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Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais ISSN 1518-4277 Novembro, 2012 148

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Sistema de Produção Integradade Milho para Região Central de Minas Gerais

Milho e Sorgo

ISSN 1518-4277Novembro, 2012 148

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Documentos 148

Mônica Matoso CampanhaJosé Carlos CruzÁlvaro Vilela ResendeAntônio Marcos CoelhoDécio KaramGustavo Henrique da SilvaIsrael Alexandre Pereira FilhoIvan CruzIvanildo Evódio MarrielJoão Carlos GarciaLuciano Rodrigues QueirozLuciano Viana CotaMarco Aurélio Guerra PimentelMiguel Marques Gontijo NetoPaulo Afonso VianaPaulo Emílio Pereira de AlbuquerqueRodrigo Veras da CostaSimone Martins MendesValéria Aparecida Vieira Queiroz

Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Embrapa Milho e Sorgo Sete Lagoas, MG2012

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ISSN 1518-4277

Novembro, 2012

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Milho e SorgoRod. MG 424 Km 45Caixa Postal 151CEP 35701-970 Sete Lagoas, MGFone: (31) 3027-1100Fax: (31) 3027-1188Home page: www.cnpms.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê de Publicações da UnidadePresidente: Sidney Netto ParentoniSecretário-Executivo: Elena Charlotte LandauMembros: Flávia Cristina dos Santos Flávio Dessaune Tardin, Eliane Aparecida Gomes, Paulo Afonso Viana, Guilherme Ferreira Viana e Rosângela Lacerda de Castro

Revisão de texto: Antonio Claudio da Silva BarrosNormalização bibliográfica: Rosângela Lacerda de CastroTratamento de ilustrações: Tânia Mara Assunção BarbosaEditoração eletrônica: Tânia Mara Assunção BarbosaFoto(s) da capa: Mônica Matoso Campanha

1a edição1a impressão (2012): on line

Todos os direitos reservadosA reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Embrapa Milho e Sorgo

© Embrapa 2012

Sistema de produção integrada de milho para Região Central de Minas Gerais / Mônica Matoso Campanha... [et al.]. -- Sete Lagoas : Embrapa Milho e Sorgo, 2012. 74 p. : il. -- (Documentos / Embrapa Milho e Sorgo, ISSN 1518-4277; 148).

1. Milho. 2. Zea mays. 3. Produção. 4. Manejo. I. Campanha, Mônica Matoso. II. Série.

CDD 633.15 (21. ed.)

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Mônica Matoso CampanhaEngenheira Agrônoma, Ph.D. em Fitotecnia, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] José Carlos CruzEngenheiro Agrônomo, Ph.D. em Fitotecnia e Manejo de Solos, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected]Álvaro Vilela ResendeEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,[email protected]ônio Marcos CoelhoEngenheiro Agrônomo, Ph.D em Solos & Agricultura de Precisão, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected]écio KaramEngenheiro Agrônomo, D.Sc. Em Plantas Daninhas, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Henrique da SilvaEngenheiro Agônomo, Bolsista Fapemig/Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Alexandre Pereira FilhoEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Fitotecnia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected]

Autores

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Ivan CruzEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Entomologia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Evódio MarrielEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Biologia Celular, Pesquisador em Microbiologia da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,[email protected]ão Carlos GarciaEngenheiro Agrônomo, Ph.D. em Economia da Produção, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,[email protected] Rodrigues QueirozEngenheiro Agônomo, D.Sc. em Produção Vegetal, Bolsista CAPES/Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Viana CotaEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Fitopatologia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Aurélio Guerra PimentelEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Armazenamento e Manejo de Pragas, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,[email protected] Marques Gontijo NetoEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Forragicultura e Pastagem, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected]

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Paulo Afonso VianaEngenheiro Agrônomo, Ph.D. em Entomologia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Emílio Pereira de AlbuquerqueEngenheiro Agrícola, D.Sc. em Irrigação e Drenagem, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Veras da CostaEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Fitopatologia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected] Martins MendesEngenheira Agrônoma, D.Sc. em Entomologia, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, [email protected]éria Aparecida Vieira QueirozNutricionista, D.Sc. em Processamento de Produtos de Origem Vegetal, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG,[email protected]

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Apresentação

Nos cenários nacional e internacional de produção de milho, o Brasil vem experimentando uma evolução crescente. Além da autossu-ficiência na produção para consumo interno, o país apresenta um aumento anual do excedente para exportação. Apesar da oferta de alimentos, a mudança de hábitos alimentares experimentada pelo amadurecimento dos mercados consumidores, tanto o interno como o externo, pressiona os sistemas produtivos para atenderem as no-vas exigências por alimentos seguros e sustentabilidade ambiental.

Na busca para qualificar os seus produtos, o Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento vem fomentando um programa do Governo Federal denominado “Produção Integrada Agropecuária (PI-Brasil)”. Este programa visa apoiar a transformação da produção convencional em tecnológica, com sustentabilidade no uso dos re-cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas as etapas da produção, e certificável, quando cumprir todos os re-quisitos do programa. O programa abrange um conjunto de reco-mendações técnicas direcionadas para a obtenção de produtos de qualidade, principalmente com relação a produtos livres de resíduos de agroquímicos, redução do impacto no meio ambiente do sistema

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de produção, que atenda à legislação brasileira, bem como alcance potencial para mercados internacionais.

Um projeto de Produção Integrada de Milho está sendo coordenado pela Embrapa Milho e Sorgo, em parceria com empresas de assis-tência técnica e extensão rural e produtores, objetivando alcançar um modelo de produção que englobe aspectos econômicos, ecoló-gicos e sociais, de modo a assegurar uma produção agrícola sus-tentável e competitiva. Neste contexto, esta publicação apresenta as recomendações técnicas que servirão de base para a confecção das Normas Técnicas Específicas (NTE) para a cultura do milho.

Antonio Alvaro Corsetti PurcinoChefe Geral

Embrapa Milho e Sorgo

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Sumário

Apresentação .................................................................................................... 6Introdução ........................................................................................................ 10Proposta para Implantação da ProduçãoIntegrada de Milho na Região Centralde Minas Gerais ........................................................................................... 12

Escolha da Área.............................................................................................. 13Época de Plantio ............................................................................................ 14Cultivar ............................................................................................................. 14Manejo e Conservação do Solo e da Água ............................................... 15Manejo da Fertilidade .................................................................................... 19Implantação da Lavoura ................................................................................ 26Manejo de Plantas Daninhas ........................................................................ 30Manejo de Doenças ....................................................................................... 34Manejo de Pragas ......................................................................................... 36Métodos e Manejo da Irrigação ................................................................... 43Colheita ............................................................................................................ 45Secagem e Armazenamento ........................................................................ 46Cuidados no Uso de Agrotóxicos ................................................................. 49

Considerações Finais ................................................................................. 51Agradecimentos ............................................................................................ 52Referências ....................................................................................................... 53Anexo 1 - Principais doenças que atacam a cultura do milho com os respectivos patógenos e condições ambientes favoráveis ........................59

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Anexo 2 – Planilha: Monitoramento de doenças ........................................62Anexo 3 – Principais insetos fitófagos encontradas na cultura do milho: local de ataque, nome comum, nome científico, descrição, danos, sintoma de ataque e nível de controle........................................................63Anexo 4 – Planilha: Manejo de pragas ............................................................. 71Anexo 5 – Eventos de milho geneticamente modificados que expressam proteínas inseticidas de B. thuringiensis liberados para cultivo no Brasil, disponíveis para comercialização na safra 2012/2013 .................................. 73Anexo 6 – Planilha: Monitoramento de pragas pós-colheita ........................ 76

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Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas GeraisMônica Matoso Campanha et al.

Introdução

O milho é produzido em todo o Brasil, ocupando posição de desta-que entre as atividades agrícolas. Cultivado sob diversos sistemas de produção e diferentes níveis de tecnologia, a produção de milho se destina tanto ao consumo humano quanto à alimentação animal. A maior parte da produção nacional é consumida no mercado inter-no, entretanto, o Brasil tem sido apontado como grande produtor e potencial exportador deste cereal hoje e no futuro.

O aperfeiçoamento dos mercados consumidores, interno e externo, e a mudança de hábitos alimentares vêm pressionando os siste-mas produtivos para atenderem as novas exigências por alimentos seguros e por sustentabilidade ambiental. Cadeias de distribuidores e grandes pontos de vendas, principalmente da Comunidade Eu-ropeia, têm exigido dos exportadores que levem em consideração o nível de resíduos de agrotóxicos, o respeito ao meio ambiente, a rastreabilidade e as condições de trabalho, higiene e saúde dos trabalhadores envolvidos na produção de alimentos (PORTOCAR-RERO; KOSOSKI, 2009). O Sistema de Produção Integrada foi ela-

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borado como proposta para promover a transformação da produção convencional em tecnológica, sustentável, rastreável e certificada, visando maior agregação de valor ao produto final, maior competiti-vidade nos mercados nacionais e internacionais, e o atendimento às exigências de qualidade dos produtos e à legislação brasileira.

O programa, que se iniciou em 2001, com Produção Integrada de Frutas (PIF), foi estendido a produtos, como grãos, tubérculos, hor-taliças, flores e carnes, entre outros, possibilitando o surgimento da Produção Integrada Agropecuária – PI Brasil, como política pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, constituin-do-se em sistema oficial de certificação. A implantação do programa de Produção Integrada permite o gerenciamento e rastreamento de todas as etapas da produção, promovendo melhorias no sistema produtivo e uso racional de insumos e agroquímicos.

Um projeto de Produção Integrada do Milho, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, foi de-senvolvido com o objetivo de implantar um modelo de produção visando elevar a qualidade do produto para o consumidor interno e mercados externos, com base em uma agricultura sustentável, com controle das etapas do processo produtivo e obtenção de selo de certificação. Como parte do processo, será elaborada a Norma Téc-nica Específica – NTE para a Produção Integrada de Milho, que terá seu rol de recomendações técnicas validado em campo. A Norma Técnica Específica (NTE) é baseada nas normas básicas de Boas Práticas Agrícolas, e servirá de referencial para a adequação do sistema produtivo das propriedades candidatas ao sistema de certi-ficação oficial em Produção Integrada (ANDRIGUETO et al., 2009). Esta publicação apresenta os passos que serão apresentados para a confecção da NTE para o milho.

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Proposta para Implantação da Produção Integrada de Milho na Região Central de Minas Gerais

A escolha da região central de Minas Gerais para a validação das Normas Técnicas Específicas para a cultura do milho foi feita por causa da facilidade de acompanhamento semanal pelos pesqui-sadores envolvidos, de forma a monitorarem e validarem todas as tecnologias recomendadas. Além disto, a região apresenta uma diversidade de sistemas, do pequeno produtor ao produtor comer-cial de grãos. Este normalmente produz milho e soja em rotação, podendo também envolver outras culturas, é especializado na pro-dução de grãos e tem por objetivo a comercialização da produção. Os produtores comerciais plantam áreas maiores, utilizam a melhor tecnologia disponível, predominando o sistema de plantio direto. São os grandes responsáveis pelo abastecimento do mercado e, provavelmente, aqueles que primeiro se interessariam pela implan-tação da Produção Integrada de Milho. Já o pequeno produtor é ca-racterizado como aquele de subsistência, que tem a maior parte da produção consumida na propriedade. O nível tecnológico é baixo, envolvendo o uso de semente não melhorada. O tamanho da la-voura é pequeno e é comum a utilização de terceiros para algumas operações, como o preparo de solo e plantio. Essa produção tem perdido importância no que se refere ao abastecimento do mercado. Além desses, a região também dispõe de produtores de grãos e pecuária. Neste caso o agricultor usa um nível médio de tecnologia, por lhe parecer o mais adequado, em termos de custo de produção. É comum o plantio de milho visando a renovação de pastagens. A região muitas vezes não produz soja e o milho é a principal cultura. As lavouras são de tamanho médio a pequena, a capacidade geren-cial não é tão boa e muitas vezes as operações agrícolas não são realizadas no momento oportuno, com o insumo adequado ou na

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quantidade adequada. A qualidade das máquinas e dos equipamen-tos agrícolas pode também comprometer o rendimento do milho.

Considerando o extenso universo de tecnologias que envolvem os diferentes sistemas de produção de milho, estas recomendações técnicas têm o objetivo de serem amplas, de forma que possam ser utilizadas tanto pelos produtores com baixo nível tecnológico como por aqueles que alcançam altas produtividades. Desta forma, as informações tratadas nos tópicos são de caráter geral, buscan-do atender à pluralidade existente nas lavouras de milho em todo território nacional, e não dispensando a necessidade de assistência técnica local. As recomendações técnicas também foram baseadas nos preceitos das Boas Práticas Agrícolas para a cultura do milho (CRUZ et al., 2011c). Esse modo de produzir contribui para o de-senvolvimento humano, levando em conta a segurança do traba-lhador, a legislação trabalhista, a qualidade de vida dos produtores e das comunidades, a conservação do meio ambiente (especial-mente, solo e água) e a produção de alimentos seguros tanto para o consumo humano como animal, com monitoramento em todas as etapas de produção, análise de resíduos de agrotóxicos e uso de tecnologias apropriadas que otimizam o modo de trabalhar. Os procedimentos permitem a continuidade do sistema produtivo, com sustentabilidade ao longo dos anos, e elevam os padrões de quali-dade e competitividade dos produtos ao patamar de excelência.

