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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS EM SALAS REGULARES Vanessa Martinho ORIENTADOR: Prof. Solange Monteiro Rio de Janeiro 2017 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS EM SALAS

REGULARES

Vanessa Martinho

ORIENTADOR: Prof. Solange Monteiro

Rio de Janeiro 2017

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia. Por: Vanessa Martinho

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS EM SALAS

REGULARES

Rio de Janeiro (cidade de origem) 2015 (ano de finalização do curso)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família e amigos por todo apoio

e compreensão durante essa jornada e a minha

orientadora por toda atenção durante os meses.

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha família e aqueles que sempre

estiveram ao meu lado.

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RESUMO

A Psicomotricidade encontra-se nos menores gestos e em todas

atividades que desenvolve o movimento da criança. Ela tende o conhecimento

e o domínio do próprio corpo. O autismo infantil é um Transtorno do

Desenvolvimento com particularidades por déficits em muitas áreas como:

interação social, afetividade, comunicação, procedimento sensorial e

comportamental e ação intelectual. Nesse sentido, a psicomotricidade vem

ajudar o indivíduo de maneira integrada levando em conta todos os aspectos

cognitivos, sociais, afetivo-emocionais e motores contribuindo em conjunto.

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METODOLOGIA

A presente pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica. A

revisão bibliográfica, de acordo com Fogliatto (2007), é aquela que reuni ideias

provinientes de diferentes fontes, visando construir uma nova teoria ou uma

nova forma de apresentação para um assunto já conhecido.

A composição do estudo teve como alicerce, material já publicado

sobre o tema, como; filme, livros, artigos científicos e materias disponíveis na

internet.

Nesse sentido, na perspectiva fazer a pesquisa foram realizadas

etapas e técnicas onde se procurou o reconhecimento preliminar bibliográfico,

com: fichamento, resumo, análise e interpretação do material obtido.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Breve histórico sobre o Autismo 11

CAPÍTULO II

A inclusão de crianças com transtorno do espectro autista 22

CAPÍTULO III

A atuação psicopedagógica frente o autismo 29

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 40

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INTRODUÇÃO

A entrada de uma criança autista em escola regular é um direito

garantido por lei, conforme indica o capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDB), que trata sobre a Educação Especial. O texto fala

que ela deverá visar a permanência e a integração do educando à vida em

sociedade.

Portanto, as escolas deverão respeitar aos princípios constitucionais

e propiciar os subsídios necessários para cumprimento de uma educação de

qualidade e respeito às diferenças para todos os seus estudantes. Sem deixar

esquecer da necessidade clara e social de saber a viver na diversidade. É por

esse motivo que é muito relevante uma nova ideia de ensinar e com esse

aprendizado incorporar valores saudáveis.

A experiência da inclusão de crianças com deficiência nas classes

comuns das escolas regulares é um enorme desafio e produz muitas dúvidas

para família, escola, educadores e a sociedade. Valendo salientar que a

inclusão não poderá ser resumida somente à inclusão das crianças com

deficiências no ensino regular e sim numa prática insersiva passando por toda

ação educacional, também acontecendo o envolvimento de toda a comunidade

escolar. O reconhecimento das diferenças entre as crianças para que todos

tenham as suas especificidades respeitadas é primordial.

Quando falamos de crianças com transtorno do espectro autista,

urge frisar que há uma variação de sintomas do transtorno, porquanto é

relevante que os profissionais da educação tenham acesso ao diagnóstico

médico para que saibam com exatidão quais são necessidades,

comprometimentos e disfunções particulares de cada uma. Cada caso é um

caso. Uma avaliação deverá ser realizada, já que um autista não é igual ao

outro.

O que tem se visto até então, são escolas regulares lidada com a

questão da inclusão por meio de ações paliativas, como por exemplo:

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cuidadores que não mediam o conteúdo trabalhado em sala de aula pelo

professor regente, atividades descontextualizadas e no contraturno “repetidoras

de reforço”. Essas práticas são usuais e reforçam a exclusão. Incluir uma

criança autista requer outro tipo de medida educativa. A escola precisa mudar

para receber uma criança autista e não ao contrário.

A escola e os profissionais da educação não estão nenhum pouco

preparados para fazer um plano de ação com crianças autistas, o corriqueiro é

elas serem acompanhadas por um “mediador”. Esse profissional deverá ser

apenas de ordem complementar, sem que subtraia a responsabilidade do

professor.

Certamente, que o que está em pauta é bem mais que a

aprendizagem em si. E sim, a limitação da qualidade do ensino. É muito

importante ter qualidade no ensino oferecido as crianças autistas. Portanto, é

necessário um plano pedagógico voltado às necessidades e respeitando a

capacidade de cada criança, com propostas de atividades variadas levando em

conta o conhecimento que cada traz consigo. As escolas brasileiras precisam

fazer um esforço de atualização e reestruturação de suas condições e dessa

maneira se modernizarem, adequando as atitudes pedagógicas e investindo

em seus profissionais.

Sendo a educação um direito de todos, a inclusão de uma criança

com espectro autista não somente é ofertar a vaga na escola, mas trabalhar

todo o seu potencial e proporcionar oportunidades de desenvolvimento efetivo,

social, psicomotor e cognitivo. As dificuldades e preconceitos são muitos, pois

envolve aspectos relevantes, como: família, profissionais de educação

qualificados e um plano de ação que atenda às necessidades e também

organização e práticas de ensino voltadas para essa criança. Devendo

ressaltar que o profissional de apoio ao professor, e ou mediador

especializado, é de suma importância, não apenas nas situações higiênicas,

mas nas necessidades de atenção individualizada e pedagógicas. Portanto

abordarei no primeiro capítulo um breve histórico sobre o autismo, conceitos,

características e sintomas.

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Já no segundo capítulo, apresentarei a inclusão de crianças com

transtorno do espectro autista nas classes comuns da rede regular de ensino, a

formação do docente na educação inclusiva e direitos legais do portador de

deficiência.

No terceiro capítulo, dedicarei a atuação psicopedagógica frente o

autismo, o trabalho psicopedagógico, a atuação do psicopedagogo na escola.

Esta pesquisa propõe em diagnosticar as dificuldades de incluir

crianças autistas em salas regulares, os desafios, do cotidiano numa sociedade

preconceituosa e cheia de paradigma e reconhecer as contribuições da

psicopedagogia no trabalho com crianças autistas em escolas regulares.

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CAPÍTULO I

BREVE HISTÓRICO SOBRE AUTISMO

O autismo não é apenas um distúrbio. Na verdade, é um de cinco

diferentes distúrbios neurológicos que se classificam na categoria de Distúrbios

Comportamentais Invasivos. O DSM-IV-TR declara que esse conjunto de

distúrbios é um atraso grave e invasivo em numerosas áreas de

desenvolvimento. Os cinco distúrbios desse grupo são: Autismo, Distúrbio de

Asperger, Distúrbio Infantil Desintegrante, Distúrbio de Rett e Distúrbio Não-

Identificado.

O autismo ocorre com maior frequência em meninos, e poder afetar

qualquer indivíduo, independente de etinia, credo, classe social, ou educação.

É observado com frequência como um distúrbio misterioso com origens

ignoradas. No entanto não se sabe a causa precisa do autismo, acredita-se

que seja provocado por uma base ou função cerebral incomum. Pesquisas

mostram que há uma diferença entre a estrutura cerebral em crianças autistas

e não-autistas. Cientistas estudam incessantemente alguns fundamentos

ligados à genética, hereditariedade, ambientais, e história de problemas

médicos para auxiliar e determinar a causa exata.

Embora vários tipos de alterações neurológicas e/ou genéticas

tenham sido contadas como possíveis causas do autismo, não há nada

aprovado ainda. O transtorno pode estar exatamente ligado a problemas

cromossômicos, genéticos, metabólicos, e até mesmo doenças transmitidas ou

adquiridas durante a gestação, durante e após o parto. A complexidade em

fazer um diagnóstico de autismo é grande, quando há muitas síndromes

possuem sintomas semelhante.

De 75 a 80% das crianças com diagnóstico de Transtorno do

Espectro Autista apresenta algum tipo de retardo mental, o qual pode estar

associado a inúmeros fatores biológicos.

