta. Existe uma série de conexões, relacionamentos e

interações entre tais elementos que os transforma em um constructo intrincado,

exigindo que os administradores sejam extremante eficazes na gestão do seu

funcionamento, com vistas ao alcance dos objetivos organizacionais.

Não obstante a necessidade de gerenciamento dos recursos

tangíveis e intangíveis, um dos maiores desafios para os administradores das

organizações é o gerenciamento de recursos humanos. Em uma terminologia

mais moderna, a gestão de pessoas.

Define-se “pessoa” como sendo um ente racional, possuidor de

consciência e identidade única, capaz de viver em sociedade e que possui

inteligência e vontades. Além disso, cada pessoa possui uma estrutura

genética individualizada, educação, história de vida, expectativas e formação

diferentes. Desta forma, os modelos sobre os quais as pessoas constroem sua

visão a respeito do mundo que as cerca, sobre o que é certo e errado, sobre o

que é bom ou mau e sobre as outras pessoas são diferentes para cada um de

nós. Assim, não existe uma pessoa igual à outra.

Essa miríade de características faz com que cada indivíduo tenha

entendimentos e pontos de vista completamente distintos sobre um

determinado assunto, pessoa ou coisa, levando-o a agir de forma diferente em

cada circunstância ou situação. Com base nessa premissa surge o conceito de

comportamento.

Segundo França (2010), o comportamento é conceituado como "o

estudo do conjunto de ações, atitudes e expectativas humanas dentro do

ambiente”. Já do ponto de vista da psicologia, o comportamento nada mais é

do que a reação do indivíduo aos estímulos que ele recebe do ambiente que o

cerca. Para cada interação do indivíduo com o ambiente há um comportamento

correspondente. Quando há uma estabilidade de comportamentos sobre

determinada matéria, pode-se falar em conduta.

Por sua vez, o agregado de comportamentos, ideias, símbolos e

condutas sociais e valores, assimilados e aprendidos através de gerações por

meio da vida em sociedade, leva ao conceito de cultura, que nada mais é do

que o complexo de conhecimentos, artes, leis, moral, hábitos e costumes de

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determinado grupo social, incluindo-se aí as organizações. Assim, temos o

conceito de Cultura Organizacional.

Deduz-se, então, que qualquer iniciativa que resulte em modificação

do ambiente organizacional, seja ela de origem interna ou externa, intencional

ou não, por menor que seja, quando implementada em um ambiente

corporativo, trará sempre impactos sobre os recursos existentes neste. Quando

tais mudanças resultam em efeitos nas pessoas, elas usualmente modificam

seus comportamentos como resposta a esse estímulo, os quais trazem

repercussões para o ambiente e para outras pessoas ao redor, o que pode

levar a uma nova necessidade de mudança, ou na estrutura da organização ou

na sua cultura. A forma como tais repercussões se propagam e são

assimiladas pelas pessoas da organização está intimamente ligada ao

processo de comunicação na organização.

1.2.3. Conceito de Mudança

A literatura sobre gestão empresarial define mudança como sendo a

transição de uma situação para outra diferente ou como a passagem de um

estado para outro (Chiavenatto, 2000). Ainda de acordo com Chiavenatto, a

mudança surge com a descoberta, o entendimento e a adoção de novas

atitudes, valores e comportamentos, por uma pessoa, grupo ou organização,

como decorrência da compreensão sobre a necessidade de mudança. Assim,

seja o ser humano ou sejam as organizações, por uma simples questão de

sobrevivência, eles procuram entender o cenário adotando novas práticas e

atitudes, como forma de se adaptarem, sobreviverem, crescerem e se

desenvolverem.

Da afirmação anterior, podemos abstrair a Teoria dos Sistemas de

Ludwig von Bertalanfy, segundo a qual as organizações, como partes

integrantes de um sistema maior, afetam e são afetadas pelas interações

mantidas com o entorno em que estão inseridas (Chiavenato, 2000). Assim, as

alterações ambientais interferem nas organizações, produzindo reações que

resultam em modificações em sua estrutura e alterações na forma de se

relacionar com os seus ambientes interno e externo.

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Já de acordo com a definição de Bruno-Faria (2003), mudança

organizacional é qualquer modificação planejada ou não, ocorrida em uma

organização, decorrente de fatores internos ou externos à mesma, que traz

algum impacto nos resultados e/ou nas relações entre as pessoas e o trabalho.

Dessas assertivas, surgem os conceitos de Mudança Reativa e Mudança

Proativa.

Define-se Mudança Reativa como aquela modificação ocorrida no

âmbito da organização, decorrente da reação às pressões que se manifestam

sobre a organização, que podem ter suas origens no meio interno ou externo.

A Mudança Proativa é uma consequência da análise e de avaliações

das situações presente e futura da organização, como também do ambiente em

que está inserida, não sendo considerada, neste caso, como uma resposta

imediata a situações imprevistas atuais.

Para Lima e Bressan (2003), temos que as mudanças podem ser

classificadas segundo os impactos gerados na organização, que são:

a. Mudança Incremental: é a mudança que usualmente não gera

grandes impactos na organização; ela se dá mediante pequenos

ajustes na estrutura da organização.

b. Mudança Transformacional: mudança que interfere no clima e

cultura organizacional, resultando em alterações profundas na

gestão, estruturação do trabalho, mas seguindo um plano

previamente elaborado.

Além disso, também existem mudanças que podem ocorrer a partir

do momento em que a administração vislumbra a necessidade de alterações

na sua forma de atuação, ou aquelas que ocorrem de forma não calculada,

como reação a um estímulo inesperado do ambiente interno ou externo. São

elas:

a. Mudança Planejada: ocorre quando a empresa refaz a sua

estratégia, com o objetivo de melhorias.

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b. Mudança Improvisada: mudança deliberada que não resulta de

decisões planejadas, mas de decisões tomadas durante o

surgimento da demanda.

1.2.4. Origem das Mudanças

As forças motivadoras da mudança podem ter a sua origem tanto no

meio interno como no externo à organização (Manaia e Takayama, 2012):

a. Forças motivadoras internas: ocorrem quando a iniciativa de

mudança surge no âmbito da própria organização, como um

desejo de evolução e de uma nova visão do processo de gestão.

Normalmente, são desejos intrínsecos à cultura da organização

que contemplam o aumento da produtividade, nova visão da

administração e a conquista de novos clientes.

b. Forças motivadoras externas: são forças que têm origem no

ambiente externo da organização, que abrangem a clientela, a

concorrência, o processo de inovação tecnológica que se

apresenta para a organização, mudanças na legislação ou

imposição dos controladores (e.g., acionistas).

Em função dos tipos de mudanças e do comportamento das

organizações perante elas, observamos que essas últimas podem se classificar

como Organizações Provocativas e Organizações Passivas (Ouro, 2005). De

acordo com essa definição, temos o que segue:

a. Organizações Provocativas: são aquelas que estão sempre

prontas para encarar qualquer tipo de mudança ou desafio, seja

ele interno ou externo à organização. São instituições que, por se

adequarem com maior facilidade ao ambiente, possuem maiores

chances de sobrevivência. Caracterizam-se por serem

inovadoras, criativas, por interferirem no ambiente de mudança

como um valor institucional.

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b. Organizações Passivas: são aquelas que não ousam e

costumam reagir, tardiamente ou não, às demandas do ambiente,

com dificuldades para interpretar e aceitar as mudanças.

Caracterizam-se por terem potencial subutilizado, possuem

padrões culturais seguros e conhecidos, e são subjugadas ao

ambiente.

1.2.5. Fases da Mudança Segundo Kurt Lewin, a estabilidade de um sistema está sujeita às

interferências que ocorrem em um campo de forças antagônicas (Chiavenato,

2000). Assim, as mudanças ocorrem como reação a uma quebra do equilíbrio

existente entre essas forças. Há forças que são favoráveis às mudanças e

outras que são contra.

Partindo desse pressuposto, o processo de mudança pode ser

dividido em três fases distintas: descongelamento, mudança ou movimento e

recongelamento.

Durante o processo de descongelamento, há a produção de um

desequilíbrio momentâneo na estrutura da organização (sistema), como forma

de reduzir a resistência dos elementos dela ao processo de mudança.

Tendo ocorrido o processo de descongelamento, a implementação

da mudança pode ser iniciada pela administração, com a gerência realizando

esforços no sentido de orientar os rumos da organização no sentido desejado.

Assim, a mudança ocorre até o momento em que tais forças se

encontram novamente em um estágio de equilíbrio entre si, momento este em

que ocorre o recongelamento.

Nadler (1995) entende que a administração, ao iniciar os processos

de descongelamento, implementação da mudança e recongelamento, deve

investir em ações que procurem motivar os componentes da organização para

o alcance da mudança pretendida, alinhem a estrutura política da organização

à necessidade de mudança e administrem o processo de passagem do estágio

atual para o estado alterado da organização.

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1.3. A Comunicação na Organização

Segundo consta do verbete do Novo Dicionário Aurélio (1999), a

comunicação é:

O ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual.

Segundo Pereira (2007), em qualquer processo de comunicação

deverão existir um emissor (ou codificador), o qual emite uma mensagem (ou

sinal), o receptor (ou decodificador), que recebe essa mensagem, num ato que

se dá por meio de um canal (e.g., telefone). O receptor interpretará a

mensagem que poderá chegar até ele como algum tipo de barreira (ruído,

bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o

processo de comunicação.

Como já mencionado anteriormente, as pessoas, por serem

diferentes umas das outras, possuem entendimentos e pontos de vista

completamente distintos sobre diferentes coisas, pessoas ou assuntos, o que

as leva a agir de forma diferente em cada circunstância ou situação. Assim,

cada um pode interpretar uma mesma comunicação de formas distintas.

Um outro ponto a ser observado no processo de comunicação diz

respeito aos tipos de comunicação existentes na organização. No mundo

corporativo convivem, lado a lado, a Comunicação Formal e a Comunicação

Informal.

A Comunicação Formal é aquela que se dá por meio da estrutura

organizacional, seguindo a estrutura hierárquica e realizada por meio de

documentos oficiais (cartas, memorandos, ofícios e e-mails institucionais).

A Comunicação Informal é aquela realizada fora da estrutura

hierárquica da organização, desenvolvida de forma espontânea entre os

colaboradores, muitas vezes baseada nas relações sociais entre os membros

da organização. Esse tipo de comunicação é utilizado como forma de obtenção

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de mais informações sobre determinado assunto, situação esta que pode levar,

na maioria das vezes, aos ruídos nas comunicações, chamados normalmente

de “boatos”, “rumores” e, popularmente, de “rádio corredor”.

Uma vez que o processo de comunicação contempla a existência de

uma pessoa como emissor e outra como receptor, o entendimento da

mensagem transmitida pode ser prejudicado em função das percepções,

crenças e conhecimento do receptor sobre o conteúdo da mensagem, gerando

um ruído. Como exemplo, há o caso do uso excessivo de um vocabulário

rebuscado em uma mensagem destinada a um receptor que não detém

vocabulário à altura. Ou o receptor não irá entender a mensagem ou poderá se

sentir diminuído ou subestimado, resultando em possíveis problemas para o

ambiente da organização.

Além disso, questões relacionadas à cultura vigente na organização

deverão ser cuidadosamente observadas durante o processo de comunicação.

Se esse processo não levar em conta aspectos como valores vigentes,

práticas, hábitos e crenças do corpo funcional, poderão surgir outros ruídos no

ambiente, dificultando o processo de gestão.

Depreende-se, então, que qualquer iniciativa de mudança

organizacional que almeje ser bem-sucedida deverá estar intimamente ligada a

uma comunicação bem estruturada e eficaz. Para tal, os gestores deverão

estar atentos às questões relativas à cultura organizacional e à comunicação

formal e informal. Como o processo de comunicação ocorre a todo o momento

nas organizações e diz respeito aos mais diversos assuntos, compreendê-la e

entender como o processo ocorre é fundamental para o sucesso do processo

de gestão e da organização.

1.4. Gestão da Mudança

Remetendo-nos ao que já foi dito anteriormente, a organização é um

ente extremamente complexo, sendo composta por elementos tangíveis

(imóveis, veículos, instalações, matérias-primas etc.), elementos intangíveis

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(marcas, patentes, softwares, conhecimento, tecnologia etc.) e pessoas.

Entretanto, o fator humano possui papel de destaque nesse conjunto de itens,

pois através da sua capacidade de ação ele dá vida à organização. E, por meio

da sua capacidade de interação, ele pode modificar a organização, o ambiente

a sua volta, sendo modificado por estes. Assim, o maior desafio para os

administradores é a obtenção de um equilíbrio entre todos os elementos que

compõem a organização, de forma que qualquer processo de mudança a ser

implementado tenha maiores chances de êxito.

Para estruturar um processo de mudança que permita uma reação

satisfatória por parte da organização, alguns pressupostos devem ser

observados ao se buscar a adequação da estrutura organizacional às

mudanças. São eles:

a. Entender que as empresas estão inseridas em um ambiente de

rápida e constante mutação.

b. Entender que há necessidade contínua de adaptação às

mudanças, tanto da organização como das pessoas que nela

trabalham.

c. Entender que a mudança organizacional deve ser um processo

planejado.

d. Entender que há necessidade de comprometimento dos atores

internos à organização.

e. Entender que a mudança deve buscar a melhoria da eficácia e

eficiência organizacional.

f. Entender que a mudança deve buscar o desenvolvimento

organizacional como resposta ao contexto de mudanças,

aprimorando a estrutura da organização, mudando

comportamentos e atitudes, como alcançar a adaptação ao

ambiente e suas demandas.

g. Observar a temporalidade da mudança: quanto mais rápida a

antecipação e a resposta às mudanças, maiores as chances de

êxito no processo de mudança organizacional.

