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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ECONOMIA EM CRISE PARA INVESTIDOR LEIGO: ONDE COLOCAR O SEU DINHEIRO? Mariana Luzes Souza Netto ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2017 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

ECONOMIA EM CRISE PARA INVESTIDOR LEIGO:

ONDE COLOCAR O SEU DINHEIRO?

Mariana Luzes Souza Netto

ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro 2017

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em finanças e gestão corporativa Por: Mariana Luzes Souza netto

ECONOMIA EM CRISE PARA INVESTIDOR LEIGO:

ONDE COLOCAR O SEU DINHEIRO?

Rio de Janeiro 2017

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a minha mãe que sempre esteve

presente na minha vida me ajudando, me direcionando para os melhores

caminhos e me educando. Aos familiares que sempre acreditaram nos meus

sonhos, ao meu cunhado márcio que ajudou na introdução do trabalho e ao

meu noivo que eu amo muito e que tem me ajudado ativamente no trabalho

sempre com paciência e carinho.

Gostaria de agradecer também ao banco Itaú no qual eu trabalho que investiu

em mim me ajudando a concretizar mais um sonho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu namorado que me

ajudou e aos meus familiares em especial minha

mãe.

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RESUMO

Esse estudo tem como principal objetivo mostrar como funciona

cada tipo de investimento e com isso esclarecer as dúvidas que a maioria dos

brasileiros têm em relação ao assunto. Terá informações detalhadas das

principais rendas fixas e rendas variáveis. Até o final dos anos 80, o sistema

financeiro nacional de fato não oferecia muitas alternativas de investimento,

além da caderneta de poupança e do CDB. Nessa época, o descontrole da

inflação e a grande instabilidade da economia geravam baixa confiabilidade por

parte dos investidores e grande incerteza no mercado, limitando demais as

opções de investimento. A partir de meados da década de 90, com a

estabilidade da moeda, advinda do plano Real, o sistema financeiro brasileiro

se solidificou de forma considerável e passou a oferecer maiores alternativas

de investimento para o investidor brasileiro. Mas mesmo com a redução das

incertezas, decorrentes da maior estabilidade econômica e múltiplas

oportunidades de investimento decorrentes do amadurecimento do sistema

bancário brasileiro, o perfil da média do consumidor brasileiro modificou de

forma bastante lenta.

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METODOLOGIA

Quanto à metodologia, foi desenvolvido por meio de pesquisa

exploratória, observadas as características de cada tipo de investimento, pois

aborda as principais vantagens e desvantagens de cada opção. Além disso

foram usados diversos conceitos desde os mais simples aos mais complexos

com objetivo de proporcionar maior segurança no tange ao conhecimento dos

riscos e demais informações associadas às opções de investimentos.

Foram utilizados os livros:

CERBASI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. 2013.

GALLAGHER, Lilian. Exame de certificação: ANBIMA CPA-10. 2012.

Utilizou-se também alguns artigos da revista eletrônica Info Money.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Renda fixa 10

CAPÍTULO II

Renda Variável 27

CAPÍTULO III

Título do Capítulo 36

CONCLUSÃO 48

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 50

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INTRODUÇÃO

Segundo Gustavo Cerbasi investir é multiplicar e não somar. Investir

pressupõe o acúmulo de lucros que você obtém, para que um patrimônio cada

vez maior, você lucre sempre mais. Se você trabalha muito para pagar a

compra de imóveis que não têm um bom potencial de valorização, ao invés de

você multiplicar estará simplesmente acumulando patrimônio. Agora se seus

imóveis ganham valor com o tempo e você os revende para comprar outros

com bom potencial de valorização aí sim você está investindo.

Se você busca algum tipo de investimento que tenha rentabilidade e

recebe a indicação de alguém para fazer um título de capitalização saiba que

não será a escolha mais coerente, pelo contrario será a pior alternativa. Agora

se você quer juntar algum dinheirinho que está “ocioso” sem perspectivas de

rendimento e se você gosta de jogar em loteria então a capitalização é uma

opção legal levando em conta também que esse poderá ser o primeiro passo

para quem pouco entende de bancos e finanças.

No mundo atual temos muitas opções para investir e muitas vezes

não são bem exploradas levando em conta que Não existe a melhor opção de

investimento, mas SIM existe a opção mais adequada para cada perfil, indicada

para cada momento e para cada finalidade. Quanto mais se pesquisa e estuda

melhor será o resultado da escolha. O melhor é nunca deixar de juntar, investir

e poupar, seja para obter rentabilidade, seja para uma especialização, para o

sonho da casa própria ou simplesmente ter um pé de meia para se caso

precise no futuro.

Culturalmente o brasileiro não tem a prática e nem sabe investir. Em

momentos de crise e instabilidade financeira o mercado sofre ainda mais

flutuações. Para os leigos, tudo se resume a escolher: Conta corrente ou

poupança? Os mais íntimos: tesouro Direto ou CDB? Apesar da renda fixa vir

apresentando excelentes rentabilidades, qual seria a melhor opção de

investimento para cada um? A resposta será diferente para tipo investidor de

acordo com o seu perfil e é claro, instrução financeira.

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A maioria das pessoas nem considera investir em ações ou outros

investimentos porque tem preocupações financeiras mais urgentes de

sobrevivência. A correta orientação deve ser para os melhores investimentos

disponíveis no mercado com base em rentabilidade, atrelados ao perfil do

investidor e da economia atual e suas oportunidades. A relação de intimidade

entre os novos investidores e o mercado, os principais atrativos e riscos de

cada investimento, seu recolhimento de IR e investimento mínimo deverão ser

barreiras quebradas a um novo perfil de investidor: o recorrente e consciente.

O perfil mais conservador do investidor médio brasileiro ainda é um

marcante na maior parte da população, a poupança ainda é a opção mais

queridinha da população que, de forma geral, tem baixa educação financeira e

que carece de maior entendimento das opções. Sobretudo, trata-se de um

traço cultural do brasileiro, acostumado a níveis muito baixos de poupança,

quando comparado com outras economias europeias por exemplo, ou mesmo

de países emergentes, como o Brasil. O que aparece é que não existe um

interesse nas escolas de incluir essa a economia financeira na grade curricular

dos alunos.

Então os próximos capítulos irão mostrar detalhes de cada opção de

investimento, dos mais simples como a poupança até os mais complexos. O

primeiro capítulo será direcionado para os investimentos em renda fixa, falando

dos principais como a poupança, CDB, títulos públicos, debêntures e letra

hipotecária que são os mais relevantes. O segundo capítulo abordará as

informações de rendas variáveis.

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CAPÍTULO I

Tipos de investimentos em renda fixa

Esse capítulo será iniciado com as explicações dos tipos de

investimentos. Mostrará detalhes de cada um e informações detalhadas com

riqueza com objetivo inicial de esclarecer a importância de cada um.

Os investimentos de renda fixa são aplicações financeiras em títulos de

renda fixa. Quem investe em renda fixa está comprando um título de dívida, ou

seja, empresta dinheiro ao emissor do papel, que em troca lhe paga juros até a

data de vencimento desse papel, quando ocorre o regate do título.

Fazer um investimento de renda fixa não significa que a rentabilidade não

varie. Existe sim oscilações, muitas vezes imperceptíveis, que ocorrem em

função das variações da cotação do título no mercado financeiro.

É uma opção considerada com baixo risco pois não se compromete o

valor aplicado inicialmente e porque a maioria das opções de renda fixa possui

o fundo garantidor de crédito que é uma entidade privada sem fins lucrativos

com objetivo de proteger os investimentos dos correntistas, poupadores e

investidores em caso de falência e intervenção em até 250 mil reais.

Assim como todos os tipos de investimento a relação de retorno está

restritamente ligada ao risco, por isso os investimentos em renda fixa em geral

(apesar de serem considerados isentos de perdas) podem ter um retorno

aquém do esperado devido a sua baixa exposição ao risco.

O nome renda fixa tende a nos passar a ilusão de que o rendimento que

podemos obter com ela é completamente previsível ou conhecido. Essas

afirmações são parcialmente verdadeiras. Quando se decide investir em renda

fixa você tem uma escolha a fazer: seu dinheiro está remunerado a taxa

prefixada ou pós-fixada? Qual a melhor opção?

Na verdade não existe receita de bolo.

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1.1. Poupança

A poupança é um dos investimentos preferidos pelos brasileiros. A

Bolsa, no entanto, ainda assusta: apenas 1% da população investe em ações.

Os principais motivos: desconhecimento, falta de dinheiro, baixa renda, medo

do risco. Quais seriam os melhores investimentos em renda fixa no mercado

financeiro em tempos de crise e possíveis pelo baixo conhecimento por parte

dos investidores principiantes?

A famosa caderneta de poupança foi nascida para levantar fundos para

o financiamento imobiliário e que funciona como um tipo de convênio entre os

bancos e o Banco Central do Brasil, que determina que toas as instituições

possuam a mesma regra.