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O autismo continua sendo um distúrbio difícil para as crianças e

suas famílias, mas a perspectiva atual é muito melhor do que na geração

passada. Hoje, com o tratamento correto, muitos dos sintomas do autismo

podem melhorar. A maioria das pessoas com autismo consegue viver na

escola, em casa e na sociedade.

1.1. Análise histórica sobre o Autismo

A palavra “autismo” deriva do grego “autos”, que significa “voltar-se

para sí mesmo”. A primeira pessoa a usar foi o psiquiatra austríaco Eugen

Bleuler para citar a um dos juizos aplicados em sua época para a realização de

um diagnóstico de Esquizofrenia. Essa avaliação, a qual ficou conhecido como

“os quatro ‘A’s de Bleuler, são: alucinações, afeto desorganizado, contradição e

autismo. A palavra reporta-se a tendência do esquizofrênico de ensimesmar-

se, tornando-se alheio ao mundo social isolando-se em seu mundo, como até

hoje se acredita sobre o comportamento autista.

Os desbravadores na pesquisa do autismo eram Hans Asperger e

Leão Kanner. Estavam trabalhando separado nos anos 40. Asperger relatou

crianças muito capazes, enquanto Kanner descreveu as crianças que eram

severamente afetadas. Seus conceitos permaneceram úteis para médicos para

as três décadas seguintes.

Em 1943 o psicólogo norte americano Leo Kanner estudou com mais

dedicação 11 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia. Analisou, o autismo

como característica mais marcante; neste instante, se deu o nascimento da

expressão Distúrbio Autístico do Contato Afetivo para se reportar a estas

crianças. O psicólogo chegou a relatar que as crianças autistas já nasciam

dessa maneira, certamente que o aparecimento da síndrome era muito

prematuro. A proporção que foi tendo proximidade com a família destas

crianças ele foi alterando a sua avaliação. Começou a analisar que os pais

destas crianças tinham um contato afetivo muito frio com elas, desenvolvendo

então o termo mãe geladeira para mencionar as mães de autistas, que com

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seu jeito frio e distante de manter relações com os filhos nutriu neles uma

agressão inconsciente a qual seria conduzida para situações de busca social.

As teorias de Kanner tiveram forte influência no movimento

psicanalítico da síndrome que imagina uma causa emocional ou psicológica

para o fenômeno, a qual teve como seus principais pioneiros os psicanalistas

Bruno Bettelheim e Francis Tustin.

Em 1944 Hans Asperger, trabalhando separado, estudou um grupo

de crianças. Essas crianças igualmente igualaram-se às descrições de Kanner.

As crianças que analisou, porém, não teve o echolalia como um problema

linguístico mas o raio como adulto. Igualmente, referiu que muitas das crianças

eram desastradas e diferentes das crianças normais em termos das

habilidades de motoras finas.

Bettelheim, em sua terapia, estimulava as crianças a baterem,

xingarem e morderem em uma estátua que para ele, singnificava a mãe delas.

Tustin, por outro lado, acreditava em uma fase autística do desenvolvimento

normal, na qual a criança ainda não tinha aprendido condutas sociais e era

chamada por ela de fase do afeto materno, funcionando como uma ponte entre

este estado e a vida social.

O Rimland de Bernard era um psicólogo e um pai de uma criança

com autismo. Eles não concordaram com o Bettelheim. Discordaram que a

causa do autismo do seu filho era em consequência a suas habilidades de

parenting da sua esposa. Em 1964, o Rimland de Bernard publicou, Autismo

Infantil: A Síndrome e suas Implicações para uma Teoria Neural do

Comportamento.

Na década de 60 o psicólogo Ivar Lovaas e seus métodos analítico

comportamentais começaram a ganhar espaço no tratamento da síndrome. Os

resultados de seus estudos apresentavam-se de maneira mais positiva que as

tradicionais terapias psicodinâmicas. E já naquela época as psicologias

comportamentais passavam por um forte preconceito por parte dos psicólogos

usavam outros tratamentos. Nas décadas de 60 e 70 os psicólogos

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comportamentais eram consultados quase que apenas depois que todas as

outras expectativas haviam se esgotado e a conduta do autista passou a ser

insuportável para a família e muito prejudicial para a criança.

O Autismo veio ser mais falado nos anos 70. A Fundação de Erica

começou a educação e a terapia para crianças dementes no início dos anos

80. Muitos pais ainda confundiram o autismo com o atraso mental e a psicose.

Justamente com a chegada da década do cérebro, as ideias

começaram a ser deixadas de lado, e por outro lado já não estarem

satisfazendo as expectativas dos pais. A partir de 1980 foram surgindo novas

tecnologias de pesquisa, as quais permitiam indagação mais detalhada do

funcionamento do cérebro do indivíduo com exames como tomografia por

emissão de pósitrons ou ressonância magnética. Patologias que antes eram

estudadas unicamente a partir de um olhar psicodinâmica passaram a ser

analisadas de maneiras mais escrupuloso, deixando de lado o cogito

cartesiano.

O trabalho de Asperger foi traduzido ao Inglês e publicado e entrava

o conhecimento; em 1980.Nos anos 80, elaborou-se estudos no impulso de

ganhar o autismo. Julgou-se cada vez mais que parenting não teve nenhum

papel na causa do autismo e tinham uns distúrbios neurológicos e outras

doenças genéticas como a esclerose tuberosa, uns distúrbios metabólicos

como PKU ou umas anomalias cromossomáticas como a síndrome frágil de X.

A Asa de Lorna, junto com Christopher Gillberg em BNK (a Clínica

Neuropsiquiátrica das Crianças) na Suécia nos anos 80 encontrou a tríade da

Asa do contacto mútuo perturbado, de uma comunicação mútua perturbada e

da imaginação limitada. Nos anos 90 adicionaram um outro factor que faz lhe

um quadrado. O factor era capacidade pequena do planeamento.

Ivar Velho Lovaas pesquisou e susitou a análise comportável e o

tratamento das crianças com autismo. Lovaas conseguiu sucesso curto no

começo da sua análise experimental do comportamento. Desenvolveu-o para

visar em casa umas crianças mais novas (menos de 5 anos da idade) e o

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tratamento realizado e aumentou-o a intensidade (uma medida da quantidade

da “de tempo terapia ") a aproximadamente 40 horas semanal. Lovaas

escreveu o Ensino de Crianças Desenvolvente Deficientes: Mim Livro em 1981.

Em 2002, Lovaas escreveu, Ensinando Indivíduos Com Atrasos

Desenvolventes: Técnicas Básicas da Intervenção.

1.2. Causas

As causas que provocam o autismo ou o Transtorno Espectro

Autista (TEA) ainda é uma incógnita. A dificuldade desse Transtorno e a

variação dos sintomas e severidade (Espectro), certamente são quadros

resultantes da combinação de diferentes genes. Alguns problemas genéticos

acontecem espontaneamente e outros são herdados. Na verdade, pesquisas

propõem uma herança muito alta, mais ainda quando se caracteriza a presença

de traços do espectro autista numa mesma família. Sobre elas parece ter um

modelo de autismo ou deficiência ligadas, concordando ainda mais a tese de

que esses Transtornos têm um princípio genético. No entanto, nenhum gene foi

identificado como motivador do autismo, cientistas estão procurando a

metamorfose no código genético que as crianças com autismo podem ter

recebido. Estudos atuais apontam, da mesma forma, que o autismo não é

orientado, unicamente, por causas hereditárias.

A partir de 1943 o autismo foi qualificado e prescrito pelo Dr. Leo

Kanner do Hospital John Hopkins, muitos fundamentos rodeiam a respeito do

assunto. Como: Deficiências e anomalias cognitivas. O destaque cientifico

recomenda que, na maioria dos casos, o autismo é uma desordem genética.

De certo, é uma das desorganizações neurológicas com maior importância

hereditária que existe. Tanto é hereditária como a personalidade.