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21

Com base nesses pressupostos, o processo de gestão da mudança

deve ter uma base de planejamento que preveja em seu escopo uma divisão

do processo em etapas. De acordo com Manaia e Takayama (2012), a divisão

deve contemplar:

a. Etapa 1: Fundamentação da mudança.

b. Etapa 2: Construção da mudança.

c. Etapa 3: Estruturação da mudança.

d. Etapa 4: Mobilização para a mudança.

1.4.1. Etapa 1: Fundamentação da Mudança

A fundamentação da mudança nada mais é do que obter as

justificativas que levam a organização a operar uma mudança em sua

estrutura. Uma vez que a lucratividade é a razão da maioria das empresas, a

procura pelo lucro faz com que as organizações busquem a sua sobrevivência

em seu mercado, a redução do grau de incerteza por meio da estabilidade nos

negócios e o seu crescimento.

Já que a busca por crescimento e equilíbrio na organização resulta

em modificações e choques na sua estrutura, surgem aí as justificativas para a

mudança. Assim, os seguintes passos devem ser observados quando da

fundamentação da mudança na organização:

a. O porquê de se realizar a mudança: momento em que a

organização explicita os motivos que levaram a mudança a

acontecer.

b. A evolução da organização: momento em que se faz necessário

conhecer a história da organização, como forma de situá-la no

presente e antever o seu futuro.

c. Fatores externos e internos envolvidos: momento em que se

busca conhecer as questões ambientais internas e externas como

forma de conhecer todos os atores que possuem interferência no

processo.

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d. Dimensionamento da mudança: em se obtendo a justificativa da

mudança e se conhecendo em que grau de evolução a

organização se encontra atualmente, poderá se determinar qual

será o escopo da mudança, determinado o tipo desta.

1.4.2. Etapa 2: Construção da Mudança O processo de construção da mudança demanda que o

administrador possa conhecer, de forma clara, a situação atual da organização.

Assim, é primordial que o responsável pela mudança entenda a cultura e o

comportamento da instituição, uma vez que a maioria das dificuldades que

poderão se apresentar durante o processo não será causada por questões

técnicas, mas sim por aspectos políticos e humanos.

Além disso, os gestores deverão seguir os seguintes passos para

construir um processo de mudança sólido:

a. Avaliação da estratégia da empresa: momento em que se

identifica o posicionamento da organização em relação ao seu

mercado, o seu direcionamento e de que forma esta gerará valor.

b. Conhecimento das forças propulsoras da mudança: momento em

que se conhece a força motriz que impulsiona a organização em

determinada direção. É o motivo de diferenciação da empresa em

relação ao seu mercado.

c. Identificação da disciplina de valor: momento em que a

organização escolhe ou se encaixa em uma das forças

propulsoras e determina a estratégia para o seu alcance (Figura

1).

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Figura 1 – Forças Propulsoras da Mudança (FONTE: Manaya e Takayama, 2012, pg. 56)

1.4.3. Etapa 3: Estruturação da Mudança

Para que a mudança construída possa ser realmente implementada

e seus objetivos possam ser alcançados, o cumprimento de algumas etapas

deve ser previsto por aqueles que se encontram à frente do processo de

gestão da mudança. São elas:

a. Mapeamento da cultura organizacional: compreende a

determinação dos costumes, valores, crenças e práticas da

organização, com o objetivo de se conhecer os “gaps” existentes

entre os valores presentes e os que se deseja para o futuro.

b. Mapeamento estratégico: utilização da matriz SWOT como

forma de determinar os pontos fortes, fracos, oportunidades e

ameaças para a organização e, por conseguinte, para definir a

estratégica de mudança. Durante essa etapa, é importante a

realização de um diagnóstico que permita aos administradores

determinar qual o direcionamento estratégico da empresa hoje e

suas eventuais falhas; a forma como a organização está

interagindo com o ambiente e seus stakeholders; a forma como a

organização pode atingir os objetivos pretendidos, de modo a

criar um posicionamento único e gerador de valor para ela.

c. Comunicação: compreende comunicar a todos da organização o

processo de mudança que se pretende implantar, de forma

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ostensiva e maciça, de modo a minimizar todas as possibilidades

de ruídos e entraves.

d. Escolha dos líderes do processo de mudança: a alta

administração deverá definir quais serão as pessoas que ficarão

incumbidas de levar o processo de mudança adiante. Nesse

momento, a participação da área de recursos humanos da

organização é fundamental, pois ela não só poderá auxiliar na

definição do perfil requerido para esse tipo de atividade, como

também poderá fornecer apoio ao processo em outros assuntos

que sejam transversais à gestão de RH.

e. Estruturação do plano de ação: ao se definir quais modificações

deverão ser implementadas na organização, o plano de ação será

a tradução das mudanças em projetos devidamente definidos em

termos de prazos. Assim, o plano de ação determina efetivamente

o que deverá ser feito e quando.

f. Estruturação dos projetos: é o desdobramento daquilo que foi

definido no plano de ação em termos de ações, atividades e

tarefas a serem executadas, trazendo efetivamente ao processo

de mudança a ideia de ação. A estruturação dos projetos

compreende as etapas de planejamento, desenvolvimento e

implantação, com um detalhamento pormenorizado de como se

dará cada etapa.

g. Composição de equipes: é a definição das atribuições de

responsabilidades a determinados grupos, os quais terão papel

fundamental na implementação do processo de mudança.

h. Utilização de um SIG – Sistema de Gestão Integrada: um

Sistema de Gestão Integrada é um meio que permite a integração

dos mais variados processos, procedimentos, práticas e padrões

adotados, como forma de redução de custos e otimização de

processos, levando à eficiência organizacional. Assim, um SIG em

um processo de mudança pode ser extremamente útil, pois

permite aos administradores monitorar o andamento do processo,

como também determinar ações de prevenção e correção.

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1.4.4. Etapa 4: Mobilização para a Mudança

A implementação de um processo de mudança requer uma

fundamentação clara dos seus motivos, construção estruturada baseada na

situação atual da organização e estruturação de atividades bem planejada.

Entretanto, depois de vencidas todas essas etapas, faz-se necessário mobilizar

as pessoas da organização para que o processo de mudança possa de fato

ocorrer.

A mobilização prevê que todas as pessoas da organização sejam

levadas a agir no sentido de tornar a mudança algo real. O objetivo da

mobilização é possibilitar o alinhamento e o direcionamento dos participantes

na direção almejada pela organização, no sentido da mudança.

Assim, os responsáveis pela implementação do processo de

mudança na organização deverão agir para:

a. Viabilizar a comunicação de todas as informações necessárias

para que os indivíduos da organização sejam direcionados à

mudança.

b. Assegurar que os indivíduos da organização tenham acesso

constante aos meios que podem contribuir para o início do

processo de mudança.

A mobilização das pessoas é uma das etapas mais críticas em um

processo de gestão da mudança organizacional. Ela prevê que representantes

da equipe de recursos humanos e das lideranças da organização estejam

devidamente engajados, com responsabilidades e os respectivos papéis bem

definidos. Tais papéis devem contemplar um rol de responsabilidades técnicas,

conhecimento, habilidades e comportamentos que possibilitem a melhor gestão

dos aspectos humanos envolvidos na mudança.

Tomando esses pressupostos como principais itens a se observar

durante a gestão da mudança, é necessário que a reação a esta, no âmbito

das organizações, ocorra de forma articulada, acompanhada de um

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planejamento estruturado que atinja, simultaneamente, itens de cunhos

comportamental, tecnológico, estratégico e estrutural, pois em um ambiente

turbulento como o atual, o planejamento estratégico se torna uma ferramenta

indispensável no processo de integração dos sistemas de informações,

financeiros e estruturais da organização (Gracioso, 1991).

1.5. O Planejamento Estratégico como Ferramenta de Auxílio no Processo de Mudança

A constante mutação ambiental requer das organizações a

capacidade de inovar, aprender e se adaptar às mudanças que lhe são

impostas, como forma de garantir o seu crescimento, desenvolvimento e

lucratividade, tanto hoje como no futuro. Partindo dessa premissa, o

planejamento estratégico torna-se uma ferramenta de enorme valia para

quaisquer espécies de organizações (públicas, privadas, ONG’s etc.). Trata-se

de uma ferramenta que permite responder, de forma antecipada, às demandas

oriundas do ambiente, facilitando a reação a elas e reduzindo os seus impactos

na organização.

A definição de estratégia, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss

de Língua Portuguesa, é: “Arte de aplicar com eficácia os recursos de que se

dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute,

visando ao alcance de determinados objetivos”.

De acordo com Philip Kotler (1998), define-se planejamento

estratégico como uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção

a ser seguida pela organização, visando ao maior grau de interação com o

ambiente.

Já para Bethlem (2009), o planejamento estratégico é o conjunto de

processos por meio dos quais é possível a análise dos recursos

organizacionais e das circunstâncias ambientais, para se chegar aos objetivos

que a organização pretende alcançar. Após a análise da exequibilidade,

adequação e aceitação desses objetivos, novamente ocorre o reexame dos

recursos e circunstâncias, chegando-se à proposição de estratégias para a

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organização (Figura 2).

Figura 2 – Definição da Estratégia (Fonte: BETHLEM, 2009, pg.17, adaptado)

Depreende-se, então, das três definições acima, que o planejamento

estratégico é um processo que compreende, de maneira contínua e profunda, a

análise do ambiente em que a organização se encontra inserida, como também

da sua situação em termos de recursos e estrutura. Como qualquer processo

de planejamento compreende uma intenção, um desejo, a elaboração do

planejamento estratégico resulta no estabelecimento de um cenário futuro para

a organização e como ela alcançará aquilo que foi previsto para esse cenário.

A implementação do planejamento estratégico contempla, como

etapa inicial, a definição daquilo que a empresa é, qual o seu papel principal,

aquilo que ela faz e onde está em termos de estrutura organizacional e

posicionamento de mercado. Nesse processo, também são definidos aquilo

que a empresa quer ser, o que deve ser feito para tal, como quer estar e aonde

quer chegar. Assim, são definidas a visão e a missão.

A tarefa de se elaborar o planejamento estratégico prevê a análise e

avaliação das situações interna e externa da organização, cujos resultados

podem ser obtidos por meio de diversas ferramentas de gestão (matriz SWOT,

elaboração de cenários, cinco forças de Porter etc.). A avaliação contemplará:

a. Situação interna da organização em termos de: estrutura,

recursos, forças e fraquezas.

b. Situação externa da organização em termos de: competidores,

obstáculos, situação do mercado, mudanças possíveis em termos

RECURSOS

CIRCUNSTÂNCIAS

OBJETIVOS

ESTRATÉGIA

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de legislação, entrada de novos concorrentes e novos produtos,

surgimento de novas tecnologias e inovações, alteração de

legislação etc.

Obtendo tais definições, a organização consegue delinear os

objetivos organizacionais que pretende perseguir e a estratégia (forma que

será empregada) para o alcance desses objetivos. Com as informações, torna-

se mais fácil para aqueles que se encontram envolvidos na elaboração do

planejamento estratégico definir aquilo que deverá ser disponibilizado e

executado em termos de recursos, planos operacionais, orçamentos, métodos

de trabalho, sistemas empregados, estrutura e da respectiva organização.

Um ponto a ser observado é que o planejamento estratégico deverá

contemplar a sua avaliação, monitoramento e correção contínuos, como forma

de se assegurar que aquilo que foi planejado inicialmente seja efetivamente

executado e alcançado, realimentando todo o processo.

Importante salientar que o processo de planejamento estratégico nas

organizações não deve ficar restrito somente à alta administração. Qualquer

organização que busque o aprimoramento de suas atividades deve possuir

como atividades contínuas o planejamento estratégico (que se dá ao nível

estratégico da organização), o planejamento tático (que se dá ao nível tático ou

gerencial) e o planejamento operacional (que ocorre nas áreas operacionais).

Tem-se, então, que o planejamento estratégico contempla os

seguintes itens:

a. Determinação da missão e visão da organização.

b. Análise ambiental.

c. Formulação de objetivos.

d. Determinação de estratégias.

e. Implementação, feedback e controle.

Assim, verificamos que o planejamento estratégico é uma

metodologia que permite aos gestores, por meio da observação contínua do

ambiente no qual a organização se encontra inserida, visualizar aquilo que

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poderá ocorrer em termos de mudanças; antever os impactos delas na

estrutura e nos recursos organizacionais e no próprio ambiente; determinar as

estratégias que serão adotadas para responder a tais mudanças; retroalimentar

o processo de planejamento. O planejamento estratégico torna-se uma

ferramenta que facilitará as correções de rumo e a formulação de alternativas

estratégicas às mudanças surgidas.

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CAPÍTULO II O INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE

INDUSTRIAL

Este capítulo abordará conceitos sobre a propriedade intelectual e

sobre a constituição do INPI. Por tratar-se de um órgão governamental, todas

as referências à leis e decretos foram obtidas do site oficial do Governo Federal

(www.planalto.gov.br). Para outros tipos de regulamentos que forem citados, o

link de acesso será citado ao final deste trabalho.

2.1. A Propriedade Intelectual

De acordo com o Artigo 2° da Convenção de Estocolmo de 1967

(www.direitoshumanos.usp.br), promulgada no Brasil pelo Decreto n° 635 de 21

de agosto de 1992, a propriedade intelectual é o termo jurídico utilizado para

designar a área do direito que contempla a proteção de direitos relacionados às

invenções em todos os campos da atividade humana. Uma vez que que tal

atividade abrange diversos campos do conhecimento, ela se bifurca em duas

grandes vertentes: o Direito Autoral e a Propriedade Industrial, como é

conhecida no nosso país. A primeira se atém à proteção das obras literárias,

artísticas e científicas, às interpretações dos artistas e intérpretes, aos

fonogramas e às emissões de radiodifusão. A segunda, tem por objeto a

proteção aos inventos científicos, aos desenhos industriais, às marcas, de

comércio e de serviços, aos nomes e denominações comerciais, cultivares, à

proteção contra a concorrência desleal, bem como os demais direitos relativos

à atividade intelectual nos campos industrial e científico

(https://pt.wikipedia.org).