É a modalidade mais tradicional e conservadora do mercado que permite

ao investidor aplicar pequenas somas com rendimentos a cada trinta dias. É

uma aplicação pós fixada onde seus ganhos são isentos de imposto de renda e

de IOF (imposto sobre operações financeiras), mas se o aplicador resgatar

antes da data de aniversário da aplicação, ele perde toda a rentabilidade do

período (do montante e não do saldo). Na verdade o fato de não ter IOF não é

nenhuma vantagem pois ele só costuma incidir sobre rendimentos de recursos

resgatados antes de 30 dias após a aplicação. Como a poupança não rende

De acordo com Gustavo Cerbasi cada

opção é melhor em situações

diferentes. Se a tendência dos juros da

economia de juros é de queda você

fará melhor negócio optando por taxas

prefixadas, que garantirão

rentabilidades próximas as atuais por

mais tempo. Por outro lado se a queda

de juros do mercado for certa, seu

banco lhe oferecerá uma taxa menor

na renda fixa prefixada.

Se o futuro é incerto, as taxas pós-

fixadas são melhores, pois, em caso de

inflação, o governo tende a elevar os

juros para desaquecer a economia, e

seu dinheiro crescerá mais.

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nada se resgatada antes desse período, o IOF não se aplicaria de qualquer

forma.

O ideal então se precisar fazer algum resgate é que o faça depois da

data de aniversário para não haver perdas. E se o depósito for em cheque, ele

irá começar na data do depósito e não depois que ele estiver devidamente

compensado na conta. Lembrando que o depósito não tem limites então

poderá ser feito de qualquer valor.

A poupança possui rendimentos equivalentes à variação da taxa

referencial, mais 0,5% de juros ao mês quando a taxa selic estiver acima de

8,5% ao ano, ou de 70% da taxa Selic quando essa for de 8,5% ao ano ou

inferior.

Resumindo:

Taxa Selic > 8,5% a.a = 0,5% de juros

Taxa Selic < ou = 8,5% a.a = 70% da taxa Selic

Outra caraterística muito importante que atribui a esse tipo de

investimento mais segurança é o baixo risco que está associado diretamente

com o banco. No caso do banco quebrar a poupança tem a proteção do FGC

(fundo garantidor de crédito) no valor atualmente de 250.000,00 reais por CPF.

O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos que administra um

mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que

permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos na instituição financeira

em caso de intervenção, liquidação ou falência.

O grande diferencial da caderneta de poupança é que ela é uma opção

para muitas pessoas que não têm conhecimentos sobre investimentos, para

quem não tem muito tempo disponível para pesquisar informações, para quem

não tem muitos recursos a investir e para aqueles que pretendem manter o

dinheiro aplicado com grande segurança com um prazo inferior a dois anos.

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1.2 Certificado de depósito bancário (CDB)

O CDB é um título de crédito emitido por bancos (comercial, de

investimento desenvolvimento e múltiplos) que tem por objetivo captar recursos

de investidores passando posteriormente esses aos clientes na forma de

empréstimo. São nominativos, negociáveis e transferíveis. Por se tratarem de

títulos, não é possível para o investidor realizar aplicações adicionais como se

faz por exemplo em poupança e fundos. Dessa forma caso o investidor queira

aumentar suas aplicações em CDB, ele terá que adquirir outro título. Portanto

sua renovação não é automática. Na data de vencimento o crédito vai para a

conta corrente.

É através do CDB que fica claro que a sobrevivência de um banco

depende da credibilidade de que ele desfruta perante seus clientes. Sem

captação de recursos, os bancos não teriam dinheiro para emprestar nas

oprações de empréstimo e financiamentos. Por tanto, quanto maior a

credibilidade do banco, mais os clientes depositam seus recursos na

instituição, mais ela consegue emprestar e com isso mais lucra e se fortalece.

O CDB são aplicações em renda fixa que possui sua rentabilidade pré

ou pós fixada que pode ser resgatado antes do prazo final e possui o Fundo

Garantidor de Crédito.

Pré-fixado:

Os CDBs pré-fixados são títulos que não têm prazo mínimo, não

podendo ter vencimento aos sábado, domingos e feriados. A rentabilidade é

determinada na hora da aplicação e portanto, você saberá previamente o

quanto irá receber np vencimento. É uma opção indicada em momentos de

tendência à queda de juros. O risco se dá no caso de se contratar uma taxa e

os juros da economia subirem, proporcionando a seu investimento rendimentos

inferiores aos do mercado, mas sempre positivos.

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Pós-fixado:

Os CDBs pós-fixados são adequados para quem teme o aumento da

inflação e ou os juros da economia. Eles costumam ter a sua rentabilidade

vinculada a dois tipos de indicadores: a taxa de mercado (CDI ou taxa DI) ou a

inflação.

Na contratação o investidor deve optar por um dos indicadores. Mas de

qualquer forma ele só irá saber ao certo o resultado de seu investimento ao

final do período.

É importante destacar que a taxa de juros oferecida pelos bancos

depende diretamente do volume investido pelo cliente na instituição. Quanto

maior o volume aplicado, ou seja, quanto mais dinheiro o cliente tiver para

efetuar uma única aplicação em CDB melhor (mais rentável) para o cliente é a

taxa oferecida.

Além do CDB existe uma outra modalidade pouco conhecida que é o

RDB (recibo de depósito bancário) que possui as mesmas características que o

CDB mas não tem a opção de resgate antes da data de vencimento.

O diferencial do CDB se comparado ao fundo de renda fixa está no

mecanismo de tributação. No fundo o recolhimento de imposto é feito

semestralmente, enquanto no CDB o imposto é descontado somente no

resgate final. Isso permite que o dinheiro não “mordido” em imposto continue se

multiplicando.

Os riscos relacionados aos CDBs são o risco de crédito (no caso da

instituição quebrar mas nesse caso tem a proteção do FGC), o risco de

mercado (devido as oscilações das taxas de juros) e o risco de liquidez (por ser

um título negociável no caso do investidor desejar resgatar o CDB o banco

poderá não ter liquidez por conta de eventos inesperados.)

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1.3 Debêntures

São títulos de créditos emitidos por sociedades (empresas) anônimas que não

sejam de crédito imobiliário e instituição financeira, com garantia em seu ativo e

com intuito de obter recurso de médio e longo prazo. Equivalem a um

empréstimo que o comprador (credor) do título faz a empresa emissora

garantindo a esta uma taxa de juros fixa ou variável sobre o valor emprestado.

Normalmente com características de renda fixa, podendo, no entanto serem

considerados como de renda variável desde que a remuneração oferecida seja

com base na participação dos lucros da empresa emitente.

É uma forma das empresas gerenciarem suas dívidas e financiar seus projetos.

Tipos de debêntures:

Simples (não conversíveis):

São as que o credor recebe juros e correção monetária e não podem ser

convertidas em ações, ou seja, são resgatáveis exclusivamente em moeda

nacional.

Conversíveis:

O credor pode optar em transformar suas debêntures em ações (da empresa

emissora) na data do vencimento. As debêntures conversíveis e também as

não conversíveis podem contemplar cláusulas de permutabilidade por outros

ativos ou por ações de emissão de terceiros que não a emissora. As condições

de conversibilidade, bem como as de permutabilidade devem estar descritas na

escritura da emissão.

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Permutáveis:

Permite ao credor optar por transformar suas debêntures em ações que não as

da empresa emissora.

Existe duas formas de debêntures:

Nominativas: São debentures cujos registro e controle das transferências são

realizados pela companhia emissora no livro de registro das debêntures.

Escriturais: São debêntures cuja custódia e escrituração são feitas por

instituição financeira autorizada pela CVM para prestar tais serviços.

Outra característica é que as debêntures não possuem proteção do Fundo

Garantidor de Crédito, estando protegida por meio da escritura da emissão e

do agente fiduciário que é uma figura legal e obrigatória para representar a

comunhão dos interesses dos debenturistas, protegendo seus direitos perante

a companhia emissora.

Cabe ao agente fiduciário o acompanhamento das atividades da companhia, de

forma a verificar o cumprimento das disposições da escritura de emissão e de

outras obrigações assumidas.

Os riscos relacionados às debêntures são o risco de crédito (risco do

emissor não pagar o que deve no prazo estipulado assim como os demais

investimentos de renda fixa), o risco de mercado (devido á variação da taxa de

juros de mercado) e o risco de liquidez (por ser um título muitas vezes de difícil

negociação no caso do investidor vender o título poderá não obter o valor

esperado no prazo estipulado.

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1.4 Letras Hipotecárias

A letra hipotecária é um título lastreado em crédito imobiliário. São

poucos os bancos que a emitem, pois a maioria deles não precisa de recursos,

além dos captados por meio da caderneta de poupança, para conceder

financiamentos imobiliários.

Com a queda da taxa de juros, a procura por investimentos de mais

longo prazo aumenta. O principal atrativo dessas aplicações está na

remuneração, que costuma ser bem maior, já que prazos mais longos

significam mais risco.

As letras hipotecárias estão entre as opções de investimento para quem

pode deixar o dinheiro aplicado por, no mínimo, seis meses. Durante esse

período não é aconselhável fazer resgates. A vantagem é que elas são isentas

de Imposto de Renda, isso faz com que a sua rentabilidade seja melhor que a

de outros produtos, como fundos e CDB´s. A principal emissora desses títulos

é a Caixa Econômica Federal porém existe outros bancos tradicionais como o

Itau, Bradesco e Santander que também emitem. Outras carctérísticas é o fato

de não possuir Imposto de renda para pessoa física. O seu principal atrativo é

a sua remuneração já que praticamente não oferece liquidez.