As pesquisas sobre indivíduos autistas descobriram discordâncias

em alguns territórios do cérebro, abrangendo o cerebelo, a amígdala, o

hipocampo, o septo e os corpos mamilares. Pessoalmente, a amígdala e o

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hipocampo aparentemente incorporados povoados de neurónios, os quais são

menores que o normal e têm fibras nervosas que não apresentam

desenvolvimento normal. Estas últimas exercem interferência nos sinais

nervosos. Igualmente se encontrou que o cérebro de um autista é maior e mais

pesa mais que o cérebro de uma pessoa sem este transtorno. As alterações

apareceram no autismo resultado de um desenvolvimento incomum do cérebro

durante o crescimento embrionário. Porém, esta justificativa não satisfaz todos

os casos, até porque nem sempre aparecem estas particularidades

diferenciadas no cérebro.

Fatores ambientais: As relações da criança autista e o seu ambiente

familiar e meio social. Nesta perspectiva, o autismo poderia ser proporcionado

por certas condições como a ausência de demonstração de carinho enquanto a

criança é pequena. A intoxicação por mercúrio, complicações durante a

gravidez, do parto ou o stress.Certos métodos bioquímicos vitais. Descobriu-se

uma demasia de serotonina nas plaquetas dos autistas.

Também em recentes estudos do Consórcio do Autismo de Boston,

no qual participaram, entre outros, o Hospital geral de Massachussets, o

Hospital Infantil de Boston e a empresa de CODE Genetics, distinguir-se uma

anormalidade cromossómica que parece ampliar a sensibilidade do autismo.

De acordo com os cientistas, um segmento do cromossoma 16 encontra-se

desaparecido ou duplicado em cerca de 1% de pessoas com autismo ou com

doenças agregadas, uma presença que é comparável à das outras síndromes

genéticas associadas a esse transtorno.

A possibilidade que um composto de algumas vacinas infantis, o

timorosal, pudesse ser responsável por essa modificação neurológica foi

descartada. O timerosal é um conservante proveniente do mercúrio que se

aplicou repetidamente na fabricação de vacinas e de outros produtos

farmacêuticos a partir da sua constatação nos anos 30.

Portanto, as últimas pesquisas descartaram esta eventualidade, logo

o número de casos de autismo na Califórnia continuou a crescer

consideravelmente apesar deste composto ter sido anulado quase por

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completo a partir do ano de 2001. A equipe orientada por Robert Schechter, do

departamento californiano de saúde pública, estudou a supremacia de

transtornos do espectro autista entre os anos de 1995 e 2007 em crianças

entre os 3 e os 12 anos.

Levando em conta que o timerosal foi eliminado na maior parte das

vacinas em 2001, os responsáveis pelo estudo explicaram que a taxa de

crianças com transtornos do espectro autista deveria ter-se reduzido

rapidamente nessa fase se essa fosse realmente a causa. No entanto, os

dados demonstraram que não foi dessa maneira. Muito pelo contrário, em 10

anos este número passou de 0,3 crianças por casa 1000 nascimentos em 1993

para 1,3 por cada 1000 nascimentos em 2003.

A causa sendo ignorada este transtorno neuropsíquico, não se

encontrou um tratamento eficiente que o extermine por completo. O único

tratamento que se pode acompanhar, o qual êxito depende do nível de autismo

do indivíduo, é a dedicação permanente por parte da família e da escola

inclusiva.

Por certo, pode-se recorrer à psicoterapia, no entanto os resultados

sejam insuficientes devido ao défice cognitivo e de linguagem dificultarem a

terapia. O tratamento preferido está baseado em análises conduta aplicadas.

Não existe cura conhecida para o autismo. A presença de

determinados modelos de comportamento baseia-se o diagnóstico médico.

Quando identificado indício de autismo ou mesmo acertado o diagnóstico

mediação e essencial para obtenção do repertório do entendimento da

socialização, autonomia e motora, básicas para o desenvolvimento da criança.

1.3. Sintomas

A criança autista prefere ficar sozinha, não cria relações pessoais,

evita contato íntimo, resiste às mudanças, olhar no olho a olho, é

excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos

gestos e rituais. A criança poderá ter um atraso na fala, ou seja, falar depois de

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outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo incomum, ou

poderá não conseguir por não poder ou não querer falar coisa alguma. Ao nos

dirigir a criança, ela amiúde tem dificuldade em compreender o que foi falado.

Ela poderá repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso

habitual de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se

referir a si própria.

Os sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao

diagnóstico, que é feito através da observação. Certamente, nenhum teste

específico para autismo esteja disponível, o médico poderá realizar

determinados testes para encontrar outras causas de desorganização cerebral.

Crianças autistas, na sua maioria, tem desempenho cognitivo

assimétrico, portanto, testar a inteligência não é uma tarefa nada fácil. Pode ser

preciso refazer os testes muitas vezes. As crianças autistas habitualmente se

dão melhor nos itens de atuação (habilidades motoras e espaciais) do que nos

itens orais durante testes padrão de Q.I. Aproximadamente 70 % das crianças

com autismo têm algum grau de atraso mental (Q.I. menor do que 70). Entre 20

e 40 % das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q.I. abaixo de

50, começam a ter convulsões antes da adolescência.

Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos

cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em

adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar

anormalidades cerebrais adicionais.

De acordo com a ASA – AUTISM SOCIETY OF AMERICA:

Indivíduos com Autismo usualmente exibem pelo menos metade das características abaixo listadas. Estes sintomas têm âmbito do brando ao severo em intensidade de sintoma. Além disso, o comportamento habitualmente ocorre através de muito diferentes situações e é consistentemente inapropriado para sua idade (2000)

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Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem

sempre a criança apresentará todos eles. É comum os sintomas de autismo

durarem ao longo de toda da vida do portador do transtorno.

Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é duramente ligado

o quanto idioma usado a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças

autistas com inteligência subnormal, por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de

50 em testes padrão.

Já crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto,

frequentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.

Fonoaudiologia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a

fisioterapia.

Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única terapia. O

uso de medicamentoso, antes representava um papel de essencial relevância

no tratamento, passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista

para que outras abordagens, como a reabilitação e a educação inclusiva,

possam ser adotadas e tenham resultados eficazes.

Os pacientes ainda crianças, o tratamento tem como prioridade

desenvolver a oralidade, além de agir na interação do paciente com a

sociedade de maneira geral, com familiares, amigos, colegas de escola.

Apesar do autismo não ter cura, o tratamento, quando é feito

corretamente, pode facilitar o cuidado com a criança, auxiliando a vida dos

familiares. No caso do autismo leve, a ingestão de medicamentos nem sempre

é necessária e o indivíduo pode levar uma vida aparentemente normal.

Já na adolescência, o tratamento tem como o maior foco no

crescimento profissional e social. Nesta fase o paciente já está em transição

para a fase adulta, onde é preciso escolher profissão, saber lidar com pessoas,

muitas vezes a paixão por outra pessoa surge e são situações que o paciente

vai precisar de ajudar também psicológica, para aprender a lidar com possíveis

rejeições, sem que isso causa muitos danos ao andamento do tratamento.

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Na fase adulta o centro do tratamento é que o paciente conquiste

sua autonomia e tenha uma boa convivência social em todas as áreas da vida,

como trabalho, educação, família e etc. Independente da fase em que se

encontra o tratamento, o objetivo é baseado em quatro quesitos, são eles:

• Promover a interação social por meio da comunicação;

• Estimular o aprendizado e agilidade para sanar dúvidas e problemas;

• Preparar o paciente para lidar com questões do cotidiano, sem que isso

seja um problema para a pessoa;

• Sempre ajudar além do paciente autista, a família e pessoas que

convivem autistas, pois o entendimento do problema e forma com que as

pessoas próximas lidam com a questão da doença é muito importante e

tem peso significativo no tratamento.

O autismo não tem causas exatas pela medicina e por esse motivo

não há ações preventivas do problema. A melhor maneira é manter a atenção

aos sintomas do problema, pois se o paciente sofrer de autismo o diagnóstico

precoce é a melhor forma, contudo, com isso já é possível começar o

tratamento para ajudar o paciente nas questões em que o autismo mais afeta a

pessoa que tem esse transtorno.

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CAPÍTULO II

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO

ESPECTRO AUTISTA NAS CLASSES COMUNS DE

REDE REGULAR DE ENSINO

O processo de incluir crianças com transtorno de espectro autista

em classes da rede regular de ensino não é algo tão simples. No entanto, é

preciso prosseguir na construção de uma aplicação pedagógica considerando

as particularidades desses indivíduos.

