45
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO DOCENTE DO ENSINO SUPERIOR Por: Emmanuel Rodrigues de Oliveira Neto Orientadora Prof. Mônica Ferreira de Melo Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO DOCENTE

DO ENSINO SUPERIOR

Por: Emmanuel Rodrigues de Oliveira Neto

Orientadora

Prof. Mônica Ferreira de Melo

Rio de Janeiro

2014

DOCU

MENTO

PRO

TEGID

O PEL

A LE

I DE D

IREIT

O AUTO

RAL

Page 2: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO

DOCENTE DO ENSINO SUPERIOR

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em docência do ensino superior

Por: Emmanuel Rodrigues de Oliveira Neto.

Page 3: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

3

AGRADECIMENTOS

A minha esposa Sandra por ter me incentivado e

ajudado na digitação, a minha orientadora Mônica

Melo, Aos meus amigos da pós-graduação que me

incentivaram e acreditaram em mim.

Page 4: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

4

DEDICATÓRIA

A todos filósofos por deixarem tesouros

magníficos em seus ensinos.

Page 5: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

5

RESUMO

O primeiro capítulo destaca a importância da Filosofia para a formação do

ser humano, com argumentações de diferentes autores. No segundo capítulo

apresento a Proposta Curricular da AVM Faculdade Integrada e no capítulo

terceiro contém a explanação da Filosofia na prática docente. A filosofia na

prática docente vai nos explicar os pressupostos dos atos de educar, ensinar e

apreender em relação às situações de transformação cultural da sociedade.

Page 6: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

6

METODOLOGIA

O estudo será desenvolvido pela Pesquisa Bibliográfica, Webgráfica,

documental, entrevistas, legislação etc, mediante aos seguintes autores:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires, CHAUÍ,

Marilena, COTRIN, Gilberto, GHIRALDELLI JR. Paulo, JASPERS, Karl,

LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei

nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Page 7: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA A

FORMAÇÃO DO SER 12

CAPÍTULO II - PROPOSTA CURRICULAR 18

CAPÍTULO III – FILOSOFIA NA PRÁTICA DOCENTE 22

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

ÍNDICE 36

Page 8: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

8

INTRODUÇÃO

A Filosofia é uma cadeira de reflexão profunda, acerca de uma dada

realidade, com o fim de encontrar a “verdade”, por muitas pessoas ela é vista

pela como algo inútil, principalmente num contexto onde a ênfase por questões

práticas domina, considerando útil apenas o que apresenta resultados

imediatos em forma de dinheiro, poder e fama.

Assim é fundamental que se resgate na mentalidade do docente a

utilidade da Filosofia, que em última análise reflete sobre a realidade, não

apenas para constatar como é, mas como pode ser.

Com frequência ouvimos os acadêmicos dizendo que, a cadeira de

Filosofia é inútil e demasiado complexa, não há empenho em aprofundar-se na

busca do sentido e do valor da Filosofia.

Esta situação acontece porque não se faz a relação da Filosofia com o

cotidiano, ficando esta, desconectada da realidade. A partir da nossa

experiência como aluno na AVM Faculdade Integrada, percebemos que alguns

professores não a utilizam em suas disciplinas como se esta fosse algo

desvinculado do processo de ensino e aprendizagem e da construção do

Page 9: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

9

conhecimento. Impera a idéia de que Filosofia é o estudo dos filósofos, como

se fosse um conhecimento do passado da humanidade e que nada tem a ver

com o presente e o futuro.

Neste contexto está situado nosso problema de pesquisa:

Qual a percepção que o acadêmico tem da Filosofia e sua importância na

formação docente?

No Brasil, durante o Regime Militar, a Filosofia foi excluída dos

currículos escolares, sendo considerada subversiva, e agora a partir da

abertura política retorna aos currículos escolares, porém somente se torna

obrigatória no Ensino Médio, ficando mais uma vez limitada a áreas

específicas, geralmente àquelas ligadas à formação de professores. Nos

cursos de graduação, não se torna conhecida e passa a ser desdenhada pelos

acadêmicos principalmente dos cursos de ciências exatas e técnicas.

Assim, são propósitos deste estudo, tanto em âmbito geral quanto

específico, analisar, investigar, e provocar a reflexão acerca da concepção que

o acadêmico tem da Filosofia e da sua importância para a formação humana e

docente.

Page 10: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

10

Nenhum docente pode considerar-se capacitado no momento em que

recebe o diploma de graduação, pois ele nada mais é do que uma “chave” com

a qual abrirá novas portas em busca de novos desafios, assim refletir acerca do

conhecimento e da utilização do mesmo torna-se essencial no processo da

formação do docente do ensino superior.

O conhecimento traz à luz da realidade e a partir dele é que a mesma

pode ser transformada. Do ponto de vista da Filosofia o conhecimento que se

pode ter do mundo humano pode oferecer bases mais sólidas nas interações

sociais que produzem, mantêm ou transformam a sociedade.

Partimos da premissa de que o Ensino Superior é o espaço favorável

para formar indivíduos capazes de efetivarem essa mudança, que

supostamente estaria construindo conhecimentos e que o indivíduo ao

construí-los, assume uma responsabilidade social da qual não poderá se

esquivar.

Especialmente no caso da Faculdade que é responsável pela difusão e

construção do conhecimento através do tripé, ensino, pesquisa e extensão,

constata-se a necessidade de formar acadêmicos comprometidos com seu

papel social e que assumam essa responsabilidade que, etimologicamente e

Page 11: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

11

em última instância, significa responder, dar respostas, entendo que sem

Filosofia torna-se quase impossível a efetivação desta “verdade” que o

acadêmico deve perceber.

