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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS DE APOIO OFFSHORE JANIO INOCÊNCIO DIAS ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro (RJ) 2019 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · conhecimento no segmento de Petróleo & Gás, já que, cada vez mais, as empresas de exploração e produção de petróleo demandam

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GESTÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS DE

APOIO OFFSHORE

JANIO INOCÊNCIO DIAS

ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro (RJ)

2019

DOCUMENTO P

ROTEGID

O PELA

LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA – SUPPLY CHAIN

MANAGEMENT

Por: Janio Inocêncio Dias

GESTÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS DE

APOIO OFFSHORE

Rio de Janeiro (RJ)

2019

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AGRADECIMENTOS

À minha família, aos amigos do Curso e parentes.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu falecido pai, à minha mãe, minha

esposa, ao meu filho e minha família como um

todo.

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RESUMO

Este estudo trata do tema Gestão da Prestação de Serviços Logísticos

de Apoio Offshore. O objetivo básico é mostrar as etapas dos processos e as

consequências dos impactos que falhas no processo logístico podem causar ao

sistema, como, por exemplo, paradas de produção e atraso no cronograma de

perfuração de determinado poço e aumento dos custos da operação. Com isso

demonstrar os benefícios e vantagens de uma boa Gestão baseada em

parcerias e sustentabilidade econômica.

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METODOLOGIA

Os métodos utilizados para o desenvolvimento deste estudo foram

baseados em leitura de livros e pesquisa bibliográfica.

Sendo distribuído em três capítulos com o objetivo de mostrar a visão

de alguns autores e abordagens metodológicas em relação à Gestão da

Prestação de Serviços Logísticos de Apoio Offshore.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Processos Logísticos de Apoio Offshore 11

1.1. Apoio Logístico Offshore 12

1.2. Planejamento Logístico nas Atividades Offshore 14

1.3. Tipos de Embarcações 15

CAPÍTULO II

Implantação de Outsourcing nos Contratos de Prestação

de Serviços 19

2.1. Gestão do Relacionamento de Fornecedores

(Supplier Relationship Management – SRM) 19

2.2. Gestão de Contratos de Fornecimento e Desenvolvimento de

Parcerias 20

2.3. Aspectos do Outsourcing 22 2.4. Implantação de Outsourcing nos Contratos de Prestação de Serviços 24

2.5. Ciclo de Vida do Projeto de Implementação de Outsourcing Logístico 25

CAPÍTULO III

Benefícios e Vantagens de uma Gestão Eficiente na Logística Offshore

para as Empresas de Catering Offshore no Brasil 27

3.1. Hotelaria Marítima, Hotelaria Offshore ou Catering Offshore 28

3.2. Análise e Discussão de Resultados 31

3.3. Benefícios e Vantagens de uma Gestão Eficiente na Logística

Offshore 34

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO

A logística de apoio Offshore vem se tornando uma nova área de

conhecimento no segmento de Petróleo & Gás, já que, cada vez mais, as

empresas de exploração e produção de petróleo demandam elevados níveis de

serviço das atividades de suporte à operação. Isso é consequência dos

impactos que falhas no processo logístico podem causar ao sistema, como, por

exemplo, paradas de produção e atraso no cronograma de perfuração de

determinado poço e aumento dos custos da operação.

Para atender ás atividades de sondagem, perfuração e produção de

petróleo se faz necessário o planejamento logístico de todas as atividades de

apoio, suporte e utilidades necessárias. Quanto maior a distância entre o ponto

de suprimento de matéria-prima e insumos, maiores serão as dificuldades do

planejamento logístico.

As operações logísticas para a indústria do Petróleo & Gás são

realizadas por meio de uma gama diversificada de equipamentos, desde os

mais diversos tipos de embarcações e aeronaves.

Com relação aos fatores financeiros, é importante ressaltar que o custo

dessa operação é bastante elevado dado que sua cadeia logística compreende

a armazenagem e transporte terrestre das cargas, a operação portuária e o

transporte marítimo até as unidades marítimas, além de atividades como

transportes de passageiros e serviços como movimentação de Unidades

Marítimas.

Por todos esses motivos, é fundamental uma Gestão eficiente dos

serviços prestados pelos seus fornecedores e parceiros utilizando ferramentas

estratégicas que possa garantir a integração e sincronização de toda a cadeia,

pois ineficiências serão geradas ao longo do processo. Além disso, é

importante que a operação seja controlada por indicadores que irão identificar

falhas na cadeia, sendo possível atuar na etapa que não está atendendo ao

planejado, minimizando o impacto no atendimento final às unidades marítimas.

Este estudo está estruturado em três capítulos sendo eles: Processos

Logísticos de Apoio Offshore e suas etapas, Implantação de Outsourcing nos

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Contratos de Prestação de Serviços e os Benefícios e Vantagens de uma

Gestão eficiente para as empresas de Catering Offshore no Brasil.

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CAPÍTULO I

PROCESSOS LOGÍSTICOS DE APOIO OFFSHORE

A logística de apoio Offshore vem se tornando uma nova área de

conhecimento no segmento de Petróleo & Gás, já que, cada vez mais, as

empresas de exploração e produção de petróleo demandam elevados níveis de

serviços das atividades de suporte à operação. Isso é consequência dos

impactos que falhas no processo logístico podem causar ao sistema, como, por

exemplo, paradas de produção e atraso no cronograma de perfuração de

determinado poço e aumento dos custos da operação.

Para atender às atividades de sondagem, perfuração e produção de

petróleo se faz necessário o planejamento logístico de todas as atividades de

apoio, suporte e utilidades necessárias. Quanto maior a distância entre o ponto

de suprimento de matéria-prima e insumos, maiores serão as dificuldades do

planejamento logístico.

As operações logísticas para a indústria do Petróleo & Gás são

realizadas por meio de uma gama diversificada de equipamentos, desde os

mais diversos tipos de embarcações e aeronaves.

Com relação aos fatores financeiros, é importante ressaltar que o custo

dessa operação é bastante elevado dado que sua cadeia logística compreende

a armazenagem e transporte terrestre das cargas, a operação portuária e o

transporte até as unidades marítimas, além de atividades como transportes de

passageiros e serviços como movimentação de Unidades Marítimas.

Por todos esses motivos, é fundamental uma Gestão eficiente dos

serviços prestados pelos seus fornecedores e parceiros utilizando ferramentas

estratégicas que possa garantir a integração e sincronização de toda a cadeia,

pois ineficiências serão geradas ao longo do processo. Além disso, é

importante que a operação seja controlada por indicadores que irão identificar

falhas na cadeia, sendo possível atuar na etapa que não está atendendo ao

planejado, minimizando o impacto no atendimento final às unidades marítimas.

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As atividades logísticas são levadas a cabo pela primeira vez quando o homem

se vê perante a situação de ter mais coisas do que podia consumir. A primeira

vez que os homens transportam o resultado do seu trabalho do ponto de

origem, seja da beira de um lago, [...] é o momento em que surge a logística.