A inclusão de crianças autistas nas classes comuns em escolas

regulares é por certo provocador, criando incertezas tanto para profissionais da

educação, como pais, e em particular à sociedade. Incluir não por é apenas

uma inserção de uma criança com deficiência em uma determinada sala de

aula sem passar através de todo o processo educativo. E sem esquecer que a

comunidade escolar deverá estar abraçando a causa. Por esse motivo, a

caracterização do tempo e defasagem da criança e assim possam ter suas

peculiaridades acolhidas.

A educação de alunos com necessidades educativas especiais incorpora os princípios já comprovados de uma pedagogia saudável da qual todas as crianças podem beneficiar, assumindo que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser adaptada às necessidades da criança, em vez de esta a ter de se adaptar a concepções predeterminadas, relativamente ao ritmo e à natureza do processo educativo. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.7)

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2.1. Integração ou inclusão?

A integração escolar chegou como sugestão na década de 1970, do

país nórdico europeu Escandinávia, sob influência de Wolfensberger. A início

apenas mencionava um processo de normalização.

O processo de normalização se caracterizava no argumento que os

indivíduos com qualquer deficiência, teriam o direito de desfrutar um modo de

vida mais comum possível na sociedade em que vivia. Porém, isso não queria

dizer que essas pessoas se tornariam normais, apenas deveriam ser

administradas no convívio social. Como ser diferente fosse motivo para definir

sua inferioridade enquanto ser humano e ser social.

E virtude desse dessa concepção, apareceu a palavra integração.

Após o seu surgimento, esta proposta se espalhou rapidamente pelos Estados

Unidos, Canadá e Europa. No Brasil, no entanto, as discussões tomaram corpo

somente no final da década de 1980 e início da década de 1990.

Somente nessa década, há uma outra percepção, outras propostas

mais efetivas de mudanças na visão da educação especial com o fechamento

das classes especiais e com a abertura de salas de AEE, nas escolas

regulares, como suporte escolarização dessas crianças.

Nitidamente, é claro a mudança dos padrões, visto que a integração

foi perdendo espaço para a inclusão. A Inclusão Social não é um processo que

abraça só um lado, todavia envolve duas direções, abrangendo atuação

juntamente à pessoa com deficiência e as práticas próximo à sociedade.

Podemos verificar que, o entendimento de integração, mexe como plano

principal o lançamento de mudanças no indivíduo, na acepção de normalizá-lo.

Ao passo que, o conceito da inclusão, observa-se influências decisivas e

afirmativas, em ambos os lados da situação: no processo de desenvolvimento

do sujeito e no processo de acerto na realidade social. Dessa maneira a

atuação no sentido de nelas produzir as acomodações e reconhecimentos,

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sejam eles físicos, materiais, humanas, sociais, entre outros fundamentáveis

para que esse indivíduo com deficiência possa logo reduzir condições de

ingresso e acesso na rotina comum e na convivência na sociedade, com

inserção autêntica nos direitos humanos. Ter a oportunidade a convivência na

diversidade há uma boa chance de garantir a gerencia das diferenças no

aprendizado das relações interpessoais, postura principal no exercício da

democracia e da cidadania

Certamente que diferencia entre a inclusão e a integração é clara: a

inclusão a escola deverá estar pronta para amparar todas as crianças e a

integração a criança precisará se ajustar às Basicamente a diferença entre

inclusão e integração é simples: na inclusão é a escola que tem de estar

preparada para acolher todos os alunos; na integração é o aluno que tem de se

adaptar às obrigações da instituição escolar.

A integração escolar, as crianças com deficiência têm a chance de

entrarem numa turma de ensino regular, uma vez que a escola faz um

processo seletivo prévio nos alunos que estejam, aptos ou não. Na integração

escolar a transferência da educação especial acontece dentro da escola

regular; recorrente, produzindo turmas especiais para receberem os alunos

especiais, e mantendo as turmas normais para alunos normais. Isto é, a

segregação e preconceito continuam, porém dessa maneira, dentro da própria

escola.

A inclusão escolar é conflitante com a integração escolar, em razão

que, ela defende os direitos de todos, sem exceção, a estar em as salas de

aula de ensino regular. Não se trata apenas de todos estarem a mesma escola,

e sim, de conviverem as mesmas salas de aula.

Crianças autistas ou qualquer uma com deficiência são cidadãs

como quaisquer outras, donas dos mesmos direitos e com os mesmos

privilégios quanto às possibilidades acessíveis na sociedade, involuntariamente

do tipo de deficiência e do grau de comprometimento que apresentem.

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A escola para ser inclusiva não poderá ter nenhum tipo de divisão

entre ensino especial e ensino regular, a educação deverá ser a mesma para

todos, sem exceção, respeitando as individualidades, as diferenças. Na

realidade está se tratando de uma educação competente, altruísta e

acolhedora. Maneiras mais solidárias e plurais de relações interpessoais. Um

ensino integral, pleno, sem preconceitos, reconhecendo, valorizando as

individualidades e diferenças de cada um dos outros iguais.

De acordo com Rodrigues (2006, p.98):

O conceito de Inclusão no âmbito específico da Educação implica, antes de mais, rejeitar por princípio a exclusão (presencial ou académica) de qualquer aluno da comunidade escolar. Para isso, a escola que pretende seguir uma política de Educação Inclusiva (EI), desenvolver políticas, culturas e práticas que valorizam o contributo ativo de cada aluno para a construção de um conhecimento construído e partilhado e, dessa forma, atingir a qualidade académica e sociocultural sem discriminação.

2.2. A inclusão das crianças com TEA e suas dificuldades

Os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) são

declarados indivíduos com deficiência efeitos legais, o que valida todos os

direitos regulamentados pela Convenção dos Direitos da Pessoa com

Deficiência, em relação que fora legitimado pela Política Nacional de Proteção

dos Direitos da Pessoa com TEA em 2012.

Essa organização governamental se faz necessária para inclusão

real da criança com autismo na sociedade, mesmo com todas as dificuldades.

Entre os inúmeros problemas que uma criança autista encara em sua inserção

social, a escola, por ser o ingresso para o contato social e aprendizado, poderá

ser igualmente mais um impedimento.

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A lei prevê a atuação completa e concreta dos autistas, com igual

condições em relação as outras crianças. A instituições escolares,

habitualmente começam na educação infantil, com o início de uniformidade.

Elas acham que ao dar educação, recurso e metodologia equitativa as todas as

crianças estarão cumprindo o seu papel na inclusão. Mas com toda certeza,

isso não é inclusão, assim deixam uma grande lacuna no que se refere a

inclusão.

Disponibilizar educação democrática para crianças com

desenvolvimento típico e autistas nas instituições escolares, não irá acolher as

necessidades típicas que as crianças com Transtorno do Espectro Autista

(TEA) necessitam preencher. Não há sombra de dúvida que é indispensável, o

aperfeiçoamento de métodos de atuação educacional de maneira inclusiva.

Somente dessa maneira será oferecido as crianças autistas meios para o seu

melhor desenvolvimento no sócioemocional e cognitivo. É certo que trabalhar

com crianças autistas não como fazer um bolo com receita pronta. O que

funciona com um pode não funcionar com outro. Contudo, existem posturas

relevantes na aprendizagem humana que são pertinentes igualmente a

crianças com transtorno com espectro autismo: a ternura, os seus interesses e

a praticidade no trabalho pedagógico. O conteúdo trabalhado precisa fazer

sentido, muito sentido. Chamar a sua atenção para o que se pretende atingir.

Imergir na amizade do autista desvendando seus atrativos, anseios, sonhos

possibilidades, impedimentos, conclusão, senti-lo, explorá-lo. Em palavras

pedagógicas, o educador necessita identificar as habilidades da criança autista

e quais ela precisará conquistar. Daí em diante será escolher os materiais

pertinentes ao a aplicação da construção do conhecimento da criança. Poderão

ser capacidades sociais e ou escolares. E em todo tempo privilegiando a

oralidade e a socialização.