Mediante aos estudos no ensino médio o autor dessa monografia

observava a dificuldade de aceitação da disciplina por parte dos alunos, bem

como a descaracterização da mesma por alguns professores que muitas vezes

a transformam em aulas de debates sobre artigos de revistas ou questões de

adolescentes que pouco contribuem para o desenvolvimento da reflexão

filosófica. Quando estes alunos chegam a Faculdade sem uma fundamentação

do que seja a Filosofia rejeitam-na.

Consciente de que esta visão ingênua da Filosofia está vinculada ao

despreparo do professor do Ensino Médio e consequentemente daquele que

será professor no Ensino Superior, reafirmamos a importância de pesquisar

qual a percepção da Filosofia pelos alunos do Ensino Superior para a partir daí

sugerir um trabalho de reformulação da postura docente e curricular nas

diferentes áreas do conhecimento.

O primeiro capítulo destaca a importância da Filosofia para a formação

do ser humano, com argumentações de diferentes autores. Fiz também uma

Page 12: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

12

explanação na qual apresento a relação existente entre educação e sociedade,

partindo do fato de que o contexto social, político e econômico determina a

estruturação do sistema educacional, influenciando assim a formulação dos

objetivos educacionais, bem como a escolha de conteúdos e métodos de

ensino.

No segundo capítulo apresento a Proposta Curricular da AVM

Faculdade Integrada e o ensino da Filosofia, considerando seus aspectos

gerais os quais são fundamentados na teoria histórico-cultural de Karl Marx.

Com base na teoria histórico-cultual de Marx pretende constituir um sistema

educacional que favoreça a construção de sujeitos históricos.

O capítulo terceiro contém a explanação da Filosofia na prática

docente. A filosofia na prática docente vai nos explicar os pressupostos dos

atos de educar, ensinar e apreender em relação às situações de transformação

cultural da sociedade.

Desta maneira se estrutura esta monografia, onde ao final exponho

minhas conclusões e pareceres a partir das experiências que vivenciei em

busca de respostas ao problema apresentado, bem como as referências

bibliográficas nas quais fundamentei meu trabalho.

Page 13: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

13

CAPÍTULO I

IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA

A FORMAÇÃO DO SER

Dentro do contexto da educação, é possível perceber um certo número

de literaturas que discutem a Filosofia na formação do docente, o que nos leva

a pensar se aqueles que ingressam no Ensino Superior concebem a idéia do

que é ser acadêmico, já que, segundo Josef Pieper, em seu livro “Que é

acadêmico? Que é Filosofia?”, o termo nada tem a ver com a definição pura

que nos remete a escola de Platão, mas sim a essência da academia, já que é

certo e “incontestável que a escola platônica de Atenas era uma escola

filosófica, um círculo de Filosofia” (1981, p. 57).

Com isso o que a caracterizava era a Filosofia, “o modo filosófico de

encarar o mundo” (1981, 57 p.) Podemos então a princípio estabelecer que

“acadêmico quer dizer filosófico. Diríamos então que formação acadêmica é

formação filosófica, ou, pelo menos baseada na Filosofia. Conclui-se então que

um estudo sem Filosofia não é um estudo acadêmico”. É necessário também

que se conceba o que quer dizer Filosofia. Geralmente há uma visão clássica

em que “encarar uma coisa filosoficamente significa, abstrair-se completamente

de tudo que costuma chamar-se de ‘vida-prática.’ ”

Page 14: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

14

Podemos observar que para que o estudante do Ensino Superior

elabore o conceito de acadêmico, faz-se necessário que este possa conceituar

Filosofia e conhecimento filosófico.

No portal do Mec (//portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf) temos a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD) Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. Esta Lei estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, no CAPÍTULO IV que fala sobre a Educação Superior no Artigo 43º

temos as seguintes orientações:

Art. 43º. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento

do espírito científico e do pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de

conhecimento, aptos para a inserção em setores

profissionais e para a participação no

desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar

na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação

científica, visando o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse

modo, desenvolver o entendimento do homem e do

meio em que vive;

Page 15: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

15

IV - promover a divulgação de conhecimentos

culturais, científicos e técnicos que constituem

patrimônio da humanidade e comunicar o saber

através do ensino, de publicações ou de outras

formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de

aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar

a correspondente concretização, integrando os

conhecimentos que vão sendo adquiridos numa

estrutura intelectual sistematizadora do

conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do

mundo presente, em particular os nacionais e

regionais, prestar serviços especializados à

comunidade e estabelecer com esta uma relação de

reciprocidade;

Na LBD no artigo 43º temos vários parâmetros filosóficos, onde se cada

instituição e futuros docentes seguirem estarão desenvolvendo um espírito

filosófico necessário para a realidade do contexto no nível superior.

Page 16: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

16

Partindo do pré-suposto de que “filosofar” é um ato em que é

ultrapassado do mundo do trabalho, da utilidade, do oportunismo, da

produtividade, do exercício de uma função, o mundo das necessidades e do

produto, o mundo da fome e do modo de saciá-la, o qual é dominado pelo

objetivo, realização do bem comum, mundo do trabalho na medida em que

trabalho significa o mesmo que atividade útil, a qual tem o caráter de atividade

e esforço ao mesmo tempo.

Assim quando se diz que filosofar é um ato que ultrapassa, transcende

o mundo do trabalho, percebemos que “filosofar” aparentemente um ato

teórico, “abstrato” transforma-se de repente num ato historicamente de extrema

atualidade.