Ainda que, tais coisas somente tenham ocorrido entre os membros da mesma

família primitiva, o simples movimento desses produtos, assim como suas

coletas, constitui a logística. (HESKETT et al., 1964 apud POIST, 1986, p.55)

1.1 APOIO LOGÍSTICO OFFSHORE

O apoio logístico offshore no Brasil começou há mais de 50 anos,

quando levantamentos sísmicos na plataforma continental, em 1996, marcaram

o início da prospecção de petróleo no mar. A partir de 1968, quando foi

descoberta a primeira jazida offshore de petróleo brasileira, através da

plataforma flutuante P-1, no campo marítimo de Guaricema, Sergipe, nascia

juntamente o apoio logístico offshore no Brasil.

Assim como muitos dos mercados de Apoio Marítimo pelo mundo, O

Brasil está sofrendo o efeito danoso dos baixos preços do petróleo. Como se

não bastasse, uma perfect storm se formou, pois, além da Economia que se

encontra em recessão, o escândalo político evidenciado pela Operação Lava

Jato expôs o que o país tem de pior.

A situação levou o país a uma recessão sem precedentes, milhões de

desempregados e empresas abandonando o país, enquanto outras lutam

incansavelmente para permanecerem.

Armadores e operadoras do Apoio Marítimo em todo o mundo foram

fortemente impactados pela baixa no preço do petróleo, mas no Brasil isto foi

ainda pior devido à situação do país e ninguém vem sofrendo tanto como as

empresas norueguesas instaladas no país. De acordo com dados da ABEAM

(Associação Brasileira das Empresas do Apoio Marítimo), o número de

embarcações de apoio operadas por armadores noruegueses caiu em mais de

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40% desde 2013, saltando de 81 navios para apenas 48 neste mês de outubro

e este número continua caindo.

O número total de navios operando sob todas as bandeiras e países

cairão de aproximadamente 500 para 400, sendo que teremos de seis a dez

navios de bandeira brasileira entrando no Mercado por ano.

Até três anos atrás, os armadores noruegueses operando no Apoio

Marítimo brasileiro tiveram uma boa performance, enquanto o preço do barril

de petróleo permanecia em torno de US$ 100. A ANP registrava, nessa época,

uma descoberta após a outra, especialmente na camada do pré-sal e a

indústria brasileira estava crescendo, permitindo que os armadores tivessem

uma boa rentabilidade, gerando divisas para si, mas também para o país e

principalmente empregando brasileiros, tanto a bordo como em terra. Porém,

esta era a situação daquela época, e agora o que temos é o barril de petróleo

se recuperando, mas ainda sendo negociado em torno de US$ 50, o que é

positivo se comparado ao fundo do poço a crise, quando o barril era negociado

a US$ 30, mas ainda bem longe do barril a US$ 100.

A Petrobras, que domina o mercado brasileiro de petróleo, está num

regime de contenção de custos bem drástico e isso levou à suspensão

temporária de alguns contratos e até mesmo ao cancelamento de outros,

muitas vezes sem as devidas indenizações contratuais, causando uma chuva

de ações da Justiça e o questionamento da credibilidade da mesma.

Neste cenário, as atividades de apoio logístico têm desafiado aos

gestores a buscarem alternativas que possam reduzir os custos operacionais e

ao mesmo tempo, atender a expectativa do cliente em relação ao nível de

serviço ofertado. Dentre estas atividades, a programação e construção de

roteiros de uma frota de embarcações, para o transporte de suprimentos para

as unidades marítimas tem sido uma das mais importantes e ao mesmo tempo

complexa devido ao aumento da frota e da demanda.

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1.2 PLANEJAMENTO LOGÍSTICO NAS ATIVIDADES OFFSHORE

Diante das recentes descobertas de acumulações gigantescas de

petróleo e gás natural na extensa camada Pré-Sal presente em boa parte da

plataforma continental brasileira, a Petrobras, após mais de meio século de

pesquisas e experiências acumuladas, novamente depara-se com desafios

tecnológicos, gerenciais e logísticos, proporcionais à grandeza dos

reservatórios localizados nessa nova fronteira tecnológica. Nesse contexto, as

atividades off-shore têm sido fortemente intensificadas, recebendo um

percentual significativo dos investimentos para que os objetivos estratégicos da

companhia e do país possam ser alavancados. Dentre estas atividades, a

logística tem mostrado uma especial importância, dado o impacto financeiro e

estratégico que exerce sobre as outras atividades. Do ponto de vista

estratégico, a gestão eficiente dos processos logísticos pode se apresentar

como vantagem competitiva, sendo a fonte desta vantagem à diferenciação da

organização aos olhos dos clientes e a redução dos custos de operação. Com

a busca constante por melhorias no atendimento e aumento da eficiência

(incluindo reduções de custos e de tempo de entrega), as organizações

investem cada vez mais em sistemas informatizados. Nos últimos anos, os

operadores logísticos atuantes no Brasil procuraram ampliar a utilização de

sistemas ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de

Gestão Empresarial, no Brasil) e roteirizadores (SILVA, 2010; SIKILERO, 2009;

SLACK et al., 2009).

Dentro da Petrobras, vários suprimentos são transportados até as

Unidades Marítimas (UM’s) por meio de embarcações para que os projetos de

exploração e produção de petróleo possam ser desenvolvidos. Assim, uma

importante atividade é a determinação da roteirização e da programação de

atendimento destas embarcações, de forma a atender todas as solicitações de

suprimentos nos prazos pré-determinados para que as atividades a bordo das

UM’s possam ser realizadas de forma contínua, sem que haja interrupções que

gerem atrasos nos projetos e a consequente perda econômica para a empresa.

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A partir deste cenário bastante complexo no qual são consideradas

inúmeras variáveis de decisão na elaboração das roteirizações e das

programações das embarcações, é natural o surgimento de questionamentos

sobre a eficácia do atual modus operandi aplicado à programação da frota

existente. Principalmente, se for considerado as recentes descobertas de

reservas de petróleo que apontam para um forte crescimento da demanda, o

que leva a pensar em uma solução computacional para resolver o problema de

programação e roteirização das embarcações. Cabe ressaltar, que devido à

existência de várias combinações possíveis dos parâmetros em um problema

de programação e roteirização, nem sempre é possível encontrar na literatura

um problema que se encaixe exatamente nas condições reais estudadas.

Diante deste cenário, em (HENTZY et al., 2012) é proposto um modelo

matemático que permite auxiliar ao operador na determinação das rotas e da

programação de atendimento de cada uma das embarcações da frota, as quais

podem estar localizadas nos portos ou cumprindo escala de atendimentos, de

forma a minimizar as distâncias percorridas, otimizando a utilização da frota e

reduzindo os riscos de paradas operacionais nas unidades marítimas por falta

de suprimentos. Segundo Hentzy et al. (2012), o problema abordado é um

problema de otimização combinatória de alta complexidade computacional,

sendo do tipo NP-Hard. À medida que o número de UM’s e embarcações

aumentam o tempo computacional requerido pelos métodos exatos se eleva de

forma exponencial.

1.3 TIPOS DE EMBARCAÇÕES

De acordo com a ABEAM (Associação Brasileira das Empresas do

Apoio Marítimo), os principais tipos de Embarcações Marítimas são:

AHTS (Anchor Handling and Tug Supply): Embarcações de

elevada potência que atuam como rebocador, manuseio de âncoras e

transporte de suprimentos.

PSV (Platform Supply Vessel): Utilizadas para transporte de

suprimentos.

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SV (Mini Suplly Vessel): Mini supridores às plataformas de

petróleo.