A propriedade industrial constitui importante instrumento de proteção

à tecnologia desenvolvida, tanto no âmbito individual quanto no das empresas,

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sendo considerada em termos contábeis como um ativo intangível, possuindo

uma valoração no balanço das empresas.

Ao registrar-se uma patente ou marca, há a geração de um título que

concede direitos de uso a quem o registrou. No caso de uma patente, o

inventor fica obrigado a revelar o seu conteúdo técnico (www.inpi.gov.br). No

caso de um depositário de uma marca, este terá exclusividade sobre o nome

de um serviço ou produto (www.inpi.gov.br). Ao utilizar esse invento ou

empregar sua marca e comercializar seus resultados, o inventor inicia um ciclo

produtivo, que leva à inovação, ao desenvolvimento técnico-científico, à

capacitação humana e ao desenvolvimento econômico.

Como exemplo da relevância do tema para a economia nacional,

dados referentes à última década apontam para a crescente importância do

mercado de tecnologia, que pode ser evidenciada tanto pelos ingressos quanto

pelas remessas de royalties oriundos da exploração de direitos de propriedade

industrial. Segundo dados apurados pelo Banco Central do Brasil, houve um

crescimento da ordem de 271% (duzentos e setenta e um por cento) nessa

atividade, com US$ 1,12 bilhão movimentado em 2000 e US$ 3,06 bilhões

movimentados em 2013.

REMESSAS AO EXTERIOR POR TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA (EM MILHÕES)

1.127

3.064

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

ANO

VALORES

Valores

Figura 3 – Remessas ao Exterior em US$ (Fonte: Banco Central do Brasil –

em www.bacen.gov.br)

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Assim, entende-se que a propriedade industrial é uma ferramenta

que, se usada em toda a sua plenitude, pode levar ao crescimento econômico

sustentável do país, possibilitando a elevação dos níveis de inovação e de

competitividade das indústrias brasileiras no cenário internacional, resultando

em geração de empregos e melhores salários para a população.

2.2. O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial é autarquia

federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior – MDIC. Criado pela Lei nº 5.648, de 11 de dezembro de 1970, em

substituição ao antigo Departamento Nacional de Propriedade Industrial, o INPI

tem por finalidade precípua “(...) executar, no âmbito nacional, as normas que

regulam a propriedade industrial, tendo em vista a sua função social,

econômica, jurídica e técnica (...)”.(http://www.planalto.gov.br).

A autarquia concede monopólio de uso exclusivo da Propriedade

Industrial, que perpassa governos, sendo responsável pelas seguintes

concessões, conforme a Lei Federal nº 9.279/96, comumente chamada de Lei

da Propriedade Industrial (http://www.planalto.gov.br/):

a. Concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade.

b. Concessão de registro de desenho industrial.

c. Concessão de registro de marca.

d. Concessão de registro de indicação geográfica.

e. Concessão de registros de programas de computador e de

topografia de circuitos integrados.

Excetuando a proteção às obras literárias, artísticas, científicas, de

radiodifusão e fonogramas (que são executadas por entidades específicas), o

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INPI é responsável por efetuar o registro de marcas, concessão de patentes,

averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia

empresarial e por registros de desenho industrial e indicações geográficas. É o

responsável pelo objetivo n° 0881 do Plano Plurianual (PPA) do Governo

Federal:

Objetivo (0881): Conceder direitos de propriedade intelectual com qualidade, rapidez e segurança jurídica, aliada à disseminação da cultura da propriedade intelectual, à integração com o sistema internacional de propriedade intelectual e ao fortalecimento do comércio de tecnologia.

(http://ppamaisbrasil.planejamento.gov.br)

O objetivo desse programa é garantir a proteção dos direitos

relativos à propriedade intelectual, considerando o seu interesse social e os

desenvolvimentos tecnológico e econômico do país. O programa tem como

público as pessoas físicas e jurídicas nacionais e estrangeiras que podem ser

beneficiadas pelo registro, proteção, uso e comercialização de propriedade

intelectual em território brasileiro.

Criado na década de 70, uma época em que a preocupação com a

proteção da propriedade intelectual começava a ganhar contornos no

continente, o INPI não possuía estrutura e um corpo funcional com a devida

capacitação técnica. Por ter a sua origem em um departamento de um

ministério, o INPI caracterizava-se por possuir uma postura cartorial e

burocrática, restringindo-se a efetuar a outorga dos direitos de marcas e

patentes e o controle da importação de novas tecnologias.

Embora alguns esforços tenham sido empreendidos e algumas

modificações tenham ocorrido no decorrer da sua existência, pode-se dizer que

a postura cartorial do INPI foi decorrente da falta de atenção à matéria

“Propriedade Industrial” por parte de governos passados, o que, por

conseguinte, levou ao desconhecimento por grande parte da sociedade da

função do Instituto.

Essa irrelevância do órgão resultou em uma atuação insuficiente,

com profundos e nefastos reflexos nas suas atividades institucionais, de

natureza técnica e administrativa, que, dentre outras consequências, conduziu

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a um acúmulo expressivo de processos de outorga de direitos de propriedade

industrial e promoção da inovação, os quais possuem desdobramentos até

hoje.

Esse estado de coisas perdurou até meados de 2003, época em que

a situação do INPI foi finalmente analisada e compreendida por parte do

Governo Federal. O entendimento da condição do Instituto como elemento

integrante do processo econômico foi uma decorrência da formulação e

implementação da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior –

PITCE (http://investimentos.desenvolvimento.gov.br).

A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, formulada

em novembro de 2003 e anunciada em março de 2004, constituiu um conjunto

de providências que pode ser considerado uma diretiva da política industrial

nacional. Nas diretrizes contidas na PITCE, fica evidenciado que o Estado deve

criar um ambiente que propicie o desenvolvimento de capacitações que

permitam ao Brasil ter a sua competitividade aumentada no cenário

internacional.

Para isso, o foco dessa política é o aumento da eficiência econômica

e do desenvolvimento de tecnologias com maior potencial de indução do nível

de competição no cenário internacional. Ela objetiva o aumento da eficiência da

estrutura produtiva, o crescimento da capacidade de inovação das empresas

brasileiras e a expansão do nível de exportações nacionais.

A fim de que tais objetivos fossem satisfatoriamente alcançados,

compreendeu-se que seria necessário existir um sistema de Propriedade

Intelectual devidamente estruturado, que propiciasse o desenvolvimento

tecnológico da nação, através do incentivo em pesquisa e desenvolvimento, da

inserção das empresas brasileiras no cenário econômico mundial e do acesso

dessas empresas aos mecanismos de Propriedade Intelectual, o que traria a

reboque a elevação do grau de participação da economia brasileira no

ambiente internacional.

Ficou então evidenciado que deveria existir no país um organismo

devidamente estruturado, dotado de recursos suficientes, que fosse capaz de

atender a todas as demandas descritas acima e àquelas que viessem a surgir,

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possibilitando a segurança jurídica dos direitos concedidos. A partir desse

instante é que se iniciou o processo de reestruturação do INPI, com a

adequação emergencial do seu orçamento, a revisão da sua estrutura

administrativa e da recomposição do seu quadro de pessoal, bem como da

adequação do seu espaço físico e modernização das instalações.

O detalhamento do processo de reestruturação do órgão, que

constou do texto da PITCE e foi iniciado no ano de 2004, vem concentrando

esforços no sentido de dotar o INPI de recursos materiais e humanos que

possibilitem o aprimoramento do sistema de propriedade industrial no país.

Todo o trabalho de reestruturação empreendido a partir daquele ano tem como

objetivo utilizar o sistema de propriedade industrial como instrumento de

capacitação, competitividade e inovação das empresas nacionais, condições

fundamentais para alavancar os desenvolvimentos tecnológico e econômico do

país

Para que o processo de reestruturação do Instituto tivesse maiores

chances de êxito, a Administração optou por implementar o “Planejamento

Estratégico 2007–2011”, documento em que se definiram quais seriam os

Propósitos Organizacionais do INPI, entendidos como metas a serem

perseguidas pela organização no intervalo 2007–2011. Nele, definiu-se

também qual será a Visão de Futuro e os Valores Organizacionais da

Instituição (www.inpi.gov.br).

Dentre os objetivos estratégicos constantes desse planejamento, há

o de n°17, que contempla o desenvolvimento da gestão integrada de recursos

humanos do INPI. Esse objetivo foi transformado em ações que contemplam as

seguintes atividades:

a. Aperfeiçoar o programa de qualidade de vida com o intuito de

melhorar os níveis de produtividade e satisfação do corpo

funcional.

b. Utilizar os recursos de comunicação interna, com a finalidade de

gerar um melhor clima organizacional.

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c. Aprimorar os programas que visam à responsabilidade social do

Instituto.

Além dessas ações e de todas as demandas surgidas da

reestruturação do órgão, fez-se necessário que o INPI dispusesse de uma

estrutura capaz de cumprir o contido no Decreto n° 5.707/06, que institui a

Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da Administração

Pública Federal direta, autárquica e fundacional, que possui as seguintes

finalidades:

a. Melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos

prestados ao cidadão.

b. Desenvolvimento permanente do servidor público.

c. Adequação das competências requeridas dos servidores aos

objetivos das instituições, tendo como referência o plano

plurianual.

d. Divulgação e gerenciamento das ações de capacitação.

e. Racionalização e efetividade dos gastos com capacitação.

Por meio dessa política, os órgãos da Administração Federal ficam

obrigados a incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de

capacitação voltadas para o desenvolvimento das competências institucionais e

individuais; assegurar o acesso a eventos de capacitação interna ou

externamente ao seu local de trabalho, como também promover a capacitação

gerencial do corpo funcional para o exercício de atividades de direção e

assessoramento.

Assim, por serem atividades que estão intimamente ligadas aos

subsistemas de treinamento, desenvolvimento e de manutenção de recursos

humanos, a Administração do INPI empenhou-se em dotar o órgão de uma

estrutura administrativa de RH que conseguisse alinhar as suas atividades ao

planejamento estratégico da entidade. Nesse contexto, a Coordenação-Geral

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de Recursos Humanos do INPI teve papel de destaque, o qual será

demonstrado no capítulo a seguir.

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CAPÍTULO III A COORDENAÇÃO – GERAL DE RECURSOS

HUMANOS DO INPI – CGRH

3.1. A Gestão de Recursos Humanos

De acordo com a literatura especializada, o processo de gestão de

recursos humanos objetiva administrar o sistema que irá gerir as relações entre

os colaboradores e a organização, por meio da definição de métodos, políticas,

técnicas e práticas específicas (Chiavenato, 1999). Esta atividade procura obter

a maximização dos talentos, conhecimentos e habilidades dos colaboradores

no sentido de se alcançar os propósitos instituídos pela organização, sem

deixar de lado o bem-estar dos próprios colaboradores. Assim, a gestão de

recursos humanos procura alinhar a política de RH à estratégia da

organização.

Ao contrário do que muitos possam imaginar, o processo de gestão

de recursos humanos não se resume apenas à admissão e demissão de

pessoal. A gestão de recursos humanos é um processo complexo, inerente à

todas as áreas de uma instituição, que requer daqueles que participam da

gestão determinados conhecimentos e perfis específicos.

Assim, pode-se dizer que a gestão de recursos humanos integra um

sistema, que contempla as seguintes divisões (Chiavenato, 1999):

a. Provisão de recursos humanos: contempla o processo de

recrutamento e seleção de mão de obra qualificada para a

empresa;

b. Aplicação de recursos humanos: contempla o processo de

desenho das atribuições a serem desempenhadas pelo ocupante

do cargo, a análise de cargos e o processo de avaliação do

desempenho no cargo;

c. Recompensas: contempla os aspectos relacionados à estrutura

remuneratória do funcionário. É um dos itens mais delicados do

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processo de gestão de RH, pois interfere diretamente nas

questões motivacionais do funcionário, haja vista que muitas

vezes a impactos na sua família também;

d. Manutenção de Recursos Humanos: contempla as políticas e

procedimentos adotados pela organização visando manter o

funcionário satisfeito e motivado. Envolve a concessão de

benefícios sociais e atenção à saúde;

e. Desenvolvimento de Recursos Humanos: contempla as

atividades relacionadas ao treinamento, capacitação, e

desenvolvimento de pessoas e de desenvolvimento

organizacional, como também o gerenciamento de clima

organizacional;

f. Monitoração de Recursos Humanos: contempla a análise

contínua e sistemática das políticas e práticas de RH e a

respectiva avaliação de seu funcionamento, como forma de

aprimorá-la e aperfeiçoá-la.

Apesar das diferenças jurídicas existentes entre as organizações

(órgãos públicos, empresas públicas, autarquias, empresas privadas,

organizações não governamentais, etc.) e as limitações decorrentes das

imposições legais (especialmente para as entidades públicas), a gestão de

recursos humanos norteia-se basicamente pelas mesmas premissas, não

importando a constituição jurídica da organização. Assim, toda a teoria

existente em termos de gestão de RH é aplicável a todo o tipo de organização,

inclusive às instituições públicas. Não é diferente com o INPI.

3.2. Elementos a serem considerados na Gestão de Recursos Humanos no INPI

Considerando a sua constituição jurídica já mencionada

anteriormente (o INPI é uma autarquia federal), o ingresso de servidores no

órgão se dá mediante a aprovação em concurso público, de provas ou provas e

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títulos, conforme previsto no art. 37 da Constituição Federal e no Decreto 6.944

de 21 de agosto de 2009. O seu quadro de servidores é regido pela Lei

n°8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos

servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas

federais.