Como são infindáveis as perspectivas desde as quais um assunto pode ser abordado, vemos aí então que a aprendizagem não termina nunca, o que torna perigosa, diria mesmo ridícula a postura de quem se acha o dono do saber (MORAIS, p.12).

Porém podemos afirmar que a hodierna situação da Filosofia é, antes

de tudo, caracterizada por esse agravamento, por essa ameaça do totalitarismo

por parte do mundo do trabalho e não pela problemática interna da própria

Filosofia.

Page 17: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

17

A Filosofia aparece cada vez mais, com aspecto de algo estranho, de

mero luxo intelectual, de algo incompatível e indigno de ser tomado a sério,

quando a exigência do mundo do trabalho, cada vez mais exclusivamente

embarga os passos do homem (1981, p. 4). Recordemos as ocupações que

dominam o dia de trabalho do homem de hoje, encontramos a correria diária

atrás da existência meramente física, alimentação, vestuário, habitação, enfim

as necessidades de progresso, de desenvolvimento, as lutas pelo

aproveitamento dos bens da terra, as oposições de interesses. E neste mundo

do trabalho encontramos também formas espúrias e mentirosas de pseudo-

atitudes fundamentais no que se refere a religião, a arte, aos comportamentos,

ao amor e a Filosofia.

Num mundo onde não pode florescer o aspecto religioso, onde a arte

não encontra lugar, onde o abalo da morte e do erro sé privado de sua

profundidade, e banalizado, aí não poderá florescer a Filosofia. (1981, p. 7)

Todas essas pseudo-atitudes fundamentais concordam em não só não

transcender, mas ainda em fechar o mundo mais e mais debaixo da cúpula, e

em enclausurar totalmente os homens no mundo do trabalho. (1981, p. 8).

É possível ratificar aqui através das palavras de Josef Pieper,

Page 18: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

18

a importância da Filosofia que é “in-úitil”, no sentido de ausência de utilidade e de aplicação imediata, porém extremamente útil na busca do saber. Devemos aqui considerar as palavras de Francis Bacon, que disse: “saber e poder são a mesma coisa”, e: “o sentido de todo saber é dotar a vida humana de novas invenções e meios de subsistência”, ou ainda de Karl Marx ” A Filosofia até agora só viu como tarefa sua interpretar o mundo: trata-se agora de transformá-lo (p.11)

Assim a tese de Josef Pieper afirma que pertence a essência do ato de

filosofar que ele transcenda o mundo do trabalho (1981, p.12). Vamos agora

considerar o aspecto filosófico da formação acadêmica, acreditamos que todo o

estudante universitário que se decide por determinada profissão espera que o

saber adquirido se torne frutuoso e útil. Assim entendemos que a finalidade do

estudo universitário, é, precisamente, formar médios, químicos e juristas

capazes encontramos aí a importância de preocupar-se com a finalidade do

conhecimento ou daquele que vai adquiri-lo.

“Todo aquele que quer ensina-aprender, deve estar de posse da arte de manter-se firme em suas convicções sem ser dogmático, e respeitoso das convicções alheias sem ser subserviente” (p.12).

Por isso se faz necessário que se determine concretamente a “maneira

filosófica” de estudar um ramo espacial da ciência, por exemplo, a química (p.

60). É importante que fique claro o fato de que a Filosofia não é uma “matéria”

ao lado de outras matérias de estudo, até mesmo a Filosofia pode ser estudada

enquanto matéria de estudo de maneira bem pouco filosófica. Assim a

Page 19: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

19

formação universitária só terá um caráter acadêmico, quando a Filosofia for de

fato, o princípio orientador da pesquisa e for encarada como uma atitude

fundamental diante do mundo.

Na LBD encontramos no artigo 44 e 45 as abrangências que o nível

superior deve ter:

Art. 44º. A educação superior abrangerá os seguintes

cursos e programas:

I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes

níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam

aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;

II - de graduação, abertos a candidatos que tenham

concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido

classificados em processo seletivo;

III - de pós-graduação, compreendendo programas de

mestrado e doutorado, cursos de especialização,

aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados

em cursos de graduação e que atendam às exigências das

instituições de ensino;

IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos

requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de

ensino.

Page 20: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

20

Art. 45º. A educação superior será ministrada em

instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com

variados graus de abrangência ou especialização.

O nível superior permite que aquele saiu do ensino médio ingresse

numa realidade de maior reflexão, que é o um dos fundamentos da filosofia.

Para Josef Pieper “a maneira filosófica de se estudar uma matéria

particular poderia ser o remédio contra aquilo que, desde há muito, é

considerado a ruína da vida acadêmica em nossas universidades: a demasiada

especialização” (p. 63).

Nas palavras de Edgar Morin (1999):

“Nossa tarefa como educadores do futuro está em

unir/globalizar, tomar consciência de que o

conhecimento só será pertinente e válido, na medida

em que reconhecer o contexto, o global, o

multidimensional, o complexo”. (p.46)

Dentre as argumentações do autor, existem dois aspectos que, a meu

ver, são problemáticos na Universidade Brasileira. Um, refere-se á supremacia

do conhecimento fragmentado, que impede de operar o vínculo entre as partes

e a totalidade. Existe a dificuldade de se perceber que as partes e o todo se

Page 21: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

21

relacionam e influenciam-se mutuamente. Sem a tomada de consciência de

que é necessário situar, conhecimento político, econômico, antropológico,

ecológico, filosófico enfim, tudo no contexto e no complexo planetário, a

Universidade não será capaz de cumprir sua função.