FSV (Fast Suplly Vessel): Supridores de cargas rápidas.

Crewboat: Adotadas para transporte de tripulantes para as

plataformas.

OSRV (Oil Spill Response Vessel): Utilizadas para combate a

derramamento de óleo.

RSV (Remotely Support Vessel): Embarcações equipadas com

veículos de operação remota (Remotely Operated Vehicle - ROV).

RV (Research Vessel): Embarcações de Pesquisa.

DSV (Diving Support Vessel): Embarcações para suporte e

apoio ao mergulho.

WSV (Well Stimulation Vessel): Empregadas para estimulação

de poços de petróleo.

PLSV (Pipe Laying Support Vessel): Embarcação complexa e

altamente especializada, dotada de equipamentos/sistemas sofisticados e de

elevado valor, é usada para construção e lançamento de linhas rígidas e

flexíveis.

MPSV (Multi-Purpose Support Vessel): Embarcações que são

empregadas em múltiplas tarefas.

A ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) estabeleceu

novas diretrizes para a circularização na navegação de apoio marítimo. A

medida pretende reduzir o prazo de negociação e contratação de embarcações

brasileiras e atende a um pleito feito pela ABEAM em setembro do ano

passado, conforme publicado pela Brasil Energia Petróleo.

Entre as diretrizes estão à determinação de que o requisito técnico do

processo licitatório seja anexado ao pedido da solicitação de circularização ao

mercado; que a intervenção da ANTAQ seja solicitada somente quando houver

demanda para arbitragem ou mediação entre as partes envolvidas; e que seja

verificado, no prazo de dez dias, se existe alguma ação a ser feita pela

agência.

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No ofício endereçado ao Presidente da ABEAM Ronaldo Lima, o

Diretor da ANTAQ Adalberto Tokarski afirma não haver impedimento para que

todos os interessados na circularização – processo em que se verifica a

disponibilidade de barcos brasileiros antes da contratação de um barco

estrangeiro – sejam comunicados pelo SAMA (Sistema de Afretamento na

Navegação Marítima e de Apoio), como pleiteado pela associação.

Ainda em resposta à ABEAM, Tokarsky explica que a Petrobras tem

circularizado OSRVs com muita frequência porque os Certificados de

Autorização de Afretamento (CAAs) – mandatórios para barcos estrangeiros –

têm sido emitidos com prazos curtos (em média de dez dias), já que as

empresas brasileiras de navegação (EBNs) têm liberado o bloqueio nesses

prazos.

Sobre o cancelamento de circularizações no SAMA, o diretor da

ANTAQ argumenta que a Petrobras efetua os cancelamentos quando o prazo

de mobilização da embarcação expira. “Todo o cancelamento tem que ser

justificado. Portanto, não há cancelamento sem a devida justificativa”, afirma.

Tokarsky assinala também que a demora nas contratações da

Petrobras se explica pelas exigências legais para compras da petroleira, seja

pelo procedimento licitatório simplificado ou via contratações diretas, e que não

há uma norma que estabeleça um prazo para conclusão das negociações no

SAMA (a ABEAM propôs um prazo de 60 dias para tanto).

“Acredito que haverá diminuição significativa do prazo de

negociação/contratação, tendo em vista a implementação das novas diretrizes

para as circularizações na navegação de apoio marítimo”, conclui o diretor da

ANTAQ.

De acordo com dados da ANTAQ, existem hoje 88 embarcações com

CAA vigentes, dos quais um terço (29 barcos) são AHTSs. A lista tem ainda 14

PLSVs, 11 OSRVs, nove UMSs, oito RSVs, sete MPSVs, três DSVs, dois

Crews, dois OCVs (construção offshore), dois WSVs (estimulação de poços) e

um PSV.

A Petrobras é a operadora de quase 90% das embarcações, com 77

unidades. Na sequência estão a Bram Offshore, com três barcos, Maersk (dois)

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e Acamin, Deep Sea Supply, Farstad Shipping, Norskan (DOF), OGX (OGPar)

e Queiroz Galvão E&P, com uma embarcação cada uma.

Quase todos os afretamentos (85) são da modalidade “por tempo”;

apenas três são “a casco nu”. Os CAAs que validam esses contratos têm

término previsto entre março de 2017 (oito chegam ao fim este mês) e abril de

2018. O pico de CAAs expirando será em abril deste ano, quando chegarão ao

fim 13 CAAs.

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CAPÍTULO II

IMPLANTAÇÃO DE OUTSOURCING NOS CONTRATOS

DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

No final dos anos 1990, a área de Compras passou a ganhar maior

importância no meio empresarial e acadêmico. Cooper; Lambert e Pagh (1997)

definiram a Gestão do Relacionamento de Fornecedores (Supplier Relationship

Management – SRM) como um dos processos que compõem a Gestão da

Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM). Essa nova

abordagem defende que, com a aplicação dos princípios de SCM, as empresas

podem melhorar a sua competitividade, sendo a Gestão do Processo de

Compras parte importante nessa busca pela vantagem competitiva.

Segundo Lambert e Cooper (2000), a definição de Gestão da Cadeia

de Suprimentos, desenvolvida e utilizada pelos membros do The Global Supply

Chain Fórum, é:

A integração dos principais processos de negócios que

produzem produtos, serviços e informações através de

uma cadeia de suprimentos que agrega valor para

clientes e as demais partes interessadas e envolvidas

(stakeholders).

2.1 GESTÃO DO RELACIONAMENTO DE FORNECEDORES

(Supplier Relationship Management – SRM )

Muitas empresas têm adotado como estratégia, a concentração em seu

negócio principal, passando a relacionar-se com um grande número de

fornecedores, deixando de atuar isoladamente e passaram a atuar em

conjunto, visando se tornarem mais competitivas.

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Para serem mais competitivas, é importante que as empresas possam

contar com fornecedores competentes que atuem em sintonia com as

estratégias estabelecidas, visando alcançar os resultados esperados.

Fornecedores parceiros, bem preparados e confiáveis podem representar um

importante fator de sucesso, em especial para grandes empresas. Para isso,

elas precisam estabelecer uma cadeia de fornecedores constituída por

empresas competentes e capazes em atender as condições e níveis de

qualidade de bens e serviços definidos.

A relação com fornecedores deve ser organizada, estabelecida de

modo criterioso, pois se trata de relação de empresas distintas e muitas vezes,

desconhecidas.

Devem ser implementadas ações para desenvolver os fornecedores,

condições essenciais para que se organizem de modo que as transações

ocorram adequada e satisfatoriamente. Para Watts e Hahn (1993), empresas

de grande porte, para competir com eficácia em um mercado global, têm

implementado em seus programas de desenvolvimento e qualificação de

fornecedores. Esses programas visam prepará-los para alcançar um nível

mínimo de organização que assegure a qualidade de bens e serviços

fornecidos.

2.2 GESTÃO DE CONTRATOS DE FORNECIMENTO E

DESENVOLVIMENTO DE PARCERIAS

A relação comercial entre empresas ou entre empresa e pessoa física

influencia a dinâmica das atividades empresarias. Quando uma organização

faz a aquisição de um bem, produto ou serviço, ela o faz com base em suas

necessidades e aspirações de resultados.

As demandas de suas aquisições têm uma característica particular que

dependem do setor da economia onde está inserida a empresa, sua atividade

econômica, porte da empresa e alguns outros fatores, que vão delinear o

formato mais transacional ou relacional dessas Compras.