Segundo Carmo:

as relações educacionais hoje existentes na atual estrutura escolar seriada, redimensionar o tempo e o espaço escolares, bem como flexibilizar os conteúdos rumo a uma abordagem integradora que rompa com a compartimentalização das séries, das disciplinas e com a fragmentação do conhecimento. Enfim,

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precisa superar de forma radical a atual organicidade escolar brasileira (CARMO, 2001 apud SOUSA, 2008, p. 45-46).

Partindo da afirmação de Carmo, é dever da escola se estruturar,

reaproveitando e dessa maneira receber as crianças, rumo a uma abordagem

inclusiva. Consequentemente planejando aulas, projetos, habilidades e

competências a serem trabalhadas no coletivo, ponderando sobre como a

criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se conectará a tudo que

está sendo explanado. A fim a criança possa cumprir seu direito de

participação concreta e ampla no ambiente social em que se encontra inserida.

As adaptações dos conteúdos a caminho de uma aproximação que

integre rompendo dessa forma a fragmentação na construção do

conhecimento. Contudo, muito pouco são as escolas do ensino comum que

têm ambientes apropriados e profissionais prontos e capacitados a trabalhar

com crianças autistas. O que realmente fará diferença serão ações concretas

as políticas da educação inclusiva no seu cotidiano escolar. Por certo esse é o

grande desafio. A escola precisará proporcionar a capacitação dos seus

educadores, adequar o espaço escolar, investir na compra de materiais

pedagógicos e dar apoio total a família da criança em questão.

2.3. A Formação do Docente na Educação Inclusiva

No artigo 59 da Lei de Diretrizes e Bases endossa que as

instituições de ensino deverão atender aos educandos com deficiências,

assegurando:

I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como

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professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; (BRASIL, 2010, p. 44)

Os desafios para a incluir as crianças com TEA se mostram das

mais variadas maneiras e contextos, em que o processo de formação é

debatido, e as práticas pedagógicas deverão ser repensadas por intermédio da

significação na inclusão como paradigma escolar atual.

Na sala de aula a inclusão, acredita-se que os conteúdos escolares

são considerados objetos da aprendizagem, cabendo a criança dar significados

e construir conhecimentos e o educador assumirá o papel de mediador nesse

processo.

Por certo que a capacitação e a aquisição de conhecimentos sobre a

educação inclusiva são indispensáveis para alicerçar a prática pedagógica dos

educadores. A formação continuada oportunizará ao professor a atualização e

a mudança de sua prática profissional. O ingresso a um novo conhecimento e o

prática da reflexão concedem a ressignificação dos fundamentos e a chance de

transformar os padrões já construídos. Ao disponibilizar espaços de integração

dos professores, as escolas, manifestam suas ações de trabalhar a favor da

inclusão da criança com deficiência, assim, estarão cumprindo sua função junto

à comunidade escolar. A equipe gestora, que respeita as necessidades das

crianças, poderá convocar reuniões com temas para estudo e pesquisa para a

formação continuada dos educadores. A equipe estará disposta a partilhar

questões e dúvidas trazidas pelos professores, como relatos das condições de

aprendizagens das crianças, situações em sala de aula e discussão de

estratégias para encontrar saídas para resolver os desafios. Os professores

que têm a oportunidade de fazerem de cursos, igualmente poderão atuar como

difusores de conhecimento para a equipe na escola que trabalha.

Outra questão, também de muita importância é a redução do número

de crianças em sala de aula e formar maneiras de aumentar a oralidade.

Muitas escolas, atualmente, têm as salas de recurso, onde um profissional

trabalha com determinado transtorno, com uma certa dificuldade de

aprendizagem. A relação desse profissional e o professor regente é de grande

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relevância para que a criança possa desenvolver e sendo trabalhado em

termos de conteúdo e sanar possíveis espaços vazios. No Rio de Janeiro, há a

deliberação nº 24, do Conselho Municipal de Educação, que exige que as

creches e escolas mantenham um especialista em educação especial em seu

quadro de funcionários. Portanto, desse modo, também é um progresso, visto

que o especialista dentro da escola poderá acompanhar o professor a um

trabalho mais individualizado e adequado.

O educador não poderá mais ser responsabilizado pelo discurso da

resistência ou da negação. A inclusão é uma realidade no ensino regular e isso

se deverá aos esforços de todo aquele que acredita ser possível tal fato.

Partindo desse pressuposto, o professor que trabalha no contexto da inclusão

necessita sempre rever sua ação de forma reflexiva e eficiente, apoiando,

valorizando e respeitando a desigualdade presente no âmbito escolar,

compreendendo que essas diferenças são características do indivíduo.

2.4. Direitos legais do Portador de Deficiência

A Convenção da ONU a respeito dos Direitos das Pessoas com

Deficiência, assinada e ratificada pelo Brasil, por meio do Decreto 6.949/2009,

declara que os princípios da presente Convenção são:

a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual,

inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das

pessoas;b) A não-discriminação;

c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;

d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com

deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;

e) A igualdade de oportunidades;

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f) A acessibilidade;

g) A igualdade entre o homem e a mulher;

h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças

com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua

identidade.

Partindo desses princípios fica bem claro a grande relevância que

além da família, toda sociedade igualmente tenha entendimento do seu papel

no sentido de reclamar a efetivação dos direitos básicos das crianças e

adolescentes com deficiência, ajudando com o seu pleno crescimento e

inclusão social.

A ideia central que rodeia por todos os direitos fundamentais das

crianças e adolescentes com deficiência é a Acessibilidade, visto que, é vero

que, não existe inclusão e igualdade sem acesso. O elevador nos ônibus, a

rampa, botões em braile, leitores de andares, o banheiro acessível, o intérprete

de Libras, o programa de computador ou o ensino em braile, a escola inclusiva

de qualidade e a reserva de vagas para as escolas e até para o emprego nada

mais são do que a regularização de uma vida digna para pessoa com

deficiência. Contudo, temos que refletir que para incluir não se deverá fazer

uma análise de forma isolada, ou seja, a inclusão escolar sem ter a olhar na

inclusão ambiental ou econômica. Muito pelo contrário, o trabalho deverá ser

preparado e realizado em conjunto. Coisa nenhuma adiantará garantir o

ingresso a escola da pessoa com deficiência, se esta escola não se encontra

devidamente adequada a recebê-la.

O mesmo se observa com a inclusão econômica, ou no lazer. Até se

poderá garantir o trabalho e ou até o lazer, porém se o portador de deficiência

não tiver maneiras para se deslocar até estes lugares, a sua inclusão estará

pela metade. Em razão disso, se entende que a inclusão não deverá ser por

setores e sim integral, essa questão é o principal desafio. Certamente, que a

inclusão social é a sociedade compreender, aceitar e auxiliar o diferente,

inserindo-o no meio seja onde quer que se encontre.

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Para que todos os direitos sejam respeitados, é necessário que ao

pais estejam sempre atentos a tudo que se refere a sua criança ou seu

adolescente com deficiência. A família ou responsáveis tenham saibam que

podem buscar o cumprimento de direitos através da justiça. Além disso, o

acesso à justiça é igualmente um direito fundamental e deverá ser de acessível

e ao alcance de todos. Por meio da justiça é que poderemos exigir o

cumprimento da Lei, quanto ao acesso à saúde, educação e transporte de

qualidade para as crianças com deficiência.

As crianças e adolescentes com deficiência, antes banidos a

segundo plano dos direitos básicos do indivíduo, atualmente têm instrumentos

jurídicos ao alcance para encontrar soluções para problemas antes sem

saídas, resultantes dos males que os fazem sofrer.

Tais objetos, tanto no meio administrativo como na esfera judicial,

transcorrem de uma política de cooperação em que é formado pela família,

sociedade, Estado, chamando a todos, dessa maneira, para a responsabilidade

concomitante na busca por esforços em curso para a procura de soluções para

a questão da criança e do jovem, em prol dos portadores de deficiências.

Além do que o princípio cooperativo estabelecido pela Lei nº

8069/90, vale lembrar também o objetivo legal de prioridade absoluta da

criança e do adolescente, com a inclusão social dos portadores com

deficiências, com a aquisição de meios para o devido reajuste (cadeiras de

rodas, próteses, órteses e afins), medicamentos e colocação em tratamentos

terapêuticos, tudo visando ao alcance de melhoria no padrão de vida para os

crianças e jovens com alguma deficiência.