Por sua vez, em 1993, os servidores do órgão obtiveram o seu

primeiro plano de carreiras, tendo sido enquadrados no Plano de Carreiras e

Cargos de Ciência e Tecnologia, criado pela Lei n° 8.691 de 28 de julho de

1993, que englobava diversos outros órgãos da Administração Federal. Em

2006, o órgão ganhou o seu próprio plano de carreiras, denominado Plano de

Carreiras e Cargos do INPI, instituído por meio da Lei n° 11.355 de 19 de

outubro de 2006, alterada pela Lei n° 12.778 de 28 de dezembro de 2012 (Leis

disponíveis em www.planalto.gov.br).

O primeiro concurso público para a admissão de servidores ocorreu

no ano de 1998, sendo que até então, os servidores existentes eram admitidos

na forma prevista na CLT. Levando-se em conta que o INPI foi criado no início

da década de 70, que a idade mínima para ingresso no serviço público é de 18

anos e que o seu primeiro concurso só ocorreu vinte e oito anos depois, pode-

se inferir que o instituto possui um quadro de recursos humanos de elevada

faixa etária, com quase 30% do quadro possuindo entre 50 e 70 anos de idade.

Na decorrência, deduz-se também que grande parte dos servidores já possui

as carências completas para aposentadoria.

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Figura 4 – Faixa etária dos servidores do INPI (Fonte: Sistema SIAPE1)

Figura 5 – Tempo de INPI dos servidores (Fonte: Sistema SIAPE)

Ainda que tal fato não seja generalizado, a existência de um quadro

de servidores mais idosos no órgão faz com que a implantação de qualquer

nova ideia, projeto ou procedimento sofra algum tipo de resistência. Não só

pela natural resistência de algumas pessoas ao “novo”, mas como também

pelo histórico de descontinuidade gerencial comum ao serviço público.

Os programas de treinamento e desenvolvimento do órgão são

orientados pelo contido no Decreto n° 5.707 de 23 de fevereiro de 2006, que

instituiu a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da

administração pública federal direta, autárquica e fundacional, e regulamenta

dispositivos da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, tendo substituído o

Decreto n° 2.794, de 1° de outubro de 1998. Já todo o processo de avaliação

de desempenho para fins de progressão e promoção na carreira e estágio

probatório se dá conforme prevê as Leis n°. 8.112/90 e 11.355/06.

Além dos servidores constantes do seu quadro, a CGRH também

possui um quadro de funcionários terceirizados. Entretanto, tendo em vista que

estes somente realizam atividades materiais e acessórias às competências do

1 SIAPE: Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Fonte: http://www.siapenet.gov.br). Acesso controlado.

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instituto, na forma que preceitua o Decreto n° 2.271 de 7 de julho de 1997, o

qual dispõe sobre a contratação de serviços pela Administração Pública

Federal direta, autárquica e fundacional, os mesmos não foram considerados

neste estudo.

Todos os procedimentos operacionais são registrados em meio

físico, seguindo os preceitos da Lei n° 9.784 de 29 de janeiro de 1999, que

regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.

Cada uma das unidades da Coordenação – Geral de Recursos

Humanos possui um chefe, cuja função pode variar de Chefe de Seção, Chefe

de Serviço (ou Divisão) e Coordenador – Geral de Recursos Humanos.

Convém pontuar que uma vez verificada a necessidade de alteração

na legislação de carreira ou na estrutura organizacional, esta só poderá ser

levada a efeito após submetida aos órgãos competentes (Ministérios do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Planejamento, Casa Civil),

aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da

República.

3.3. A Coordenação – Geral de Recursos Humanos do INPI – CGRH

Desde a sua criação, o órgão conta com uma estrutura destinada à

administração e a gestão dos recursos humanos do instituto, tendo sofrido

diversas modificações ao longo da sua história. Dependendo do seu

posicionamento no organograma do instituto, a área de recursos humanos do

INPI recebeu nomenclaturas diferentes: CORHU (Coordenação de Recursos

Humanos) e, mais recentemente, CGRH (Coordenação – Geral de Recursos

Humanos). Nas duas situações, a Coordenação se encontrava (e ainda se

encontra) vinculada à Diretoria de Administração do órgão.

Com a edição da Portaria MDIC nº 40 de 15/01/2004

(www.legisweb.com.br), criou-se a Coordenação de Recursos Humanos-

CORHU. De acordo com o art. 16 deste normativo, a CORHU possuía as

seguintes atribuições:

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Art. 16 À Coordenação de Recursos Humanos compete planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relativas à administração de pessoal e de desenvolvimento de recursos humanos do INPI.

Àquela época, o órgão contava com a seguinte estrutura hierárquica:

Figura 6 – Organograma CGRH (Fonte: Portaria MDIC nº 40 de 15/01/2004)

Levando-se em conta o organograma acima, as unidades da

CORHU eram assim definidas:

a. SERDHU - Serviço de Desenvolvimento de Recursos

Humanos: possuía como atribuição coordenar, supervisionar,

orientar e promover ações pertinentes ao desenvolvimento de

pessoal, considerando os subsistemas organizacionais, bem

como participar e propor políticas e desenvolver projetos de

gestão de servidores em sua área de competência, como também

recrutar recursos humanos e realizar as avaliações de

desempenho de servidores, dentre outras atribuições;

b. NUENOR – Núcleo de Estudos e Normas: possuía como

atribuição examinar os casos de aplicação da legislação referente

a vantagens, direitos e deveres, como também orientar sobre a

aplicação da legislação concernente às atividades da

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Coordenação, dentre outras atribuições;

c. NUSAUD – Núcleo de Saúde e Assistência: possuía como

atribuição principal, dentre outras, executar as políticas inerentes

à saúde ocupacional dos servidores do INPI, como também

formular, propor e executar as ações dirigidas a garantir a saúde

destes e de seus dependentes. Contava com espaço físico e

médicos e enfermeiros contratados, dentre outras atribuições;

d. SERPES – Serviço de Administração de Pessoal: realizar e

assessorar a gestão de pessoal, fazendo cumprir os direitos e

deveres dos servidores do INPI, conforme definidos na legislação

específica que regula a matéria. Este serviço possuía duas

unidades hierarquicamente vinculadas, dentre outras atribuições;

e. NUCLOT - Núcleo de Cadastro e Lotação: possuía a atribuição

de manter atualizados os registros funcionais dos servidores

ativos e inativos, fazendo os controles necessários, dentre outras

atribuições;

f. NUPAG – Núcleo de Controle de Pagamento: possuía a

atribuição de elaborar a folha de pagamento e seus relatórios e

proceder aos cálculos para recolhimento dos encargos

obrigatórios, dentre outras atribuições.

Durante a vigência da Portaria que instituiu a estrutura acima, a

CORHU possuía o seguinte quadro de servidores:

QUADRO DE SERVIDORES DA CORHU

UNIDADE CARGO QTDE

CORHU COORDENADOR2 01

SERPES ANALISTA EM C&T3 02

NUCLOT TÉCNICO EM C&T4 03

2 Cargo em Comissão – Ocupante não era servidor da carreira do órgão.

3 Cargo de nível de escolaridade superior, conforme Lei 8.691/93.

4 Cargo de nível de escolaridade intermediário conforme Lei 8.691/93.

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ANALISTA EM C&T 01

NUPAG TÉCNICO EMC&T 04

SERDHU TÉCNICO EM C&T 02

NUNENOR ANALISTA EM C&T 02

NUSAUD ANALISTA EM C&T 02

TÉCICO EM C&T 01

TOTAL 18

Tabela 1 – Quadro de Servidores da CORHU – Fonte: Sistema SIAPE

Já no ano de 2006, foi publicada a Portaria MDIC nº 65 de

18/04/2006 (www.legisweb.com.br). De acordo com o art. 20 deste normativo, a

CGRH possuía as seguintes atribuições:

Art. 20. À Coordenação-Geral de Recursos Humanos compete planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relativas à administração de pessoal e de desenvolvimento de recursos humanos do INPI.

Além disto, esta portaria alterou as atribuições de diversas unidades

do INPI, como também elevou à Coordenação de Recursos Humanos à

condição de Coordenação – Geral e alterou o nome de suas unidades.

Entretanto, deixou inalterada a estrutura hierárquica, conforme demonstrado

abaixo:

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Figura 7 – Organograma da CGRH do INPI (fonte: Portaria MDIC nº 65, de 18.04.2006, DOU 20.04.2006).

De acordo com este organograma, tem-se que:

a. SERDHU – Serviço de Desenvolvimento de Recursos

Humanos: responsável pelas atividades relativas ao

desenvolvimento e capacitação de recursos humanos,

desenvolvendo ações e projetos de gestão de servidores na sua

área de competência, como também realizando o recrutamento de

servidores e as avaliações de desempenho de servidores, dentre

outras atividades;

b. SERAD – Serviço de Administração de Recursos Humanos:

responsável por acompanhar a atualização dos registros pessoais

e funcionais, a aplicação da legislação de pessoal, fazendo

cumprir os direitos e deveres dos servidores do INPI, as

atividades relacionadas à folha de pagamento de pessoal.

Possuía as seguintes unidades vinculadas:

c. SECLOT – Seção de Cadastro e Lotação: possuía a atribuição

de manter atualizados os registros funcionais dos servidores

ativos e inativos, fazendo os controles necessários, dentre outras

atribuições;

d. SECPAG – Seção de Controle de Pagamento: possuía a

atribuição de elaborar a folha de pagamento e seus relatórios e

proceder aos cálculos para recolhimento dos encargos

obrigatórios, dentre outras atribuições;

e. SESAO – Seção de Saúde Ocupacional: formular, propor e

executar as ações necessárias ao desenvolvimento da medicina

preventiva do trabalho e assistência social, psicológica e

odontológica aos servidores e seus dependentes. Esta unidade

contava com espaço físico ocupado por médicos e enfermeiros

contratados para realizar o atendimento médico dos servidores do

órgão;

f. SELEG – Seção de Legislação de Recursos Humanos: orientar

a aplicação da legislação de Recursos Humanos, à Coordenação-

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Geral de Recursos Humanos e suas unidades.

Durante a vigência da Portaria que instituiu a estrutura acima, a

CGRH possuía o seguinte quadro de servidores:

QUADRO DE SERVIDORES DA CGRH

UNIDADE CARGO QTDE

CGRH COORDENADOR5 01

ANALISTA 03

SERAD ANALISTA EM C&T 01

TÉCNICO EM C&T 01

SECLOT ANALISTA EM C&T 01

TÉCNICO EM C&T 05

SEPAG TÉCNICO EMC&T 04

ANALISTA EM C&T 01

SERDHU ANALISTA EM C&T 04

TÉCNICO EM C&T 04

SELEG ANALISTA EM C&T 02

DISAO ANALISTA EM C&T 02

TÉCICO EM C&T 02

TOTAL 31

Tabela 2 – Quadro de Servidores da CGRH – Fonte: Sistema SIAPE

No ano de 2008, foi editada a Portaria GM/MDIC nº 130, de 11 de

junho de 2008 (www.legisweb.com.br), que alterou a estrutura regimental do

INPI. Entretanto, estas alterações não contemplaram a CGRH, a qual manteve

a sua estrutura e suas atribuições inalteradas.

Em 2010, foi publicado o Decreto nº 7.356, de 12 de novembro de

2010, sendo que este decreto somente foi regulamentado em 2013, pela

Portaria MDIC Nº 149, de 15 de maio de 2013, que instituiu o Regimento

Interno do INPI (www.inpi.gov.br). Conforme dispõe o art. 41 deste normativo,

cabe à Coordenação – Geral de Recursos Humanos do INPI:

5 Cargo em Comissão – Ocupante não era servidor da carreira do órgão.

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Art. 41. À Coordenação-Geral de Recursos Humanos compete planejar, coordenar e supervisionar a execução das políticas, planos, ações, atividades e demais projetos relativos à administração de pessoal, de desenvolvimento, de capacitação e de qualificação de recursos humanos e de carreira e saúde ocupacional dos servidores do INPI, por meio das suas unidades vinculadas, bem como firmar parcerias e convênios no âmbito da gestão de recursos humanos.

Este normativo modificou consideravelmente a estrutura da CGRH,

retirando atribuições de algumas unidades existentes e delegando-as à novas

unidades. Além disto, modificou o status de algumas unidades, transformando-

as em divisões, conforme demonstrado abaixo:

Figura 8 – Organograma da CGRH do INPI (fonte: Portaria MDIC Nº 149, de 15 de maio de

2013).