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À medida que a empresa necessita realizar Compras especificas e

pontuais (spot), em geral estas têm uma história de aquisição breve e são

direcionadas por oportunidades, e podem denominá-las Compras

Transacionais. Já as aquisições que demandam uma interação entre seus

operadores ao longo de um tempo ou uma programação de Compras, são

denominadas relacionais.

No Brasil, a formalização das contratações de aquisição ocorre de

várias formas: desde um simples acordo verbal, formalizado por e-mail com o

de acordo nas condições negociadas, até a geração de um pedido de compras

e/ou um contrato de fornecimento.

A relação formal da área de Compras com o mercado, normalmente é

pautada por contratações, que pode ter características mais transacionais ou

ser predominantemente relacional.

Para os Compradores e Gestores envolvidos nessas aquisições e que

têm sua agenda sempre pressionada em função da elevada demanda e/ou

limitada quantidade de recursos, fica a questão: por que preciso de um contrato

para determinada aquisição? Fazer um contrato representa, muitas vezes,

trazer lentidão ao processo de formalização e tirar esses profissionais de seu

principal foco, que, no caso dos compradores é garantir o suprimento da

empresa.

Já as Parcerias entre empresas são relacionamentos de colaboração,

que envolvem um alto nível de cooperação entre elas, visão de longo prazo,

comprometimento mútuo, relação balanceada de poder, e inclui instrumentos

para gerenciar conflitos.

Lambert (2008) destaca que implementação bem sucedida da gestão

da cadeia de suprimentos depende diretamente do desenvolvimento de

relações estreitas com os principais clientes e fornecedores. Ressalta que a

gestão da cadeia de suprimentos é a gestão de relacionamentos. Por esse

motivo, existe a necessidade de uma ferramenta que possa ser usada para

estruturar as relações fundamentais, identificadas quando se implementam a

gestão das relações com clientes e os processos de relacionamento com

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fornecedores. Essa ferramenta é a parceria que, segundo o autor, tem como

definição:

A Parceria é uma relação comercial personalizada

(tailored business relationship) com base na confiança

mútua, no relacionamento aberto, riscos e recompensas

compartilhadas, que resulta em um maior resultado de

negócios do que seria alcançado pelas duas empresas se

atuassem de forma individual. (LAMBERT, 2008, p. 1-19).

As parcerias podem assumir várias formas, e o grau de parceria

estabelecido pode refletir uma integração limitada através das fronteiras. Como

a parceria requer frequentemente, compromisso de significativo tempo

gerencial e também de outros recursos, o objetivo é adequar o tipo de parceria

com a situação da empresa e o ambiente organizacional.

2.3 ASPECTOS DO OUTSOURCING

Juntamente com o crescimento da SCM (Supply Chain Management -

SCM) e das práticas de global sourcing, os processos logísticos têm ganhado

grande importância nas operações de uma organização (PIRES, 2009). Como

esse crescimento significa um aumento da complexidade e de custos na

execução dos processos logísticos, as empresas se voltam para a terceirização

(outsourcing) como forma de geração de vantagens competitivas.

O outsourcing não é um tópico novo nas empresas, e os debates

quanto às possibilidades de sua utilização, os possíveis benefícios e as

barreiras para sua adoção têm preocupado os gestores desde a criação das

primeiras organizações. Essa decisão, frequentemente chamada de fazer ou

comprar (make-or-buy), oferece alternativas para a redução de custos e

investimentos, além da possibilidade de manter o foco sobre o negócio

principal. Desse modo, a prática oferece um caminho para o aumento da

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margem de lucro e da flexibilidade empresarial, permitindo que as empresas

transformem custos fixos em variáveis e tenham acesso a economias de escala

(ELLRAM et al., 2008).

McIvor (2005) define o outsourcing como o fornecimento de bens e

serviços que anteriormente eram produzidos internamente, dentro da

organização, por fornecedores externos. Assim, a terceirização é uma

abordagem de gestão que permite a delegação da responsabilidade

operacional e da gestão de componentes, processos ou serviços para agentes

externos especializados e eficientes (FARRELL, 2010). Na academia, duas

teorias se mostram influentes no estudo do outsourcing: a economia dos custos

de transação (Transaction Cost Economics - TCE) e a visão baseada em

recursos (Resource-Based View - RBV). A TCE basicamente especifica as

condições em que uma organização deve gerenciar uma troca econômica

internamente, dentro de suas fronteiras (hierarquias), e as condições

adequadas para o gerenciamento de uma troca econômica externamente

(mercados) (WILLIAMSON, 1985). Desse modo, uma empresa tende a tomar a

decisão pela terceirização com base na redução de custos de transação que

possivelmente será alcançada pela prática (MCLVOR, 2008).

Já a RBV, por sua vez, descreve a empresa como um conjunto de bens

e recursos que, se utilizados de maneiras distintas, pode gerar vantagens

competitivas. Nesse sentido, torna-se interessante que as empresas comparem

suas habilidades com as dos mercados e de outras empresas a fim de

compreender quais são suas competências. A partir dessa análise, a RBV

recomenda que não sejam terceirizadas competências essenciais ou

competências que envolvem habilidades ou estratégias especiais e que

possam, assim, significar um desempenho superior em relação à concorrência

(RUMELT, 1984). A combinação da TCE com a RBV pode estender as

potenciais estratégias de relacionamento disponíveis para uma organização

quando a terceirização é considerada uma opção. A TCE fornece uma base

teórica sólida para a análise do mercado com relação aos mecanismos

hierárquicos na decisão de terceirização enquanto que, a partir da perspectiva

da RBV, a colaboração interorganizacional pode ser utilizada para acessar e

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desenvolver os recursos complementares que contribuem para a vantagem

competitiva (MCLVOR, 2005).

Na busca pela definição de uma abordagem funcional que possa ser

utilizada pelas empresas para orientação no estabelecimento de alianças com

fornecedores, vários modelos foram identificados na literatura acadêmica da

área. Neves et al. (2014), por exemplo, indicam que a terceirização deve ser

definida em duas fases: uma fase inicial estratégica, baseada na RBV, em que

as atividades que devem ser executadas internamente são identificadas, e uma

segunda fase, em que as atividades que podem ser realizadas externamente

são compreendidas e aquelas que podem ser terceirizadas são identificadas

com base tanto na TCE como na RBV.

2.4 IMPLANTAÇÃO DE OUTSOURCING NOS CONTRATOS DE

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Desde a consolidação do conceito de SCM, os processos logísticos

ganharam mais importância, sendo alçados do papel de atividades de suporte

para um papel central nas estratégias das empresas. Mais recentemente, a

globalização da economia atrelada ao conceito de global sourcing resultou em

uma crescente demanda por serviços logísticos em escala mundial. Também

nota-se um aumento de exigência pelos clientes quanto ao nível de serviço

logístico advindo da maior quantidade de informações disponíveis e da

facilidade de realizar comparações entre empresas concorrentes

(FIGUEIREDO; MORA, 2009).