Escolha da Área

O plantio do milho deve respeitar as áreas de reserva legal e as áre-as de preservação permanente, conforme legislação vigente. Tendo em vista o controle da erosão e as facilidades de mecanização, deve-se dar preferência às glebas de topografia plana ou suave on-dulada, com declives até 12%. O milho é uma planta muito sensível

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ao excesso de umidade no solo, não suportando água estagnada, mesmo temporariamente. Portanto, não deve ser cultivado em áreas alagadiças (solos hidromórficos e solos aluviais mal drena-dos) a menos que seja feita a drenagem desses solos. É desejável que a profundidade efetiva do solo seja maior que 50 cm para pleno desenvolvimento de seu sistema radicular. Solos rasos, além de di-ficultarem o crescimento das raízes, possuem menor capacidade de armazenamento de água. É desejável também que o produtor tenha documentado o histórico da área.

Época de Plantio

O milho tem sido plantado principalmente no período chuvoso, uma vez que a cultura demanda um consumo de cerca de 600 mm para garantir uma produção satisfatória sem necessidade de irrigação. Para a região central de Minas Gerais, é geralmente recomendado o período de plantio de outubro a novembro. As épocas de plantio de menor risco para a cultura do milho podem ser vistas no Zonea-mento Agrícola de Risco Climático disponibilizado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) (http://www.agricultura.gov.br), nos links “servi-ços” e “Portarias do Zoneamento por UF”. Atraso do plantio a partir da época mais adequada pode resultar em redução no rendimento de grãos. Já o milho irrigado poderá ser plantado durante o ano todo na região.

Cultivar

Preferencialmente, deve-se utilizar as cultivares indicadas para plantio em todo o País, que são publicadas anualmente pelo Mapa, no Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Para a safra 2012/2013, a Portaria Nº 80, de 14 de junho de 2012, traz as cul-tivares recomendadas. No caso de cultivares transgênicas, deve-

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se obedecer a regra de coexistência, exigida por lei, para evitar a contaminação de lavouras vizinhas não transgênicas (Resolução Normativa CNTBio Nº 4, de 16 de agosto de 2007), e as recomen-dações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), principalmente com relação à regra do Manejo da Resistência de In-seto (MRI) com o plantio de uma área de refúgio equivalente a 10% da lavoura, com sementes não transgênicas e distante no máximo 800 m da lavoura com sementes transgênicas de milho Bt. O não cumprimento pode conduzir a penalidades previstas na Legislação e autuação pela Fiscalização Federal Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Manejo e Conservação do Solo e da Água

Em direção a uma agricultura mais sustentável, o sistema solo tem grande importância. O preparo do solo deverá manter a estrutura dele com baixa probabilidade de desagregação e transporte de suas partículas por água ou vento, aumentando a infiltração, de modo a reduzir a enxurrada e a erosão a um mínimo tolerável. Isto é mais facilmente conseguido quando a mobilização do solo é feita ape-nas em pequenas faixas do terreno, ou seja, somente no sulco de plantio.

O primeiro fator é conhecer a aptidão do solo. Mas as recomenda-ções a seguir devem ser consideradas: (i) Proporcionar adequada drenagem do solo, tanto na superfície como na subsuperfície; (ii) Utilizar princípios de “preparo conservacionista” para que o solo tenha o mínimo necessário de desagregação, observando também a necessidade de terraços e cultivos em nível para minimizar a ero-são; (iii) Preparar o solo quando este estiver friável. Se o solo está muito úmido, adiar as atividades de campo; (iv) Variar a profundida-de de aração somente até a profundidade necessária; (v) Romper

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a zona de compactação para provocar seu desaparecimento, onde houver necessidade; (vi) Arar com a roda do trator na superfície do solo, com o cuidado de mantê-la fora do sulco de semeadura; (vii) Utilizar equipamentos mais leves e sempre bem reparados e ajustados; (viii) Reduzir a pressão sobre o solo utilizando pneus mais largos ou rodagem dupla, em máquinas e equipamentos; (ix) Combinar operações de campo, para reduzir tráfego de máquinas dentro do campo; (x) Onde necessário, espalhar o calcário e, espo-radicamente, os fertilizantes antes de fazer a aração; (xi) Manter ou melhorar os níveis de matéria orgânica no solo, inclusive manejando adequadamente os resíduos de cultura; (xii) Incluir rotação de cultu-ras; (xiii) Fazer análise do solo com frequência e seguir as recomen-dações de adubação.

→ Preferencialmente o produtor deverá utilizar o sistema de plantio direto◙ Sistema de Plantio Direto (SPD)

É recomendado o milho em Sistema de Plantio Direto (SPD), com a participação deste grão em sistemas de rotação e sucessão de culturas que permitam melhor manejo de plantas daninhas, pragas e doenças, além de melhorar a qualidade do solo. Nessa técnica, é necessário manter-se o solo sempre coberto por plantas em desen-volvimento e por resíduos vegetais. Essa cobertura deixada sobre a superfície do solo cria um ambiente extremamente favorável ao crescimento vegetal, contribuindo para a recuperação ou manuten-ção das características e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, de tal modo que a sua qualidade seja melhorada.

◙ Formação da palhada

É indicado que o plantio direto deva ser implantado com adequada

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cobertura do solo (cerca de 6 t ha-1 de massa seca). Para formação da palhada podem-se utilizar culturas de cobertura ou os restos culturais da safra anterior. A cobertura tem por finalidade proteger o solo da erosão eólica e hídrica, favorecendo a infiltração da água no solo, manutenção da umidade do mesmo e redução da amplitude térmica. Com isso, favorece-se a atividade biológica, aumenta-se o teor de matéria orgânica no perfil do solo, aumenta-se a dispo-nibilidade de água para as plantas, a CTC do solo e melhoram-se suas características físicas. A cobertura ajuda ainda no controle de plantas daninhas, por supressão ou por ação alelopática. Contudo, esse objetivo somente será alcançado com rotações de culturas adequadas.

O sistema de integração Lavoura-Pecuária, com semeio de braqui-ária entre as linhas durante o plantio de milho, apresentou boa for-mação de palhada, especialmente na região central do Brasil, onde não é possível a utilização de culturas anuais de inverno, e repre-senta uma excelente alternativa envolvendo a cultura do milho e o SPD. O plantio de espécies com maior tolerância ao déficit hídrico, como o milheto e o sorgo, dentre as gramíneas, e o guandu, dentre as leguminosas, como cultivo em sucessão ao milho, também ofe-rece boa alternativa para formação de palhada. O plantio direto com pousio de inverno e o plantio direto no mato devem ser evitados, pois são de baixa qualidade quanto ao aporte de palha no solo.

◙ Dessecação em pré-semeadura

No sistema de plantio direto, o trabalho do arado e da grade é subs-tituído pela aplicação de herbicidas capazes de matar as plantas daninhas presentes e de formar uma massa vegetal de cobertura do solo, a chamada palhada. O período entre a aplicação do herbicida e a semeadura da cultura varia com as características do herbicida,

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a dose utilizada, a cobertura vegetal antecessora, a textura do solo e as condições ambientais. Os principais herbicidas utilizados para este fim são glyphosate, glyphosate potássico, 2,4-D, paraquat e glufosinato de amônio.

Os produtos à base de glyphosate são recomendados principalmen-te para áreas infestadas com plantas daninhas perenes, por serem herbicidas sistêmicos. Glyphosate potássico é também um herbicida sistêmico, mas penetra mais rápido nas folhas das plantas daninhas que o glyphosate, tornando-se uma boa opção no período chuvoso. O uso de 2,4-D ajuda no controle de folhas largas, principalmente trapoeraba, tolerante a glyphosate e glyphosate potássico. Os pro-dutos à base de paraquat têm ação de contato, não servindo para o controle de plantas daninhas perenes. O paraquat é um disruptor da membrana celular e tem ação muito rápida, podendo sua aplicação ser feita na véspera do plantio e a adição de um surfactante não iônico no tanque é sempre recomendada. O glufosinato de amônio é também um herbicida de contato, de classe IV, de ação um pou-co mais lenta que o paraquat. É importante lembrar que o uso de diferentes princípios ativos de herbicidas, a cada operação, reduz a possibilidade de surgimento de plantas daninhas resistentes.

◙ Rotação de Culturas

Na implantação e na condução de um sistema eficiente de plan-tio direto, é indispensável que o esquema de rotação de culturas promova, na superfície do solo, a manutenção permanente de uma quantidade mínima de palhada, que nunca deverá ser inferior a 2 t ha-1 de matéria seca. Como segurança, recomenda-se que sejam adotados sistemas de rotação que produzam, em média, 6 t/ha/ano ou mais de matéria seca. A cultura do milho, de ampla adaptação a diferentes condições, destinada à produção de grãos, tem ainda

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a vantagem de deixar uma grande quantidade de restos culturais, que, uma vez bem manejados, podem contribuir para reduzir a ero-são e melhorar o solo.

No sul do Brasil, por causa das condições climáticas mais favorá-veis, há maiores opções de rotação de culturas, envolvendo tanto as culturas de verão como as de inverno. No Brasil central, as condições climáticas, com quase total ausência de chuvas entre os meses de maio e agosto, dificultam a existência de cultivos de in-verno, exceto em algumas áreas com microclima adequado ou com agricultura irrigada. Essa situação dificulta ou deixa poucas opções para o estabelecimento de culturas comerciais ou mesmo culturas de cobertura, isto é, culturas cuja finalidade principal é aumentar o aporte de restos culturais sobre a superfície do solo, exigindo que estas tenham características peculiares, como um rápido desenvol-vimento inicial e maior tolerância à seca.

A rotação envolvendo as culturas da soja e do milho merece espe-cial atenção, por causa das extensas áreas que elas ocupam e do efeito benéfico em ambas as culturas. Experimentos demonstram efeitos benéficos do milho se estendendo até o segundo ano da soja, plantada após a rotação Na escolha de uma rotação de cultu-ras, especial atenção deve ser dada às exigências nutricionais das espécies escolhidas e à sua capacidade de extrair nutrientes do solo, no que a soja e o milho se complementam satisfatoriamente.

Manejo da Fertilidade

A fertilidade dos solos, as exigências nutricionais e a adubação são componentes essenciais para a construção de um sistema de produção eficiente. A disponibilidade de nutrientes deve estar sincronizada com o requerimento da cultura, em quantidade, forma

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e tempo. A orientação da correção e adubação do solo deve ser objetiva e, portanto, baseada em um diagnóstico periódico por meio da análise do solo e na expectativa de produtividade da cultura.

→ Calagem e Gessagem

A necessidade de calagem varia de acordo com os resultados da análise de solo. Se necessário, esta deve ser realizada de dois a três meses antes da semeadura. A quantidade de calcário a ser aplicada (NC) pode ser calculada pelo “Método baseado na elimi-nação do alumínio trocável e na elevação dos teores do cálcio e do magnésio” (1) ou “Método da saturação por bases” (2), conforme as fórmulas abaixo:

∙ NC = CA + CD (1)

Onde:NC = necessidade de calagem; CA = correção da acidez;CD = correção da deficiência nos teores de cálcio e do magnésio. CA = Y [Al+3 – (m x CTC efetiva / 100)], onde:Y = solos arenosos (0 a 15% argila), Y= 0 a 1;solos com textura média (15 a 35% argila), Y=1 a 2; solos argilosos (35 a 60% argila), Y=2 a 3 e solos muito argilosos (mais de 60% argila), Y=3 a 4;Al+3 = a acidez trocável na análise de solo (cmolc/dm3);m = saturação por Al na CTC efetiva (%);CTC efetiva = valor t na análise de solo (cmolc/dm3)

Se, nessa expressão, valores negativos tiverem sido obtidos, consi-dera-se CA = 0.

CD = X – (Ca+2 + Mg+2), onde:

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21Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Ca, Mg = valores na análise de solo (cmolc/dm3);

X = é baseado na necessidade destes cátions pela cultura; no caso do milho, X=2

∙ NC = [(V2 – V1) x CTC] / 100 (2)

Onde:NC = necessidade de calagem, em toneladas/ha;V2 = saturação por bases que se deseja atingir. No caso do milho, recomendam-se valores de V2 entre 50% e 60%.V1 = saturação original do solo, valor V na análise de solo (%); CTC = CTC potencial, valor T na análise de solo (cmolc/dm3);

Independentemente do método a ser usado, recomenda-se a correção da quantidade de corretivo conforme o Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) do material a ser utilizado. Assim, a quantidade a aplicar (QA) pode ser definida pela fórmula QA = NC x 100/PRNT.

O emprego do gesso tem sido justificado quando se requer forneci-mento de cálcio ou de enxofre, ou na diminuição de concentrações tóxicas do alumínio trocável nas camadas subsuperficiais, abaixo de 20 cm de profundidade. Haverá maior probabilidade de resposta ao gesso quando a saturação por Al+3 for maior que 20%, (m > 20%) ou o teor de Ca menor que 0,5 cmolc/dm3 de solo em amostra coletada na camada de 20-40 cm de profundidade. Para culturas anuais, a quantidade de gesso pode ser determinada considerando-se 50 x o teor de argila do solo. A aplicação de gesso agrícola deve ser feita na mesma época em que se proceder à calagem.

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22 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

→ Adubação

O planejamento da adubação do milho deve considerar a análise de solo, o histórico da área e a produtividade desejada.

ð Adubação com macronutrientes

A Tabela 1 apresenta a interpretação da análise de solo para fósforo e potássio. As recomendações de adubação nitrogenada, potássi-ca e fosfatada para o milho para produção de grãos, em função da análise de solo e do rendimento esperado, são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 1. Interpretação da disponibilidade de fósforo de acordo com o teor de argila e da disponibilidade de potássio no solo.