Existem três tipos de letra hipotecária:

• As que pagam a TR (Taxa Referencial) mais uma taxa de juros, que

depende do prazo do título e do montante aplicado;

• As que remuneram de acordo com o CDI;

• As que têm uma rentabilidade prefixada.

Os riscos referentes as letras hipotecárias são o risco de crédito (se a

emissora da LH quebrar), o risco de mercado (devido as oscilações da taxa de

juros) e o risco de liquidez (as LHs são negociadas sem liquidez, então se

houver o resgate antes da data de vencimento o investidor perde seu

rendimento).

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1.5 Títulos Públicos

Títulos são instrumentos de dívida. Diferentemente da contratação de

dívida via mercado bancário (por meio de empréstimo e financiamentos), quem

emite um título está contraindo uma dívida via mercado de capitais.

Títulos públicos são papéis emitidos pelos poderes públicos federal,

estadual e municipal. Um dos principais objetivos dessa emissão é os governos

poderem financiar as suas dívidas, pagando remuneração com taxas

prefixadas ou pós fixadas. As instituições financeiras interessadas compram

esses títulos, emprestando recursos aos governos e colocam esses papéis nas

carteiras dos fundos de investimentos, remunerando o investidor.

Qualquer pessoa residente no Brasil pode comprar títulos públicos

através do tesouro direto, um programa do Ministério da Fazenda que permite

a negociação de títulos da dívida pública federal sem a necessidade de

intermediários. A principal exigência do programa é o cadastramento do

investidor junto a um agente de custódia, que pode ser um banco ou uma

corretora de valores, o qual vai ficar responsável pela guarda de títulos.

Tesouro Direto é o programa de compra e venda de títulos públicos

para pessoas físicas pela internet, desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em

parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), para

popularizar e democratizar esse tipo de investimento no Brasil.

A grande vantagem do programa Tesouro Direto é permitir investimentos

a partir de cerca de 200 reais viabilizando a negociação com pequenos

investidores.

Apesar do processo ser muito simples, existe muitas exigências burocráticas

para iniciar uma conta em um agente de custódia. Informações patrimoniais e

de renda e documentos que as comprovem costumam espantar muitos

interessados. É uma pena pois, passada a burocracia do cadastro e rompida a

barreira da primeira escolha, as compras posteriores passam a ser feitas num

piscar de olhos. Para quem está acostumado a investimentos mais

convenientes como a Caderneta de Poupança e fundos de renda fixa, há o

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trabalho adicional de ter que selecionar entre os diversos títulos disponíveis, o

tipo mais adequado e o prazo de vencimento compatível com seus objetivos.

Desde março de 2015, os títulos públicos federais contam com liquidez

diária. Caso o investidor não deseje aguardar o vencimento, o Tesouro

Nacional garante a recompra diária dos títulos adquiridos no Tesouro Direto.

Ou seja, você poderá vender antecipadamente os títulos ao Tesouro Nacional,

todos os dias, a preços de mercado.

O Imposto de Renda (IR) incide sobre a rentabilidade proporcionada

pelos títulos, e seu pagamento ocorre na venda, no recebimento dos juros

semestrais ou no vencimento do título. Quanto mais tempo você mantiver o

investimento, menor é a alíquota de tributação, que vai de 22,5% a 15%. O

investimento atinge a alíquota mais baixa ao completar 720 dias (2 anos).

Esse incentivo para os investimentos de longo prazo faz sentido para o

governo, que ganha mais previsibilidade e segurança no gerenciamento da

dívida pública.

O investimento de curtíssimo prazo não é incentivado devido a cobrança

de IOF para aplicações inferiores a 30 dias.

O investimento em títulos públicos é considerado de baixo risco, ainda

assim, como toda aplicação financeira, o Tesouro Direto também tem riscos. O

primeiro risco é o de crédito, que é a probabilidade de o devedor, no caso, o

governo federal, não honrar a dívida. Atualmente esta possibilidade é

considerada pouco provável, o que torna o título público um dos investimentos

mais conservadores e seguros. Outro risco é o de liquidez, que corresponde à

capacidade de transformar o título em dinheiro antes do vencimento. Em

relação a este risco, o Tesouro Nacional, garante a recompra semanal dos

títulos todas as quartas-feiras. E por último, o risco de mercado, que tem a ver

com a variação do preço do título público.

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Os principais títulos negociados são os federais:

• Títulos pré-fixados:

Você sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o título até a

data de vencimento. Para cada unidade de título, o valor bruto a ser recebido

no vencimento é de R$1.000,00.

Esses títulos são indicados se você acredita que a taxa prefixada será maior

que a taxa de juros básica da economia (Selic).

Por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal. Isso significa

que é necessário descontar a inflação para obter o rendimento real da

aplicação

1. Tesouro Prefixado (LTN)

Possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o valor

investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou resgate

do título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no

final da aplicação. Sendo assim, é mais interessante para quem pode

esperar receber o seu dinheiro até o final do período do investimento, ou

seja, é indicado para quem não necessita complementar sua renda

desde já.

Mantendo o título até o vencimento, você receberá R$1.000,00

para cada unidade do papel (se você comprar uma fração de título, o

recebimento será proporcional ao percentual adquirido). A diferença

entre esse valor recebido no final da aplicação e o valor pago no

momento da compra representa a rentabilidade do título.

Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro

Nacional pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade

poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,

dependendo do preço do título no momento da venda. Por essa razão,

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recomendamos que você procure conciliar a data de vencimento do

título com o prazo desejado para o investimento.

2. Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

É mais indicado para quem deseja utilizar seus rendimentos para

complementar sua renda a partir do momento da aplicação, pois esse

título faz pagamento de juros a cada seis meses. Isso significa que o

rendimento é recebido pelo investidor ao longo do período da aplicação,

diferentemente do título Tesouro Prefixado (LTN). Os pagamentos

semestrais, nesse caso, representam uma antecipação da rentabilidade

contratada.

Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses

rendimentos semestrais há incidência de imposto de renda (IR),

obedecendo a tabela regressiva.

Desse modo, se você planeja reinvestir os valores recebidos a

cada seis meses, é mais interessante investir em um papel que não

paga juros semestrais. Um título no qual o imposto de renda é recolhido

apenas no final da aplicação garante que a taxa de rentabilidade incida

sobre um montante superior, ou seja, uma maior base, pois não sofre

reduções em função dos descontos do IR nos eventos de pagamentos

de juros semestrais. Isso beneficia a rentabilidade final da aplicação.

Mantendo o título até o vencimento, você receberá R$1.000,00

acrescido do último pagamento de juros semestrais. Caso necessite

vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor

de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do

que a contratada na data da compra, dependendo do preço do título no

momento da venda. Por essa razão, recomendamos que você procure

conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o

investimento.

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• Títulos pós fixados:

Nesse tipo de título, o valor é corrigido por um indexador, que pode ser a Selic

ou inflação (IPCA). Então, a taxa do título será formada por uma taxa prefixada

acrescida da variação do indexador.

1. Tesouro Selic (LFT):

Título cuja rentabilidade acompanha a taxa Selic, com o pagamento do

valor investido mais os rendimentos apenas no final do prazo contratado ou na

data de resgate antecipado. Se o Copom (comitê de política monetária) elevar

a taxa Selic, a rentabilidade do título também aumenta. O mesmo vale para a

queda da taxa. Por isso o tesouro Selic é considerado de baixíssimo risco, uma

vez que protegerá o investidor em caso de desequilíbrio economia. Por tanto o

Tesouro Selic é uma ótima opção para os investidores extremamente

conservadores.

2. Tesouro IPCA + com juros semestrais (NTN-B):

Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do

poder de compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por

duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação

(IPCA). Desse modo, independente da variação da inflação, a

rentabilidade total do título sempre será superior a ela. A rentabilidade

real, nesse caso, é dada pela taxa de juros prefixada, contratada no

momento da compra do título.

É mais interessante para quem deseja utilizar o rendimento para

complementar sua renda a partir do momento da aplicação, pois faz

pagamento de juros a cada semestre, diferentemente do Tesouro

IPCA+(NTN-B Principal). Isso significa que o rendimento é recebido pelo

investidor ao longo do período da aplicação, em vez de receber tudo no

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23

final. Os pagamentos semestrais, nesse caso, representam uma

antecipação da rentabilidade contratada.

Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses

recebimentos semestrais há incidência de imposto de renda (IR),

obedecendo a tabela regressiva. Veja ilustração apresentada na explicação

do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) acima. Desse modo,

se você planeja reinvestir os valores recebidos a cada seis meses, é mais

interessante investir em um papel que não paga juros semestrais. Esse tipo

de título, no qual o imposto de renda é recolhido apenas no final da

aplicação, garante que a taxa de rentabilidade incida sobre um montante

superior, ou seja, sobre uma maior base, já que não sofreu reduções em

função da incidência do IR nos eventos de pagamento de juros semestrais.