Nesse contexto, muitas companhias começaram a levar em

consideração a possibilidade de realizar o outsourcing de seus processos

logísticos. Isso porque gerenciar essas operações tornou-se um desafio dada a

vasta gama de funções da logística, a complexidade inerente ao lidar com

grandes quantidades de produtos e unidades de manutenção de estoque, e o

grande investimento de capital necessário para essas operações (BOURLAKIS;

MELEWAR, 2011). Debatendo outras razões que levam as organizações a

considerar o outsourcing de processos logísticos, Hsiao et al. (2010)

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demonstram que as empresas também consideram essa opção devido às

características de suas cadeias de suprimentos. Assim, quanto mais complexas

forem as operações logísticas e quanto mais incerta for a demanda, maior a

importância de uma parceria com um prestador de serviços logísticos (PSL).

Diversos benefícios da terceirização logística são relatados na

literatura, como o aumento da cobertura do mercado (SKJOETT - LARSEN,

2000) e maior flexibilidade para as novas exigências dos clientes (LAU;

ZHANG, 2006). Em um compêndio desses benefícios, Bourlakis & Melewar

(2011) apontam que o outsourcing logístico reduz os investimentos em

instalações, tecnologia de informação e recursos humanos. Do mesmo modo, a

contratação de um PSL proporciona maior flexibilidade para adaptação às

mudanças do ambiente, respostas mais rápidas aos requisitos de mercado,

melhora na taxa de rotatividade de estoques e um aumento geral na satisfação

do consumidor.

Nesse sentido, os serviços oferecidos por um parceiro logístico tendem

a ser cada vez mais complexos, uma vez que precisam suportar as operações

de cadeias globais e apoiar o crescimento do nível de serviço de diversos

membros como fornecedores, fabricantes e varejistas.

2.5 CICLO DE VIDA DO PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE

OUTSOURCING LOGÍSTICO

A fim de obter melhor controle gerencial por meio de maior visibilidade,

um projeto pode ser dividido em fases distintas, conhecidas conjuntamente

como o ciclo de vida de um projeto. Nesse intuito, o processo de

sistematização proposto sugere a divisão de projetos de implementação de

terceirização logística em quatro fases consecutivas e únicas, que geram

pacotes de entrega ao seu término. As etapas são formadas por atividades que

deverão ser realizadas a contento para que se possa declarar a fase como

terminada. Assim, a proposta para o ciclo de vida do projeto é composta pelas

seguintes fases:

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1) Pré-implementação: fase que se preocupa com o planejamento do

projeto de implementação, com processos relativos ao planejamento de

recursos, planejamento de informações, readequação do escopo do projeto,

desenvolvimento do cronograma, planejamento de riscos, entre outros;

2) Integração: é fase em que a operação conjunta começará a ser

colocada efetivamente em prática. Seus processos visam à integração de todos

os componentes necessários para o começo de trabalho entre as empresas,

como a integração de atividades, integração dos sistemas de informação e a

integração dos funcionários das duas companhias;

3) Amadurecimento: fase que mensura o andamento da implementação

da parceria, ou seja, se os processos logísticos estão sendo executados a

contento. Seus processos são relacionados à monitoração do nível de serviço,

monitoração da troca de informações entre as empresas, inclusive quanto aos

sistemas, monitoramento e controle dos riscos, entre outros;

4) Repasse: fase final do projeto de implementação do outsourcing

logístico, que visa efetivar a transferência total das atividades da empresa

contratante para o PSL. Seus processos incluem a realocação dos funcionários

da contratante que estavam auxiliando a implementação da parceria e a

efetivação das melhorias identificadas na fase anterior desse projeto. Faz-se

importante notar que nessa fase a transferência não será feita de uma vez, ou

seja, não se tem uma interrupção abrupta do trabalho em conjunto, mas sim

gradual, iniciando-se com as atividades com menor visibilidade ao cliente final.

Porém isso não significa que ela não está condicionada a um término, já que a

implementação tem início e fim bem definidos. Desse modo, essa fase deverá

contar com uma data para término que representará o encerramento do projeto

de implementação do outsourcing logístico.

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CAPÍTULO III

BENEFÍCIOS E VANTAGENS DE UMA GESTÃO

EFICIENTE NA LOGÍSTICA OFFSHORE PARA AS

EMPRESAS CATERING OFFSHORE NO BRASIL

A cadeia produtiva de óleo e gás possui, como um de seus segmentos,

o upstream ou “Exploração e Produção”. Esta fase ocorre em nível offshore

através de unidades marítimas que podem ser plataformas ou navios. Assim,

faz-se necessária, a bordo, a permanência de tripulantes que devem receber

alimentação, higiene e conforto adequados. Neste contexto, o serviço de

Hotelaria Marítima (Catering Offshore) é contratado. Devido ao rápido

crescimento, a empresa de hotelaria marítima objeto deste estudo tem

declinado em algumas propostas de possíveis clientes por estar em fase de

estruturação, tendo atingido o número máximo de contratos. Entretanto,

algumas propostas recebidas ofereceriam melhores resultados que alguns

contratos em execução, considerando-se variáveis operacionais em etapas

similares em cada contrato.

Ao longo das duas últimas décadas, as empresas de serviços estão

desempenhando um papel cada vez mais importante na economia mundial, o

que caracteriza uma intensa competição pela conquista e manutenção de

mercados (FREITAS; COSTA, 2012). Neste contexto, a busca por otimização

de processos operacionais e custos e pelo atendimento às demandas do

cliente, torna-se essencial. Obter a excelência em serviços tem sido a principal

estratégia incorporada por estas empresas para obter "vantagem competitiva"

(FREITAS; COSTA, 2012). Entretanto, para obter excelência em serviços é

relevante ter clareza sobre os requisitos tangíveis e intangíveis do cliente, seus

impactos sobre operações e finanças e estruturar-se estrategicamente para

atendê-las de forma sustentável. O segmento de óleo e gás executa suas

etapas iniciais através de unidades marítimas de exploração, produção,

armazenamento e suporte. Para que este processo ocorra, é imprescindível a

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presença, a bordo, do serviço de Hotelaria Marítima. Através do fornecimento

de insumos e pessoas a navios e plataformas que executarão o serviço de

alimentação e hospedagem desenvolvem-se o processo produtivo de refeições

e o processo de arrumação, limpeza e higienização das áreas internas das

unidades marítimas (casario). O objetivo do serviço é prover aos tripulantes das

embarcações alimentação, higiene e conforto adequados à permanência

destes a bordo por longos períodos de tempo. O serviço de Hotelaria Marítima

é terceirizado e pode ser contratado pelo afretador, fretador ou armador do

contrato de afretamento estabelecido para desenvolvimento das operações de

exploração e produção no segmento de óleo e gás.

3.1 HOTELARIA MARÍTIMA, HOTELARIA OFFSHORE OU

CATERING OFFSHORE

De acordo com Teixeira e Guerra (2003), a cadeia produtiva de óleo e

gás envolve um conjunto de atividades que pode ser dividido em três

segmentos: (a) prospecção, exploração e perfuração (b) produção

propriamente dita; e (c) transporte, refino e distribuição. No segmento de

produção propriamente dita, upstream ou de Exploração e Produção, atua o

serviço de hotelaria marítima que compõe o grupo de fornecedores da cadeia

produtiva de óleo e gás. De acordo com Teixeira (2013), até pouco tempo a

hotelaria se referia à hospedagem em terra (hotelaria onshore) e às atividades

náuticas caracterizadas pela utilização de embarcações para a movimentação

de passageiros, com fins meramente turísticos. Entretanto, houve o

desenvolvimento de outra modalidade de hotelaria, a marítima (MELLO et al.,

2016), esta também chamada de Catering Offshore ou Catering Marítimo. O

serviço de catering pode ser definido conforme Kahraman (2004): É o serviço

principalmente responsável pelo fornecimento de refeições, alimentos e

bebidas totalmente preparados longe das casas das pessoas. Os fornecedores

de catering são empresas terceirizadas contratadas para fornecer serviços de

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gestão de alimentos para organizações cujo principal negócio não é

alimentação.