CaracterísticasClasses de P disponível no solo1

Baixo Médio3 Adequado Argila (%) P disponível (mg dm-3)2

60-100 <5 5 - 8 > 8 35-60 <8 8 - 12 > 12 15-35 <12 12 - 20 > 20 0-15 <20 20 - 30 > 30

Classes de K disponível no solo1

Baixo Médio Adequado <40 40 - 70 > 70

Fonte: adaptado de Alvarez et al. (1999).1/ Método Mehlich 1, 2/ mg dm-3 = ppm (m/v), 3/ O limite superior des-ta classe indica o nível crítico.

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23Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

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24 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

de textura arenosa e áreas sujeitas a chuvas de alta intensidade. Uma única aplicação em cobertura deve ser feita no caso de doses baixas ou médias de nitrogênio (60 a 100 kg/ha); solos de textura média e/ou argilosa; plantio intensivo; sem o uso de irrigação.

Para o fósforo e potássio, recomenda-se aplicar o fertilizante no sulco por ocasião da semeadura do milho. No caso do K, quando o solo for arenoso ou a recomendação exceder 70 kg/ha de K2O, deve-se aplicar o nutriente de forma parcelada sendo uma parte na semeadura e a outra junto com a cobertura nitrogenada, conforme a Tabela 2, no máximo até os 30 dias após a semeadura.

A rotação de culturas e o sistema plantio direto são práticas alta-mente recomendadas quando se busca maiores produtividades de milho, pois favorecem a ciclagem de nutrientes resultando em maior eficiência no uso de fertilizantes. O cultivo de milho após soja ou outra leguminosa permite reduzir a adubação nitrogenada em pelo menos 30 kg/ha.

Em solos com teores de enxofre inferiores a 10 mg/dm3, recomen-da-se a aplicação de 30 kg/ha de S. As necessidades de enxofre para o milho são geralmente supridas via utilização de fertilizantes NPK portadores de enxofre. O sulfato de amônio (24% de enxofre), o superfosfato simples (12% de enxofre) e o gesso agrícola (15 a 18% de enxofre) são as fontes mais comuns desse nutriente.

É importante considerar a utilização de doses adequadas de fertili-zantes e as especificidades do solo de cada região, evitando riscos de contaminação do solo e da água subterrâneos, principalmente com nitratos.

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25Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

ð Adubação com micronutrientes

A Tabela 3 apresenta os critérios para interpretação da análise de solos para micronutrientes. Estes podem ser aplicados no solo, na parte aérea das plantas por adubação foliar, nas sementes ou por meio da fertirrigação.

Constatada baixa disponibilidade na análise de solo, a recomenda-ção é que se aplique, a lanço, via solo, as seguintes quantidades em kg/ha: 0,5-2,0 de B; 1,0-4,0 de Cu; 3,0-6,0 de Mn; 4,0-6,0 de Zn. Em áreas nunca adubadas com micronutrientes deve-se fornecer ainda 200-400 g de Mo e 100-300 g de Co por hectare (SOUSA, 1998).

Tabela 3. Critérios para interpretação de análise de solos para mi-cronutrientes na região dos cerrados.

Disponibilidade no soloMicronutrientes Baixa Média Alta

mg/dm3

Boro1/ < 0,3 0,3 a 0,5 > 0,5

Cobre2/ < 0,4 0,4 a 0,8 > 0,8

Manganês2/ < 2 2 a 5 > 5

Zinco2/ < 1 1 a 2 > 2

Fonte:Adaptado de Galrão (2004) Extratores: 1/ Água quente; 2/ Mehlich-1.

◙ Adubação de origem orgânica

Os sistemas agropecuários dão origem a vários tipos de resíduos orgânicos, os quais, se corretamente manejados e utilizados, rever-

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26 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

tem-se em fornecedores de nutrientes para a produção de alimentos e melhoradores das condições físicas, químicas e biológicas do solo. Os resíduos de suínos, bovinos e aves podem ser utilizados como fertilizantes eficientes e seguros na produção de milho, de-vendo sempre obedecer as doses de reposição dos nutrientes reti-rados pela cultura. As adubações orgânicas devem sempre atentar para as doses econômicas. Em geral, as quantidades aplicadas de resíduos de suinocultura são variáveis de 45 a 90 m3 ha-1 para plan-tio convencional e de 50 a 100 m3 ha-1 para plantio direto; no caso da cama de aves, a dose média é de 5 t ha-1. O esterco de bovinos costuma ser fornecido em proporções de 25 a 50 m3 ha-1, quando combinado com adubação convencional e de 100 m3 ha-1 em aplica-ção exclusiva.

Implantação da Lavoura

A cultura do milho, por sua versatilidade, adapta-se a diferentes sis-temas de produção. Os aspectos considerados na implantação da lavoura podem afetar diretamente o rendimento dos grãos.

◙ Profundidade de semeadura

A profundidade de semeadura vai depender das características de cada localidade, e depende basicamente da temperatura do solo, umidade e do tipo de solo. A semente deve ser colocada numa profundidade que possibilite um bom contato com a umidade do solo. Em solos mais pesados (argilosos), com drenagem deficien-te ou com fatores que dificultam a emergência de plântulas, como torrões ou frio, as sementes devem ser colocadas entre 3 e 5 cm de profundidade. Já em solos mais leves ou arenosos, as sementes podem ser colocadas em maior profundidade, entre 5 e 7 cm, para se beneficiarem do maior teor de umidade do solo.

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27Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

◙ Densidade de plantio

A densidade ótima de semeadura é aquela que resulta na máxima produtividade. O rendimento de uma lavoura se eleva com o au-mento da densidade de plantio, até atingir a densidade ótima, que é determinada pela cultivar e por condições do local e do manejo da lavoura. A partir da densidade ótima, o aumento da densidade resultará em decréscimo progressivo na produtividade da lavoura. A densidade ótima é, portanto, variável para cada situação, sendo basicamente dependente de três fatores: cultivar, disponibilidade de água e de nutrientes. Quaisquer alterações nestes fatores, direta ou indiretamente, afetarão a densidade ótima de plantio. O produtor deverá consultar o fornecedor da semente sobre qual densidade é recomendada para a cultivar que irá plantar.

◙ Velocidade da semeadura

A velocidade de semeadura deve se basear no conhecimento do produtor sobre as condições de operação do equipamento, as condições do solo e as características da plantadeira, e deve ser definida visando a uniformidade na produtividade e na distribuição da semente. A densidade de plantio e a distribuição de sementes são também afetadas pela velocidade de plantio. Para plantadeiras a disco recomendam-se velocidades não superiores a 5 Km/h.

Plantadeiras a dedo ou a vácuo podem realizar operações de seme-adura com velocidade um pouco maiores, desde que as condições de topografia do terreno, umidade e textura do solo permitam (é importante consultar o fabricante). De um modo geral, não se reco-menda a semeadura em velocidades superiores a 7 Km/h quando se utilizar essas plantadeiras. Aconselha-se que se faça um teste antes da semeadura, operando a plantadeira em diferentes velo-

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cidades, para, então, se escolher a melhor opção, tendo em vista principalmente a uniformidade da profundidade das sementes.

Velocidades acima do recomendado aumentam o número de falhas e duplas e prejudicam a uniformidade da profundidade das semen-tes. Esses dois fatores reduzem a população de plantas e aumen-tam o número de plantas dominadas (isto é, plantas sem espigas), prejudicando dois dos principais componentes do rendimento: o número de espigas por área e o número de grãos por espiga.

◙ Quantidade de sementes

A quantidade de sementes varia em função da densidade de plan-tio almejada e com o peso médio das sementes. Em geral, nas lavouras que utilizam maior nível tecnológico são utilizados de 1 a 1,2 sacos de sementes (com 60.000 sementes/saco). No Brasil, as sementes de milho são vendidas em sacos de 60.000 sementes ou em sacos com 20 kg de sementes.

O tamanho e a forma das sementes não afetam o rendimento das lavouras de milho. Para uniformizar e facilitar a semeadura, as sementes de milho são classificadas quanto à forma em redondas e chatas, as quais são separadas em diversos tamanhos e compri-mentos. Muitos agricultores acreditam que sementes menores ou com formas arredondadas não germinam bem e resultam em meno-res rendimentos. No entanto, sementes de peneiras graúdas podem resistir melhor a intempéries que ocorram após o plantio e suportar melhor possíveis deficiências hídricas. Sementes miúdas são inte-ressantes para cultivares ainda comercializadas em embalagens de 20 kg, pois apresentam maior rendimento em número de sementes por área cultivada.

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◙ Espaçamento

No Brasil, o espaçamento entrelinhas é muito variado, sendo que os mais usados estão em torno de 80 a 90 cm. Entretanto, verifica-se uma tendência de maior redução no espaçamento (chegando a 45-50 cm), pelas seguintes razões: aumento no rendimento de grãos por causa da melhor distribuição das plantas na área e do aumen-tando da eficiência na utilização da radiação solar, água e nutrien-tes; melhor controle de plantas daninhas, em função do fechamento mais rápido dos espaços entre e dentre plantas e menor entrada de luz; redução da erosão, pela cobertura antecipada da superfície do solo; melhor qualidade de plantio por meio da menor velocidade de rotação dos sistemas de distribuição de sementes, resultando em plantio com menor número de falhas e a maximização da utiliza-ção da plantadora, uma vez que diferentes culturas, especialmente milho e soja, poderão ser plantadas com o mesmo espaçamento, permitindo maior praticidade e ganho de tempo.

Na redução de espaçamento, o agricultor deverá se assegurar que dispõe de colheitadeira com plataforma capaz de colher o milho em espaçamentos menores. Deve-se verificar também a densidade da cultivar recomendada pelo fabricante, uma vez que nem todas as cultivares são adaptadas a plantios com espaçamentos reduzidos.

Pontos a serem observados: (i) Verificar a densidade e o espa-çamento recomendados para a cultivar selecionada; (ii) Observar o nível de fertilidade e disponibilidade hídrica do solo para o estabe-lecimento da densidade mais adequada; (iii) Regular a plantadora com antecedência, no local de plantio, considerando: o tamanho e a forma da semente, o tratamento químico das sementes, e utilizar 10 a 20% a mais de sementes para compensar perdas, por causa de problemas na germinação e emergência de plântulas; (iv) Usar a

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velocidade de plantio adequada.

Manejo de Plantas Daninhas

Dentre as plantas daninhas existentes, tem-se observado, no Brasil, em lavouras de milho, a ocorrência tanto de espécies dicotiledône-as, como Amaranthus spp (caruru), Cardiospermum halicacabum (balãozinho), Bidens spp. (picão-preto), Euphorbia heterophylla (leiteira), Ipomoea spp (corda-de-viola), Raphanus sativus (nabiça), Richardia brasiliensis (poaia-branca), Commelina benghalensis (trapoeraba) e Sida spp. (guanxuma), quanto de monocotiledôneas, como Brachiaria spp (papuã), Cenchrus echinatus (timbete), Digi-taria spp (colchão), Echinochloa spp (capim arroz), Eleusine indica (capim pé-de- galinha) e Panicum maximum (colonião). De modo geral, as espécies monocotiledôneas, por apresentarem sistema radicular semelhante, causam maiores prejuízos ao rendimento do milho do que as espécies dicotiledôneas. A composição das comu-nidades de plantas daninhas vem sendo alterada em função de sua dinâmica populacional, de práticas culturais ineficientes e da utiliza-ção inadequada de produtos herbicidas, ocasionando elevação dos custos de produção e maiores impactos ambientais.

Com os objetivos de evitar perdas por causa da competição, be-neficiar as condições de colheita, evitar o aumento da infestação e proteger o ambiente, o agricultor poderá fazer uso do manejo inte-grado de plantas que envolve o controle preventivo, controle cultu-ral, controle mecânico e o controle químico. No controle preventivo, recomenda-se a utilização de sementes de boa procedência, livres de sementes de plantas daninhas, e a limpeza de máquinas e de implementos. No controle cultural, utilizar cultivares adaptadas à região; utilizar o espaçamento correto e a época de plantio reco-mendados; manter da cobertura vegetal sobre o solo durante o ano

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e promover a rotação de culturas. No controle mecânico, pode ser utilizada a capina manual ou mecânica. No plantio convencional, é recomendado fazer a última gradagem niveladora imediatamente antes do plantio.

No controle químico são utilizados os herbicidas. A seleção de um herbicida deve ser baseada em avaliação das espécies de plantas presentes na área a ser tratada, bem como nas características físi-co-químicas dos produtos. Os herbicidas são classificados conforme a época de aplicação em relação às plantas daninhas e à cultura, sendo: pré-plantio incorporado; pré-emergência; e pós-emergência. Os herbicidas de pré-plantio incorporado são aplicados antes do plantio e necessitam ser incorporados ao solo para uma melhor eficiência no controle das plantas daninhas. Os herbicidas de pré-emergência são aplicados após o plantio da cultura, mas antes da emergência das plantas daninhas e da cultura. Os herbicidas de pós-emergência são aplicados depois da emergência das plantas daninhas, antes ou depois da emergência do milho. Os herbicidas de pós-emergência, considerados dessecantes, são utilizados no manejo das plantas daninhas no sistema de plantio direto antes do plantio da cultura e após a colheita (tratamento pós-colheita).

No sistema de plantio direto, o herbicida é utilizado antes do plantio, para formar uma massa vegetal de cobertura do solo, a chama-da palhada. Os principais herbicidas utilizados para este fim são glyphosate, glyphosate potássico, 2,4-D, paraquat e glufosinato de amônio.