Isso beneficia a rentabilidade final da aplicação.

Na data de vencimento do título, você resgata o valor investido

atualizado pela inflação acrescido do último pagamento de juros

semestrais.

Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional

pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser

maior ou menor do que a contratada na data da compra, dependendo do

preço do título no momento da venda. Por essa razão, recomendamos

que você procure conciliar a data de vencimento do título com o prazo

desejado para o investimento.

3. Tesouro IPCA + (NTN-B principal)

Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do poder de

compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas:

uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação (IPCA). Desse modo,

independente da variação da inflação, a rentabilidade total do título sempre

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será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada pela taxa de juros

prefixada, contratada no momento da compra do título.

Dada essa característica, aliada ao fato de esse título possuir

disponibilidades de vencimentos mais longos, ele é indicado para quem deseja

poupar para a aposentadoria, compra de casa e estudo dos filhos, dentre

outros objetivos de longo prazo.

Possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o valor

investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou resgate do título.

Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no final da aplicação.

Sendo assim, é mais interessante para quem pode esperar para receber o seu

dinheiro até o vencimento do título (ou seja, quem não necessita complementar

sua renda desde já).

Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro Nacional

pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior

ou menor do que a contratada na data da compra, dependendo do preço do

título no momento da venda. Por essa razão, recomendamos que você procure

conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o

investimento.

Indicadores Econômicos - Posição em 25/01/2017

(Em %)

Índices No mês No ano Projeção

2017 2018

IPCA - DEZ/16 0,30 6,29 4,71 4,50

IGPM - DEZ/16 0,54 7,19 5,35 4,68

POUPANÇA - JAN/17 0,6709 0,6709 - -

(1)As projeções foram obtidas no Relatório de Mercado Semanal Focus, do Banco Central do Brasil.

(2)Rentabilidade da poupança com aniversário no 1º dia útil de cada mês.

Fonte:IBGE / FGV / Banco Central

(Em %)

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Índices No Dia Meta

Selic

Projeção

2017 2018

SELIC - 24/01/2017 12,90 13,00 9,50 9,38

(3) Projeção do Banco Central do Brasil para a Meta da Taxa Over Selic.

Fonte:Banco Central

Índices Compra Venda Projeção

2017 2018

Dólar(R$/US$) - 24/01/2017 3,1643 3,1649 3,40 3,50

(4) Cotação do Dólar Comercial (PTAX), dada pela média aritmética simples de quatro consultas

diárias, realizadas pelo Banco Central, às instituições credenciadas como dealers de câmbio.

Fonte:Banco Central

(Em %)

Índice Dia

Anterior No mês No ano

Últimos

12 meses

Ibovespa - 29/12/2017 0,75 -2,71 38,93 37,97

(5) Índice Bovespa calculado com base no fechamento do mercado do dia útil anterior.

Fonte: Bovespa

1.6 Fundos de Renda Fixa e DI

Inicialmente, devemos esclarecer que fundos de renda fixa são uma categoria

de fundos de investimento. Diferente de outros fundos, estes têm um percentual (80%,

em geral) pré-determinado de investimentos em aplicações de renda fixa (títulos do

tesouro, CDB pré-fixado, entre outros). Essa característica faz com que seus

rendimentos sejam mais previsíveis e constantes, normalmente acompanhando as

taxas de juros do mercado (como a Selic, por exemplo), ou os principais índices de

inflação.

Quando se aplica dinheiro nesse fundo, o investidor adquire uma “quota”. Em conjunto,

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todas as aplicações são destinadas a diversos tipos de investimento, com o objetivo de

maximizar os rendimentos, ainda que com mais previsibilidade.

O come cotas é uma de espécie de “adiantamento” do Imposto de Renda. Duas vezes

por ano (a primeira em maio e a segunda em novembro), há uma incidência de 15% de

imposto sobre o rendimento do período, que é deduzido do seu investimento na forma

de cotas. Ao resgatar a aplicação, o investidor pagará apenas o IR devido, ou seja, a

diferença entre o que ele deve e o que já pagou de forma compulsória através do

come-cotas.

Também denominados Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, os Fundos DI são

fundos que aplicam no mínimo 95% do patrimônio nos títulos públicos federais

do Tesouro Direto (atrelados ao CDI ou Selic) ou em títulos privados de baixo risco.

Esse títulos são pós-fixados e acompanham as oscilações da Taxa SELIC, como

ocorre por exemplo no Tesouro Selic (antiga LFT).

Os 5% restantes podem ser alocados em títulos que seguem as regras dos Fundos de

Curto Prazo, o que é bastante incomum devido ao cenário atual desafiador da

economia no país

Grande parte desses fundos aplicam apenas em títulos públicos do governo,

constituindo assim os fundos com maior segurança para rentabilizar o seu capital. Seu

desempenho é entre 95% a 100% do CDI, o que pode ser vantajoso se você estiver

buscando uma alternativa de investimento com pouco ou nenhum risco.Ainda assim é

bastante incomum um Fundo DI atingir uma rentabilidade de 100% do CDI, já que as

taxas de administração também afetam o resultado. Portanto quem

busca rentabilidade pode não encontrar neste tipo de investimento a melhor opção para

aplicar seu dinheiro.

Outra desvantagem é que este investimento não é passível de garantia pelo Fundo

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Garantidor de Créditos

A principal diferença entre o fundo DI e os fundos de renda fixa está no tipo de

títulos negociados. Já que os certificados CDI só são negociados com empresas, uma

pessoa física não pode adquiri-los diretamente. Assim, só é possível investir nos títulos

que já foram indexados. Dessa forma, quem investe em fundos DI está na verdade

investindo em títulos pós-fixados, não conseguindo saber previamente qual será sua

taxa de retorno. Já quem investe em fundos de renda fixa propriamente ditos negocia

títulos pré-fixados. Nesse caso, a taxa de retorno já é conhecida desde o início da

negociação. É por esse motivo que se diz que o risco inerente aos investimentos em

fundos de renda fixa é menor. De toda forma, vale ressaltar que o fundo DI também é

considerado um investimento seguro, viu? Além disso, por mais que a conta não seja

exata, é, sim, possível ter uma boa previsão a respeito do retorno do investimento

realizado.

Os investimentos em renda fixa atualmente são os mais escolhidos por serem

considerados de forma geral com risco reduzido, retorno certo e com menos

burocracia, porém como veremos no próximo capítulo, os investimentos em renda

variável não são tão difíceis como parece para a maioria das pessoas que estão

iniciando suas buscas financeiras.

Basta se ter perseverança e iniciativa para primeiro saber que tipo de investimento é

mais adequado ao seu perfil e o que você pretende receber levando em consideração a

relação risco-retorno (o retorno está diretamente ligado ao risco que você se propõe a

ter). Se houver planejamento e pesquisa os investimentos em renda variável serão bem

sucedidos também.

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CAPÍTULO II

RENDA VARIÁVEL

Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração ou retorno de

capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação, podendo variar

positivamente ou negativamente, de acordo com as expectativas de mercado.

Os investimentos de renda variável são, portanto, mais arriscados e

recomendados para investidor de perfil dinâmico. O investimento no mercado

de ações é a forma mais conhecida de renda variável. Os preços das ações

estão sofrem constantes variações refletindo os interessantes distintos dos

agentes do mercado.

Diferente da renda fixa, onde o investidor não perde o capital investido

inicialmente, mesmo havendo o risco dos juros serem muito baixos, na renda

variável os juros podem ser negativos, ou seja, o investidor pode perder parte

do capital inicialmente investido. Apesar de possuir maior risco, o investimento

na renda variável permite retornos muito maiores do que os da renda fixa.

Os mais comuns são ações, fundos de renda variável (fundo de ação,

multimercado e outros), quotas ou quinhões de capital, commodities (ouro,

moeda e outros) e os derivativos (contratos negociados nas bolsas de valores

de mercadorias, de futuros e assemelhadas.)

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2.1. Ações

De acordo com o site da BM&FBovespa, as ações são valores

mobiliários emitidos por sociedades anônimas representativos de uma parcela

do seu capital social. Em outras palavras, são títulos de propriedade que

conferem a seus detentores (investidores) a participação na sociedade da

empresa e que representam a menor fração do capital social da empresa.

Elas são emitidas por empresas que desejam principalmente captar recursos

para desenvolver projetos que viabilizem o seu crescimento.

Como são negociadas diariamente, as ações podem apresentar oscilações de

preço. Quando há uma grande procura por ações, a tendência é de alta no seu

valor. Já quando ocorre o movimento inverso e muitos investidores vendem

suas ações, o preço cai. É a chamada lei da oferta e da procura.

O investidor em ações é sócio da empresa. Como sócio, tem direito a participar

dos lucros da empresa e poderá ganhar dinheiro com os dividendos

distribuídos, além da valorização do preço de suas ações. Mas se a empresa

tiver dificuldades financeiras, por causa de dificuldades do setor em que atua

ou problemas administrativos, a expectativa é de que seu lucro diminua – e

isso resulta na queda do preço da ação.