Entretanto, o serviço de hotelaria marítima ou catering marítimo não

provê somente alimentação como os serviços de catering em terra, mas

também, como ratifica Ghiurghi (2014 como citado em MELLO et al., 2016),

“visa oferecer aos trabalhadores que atuam em unidades de extração de

petróleo (plataformas e navios) hospedagem, entretenimento, segurança e

alimentação”. A operação em uma organização de hotelaria marítima divide-se

em dois ambientes: onshore e offshore. Mello et al. (2016) descrevem,

resumidamente, em estudo de caso realizado em uma empresa de hotelaria

marítima, as atividades onshore: As atividades de alimentação e nutrição

realizadas onshore ocorriam na base de apoio e logística, onde havia o

planejamento de cardápio, aquisição, recebimento, armazenamento de

materiais, seleção do material de rancho e outros materiais (como de limpeza)

para a montagem dos contêineres, além do transporte dos mesmos até o porto

e embarque em rebocador. A operação onshore do serviço de hotelaria

caracteriza-se basicamente pela execução de processos da cadeia de

suprimentos. Jansen, Van Weert, Beulens e Huirne (2001) desenvolveram em

sua pesquisa modelo de simulação que quantifica os desempenhos logístico e

financeiro em vários cenários logísticos alternativos na cadeia de suprimentos

de catering.

De acordo com Jansen et al. (2001), “as demandas mais importantes

dos caterings para os seus fornecedores são a entrega completa de pedidos, a

pontualidade na entrega, alta qualidade do produto e alta freqüência de

entregas. ” Embora o catering offshore também possua seus próprios

fornecedores e estas demandas, este também é fornecedor de insumos

alimentícios para o serviço de alimentação de bordo que ele mesmo opera.

Entretanto, como a bordo é o cliente que fiscaliza o recebimento de insumos e

o serviço, é possível afirmar que a caracterização das demandas dos caterings

para seus fornecedores de insumos determinadas por Jansen et al. (2001), são

as mesmas demandas que o cliente offshore possui em relação ao catering

marítimo contratado para prover insumos alimentícios ao serviço de

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alimentação de bordo. Ainda de acordo com Jansen et al. (2001), para

satisfazer estas exigências dos clientes, os fornecedores têm de operar de

forma mais flexível e de forma rentável e o tamanho das entregas deve ser

aumentado através da entrega de mais grupos de produtos em uma única

remessa.

Assim, o cliente da empresa hotelaria marítima também espera que

esta, enquanto fornecedor de insumos alimentícios, flexibilidade, rentabilidade

e entregas amplas que atendam suas necessidades de abastecimento de

acordo com local, horário, urgência e número de conteiners solicitados.

Entretanto, nem todas estas demandas são bem definidas contratualmente.

Além da cadeia de suprimentos, as operações onshore do serviço de hotelaria

marítima incluem planejamento e embarque das equipes de hotelaria que

executarão o serviço a bordo. Estes processos exigem da empresa os mesmos

atributos exigidos para o fornecimento de insumos: planejamento, flexibilidade,

rentabilidade e responsabilidade. Já o serviço de hotelaria marítima em nível

offshore é assim descrito por Mello et al. (2016): “a bordo eram realizadas as

atividades de alimentação e nutrição que ocorriam nas unidades de exploração,

onde havia o recebimento e armazenamento do material de rancho e outros

materiais, produção e distribuição de refeições para as plataformas. ” Contudo,

além da entrega do produto “refeições”, o negócio de hotelaria marítima

entrega os produtos “hospedagem”, através dos serviços de arrumação,

limpeza e higienização de áreas comuns e camarotes e de lavanderia e

também entrega o produto “entretenimento” através dos serviços de eventos

geralmente executados no refeitório da embarcação. Assim como outras

organizações, as de hotelaria marítima possuem gerentes de operações que

gerenciam as operações em terra (onshore) e em alto mar (offshore).

As operações offshore são gerenciadas de forma remota e se

caracterizam por serviço que, conforme descrito por Fitzgerald (1988),

possuem as características de perecibilidade e intangibilidade.

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31

3.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

As características e formas de organização das empresas familiares

configuram-se em função de interesses mútuos, tanto em termos estratégicos

(filosofia empresarial, políticas, metas e objetivos estabelecidos) quanto em

relação aos propósitos da família. Normalmente, são bem sucedidas quando há

consciência por parte dos proprietários de que a administração deve ser

profissionalizada (RICCA, 1993).

A empresa de hotelaria, estudo de caso deste trabalho, situa-se em

Macaé, no estado do Rio de Janeiro, cidade que é, segundo Freitas e Costa

(2012), conhecida devido à concentração de mão de obra originada do

desenvolvimento da indústria de extração de petróleo. De Macaé a organização

em questão envia insumos e pessoas para portos e aeroportos de diferentes

estados Brasileiros, principalmente para as cidades de Macaé, Rio de Janeiro,

Vitória, Itajaí e Aracajú. As Unidades marítimas para as quais esta empresa

presta serviço situam-se nas bacias de Campos, Espírito Santo, Santos e

bacias do Nordeste. Esta empresa de hotelaria está há poucos anos no

mercado offshore e cresceu, nos últimos dois anos, mais de 100%, tendo mais

que dobrado o número de contratos de prestação de serviços em diferentes

clientes. Atualmente, possui contratos de prestação de serviço de hotelaria em

navios do tipo: ● FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading): Navios-

plataforma flutuantes de produção, com capacidade de estocagem e

escoamento. ● PLSV´s (Pipe- Laying Support Vessel): Navios de lançamento e

recolhimento de linhas ou dutos flexíveis ou rígidos. ● RSV´s (ROV Support

Vessel): Navios de Remote Operacional Vehicle (ROV) para suporte. Devido ao

rápido crescimento, a empresa tem declinado em algumas propostas de

possíveis clientes por entender que está em fase de estruturação para

desenvolver-se de forma sustentável. Atingiu-se o número máximo de contratos

no que diz respeito à capacidade estrutural física e de recursos humanos e,

desta forma, fizeram-se necessárias mudanças, reorganização,

desenvolvimento de novos fornecedores, mapeamento de processos, entre

outros. Esta organização possui processos operacionais que podem ser

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agrupados em etapas conforme descrito abaixo. As etapas 1 e 2 ocorrem

onshore ou na base da empresa em terra. A etapa 3 ocorre offshore ou a bordo

dos navios pertencentes às empresas que contratam o serviço de hotelaria

ou/e determinam a execução do serviço em si.

1) Suprimentos: Compra, separação e envio de insumos dentro de

conteiners, transportados em carretas por trajetos inter ou intra estaduais até

os portos de embarque para as unidades marítimas. Estes conteiners são

recebidos no porto e transportados até às unidades marítimas por navios

rebocadores ou Supply Boats.