De acordo com este organograma, tem-se que:

a. DIARH - Divisão de Administração de Recursos Humanos:

possui como atribuições coordenar, orientar e supervisionar a

atualização dos registros pessoais e funcionais, fazendo cumprir

os direitos e deveres dos servidores do INPI nas atividades

relacionadas à da folha de pagamento dos servidores ativos,

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inativos, beneficiários de pensão, contratos temporários, cargos

em comissão, funções gratificadas e estagiários e supervisionar a

aplicação da legislação de pessoal, fazendo cumprir os direitos e

deveres dos servidores ativos, inativos, beneficiários de pensão,

contratos temporários, cargos em comissão, funções gratificadas

e estagiários, dentre outras atribuições;

b. SEPAG - Seção de Pagamento: possui como atribuição executar

as atividades necessárias à elaboração da folha de pagamento

dos servidores ativos, inativos, beneficiários de pensão, contratos

temporários, cargos em comissão, funções gratificadas e

estagiários, fornecendo as informações que forem necessárias

aos órgãos de controle interno e externo, dentre outras

atribuições;

c. SECLO - Seção de Cadastro e Lotação: possui como

atribuições executar as atividades relativas ao cadastro, lotação e

assentamentos dos servidores ativos, inativos, beneficiários de

pensão, contratos temporários, cargos em comissão e funções

gratificadas, fornecendo as informações que forem necessárias

aos órgãos de controle interno e externo, aplicar a legislação de

pessoal, fazendo cumprir os direitos e deveres dos servidores

ativos, inativos, beneficiários de pensão, contratos temporários,

cargos em comissão e funções gratificadas, propondo a utilização

de instrumentos normativos necessários à eficácia da execução

das atividades afetas a esta Seção, dentre outras atribuições;

d. DISAO - Divisão de Saúde Ocupacional: possui como atribuição

propor, promover e executar as políticas inerentes à saúde

integral do corpo funcional do INPI, em consonância com as

diretrizes do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do

Servidor - SIASS, da Secretaria de Recursos Humanos - SRH;

efetuar a proposição de medidas de prevenção e de correção nos

ambientes e processos de trabalho, buscando a humanização,

prevenção de acidentes, de agravos à saúde e de doenças

relacionadas ao trabalho e a melhoria da qualidade de vida do

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servidor no ambiente de trabalho; formular, propor e executar as

ações necessárias ao desenvolvimento da medicina preventiva do

trabalho e assistência social, psicológica e odontológica aos

servidores e seus dependentes, dentre outras atribuições;

e. CETEC - Centro de Educação Corporativa: possui como

atribuições planejar, coordenar, controlar, supervisionar e avaliar

as ações relativas às políticas, planos, programas e projetos de

capacitação de recursos humanos; propor a atualização dos

instrumentos normativos necessários à eficácia da execução das

atividades sob responsabilidade deste Centro e identificar e

analisar questões que sejam consideradas críticas para o

desenvolvimento de recursos humanos, apresentando sugestões

para seu equacionamento;

f. SEPLA - Seção de Planejamento de Capacitação: possui como

atribuições agregar e organizar informações sobre o

desenvolvimento de recursos humanos, bem como a execução de

parcerias e acordos de cooperação mútua para capacitação

consolidando-as em relatórios e outros similares; e proceder à

análise interpretativa dos relatórios sobre as atividades de

treinamento e desenvolvimento de recursos humanos produzidos;

g. SEADC - Seção de Administração de Capacitação: possui

como atribuições acompanhar as ações de desenvolvimento de

recursos humanos, bem como disponibilizar toda a infraestrutura

de treinamento e os demais procedimentos envolvidos,

produzindo relatórios e indicadores de reação e resultado das

ações realizadas; coordenar e executar o programa de estágio

curricular para estudantes de nível médio e superior, na forma da

legislação pertinente; controlar e acompanhar os processos de

licença e afastamentos para capacitação, bem como as

concessões de regime especial de jornada de trabalho para esta

mesma finalidade, garantindo o fiel cumprimento da legislação

vigente;

h. DPLAG - Divisão de Planejamento e Gestão de Recursos

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Humanos: possui como atribuições coordenar a execução das

ações vinculadas ao planejamento estratégico da Coordenação-

Geral; II - efetuar o acompanhamento dos resultados do

planejamento estratégico da Coordenação-Geral por meio de

indicadores de desempenho; elaborar relatórios de informações

gerenciais com base nos resultados apurados dos indicadores de

desempenho e demais informações; efetuar o controle da gestão

orçamentária de pessoal; e efetuar o levantamento das

necessidades de recursos humanos;

i. DICAD - Divisão de Carreira e Desempenho de Recursos

Humanos: possui como atribuições gerir todo o processo de

avaliação de desempenho, para fins de estágio probatório,

progressão/promoção e percepção da gratificação de

desempenho, sugerindo ações corretivas junto à unidade de

lotação do servidor; planejar, coordenar e executar ações, visando

à ambientação e à integração dos servidores em estágio

probatório; gerenciar o processo de movimentação interna de

pessoal e analisar os requerimentos de retribuição por titulação e

gratificação por qualificação, com base na legislação vigente, e

promover ações pertinentes à classificação de cargos e salários e

à promoção dos servidores na carreira;

j. DILEG - Divisão de Legislação de Recursos Humanos: possui

como atribuições orientar a aplicação da legislação de recursos

humanos; II - analisar e emitir pronunciamento sobre matérias

relacionadas à aplicação da legislação de recursos humanos,

referentes a concessões de direitos, vantagens e benefícios de

servidores, aposentados e beneficiários de pensão; examinar

ordens e decisões judiciais e fornecer os subsídios necessários à

defesa do INPI, quando requeridos pelos órgãos da Advocacia-

Geral da União, referentes a recursos humanos; examinar

propostas de atos normativos de matéria de recursos humanos;

k. SEGRH - Seção de Apoio à Gestão de Recursos Humanos:

possui como atribuições efetuar proposta de melhorias nos

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procedimentos que envolvem o controle e a manutenção do

cadastro de pessoal e pagamento, em função da alteração da

legislação em vigor; efetuar a análise da conformidade e de

qualidade dos processos e requerimentos de direitos e benefícios

dos servidores, bem como dos processos judiciais, informando às

unidades responsáveis quando da necessidade de

complementação ou sugerindo o seu prosseguimento;

acompanhar junto à Presidência do INPI o trâmite dos processos

administrativos que envolvam os atos pertinentes às autorizações

sobre direitos e benefícios dos servidores e demais atos de

pessoal; e elaborar relatórios informativos para a Coordenação-

Geral.

Durante a vigência da Portaria que instituiu a estrutura acima, a

CGRH possuía o seguinte quadro de servidores:

QUADRO DE SERVIDORES DA CGRH

UNIDADE CARGO QTDE

CGRH ANALISTA6 01

DIARH ANALISTA 02

TÉCNICO 02

SEPAG ANALISTA 02

TÉCNICO 03

SECLO ANALISTA 02

TÉCNICO 05

DISAO ANALISTA 01

TÉCNICO 04

CETEC ANALISTA 01

PESQUISADOR 01

SEPLA ANALISTA 04

TÉCNICO 02

6 Coordenador – Geral de Recursos Humanos, servidor ocupante de cargo do Plano de Carreira do INPI.

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SEADC ANALISTA 01

TÉCNICO 02

DPLAG ANALISTA 03

DICAD ANALISTA 04

DILEG ANALISTA 01

TÉCNICO 01

SEGRH ANALISTA 01

TOTAL 43

Tabela 3 – Quadro de Servidores da CGRH – Fonte: Sistema SIAPE

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CAPÍTULO IV GESTÃO DE MUDANÇA – A REESTRUTURAÇÃO DA

CGRH

No capítulo anterior foi demonstrada a evolução da estrutura

regimental da Coordenação – Geral de Recursos Humanos do INPI e do seu

quadro de pessoal. O presente capítulo fará uma análise de como ocorreu esta

evolução em termos de gestão, tendo por base as informações disponíveis nos

sites dos órgãos de controle interno e externo7, nos dados constantes dos

Relatórios de Gestão do INPI (disponíveis em http://www.inpi.gov.br/) e nas

informações citadas nos capítulos anteriores.

Com o já mencionado, o INPI passou por um processo de

reestruturação, iniciado pela sua Administração no ano de 2004, resultante da

ressignificação da importância da instituição como indutor do desenvolvimento

econômico do país. Nesse aspecto, as últimas administrações vêm

concentrando esforços no sentido de dotar o instituto de recursos materiais e

humanos que possibilitem o aprimoramento do sistema de propriedade

industrial no país. O início desta reestruturação partiu do regimento interno

instituído pela Portaria MDIC nº 40 de 15/01/2004. Assim, serão utilizados

como marcos temporais da evolução da CGRH as portarias que instituíram a

sua estrutura regimental.

4.1. Da função de Coordenador e de Chefias

Como esclarecimento inicial, impende registrar que de acordo com o

inc. II do art. 9º da Lei nº 8.112/90, as funções gerenciais, de chefia e

coordenação na Administração Pública Federal são consideradas funções de

confiança em comissão, sendo providas mediante nomeação. Estas funções 7 Órgão de Controle Interno: Auditoria do INPI (http://www.inpi.gov.br/acesso-a-informacao/auditoria/auditoria, acessado em 05/07/2015); Órgãos de Controle Externo: Controladoria – Geral da União – CGU (http://www.cgu.gov.br/) e Tribunal de Contas da União – TCU (http://portal3.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU).

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são de livre nomeação e exoneração, podendo ser ocupadas por servidores de

carreira ou não, desde que nomeados pela autoridade máxima do órgão

(Presidente do INPI).

4.2. Portaria MDIC nº 40 de 15/01/2004

O cargo de Coordenador de Recursos Humanos, durante a vigência

deste regimento, foi ocupado por um servidor aposentado, não pertencente à

carreira do órgão, com formação acadêmica em Direito. Apesar da sua

inegável competência técnica em termos de conhecimento, interpretação e

aplicação da legislação e em questões processuais e administrativas, o

ocupante do cargo carecia de maiores conhecimentos técnicos da área de RH.

Por possuir este perfil, este gestor imprimiu à área uma característica

extremamente burocrática e mecânica a todos os processos, o que interferiu

também na forma de atuar de muitos dos servidores da área. A escolha de um

servidor já aposentado demonstra a carência de profissionais existente na

instituição.

No ano de 2004, o quadro de funcional do INPI era composto por

614 servidores ativos e o total de servidores lotados na Coordenação de

Recursos Humanos era de 18 servidores, sendo que aproximadamente 65%

deste quantitativo já estava elegível à aposentadoria.

Nesta estrutura regimental, o Serviço de Desenvolvimento de

Recursos Humanos – SERDHU deveria arcar com as funções de provisão,

aplicação, desenvolvimento e monitoração de recursos humanos. Entretanto, o

reduzido número de servidores impactava sobremaneira na execução destas

atividades.

Relativamente ao recrutamento de servidores, o SERDHU realizou

apenas 01(um) concurso público, conforme demonstrado no quadro abaixo:

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CONCURSO / AUTORIZAÇÃO Cargo Vagas

Autorizadas Vagas

Providas

2004 Analista 11 11

Pesquisador 32 17

(Portaria MPnº 110, de

24/07/2003) Tecnologista 16 16

  Assistente (Técnico) 49 49

  TOTAL 108 93

Tabela 4 – Concurso Público 2004 (Fonte: Diário Oficial da União de 24/07/03)

No que diz respeito à função desenvolvimento, neste período a

estrutura existente na CGRH permitia somente, de forma incipiente, que se

cumprisse o contido no Decreto n° 2.794, de 1° de outubro de 1998, por meio

das atividades de treinamento e capacitação executadas pelo SERDHU. A

execução destas atividades baseava-se apenas na recepção e execução dos

pedidos de treinamento solicitados ou pelos chefes ou por qualquer outro

servidor, sem nenhum tipo de planejamento ou avaliação crítica por parte da

CORHU, haja vista o reduzido número de Analistas na área.

O Serviço de Administração de Pessoal – SERAD resumia-se a

garantir a implementação dos direitos dos servidores na folha de pagamento,

após devidamente reconhecidos pelas autoridades competentes.

O nível de informatização da CORHU era baixo, se restringindo

apenas à utilização dos sistemas governamentais de gestão de pessoal (SIAPE

– Sistema Integrado de Administração de Pessoal e o SISAC - Sistema de

Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões do TCU,

disponível em http://portal.tcu.gov.br). O acesso às informações se dava por

meio de boletins internos e em recursos escritos. Embora o uso da internet já

fosse difundido, este ainda era incipiente e feito por meio de computadores

cujos modelos se encontravam ultrapassados. Os assentamentos funcionais

eram arquivados fisicamente (arquivos em papel).

Embora mais de 56% da maioria dos servidores da CGRH fosse

ocupante de cargos de nível médio, o grau de capacitação destes era elevado

do ponto de vista quantitativo mas carecia de melhoria do ponto de vista

qualitativo, pois nunca houve um direcionamento das capacitações em função

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das competências de cada servidor.

A ausência de uma estrutura apropriada foi motivo de diversos

apontamentos e recomendações dos órgãos de controle internos e externos

neste período.

4.3. Portaria MDIC nº 65 de 18/04/2006

Em janeiro do ano de 2005, a Administração do INPI efetuou a

nomeação de um novo ocupante para o cargo de Coordenador – Geral de

Recursos Humanos (https://www.linkedin.com). Ao contrário do seu antecessor,

a nova ocupante do cargo era profissional da área de recursos humanos,

formada em Administração de Empresas, com larga experiência na elaboração

de programas e projetos cujo foco repousava no aprimoramento das

habilidades humanas e sociais e ampliação da compreensão da dinâmica das

organizações.

Neste ano, finalizou-se o processo de nomeação dos candidatos

aprovados no concurso de 2004, tendo a CGRH recebido cerca de 02 (dois)

novos servidores de cargo de nível superior (Analistas), com formação em

Administração de Empresas e considerável currículo acadêmico-profissional da

maioria. Embora este quantitativo fosse insuficiente para atender a todas as

demandas que surgiriam para a área, a Coordenadora de RH os direcionou

para atividades que seriam consideradas estratégicas para a reestruturação da

área: desenvolvimento e treinamento e suporte aos projetos propostos pela

Coordenação.

Assim, iniciou-se a transformação de uma área antes considerada

burocrática, voltada somente para a admissão, desligamento e pagamento de

pessoal, para uma área propositiva de soluções e projetos de recursos

humanos.

Uma das primeiras ações adotadas foi tentar conhecer a cultura

organizacional vigente na organização e na própria unidade. Assim, baseado

no relato e em entrevistas com vários servidores da casa, fez-se um primeiro

mapeamento da cultura organizacional existente.

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De acordo com este mapeamento, viu-se que a cultura

organizacional vigente no instituto era bastante complexa. Criado no auge do

regime militar, o INPI teve como dirigentes diversos oficiais das Forças

Armadas, o que em alguns momentos resultou em perseguições políticas,

motivadas pelas posições de alguns servidores. Esta situação trouxe diversos

traumas, cujas sequelas estão presentes até hoje.