As ações de uma empresa S.A. podem ser negociadas a qualquer tempo em

bolsas de valores ou no mercado de balcão. O acionista pode vendê-las,

obtendo de volta o dinheiro correspondente ao valor de sua cotação.

As ações podem ser de dois tipos, ordinárias nominais (ON) ou preferenciais

nominais (PN), sendo que a principal diferença é que as ordinárias dão ao seu

detentor direito de voto nas assembleias de acionistas e as preferenciais

permitem o recebimento de dividendos em valor superior ao das ações

ordinárias, bem como a prioridade no recebimento de reembolso do capital.

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O primeiro lançamento de ações no mercado é chamado de Oferta Pública

Inicial (também conhecido pela sigla em inglês IPO – Initial Public Offer). Após

a abertura de capital e a oferta inicial, a empresa poderá realizar outras ofertas

públicas, conhecidas como “Follow on”.

As ofertas públicas de ações (IPO e Follow on) podem ser primárias e/ou

secundárias. Nas ofertas primárias, a empresa capta recursos novos para

investimento e reestruturação de passivos, ou seja, ocorre efetivamente um

aumento de capital da empresa. As ofertas secundárias, por sua vez,

proporcionam liquidez aos empreendedores, que vendem parte de suas ações,

num processo em que o capital da empresa permanece o mesmo, porém

ocorre um aumento na base de sócios

Somente a corretora de valores ou a distribuidora autorizada pela CVM

para negociar ações na Bolsa de Valores para clientes podem atuar na

mediação de valores mobiliários na BM&FBOVESPA. Alguns bancos oferecem

esse serviço disponibilizando em suas agências bancárias terminais para

investidores.

O canal de relacionamento entre investidores e sociedades corretoras da

bolsa é o Home Broker (“corretora em casa”). Assim como os serviços de

internet banking oferecidos pela rede bancária estão conectados com o sistema

do banco, o Home Broker das corretoras estão interligados ao sistema de

negociação da BM&FBOVESPA e permite ao investidor enviar

automaticamente, on line, ordem de compra e venda de ações.

Além da praticidade e rapidez nas negociações, o Home Broker tem

outras vantagens como agilidade no cadastramento, acompanhamento da

carteira de ações, acesso ás cotações, envio de ordens imediatas ou

programadas de compra e venda das ações e consulta de posições financeiras.

Ao dar uma ordem de compra e venda para o corretor, o investidor pode

fazê-lo de diversas formas, dentre elas as mais usuais são:

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1. Ordem a mercado: O investidor especifica somente a quantidade e

as características dos valores mobiliários que deseja comprar ou

vender. A corretora deverá executar a ordem assim que recebe-la.

2. Ordem limitada: A operação será executada por um preço igual ou

melhor que o indicado pelo investidor.

Principais conceitos mercado de ações:

Volatilidade: É o mesmo que variação. Dizemos que uma ação que tem fortes

oscilações de preço é de alta volatilidade, ao contrário de uma ação que está

sempre na média.

“Blues-chip”: Relaciona as ações de maior liquidez e capitalização no mercado.

Resumindo são as ações mais procuradas como Vale e Petrobrás.

Bovespa: Termo de designa a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo que é

a maior bolsa de valores do país.

Ibovespa: Principal Índice de ações da bolsa paulista, que exprime a variação

média diária das negociações da Bolsa de Valores.

“Day trade”: Conjunto de operações realizadas por um investidor com um

determinado ativo em um mesmo dia. Flippers são os investidores que

participam de um processo de abertura de capital adquirindo o ativo para

vende-lo em sua estreia no primeiro dia de negociação para obter lucro rápido.

Desdobramento de ações ou “Split”: É uma estratégia utilizada pelas

empresas com o principal objetivo de melhorar a liquidez de suas ações.

Acontece quando as cotações estão muito elevadas, o que dificulta entrada de

novos investidores no mercado. Imagine que uma ação é cotada ao valor de

150 reais com o lote padrão de 100 ações. Para comprar um lote dessas ações

o investidor teria que desembolsar 15000 reais, que é uma quantia

considerável para maior parte dos investidores pessoa física. Na pratica o

desdobramento não altera o valor do investimento, é apenas uma operação de

multiplicação de ações e divisão dos preços para aumentar a liquidez das

ações.

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Grupamento ou “inplit”: Exatamente o oposto do desdobramento, serve

para melhorar a liquidez e os preços das ações quando elas estão cotadas a

preços muito baixos no mercado.

2.2 Fundos de investimentos

Os fundos de investimento são um meio para se investir nos mais

diversos produtos. Eles são divididos em pedaços chamados de cotas. Então,

quando você aloca dinheiro em um fundo irá receber X cotas.

Por exemplo: O valor da cota do fundo é de R$ 1,00. Quando você investe R$

10.000,00 no fundo você terá 10.000 cotas.

A medida que o patrimônio do fundo aumenta ou diminui, o valor da cota

também irá mudar e, como consequência disso, o valor investido no fundo. Os

fundos são divididos em várias categorias, de acordo com o tipo de

investimento e risco.

• Fundos de curto prazo

Como o próprio nome diz, são fundos focados em remuneração de curto

prazo. Esses fundos investem em produtos indexados a o CDI/SELIC.

CDI significa certificado de depósito interbancário e são títulos que os

bancos emitem para emprestar dinheiro entre si. A taxa média diária do CDI é

utilizada como referência para o custo do dinheiro (juros).

SELIC é um sistema pelo qual são negociados os títulos públicos. A taxa

SELIC é a taxa média de negociação dos títulos públicos realizadas no SELIC.

Ela também serve como referência para o custo do dinheiro (juros).

Logo, o objetivo desses fundos é conseguir um valor muito próximo do qual

as grandes instituições emprestam dinheiro uma para as outras. Esse valor da

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taxa SELIC poderia ser considerado como o valor médio pelo qual as

instituições emprestam dinheiro entre si.

Outra grande característica desses fundos é que eles possuem alta liquidez,

ou seja, é muito fácil transformar seus ativos em dinheiro. Os ativos que eles

investem podem ser vendidos com alta velocidade.

Apesar de ser um investimento parecido com a poupança, eles possuem

uma vantagem, a sua rentabilidade é diária. Se você precisar dos recursos

antes dos 30 dias da aplicação, irá receber a rentabilidade proporcional ao

tempo aplicado diferentemente da poupança que você não receberá nada até a

data do aniversário

Os fundos de curto prazo possuem tributação diferente, uma vez que o

objetivo do governo é incentivar investimentos de prazo longo. Há incidência de

algo chamado de “come-cotas”, ou seja, de um adiantamento do imposto de

renda que você terá que pagar de qualquer forma

O come cotas é uma espécie de “adiantamento” do Imposto de Renda que

ocorre duas vezes por ano (a primeira em maio e a segunda em novembro), há

uma incidência de 15% de imposto sobre o rendimento do período, que é

deduzido do seu investimento na forma de cotas. Ao resgatar a aplicação, o

investidor pagará apenas o IR devido, ou seja, a diferença entre o que ele deve

e o que já pagou de forma compulsória através do come-cotas.

Existe também o IOF (imposto sobre operações financeiras). Esse serve

como incentivo para a pessoa que deixa seu dinheiro investido por mais de 30

dias. É um imposto que também é cobrado sobre os Títulos Públicos e sobre

outros investimentos.

• Fundos Referenciados

São fundos semelhantes aos de curto prazo, mas também investem em

ativos com prazo de vencimento maior. Isso acarreta um risco maior, mas a um

possível retorno maior também.

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Vale lembrar que o objetivo desse fundo é o mesmo do fundo de curto

prazo, mas ele possui prazo mais longo. Dessa forma, possui também uma

tributação diferenciada.

Tanto o fundo referenciado quanto o fundo de curto prazo são considerados

fundos de baixo risco. São interessantes principalmente para aplicações de

prazo mais curto. Lembre-se que o risco também está associado com o prazo

• Fundo de ações

Como o próprio nome diz, os fundos de ações são fundos que os

recursos são aplicados em ações de empresas negociadas na Bolsa de

Valores. Para detalhes sobre como investir em ações recomendo que

você leia esse artigo.

Vários fundos de ações utilizam como benchmark (como indicador de

desempenho) o IBOV, que é o índice da bolsa de valores. Ele varia de

acordo com a variação ponderada de várias empresas que fazem parte

da sua composição. É uma média ponderada da variação de uma cesta

de ações que muda de 4 em 4 meses.

É importante lembrar que o investimento em ações é considerado

de risco maior que os citados anteriormente. Logo, você deve destinar a

esse investimento um dinheiro que não precisa em um prazo

curto. Prazo curto me refiro a menos de 5-10 anos.

É uma excelente forma de acumular patrimônio para uma futura

aposentadoria.

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2.3 Derivativos

Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos

futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma

variável, tal como o preço de um outro ativo (uma ação ou commodity), a

inflação acumulada no período, a taxa de cambio, a taxa básica de juros

ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. A palavra

derivativo recebe esse nome pois seu preço de compra e venda deriva

do preço de outro ativo denominado ativo-objecto.