Karl Jaspers em seu livro ‘Introdução ao pensamento filosófico’, afirma:

“Estamos no mundo, mas nunca temos, por objeto, a totalidade do mundo. Aos

olhos do nosso conhecimento o mundo não aparece como unidade inteiriça,

mas fragmentada.” Além disso, vivemos um momento de crise em um mundo

de enigmas que se conflitam, o gênero humano está infeliz, a ciência dá lugar a

superstição da ciência e esta sob a máscara de pseudociência lembra um

amontoado de extravagâncias onde não está presente ciência, nem filosofia

nem fé. Ao refletir diante das colocações de Karl Jaspers pude concluir o

quando é urgente trazer à luz a consciência do homem, e esta é sem dúvida a

missão da Filosofia.

A produção do conhecimento que visa o bem comum é

responsabilidade de todos, especialmente do Ensino Superior que não pode se

omitir dessa (CHAUÍ, p. 17) “reflexão ampla em busca do fundamento e do

sentido da realidade em suas múltiplas formas indagando o que são, qual sua

permanência e qual a necessidade interna que as transforma em outras. O que

é o ser e o aparecer-desaparecer dos seres” (CHAUÍ, p. 26).

Page 22: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

22

Partindo por esta premissa é possível aplicar uma nova pedagogia ao

currículo escolar, a partir do momento em que professores e professoras

percebam que suas disciplinas pouco contribuem se não estiverem

relacionadas ao contexto histórico e social do processo de construção do

conhecimento. é certo que não é simples, já que, como se sabe, existem

muitos docentes que ainda se sentem os donos do saber e resistem em aceitar

que o aluno é um sujeito histórico e a educação, um processo dialético.

“Quem se dedica a filosofia põe-se a procura do homem, escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do destino comum da humanidade.” (JASPERS, 2003, p. 140).

Tendo então discorrido sobre a importância da filosofia para formação do ser

humano e principalmente do docente do ensino superior, refletiremos no

próximo capítulo sobre a proposta curricular do curso para formação de

docentes para o ensino superior na AVM Faculdade Integrada.

Page 23: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

23

CAPÍTULO II

PROPOSTA CURRICULAR

Neste capítulo o autor vai apresentar a Proposta Curricular da

Faculdade AVM Integrada no Curso de Docência do Ensino Superior,

destacando tanto os aspectos gerais que a fundamentam, quando os

específicos, referentes à Filosofia.

2.1.Curso de Docência do Ensino Superior

EMENTA

O curso de docência do ensino superior visa

favorecer profissionais, já graduados, que atuam ou

desejam atuar na prática docente em instituições de

ensino superior, através de uma metodologia

diferenciada, fundamentação teórica e legal, além de

ferramentas pedagógicas e administrativas,

desenvolvendo, implementando e aprimorando

processos educacionais, possibilitando assim

resultados eficientes e eficazes durante a prática.

2.1.1.Disciplinas

Page 24: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

24

A) DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

B) DINÂMICA DE GRUPO

C) DIREITO E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

D) FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

E) FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

F) METODOLOGIA DA PESQUISA E MONOGRAFIA

G) POLÍTICAS EDUCACIONAIS

H) PRÁTICA DE ENSINO

Esta exposição da Proposta Curricular da AVM Faculdade Integrada foi

retirado do site: http://www.avm.edu.br/ o autor desta monografia conclui que a

AVM Faculdade Integrada poderia acrescentar uma disciplina que trabalhasse

mais a filosofia e as suas relações com a docência, pois desta forma ela

ofereceria aos futuros docentes uma visão educacional mais aprofundada da

Filosofia.

Para atingir esta perspectiva mais filosófica no curso de formação de

docentes do ensino superior, poderia unir as seguintes disciplinas DIREITO E

LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL e POLÍTICAS EDUCACIONAIS e acrescentar

a disciplina FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO.

Então a proposta curricular ficaria assim:

A) DINÂMICA DE GRUPO

B) DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

Page 25: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

25

C) DIREITO E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL e POLÍTICAS

EDUCACIONAIS

D) FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

E) FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

F) METODOLOGIA DA PESQUISA E MONOGRAFIA

G) PRÁTICA DE ENSINO

Como uma proposta podemos destacar:

H) FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO.

UNIDADE I - FILOSOFIA E FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO:

1.1. A especificidade do saber filosófico.

1.2. O campo de saber da Filosofia da Educação: questões e

tarefas específicas.

UNIDADE II - REFLEXÕES CRÍTICAS ACERCA DO HOMEM E

SUAS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO:

2.1. A relação homem-mundo, sob uma perspectiva histórica.

2.2. A relação homem-mundo como ponto de partida da teoria e

da prática pedagógica.

2.3. A vivência do fenômeno educativo.

Page 26: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

26

2.4. A educação como fato histórico, político, social e cultural.

UNIDADE III - METODOLOGIA DIALÉTICA NA EDUCAÇÃO:

3.1. A dialética entre o afetivo e o cognitivo.

3.2. A educação como passagem do senso comum à consciência

filosófica.

UNIDADE IV- PRESSUSPOSTOS FILOSÓFICOS DAS TEORIAS

EDUCACIONAIS

4.1. Teorias não críticas.

4.2. Teorias críticas.

UNIDADE V - PRÁXIS EDUCATIVA CONTEMPORÂNEA: UMA

ANÁLISE CRÍTICA

6. METODOLOGIA

A disciplina Filosofia da Educação I será desenvolvida através dos

seguintes procedimentos metodológicos: aulas expositivas e

dialógicas, trabalhos individuais e coletivos (em grupo), estudo

com leitura de textos indicados, debates, seminários e reflexões

de temas específicos.