Em plantio convencional do milho, o uso de herbicida é feito com o solo limpo, destorroado, após o plantio, porém, antes da emer-gência da cultura e das plantas daninhas (pré-emergência). Os herbicidas recomendados para o controle das plantas daninhas

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em pré-emergência na cultura do milho poderão ser consultados no website do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGROFIT, 2012). No sistema de semeadura direta, a presença de palha na superfície do solo pode afetar o comportamento de herbici-das aplicados em pré-emergência, pois estes são aplicados sobre a palha, ficando expostos à radiação solar, às altas temperaturas e à adsorção nos resíduos vegetais. O atrazine apresenta boas pers-pectivas de uso em pré-emergência sobre palhadas, uma vez que é facilmente lixiviado para o solo com chuvas que ocorram logo após a aplicação.

Com o aparecimento de herbicidas de pós-emergência para a cultu-ra do milho, o produtor ganhou em flexibilidade de tempo para sua pulverização. A aplicação pode ser iniciada na pré-emergência, pas-sar pela pós-emergência precoce, atingir a pós-emergência inicial e terminar na pós-emergência tardia. Os herbicidas recomendados para o controle pós-emergente de plantas daninhas na cultura do milho poderão ser consultados no website do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (AGROFIT, 2012). A pulverização deve ser feita em dia não chuvoso para que as gotículas não sejam arrastadas, mas a umidade é muito importante para a ativação no solo e para a absorção foliar. As horas quentes do dia e a baixa umidade relativa do ar (abaixo de 50%) não são recomendadas para a pulverização. Os melhores resultados de pulverização em pós-emergência precoce e inicial têm sido obtidos por produtores que pulverizam nas primeiras horas do dia, com vazão na faixa de 100 a 250 L/ha.

É importante prevenir ou retardar o aparecimento de plantas dani-nhas resistentes a herbicidas, sendo recomendada a utilização da rotação de culturas, do manejo adequado dos herbicidas, da pre-venção da disseminação de sementes por meio do uso de equipa-

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mentos limpos, o monitoramento da evolução inicial da resistência e o controle das plantas daninhas suspeitas de resistência antes que elas produzam. No caso de se fazer uso do controle químico, deve-se preferir aqueles que apresentem classificação toxicológica e ambiental de menor impacto, conforme apresentado na embalagem do produto.

Antes da aquisição de qualquer defensivo agrícola, dentre eles os herbicidas, deve-se fazer uma avaliação correta do problema e da necessidade da aplicação. Nenhum herbicida deverá se adquirido sem o receituário agronômico. Deve-se proceder sempre à observa-ção da data de validade de produtos a fim de se evitar compras de materiais vencidos ou com embalagens danificadas. Fazer a tríplice lavagem da embalagem após o uso e inutilizá-la por meio de furos constitui benefícios à saúde e ao ambiente. Toda embalagem vazia e inutilizada deverá ser retornada aos pontos de compra (oriente-se junto ao vendedor).

Para identificação das espécies de plantas daninhas na área, bem como sua incidência na lavoura, devem ser realizadas amostra-gens antes do plantio (pré-plantio) e depois do plantio (pré e pós-emergência). No caso do plantio direto, a avaliação se dá antes da aplicação dos dessecantes, observando-se os estádios de cresci-mento das plantas daninhas. Tais avaliações são necessárias para definição do tipo de controle (mecânico ou químico) e tipo de produ-to (herbicida) a ser utilizado. Amostragens poderão ser feitas após o plantio da cultura, visando novamente identificar as plantas dani-nhas presentes que deverão ser controladas. No caso de utilização dos herbicidas de pré-emergência, o conhecimento da infestação nos anos anteriores torna-se fundamental para a seleção do produto a ser utilizado. Para a seleção de herbicidas de pós-emergência, avaliações deverão ser realizadas entre 10 e 20 dias após a emer-

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gência da cultura, anotando sempre as espécies presentes e os es-tádios de crescimento delas. Estas avaliações devem ser realizadas aleatoriamente na área a ser aplicada, de preferência por talhões, para que a seleção dos produtos possa ser realizada de acordo com a infestação e o estádio da cultura.

Manejo de Doenças

A ocorrência de doenças no milho pode levar à redução do ren-dimento da cultura. No Anexo 1 estão as principais doenças que atacam a cultura do milho, com os respectivos patógenos, agentes de disseminação e condições ambientais favoráveis.

O plantio de cultivares resistentes e a rotação de culturas são as principais medidas recomendadas para o manejo das doenças. O uso de fungicidas na cultura do milho é recomendado nas situações de elevada severidade de doenças e uso de cultivares suscetíveis.

◙ Monitoramento das doenças

O manejo de doenças é baseado no monitoramento da presença e da severidade das doenças foliares nas diferentes fases do ciclo da cultura. Para as doenças foliares e sistêmicas, recomenda-se realizar duas avaliações na fase vegetativa da cultura (30 DAE e 55 DAE), e a partir do pendoamento (VT) realizar avaliações em inter-valo de 7 a 10 dias, até a fase de grão leitoso (R3). Em cada área (gleba), deve-se realizar as avaliações em, pelo menos, 20 pontos representativos da área a ser avaliada. Em cada ponto, atribuir notas de severidade, para cada doença observada, de acordo com a escala de avaliação na Figura 1. Para as doenças sistêmicas, contar, em cada ponto, 15 (quinze) plantas e anotar o número de plantas doentes.

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35Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Figura 1. Escala de severidade das doenças no milho e escala das notas.

Os resultados das amostragens devem ser anotados na planinha de levantamento de campo (Anexo 2).

◙ Tomada de decisão

Para a tomada de decisão, recomenda-se utilizar os critérios apre-sentados na Tabela 5.

Escala – Severidade das doenças

Descrição das notas

1 Ausência de sintomas ou presença de poucas lesões apenas nas folhas inferiores. 2 Lesões esparsas na planta (terço inferior); até 25% das folhas com lesões. 3 Até 50 % das folhas com lesões; lesões severas nos 25% das folhas inferiores. 4 Até 75% das folhas com lesões; lesões severas nos 50% das folhas inferiores. 5 100% das folhas com lesões; lesões severas nos 75% das folhas inferiores.

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36 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Tabela 5. Tomada de decisão sobre a aplicação de fungicidas na cultura de milho.

Durante a fase vegetativa

Doenças mais comuns: ferrugem-polissora, ferrugem-branca, mancha-de-turcicum e mancha-branca

Notas de severidade das doenças menor que 3: não realizar aplicação de fungicida e continuar monitorando as doenças nas fases posteriores para verificar a necessidade de aplicação durante a fase reprodutiva.

Notas de severidade superior a 3: realizar a aplicação do fungicida e continuar monitorando as doenças para verificar a necessidade de controle durante a fase reprodutiva.

Durante a fase reprodutivaNotas de severidade das doenças menor que 3 no pré-pendoamento ou pendoamento: não realizar a aplicação de fungicida e continuar monitorando as doenças até a fase de grão leitoso (R3), para verificar a necessidade de controle.

Notas de severidade igual ou superior a 3 no pré-pendoamento ou pendoamento: realizar a aplicação do fungicida.

◙ Controle de doenças

No Anexo 1 estão registrados os métodos de controle das doenças, nas diferentes fases da cultura do milho.

Verificada a necessidade de aplicação de fungicidas, os fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o manejo de doenças da parte aérea na cultura do mi-lho poderão ser consultados no website do Mapa (AGROFIT, 2012).

Manejo de Pragas

Apesar do grande avanço na pesquisa voltada para o manejo de

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pragas (insetos fitófagos), ainda muito se perde em termos de rendimento de grãos. Os principais problemas enfrentados pelos produtores rurais dizem respeito ao pouco conhecimento sobre a bioecologia das pragas e sobre as estratégias de controle. Falta de determinação da época correta de entrar com medidas de controle pela falta de metodologias e/ou ausência de monitoramento; pul-verizações sem levar em conta os estágios de desenvolvimento da planta e/ou da praga; volume de calda demandado na pulverização; tipo de bico mais apropriado; regulagem incorreta do pulverizador; escolha incorreta do produto químico; eliminação dos inimigos naturais pela aplicação incorreta de inseticidas; desconhecimento dos inimigos naturais; e populações de pragas com resistência ao produto utilizado são alguns dos fatores que levam ao insucesso no controle dos insetos fitófagos na agricultura.

Portanto, para que se tenha sucesso na produção integrada de mi-lho, o primeiro passo é conhecer bem os principais insetos fitófagos com os seus respectivos danos e métodos de controle, como rela-cionados no Anexo 3, e ao longo dos anos manter as informações sobre todos os acontecimentos relativos aos insetos devidamente anotadas para se criar um histórico de área que será de grande im-portância para as tomadas de decisão sobre as medidas de controle a serem adotadas nos plantios subsequentes.

O monitoramento frequente nas lavouras, buscando identificar os insetos-praga descritos no Anexo 3 é etapa chave do Manejo In-tegrado de Pragas (MIP). Além do inseto fitófago, o agricultor tam-bém deve incluir no monitoramento a ocorrência natural de insetos benéficos, denominados agentes de controle biológico natural. Muitas vezes determinada espécie de inseto fitófago não atinge uma população suficiente para causar danos econômicos pelo efeito supressor dos insetos benéficos. Em função da presença destes

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insetos, pode-se avaliar a necessidade da utilização de estratégias de controle. Para o monitoramento, o agricultor pode se utilizar da planilha descrita no Anexo 4.

Considerando o conhecimento já adquirido no Brasil, tem-se viabi-lidade econômica para utilizar como estratégia de manejo o trata-mento de sementes com ação para pragas de hábito subterrâneo ou pragas de plântulas de acordo com o listado no Anexo 3, e os pro-dutos registrados para a cultura poderão ser consultados no website do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGROFIT, 2012).

◙ Uso de inseticidas químicos

De maneira geral, o controle químico ainda é muito utilizado para reduzir a presença dos insetos fitófagos em milho. Na realidade, os inseticidas têm sido produzidos e disponibilizados com frequên-cia no mercado brasileiro, como pode ser percebido pelo número elevado de formulações comerciais registradas no país (AGROFIT, 2012). Apesar da grande diversidade de produtos, muitas vezes o agricultor não consegue alcançar seu objetivo ao aplicar o produto, que é o controle efetivo da praga alvo, permitindo um retorno econô-mico advindo da aplicação. Tal fato, geralmente, não é causado pela ineficiência do produto aplicado, mas pelas falhas técnicas e opera-cionais por parte do aplicador, geralmente pelo pouco conhecimento técnico sobre a bioecologia da praga alvo.

A visão principal do Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a escolha correta da estratégia de controle a ser utilizada contra uma praga alvo e provocar a redução da sua população; e, consequentemente, diminuir o dano causada à planta, reduzir as perdas e reduzir os prejuízos econômicos com risco minimizado ao ambiente, incluindo

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a flora e fauna e a saúde humana (trabalhador rural e consumidor). O MIP é essencial na produção integrada de milho. Portanto, é fun-damental seguir totalmente sua essência.

Assim sendo, quando a estratégia escolhida for um inseticida quí-mico, devem ser seguidos alguns critérios básicos, como: eficiência em campo; classificação toxicológica; classificação ambiental; toxici-dade para mamíferos, aves, peixes e abelhas; persistência ambien-tal e seletividade a agentes de controle biológico natural e custo, atribuindo pontuação de 0 a 100 para cada parâmetro considerado, sendo maior pontuação favorável ao produto, conforme Tabela 6 (CRUZ, 1995).

Os produtos químicos escolhidos por meio dos critérios da Tabela 6 devem ser utilizados sempre que a praga atingir o Nível de Dano Econômico (Anexo 4) e considerando as situações de risco para cada espécie.

◙ Uso do controle biológico

Conforme já mencionado, dentro dos preceitos do MIP, os insetici-das químicos não constituem o único meio de controle de pragas. Mesmo quando utilizados devem possuir qualidades diferenciadas e somente serem usados com critérios técnicos, considerando que, para reduzir o dano causado pelos insetos, deve-se reduzir ou eliminar os fatores favoráveis à praga e adicionar fatores desfavorá-veis. Portanto, a preservação dos agentes de controle biológico que naturalmente ocorrem na área alvo deve ser sempre uma estratégia a ser considerada. O controle das pragas pode ser também obtido por meio da liberação de insetos benéficos criados em laboratório, nas chamadas biofábricas, como é o caso, por exemplo, da vespa diminuta, Trichogramma. A vespa atua sobre os ovos de espécies

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da Ordem Lepidoptera, onde são encontradas as pragas importan-tes do milho, como a lagarta-elasmo, lagarta-do-cartucho, broca-da-cana e lagarta-da-espiga. Esta vespa, além da eficiência em campo, pode ser produzida até mesmo por cooperativas e/ou associações de produtores, considerando o baixo custo e a facilidade de produ-ção (CRUZ et al, 1999; CRUZ, 2009).