No início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os

derivativos foram criados para proteger os agentes econômicos

(produtores e comerciantes) contra os risco decorrentes de flutuações

de preços, durante períodos de escassez ou superprodução do produto

negociado, por exemplo.

Atualmente no entanto, a ideia básica dos agentes econômicos,

ao operar com derivativos, é obter um ganho financeiro nas operações

de forma a compensar perdas em outras atividades econômicas.

Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são

exemplos de situações que já ocorreram na economia, nas quais os

prejuízos foram reduzidos ou até se transformaram em ganhos para os

agentes econômicos que protegem os seus investimentos realizando

operações com derivativos.

Mercados derivativos:

1- A termo: Comprador e vendedor se comprometem a comprar ou vender

em data futura certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo

financeiro), a um preço fixado na própria data da celebração do contrato.

Os contratos a termo somente são liquidados na data de vencimento,

podendo ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.

2- Futuros: Contratos em que se estabelece a compra e venda de um ativo

a um dado preço numa data futura. O comprador ou vendedor se

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compromete a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um

preço estipulado, numa data futura. No mercado futuro os compromissos

são ajustados diariamente ás expectativas do mercado referente ao

preço futuro do bem , por meio do ajuste diário ( mecanismo que apura

perdas e ganhos).

Os contratos futuros são negociados somente em bolsas.

3- De opção: Contratos que dão a compradores ou vendedores o direito,

mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo relacionado em uma

data futura (data do vencimento da opção), por um preço estabelecido.

Tal como num contrato de seguro onde o comprador deve pagar um

prêmio ao vendedor. Diferentemente dos futuros, o detentor de uma

opção de compra (call option) ou venda (put option) não é obrigado a

exercer o seu direito de compra ou venda.

Opções do tipo americano podem ser exercitadas a qualquer momento

até a data do vencimento; opções do tipo europeu só podem ser

exercitadas na data de vencimento do contrato. Caso não exerça seu

direito, o comprador perde também o valor do prêmio pago ao vendedor.

4. Swaps: Mercado de swap No mercado de swap, negocia-se a troca de

rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros). Pode-

se definir o contrato de swap como um acordo, entre duas partes, que

estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação

da rentabilidade entre dois bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa

prefixada. Se, no vencimento do contrato, a valorização do ouro for

inferior à taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a diferença

a parte que comprou taxa prefixada e vendeu ouro. Se a rentabilidade

do ouro for superior à taxa prefixada, receberá a diferença a parte que

comprou ouro e vendeu taxa prefixada. Você deve observar que a

operação de swap é muito semelhante à operação a termo, uma vez que

sua liquidação ocorre integralmente no vencimento.

Esses são os principais investimentos variáveis e no próximo capítulo

falaremos de investimentos complementares, que são muito úteis como

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a previdência e o ouro. A previdência apesar de ser uma forma de

garantir a aposentadoria, no momento atual também é vista como um

bom investimento que pode render juros maiores que a poupança a

longo prazo. E o ouro é uma forma de fazer render dinheiro utilizada há

décadas que nunca sai de moda, mas deve ser pesquisado muito antes

de comprar.

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CAPÍTULO III

Investimentos diversos

3.1. Previdência Privada

Os dois mecanismos mais comuns de poupar e garantir esse salário

mensal no futuro são a Previdência Social e a Previdência Privada. O primeiro

é de responsabilidade do Governo, que todos os meses recolhe, na fonte, uma

parcela do salário dos trabalhadores com carteira assinada, e também pode ser

feito por meio de contribuições voluntárias para o restante da sociedade. Esses

recursos são gerenciados pelo governo e devolvidos na aposentadoria, mas o

que ocorre em muitos casos é que esse valor não garante o mesmo padrão de

vida de quando ainda era ativo profissionalmente.

Por isso é que muitos brasileiros escolhem por construir uma reserva

complementar ao longo dos anos, fazendo aportes regulares em uma

Previdência Privada. Essa é uma das categorias de investimento que mais

crescem no Brasil. Segundo dados da Anbima, são mais de R$ 550 bilhões

aplicados nessa modalidade. Ainda assim, essa é uma das aplicações que

mais geram dúvidas na população.

Isso porque ela apresenta diferentes custos e benefícios para variados

perfis de clientes. Ter renda suficiente para se aposentar sem ter de abrir mão

de um elevado padrão de vida é o sonho de muita gente. Mas como atingir

esse objetivo? Se depender apenas da Previdência Social, na maioria das

vezes você pode ter uma redução drástica da renda, já que, no caso dos

trabalhadores da iniciativa privada, existe um teto baixo para o benefício pago

pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Optar por um plano de previdência complementar é uma opção para que

a aposentadoria não se torne um problema e você consiga aproveitar a fase

final da vida sem passar por apertos financeiros. É importante lembrar que o

investimento em previdência deve começar o quanto antes. Assim, é possível

juntar mais dinheiro, sem fazer um esforço tão grande, e garantir no futuro uma

rentabilidade compatível com o seu padrão de vida atual. Lembre-se sempre:

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alguns anos a mais investindo podem fazer uma grande diferença no valor total

do benefício.

Antes de mais nada, é preciso reforçar o racional de se aplicar em uma

previdência privada. O objetivo final é o de ser um complemento à Previdência

Social, poupando pequenas quantias periodicamente para oferecer mais

conforto na aposentadoria. Ou seja, é um investimento de longo prazo para

fortalecer o patrimônio.

De modo geral, o processo deve seguir três escolhas fundamentais: a

modalidade, o regime de tributação, e qual portfólio o plano contratado deve

seguir. Simulações mostram que pequenos ajustes nos custos e na

rentabilidade ao longo dos anos pode significar uma diferença de centenas de

milhares de reais na reserva final acumulada

A principal diferença entre eles é o tratamento tributário que será

aplicado quando os recursos acumulados forem resgatados futuramente. Essa

opção não pode ser alterada posteriormente, por isso é preciso escolher com

atenção.

Nos dois casos, o imposto de renda incide apenas no momento do

resgate ou no recebimento da renda. A diferença é que, no PGBL, as

contribuições podem ser deduzidas do Imposto de Renda até o limite de 12%

da base de cálculo, desde que o modelo de declaração seja o completo,

enquanto no VGBL não há esse benefício fiscal, sendo mais indicado para

quem declara pelo modelo simplificado.

Por outro lado, embora tenha um tratamento tributário diferenciado, no

PGBL o fisco cobrará o imposto sobre o valor total resgatado, ao passo que no

VGBL a incidência é apenas sobre os rendimentos acumulados durante os

anos.

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Custos:

Independente de qual produto escolher, além do Imposto de Renda os

investidores também arcam com a taxa de administração. Ela é cobrada em

todos os fundos de previdência privada com a finalidade de remunerar os

gestores e administradores do produto. Mesmo assim, pode haver diferenças

significativas dependendo da instituição financeira escolhida.

De modo geral, os produtos vendidos por bancos de varejo são os que

apresentam as maiores taxas de administração, e também são os que mais

recebem aplicações. Segundo dados da ANBIMA, aproximadamente 80% de

todo o dinheiro aplicado em fundos de previdência privada é gerido pelos três

principais bancos de varejo. No entanto, as taxas cobradas pelos produtos

bancários podem chegar a cerca de 3% ao ano, embora seja possível

encontrar opções similares no mercado com taxas ao redor de 1% ao ano.

Muitos fundos de previdência privada ainda cobram a taxa de

carregamento, uma porcentagem que pode ser aplicada no momento em que o

investidor aporta os recursos ou na saída, sendo que em alguns casos pode

chegar a até 5% do valor aplicado. No entanto, já existem dezenas de produtos

no mercado em que a taxa de carregamento é isenta após determinado

período, então os investidores devem pesquisar o assunto para aproveitar as

melhores oportunidades.

De modo resumido, os custos envolvidos com previdência privada são

os seguintes:

- Taxa de administração: recurso usado para remunerar os gestores,

administradores, e eventuais custos do fundo. De modo geral, varia entre

porcentagens próximas de 1% a 3%.

- Taxa de carregamento: essa é uma taxa que pode ser cobrada no momento

da aplicação ou no resgate dos recursos. Ela pode alcançar porcentagens de

até 5%, mas cada vez mais instituições financeiras estão isentando o investidor

da cobrança dessa taxa após determinado período de permanência no fundo.

- Imposto de Renda: o investidor somente arcará com esse custo no momento

do resgate dos valores, e depende do tempo de permanência no fundo ou da

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renda mensal a ser recebida, de acordo com a escolha feita pelo próprio

investidor. O assunto será tratado em mais detalhes abaixo.

Perfil de risco:

Finalmente, é hora de escolher qual o risco que você quer correr em seu

plano de previdência. Aqui é possível encontrar produtos para todos os perfis,

desde os mais conservadores, assumindo risco baixo, até os mais arrojados,

com risco variável.

Os fundos de previdência privada são conhecidos por serem mais

conservadores. Seguindo essa percepção, é mais comum encontrar produtos

de renda fixa, em que os gestores aplicam, essencialmente, em títulos

atrelados à taxa de juros. Mas há outras opções. Para investidores com perfil

de risco moderado, pode-se escolher por fundos que aplicam em títulos

atrelados à inflação, por exemplo.