2) Pessoal: Embarque e desembarque das equipes de hotelaria. Cada

colaborador deve ser trazido de sua residência até o ponto de encontro da

equipe em cidade pré-determinada dependendo do local da troca de turma. Os

trajetos percorridos individualmente pelos colaboradores e depois com a equipe

podem ser inter ou intra estaduais. Estando toda a equipe no mesmo local, a

empresa fornece transporte que a direciona ao porto para embarque

diretamente no navio ou aeroporto para embarque via helicóptero. As trocas de

turma podem ocorrer em portos ou aeroportos situados em diferentes estados

brasileiros. Duas equipes por contrato se revezam embarcando e

desembarcando de 14 em 14 dias.

3) Manutenção do serviço a bordo: Recebimento dos insumos,

armazenamento e desenvolvimento das atividades do serviço. A Etapa 1,

Suprimentos, tem características financeiras e operacionais definidas por

localização do porto para entrega de conteiners que transportam o rancho

(insumos alimentares), frequência de entrega dos conteiners que pode ser

semanal ou quinzenal, número de conteiners por embarcação que varia de

acordo com a quantidade de insumos solicitados e com a frequência de

entrega, determinações contratuais e nível de exigência do cliente. Esta última

característica influencia na qualidade e tipos de insumos enviados, bem como

nas quantidades e frequência de envio e tipos de conteiners utilizados. Já a

Etapa 2, Pessoal, é quase tão complexa e onerosa quanto a Etapa 1 pois

depende de variáveis como local de residência de cada colaborador, local do

ponto de encontro da equipe, local onde ocorre a troca de turma, frequência

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mensal de troca de turma, dimensionamento da equipe e frequência de

navegação, troca de bacias e idas a porto por parte dos navio. A Etapa 3,

Operação Offshore (a bordo), tem no nível de exigência do cliente, fator

subjetivo mais impactante para o contrato, pois além de o negócio “Serviço de

Alimentação e Hospedagem” ter avaliação subjetiva quanto à qualidade, os

contratos fechados não possuem escopo de serviço bem definido. Assim, o

cliente que fecha o contrato em terra, como o gerente de projetos ou de supply

chain, não é o cliente que utilizará o serviço a bordo, apesar de serem da

mesma organização. Este contexto determina expectativas do cliente de bordo

diferentes em cada contrato ainda que com escopos similares. Outro fator

impactante é o fato de o serviço de alimentação ser executado por pessoas

que, apesar dos treinamentos, procedimentos operacionais padronizados e

instruções de trabalho, podem otimizar ou prejudicar os custos da operação

durante sua execução de acordo com a forma como transformam insumos em

produtos - refeições e limpeza e como tratam as exigências e demandas de

cada cliente a bordo. Somando-se a isso, o nível de exigência do cliente

impacta diretamente nos tipos de insumos que serão enviados e em suas

marcas, qualidade, quantidades extras de estoque a bordo, além de demandar

de toda a operação margem mínima de erro, pelo nível de apreço do cliente

aos detalhes e a respostas imediatas. Alguns clientes de bordo também podem

exigir a presença da gerência do serviço de hotelaria a bordo com maior ou

menor frequência.

Tudo isso requer maior número de Hora-Homem (HH) da equipe

operacional a bordo e de apoio em terra e investimentos em ferramentas de

planejamento e controle. Este critério impacta também na rotatividade de

pessoal a bordo, uma vez que nem sempre a mão de obra disponível, pouco

especializada, atende às expectativas de um grupo de clientes formado, em

sua maioria, por pessoas de diversas nacionalidades, além de brasileiros de

diversos estados. O nível de exigência do cliente define a frequência de visitas

gerenciais a bordo, bem como reuniões em diversas localidades. Estima-se

que a etapa de Logística de Materiais represente de 30% a 40% e a etapa de

Logística de Pessoal represente em média 16% do faturamento do contrato de

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prestação de serviços de Hotelaria offshore. Juntas, estas duas etapas

representam em média, mais de 50% do faturamento de um contrato. Os

outros 50% representam os custos da Etapa 3. A análise destas etapas é

determinante para a definição dos critérios a serem escolhidos e elencados na

hierarquia de decisão do problema e caracterizam como cada contrato se

comporta frente ao provimento de resultados positivos para a organização.

3.3 BENEFÍCIOS E VANTAGENS DE UMA GESTÃO EFICIENTE

NA LOGÍSTICA OFFSHORE

Para alcançar o objetivo em questão, foram definidos os critérios

relevantes para a resolução do problema, considerando-se características

contratuais operacionais quantitativas e qualitativas relevantes para os

contratos. Assim, definiu-se: Pergunta Objetivo: Qual o contrato

operacionalmente é menos interessante para a empresa? Critérios:

1- Local de troca de turma: A localização das trocas de turma impacta

em recursos humanos e financeiros, bem como na qualidade do serviço a

bordo e na satisfação do cliente. Há ainda para ambos os critérios fatores como

rapidez e eficiência portuária e aeroportuária em cada localidade.

2- Local de entrega de rancho: Rancho é a nomenclatura utilizada para

definir insumos alimentares, bebidas, produtos químicos de limpeza e material

descartável que são entregues a bordo para desenvolvimento do serviço. O

rancho é entregue em conteiners, separado por tipo de insumo. A localização

da entrega de rancho impacta em custos com frete, combustível, horas de

trabalho de motoristas e entregadores, investimentos em tecnologias de

conservação da temperatura interna dos conteiners que transportam insumos

refrigerados e congelados. A localização da entrega impacta também na

qualidade dos insumos ao serem entregues, por tempo de viagem. Além disso,

há diferenças operacionais significativas entre os portos de diferentes

localidades que impactam diretamente na execução e nos custos desta etapa

da operação da empresa em questão.

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3- Frequência mensal de entrega de rancho: Levando-se em

consideração todas as questões levantadas sobre o critério 2 – Local de

entrega de rancho, estas podem agravar-se dependendo da frequência mensal

de entrega de rancho. Esta frequência pode ser quinzenal ou semanal. Sendo

semanal, os custos operacionais com a entrega de rancho dobram. Além de

mais conteiners para a operação terem que ser mobilizados, uma vez que ao

entregar conteiners no porto a empresa de hotelaria recolhe os que foram

entregues anteriormente e voltaram vazios e conta com outro conjunto de

conteiners em trânsito. Para cada entrega utiliza-se de 3 a 4 conteiners

dependendo do tamanho do rancho.

4- A relação POB – People on Board (Número de pessoas a bordo) /

Número de componentes da equipe de hotelaria: Esta relação é dada

considerando-se o percentual da equipe de hotelaria em relação ao número de

tripulantes. O dimensionamento da equipe impacta na produtividade dos

colaboradores, na qualidade do serviço, no nível de satisfação do cliente e

influencia diretamente a rotatividade da mesma. Este número é definido em

contrato de acordo com o entendimento do cliente.

5- Nível de exigência do cliente: O nível de exigência e atenção a

detalhes do cliente demanda investimento em Hora-Homem (HH) das equipes

operacional e tática, tanto na base da empresa quanto a bordo, além exigir

treinamentos, de ocasionar expectativa de resolução de problemas on time e

impactar em rotatividade, gastos com demandas não planejadas

contratualmente, entre outros. Este nível de exigência difere em cada cliente e

culmina no atendimento a solicitações e necessidades não previstas em

contrato ou expostas de forma dúbia no escopo do mesmo.