7- AVALIAÇÃO

Page 27: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

27

A avaliação ocorrerá ao longo do processo didático-pedagógico,

utilizando-se de diversos instrumentos para a atribuição das

notas. Constará, basicamente, de atividades integradoras, auto-

avaliação, avaliação da disciplina, resenhas e pesquisas

bibliográficas, obedecendo a critérios estabelecidos

coletivamente.

8. BIBLIOGRAFIA

Este conteúdo programático foi retirado da ementa do

curso de pedagogia da Universidade Federal do Amapá do site:

http://www2.unifap.br/borges.

Os conteúdos das disciplinas acima ficariam os mesmos da proposta

curricular da AVM Faculdade Integrada. Apenas seria acrescentado a disciplina

Fundamentos Filosóficos da Educação.

Page 28: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

28

CAPÍTULO III

FILOSOFIA NA PRÁTICA DOCENTE

Neste capítulo o autor traz uma reflexão sobre a importância do papel

da filosofia na prática docente. A proposta deste capítulo é atingir o específico

da filosofia na educação, superando a identificação com a sociologia, como

compreensão da realidade e ideologia dominante; a moral, como ensino de

valores; ou a história da filosofia, pelo estudo dos pensadores e suas idéias.

Do docente do ensino superior espera-se a suficiente qualificação para

pensar na Faculdade como espaço educacional. Pois, quem não pensa é

pensado ou alienado a outrem. Maneira que, cabe a filosofia proporcionar a

tríplice reflexão: antropológica, axiológica e epistemológica.

Neste capítulo será possível ter uma consciência mais aprofundada da

importância da filosofia no cotidiano e na participação da realidade social que

envolve a docência. Mostrando a filosofia como elemento para a leitura e visão

crítica da realidade, com certo grau de rebeldia e com vigor de transformação

social, para os alunos do ensino superior. No entanto, inexpressivo mostram-se

respostas que conduzem a pensar a presença da Faculdade no conjunto da

sociedade. A filosofia na prática do planejamento, como reflexão, pensar e

projetar a Faculdade que queremos, se esmorece. Convém perguntar: a final,

a Faculdade continua sendo pensada por quem? Neste sentido, baseado em

alguns filósofos da educação o autor partilha esta reflexão com acadêmicos e

profissionais da área, sobre a importância da filosofia na prática docente.

Page 29: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

29

No mundo, que nos recebe para a existência, a filosofia parece ser algo

obsoleto. Raramente sobrevivem as reformas dos cursos e currículos das

graduações e pós-graduações, com certa indiferença consta nos currículos das

Faculdades. Na sua maioria, os filósofos, para fugir do desemprego e

conseguir seu sustento, abraçam outras áreas do saber, renegando a filosofia a

segundo plano de aperfeiçoamento.

No entanto, a filosofia serve e comanda tudo. Está presente em toda a

decisão e estratégia de ação.

A filosofia se manifesta ao ser humano como uma forma de

entendimento que tanto propicia a compreensão de sua

existência, como lhe oferece um direcionamento para sua

ação, um rumo para seguir ou, ao menos, para lutar por

ele. Ela estabelece um quadro organizado e coerente de

visão de mundo, sustentando uma proposição organizada e

coerente de agir. [...] A filosofia não de modo algum uma

simples abstração independente da vida. Ela é, ao

contrário, a própria manifestação da vida humana e a sua

mais alta expressão. Traduz o sentir, o pensar e o agir do

homem. (LUCKESI, p.23).

Evidente que o ser humano, não se alimenta de filosofia, mas sem

dúvida nenhuma, vive com a ajuda da filosofia. Neste sentido prossegue o

autor em referência,

O que importa ter claro, por ora, é o fato de que a

filosofia nos envolve, não temos como fugir dela. Ela

é como o ar que respiramos, está permanentemente

Page 30: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

30

presente. Se nós não escolhermos qual é a nossa

filosofia, qual o sentido que vamos dar à nossa

existência, a sociedade na qual vivemos nos dará,

nos imporá sua filosofia. E como se diz que o

pensamento do setor dominante da sociedade tende

a ser o dominante da própria sociedade,

provavelmente aqueles que não buscam

criticamente o sentido para sua existência assumirão

esse pensamento dominante como o seu próprio

pensamento, a sua filosofia. Quem não pensa é

pensado! [...] a filosofia, portanto, não é tão somente

uma interpretação do já vivido e do que se está

objetivando, mas também a interpretação e desejos

do que está por vir, do que está para chegar. [...] É

um instrumento de ação e arma política e, como tal,

tem se utilizada, em todo o tempo, consciente ou

inconscientemente. [...] é uma interpretação do

mundo e é uma força de ação (p.25-27).

Segundo Luckesi (p.31), as relações entre filosofia e educação parecem

naturais. Enquanto a educação trabalha o desenvolvimento das novas

gerações de uma sociedade, a filosofia é a reflexão sobre o que e como devem

ser ou se desenvolver as gerações e a sociedade. É a filosofia que exige

postura do educador. Por isso diz:

Nas relações entre filosofia e educação só existem

realmente duas opções: ou se pensa e se reflete sobre o

que se faz e assim se realiza uma ação educativa

consciente; ou não se reflete criticamente e opaca o

existente na cultura da vida do dia-a-dia e assim se realiza

uma ação educativa com baixo nível de consciência. [...]

Filosofia e educação, pois, estão vinculadas no tempo e no

Page 31: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

31

espaço. Não há como fugir dessa ‘fatalidade’ da nossa

existência. Assim sendo, parece-nos ser mais válido e

mais rico, para nós e para a vida humana, fazer esta junção

de uma maneira consciente, como bem cabe a qualquer

ser humano [...] (LUCKESI, p.32-33).