Muitos dos componentes do quadro de pessoal ingressaram no

órgão durante após a sua criação por meio de parentesco, tráfico de influência

ou laços de amizade, ao contrário daqueles que foram admitidos após a

promulgação da Constituição de 1988, depois de aprovados e nomeados em

concursos públicos.

O elevado nível de escolaridade e conhecimentos técnicos exigidos

para ingresso no cargo de examinador de patentes (Pesquisador) trouxe para

muitos dos seus ocupantes a falsa ideia de superioridade intelectual e, para

outros de outros cargos, de inferioridade. Os últimos concursos públicos

realizados pelo INPI possibilitaram, ao mesmo tempo, a oxigenação da

instituição por meio de pessoas e ideias novas, mas também levou a um

choque entre o velho e o novo, haja vista a elevada faixa etária do quadro e a

história do órgão. Além disto, como em todo o serviço público, a nomeação de

pessoas sem vínculo com a instituição para cargos comissionados resultou,

não raro, na ausência de continuidade de projetos ou no surgimento de ações

“aventureiras”, gerando um sentimento de desesperança e descrédito para com

a Administração em muitos dos servidores mais antigos.

Relativamente às atividades voltadas à função de desenvolvimento e

treinamento de servidores, o SERDHU elaborou o primeiro Plano Anual de

Capacitação – PAC, na forma prevista no Decreto n°5.07/06. Para tal, foi

realizado um levantamento das necessidades de capacitação em cada uma

das unidades do órgão, onde foram apontados pelas chefias e servidores os

cursos de capacitação que seriam necessários ao seu aprimoramento técnico-

educacional.

Iniciou-se uma análise mais criteriosa dos processos das

solicitações de capacitação, no intuito de alinhar o objeto dos cursos com as

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atividades desempenhadas pelos servidores em suas unidades de lotação.

A Seção de Saúde Ocupacional - SESAO iniciou diversas

campanhas voltadas para a melhoria da saúde ocupacional dos servidores,

como por exemplo, campanhas de vacinação contra gripe (vide figura abaixo).

Figura 9 – Comunicado sobre campanha de vacinação da CGRH/SESAO (http://intranet)

Considerando a grande quantidade de stakeholders presentes

(chefias de unidade, governo, servidores, sindicato, etc.), a Coordenação -

Geral de Recursos Humanos passou a ter uma preocupação maior com a

comunicação institucional de suas ações, de forma a evitar ruídos ou mal-

entendidos quando da implementação de seus projetos. Para isto, buscou

intensificar a divulgação por meio de e-mails e rede corporativa (Figura 9) e

boletins internos.

Esta preocupação com a comunicação e transparência das ações da

CGRH levou à criação um site da CGRH na intranet corporativa, onde é

possível encontrar várias informações sobre projetos, ações e serviços da área.

Este site foi elaborado por um servidor desta Coordenação, com o auxílio

técnico da Coordenação – Geral de Modernização e Informática do INPI

(CGMI).

No início do ano de 2006, obteve-se autorização do Ministério do

Planejamento para a realização de mais um concurso público, visando o

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provimento de 332 (trezentos e trinta e duas) vagas, conforme demonstrado no

quadro abaixo:

CONCURSO / AUTORIZAÇÃO Cargo Vagas Autorizadas Vagas Providas

2006 Analista 48 42

Pesquisador 257 169

(Portaria MP nº 23, de 27/01/2006) Assistente (Técnico) 33 33

TOTAL 332 244

Tabela 5 – Concurso Público 2006 (Fonte: Diário Oficial da União de 27/01/06)

Dos quantitativos acima, foram lotados na CGRH 07 (sete) Analistas

com formação em Administração de Empresas e 08 (oito) Assistentes em C&T,

o que permitiu um ganho considerável dos pontos de vista qualitativo e

quantitativo.

Neste mesmo período, a CGRH deu suporte à Presidência do INPI

no sentido do obter autorização dos órgãos competentes para a criação de um

plano de carreiras próprio para o órgão. Este plano de carreiras foi sancionado

em outubro de 2006, por meio da publicação da Lei n° 11.355 de 19 de outubro

de 2006.

Entretanto, em maio de 2007, em função do pedido de dispensa da

ocupante do cargo, houve a nomeação de um novo Coordenador – Geral de

Recursos Humanos, conforme Portaria INPI/PR n° 195/2007, agora servidor de

carreira, oriundo do concurso realizado no ano de 2004 (http://lattes.cnpq.br/).

Este servidor também conta com expressivo tempo de carreira na área de

gestão de RH, dando continuidade ao processo de reestruturação da CGRH.

No que diz respeito à elaboração de novos projetos, a partir de 2007,

já com um quadro de pessoal mais adequado às necessidades mais imediatas

do INPI e, tendo em vista a elaboração do Planejamento Estratégico do INPI, a

CGRH elabora o seu plano estratégico para o período de 2007 a 2011. O

planejamento estratégico da CGRH é um plano integrado de ações, construído

a partir de uma abordagem sistêmica, que visa elevar os níveis de

competências dos servidores, a qualidade da ambiência organizacional e o

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desempenho interno da área, alinhado com o Planejamento Estratégico do

órgão.

Figura 10 – Mapa Estratégico da CGRH – Período 2007-2011 (Fonte: Intranet

do INPI – http://cgrh/)

Dentro deste enfoque estratégico, desenvolveu-se a VISÃO E A

MISSÃO da CGRH.

• Visão da CGRH: Possuir práticas de trabalho que permitam ao

INPI estar entre as melhores organizações públicas para se

trabalhar e alinhar o corpo funcional e gerencial aos níveis de

competência adequados ao perfil dos cargos/funções.

• Missão da CGRH: Apoiar o INPI a para ser um bom lugar para se

trabalhar e uma organização com elevado índice de competência

profissional.

Para atingir este objetivo, o modelo de atuação da CGRH pauta-se

pelas seguintes diretrizes:

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Ø Desenvolver ações em parceria com as demais unidades;

Ø Direcionar sua atuação para a melhoria da integração,

desempenho e harmonia organizacional;

Ø Ser interlocutor permanente dos servidores;

Ø Apoiar e desenvolver ações que inspirem o desempenho, o

comprometimento e a valorização das pessoas;

Ø Fortalecer valores que apoiem a modernização do INPI

(aprendizagem, foco em resultados e felicidade no trabalho).

Diante deste novo cenário, foi possível iniciar a implementação do

contido no Decreto 5.707/06, com o desenvolvimento das seguintes ações:

a. PAC – Plano Anual de Capacitação: planejamento anual das

ações de capacitação dos servidores da instituição,

compreendendo as definições dos temas e as metodologias de

capacitação a serem implementadas, por meio da definição das

competências de cada servidor;

b. Parceria com a Escola Nacional de Administração Pública –

ENAP: iniciou-se a priorização, no caso de eventos de

capacitação externos, dos cursos ofertados pelas escolas de

governo, em especial por intermédio de parceria com a entidade

coordenadora deste processo, a Escola Nacional de

Administração Pública – ENAP;

c. Capacitação Gerencial: iniciou-se a capacitação gerencial dos

servidores que possuíam perfil para o exercício de atividades de

direção e assessoramento, por meio do I Fórum de Gestão de

Pessoas, evento realizado pela CGRH, que se constituiu de uma

série de cursos temáticos na área gerencial;

d. Capacitação como requisito para progressão e promoção na

carreira: iniciou-se estudos para utilizar a capacitação como pré-

requisitos para a progressão e promoção funcional na carreira.

e. Centro de Treinamento: cria-se um espaço físico destinado às

atividades de treinamento e desenvolvimento dos servidores do

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INPI, dotado de salas de aula e laboratório de informática,

vinculados ao Serviço de Desenvolvimento de Recursos Humanos

– SERDHU. Este é o marco que representa o ingresso do INPI no

grupo de Escolas de Governo, capitaneado pela Escola Nacional

de Administração Pública – ENAP.

A CGRH obteve uma sensível melhoria no que diz respeito à

informatização da área. Com o auxílio da Diretoria de Administração e

Serviços, os computadores existentes foram substituídos por equipamentos

mais avançados.

Houve um direcionamento das capacitações dos servidores lotados

na coordenação para aquelas ações realmente necessárias ao bom

desempenho de suas funções, com a adequação dos custos envolvidos.

A Sessão de Saúde Ocupacional – SESAO institucionalizou as

ações voltadas para a qualidade de vida, promovendo ações de

conscientização dos servidores sobre a necessidade de valorizar a sua saúde,

adotando práticas saudáveis. Otimizou-se a estrutura de atendimento médico e

do plano de saúde. Além disto, ampliou-se o escopo das ações de atenção à

saúde do servidor, com a aplicação da psicologia organizacional como forma

de minimizar os problemas de gestão de pessoas nas demais unidades do

INPI.

Em abril de 2008, obteve-se autorização do Ministério do

Planejamento para a realização de mais um concurso público, visando o

provimento de 126 (cento e vinte e seis) vagas, conforme demonstrado no

quadro abaixo:

CONCURSO / AUTORIZAÇÃO Cargo Vagas Autorizadas Vagas Providas

2008 Analista 7 7

Pesquisador 95 62

(Portaria nº 90, de 30/04/2008) Técnico em PI 7 7

Técnico PGIE 11 11

TOTAL 126 90

Tabela 6 – Concurso Público 2008 (Fonte: Diário Oficial da União de 30/04/08)

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Após o término deste concurso, o SERDHU realizou um processo de

ambientação destes novos servidores, com a duração de três semanas, onde

foram passados conhecimentos práticos e teóricos sobre a instituição e o

trabalho a ser desenvolvido no INPI. Esta ambientação foi realizada em

parceria com representantes de outras unidades do órgão.

Com este concurso, a CGRH obteve mais 04 (quatro) novos

servidores ocupantes do cargo de Técnico, o que veio a reforçar as atividades

mais operacionais da área.

Com o resultado do esforço de dotar o INPI dos meios e estrutura

apropriados para realizar suas atividades, houve a mudança da CGRH para

instalações físicas mais modernas, onde a área passou a ocupar três andares

inteiros do prédio situado à rua Mayrink Veiga n°9.

Um outro fato marcante neste período foram as gestões feitas pela

CGRH no tocante à regulamentação do § 4o do art. 100 e o art. 100-C da Lei

11.355/06, relativamente ao pagamento da Gratificação por Desempenho da

Atividade de Propriedade Industrial, aos servidores do INPI. Esta

regulamentação teve grande impacto na instituição, pois representou um

grande ganho financeiro aos servidores do órgão.

 Iniciou-se em março de 2009 os trâmites destinados à contratação

da entidade que realizaria o PDE – Programa de Desenvolvimento de Equipes.

Tal projeto partiu da constatação de que o aperfeiçoamento das relações

humanas e a criação de meios para o trabalho em equipe é de fundamental

importância para o desenvolvimento do órgão (Disponível em

https://www.youtube.com).

Ainda neste mesmo período, é iniciado em conjunto com a

Coordenação – Geral de Modernização e Informática o desenvolvimento de um

sistema que automatizará o processo de avaliação de desempenho dos

servidores, para fins de progressão e promoção na carreira, como também

para o estágio probatório.

4.4. Portaria MDIC n° 149 de 15/05/2013

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Ao ter esta nova estrutura aprovada pelo Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o INPI obteve uma melhoria

expressiva da sua estrutura organizacional, não sendo diferente para a CGRH.

Entretanto, em vista do lapso temporal decorrido até a sua aprovação e com o

crescimento das demandas em termos de elevação do número de pedidos de

marcas e patentes, esta estrutura já necessita ser revisada.

Ainda assim, o fato marcante desta nova estrutura foi que a mesma

permitiu a desconcentração de muitas das atividades que antes se

encontravam sob responsabilidade do antigo Serviço de Desenvolvimento de

Recursos Humanos – SERDHU, as quais passaram a integrar as atribuições de

novas unidades criadas. Desta forma, atividades como avaliação de

desempenho para fins de progressão na carreira e estágio probatório;

concessão de gratificações e retribuições por titulação, remoção de servidores,

e avaliação de carreira passaram a integrar o rol de responsabilidades da

Divisão de Carreira e Desempenho – DICAD. Não obstante, as atividades

como recrutamento e seleção de novos servidores por meio de concursos

públicos, desenvolvimento de novos programas e projetos na área de RH e

controle do orçamento da folha de pagamento passaram a compor as

atribuições da Divisão de Planejamento e Gestão de Recursos Humanos –

DPLAG.

Por sua vez, com o crescimento das demandas do INPI e do quadro

de servidores, cresceu a procura por treinamento e capacitação. Assim, com o

aumento da função de desenvolvimento de RH, as atividades a cargo do antigo

SERDHU passaram a compor o rol de atribuições do Centro de Educação

Corporativa – CETEC do INPI. Haja vista a grande variedade de

responsabilidades desta unidade, passaram a integrar a estrutura do CETEC

duas seções subalternas: a Seção de Planejamento de Capacitação – SEPLA

e a Seção de Administração de Capacitação – SEADC.

Também merece destaque a criação da Seção de Apoio à Gestão

de RH – SEGRH, que tem por finalidade apoiar a CGRH em todas as suas

atividades, sendo uma espécie de “staff” da Coordenação. A criação desta

unidade permitiu obter uma maior segurança nos deferimentos e

indeferimentos das decisões da Coordenação, haja vista a formação em Direito

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da servidora lá lotada, egressa do concurso de 2008.

No ano de 2012, o INPI obteve autorização para a realização de

concurso público por meio da Portaria nº 255 de 19/06/2012, para o provimento

de 250 (duzentos e cinqüenta) vagas para os cargos do Plano de Carreiras e

Cargos do INPI, o qual já foi implementado pela DPLAG. Este concurso

possibilitou o ingresso de 07 (sete) novos Analistas com formação em

Administração e 08 (oito) Técnicos, selecionados por meio de formações

específicas para as áreas de conhecimento prioritárias ao INPI.