Muitas decisões estratégicas no gerenciamento de operações

envolvem considerar a combinação de aspectos qualitativos e quantitativos e o

método AHP (Analytic Hierarchy Process) parece ser uma ferramenta muito

popular nesta área. (SUBRAMANIAN; RAMANATHAN, 2012). E este foi o caso

do problema a ser resolvido no setor de operação da organização de hotelaria

marítima. Outra característica do segmento é gerência de recursos

informacionais como uma fraqueza em grande parte das organizações de

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hotelaria marítima no Brasil, o que ratifica a utilidade do método AHP como

apoio à tomada de decisão gerencial. Para Tarapanoff (2006): “A gerência dos

recursos informacionais enfatiza a análise dos conteúdos das informações

ambientais internas e externas gerando inteligência para a tomada de decisão

nas organizações, baseando-se fortemente nas tecnologias de informação e

comunicação.” (OLIVEIRA; MIRANDA; AMARAL, 2016) A ausência de um

sistema de gestão sólido ou pouco desenvolvido e de recursos tecnológicos,

além de limitar oferta e qualidade dos dados, também concentra nas pessoas

de cada departamento informações e conhecimentos que podem não estar ao

alcance de toda a organização. Desta forma, o sétimo pilar do AHP descrito por

Saaty (2001) corrobora com a necessidade de uma tomada de decisão em

equipe neste segmento quando afirma: a “tomada de decisão em grupo usando

um caminho matematicamente justificável para sintetizar julgamentos

individuais que permite a construção de uma decisão em grupo cardinal

compatível com as preferências individuais.” Além destes fatores, segundo

Freitas e Costa (2012), “o significado de qualidade é pessoal e subjetivo em

grande parte porque os clientes individuais têm diferentes desejos ou

necessidades, e os serviços que melhor os satisfazem não são os mesmos

para todos os consumidores.” O mesmo ocorre com as expectativas das

multinacionais clientes da prestadora de serviço offshore em questão. A

qualidade do serviço consiste não apenas em critérios tangíveis (atributos),

mas também critérios intangíveis ou subjetivos (FREITAS; COSTA, 2012).

Assim sendo, entende-se que a qualidade do serviço será dada pela avaliação

do cliente através dos seus requisitos intangíveis ou subjetivos que devem ser

considerados na tomada de decisão para a sustentabilidade dos contratos.

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CONCLUSÃO

As mudanças aos longos dos anos sejam elas, comerciais tecnológicas

ou comportamentais, têm afetado a forma de gerir os negócios e atender aos

anseios da sociedade. Nesse contexto, o papel de uma Gestão eficiente dos

serviços prestados por seus fornecedores, parceiros e prestadores de serviços

do seu core business, seja como elemento dos processos de entrega dos

produtos ou serviços, seja como um diferencial competitivo e para gerir os

riscos das organizações.

No segmento de Petróleo & Gás, já que, cada vez mais, as empresas

de exploração e produção de petróleo demandam elevados níveis de serviço

das atividades de suporte à operação. Isso é consequência dos impactos que

falhas no processo logístico podem causar ao sistema, como, por exemplo,

paradas de produção e atraso no cronograma de perfuração de determinado

poço e aumento dos custos da operação.

Com relação aos fatores financeiros, é importante ressaltar que o custo

dessa operação é bastante elevado dado que sua cadeia logística compreende

a armazenagem e transporte terrestre das cargas, a operação portuária e o

transporte marítimo até as unidades marítimas, além de atividades como

transportes de passageiros e serviços como movimentação de Unidades

Marítimas.

Neste cenário, as atividades de apoio logístico têm desafiado aos

gestores a buscarem alternativas que possam reduzir os custos operacionais e

ao mesmo tempo, atender a expectativa do cliente em relação ao nível de

serviço ofertado. Dentre estas atividades, a programação e construção de

roteiros de uma frota de embarcações, para o transporte de suprimentos para

as unidades marítimas tem sido uma das mais importantes e ao mesmo tempo

complexa devido ao aumento da frota e da demanda.

Neste contexto, a Gestão do Processo de Compras e Compliance é

parte importante nessa busca pela vantagem competitiva, utilizando de

ferramentas estratégicas como a Gestão do Relacionamento de Fornecedores

(Supplier Relationship Management – SRM) como um dos processos que

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compõem a Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management –

SCM). Essa nova abordagem defende que, com a aplicação dos princípios de

SCM, as empresas podem melhorar a sua competitividade.

No Brasil, a formalização das contratações de aquisição ocorre de

várias formas: desde um simples acordo verbal, formalizado por e-mail com o

de acordo nas condições negociadas, até a geração de um pedido de compras

e/ou um contrato de fornecimento.

A relação formal da área de Compras com o mercado, normalmente é

pautada por contratações, que pode ter características mais transacionais ou

ser predominantemente relacional.

Obter a excelência em serviços é relevante ter clareza sobre os

requisitos tangíveis e intangíveis do cliente, seus impactos sobre operações e

finanças e estruturar-se estrategicamente para atendê-las de forma

sustentável. O segmento de óleo e gás executa suas etapas iniciais através de

unidades marítimas de exploração, produção, armazenamento e suporte. Para

que este processo ocorra, é imprescindível a presença, a bordo, do serviço de

Hotelaria Marítima. Através do fornecimento de insumos e pessoas a navios e

plataformas que executarão o serviço de alimentação e hospedagem

desenvolvem-se o processo produtivo de refeições e o processo de arrumação,

limpeza e higienização das áreas internas das unidades marítimas (casario). O

objetivo do serviço é prover aos tripulantes das embarcações alimentação,

higiene e conforto adequados à permanência destes a bordo por longos

períodos de tempo. O serviço de Hotelaria Marítima é terceirizado e pode ser

contratado pelo afretador, fretador ou armador do contrato de afretamento

estabelecido para desenvolvimento das operações de exploração e produção

no segmento de óleo e gás.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05

METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Processos Logísticos de Apoio Offshore 11

1.1. Apoio Logístico Offshore 12

1.2. Planejamento Logístico nas Atividades Offshore 14

1.3. Tipos de Embarcações 15

CAPÍTULO II

Implantação de Outsourcing nos Contratos de Prestação

de Serviços 19

2.1. Gestão do Relacionamento de Fornecedores

(Supplier Relationship Management – SRM) 19

2.2. Gestão de Contratos de Fornecimento e Desenvolvimento de

Parcerias 20

2.3. Aspectos do Outsourcing 22

2.4. Implantação de Outsourcing nos Contratos de Prestação de Serviços 24

2.5. Ciclo de Vida do Projeto de Implementação de Outsourcing Logístico 25

CAPÍTULO III

Benefícios e Vantagens de uma Gestão Eficiente na Logística Offshore para as

Empresas de Catering Offshore no Brasil 27

3.1. Hotelaria Marítima, Hotelaria Offshore ou Catering Offshore 28

3.2. Análise e Discussão de Resultados 31

3.3. Benefícios e Vantagens de uma Gestão Eficiente na Logística

Offshore 34

CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 42

ÍNDICE