Em áreas onde há tradição no uso de produtos químicos, nota-damente aqueles não seletivos, de maneira geral a presença de agentes de controle biológico natural é relativamente baixa. Desta maneira, cada vez mais se cria a dependência do agricultor aos efeitos dos inseticidas. Porém, ao se utilizar o MIP, aumenta-se a biodiversidade e pode ser esperado um efeito pronunciado dos inse-tos benéficos sobre a população dos insetos fitófagos. Espécies de joaninhas, crisopídeos, tesourinhas, percevejos e alguns besouros são exemplos de insetos que se alimentam de diferentes espécies de pragas do milho, como lagartas, pulgões, cigarrinhas e tripes, en-tre outras. São os chamados insetos benéficos predadores. São de vida livre, muitas vezes encontrados nas partes florais do milho ou nas proximidades, em plantas nativas ou plantas daninhas. Muitos destes insetos benéficos são reconhecidos no campo na fase adul-ta. Porém, na fase de ovo ou na fase imatura, de maneira geral não são reconhecidos e, pior, às vezes são considerados como ameaça às plantas cultivadas. Muitas vezes as fases imaturas são até mais vorazes do que a fase adulta no hábito de predação.

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Tabela 6. Critérios para seleção de inseticidas químicos para uso em milho para o controle de insetos fitófagos (Cruz, não publicado).

Parâmetro Categoria Pontuação Peso2Produto3

A B C

Eficiência Mortalidade 0 a 100

Classificação Toxicológica

Classe I 25Classe II 50Classe III 75Classe IV 100

Classificação Ambiental

Classe I 25Classe II 50Classe III 75Classe IV 100

Toxicidade para mamíferos, aves, peixes e abelhas (Dose Letal, DL50): para cada organismo.

≤ 10 20Entre 10 e 50 40Entre 50 e 200 60Entre 200 e 1000 80

≥ 1000 100

Persistência ambiental

3 a 10 anos 201 a 3 anos 404 a 12 meses 601 a 4 meses 80≤ 1 mês 100

Seletividade a insetos benéficos (agentes de controle biológico): para cada benefício.

Sobrevivência (%) após pulverização

0 a 100

Custo/hectare Menor1 100Outros Proporcional

Soma de pontos xx xx xx1Produto A de menor preço, recebe 100 pontos; Produto B com preço 2 vezes mais alto do que produto A recebe 50 pontos.2Peso arbitrário quando se quer destacar algum parâmetro.3Deve ser ainda salientado, especialmente quando há possibilidade de exportação do produto, que existem por parte do mercado importador limitações ou proibições com relação ao uso de determinados princípios ativos, mesmo que eles sejam legalmente liberados para uso no país.

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Além dos insetos benéficos predadores, existem também, em asso-ciação às pragas, várias espécies de insetos denominados para-sitoides que também são agentes de controle biológico de insetos fitófagos. Algumas espécies vivem exclusivamente de ovos, como é o caso da já mencionada vespa Trichogramma. Mas existem tam-bém parasitoides de insetos em outros estágios de desenvolvimen-to, notadamente larvas e pupas. Os parasitoides geralmente são mais difíceis de serem observados pelo agricultor, pois no processo de parasitismo, de maneira geral, a fase imatura do parasitoide se encontra dentro do corpo do inseto hospedeiro. Um inseto parasita-do inicialmente é de aparência normal. Porém, os dados de pesqui-sa mostram claramente a redução drástica na alimentação do inseto parasitado (acima de 90%).

A importância do controle biológico no manejo integrado de pragas e o impacto dos principais insetos benéficos sobre os insetos fitófa-gos associados ao milho podem ser encontrados em Cruz (2002) e Cruz et al. (2011a).

◙ Uso de milho Bt

Para o manejo dos lepidópteros praga na cultura, existem disponí-veis no mercado milho expressando proteínas Bt, o chamado “milho Bt”, que tem ação contra a lagarta-do-cartucho, a broca-da-cana-de-açúcar e a lagarta-da-espiga (Anexo 3 e Anexo 5). A eficiência dos diferentes eventos de milho Bt pode variar para as pragas relacio-nadas, assim, é necessário que o produtor fique atento à tarefa de monitoramento da lavoura quanto à necessidade de alguma medida adicional de controle. Também é importante que, ao plantar o milho Bt, o produtor faça o plantio da área de refúgio, de acordo com re-comendação de cada empresa detentora dos eventos transgênicos. Essa prática permitirá ao produtor realizar o manejo de resistência

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de insetos, mantendo a suscetibilidade da praga alvo às proteínas Bt e possibilitando o uso de transgênicos expressando o Bt por mais tempo na mesma propriedade.

Métodos e Manejo da Irrigação

Para o cultivo comercial do milho irrigado, o método de irrigação que mais se adequa nas condições atuais é o da aspersão, sendo o sistema tipo pivô central o mais utilizado. Porém, emprega-se tam-bém o sistema de aspersão convencional em propriedades meno-res, onde geralmente o milho é cultivado em sucessão com outras culturas.

O milho é considerado uma cultura que demanda muita água, mas também é uma das mais eficientes no uso dela, isto é, produz uma grande quantidade de matéria seca por unidade de água absor-vida. O milho de ciclo médio, cultivado para a produção de grãos secos, consome de 380 a 550 mm de água em seu ciclo completo, dependendo das condições climáticas. Em termos de lâmina bruta de água aplicada, esses valores podem aumentar sobremaneira em função da baixa eficiência do sistema de irrigação. O período de máxima exigência de água pelo milho é na fase do embonecamento ou um pouco depois dele, por isso, déficits de água que ocorrem nesse período são os que provocam maiores reduções de produti-vidade. Déficit anterior ao embonecamento reduz a produtividade em 20 a 30%; no embonecamento, em 40 a 50% e após isso, em 10 a 20%. A extensão do período de déficit também é importante. A irrigação para a cultura do milho pode ser viável economica-mente quando a água não é fator limitante e/ou o preço de venda do produto é favorável, o que possibilita a minimização de risco e estabilidade no rendimento. Antes de irrigar, deve-se levar em con-sideração principalmente a quantidade e distribuição das chuvas, o

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efeito da irrigação na produção, a necessidade de água da cultura e a qualidade e disponibilidade de água da fonte.

Os critérios do manejo da irrigação devem basear-se em informa-ções do solo, do clima e da planta ou na combinação deles. Como exemplos de método baseado em solo, citam-se os sensores de solo (tensiômetro, blocos de resistência elétrica, etc.). Nos méto-dos baseados no clima, empregam-se tanque Classe A e estações meteorológicas, para estimar a evapotranspiração de referência (ETo), e, posteriormente, associar os seus valores aos coeficientes de cultura (Kc). Os métodos baseados na planta não são comu-mente utilizados para o manejo da irrigação em cultivos comerciais. Os métodos que podem se adaptar bem ao manejo da irrigação da cultura do milho são aqueles que combinam o uso do tensiômetro com a curva de retenção da água no solo ou o tanque Classe A com essa curva ou, ainda, apenas o tensiômetro com esse tanque.

Os parâmetros necessários e adequados à irrigação do milho, como coeficiente de cultura (Kc), fração de água disponível no solo (f) e tensão de água no solo, já estão determinados e à disposição dos agricultores*, tanto para o sistema convencional de preparo do solo (aração e gradagem) como para o sistema de plantio direto na palha (ALBUQUERQUE; RESENDE, 2011).

A irrigação deve ser suspensa quando a cultura atingir a maturação fisiológica, que representa a chamada “camada preta” nos grãos de milho.

Deve-se usar a água de modo a racionalizar e causar menor im-pacto ambiental, e controlar o teor de salinidade e a presença de substâncias poluentes.

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Colheita

A operação de colheita depende das condições climáticas, do ta-manho da lavoura a ser colhida e do número de colhedoras dispo-níveis. Como regra geral, para um bom desempenho da colhedora, recomenda-se proceder a colheita quando os grãos estiverem com teor de umidade entre 16 e 18%. Para condições desfavoráveis de clima, lavouras muito extensas ou parque de máquina restrito, reco-menda-se iniciar a colheita ao redor de 20% de umidade nos grãos. À medida que a lavoura vai secando, novas regulagens devem ser realizadas.

A velocidade de avanço da colhedora de milho deve estar entre 4 e 5 km/h para se obter um bom desempenho. Normalmente o agri-cultor emprega velocidades maiores, ao redor de 7 km/h. Desse modo, as principais regulagens a serem feitas são nas correntes recolhedoras e nos cilindros arrancadores, cuja velocidade deve estar sincronizada com o avanço da colhedora. Velocidade alta faz com que as espigas sejam arremessadas para fora da plataforma (maior índice de perdas). Velocidade baixa faz com que as espigas só sejam destacadas no final do rolo espigador, congestionando a alimentação e causando embuchamentos. Para reduzir perdas na colheita, em primeiro lugar, é preciso fazer um ajuste básico da co-lhedora, seguindo as recomendações contidas no Manual do Opera-dor. Em seguida, a máquina deve ser ajustada para as condições de lavoura.

A colheita de milho coloca palha e outros detritos muito pesados no saca-palhas. Deste modo, a ventilação do sistema é fundamen-tal para reduzir perdas. O erro mais comum é reduzir a ventilação quando as perdas são observadas. O ideal é aumentar a ventilação para manter essa densa camada de material em suspensão e assim obter a separação grão-palha.

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Infelizmente o produtor se preocupa apenas com perdas quanti-tativas, ou seja, aquelas que ele enxerga. Entretanto em milho as perdas qualitativas são maiores e mais importantes. Em virtude de regulagens mal feitas ocorrem quebras e amassamentos de grãos pelos mecanismos de trilha. Essa quebra ou amassamento varia de 3% para um teor de umidade na colheita ao redor de 15%, até 6% de perdas quando a colheita é feita precocemente (com cerca de 20 a 25% de umidade). Grãos amassados ou quebrados serão ata-cados por fungos e toxinas, favorecendo a deterioração de grande parte da massa de grãos, classificados como grãos ardidos.

Secagem e Armazenamento

Após o cultivo e a colheita, inicia-se a fase de pré-processamento do produto colhido. Nesta etapa o milho pode estar úmido (com conteúdo de água acima de 18%) ou seco (com conteúdo de água próximo a 13-14%). Realizada a recepção do produto na unidade armazenadora, o produto úmido deverá seguir para as operações de pré-limpeza, secagem e limpeza. Posteriormente à secagem e à limpeza, o produto poderá ser armazenado ou diretamente des-tinado à indústria, ao consumo ou à produção de ração. O produto seco, que sofreu processo de secagem em campo, poderá ser encaminhado para a limpeza e em seguida armazenado. Em algu-mas ocasiões, quando não houver disponibilidade de secadores ou quando o consumo dos grãos for imediato, o produto colhido seco pode ser encaminhado para o armazenamento. Contudo, o proces-so de limpeza dos grãos antes do armazenamento é prática agrí-cola recomendada para assegurar a qualidade do produto durante o armazenamento. O percentual máximo de matérias estranhas, impurezas e fragmentos não deverá exceder 3,0%. A limpeza peri-ódica das instalações, máquinas e das estruturas armazenadoras antes do carregamento com os grãos e após a descarga é prática

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recomendada para assegurar a qualidade do produto armazenado e reduzir focos de contaminação por insetos praga e fungos. O grão colhido seco e conduzido diretamente ao armazenamento deve ser monitorado quanto à infestação pelos insetos praga: os carunchos (Sitophilus zeamais), os besouros (Tribolium castaneum, Oryzae-philus surinamensis e Rhyzopertha dominica) e as traças (Sitotroga cerealella, Plodia interpunctella e Ephestia sp.), conforme planilha descrita no Anexo 6. Neste caso, a presença de insetos vivos na massa de grãos constitui nível de controle, recomendando-se a adoção de medida de controle (expurgo dos grãos). Caso exista infestação proveniente do campo, este produto deve ser submetido a tratamento curativo (expurgo) com fosfina, antes do armazena-mento ou logo após o carregamento da estrutura armazenadora. O uso de inseticidas protetores, como medida de controle preventivo, aplicados nas doses recomendadas pelos fabricantes, diretamente nos grãos e também nas estruturas de armazenamento, é prática agrícola recomendada para armazenagem por longo prazo, para se evitar infestações por insetos praga. O uso de equipamento de pro-teção individual (EPI) é obrigatório e os aplicadores devem possuir treinamento para aplicação dos produtos.

O armazenamento a granel é a forma mais comum de armazenar milho, atualmente, por causa dos avanços tecnológicos disponíveis aos produtores, como sistemas de termometria, aeração e exaus-tão, que são recomendados em estruturas de armazenamento/se-cagem de grãos. O armazenamento do milho a granel é apropriado para o armazenamento de produções em maior escala, contudo, pode também ser adotado por agricultores que desejam armazenar sua produção na fazenda. Pode ser feito em silos aéreos ou sub-terrâneos, e em armazéns convencionais (sacarias), em sistema hermético e em sistemas de armazenagem temporária.

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◙ Monitoramento pós-colheita

O monitoramento consiste em acompanhar a presença de insetos praga nos grãos e na estrutura, para sustentar as tomada de de-cisão para as medidas de controle. Os grãos devem ser monitora-dos durante todo o período em que permanecerem armazenados, recomendando-se avaliação semanal da massa de grãos armaze-nados, avaliando-se, além da infestação por insetos, a qualidade, as condições de temperatura e umidade do ambiente de armazena-mento (por meio do sistema de termometria) e presença de fungos nos grãos. Esse monitoramento tem por base um sistema eficiente de amostragem de pragas, por meio de planilhas semanais, pe-neiramento de amostras de grãos (malha superior a 5 mm), com o emprego de armadilhas fixas de captura de insetos e a medição de variáveis correlacionadas, como a temperatura e o conteúdo de água do grão, que influenciam na conservação do produto armaze-nado. A amostragem é realizada com auxílio de instrumentos, como, por exemplo, caladores simples, sondas manuais para sacarias, amostradores automatizados, como os do tipo pneumático, sondas torpedo e canecos. O monitoramento registra o início da infestação e direciona a tomada de decisão por parte do armazenador, a fim de garantir a qualidade do grão.