Atribui-se como um dos parceiros mais atuantes na busca desses

meios, tanto no meio administrativo como no judicial, o Ministério Público, que

através de procedimentos administrativos (o inquérito civil) e da ação civil

pública poderá buscar possibilidades para a solução dos problemas

vivenciados pela criança e pelo adolescente com deficiência.

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O modo mais marcante de lutar pelos direitos das pessoas

portadoras de qualquer tipo de deficiência é ensinar aos filhos, sejam eles

portadores de deficiência ou não, antes de mais nada, todos são seres

humanos. E como tais, dotadas de particularidades, paradoxos e qualidades.

Pessoas personagem principal de suas próprias histórias, que deverão lutam

pelos seus direitos, que valorizam o respeito pela dignidade, pela

independência e real participação e inclusão social. Seres humanos, acima de

tudo, respeitam as diversidades e compreendem que a deficiência é apenas

mais um traço da condição espécie humana.

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CAPÍTULO III

A ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA FRENTE O AUTISMO

A atuação psicopedagógica frente o autismo, o trabalho

psicopedagógico, a atuação do psicopedagogo na escola.

A Psicopedagogia não é sinônimo de psicologia Escolar ou Psicologia Educacional. É uma área de estudos recente resultante da articulação de conhecimentos dessa e de outras disciplinas, apontando com novos caminhos para a solução de problemas antigos na Psicopedagogia, enquanto área de aplicação atua o Psicopedagogo. Esse profissional ocupa-se dos problemas de aprendizagem, os quais inicialmente foram estudados pela Medicina e pela Pedagogia, sendo hoje tratados por um corpo teórico que vem se estruturando a partir das contribuições de outros campos. (BOSSA, 2000, p.17)

3.1. A atuação do psicopedagogo com autistas

Crianças com TEA apresentam características particulares, tais

como dificuldades no aprendizado e devido a isso precisam de um suporte

terapêutico. Sendo um transtorno orgânico o acompanhamento psicológico, um

psiquiatra ou neurologista é obrigatório. Tendo em vista, que que trata de

dificuldade ligada a fatores físicos que atingem fatores emocionais igualmente.

O autismo não tem remédios e nem tratamentos distintos, no entanto, a

famacoterapia é um componente importante. Porém, há autistas que vivem

sem medicamento, mesmo porque o psicopedagogo não pode fazer transcrição

de fármacos, cabendo esse trabalho para o médico psiquiatra ou neurologista.

Segundo com Carvalho e Cuzin (2008), o psicopedagogo deve

trabalhar, visando sempre à minimização das limitações e a maximização das

potencialidades do sujeito inserido no sistema. O psicopedagogo deverá

organizar uma intervenção pertinente ponderando os aspectos singulares da

criança, tendo em vista o vaivém da gravidade do TEA. Cada caso é um caso.

Uma equipe multi e interdisciplinar é um caminho adequado para

crianças autistas. O tratamento médico com: pediatra, neurologista, psiquiatra,

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odontologista. O tratamento não médico com: psicólogo, fonoaudiólogo,

pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, e orientação familiar, sem

esquecer do profissional de educação especial e inclusiva, por certo a

mediação propicia num resultado que melhora o desenvolvimento da criança

na escola. Essa equipe atua em conjunto e deverá estar em concordância em

relação as terapias usadas para que a recuperação da criança tenha um

desenvolvimento rápido e benéfico. A Síndrome do Espectro Autista acarreta

desordens no crescimento global, por isso é importante uma intervenção que

englobe as áreas: social, emocional e cognitiva. Se faz necessário que a

criança faça uma avaliação da equipe multidisciplinar, a fim de chegar a uma

diagnose final. Somente dessa maneira é possível identificar de forma

comprovada qual tipo de dificuldade está sendo mostrada e qual o modelo mais

eficiente de atividade para que o problema possa ser resolvido mais depressa,

tendo sempre ciência que há dificuldades para as quais poderá haver um

avanço considerável, contudo, até o presente momento, se terá a cura, por

tratar-se a fatores biológicos irremediáveis.

O profissional da psicopedagogia age realizando terapia, intervindo a

partir de jogos, histórias, internet e entre outras abordagens (utilizando o

lúdico), partindo sempre da realidade da criança, com o intuito de tornar

atrativo o processo de aprendizagem. No caso de crianças com TEA existem

elementos que ajudam no trabalho de evolução da oralidade e no aprendizado

de caminhos que a possibilitem. Por apresentarem comportamento social

inadequado, deverão ser trabalhando devidamente, apresentando o que é

correto e não tendo tolerância com o erro. Assim, trabalhado não se tornará

uma prática. O trabalho com crianças autista é vital estabelecer limites e

regras, e dessa feita ter domínio da situação. O autor Parente fala (2010, p.11):

Ainda que o estabelecimento de regras claras para lidar com essas dificuldades

seja útil, saber como fazer amigos, entender os sentimentos e pensamentos das demais

pessoas não são habilidades baseadas em regras que são aprendidas por meio do ensino.

Essas competências são assimiladas por intermédio de experiências

e o convívio, mas, aprender a conviver com outras atividades é uma tarefa

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difícil e dura para a criança com TEA e o psicopedagogo deverá possibilitar

ambiência para que isso ocorra.

O papel da escola muito importante na metodologia de

desenvolvimento de qualquer criança, e a finalidade, facilitar no

desenvolvimento da aprendizagem de todo indivíduo seja qual for sua

limitação, por esse motivo a escola é essencial para o desenvolvimento da

criança com TEA.

Segundo Bonora (2010, p.27):

A escola deve ser um local onde qualquer aluno consiga desenvolver seu potencial e superar seus limites. Através do psicopedagogo a eliminação de barreiras e a criação de estratégias que muitas vezes são simples e fazem parte da estratégia de ensino utilizado pelo professor irá possibilitar que o currículo escolar atenda a todos os alunos.

O psicopedagogo estando trabalhando em uma instituição escolar,

deverá ajudar a criança autista na adaptação. Pois essa relação entre os dois

harmonizará no ambiente da escola.

O indivíduo com a Síndrome do Espectro Autista tem dificuldade de

entendimento na compreensão da linguagem em metáforas, simbólica e dúbia

o psicopedagogo deverá se falar de maneira mais clara possível, com a

intensão de evitar maiores dificuldades na comunicação e orientar o professor

a proceder do mesmo jeito.

Dar orientação e suporte para os pais, ajudando a amenizar o

nervosismo, a angústia e a insegurança instigado pelas situações é de grande

relevância, logo muitos familiares não possuem orientação devida sobre como

conviver com o problema e acabam se consumindo e trazendo mais problemas

para o ambiente familiar, dar orientação e base poderá trazer grande melhora

para a convivência e aumentar a qualidade de vida de todos, inclusive da

criança em questão.

A Intervenção em casos de distúrbios de comportamentos exige

empenho e afinco. Requer uma grande organização é preciso que o

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psicopedagogo estude e que se tenha o conhecimento, somente dessa

maneira, poderá intervir de modo significativo e colaborar com efeito para a

vida da criança. Por intermédio do conhecimento, respeitando as limitações da

criança com TEA, é possível aprender e ensinar. Cabendo ao psicopedagogo

mediar o relacionamento entre quem ensina e quem aprende na construção de

um vínculo prazeroso e saudável. A criança autista tem antipatia a ambientes

agitados, desorganizados e barulhentos, portanto, é importante trabalhar o tom

de voz. A fala deverá ser calma, clara e pausada. É de fundamental relevância

chama-lo pelo nome e expressar de maneira simples a atividade sugerida e

antes de propor, o psicopedagogo deverá fazê-la.

Quando se trabalha com crianças autistas em particular, demanda

ter conhecimento, autocontrole, amor e determinação. Necessário é ter um

olhar astuto, com consciência, responsabilidade profissional e sabendo do

relevante papel social que tem em suas mãos. A intervenção do

psicopedagogo deverá ser feita de modo completo e conectado com a escola e

a família, visto que, não tem como separar uma da outra logo que ambas

fazem parte do meio em que a criança está inserida. Em função disso, o

psicopedagogo deverá estar pronto para dar assistência a todas as partes

envolvidas, oferecendo orientações e disponibilizando a base necessária e

desejada.