Para quem gosta de correr mais risco, os fundos multimercado aplicam

até 49% dos recursos em renda variável, sendo que aqueles com alocação

dinâmica adotam uma estratégia de se posicionarem com um perfil mais

agressivo de início e gradualmente mudarem para uma postura mais

conservadora.

Todos os planos de previdência privada são fiscalizados pela

Superintendência de Seguros Privados (Susep), mas o investimento não tem

garantia do administrador, do gestor ou do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Por isso, além de se atentar ao perfil de risco do próprio investimento, a

aplicação deve ser feita sempre em instituições sólidas

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Portabilidade:

O que muitos não sabem é que é possível trocar o fundo de previdência

privada e até mesmo de seguradora. Nesse processo também é possível

alterar a tabela de tributação do Imposto de Renda de progressiva para

regressiva, mas essa mudança implica zerar o período considerado para

redução da alíquota. Nesse cenário, o cálculo passará a ser contado a partir do

momento em que a portabilidade é feita, e não pela data inicial da aplicação.

A migração entre planos também permite transferir parte ou todo o

recurso investido em um plano de renda fixa para um plano de renda variável,

por exemplo. A única opção que não pode ser alterada, devido às diferenças

tributárias, é a modalidade de PGBL ou VGBL.

Para aqueles interessados na portabilidade, é importante que analise com

atenção todos os passos acima antes de optar por algum fundo. Como há

diversas alternativas de previdência no mercado, em muitos casos a figura do

assessor de investimentos pode ser de grande ajuda nesse processo de

escolha, realizando uma curadoria dos produtos mais indicados para cada perfil

PGBL:

O PGBL é indicado especialmente para quem entrega a declaração

completa do Imposto de Renda e pode aproveitar benefícios fiscais. Quem

contrata um PGBL consegue deduzir até 12% da renda tributável ao ano da

base de cálculo do IR. Isso significa que a pessoa poderá pagar menos IR

agora, colocar o dinheiro para render e só acertar as contas com o Leão lá na

frente.

Os especialistas geralmente indicam o produto para quem tem entre 30

e 50 anos, está no auge da carreira e possui uma renda e um patrimônio de

classe média-alta ou alta. Já se você está em começo de carreira ou prestes a

se aposentar, o plano mais indicado é o VGBL

Nos planos PGBL, são cobradas duas taxas: a de administração e a de

carregamento. A taxa de administração, como o próprio nome sugere, é a

cobrada pela instituição pela administração de um fundo de investimento – ou

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seja, pela escolha dos ativos que vão compor a carteira. Como se trata da

remuneração do serviço prestado pela instituição, fica a critério dela

estabelecer o valor percentual dessa taxa que, no entanto, está pré-

estabelecida no regulamento do fundo. É importante procurar planos com taxas

de administração mais baixas, para que a rentabilidade líquida seja maior. No

longo prazo, uma taxa um pouco menor pode fazer uma grande diferença no

valor total acumulado no final do plano.

Já a taxa de carregamento é o valor descontado das contribuições aos

planos de previdência e serve para remunerar o distribuidor ou corretor. Esse

valor corresponde a um percentual pré-determinado, destinado a cobrir

despesas de administração, corretagem, divulgação, etc. Vale ressaltar que

nem todas as seguradoras cobram esta taxa. Empresas como Caixa, Icatu,

Mapfre e SulAmérica, entre outras, possuem planos isentos de carregamento.

Por isso, é importante pesquisar e se informar antes de optar por determinado

plano.

Tabela progressiva:

Na tabela progressiva, a alíquota do Imposto de Renda segue as

mesmas regras aplicadas aos salários e aumenta de acordo com o valor que

você vai receber do plano. Como a tabela pode mudar a cada ano, o mais fácil

é consultar, no próprio site do Ministério da Fazenda, a tabela progressiva

atualizada.

Em geral, só vale a pena escolher a tabela progressiva caso você

imagine que vá se aposentar com uma renda total não muito alta, inferior a R$

4.000 mensais. No cálculo da renda total, é preciso somar tudo: o saque

mensal do PGBL, a aposentadoria do INSS e eventuais outras rendas, como

aluguéis, por exemplo. Caso você tenha uma grande convicção que receberá

mais do que R$ 4.000 mensalmente, então a tabela progressiva não é a melhor

opção.

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Tributação regressiva:

Já a tributação regressiva foi criada justamente para estimular as aplicações de

longo prazo – que devem ser o objetivo dos planos de previdência. Neste caso,

a alíquota diminui com o tempo e é calculada de acordo com a data de cada

contribuição ou aporte. Confira a tabela regressiva:

Período de aportes Alíquota de IR

Até 2 anos 35%

de 2 a 4 anos 30%

de 4 a 6 anos 25%

de 6 a 8 anos 20%

de 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

Ou seja: se você optar pela tabela regressiva e resgatar o plano em até

dois anos (o que não é aconselhado se tratando de previdência privada), vai

pagar um imposto bem alto por isso (alíquota de 35%). Isso quer dizer que ao

invés de ter tido uma vantagem tributária ao aplicar em PGBL, você acabou

pagando mais Imposto de Renda. Já se fizer aportes por mais de 10 anos, o

imposto será de 10% - logo, menor do que o de todas as demais aplicações

financeiras que não contam com isenção de IR. Então só deposite em um

PGBL o dinheiro que você tem certeza que não vai ter de sacar no curto nem

no médio prazo.

VGBL:

Sigla para Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), essa é a opção

mais utilizada para quem declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado

ou deseja investir mais do que 12% da renda bruta anual tributável. A

vantagem dessa alternativa é que o imposto é calculado apenas sobre o ganho

de capital

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O produto é especialmente indicado a quem está pensando em fazer o

planejamento sucessório – ou seja, definir quais herdeiros ficarão com o

dinheiro. A grande vantagem do VGBL é que é possível determinar quem serão

as pessoas que receberão o dinheiro que sobrar após sua morte. Ao contrário

de seus outros bens, os recursos aplicados nesse tipo de plano não entrarão

no espólio nem no inventário. Isso é um grande negócio por dois motivos. Em

primeiro lugar, o processo de partilha dos bens que fazem parte do inventário é

judicial, pode demorar alguns anos para ser concluído (em caso de disputas

entre herdeiros) e embute custos advocatícios. Já no VGBL o recebimento dos

recursos é extremamente rápido – costuma sair em menos de um mês.

Os planos VGBL costumam ser indicados por funcionários de bancos e

seguradoras para pessoas ainda muito jovens que estão começando a poupar

ou para quem está planejando a transmissão da herança. Os benefícios em

relação ao planejamento sucessório são inquestionáveis. Já para os jovens, é

importante avaliar alternativas. Os VGBL têm como apelo de vendas um

benefício fiscal, que, em tese, pode permitir que a pessoa pague menos

Imposto de Renda. Ao contrário de fundos de renda fixa, multimercados ou DI,

os VGBL não sofrem a incidência do chamado “come-cotas”. Isso quer dizer

que, nos meses de maio e novembro, o investidor não terá que antecipar o

pagamento ao governo do Imposto de Renda sobre os ganhos obtidos na

aplicação

Outro detalhe dos VGBL a que o investidor deve estar atento são os

custos do produto. Quem aplica em um plano desse tipo terá de pagar uma

taxa de administração, que vai remunerar o gestor responsável por escolher os

ativos financeiros em que os cotistas vão investir. A cobrança dessa taxa é

comum a qualquer fundo de investimentos. Mas os VGBL incluem outra

despesa quase sempre específica dos planos de previdência: a taxa de

carregamento. Essa taxa corresponde a um percentual do dinheiro investido no

plano mensalmente. Se a taxa de carregamento é de 5%, por exemplo, um

investidor que aplicar R$ 1.000 vai pagar logo de cara R$ 50, que será usado

para remunerar o distribuidor do produto – geralmente um corretor

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Riscos:

Assim como a maioria dos fundos de investimentos, os planos VGBL

também não possuem nenhuma garantia de rendimento. O gestor geralmente

investe em ativos de renda fixa e variável, sendo que a legislação brasileira

permite que até 49% do dinheiro seja aplicado em Bolsa. Investidores avessos

a riscos devem optar por planos VGBL com um percentual muito baixo ou até

mesmo nenhum recurso na Bolsa.

Além do perfil de risco, a decisão do investidor também depende de sua

idade. Especialistas recomendam que apenas pessoas mais jovens e com

perspectiva de investimento de longo prazo invistam boa parte do dinheiro que

será usado na aposentadoria em ações. À medida que o investidor envelhece,

o ideal é que ele vá reduzindo gradativamente a alocação em Bolsa. Isso faz

com que o risco de perdas em uma fase final da vida economicamente ativa

seja bastante reduzido. Pensando nisso, as seguradoras que oferecem VGBL

já colocam em sua prateleira de produtos planos com diferentes percentuais de

investimento em ações, de forma que o cliente tenha a opção de migrar para

aplicações cada vez mais conservadoras ao longo da vida.