◙ Análise de Resíduos e de Micotoxinas

A análise de resíduos de agrotóxicos e de micotoxinas (aflatoxi-nas, fumonisinas, ocratoxina A, zearalenona) é recomendada para assegurar a não contaminação dos grãos por estes resíduos. A não observação das recomendações técnicas de uso adequado de agrotóxicos (fungicidas, inseticidas e herbicidas) pode levar à conta-minação dos grãos de milho. A observação dos princípios de Boas Práticas, o uso e manejo adequado dos defensivos, a observação

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dos períodos de carência, bem como as disposições do Receituário Agronômico, são algumas das exigências fundamentais.

As análises de resíduos de agrotóxicos e de micotoxinas devem ser realizadas por laboratórios oficiais e credenciados participantes do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal. Os limites máximos de resíduos e de contaminantes tolerados para fins de monitoramentos de agrotóxi-cos, bem como os tipos de análises e número de amostras a serem coletados, são estabelecidos para a safra 2011/2012 pela Instrução Normativa N° 25, de 9 de agosto de 2011, do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2011a). Os limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos e grãos de milho devem ser observados de acordo com o Regulamento Técnico ex-posto na Resolução - RDC N° 7, de 18 de fevereiro de 2011, expedi-do pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2011c).

Cuidados no Uso de Agrotóxicos

O controle químico para o manejo de plantas daninhas, pragas e doenças tem sido a medida utilizada com maior frequência pelos produtores. A não observação das recomendações técnicas de uso adequado de agrotóxicos (fungicidas, inseticidas, herbicidas) pode levar à contaminação do homem, do meio ambiente e do produto colhido. As disposições sobre o armazenamento, a utilização e o destino final das embalagens e dos resíduos de agrotóxicos estão detalhadas na Lei Federal nº 7.802 de 11/07/1989 e no Decreto nº 4.074 de 04/01/2002. Entretanto, algumas recomendações mere-cem destaque:

• Aplicar apenas produtos químicos registrados para a cultura do mi-lho, mediante a recomendação técnica e o receituário agronômico.

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• Utilizar sistemas de amostragem e diagnóstico para tomada de decisões em função dos níveis mínimos de intervenção. Executar pulverizações exclusivamente em áreas de risco de epidemias e/ou quando forem atingidos níveis críticos de infestação. Evitar a apli-cação de defensivos nos dias ou horários com vento, para reduzir a deriva dos jatos. Obedecer as doses de aplicação e períodos de carência recomendados para a cultura do milho.

• Utilizar, preferencialmente, agrotóxicos com menor grau de conta-minação ambiental e de toxicologia, de acordo com a classificação do potencial de periculosidade ambiental dos produtos e com a classificação toxicológica, informados na embalagem. Evitar, sem-pre que possível, produtos: (i) Altamente solúveis (são mais pro-váveis contaminantes de água subterrânea); (ii) Com alta pressão de vapor (tendem a passar para a forma de vapor mais facilmente, podendo contaminar o ar ou causar danos em espécies sensíveis a longas distâncias); (iii) Com coeficiente de adsorção elevado (são mais adsorvidos pelos coloides do solo e podem ser carreados por processos erosivos e contaminar águas superficiais); (iv) Com meia vida elevada (maior probabilidade de contaminação).

• Ler atentamente o rótulo do produto e seguir todas as orientações em termos de procedimentos, cuidados, carência e destino das em-balagens. Dispor de local adequado para o preparo e a manipulação de agrotóxicos.

• Proceder à manutenção e à calibração periódica dos equipamen-tos, empregando apenas recursos humanos com a devida capaci-tação técnica e utilizando EPIs dentro validade, que incluem luvas, máscaras, óculos, roupa impermeável, chapéu e botas, conforme prevê o manual de Prevenção de Acidentes no Trabalho com agro-tóxicos.

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51Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

• Fazer o registro das aplicações em cadernos de campo, anotando a data de aplicação, o produto utilizado e as doses aplicadas, refe-renciando a finalidade do uso.

• Armazenar produtos agroquímicos em local adequado, arejado e protegido, mantendo o registro da movimentação de estoque, para fins de rastreabilidade.

• Fazer a tríplice lavagem, conforme o tipo de embalagem e, após a inutilização, sem reutilizá-las para qualquer outro fim, encaminhá-las aos Centros de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxi-cos, com a obtenção do comprovante de entrega delas, conforme legislação vigente.

• Não lavar embalagens ou equipamentos e nem depositar restos de pesticidas em lagos, fontes de água, rios, riachos e lagos.

Considerações Finais

Os princípios constitutivos e estruturais da PI-Brasil e seus instru-mentos orientadores contemplam a busca por qualidade, segurança e sanidade dos produtos agropecuários, por sustentabilidade, cer-tificação, rastreabilidade e monitoramento dos processos e registro das informações.

A adesão à PI-Brasil é voluntária, porém, o produtor que optar pelo sistema, cumprindo todas as orientações estabelecidas e partici-pando do processo, receberá ao final uma certificação. Este selo de conformidade carrega consigo, além da garantia de um produto diferenciado, a possibilidade de rastreamento do produto, dando transparência ao sistema e confiabilidade ao consumidor.

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52 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

As Normas Técnicas Específicas para a Produção Integrada do Milho estão sendo validadas em campo, em cinco unidades-piloto em Minas Gerais. A regulamentação da NTE – Milho envolve ainda a avaliação por parte da Comissão Técnica da Cadeia Agropecuária do Milho e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Agradecimentos

Ao CNPq, pelos recursos financeiros.

À FAPEMIG e CAPES pelo auxílio aos bolsistas BDTI-V e PNPD, respectivamente, que auxiliaram na execução do projeto.

À Embrapa, pela contrapartida e pelo apoio logístico. Aos técnicos e assistentes de campo, que contribuíram no apoio à coleta de dados do projeto.

Ao Dr. George Simon, chefe da Divisão de Grãos, Raízes e Oleagi-nosas, no Mapa, pelo pronto atendimento às nossas solicitações.

À Sra. Zuleica de Campos Machado Reis (in memorian), proprie-tária da Fazenda Cachoeira do Rio Pardo, por intermédio do Sr. Alexandre Noronha Vidigal; ao Sr. Alysson Paulineli, proprietário da Fazenda Boa Vista, por intermédio do Sr. Miguel Rodrigues Neto; ao Sr. Marcelo Elias Rigueira, proprietário da Fazenda Vista Alegre, por intermédio do Sr. Pedro Bitencourt Pereira; à empresa Fazenda do Riacho Ltda, por intermédio do Sr. Arlindo Marcelo dos Reis, pela disponibilização das áreas para implantação das unidades-piloto de Produção Integrada.

À Emater/MG, na pessoa do Engenheiro Agrônomo Evode José dos Santos, pelo auxílio na identificação dos produtores.

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53Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

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56 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

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59Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

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60 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

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cia

ocor

re e

m re

stos

cul

tura

is in

fect

ados

e e

m g

rãos

. Os

coní

dios

são

tran

spor

tado

s pe

lo v

ento

e p

or re

spin

gos

de c

huva

. As

cond

içõe

s ót

imas

par

a o

dese

nvol

vim

ento

da

doen

ça c

onsi

stem

em

te

mpe

ratu

ras

entre

22

e 30

°C e

em

ele

vada

um

idad

e re

lativ

a. A

oc

orrê

ncia

de

long

os p

erío

dos

de s

eca

e de

dia

s co

m m

uito

sol

ent

re d

ias

chuv

osos

é d

esfa

vorá

vel à

doe

nça.

O p

lant

io d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes

e a

rota

ção

de c

ultu

ras

são

as

prin

cipa

is m

edid

as re

com

enda

das

para

o m

anej

o de

ssa

doen

ça.

Man

cha

de B

ipol

aris

Ze

icol

a

(Bip

olar

is z

eico

la)

As c

ondi

ções

am

bien

tais

que

favo

rece

m a

oco

rrên

cia

da d

oenç

a sã

o te

mpe

ratu

ras

mod

erad

as e

alta

um

idad

e re

lativ

a do

ar.

A so

brev

ivên

cia

ocor

re e

m re

stos

cul

tura

is in

fect

ados

e o

s co

nídi

os s

ão tr

ansp

orta

dos

pelo

ven

to e

por

resp

ingo

s de

chu

va.

O p

lant

io d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes

e a

rota

ção

de c

ultu

ras

são

as

prin

cipa

is m

edid

as re

com

enda

das

para

o m

anej

o de

ssa

doen

ça.

Man

cha

folia

r de

Dip

lodi

a

(Ste

noca

rpel

la

mac

rosp

ora)

A di

ssem

inaç

ão o

corre

atra

vés

dos

espo

ros

e do

s re

stos

de

cultu

ra

leva

dos

pelo

ven

to e

por

resp

ingo

s de

chu

va. O

s re

stos

de

cultu

ra s

ão

font

e de

inóc

ulo

loca

l e ta

mbé

m c

ontri

buem

par

a a

diss

emin

ação

da

doen

ça p

ara

outra

s ár

eas

de p

lant

io. A

s oc

orrê

ncia

s de

tem

pera

tura

s en

tre 2

5 e

30 o C

e d

e el

evad

a um

idad

e re

lativ

a do

ar f

avor

ecem

o d

esen

volv

imen

to d

a do

ença

.

O m

anej

o da

doe

nça

pode

ser

feito

atra

vés

do u

so d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes

e da

rota

ção

com

cul

tura

s nã

o ho

sped

eira

s.

Ant

racn

ose

folia

r do

m

ilho

(Col

leto

tric

hum

gr

amin

icol

a)

A ta

xa d

e au

men

to d

a do

ença

é u

ma

funç

ão d

a qu

antid

ade

inic

ial d

e in

ócul

o pr

esen

te n

os re

stos

de

cultu

ra, o

que

indi

ca a

impo

rtânc

ia d

o pl

antio

dire

to e

do

plan

tio e

m s

uces

são

para

o a

umen

to d

o po

tenc

ial d

e in

ócul

o. O

utro

fato

r a in

fluen

ciar

na

quan

tidad

e da

doe

nça

é a

taxa

de

repr

oduç

ão d

o pa

tóge

no, q

ue v

ai d

epen

der d

as c

ondi

ções

am

bien

tais

da

próp

ria ra

ça d

o pa

tóge

no p

rese

nte.

Tem

pera

tura

s el

evas

(28

a 30

o C),

elev

ada

umid

ade

rela

tiva

do a

r e c

huva

s fre

quen

tes

favo

rece

m o

de

senv

olvi

men

to d

a do

ença

.

As p

rinci

pais

med

idas

reco

men

dada

s pa

ra o

man

ejo

da a

ntra

cnos

e sã

o o

plan

tio d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes,

a ro

taçã

o de

cul

tura

e n

ão fa

zer p

lant

ios

suce

ssiv

os, a

s qu

ais

são

esse

ncia

is p

ara

a re

duçã

o do

pot

enci

al d

e in

ócul

o do

pat

ógen

o pr

esen

te n

os re

stos

cul

tura

is.

B. P

odrid

ões

do C

olm

o e

das

Raí

zes

Ant

racn

ose

do c

olm

o (C

olle

totr

ichu

m

gram

inic

ola)

C. g

ram

inic

ola

pode

sob

reviv

er e

m re

stos

de

cultu

ra o

u em

sem

ente

s, n

a fo

rma

de m

icél

io e

con

ídio

s. A

dis

sem

inaç

ão d

os c

oníd

ios

se d

á po

r re

spin

gos

de c

huva

. A in

fecç

ão d

o co

lmo

pode

oco

rrer p

elo

pont

o de

ju

nção

das

folh

as c

om o

col

mo

ou a

travé

s de

raíz

es. A

ant

racn

ose

é fa

vore

cida

por

long

os p

erío

dos

de a

ltas

tem

pera

tura

s e

umid

ade,

pr

inci

palm

ente

na

fase

de

plân

tula

e a

pós

o flo

resc

imen

to. A

s pe

rdas

de

prod

ução

, dep

ende

ndo

do h

íbrid

o e

das

cond

içõe

s am

bien

tais

, pod

em

cheg

ar a

40%

.

Um

con

junt

o de

med

idas

dev

e se

r exe

cuta

do d

e fo

rma

inte

grad

a:

-a m

ais

impo

rtant

e é

a es

colh

a co

rret

a da

cul

tivar

. Pre

ferir

híb

ridos

que

ap

rese

ntem

, alé

m d

e al

ta p

rodu

tivid

ade,

sat

isfa

tória

resi

stên

cia

no c

olm

o;

-adu

baçã

o eq

uilib

rada

, prin

cipa

lmen

te q

uant

o à

rela

ção

N/K

; -m

anej

o de

irrig

ação

; -c

ontro

le d

e pr

agas

, de

plan

tas

dani

nhas

e d

e do

ença

s;

-den

sida

de d

e pl

anta

s;

-épo

ca d

e pl

antio

; e

Con

t. A

nexo

1

Page 62: Documentos 148 - Infoteca-e: Página inicial · D o c u m e n t o s ... cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas ... bem como alcance potencial para

61Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

1

Mos

aico

com

um d

o m

ilho

(Sug

arca

ne M

osai

c V

irus

- SC

MV

)

A tra

nsm

issã

o do

mos

aico

com

um d

o m

ilho

é fe

ita p

or v

ária

s es

péci

es d

e pu

lgõe

s, s

endo

a m

ais

efic

ient

e a

espé

cie

Rho

palo

siph

um m

aidi

s. O

s in

seto

s ve

tore

s ad

quire

m o

s ví

rus

em p

ouco

s se

gund

os o

u m

inut

os e

os

trans

mite

m, t

ambé

m, e

m p

ouco

s se

gund

os o

u m

inut

os. A

tran

smis

são

dess

es v

írus

pode

ser

feita

, tam

bém

, mec

anic

amen

te. M

ais

de 2

50

espé

cies

de

gram

ínea

s sã

o ho

sped

eira

s do

s ví

rus

do m

osai

co c

omum

do

milh

o.