É muito importante ajudar as crianças com TEA no desenvolvimento

da oralidade, das habilidades sociais e na sua performance escolar, os

acompanhando na percepção da carência disto para toda a sua existência, é

indispensável aguçar nelas o anseio de assimilar, dispondo o seu próprio

desejo a partir disso se torne devidamente dela.

O psicopedagogo deverá ter o entendimento do seu papel como e

profissional e devendo respeitar, estimar e cuidar por cada vida que for

colocada em suas mãos, sabendo que cada indivíduo é singular e que cada um

tem suas particularidades que precisam ser respeitadas e que são estes

reveses que darão sentido a sua história de vida.

Vale à pena citar Bossa(1994, p. 66):

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a de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de conduta, dentro de um projeto social mais amplo (…). Não é colocá-lo em nosso mundo, mas dar a ele o direito de ser inserido de maneira estrutural, contextualizado e organizado, nessa nova visão de vida.

3.2. O Trabalho Psicopedagógico com Crianças Autistas

Segundo com o Código de Ética da ABPp (Associação Brasileira de

Psicopedagogia), em seu artigo 2º, a Psicopedagogia é interdisciplinar e “utiliza

recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do

ato de aprender” (ABPp, 1996) e, para tal, usa métodos e técnicas próprias. O

código menciona, em seu artigo 3º, que a intervenção psicopedagógica é

ligada ao processo de aprendizagem, visto que, como refere em seu artigo 1º

“(...) é um campo de atuação em Educação e Saúde que enfrenta com o

processo de aprendizagem humana (...)” (op. cit.), sendo o seu trabalho de

natureza clínica e institucional, preventivo e/ou remediativo. (op. cit.). O

trabalho psicopedagógico, apresentado no Código de Ética da ABPp, tem como

um finalidade o de “promover a aprendizagem, garantindo o bem estar das

pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos

disponíveis, incluindo a relação interprofissional”, como é indicado no artigo

5º.(op. cit.)

O psicopedagogo, para realizar um trabalho com resultados

satisfatórios, deverá ter um bom relacionamento e convivendo com

especialistas de outras áreas com quem possa vir a trabalhar, respeitando a

maneira de pensar e de intender o mundo.

O trabalho psicopedagógico deverá ser partilhado com profissionais

de outras áreas, com o intuito de juntos, possam ajustar, adequando o tipo de

tratamento que será realizado com a criança com TEA e dessa feita

melhorando a sua qualidade de vida. Dessa forma o trabalho sendo executado,

o psicopedagogo auxiliará igualmente o cotidiano da criança em sala de aula,

logo ele sendo conhecedor das dificuldades criança. O psicopedagogo deverá

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lançar mão de vários recursos para assim atingir o objetivo que prende

alcançar.

De acordo com Freire (1996,p.66):

A Psicopedagogia, na instituição escolar, tem uma função complexa e por

isso provoca algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo

psicopedagogo. Numa ação interdisciplinar ela dedica-se a áreas relacionadas ao

planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com planos

educacionais e lúdicos no âmbito das organizações, atuando numa modalidade cujo

caráter é clínico institucional, ou seja, realizado diagnóstico institucional e propostas

operacionais pertinentes

Historicamente, as intervenções psicopedagógicas vem acontecendo

com auxílio às crianças que mostram problemas na aprendizagem escolar. À

frente do desempenho não satisfatório na escola, assim as crianças são

dirigidas pelos professores, com o fim de solucionar o motivo de suas

dificuldades.

A indagação, desde do começo, é centrada em quem não aprende.

Diferente de estar com dificuldade, a criança que apresenta dificuldades,

aponta uma situação mais ampla, onde também a escola se insere, até porque

é parceira do processo de ensino e aprendizagem. Então, investigar o

problema de aprendizagem, envolve impreterívelmente, o projeto pedagógico

escolar, nas suas propostas de ensinar, sua metodologia, seus educadores no

que é valorizando como aprendizagem.

Desse modo, se a escola oferece o acúmulo de conteúdo como

coeficiente de poder, os resultados do estado correm a ameaça de serem

entendidos como a comprovação da sua inabilidade, e dessa maneira

confirmando o processo de exclusão da criança autista.

O psicopedagogo provoca, o encontro com o prazer do trabalhar e

do pesquisar. Essa é uma busca criativa que fará tirar a criatividade do casulo,

deixando solto o pensar, o conhecer e o crescer do indivíduo. Assim, a

inteligência deixará a sua prisão vindo para luz.

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3.3. A atuação do Psicopedagogo na escola

A escola precisa acompanhar as mudanças que ocorrem mundo a

fora. As informações são rápidas tanto na vida social, como na vida escolar,

novos conhecimentos, novas maneiras de pensar, a óptica de enxergar o

mundo mudou e a cada dia novas técnicas são descobertas. O que antes se

sabia, como verdade absoluta, agora, ganhou outra roupagem, uma diferente

perspectiva, porquanto se faz necessário reavaliar conceitos e paradigmas.

Na escola não poderia ser diferente, as maneiras de aprender e

encontrar o caminho da construção do saber, tem um outro olhar, um modo

mais democrático de ver a educação. A visão da escola e dos educadores

deverá primar pela educação inclusiva, onde todas as crianças são vistas como

seres humanos, com suas diferenças, dificuldades e história familiar distintas e

desse modo precisará de suporte especializado para solucionar ou diminuir os

entraves que aparecerão na sua trajetória escolar.

Nessa trajetória inclusiva, aquelas crianças que apresentarão certo

problema para assimilar o conteúdo trabalhado pelo professor vêm à

psicopedagogia, visto que oferecerá recursos didáticos a fim de que tenham

um estudo e uma leitura criteriosa dos processos intelectuais e dos

mecanismos psicológicos.

Muitas são as vezes que a escola e seus professores são tem

sucesso diante dos problemas de aprendizagem, principalmente tratando-se de

crianças com TEA, que necessitam de olhar mais apurado e com estratégias

que possam resolver ou amenizar as dificuldades de aprendizagem. Nesse

momento, entrará um profissional especializado para orientar os educadores na

busca de uma melhor uma compreensão dos problemas educacionais da

criança e desse modo lhes permitam um novo caminhar no processo de

aprendizagem.

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Nesse sentido, a psicopedagogia aparece como nova área do

conhecimento na procura de entender e sanar os problemas de aprendizagem,

tendo em sua forma institucional o papel de refletir e refazer o trabalho no

ambiente da escola.

Seguindo essa coerência, a formação psicopedagógica se

estabelece para os professores com o proposto de alcançar a criança em suas

muitas proporções e reformulando suas opiniões e condutas diante a

metodologia de ensino e aprendizagem, oferecendo instrumentalização

necessária para satisfazer as reivindicações da escola em particular no que diz

respeito às crianças com problemas de aprendizagem, o cerne básico das

pesquisas psicopedagógicas. A intervenção do psicopedagogo institucional, é

um trabalho preventivo com a finalidade de captar possíveis erros no programa

educacional que bloqueia o aprender da criança, ele coopera o planeamento,

na orientação metodológica da instituição escolar. Simultaneamente faz o

trabalho profilático podendo diagnosticar transtornos na aprendizagem da

criança em de suas práticas educativas que incluam escola, família e outros

profissionais na busca de resoluções do problema de aprendizado a criança

está apontando.

O trabalho do psicopedagogo na instituição escolar pretende o

fortalecimento da identidade assim como o resgate da sua história, procurando

a sintonia com a realidade de acordo com as experiências que está passando

no momento no momento e adaptando exigências da sociedade. A

psicopedagogia institucional deverá estar sempre alerta ao entendimento dos

instrumentos involuntários de uma certa sistematização, apontando sua

inflexibilidade dificuldades e as probabilidades de aprendizagem.