A propósito do ser humano, vale complementar que os objetivos

educacionais devem sempre compreender a constituição de sujeitos

conscientes, críticos e responsáveis.

Pelo visto, a educação se delineia a partir de uma posição filosófica

definida. Convém compreender as relações entre educação e sociedade, ou

seja, o papel ou a função da educação em relação à sociedade, para a

realização de uma educação comprometida com esta sociedade.

Compreende-se o homem pela sua cultura, por meio do trabalho, com o

qual transforma a natureza e a si mesmo, e que pelo aperfeiçoamento da sua

atividade, é possível mediante a educação, como fator fundamental, a

humanização e a socialização. Compreendo educar como um processo

contínuo, que visa a alcançar na pessoa aquilo que ela possui de mais

humano, isto é, sua intelectualidade, sua afetividade e seus hábitos, para levá-

la à realização de um ideal, perseguido pela sociedade em que se encontra

inserida.

3.1. Natureza da Educação

Quanto a sua natureza, a educação não é simples transmissão da

herança dos antepassados, porém, é processo pelo qual também se torna

possível a gestação do novo e a ruptura com o velho. Isso ocorre de maneira

variável, conforme são as sociedades, estáveis ou dinâmicas. Para Libâneo

(2002), educar (em latim: educare) é conduzir de um estado para outro, é

modificar numa certa direção o que é suscetível de educação. O ato

Page 32: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

32

pedagógico pode ser definido como uma atividade sistemática de interação

entre seres sociais, tanto no nível interpessoal, como no nível da influência do

meio. Interação essa que se configura numa ação exercida sobre sujeitos ou

grupos de sujeitos, visando provocar neles mudanças tão eficazes que os

tornem elementos ativos desta própria ação exercida. Presume-se, a

interligação, no ato pedagógico, de três componentes: um agente (um

sujeito(s), num meio social, etc.), uma mensagem transmitida (conteúdos,

métodos, etc.) e um educando (aluno(s), uma geração etc.).

Aqui convém estabelecer algumas nuanças entre educação, ensino e

doutrinação. Educação é um conceito genérico, amplo, que supõe o homem

integral, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a

formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social. O

ensino consiste na transmissão de conhecimentos; enquanto a doutrinação é

uma pseudo-educação que não respeita a liberdade do educando, impondo-lhe

conhecimentos e valores. No processo da doutrinação, todos são submetidos

a uma só maneira de pensar e agir, destruindo cada qual o pensamento

divergente e com objetivo de manter a tutela. Ao contrário da doutrinação, a

educação tende a dissolver a assimetria entre educador e educando, pois, se

há inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se

torna eficaz a ação do agente da educação (ARANHA, p.50-51).

3.2. Conceitos de Ensino

Quanto aos conceitos de educação e ensino, não há como separar

esses dois pólos, pois como se poderia educar alguém sem informá-lo sobre o

mundo em que vive? É necessário ponderar a consciência e experiência de

humanidade, pois fazem o homem ter condições de tornar-se um ser moral e

político. A informação, por vezes, pretensamente tida como neutra, está

carregada de valores. Logo, a função, a coerência e a eficácia da educação na

sociedade, como afirma Aranha, “sendo intencional, será mais coerente e

Page 33: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

33

eficaz se souber explicitar de antemão os fins a serem atingidos no processo

“(p.51).

Na educação, constituída como uma prática humana, direcionada por

uma concepção teórica, denominada filosofia, a pedagogia se traduz como

uma concepção filosófica do papel da educação, em relação à sociedade e ao

homem que vive nesta sociedade. Ora, sobre tudo isso a reflexão se constitui

uma Filosofia da Educação. Ou seja, se a Filosofia se resume numa reflexão

radical, rigorosa, e de conjunto sobre o homem, o mundo e a realidade

circundante, então a Filosofia da educação pode ser definida como uma

reflexão radical, rigorosa e de conjunto, sobre os problemas educacionais.

Assim, pela filosofia, a pedagogia carrega o tom que lhe garante a

compreensão de valores que deverão orientá-la no futuro. No dizer de

Luckesi, “não há como se ter uma proposta pedagógica sem pressuposições,

(no sentido de (Fundamentos) e proposições filosóficas, desde que tudo o mais

depende desse Direcionamento “(p.33).

Outrossim, também cabe a filosofia a tarefa de fomentar a

interdisciplinaridade, inserindo os componentes curriculares na intencionalidade

do projeto educacional. (SEVERINO, p.10). Segue o mesmo autor, dizendo:

O que se espera da Filosofia da Educação no

currículo do curso de Formação ao Magistério é que

ela realize um trabalho integrador, Mediante o

desenvolvimento de uma reflexão sistemática,

metódica, rigorosa e crítica sobre as várias

dimensões em que se desdobra a existência dos

sujeitos/educandos. Cabe a essa disciplina destacar

os aspectos relacionados com a própria condição da

existência dos educandos e com a natureza

Page 34: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

34

simultaneamente teórica e prática do Processo

educativo (p.10).

Continuando a investigação no pensamento de Antônio Joaquim

Severino, é possível atribuir a Filosofia da Educação uma tríplice tarefa de

reflexão: nas dimensões antropológicas, epistemológicas e axiológicas.

Numa tarefa antropológica, ampla e aberta, a filosofia contribui no

sentido de não se deter ao tradicional da nossa cultura, ou seja, a essência

abstrata do homem, dada pela filosofia clássica ou a partir da ciência positiva.