A ut

ilizaç

ão d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes

é o

mét

odo

mai

s ef

icie

nte

para

o

man

ejo

dess

a vi

rose

. A e

limin

ação

de

plan

tas

hosp

edei

ras

e a

real

izaç

ão

do p

lant

io m

ais

cedo

pod

em c

ontri

buir

para

a re

duçã

o da

inci

dênc

ia

dess

a do

ença

. A a

plic

ação

de

inse

ticid

as p

ara

o co

ntro

le d

os v

etor

es n

ão

tem

sid

o um

mét

odo

mui

to e

fetiv

o no

con

trole

do

mos

aico

com

um d

o m

ilho.

F. D

oenç

as c

ausa

das

por n

emat

oide

s

Pra

tyle

nchu

s br

achy

urus

, P

raty

lenc

hus

zeae

, H

elic

otyl

ench

us

dihy

ster

a, C

ricon

emel

la

spp.

, M

eloi

dogy

ne s

pp. e

X

iphi

nem

a sp

p.

-util

izaç

ão d

e cu

ltiva

res

resi

sten

tes;

-r

otaç

ão d

e cu

ltura

s co

m e

spéc

ie b

otân

ica

não

hosp

edei

ra d

os

nem

atoi

des

pres

ente

s na

áre

a de

cul

tivo;

-u

tiliz

ação

de

plan

tas

arm

adilh

a, c

omo

Cro

tala

ria s

pect

abilis

, as

quai

s at

raem

e a

pris

iona

m la

rvas

de

nem

atoi

des

para

o c

ontro

le d

e M

eloi

dogy

ne s

pp.

-a e

spéc

ie C

rota

laria

junc

ea p

ossu

i alto

pot

enci

al d

e m

ultip

licaç

ão d

os

nem

atoi

des

Pra

tyle

nchu

s sp

p. e

Hel

icot

ylen

chus

spp

., en

quan

to a

rota

ção

com

muc

una

pret

a (M

ucun

a at

errim

a) d

imin

ui a

s po

pula

ções

inic

iais

de

Prat

ylen

chus

spp

. -o

con

trole

quí

mic

o do

s ne

mat

oide

s pa

rasi

tas

do m

ilho

depe

nde

da

disp

onib

ilidad

e de

pro

duto

s re

gist

rado

s no

Min

isté

rio d

a Ag

ricul

tura

, P

ecuá

ria e

Aba

stec

imen

to, b

em c

omo

da a

nális

e ec

onôm

ica

da u

tiliz

ação

de

sta

tecn

olog

ia.

O u

so d

e fu

ngic

idas

na

cultu

ra d

o m

ilho

é re

com

enda

do n

as s

ituaç

ões

de e

leva

da s

ever

idad

e de

doe

nças

, que

são

res

ulta

ntes

da

com

bina

ção

de to

dos,

ou

algu

ns, d

os

segu

inte

s fa

tore

s: u

so d

e ge

nótip

os s

usce

tívei

s; c

ondi

ções

clim

átic

as f

avor

ávei

s ao

des

envo

lvim

ento

das

doe

nças

; pl

antio

dire

to s

em r

otaç

ão d

e cu

ltura

s; e

pla

ntio

co

ntin

uado

de

milh

o na

áre

a.

No

proc

esso

de

tom

ada

de d

ecis

ão s

obre

a n

eces

sida

de d

e ap

licaç

ão d

e fu

ngic

idas

na

cultu

ra d

o m

ilho,

obs

erva

r o n

ível

de

resi

stên

cia

da c

ultiv

ar e

m re

laçã

o às

prin

cipa

is

doen

ças

pres

ente

s na

reg

ião

e na

pro

prie

dade

. De

mod

o ge

ral,

não

se r

ecom

enda

a a

plic

ação

de

fung

icid

as p

ara

culti

vare

s re

sist

ente

s. O

s m

aior

es re

torn

os e

conô

mic

os

resu

ltant

es d

o us

o de

fung

icid

as n

a cu

ltura

do

milh

o oc

orre

m e

m s

ituaç

ões

de a

lto ri

sco

de o

corrê

ncia

de

doen

ças

em e

leva

da s

ever

idad

e.

Qua

nto

à de

cisã

o so

bre

a m

elho

r ép

oca

de a

plic

ação

de

fung

icid

as p

ara

o co

ntro

le d

e do

ença

s na

cul

tura

do

milh

o, c

onsi

dera

r: 1)

a fa

se d

o ci

clo

da c

ultu

ra n

a qu

al a

s pl

anta

s sã

o m

ais

sens

ívei

s ao

ata

que

de p

atóg

enos

; e 2

) o p

erío

do d

e oc

orrê

ncia

das

prin

cipa

is d

oenç

as. A

fase

com

pree

ndid

a en

tre o

pen

doam

ento

(VT)

e g

rãos

leito

sos

(R3)

é c

onsi

dera

da c

rític

a pa

ra a

cul

tura

do

milh

o, o

que

dev

e se

r lev

ado

em c

onta

qua

ndo

se p

rete

nde

prot

eger

as

plan

tas

via

aplic

ação

de

fung

icid

as.

O p

erío

do re

sidu

al m

áxim

o do

s fu

ngic

idas

dos

gru

pos

das

estro

bilu

rinas

e tr

iazó

is e

stá

em to

rno

de 1

5 a

20 d

ias,

e p

orqu

e a

fase

de

ench

imen

to d

e gr

ãos

no m

ilho

dura

, em

méd

ia, 6

0 di

as, d

eve-

se te

r cu

idad

o co

m a

s ap

licaç

ões

real

izad

as m

uito

ced

o, a

inda

na

fase

veg

etat

iva

da c

ultu

ra (

com

o ex

empl

o, n

o es

tági

o de

oito

folh

as, c

omo

é fe

ito n

as a

plic

açõe

s co

m p

ulve

rizad

ores

de

arra

sto)

, poi

s qu

ando

as

plan

tas

real

men

te n

eces

sita

rem

da

prot

eção

quí

mic

a, o

s pr

odut

os n

ão e

star

ão m

ais

efet

ivos

.

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62 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

AN

EXO

2

M

ON

ITO

RAM

ENTO

DE

DO

ENÇ

AS*

M

onito

ram

ento

das

doe

nças

folia

res

e si

stêm

icas

P

ropr

ieda

de:

Dat

a:

Hor

ário

: ___

____

_ às

___

____

hs

Talh

ão:

Áre

a (h

a):

Cul

tivar

: Fa

se d

a cu

ltura

:

Doe

nças

folia

res

Pont

os d

e A

valia

ção

no ta

lhão

1

2 3

4 5

6 7

8 9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

Ant

racn

ose

Folia

r

C

erco

spor

iose

Fe

rrug

em B

ranc

a

Fe

rrug

em C

omum

Fe

rrug

em P

olis

sora

M

anch

a de

Bip

olar

is

Man

cha

de T

urci

cum

M

anch

a B

ranc

a

M

anch

a de

Dip

lodi

a

Doe

nças

sis

têm

icas

E

nfez

amen

tos

V

irose

s

P

odrid

ões

de c

olm

o

P

lant

as a

cam

adas

P

lant

as q

uebr

adas

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63Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

AN

EXO

3

Prin

cipa

is in

seto

s fit

ófag

os e

ncon

trad

os n

a cu

ltura

do

milh

o: lo

cal d

e at

aque

, nom

e co

mum

, nom

e ci

entíf

ico,

des

criç

ão, d

anos

, sin

tom

a de

at

aque

e n

ível

de

cont

role

. (Ad

apta

do d

e C

ruz,

200

4, 2

008a

bc, C

ruz

et a

l., 2

004,

201

0a, 2

012a

). Lo

cal

de

ataq

ue

Nom

e co

mum

N

ome

cien

tífic

o D

escr

ição

D

anos

e s

into

ma

de a

taqu

e N

ível

de

Con

trol

e

Sem

ente

s e

raíz

es

Cup

ins

Het

erot

erm

es

sp.,

Cor

nite

rmes

sp

. e

Proc

orni

term

es s

p.

São

mui

tas

as

espé

cies

de

cu

pins

, em

bora

o f

orm

ato

gera

l des

ses

inse

tos

se

asse

mel

he

mui

to.

Além

da

s es

péci

es q

ue h

abita

m e

xclu

siva

men

te

abai

xo d

a su

perfí

cie

do s

olo,

exi

stem

aq

uela

s de

nom

inad

as

vulg

arm

ente

cu

pim

de

m

ontíc

ulo,

qu

e re

duze

m

mui

ta

a ár

ea

culti

vada

, al

ém

de

dific

ulta

r as

op

eraç

ões

agríc

olas

. D

ensi

dade

s el

evad

as

indi

cam

so

lo

degr

adad

o, c

om b

aixo

teo

r de

mat

éria

or

gâni

ca.

Alim

enta

m-s

e da

s se

men

tes

ante

s de

ge

rmin

ação

e t

ambé

m d

as r

aíze

s de

pl

anta

s no

vas,

fa

zend

o o

desc

ortiç

amen

to

tota

l da

rai

z ax

ial,

deix

ando

inta

cta

a pa

rte le

nhos

a.

Com

o ge

ralm

ente

pod

e oc

orre

r m

ais

de u

ma

espé

cie

de p

raga

s at

acan

do a

s se

men

tes

e ra

ízes

, o

man

ejo

deve

ser

vol

tado

par

a ta

l co

mun

idad

e. A

ssim

sen

do,

onde

hist

óric

o de

oco

rrênc

ia

com

per

das

sign

ifica

tivas

,

a re

duçã

o no

núm

ero

de p

lant

as

por

uni

dade

de

área

(ao

red

or

de 1

%)

é ge

ralm

ente

suf

icie

nte

para

qu

e se

te

nha

perd

as

econ

ômic

as,

o qu

e ju

stifi

ca

med

idas

pr

even

tivas

de

co

ntro

le.

Atua

lmen

te o

mel

hor

mét

odo

é o

trata

men

to

de

sem

ente

s co

m

inse

ticid

as

sist

êmic

os,

de a

cord

o co

m a

s in

dica

ções

de

re

gist

ro.

Dev

e se

r le

mbr

ado

que

os

milh

os

trans

gêni

cos

na a

tual

idad

e nã

o tê

m

as

espé

cies

de

bito

su

bter

râne

o co

mo

alvo

pa

ra

cont

role

.

Perc

evej

o-ca

stan

ho

Sc

apto

coris

ca

stan

ea

Inse

to a

dulto

med

indo

ent

re 7

a 9

mm

de

com

prim

ento

e e

ntre

4 a

5 m

m d

e m

aior

la

rgur

a.

Apr

esen

ta

as

pern

as

ante

riore

s ap

ropr

iada

s pa

ra e

scav

ação

. Ta

nto

a fo

rma

jove

m q

uant

o a

adul

ta

vive

no

solo

. O

s pe

rcev

ejos

-cas

tanh

os

são

faci

lmen

te

reco

nhec

ívei

s pe

lo

chei

ro

desa

grad

ável

qu

e ex

alam

ao

se

rem

toca

dos.

As

plan

tas

atac

adas

m

as

suas

ra

ízes

sug

adas

por

nin

fas

e ad

ulto

s,

torn

ando

-se

raqu

ítica

s; c

om o

pas

sar

do

tem

po

a pl

anta

at

acad

a te

m

dese

nvol

vim

ento

re

duzi

do

até

ser

elim

inad

a.

Os

sint

omas

pod

em

ser

conf

undi

dos

com

de

ficiê

ncia

nu

trici

onal

, m

as

são

faci

lmen

te

dife

renc

iado

s qu

ando

as

plan

tas

são

arra

ncad

as

do

solo

, po

is

ness

e m

omen

to

pode

se

r se

ntid

o o

odor

típ

ico

oriu

ndo

das

glân

dula

s od

orífe

ras

dos

perc

evej

os.

Page 65: Documentos 148 - Infoteca-e: Página inicial · D o c u m e n t o s ... cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas ... bem como alcance potencial para

64 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Larv

a-al

finet

e

D

iabr

otic

a sp

ecio

sa D

o ov

o co

loca

do n

o so

lo,

nasc

e um

a la

rva

cilín

dric

a,

que

no

seu

dese

nvol

vim

ento

m

áxim

o,

atin

ge

12

mm

de

com

prim

ento

e 1

milí

met

ro d

e di

âmet

ro.

É

esbr

anqu

içad

a,

com

a

cabe

ça

e o

ápic

e de

ab

dom

e de

co

lora

ção

pret

a.

Com

o d

esen

volv

imen

to d

a pl

anta

e

tam

bém

da

s la

rvas

, é

com

um

o at

aque

se

r ve

rific

ado

nas

raíz

es

adve

ntíc

ias,

pr

ejud

ican

do

o de

senv

olvi

men

to

norm

al

da

plan

ta,

que

se a

pres

enta

rec

urva

da,

sint

oma

conh

ecid

o co

mo

“pes

coço

de

gans

o”.