Barbosa ressalta:

Quando dizemos que a Psicopedagogia se preocupa com o ser completo, que aprende, não podemos esquecer que faz parte da compleitude deste ser a capacidade de aprender em interação com aquilo ou aquele que ensina; e que a ação de ensinar não é sempre exercida pelo professor, assim como a de aprender não é de responsabilidade somente do aluno. (BARBOSA, 2001, p.13)

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O trabalho do psicopedagogo na instituição escolar é de prevenção

dos problemas do “aprender”. É no trabalho institucional que o psicopedagogo

irá examinar a formação docente; o plano de ação que está sendo oferecido e

se está sendo feita as devidas adequações, quer dizer, de acordo com as

necessidades da criança autista. É a partir dessas necessidades, que o

professor estará ou não preparado para receber e incluir a criança em sua sala

de aula.

A função do psicopedagogo na escola, vai além de fazer uma

orientação educacional, sugerir a intervenção no planejamento escolar, no

projeto político pedagógico, nas estratégias de ensino do educador. O

psicopedagogo pode e deverá colaborar para que aconteça um bom diálogo

entre escola e responsáveis, propiciando um clima de confiança e

estabelecendo um vínculo saudável. Uma vez que a parceria psicopedagogo e

família não é sempre afinada. Pois haverá situação de conflitos, preocupações

e nada harmônica nem sempre é harmônico, certamente o profissional ao se

defrontar deverá ser firme e com argumentações coerentes. Portanto, o papel

dos pais na intervenção psicopedagógica e deveras vital para o melhor

desenvolvimento da criança.

De acordo com Solé:

A intervenção psicopedagógico não pode configurar-se da mesma maneira quando direcionada para o contexto escolar e quando oferecida a uma família; os instrumentos e as estratégias utilizadas irão variar conforme a orientação esteja direcionada a um adolescente ou a um trabalhador que, na sua maturidade, precisa redefinir sua trajetória profissional. (SOLÉ, 2001, P.28)

A Psicopedagogia ao encontrar harmonia e colaboração na escola e

na família, poderá estimular impactos positivo e desse jeito diminuir os

problemas que aparecem no ambiente da escola, independentemente de

caracterizar um permanente desafio, em razão de solicitar o abraço de toda a

equipe, e um anseio contínuo de transformações, a fim de que as mudanças,

realmente, aconteçam.

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CONCLUSÃO

As perturbações desenvolvimentais devem ser intervencionadas multidisciplinarmente o mais cedo possível de forma a minimizar os impactos no contexto educacional e familiar e, também, por se observarem melhoras na resposta ao tratamento quando comparado com crianças que foram diagnosticadas mais tarde (Miguel & Cardoso, 2012).

Então, é correto afirmar que na Psicomotricidade, o corpo assume

uma importância básica, logo este que o ser humano terá experiência e sentirá

o mundo que o rodeia e o seu mundo interno. Igualmente será através do corpo

que o ser humano expressa intencionalidade, sendo o principal intermediário

entre o sujeito e o mundo.

A Psicomotricidade visa estimular o movimento com intenção de

desenvolver o pensamento e como atividade lúdica, um instrumento de

intervenção que favorecerá o desenvolvimento integral, por intermédio da

aplicação de situações problema e buscando a resolução do problema

proposto.

Com crianças autistas a psicomotricidade trabalhará o corpo através

de estimulação sensorial e dessa forma terá uma melhoria na qualidade de

vida. Favorecendo os aspectos físicos, intelectuais, emocional e sócio-

emocional. O autor Le Bouche, afirma (1969) que a Psicomotricidade se dá

através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais

da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a

formação de sua personalidade.

O olhar psicomotor voltado para a criança com espectro autista

poderá mudar o lugar que lhe foi imposto, de um indivíduo sem futuro e sem

esperança, aumentando, portanto, as maneiras de tratamento. A

psicomotricidade irá apresentar a possibilidade de interação com as crianças

autistas por meio de mediadores verbais e não verbais.

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Portanto, a psicomotricidade deveria ser o apoio fundamental para

todos os educadores em suas atividades. Logo, ela facilitará o trabalho do

professor, atingindo com flexibilidade e sensibilidade as possibilidades da

criança autista. Sem sombra de dúvida a psicomotricidade é uma arma forte no

processo de inclusão escolar. As capacidades e os conhecimentos são

trabalhados, e dessa feita, avançarão mesmo que a pequenos passos. Ao

lançar mão de atividades lúdicas os profissionais da educação terão a

oportunidade de construir e experimentar os vínculos entre o corpo, o afeto e o

aprendizado. O que realmente chamará a tenção é a relação de corporeidade,

mente e emoção. Essa favorecerá ao professor a exploração infinita dos

talentos que a criança autista tem e por certo são esquecidas ou pior

desconhecidas.

Com todos esses benefícios a escola, assim como o professor

deverá ter a consciência que a educação pelo movimento é o alicerce mestre

do trabalho pedagógico, que permitirá à criança definir mais claramente as

dificuldades atuais de sua vida escolar e organizar, de contrapartida, presença

futura no mundo adulto.

O trabalho da psicomotricidade na instituição escolar e de sua

equipe pedagógica, se fundamenta na relevância e no uso da psicomotricidade

na escola, é necessária uma orientação adequada ao professor, estimulando-o

por meio de uma conscientização, do valor e emprego da psicomotricidade.

Essa conscientização é muito importante, pois despertará o interesse, no

educador e esse, de maneira, poderá auxiliar as crianças com espectro autistas

que estarão de inclusão e no ensino-aprendizagem chegarem ao sucesso

esperado.

Por isso, é muito importante que todos os educadores utilizem a

psicomotricidade como ferramenta de inclusão para criança autista, para isso,

atitudes deverão ser mudadas a fim de que se possam despertar neste a

descoberta de suas habilidades, desenvolvendo seus conhecimentos e

trabalhando em busca de sua autonomia.

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Assim sendo, ressaltar a importância da psicomotricidade no

desenvolvimento dos autistas, visando torná-los mais autónomos nas tarefas

diárias, amenizando a dependência da família ou de outrem, por esse motivo,

melhorando a sua qualidade de vida. Certamente, um investimento na

psicomotricidade permitirá alicerçar a criança autista, sobretudo na aplicação

do corpo para propiciar a sua tomada de consciência.

Segundo Batista e Mantoan, a educação inclusiva, (2006), entende-

se o processo de qualquer aluno independente de suas condições físicas,

intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, serem recebidos em

todas as escolas. A escola deverá incluir a todos, reconhecer a pluralidade e

não ter preconceitos contra as diferenças.

A psicomotricidade existe nos pequenos gestos e em todas as

atividades que desenvolverá o movimento da criança, tendendo a competência

e ao domínio do seu próprio corpo. A urgência do educador assumir a

responsabilidade de lidar com as diferenças e ser comprometido com sua

tarefa é de muita relevância no processo de inclusão. Os professores precisam

de maior conhecimento sobre as inúmeras contribuições da psicomotricidade

para o desenvolvimento da criança integralmente e uma postura de observação

minuciosa sobre a patologia, para uma maior compreensão do andamento da

estimulação. Assim, o professor poderá refazer as suas ações didático-

pedagógicas tornando mais humana a educação, valorizando os talentos e os

progressos mesmo que lentamente da criança autista. Sem deixar de falar, de

fatores essenciais, como: o amor, a disponibilidade e, acima de tudo, a

confiança nessas crianças bem como acreditar nas suas potencialidades e no

desenvolvimento destas.

Neste contexto, para que o trabalho seja bom, recompensador e

para que as mesmas apresentem bons resultados é necessário a colaboração

de todas as pessoas envolvidas na educação da criança autista, atuando com

uma mesma finalidade, ajudar as crianças a conviverem melhor consigo

mesmas, com os outros e com o meio que as cercam, para sejam mais felizes

e incluídas na sociedade em que vivem.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Breve histórico sobre o autismo 11

1.1. Análise histórica sobre o autismo 12

1.2. Causas 15

1.3. Sintomas 17

CAPÍTULO II

A inclusão de crianças com transtorno do espectro autista 21

2.1. Integração ou inclusão? 22

2.2. A inclusão das crianças com TEA e suas dificuldades 24

2.3. A formação do docente na educação inclusiva 26

2.4. Direitos legais do Portador de Deficiência 28

CAPÍTULO III

A atuação psicopedagógica frente ao autismo 32

3.1. A Atuação do psicopedagogo com autistas 32

3.2. O Trabalho Psicopedagógico com Crianças Autistas 36

3.3. A atuação do Psicopedagogo na escola 38

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CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA 45