Igualmente, insere o pedagogo numa reflexão Filosófica existencial de

educação. Ou segundo Marcel (1969, p.15), a educação se processa a partir

do sujeito encarnado, dos envolvidos na educação, que educam e se educa

não configurável a modelos abstratamente concebidos de uma natureza

humana.

Construir a imagem do homem em sua situação de

sujeito/educando. Integrando as contribuições das

ciências humanas [...] o sentido da existência do

homem só pode ser apreendida em suas mediações

e históricas e sociais concretas. A imagem que a

filosofia deve construir do homem só será

consistente se baseada nessas condições Reais da

existência (SEVERINO, p.37-38).

Compreendendo a educação como uma prática social, a reflexão

axiológica, faz a filosofia contribuir para a compreensão e efetivação dos

valores que norteiam e sustentam a educação. Bem como, a investigação da

dimensão valorativa da consciência e a expressão do agir humano relacionado

aos valores (SEVERINO, p.34).

Page 35: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

35

3.3. A epistemologia filosófica da Educação.

Uma terceira tarefa da Filosofia da Educação é a tarefa epistemológica.

Cabe-lhe instaurar uma discussão sobre questões

que envolvam os processos de produção,

sistematização e transmissão do conhecimento

presente no processo específico da educação...

porque a educação pressupõe também a

intervenção da subjetividade de todos aqueles que

se encontram envolvidos por ela... a filosofia da

educação investe no esclarecimento das relações

entre a produção do conhecimento e o processo de

educação. A construção de um sistema de saber no

âmbito Da educação, no estatuto científico da

própria educação, a natureza interdisciplinar do

conhecimento educacional, bem como o processo de

ideologização presente na teoria e na prática da

educação, seja, entre outros, os campos da

indagação epistemológica da filosofia da Educação

(SEVERINO, p. 38-39).

Destarte, no sentido intrínseco da filosofia da educação, é possível

entender sua presença no currículo, como exigência, dos cursos de formação

de docentes e na prática do profissional da educação. Trata-se de capacitar o

educador a refletir, olhar sobre e si e sua maneira humana. Ressaltando que,

a filosofia da educação não estabelece métodos ou Técnica de educação não

visa fornecer meios de educação. Seu objeto é distinto da pedagogia, da

sociologia ou da psicologia dos sujeitos envolvidos na educação.

Page 36: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

36

Enfim, não é por nada que Anísio Teixeira diz:

O professor de hoje tem que usar a legenda do

filósofo: Nada que é humano me é estranho [...] Tem

de ser um estudioso dos mais embaraçosos

problemas, [...] da civilização, [...] da sociedade e [...]

do homem; [...] enfim, filósofo [...] Ao lado da

informação e da técnica, deve possuir uma clara

filosofia da vida humana, e uma visão delicada e

aguda da natureza do homem, concorrendo para

tornar a vida humana mais rica, mais bela, mais

plena e mais feliz (TEIXEIRA apud (SCHMIDT,

p.119).

A Filosofia na educação é uma ferramenta integrante do elenco curricular dos

cursos para formação de docentes, ela proporciona aos educandos a

compreensão dos fundamentos filosóficos que alicerçam as teorias

pedagógicas contemporâneas, visando ainda instigar os futuros docentes a

buscarem novas alternativas à sua práxis educativa.

Page 37: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

37

CONCLUSÃO

Ao finalizar esta monografia, o autor da mesma pode afirmar que esta

foi uma experiência enriquecedora sob vários aspectos. Pelo fato de conhecer

uma série de autores que tratam, em suas obras, do tema ao qual foi proposto

neste trabalho, e pelo fato de que o problema que foi levantado nesta

monografia é relevante e está sendo discutido por muitos autores.

A realização dessa monografia foi sem dúvida uma experiência impar

na vida do autor o qual lhe proporcionou uma visão mais ampla e segura no

campo da filosofia na formação de docentes, este trabalho também

proporcionou a oportunidade de conhecer diferentes metodologias de pesquisa

muitas das quais desconhecidas pelo autor. Sem dúvida, é um aspecto

importante, pois sempre que trilhamos novos caminhos na busca do

conhecimento vamos enriquecendo-nos e consequentemente descobrimos o

quanto há para se saber e que o que sabemos é muito pouco.

Esta monografia, tratou da questão A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA

NA FORMAÇÃO DO DOCENTE DO ENSINO SUPERIOR, mediante as

pesquisas realizadas o autor pode chegar a uma resposta razoável a respeito

do problema proposto nesta monografia, foi possível perceber claramente, que

há uma grande defasagem, no campo da filosofia no que dez respeito a sua

utilidade. Existe nas Faculdades uma visão pouco clara, diria mesmo, ingênua

por parte dos acadêmicos, a respeito da Filosofia e de seu papel na sua

formação do docente. Visão esta que também não é muito diferente por parte

dos professores, já que me pareceu não haver clareza a respeito do papel que

a Filosofia pode e deve exercer na formação do docente do Ensino Superior.

Page 38: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

38

Enfim, o autor espera que a partir dessa pesquisa possam ser

elaborados, estudos mais aprofundados a respeito deste fenômeno.

Especialmente no que tange aos currículos dos cursos de nível superior para

formação de docentes, com o objetivo de ampliar a cadeira de filosofia,

levando-a para um número maior de cursos. Bem como buscar rever e elaborar

métodos didático - pedagógicos que permitam uma maior compreensão do

papel e da utilidade da Filosofia na formação do profissional do Ensino

Superior.

Podendo assim buscar e construir melhores subsídios para uma

reformulação dos currículos e P.P.Ps dos cursos visando maior espaço para a

Filosofia na Faculdade.