Tributação:

Uma escolha muito importante para quem investe em planos de

previdência é a forma de tributação dos lucros. O ganho obtido com um plano

VGBL estará sujeito ao pagamento de Imposto de Renda de acordo com a

tabela progressiva ou regressiva. Para especialistas, alguém que tem um

horizonte de investimento de longo prazo deve escolher sempre a tabela

regressiva, que permite, que, após 10 anos de poupança, a alíquota do IR caia

para apenas 10% - algo mais vantajoso do que quase todos os fundos de

investimento disponíveis no mercado. A tabela abaixo mostra como funciona a

tabela regressiva

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Período de aportes Alíquota de IR

Até 2 anos 35%

de 2 a 4 anos 30%

de 4 a 6 anos 25%

de 6 a 8 anos 20%

de 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

É importante notar que, caso o investidor aplique em um VGBL e resgate

os recursos meses depois, vai pagar até mais imposto do que em outros

produtos financeiros, já que a alíquota máxima chega a 35%. Segundo cálculos

do consultor Fernando Meibak, os planos de previdência só começam a

oferecer uma vantagem tributária real ao poupador quando os recursos

permanecem aplicados por seis anos ou mais. Do contrário, o cliente sai

perdendo.

Nos planos VGBL, o IR é cobrado apenas sobre os lucros obtidos na

aplicação – e não sobre o principal. A alíquota de IR é proporcional ao tempo

em que o recurso permaneceu investido. Então se você começou a poupar há

12 anos, o IR cobrado no resgate será de 10% apenas para o dinheiro que

você aplicou nos primeiros dois anos de duração do plano. Já sobre o dinheiro

investido no mês passado, por exemplo, será necessário pagar 35% de IR

sobre o lucro. A própria seguradora vai calcular qual é o montante de imposto

devido pelo cliente e reter esse valor na fonte para encaminhá-lo à Receita

Federal.

Os planos de previdência possuem vantagens tributárias que só podem

ser aproveitadas por investidores de longo prazo. Se você não sabe se vai

manter o dinheiro por muito tempo aplicado, escolha outro produto de

investimento que não seja de previdência.

De forma resumida:

PGBL

Permite abater da base de cálculo do IR os aportes realizados anualmente ao

plano até um limite máximo de 12%(*) da renda bruta tributável do investidor.

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Indicado para as pessoas que optam pela declaração completa do Imposto de

Renda. Essa dedução não significa que os aportes feitos na Previdência são

isentos de IR. Haverá incidência do IR sobre o valor total do resgate ou da

renda recebida quando eles ocorrerem.

VGBL

Não permite abater do IR os aportes ao plano.

Indicado para quem usa a declaração simplificada ou é isento ou para quem já

investe em um PGBL, mas quer investir mais de 12% de sua renda bruta em

previdência privada.

O IR incidirá apenas sobre os rendimentos do plano e não sobre o total

acumulado.

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3.2 Ouro

Durante séculos o ouro foi uma das principais referências de valor e lastro para

os países emitirem seu papel- moeda. No século XX, o papel de lastro foi

abandonado e o ouro passou a ser apenas mais uma commodity negociada

nas bolsas de mercadorias e futuros do mundo. Mas a tradição se encarregou

de confiar ao ouro o papel de porto seguro diante das turbulências, fazendo

dele o ativo preferido de investidores durante crises econômicas agudas,

principalmente aquelas com forte impacto no sistema financeiro.

O investimento em ouro pode ser feito através da compra de contratos

futuros negociados na BM&BOVESPA, através da compra de certificados

representativos de ouro emitidos por bancos autorizados e através da compra

da própria mercadoria física.

Os contratos negociados na BM&BOVESPA são vendidos em valores múltiplos

de R$ 100mil, ou então minicontratos, negociados em múltiplos de R$ 50mil. A

negociação é feita necessariamente por meio de corretoras de valores

autorizadas a operar ativos negociados nos mercados de derivativos. A relação

das corretoras autorizadas a operar pode ser obtida no próprio site da

Bovespa.

A compra de certificados representativos é feita por meio de bancos

autorizados a emiti-los, normalmente lastreados por barras de ouro mantidas

nos cofres da instituição.

Quem pensa em investir em ouro através da compra do metal em barras

deve ponderar entre a segurança de manter o ativo em casa ou pagar pela taxa

de custódia, e levar em consideração que joias não são revendidas pelo preço

de aquisição, pois nas joalherias a maior parte do preço das joias deve-se

normalmente ao trabalho artesanal e não ao metal.

Por sua característica de ser negociado em bolsa, o ouro não é

considerado um investimento em renda fixa, uma vez que a especulação do

mercado gera oscilações no preço.

Porém, o fato de ser um ativo real o torna um investimento adequado pra

quem se preocupa com a preservação de valor a longo prazo, sendo uma

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alternativa interessante pra quem pensa em preservar o poder de compra de

sua riqueza ao longo de vários anos.

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CONCLUSÃO

Independente do cenário do mercado a poupança sempre será a opção

menos apropriada quando se fala em retorno, principalmente nesses últimos

dois anos de 2015 e 2016 onde sua rentabilidade ficou abaixo da inflação e a

previsão para 2017 é que continue assim. Por isso a melhor opção de escolha

no futuro nesse caso de é o tesouro Selic que irá render mais que a poupança.

Os fundos DI e de renda fixa também não são muito indicados em 2017 pois

principalmente os grandes bancos estão cobrando uma taxa de administração

muito alta e quanto menor for o valor disponível para investir, maior será essa

taxa e nesse caso os fundos deixam de serem atrativos.

LCI, LCA e CDB tem casos que são bons, tem casos que são ruins e

tem casos que são péssimos, assim como os fundos os grandes bancos

também cobram uma taxa muito alta, então o ideal será procurar um banco de

menor porte que poderá lhe atribuir algumas exigências como esperar o

vencimento, mas te cobrará taxas mais atrativas.

O tesouro direto ainda é uma opção atrativa mesmo quando a Selic está

lá em cima ou lá embaixo. Caso você possa deixar seu dinheiro até o

vencimento, a única opção não indicada é o tesouro Selic pois ela está caindo.

Ela estava em 14,25% ao ano em 2016, começou a cair para 14% e virou o

ano em 13, 75% e a tendência é que ela continue caindo.

Na verdade quando se fala de investimento, não existe a opção certa ou

errada e sim a melhor pesquisada e planejada para cada finalidade. Cada

opção de investimento possui um tipo de risco e seu retorno é proporcional a

ele. Pensando dessa forma, o risco não deve ser evitado mas sim

administrado. Investir nada mais é do que comprar barato e vender caro.

De acordo com Gustavo Cerbasi, investir nada mais é do que plantar

pés de dinheiro. Não se deve esperar ter uma fazenda, um trator potente e uma

colheitadeira para começar a plantar. Dê aos poucos grãos que você tem nas

mãos a mesma importância que daria a sacas sendo despejadas de um

caminhão. Se tem pouco para investir, comece com o que tem mas plante com

consistência. Imagine cada centavo investido hoje como se fosse uma semente

de pé de dinheiro plantada.

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Mesmo que comece com pouco, cada centavo “plantado” irá se

multiplicar por muitos anos. Quanto mais tempo tiver pela frente, mais seus pés

de dinheiro se multiplicarão em tamanho, crescendo no ritmo dos rendimentos

de seu investimento. Enquanto não colher os frutos de suas árvores de dinheiro

(os rendimentos), sua plantação continuará se autossemeando e dando origem

a novos pés de dinheiro. Diferente dos frutos gerados por árvores comuns,

aqueles gerados por árvores do dinheiro não apodrecem. Eles sempre são

replantados para gerar mais frutos no futuro. Mesmo que acidentes te impeçam

de plantar durante alguma fase de sua vida, ou o obrigue a antecipar a colheita

de parte de sua plantação, você estará feliz por ter de onde tirar, e os

rendimentos dos pés plantados no passado se encarregarão de continuar

plantando e multiplicando sua riqueza.

Na pior das hipóteses lhe será imposta necessidade de plantar

novamente, mas será uma plantação com mais conhecimento e maturidade do

que a anterior. Um dia chegará o momento que você poderá passar a viver

apenas dos frutos se seus pés de dinheiro, pois eles podem vir a ser

suficientes para manter seu padrão de vida. Isso é chamada independência

financeira.

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BIBLIOGRAFIA

CERBASI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

GALLAGHER, Lilian. Exame de certificação: Ambima CPA 10. Rio de Jnaeiro:

Elsevier, 2012.

Revista Eletrônica Infomoney

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMENTOS 04

DEDICATÓRIA 05

RESUMO 06

METODOLOGIA 07

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Tipos de investimentos em Renda Fixa 10

1.1. Poupança 11

1.2 Certificado de depósito Bancário (CDB) 13

1.3 Debentures 15

1.4 Letras Hipotecárias 17

1.5 Títulos Públicos 18

1.6 Fundos de Renda Fixa e DI 25

CAPÍTULO II

Renda variável 27

2.1. Ações 28

2.2. Fundos de Investimentos 31

2.3. Derivativos 34

CAPÍTULO III

Investimentos Diversos 37

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3.1. Previdência Privada 37

3.2. Ouro 48

CONCLUSÃO 51

BIBLIOGRAFIA 53