CONCURSO / AUTORIZAÇÃO Cargo Vagas Autorizadas Vagas Providas

2012 Analista 86 83

Pesquisador 70 28

(Portaria nº 255, de 19/06/2012) Tecnologista8 17 17

Técnico em PI 35 35

Técnico em PGIE 34 34

TOTAL 250 197

Tabela 7 – Concurso Público 2012 (Fonte: Diário Oficial da União de 19/06/12)

Com o ingresso destes 250 novos servidores, o CETEC desenvolveu

nas dependências do seu Centro de Treinamento o PROAMB – Programa de

Ambientação dos Novos Servidores, que consiste em um curso de formação

intensivo, ministrado em sua maior parte por servidores do INPI e por

servidores de órgãos afins à temática de Propriedade Intelectual, cujo objetivo

é apresentar o INPI para os novos admitidos, transmitindo os conhecimentos

necessários ao bom desempenho das suas atividades, e familiarizando-os com

a dinâmica e a estrutura da instituição. Este programa tem a duração de até

três meses, dependendo do cargo ocupado pelo servidor participante.

A partir de 2012, o CETEC iniciou um programa voltado à realização

de visitas técnicas, com a finalidade de dotar e desenvolver nos Pesquisadores

da Diretoria de Patentes conhecimentos e habilidades específicas em

8 Além destes 17 Tecnologistas, foi autorizado pela Presidência da República em janeiro de 2014 a nomeação de mais 35 Tecnologistas que se encontravam no cadastro de reserva deste concurso.

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Propriedade Industrial, Busca e Exame de Patentes e em das tecnologias

constantes dos pedidos de patentes no estado da arte, promovendo assim o

aperfeiçoamento contínuo dos mesmos na carreira. Durante as visitas técnicas,

os examinadores são levados a observar in loco a dinâmica de algumas

indústrias e centros de pesquisa, trazendo para sua realidade informações

importantes sobre a evolução de processos e produtos que estão sendo

desenvolvidos para o mercado. Esta ação também auxilia na divulgação das

atividades desempenhadas pelo INPI, com a difusão de conhecimentos sobre

Propriedade Industrial, estimulando a preocupação com proteção intelectual no

setor produtivo brasileiro. Todas estas ações são devidamente divulgadas pelo

CETEC por meio dos canais de comunicação disponíveis.

Em complemento a este processo de ambientação, a DICAD

desenvolveu o PROINS - Programa de Orientação e Integração dos Novos

Servidores, no intuito de proporcionar a melhor lotação, integração e

desenvolvimento dos servidores durante o estágio probatório. Este programa é

dividido em três etapas: mapeamento de perfil de competências/características

e encontros de integração e feedback com os novos servidores, iniciando-se a

partir do ingresso destes, já durante a realização do PROAMB.

Como suporte à implementação do planejamento estratégico da

CGRH, a DPLAG tem por atribuição efetuar o acompanhamento dos resultados

do planejamento estratégico da Coordenação-Geral por meio de indicadores de

desempenho. Neste sentido, esta divisão desenvolveu um Mapa Estratégico

baseado no modelo de “BSC - Balanced Scorecard9”, contemplando um

conjunto de indicadores que dão subsídios ao processo de tomada de decisão

da Coordenação.

Este mapa foi estruturado em função dos objetivos estratégicos da

CGRH, estabelecidos em três dimensões: Valor Agregado pelo RH ao Cliente;

Responsabilidade Financeira do RH; e Processos Internos do RH. Cada

dimensão possui um conjunto de indicadores que permitem compreender

melhor a contribuição das ações realizadas pela Coordenação Geral de

9 Metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School (HBS) Robert Kaplan e David Norton, em 1992 (disponível em www.wikipedia.org).

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Recursos Humanos. Desta forma, é possível se orientar pelos resultados

obtidos sob o prisma da visão final do cliente, bem como pela gestão financeira

dos investimentos nas ações de RH e desempenho da gestão dos processos

internos das áreas e programas de RH.

Ainda que o INPI tenha obtido autorizações para a realização de

concursos públicos nos últimos anos como já dito anteriormente, o número de

vagas autorizadas e de candidatos aprovados ainda é muito aquém das

necessidades do órgão. Tal fato vem resultando na impossibilidade de

cumprimento dos objetivos organizacionais do instituto e no atendimento das

demandas da sociedade brasileira a contento.

Assim, a CGRH, por meio da DPLAG, realizou entre os anos de

2011 e 2012 o Levantamento das Necessidades de Pessoal - LNP de todas as

unidades do INPI, em que foram considerados dados relativos à produtividade

do servidor, ao “back log”, à produtividade da área e ao tempo médio gasto na

análise dos pedidos de patentes e marcas. Tal levantamento serviu de subsidio

às decisões e as gestões da Administração do INPI no sentido de obter a

criação de cargos e autorizações para novos concursos públicos.

Com o objetivo de registrar todas as rotinas realizadas pelas

unidades da CGRH, estas estão sendo instadas a elaborar de manuais de

procedimentos e processos, onde fiquem registradas todas as rotinas

relacionadas às respectivas atribuições regimentais das Divisões e Seções da

Coordenação. Neste passo, o manual da Seção de Cadastro e Lotação –

SECLO está em conclusão e o da Divisão de Planejamento e Gestão de RH –

DPLAG já se encontra finalizado.

Tendo em vista o disposto na Portaria Normativa do Ministério do

Planejamento nº 3, de 18 de novembro de 2011, a qual instituiu o

Assentamento Funcional Digital – AFD, a SECLO iniciou os trâmites

necessários para dar início ao processo de digitalização das pastas funcionais

dos servidores do INPI, para ingresso das documentações dos servidores do

órgão no novo sistema de gestão de pessoal que está em desenvolvimento por

aquele Ministério.

No que concerne às ações voltadas para a qualidade de vida do

servidor, em meados de 2011 a CGRH ampliou o escopo do programa por

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meio da Divisão de Saúde Ocupacional – DISAO.

Hoje, para manter o mais elevado nível de bem-estar físico, mental e

social dos servidores e demais colaboradores do INPI, foi ampliado o leque de

ações que visam a conscientizar o corpo funcional sobre a importância de se

manter um padrão de vida saudável. Estas ações são compostas pelas

seguintes atividades:

a) Ginástica Laboral;

b) Terapias Alternativas;

c) Pilates;

d) Palestras de conscientização;

e) Semana da Saúde;

f) Vacinação contra a gripe.

Como reflexos deste programa, está sendo observada uma melhoria

significativa no que concerne ao comprometimento do corpo funcional com a

saúde, com impacto direto na melhoria da qualidade de vida, na melhoria da

imagem institucional, uma vez que o INPI tem como meta estar entre as

melhores instituições para se atuar profissionalmente e na diminuição dos

problemas de saúde do servidor, o que poderá refletir diretamente na

produtividade.

Para que este processo seja bem-sucedido, está sendo fundamental

o papel da comunicação institucional. A divulgação intensificada das ações de

saúde ocupacional tem colaborado para a conscientização dos servidores.

Ainda no âmbito das ações voltadas à saúde do servidor, a CGRH

tem buscado a perfeita sintonia com as diretrizes da Política de Saúde do

Servidor Público do Governo Federal, com a incorporação das novas diretrizes

do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde dos Servidores Públicos

Federais – SIASS. A autarquia já celebrou acordos com as Unidades do SIASS

do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro/RJ e do MDIC, em Brasília – DF,

permitindo a realização de perícias médicas dos servidores que se encontram

lotados nas unidades do INPI situadas em tais localidades, na forma prevista

na Lei nº 8.112/90. Os próximos acordos serão firmados com as Unidades

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SIASS do INSS em Vitória/ES e em Florianópolis/SC. O objetivo final é garantir

o atendimento dentro dos padrões do SIASS em todas as regiões onde se

encontram presentes servidores do INPI.

A DISAO também tem se destacado por implementar as ações

voltadas à Psicologia Organizacional. Por inexistir até então qualquer tipo de

acompanhamento institucional dos servidores recém-admitidos pelo INPI, a

CGRH ampliou o escopo do programa de Psicologia Organizacional. Este

programa foi implantado pois se percebeu que os novos servidores, logo que

nomeados após o término de cada concurso, eram recebidos de maneira

tradicional, sem qualquer ação que visasse conhecer as perspectivas de cada

um em relação ao novo “emprego”, as suas habilidades, limitações,

potencialidades, dentre outros e demais elementos que compõem à

composição do seu perfil.

Dessa forma, o programa de Psicologia Organizacional desenvolvido

no pela CGRH tem como foco o indivíduo e suas relações com o trabalho, com

a equipe e com a organização, propiciando condições adequadas para que os

servidores se desenvolvam profissionalmente, ampliando a percepção sobre

sentimentos e emoções, como forma de reduzir a incidência de conflitos entre

servidores e chefias, colaborando para um clima organizacional melhor.

No ano de 2012, foi finalizado o desenvolvimento do Sistema de

Avaliação de Desempenho – SISGD (http://cgrh/sisgd). Trata-se de um sistema

informatizado, cuja finalidade é realizar as avaliações de desempenho para fins

de estágio probatório e progressão e promoção na carreira de forma

automatizada, acabando com registros em papel como era então realizado o

processo. O SISGD permite o acesso tanto do servidor como da sua chefia

imediata às informações relativas às avaliações de desempenho,

proporcionando transparência ao processo e reduzindo a subjetividade das

avaliações.

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Figura 11- Notificação sobre o Sistema SISGD (Fonte: http://cgrh)

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CAPÍTULO V OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS NO INPI E NA CGRH

O crescimento do quadro de servidores da CGRH, com o ingresso

de servidores mais capacitados e com formação mais adequada às demandas

da área, possibilitou a obtenção de uma série de resultados positivos tanto para

a própria Coordenação como para o INPI.

5.1. Os Impactos no INPI

O fortalecimento da CGRH por meio do aumento do seu quadro de

servidores, da informatização de seus processos, da sua estrutura e da

especialização dos seus quadros, transformou a área em uma prestadora de

serviços para o restante do INPI, cujo objetivo maior é auxiliar a administração

do órgão no alcance dos seus objetivos institucionais.

Neste aspecto, a CGRH proporcionou, por intermédio da realização

dos concursos executados no período de 2006 – 2013, um incremento de 87%

no quadro de pessoal, tomando por base o total existente em dezembro de

2004, passando de um total de 614 servidores para 1.145 em dezembro de

2013. Este total não considera a ocorrência de aposentadorias e exonerações

de servidores neste período (Fonte: Sistema SIAPE).

Relativamente ao cargo que tem por finalidade efetuar a análise, a

concessão dos pedidos de patentes, houve o ingresso de 260 novos

Pesquisadores neste mesmo período. Entretanto, considerando os dados

demonstrados nos quadros sobre concursos públicos, este número ainda é

insuficiente para reduzir as pendências de concessões de patentes existentes

no órgão, haja vista o número de candidatos aprovados para o cargo. Estas

pendências existem pelos seguintes fatores:

I. A quantidade de pedidos de patentes está diretamente

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relacionada com o desenvolvimento econômico e tecnológico do

país. Assim, nos momentos em há um bom desempenho

macroeconômico do país e incentivos para o desenvolvimento

tecnológico, tende a ocorrer o aumento dos pedidos de patentes.

Entretanto, enquanto o aumento destes pedidos ocorre em

progressão exponencial, o ingresso de Pesquisadores ocorre de

forma aritmética, causando um descompasso no desempenho do

órgão;

II. Elevada faixa etária de servidores do órgão, com muitos destes

aptos à aposentadoria;

III. Como cabe somente ao INPI o registro de patentes, não há como

obter profissionais já treinados no mercado. Um Pesquisador leva,

em média, dois anos e meio para ser treinado devidamente e

começar a produzir de forma satisfatória;

IV. Alta competitividade dos salários oferecidos por outros órgãos

públicos e pelo próprio mercado que, muitas vezes, afasta

possíveis candidatos ao cargo de Pesquisador.

Não obstante, conforme consta dos resultados da agenda prioritária

do INPI para o ano de 2014 (www.inpi.gov.br), ainda assim foram obtidos os

seguintes resultados para a área de patentes:

• A produção anual foi 40% maior que em 2013, superando a meta

para 2014.

• A produtividade técnica foi 17% maior que 2013, mas ficou abaixo

da meta para 2014.

• Houve uma redução na taxa de crescimento das pendências de

pedidos de patentes, que aumentou 6% em relação a 2013,

contra um crescimento de 11% de 2012 para 2013.

No que concerne ao cargo de Tecnologista, responsável pela análise

e registro dos pedidos de marcas, o ingresso de 52 novos ocupantes do cargo

entre 2012/2014, possibilitou os seguintes resultados conforme os resultados

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constantes da agenda prioritária do INPI:

• A produção anual foi 76% maior que em 2013, mas ficou abaixo

da meta para 2014.

• A produtividade técnica foi 19% maior que 2013 e superou a meta

para 2014.

• O crescimento da produção anual decorreu do aumento

significativo no quadro de examinadores e à melhoria da

produtividade técnica.

• As pendências de pedidos de marcas foram reduzidas pela

primeira vez em 4 anos. Em 2014, a redução foi de 1% em

relação a 2013, invertendo a tendência de crescimento médio de

22% ao ano, no período de 2010 a 2013.