Sem dúvida há muito por fazer. e a caminhada não é fácil porém na

perspectiva de se chegar ao ótimo podemos realizar o bom, por isso educação

na Faculdade são instrumentos capazes de humanizar o homem através da

Filosofia, tornando assim a educação um fenômeno e um processo social,

neste aspecto reside a importância e o papel da Faculdade.

Consideramos aqui a real contribuição da reflexão filosófica, a qual

poderá efetivamente melhorar o trabalho de educadores e acadêmicos no

contexto do Ensino Superior.

Page 39: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1- ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires,

Filosofando–

2- COTRIN, Gilberto, Fundamentos da Filosofia– Ser, Saber e Fazer. 11ª

ed. São Paulo: Saraiva, 1995

3- HIRALDELLI JR. Paulo, O que é Filosofia da Educação, D.P.A.

4- JASPERS, Karl, Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix,

2003.

5- LORIERI, Marcos Antônio; RIOS, Terezinha Azeredo, Filosofia na escola

– O prazer da reflexão. São Paulo: Moderna, 2004

6- LUCIANO, Fábia Liliã, Metodologia científica e da pesquisa. Criciúma:

Ed.do autor, 2001.

7- MINAYO, Maria Cecília de Souza, Org. Pesquisa Social– Teoria, Método

e Criatividade. 16ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2000.

8- PIEPER, Josef, Que é Filosofia? Que é Acadêmico? São Paulo: E.P.U.,

l981 PROPOSTA

9- RICHARDSON, Roberto Jarry e colaboradores, Pesquisa Social–

Métodos e Técnicas. 3ªed. São Paulo: Atlas, 1999.

10- SCHMIDT, Irineu Aloísio. A filosofia da educação de Anísio

Teixeira e o pragmatismo.

Page 40: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

40

11- SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a

cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

12- ALVES, Rubens. Conversa com quem gosta de ensinar. 22ed. São

Paulo: Cortez, 1988.

13- ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofando. São Paulo: Moderna, 1986.

14- ________. Filosofia da educação. 2ed. São Paulo: Moderna, 1996.

15- BORDIEU, Pierre. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema

de ensino, em coautoria com Jean-Claude Passeron. Rio de Janeiro:

Francisco Alves, 1982.

16-

17- BORGES FILHO, João Nascimento. Política Cultural na Educação

Superior: os casos das Universidades Federal e do Estado do Amapá -

UNIFAP e UEAP (Dissertação de Mestrado). Fortaleza: UECE, 2010.

18- ________. Educação e luta popular: o projeto político alternativo da

UNIPOP.

19- Belém: UFPa, 1992 (mimeo).

20- ________. Superdotação e projeto político-pedagógico: o caso do

Estado do Pará. Belém: UFPa, 1991 (mimeo).

21- BUZZI, Arcângelo. Introdução ao pensar. 22ed. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

22- CECCON, Claudius et al. A vida da escola e a escola da vida. 15ed.

Petrópolis, RJ: Vozes/IDAC, 1986.

23- CHAMADOIRA, Luiz (Org.). Educação integral pela trilogia analítica.

São Paulo: Proton, 1984.

Page 41: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

41

24- CHAUÍ, Marilena et al. Primeira filosofia: lições introdutórias. São Paulo:

Brasiliense, 1984.

25- ________. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

26- CHISHOLM, R. Teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.

27- COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas.

15ed. São Paulo: Saraiva, 2000.

28-

Page 42: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

42

BIBLIOGRAFIA CITADA

1- PIEPER, Josef, Que é Filosofia? Que é Acadêmico? São Paulo:

E.P.U. , 1981.

2- CHAUÍ, Marilena, Convite à Filosofia. 6ª ed. São Paulo: Àtica, l997.

3- CHAUÍ, Marilena, Filosofia – Série Novo Ensino Médio. São Paulo:

Àtica, 2002.

4- JASPERS, Karl, Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo:

Cultrix, 2003.

5- MORAIS, Regis de, Org. Sala de aula– Que espaço é esse?

Campinas-SP: Papirus, l986.

6- LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo:

Cortez, 1995.

7- SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a

cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

Page 43: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

43

8- MARCEL, Gabriel. Diário Metafísico. Madri: Ediciones Guadarrama,

1969.

9- SCHMIDT, Irineu Aloísio. A filosofia da educação de Anísio Teixeira e

o pragmatismo.

10- Morin, Edgar. Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro.

Cortez Editora, 1999.

11- Site da AVM Faculdade Integrada

Page 44: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

44

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA A

FORMAÇÃO DO SER 12

CAPÍTULO II - PROPOSTA CURRICULAR DA AVM

FACULDADE INTEGRADA 18

2.1.Curso de Docência do Ensino Superior 20

EMENTA 20

2.1.1.Disciplinas 20

A) DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 21

Page 45: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE … JASPERS, Karl, LORIERI, Marcos Antônio; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 7 SUMÁRIO

45

B) DINÂMICA DE GRUPO 21

C) DIREITO E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 21

D) FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 22

E) FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 22

F) METODOLOGIA DA PESQUISA E MONOGRAFIA 23

G) POLÍTICAS EDUCACIONAIS 23

H) PRÁTICA DE ENSINO 23

CAPÍTULO III – FILOSOFIA NA PRÁTICA DOCENTE 22

3.1. Natureza da Educação 31

3.2. Conceitos de Ensino 32

3.3. A epistemologia filosófica da Educação 34

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

BIBLIOGRAFIA CITADA 36

ÍNDICE 44