• O crescimento expressivo da produção e a queda de 4% nos

depósitos explicam a redução no ritmo de crescimento das

pendências de pedidos de marcas

Além disto, focalizando este estudo no ingresso de servidores

ocupantes do cargo de Analista com graduação nas áreas de Tecnologia da

Informação, tivemos para a área de TI do INPI os seguintes resultados:

• Concluída a absorção do sistema EPTOS10 de patentes pela

Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação;

• Realizada a integração dos sistemas legados para novos

sistemas de pedidos de patentes;

• Implantados os módulos de exame técnico e de controle de

quinquênios de desenho industrial no sistema de protocolo e

patentes do INPI - SINPI;

• Concluída a hospedagem de documentos brasileiros de patentes

no portal do INPI;

10 EPTOS: European Patents and Trade Office System – Sistema de marcas e patentes do Escritório Europeu de Patentes.

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• Concluída a integração da Plataforma Lattes com a base de

dados do INPI (uso liberado para o CNPq);

• Finalizado o Sistema de Avaliação de Desempenho – SISGD.

Um outro item que não consta deste relatório mais pode ser

destacado como fundamental para o órgão, foi o aumento da capacitação

gerencial de chefes e demais gestores de unidades. O Programa de

Desenvolvimento Gerencial - PDG tem permitido elevar o nível de

competências dos gestores e reduzir tanto problemas de gestão como de

relacionamento entre chefes e subordinados.

As melhorias nos indicadores de marcas e patentes acima são

decorrentes dos esforços da CGRH, no sentido de obter o aumento dos

quadros de pessoal destas unidades; da melhor capacitação dos servidores

das Diretorias de Marcas e Patentes; do desenvolvimento gerencial das chefias

destas áreas que se traduz em melhores resultados individuais e das equipes,

dentre outros aspectos.

5.2. Os Impactos na CGRH

Com o fortalecimento institucional da CGRH no período de 2003-

2014, conseguido por meio do ingresso de recursos humanos, novas

instalações, melhoria dos processos de trabalho, digitalização de processos e

informatização, foi possível para a CGRH:

• Incremento de 238% no seu quadro de pessoal no período de

2004-2014, possibilitando que a unidade atenda melhor às

demandas de todo o INPI em termos de RH;

• Institucionalização do Plano Anual de Capacitação – PAC, em

atendimento ao contido no Decreto n°5.707/06;

• Desconcentração de atividades, por meio da obtenção de uma

nova estrutura organizacional (obtida através da Portaria MDIC n°

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149 de 15/05/2013). Com novas divisões e seções criadas, estas

puderam absorver atividades antes realizadas por uma única

unidade;

• Otimização de processos, por meio da informatização de

atividades como a avaliação de desempenho, controle de

frequência eletrônico e prestação de determinados serviços pela

intranet da CGRH;

• Aumento do suporte fornecido pela CGRH às demais unidades do

INPI, no que diz respeito aos assuntos afetos à gestão de

pessoas;

• Comunicação maciça de todos os programas, projetos, atividades

executadas pela CGRH a todos os atores (internos e externos à

CGRH), por meio de todos os meios de comunicação disponíveis

(e-mails, boletins internos, memorandos, cartazes), aumentando a

presença e a importância da área e reduzindo ruídos e problemas

de comunicação;

• O Centro de Treinamento do INPI passou a fazer parte do grupo

de Escolas de Governo, capitaneado pela Escola Nacional de

Administração Pública – ENAP (www.enap.gov.br);

• Participação dos projetos implementados pela CGRH no Fórum

ABRH de Administração Pública de 2015; participação como um

dos finalistas no Prêmio Luiz Carlos Campos também promovido

pela ABRH RJ, no ano de 2009, 2010 e 2013 (www.abrh-

rio.com.br);

• Participação do Projeto Qualidade de Vida do INPI como um dos

finalistas do Prêmio Ser Humano da ABRH Brasil em 2014

(www.abrhbrasil.org.br);

• A gestão de recursos humanos do INPI foi considerada

“Aprimorada” pelo Tribunal de Contas da União, de acordo com a

pesquisa sobre Governança e Gestão de Pessoas, realizada por

aquele tribunal em 2012, onde participaram 337 organizações do

setor público federal (www.senado.gov.br e www.brasil.gov.br).

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Por outro lado, a necessidade de reestruturação da CGRH, o

decorrente aumento das demandas de trabalho e o crescimento do quadro de

pessoal trouxe, também, alguns efeitos colaterais para a área que tiveram que

ser levados em conta no processo de gestão da mudança:

• O crescimento do quadro da CGRH, com o ingresso de servidores

mais novos ou com uma escolaridade mais elevada criou, em

certos momentos, problemas de relacionamento com servidores

mais antigos. Ou por que os novos se sentiam equivocadamente

“superiores” aos antigos ou, porque estes últimos se sentiam

“inferiores”. Ou também, porque os mais antigos se sentiam os

detentores de todo o conhecimento da área e a ideia de

compartilhar estes conhecimentos com os mais novos se era

entendida equivocadamente como “perda de poder”;

• Alguns projetos implantados pela área sofreram resistência

interna (CGRH) como externa (demais unidades, sindicato), seja

pelo sentimento de descrédito com a Administração de alguns

servidores, seja pela própria resistência a mudança de outros;

• O aumento das demandas de trabalho na CGRH levou a

problemas de adaptação e saúde para alguns servidores menos

resilientes, aumentando o número de dias de afastamento por

licença médica na área, como também em pedidos de remoção

para outras áreas;

• O crescimento do nível de importância da CGRH dentro da

instituição resultou em questões políticas com outras unidades do

INPI, que se sentiram menos prestigiadas.

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CONCLUSÃO

Se por um lado a necessidade de mudanças nas organizações hoje

em dia é inevitável, por outro, levá-las a efeito requer dos responsáveis por

implementá-las a consciência de que devem considerar diversos fatores

intrínsecos tanto às organizações como ao processo administrativo, para que

se obtenha resultados positivos na gestão da mudança. Neste aspecto, não há

diferenças se a organização é pública ou privada. Se a mudança é necessária,

elas irão acontecer, seja para a sobrevivência da organização, seja para o bem

da sociedade.

Assim, para um processo de gestão da mudança eficaz, o

planejamento estratégico deve ser considerado como uma ferramenta de

fundamental importância, pois permitirá alinhar os objetivos de cada uma das

áreas da organização com a estratégia da instituição como um todo. O

planejamento estratégico permite escolher aqueles objetivos que serão

considerados fundamentais para o sucesso da organização, deixando claro

para toda a organização o que deverá ser feito e como deverá ser executado.

A literatura diz que a cultura é o conjunto de valores, crenças,

normas, hábitos e experiências de determinado grupo de pessoas em

determinado espaço geográfico. Assim, conhecer ou ter uma boa noção da

cultura vigente na organização é algo de suma importância para o gestor do

processo de mudança. Conhecendo a cultura vigente, o gestor poderá anular

ou minimizar diversos problemas inerentes ao processo de mudança. Para tal,

ter uma comunicação organizacional é muito importante.

Em ambientes em que predominam o racionalismo, a burocracia, a

normatização e a automação como em diversas organizações, muitas vezes

não há espaço para a manifestação espontânea das pessoas, o que diminui a

possibilidade de motivação e engajamento destas, refletindo no desempenho

da instituição. A comunicação institucional se utilizada de forma correta e

assertiva, pode contribuir de diversas formas para o alcance dos objetivos da

organização, como, por exemplo, deixar clara as atribuições de cada setor da

instituição agilizando processos, como também proporciona a melhoria da

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imagem da área e da organização.

O processo de gestão das mudanças que foram empreendidas pela

CGRH no período de 2003-2014, procuraram utilizar como balizadores o

planejamento estratégico, o conhecimento da cultura organizacional e a

massificação da comunicação interna, para que fosse possível levar a efeito

todas as modificações que eram necessárias.

A utilização destas ferramentas permitiu levar adiante todas as

etapas previstas para um processo de gestão de mudança: a) a

fundamentação para a mudança, com as conclusões sobre o papel do INPI

após a elaboração da PITCE; b) a construção da mudança, com a decisão da

Administração do INPI de estruturar a CGRH para atender à organização; c)

estruturação da mudança, com a CGRH conhecendo a cultura organizacional

da instituição, elaborando o planejamento estratégico da área, reestruturando

suas unidades e a utilização dos meios de comunicação para anunciar a

mudança, e; d) mobilização para a mudança, com a comunicação

desempenhando papel de destaque na organização.

Assim, foi possível para a Coordenação – Geral de Recursos

Humanos do INPI contribuir para que a Administração do INPI fizesse frente a

todas as demandas de trabalho assumidas pelo Instituto. Ainda que o sucesso

do INPI dependa de outros fatores que não somente recursos humanos

(recursos orçamentários, gestões políticas, leis, decretos, etc.), todo o processo

de gestão da mudança da CGRH foi no sentido de possibilitar não só que o

órgão tenha uma gestão eficiente dos seus recursos humanos, mas como

também para que seja reconhecido como um dos escritórios de referência no

exame, concessão e gestão de direitos de propriedade intelectual no mundo,

como também para reduzir a vulnerabilidade do sistema de propriedade

intelectual brasileiro, criando um ambiente de negócios que estimule a

inovação, promova o crescimento, aumente a competitividade das empresas e

favoreça o aumento do desenvolvimento tecnológico, econômico e social, do

Brasil.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02AGRADECIMENTOS 03DEDICATÓRIA 04RESUMO 05SUMÁRIO 06INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO – MUDANÇA ORGANIZACIONAL 10

1.1. Contexto 101.2. Organização e Mudança 111.2.1. Conceito de Organização 121.2.2. Elementos da Organização 121.2.3. Conceito de Mudança 141.2.4. Origem das Mudanças 161.2.5. Fases da Mudança 171.3. A Comunicação na Organização 181.4. Gestão da Mudança 191.4.1. Etapa 1: Fundamentação da Mudança 211.4.2. Etapa 2: Construção da Mudança 221.4.3. Etapa 3: Estruturação da Mudança 231.4.4. Etapa 4: Mobilização para a Mudança 251.5. O Planejamento Estratégico como Ferramenta de Auxílio no

Processo de Mudança 26

CAPÍTULO II O INPI – INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 30

2.1. A Propriedade Intelectual 302.2. O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Intelectual 32

CAPÍTULO III A COORDENAÇÃO – GERAL DE RECURSOS HUMANOS DO INPI – CGRH

38

3.1. A Gestão de Recursos Humanos 383.2. Elementos a serem considerados na Gestão de Recursos

Humanos do INPI 39

3.3. A Coordenação – Geral De Recursos Humanos – CGRH 42

CAPÍTULO IV

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GESTÃO DA MUDANÇA – A REESTRUTURAÇÃO DA CGRH 54

4.1. Da Função de Coordenador e Chefias 544.2. Portaria MDIC N° 40 de 15/01/2004 554.3. Portaria MDIC N° 65 de 18/04/2006 574.4. Portaria MDIC N° 149 de 15/05/2013 65 CAPÍTULO V OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS NO INPI E NA CGRH 725.1. Os Impactos no INPI 725.2. Os Impactos na CGRH 75 CONCLUSÃO 78BIBLIOGRAFIA 80ÍNDICE DE FIGURAS 87ÍNDICE DE TABELAS 88ANEXO 89O AUTOR 90

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Forças Propulsoras da Mudança 23Figura 2 - Definição da Estratégia 27Figura 3 - Remessas ao Exterior em US$ 31Figura 4 - Faixa Etária dos Servidores do INPI 40Figura 5 - Tempo de INPI dos Servidores 41Figura 6 - Organograma da CGRH do INPI 43Figura 7 - Organograma da CGRH do INPI 45Figura 8 - Organograma da CGRH do INPI 48Figura 9 - Comunicado Sobre a Campanha de Vacinação da

CGRH/DISAO 59

Figura 10 - Mapa Estratégico da CGRH – Período 2007-2011 61Figura 11 - Notificação Sobre o Sistema SISGD 71

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Quadro de Servidores da CORHU 45Tabela 2 - Quadro de Servidores da CGRH 47Tabela 3 - Quadro de Servidores da CGRH 52Tabela 4 - Concurso Público 2004 56Tabela 5 - Concurso Público 2006 60Tabela 6 - Concurso Público 2008 64Tabela 7 - Concurso Público 2012 66

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ANEXO FICHA DE AVALIAÇÃO

Nas questões abaixo, circule a opção que melhor expressa sua

avaliação, utilizando a escala de 1 a 5, onde 1 significa péssimo, 2 ruim, 3

regular, 4 bom e 5 ótimo.

I – AVALIAÇÃO DO CURSO Coordenação Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo − Atenção e disponibilidade da coordenação do curso aos alunos 1 2 █ 4 5

− Interesse da coordenação na resolução de problemas dos alunos 1 2 █ 4 5 − Acompanhamento didático da coordenação 1 █ 3 4 5 Curso Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo

– Relação entre a mensalidade e o ensino oferecido 1 2 3 █ 5

Avaliação geral do curso 1 2 █ 4 5

Disciplinas Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo - Estrutura da grade curricular 1 2 █ 4 5

- Conteúdo programático das disciplinas 1 2 █ 4 5

- Relevância das disciplinas para o exercício da profissão 1 2 3 █ 5

- Nível de exigência das disciplinas 1 2 █ 4 5 Ensino Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo − Compatibilidade entre exames/provas e conteúdos dos curso 1 2 █ 4 5

− Interação entre teoria e prática 1 2 █ 4 5 − Metodologia de ensino 1 2 3 █ 5 − Formulação adequada dos objetivos das disciplinas 1 2 █ 4 5 − Adequação da cargahorária ao curso 1 2 █ 4 5 − Utilização de recursos audio visuais 1 2 3 █ 5 − Bibliografia utilizada 1 2 3 █ 5 − Monitoria de curso 1 █ 3 4 5

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O AUTOR

Luiz Carlos da Costa Pereira Junior

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro – SUESC Servidor Público Federal há 10 anos, concursado, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, ocupante da função de Chefe da Divisão de Planejamento e Gestão de RH desde 2010 e Coordenador – Geral de Recursos Humanos, Substituto desde 2007. Ocupou a função de Chefe do Serviço de Desenvolvimento de Recursos Humanos no ano de 2008.