Pode

-se

enco

ntra

r m

ais

de

uma

deze

na d

e la

rvas

jun

to a

o si

stem

a ra

dicu

lar,

dest

ruin

do

as

raíz

es,

deix

ando

a

plan

ta

debi

litad

a,

com

si

ntom

as d

e de

ficiê

ncia

nut

ricio

nal

e m

ais

susc

etív

el

a es

tiage

ns

e a

acam

amen

to. N

orm

alm

ente

, os

dano

s sã

o m

ais

inte

nsos

ent

re q

uatro

e s

eis

sem

anas

ap

ós

a em

ergê

ncia

da

s pl

ântu

las

de m

ilho.

Larv

a-an

gorá

ou

pe

ludi

nha

Asty

lus

varie

gatu

s

Os

adul

tos

dess

a es

péci

e de

pra

ga s

ão

beso

uros

m

edin

do

cerc

a de

8

milí

met

ros,

co

m

élitr

os

de

colo

raçã

o am

arel

a, c

om c

inco

man

chas

neg

ras;

as

la

rvas

, de

nsam

ente

co

berta

s po

r pe

los

mar

rons

, re

cebe

m,

por

isso

, o

nom

e co

mum

de

“larv

a-an

gorá

As l

arva

s sã

o de

vid

a su

bter

râne

a e

alim

enta

m-s

e pr

inci

palm

ente

de

se

men

tes

de

milh

o;

os

adul

tos

alim

enta

m-s

e do

pól

en d

o m

ilho.

Con

t. A

nexo

3

Page 66: Documentos 148 - Infoteca-e: Página inicial · D o c u m e n t o s ... cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas ... bem como alcance potencial para

65Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

3

Bic

ho-b

olo

ou c

oró

Phyl

loph

aga

spp .

, C

yclo

ceph

ala

spp.

e

Dilo

bode

rus

abde

rus

Os

adul

tos

dess

as e

spéc

ies

pode

m s

er

faci

lmen

te s

epar

ados

pel

o ta

man

ho e

pe

la c

or.

Dilo

bode

rus

abde

rus

de 2

5 m

m,

apre

sent

a co

lora

ção

pard

o-es

cura

, co

m o

s m

acho

s pr

ovid

os d

e "c

hifre

". A

s es

péci

es

do

gêne

ro

Phyl

loph

aga

asso

ciad

as

ao

milh

o m

edem

cer

ca d

e 20

milí

met

ros

e sã

o de

co

lora

ção

mar

rom

-ave

rmel

hada

br

ilhan

te.

Os

beso

uros

de

C

yclo

ceph

ala

são

men

ores

, m

edin

do

15 m

m,

e sã

o de

col

oraç

ão m

arro

m-

amar

elad

a.

Os

beso

uros

de

ssas

es

péci

es,

norm

alm

ente

em

gr

ande

mer

o, s

ão f

acilm

ente

per

cebi

dos

à no

ite,

próx

imos

a

font

es d

e lu

z. A

s la

rvas

, con

heci

das

com

o bi

cho-

bolo

ou

coró

s sã

o m

uito

sem

elha

ntes

qua

nto

ao

aspe

cto

gera

l, co

m

o co

rpo

de

colo

raçã

o br

anco

-am

arel

ada,

em

form

a de

C e

com

cab

eça

mar

rom

.

Este

s in

seto

s ca

usam

da

nos

às

cultu

ras

de

verã

o e

inve

rno

prin

cipa

lmen

te n

as á

reas

de

plan

tio

dire

to. A

s pl

anta

s de

milh

o po

dem

ser

se

vera

men

te

dani

ficad

as

ou

até

mor

rer

pela

alim

enta

ção

das

larv

as

nas

raíz

es. O

s da

nos

gera

lmen

te s

ão

loca

lizad

os, i

sto

é, s

ão v

erifi

cado

s em

re

bole

iras.

Larv

a-ar

ame

Agrio

tes,

Con

oder

us

e M

elan

otus

O in

seto

adu

lto d

as e

spéc

ies

de la

rva-

aram

e m

ede

entre

6

e 19

m

m

de

com

prim

ento

, pos

sui c

olor

ação

mar

rom

ou

mes

mo

mai

s es

cura

e t

em f

orm

a al

onga

da,

afun

iland

o na

s ex

trem

idad

es.

A la

rva,

in

icia

lmen

te

esbr

anqu

içad

a, q

uand

o co

mpl

etam

ente

de

senv

olvi

da

ad

quire

co

lora

ção

mar

rom

-am

arel

ada

e o

corp

o to

rna-

se

bast

ante

esc

lero

tiniz

ado.

Em fu

nção

do

ataq

ue d

esse

s in

seto

s,

o es

tabe

leci

men

to d

a po

pula

ção

idea

l e

o vi

gor

das

plan

tas

são

redu

zido

s,

pode

ndo

caus

ar p

erda

s si

gnifi

cativ

as

na p

rodu

ção.

Os

dano

s pr

ovoc

ados

pe

la

larv

a-ar

ame

são

gera

lmen

te

mai

s se

vero

s em

pl

antio

de

m

ilho

após

pa

stag

em,

pois

, co

mo

não

ocor

re o

pre

paro

anu

al d

o so

lo,

cria

-se

con

diçã

o pr

opíc

ia a

o au

men

to d

a po

pula

ção

dess

a pr

aga.

Page 67: Documentos 148 - Infoteca-e: Página inicial · D o c u m e n t o s ... cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas ... bem como alcance potencial para

66 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Plân

tula

s

Laga

rta-

elas

mo

Elas

mop

alpu

s lig

nose

llus

Adul

to d

e 20

mm

de

enve

rgad

ura,

com

as

as

as

ante

riore

s es

cura

s na

s fê

mea

s,

e cl

aras

na

pa

rte

cent

ral,

circ

unda

da p

or m

arge

ns e

scur

as n

os

mac

hos.

A la

garta

é e

sver

dead

a, c

om

anéi

s e

listra

s ve

rmel

ho-e

scur

as

e m

ede

16

mm

. G

eral

men

te

fica

asso

ciad

a à

plan

ta

hosp

edei

ra,

cons

truin

do

um

casu

lo,

na

parte

ex

tern

a, c

om r

esto

s ve

geta

is,

terra

e

teia

, den

tro d

o qu

al s

e ab

riga.

Os

mai

ores

pre

juíz

os s

ão c

ausa

dos

nos

prim

eiro

s 20

di

as

após

a

germ

inaç

ão. Q

uand

o o

ataq

ue o

corre

em

pl

anta

s re

cém

-em

ergi

das,

às

ve

zes

não

se te

m te

mpo

de

perc

eber

o

ataq

ue

da

prag

a,

devi

do

ao

seca

men

to d

e to

da a

pla

nta

e su

a re

moç

ão

por

ação

do

ve

nto.

N

o en

tant

o,

em

plan

tas

mai

s de

senv

olvi

das,

é

com

um

ser

verif

icad

o o

sint

oma

de

dano

co

nhec

ido

com

o “c

oraç

ão m

orto

”, ou

se

ja,

folh

as

cent

rais

m

orta

s,

faci

lmen

te

dest

acáv

eis

e fo

lhas

ex

tern

as a

inda

ver

des.

À s

emel

hanç

a da

s pr

agas

que

at

acam

as

ra

ízes

e

as

sem

ente

s,

as

prag

as

que

atac

am

as

plân

tula

s po

dem

oc

orre

r si

mul

tane

amen

te.

E pe

la c

apac

idad

e de

red

uzir

o nú

mer

o de

pl

anta

s na

ár

ea

pode

ser

con

side

rado

um

gru

po

chav

e. A

mel

hor

estra

tégi

a de

m

anej

o é

atra

vés

do tr

atam

ento

de

se

men

te

com

in

setic

idas

si

stêm

icos

. Ap

esar

de

o m

ilho

Bt

não

ter

os i

nset

os f

itófa

gos

de

plân

tula

s co

mo

alvo

, ap

rese

nta

algu

ma

ação

de

co

ntro

le s

obre

lag

arta

-ela

smo.

O

tra

tam

ento

da

sem

ente

com

in

setic

idas

si

stêm

icos

é

uma

alte

rnat

iva

econ

ômic

amen

te

viáv

el

para

as

pr

agas

de

pl

ântu

las.

N

o en

tant

o,

o pr

odut

o a

ser u

tiliz

ado

depe

nde

de

a es

péci

e se

r de

bito

m

astig

ador

ou

su

gado

r. O

hi

stór

ico

da á

rea

pode

aux

iliar

na

esc

olha

do

prod

uto.

Laga

rta-

rosc

a Ag

rotis

ipsi

lon

Mar

ipos

a m

arro

m-e

scur

a,

com

ár

eas

clar

as

no

prim

eiro

pa

r de

as

as,

colo

raçã

o cl

ara

com

os

bo

rdos

es

curo

s,

no

segu

ndo

par,

med

indo

ce

rca

de 4

0 m

m d

e en

verg

adur

a. A

s la

garta

s qu

ando

co

mpl

etam

ente

de

senv

olvi

das

med

em

cerc

a de

40

m

m,

são

robu

stas

, ci

líndr

icas

, lis

as e

de

cor

cin

za-e

scur

a. Q

uand

o to

cada

s en

rola

m-s

e to

man

do o

asp

ecto

de

uma

“rosc

a”

A la

garta

-rosc

a at

aca

as p

lânt

ulas

de

milh

o, e

ntre

out

ras.

O i

nset

o é

de

hábi

to s

olitá

rio,

send

o qu

e a

larv

a se

al

imen

ta d

a pl

anta

no

níve

l do

sol

o,

prov

ocan

do

o se

ccio

nam

ento

de

la,

que

pode

ser

tota

l, qu

ando

as

plan

tas

estã

o co

m a

altu

ra d

e at

é 20

cm

, poi

s ai

nda

são

mui

to t

enra

s; o

u pa

rcia

l, ap

ós e

sse

perío

do.

Cig

ar-

rinha

-do-

milh

o D

albu

lus

mai

dis

O i

nset

o ad

ulto

med

e ce

rca

de c

inco

m

ilím

etro

s e

a fê

mea

col

oca

seus

ovo

s al

onga

dos,

in

crus

tado

s na

ne

rvur

a pr

inci

pal,

gera

lmen

te

no

inte

rior

do

cartu

cho

do m

ilho.

Tan

to a

nin

fa c

omo

o ad

ulto

são

sug

ador

es d

e se

iva.

São

trans

mis

sore

s ef

icaz

es

de

doen

ças.

Ent

re a

s pr

inci

pais

doe

nças

tra

nsm

itida

s pe

la c

igar

rinha

, est

ão o

s en

feza

men

tos,

qu

e sã

o do

ença

s si

stêm

icas

ass

ocia

das

à pr

esen

ça, n

o flo

ema

das

plan

tas,

de

m

icro

rgan

ism

os

proc

ario

ntes

, pe

rtenc

ente

s à

clas

se

Mol

icut

es

(esp

iropl

asm

a e

fitop

lasm

a).

Con

t. A

nexo

3

Page 68: Documentos 148 - Infoteca-e: Página inicial · D o c u m e n t o s ... cursos, e torná-la rastreável pelo monitoramento e registro de todas ... bem como alcance potencial para

67Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

3

Perc

evej

o N

ezar

a vi

ridul

a e

Dic

helo

ps

mel

acan

thus

A es

péci

e N

. vi

ridul

a é

tota

lmen

te

verd

e, m

edin

do c

erca

de

20 m

m d

e co

mpr

imen

to.

As

ninf

as

inic

ialm

ente

fic

am p

róxi

mas

à p

ostu

ra.

Os

adul

tos

gera

lmen

te m

igra

m d

a so

ja p

ara

as

plân

tula

s de

m

ilho,

po

dend

o ca

usar

re

duçã

o do

mer

o de

pl

anta

s po

r un

idad

e de

áre

a.

D.

mel

acan

thus

é

conh

ecid

o po

r ba

rrig

a-ve

rde,

apr

esen

tand

o es

pinh

os

late

rais

.

Inse

tos

suga

dore

s qu

e se

alim

enta

m

intro

duzi

ndo

o ap

arel

ho

buca

l na

fo

nte

nutri

cion

al.

Qua

ndo

atac

am a

s pl

ântu

las

de

milh

o na

re

gião

do

co

leto

, ca

usam

pe

quen

as

perfu

raçõ

es.

De

man

eira

ge

ral

os

sint

omas

de

dano

s se

ass

emel

ham

ao

qu

e fo

i m

enci

onad

o pa

ra

o pe

rcev

ejo-

verd

e.

À m

edid

a qu

e o

milh

o cr

esce

e

as

folh

as

se

dese

nvol

vem

, a

lesã

o au

men

ta,

form

ando

ár

eas

necr

osad

as

no

sent

ido

trans

vers

al d

a fo

lha,

pod

endo

es

ta

dobr

ar

na

regi

ão

dani

ficad

a.

Tam

bém

se

po

dem

ob

serv

ar

as

perfu

raçõ

es c

ausa

das

pela

intro

duçã

o do

apa

relh

o bu

cal s

ugad

or d

o in

seto

. C

omo

resu

ltado

do

dano

, as

pla

ntas

de

m

ilho

ficam

co

m

o de

senv

olvi

men

to

com

prom

etid

o,

apre

sent

ando

um

as

pect

o po

pula

rmen

te

cham

ado

de

"enc

haru

tam

ento

" ou

"e

nros

etam

ento

", co

m

amar

elec

imen

to d

as fo

lhas

.

Cig

ar-

rinha

-das

-pa

sta-

gens

Deo

is fl

avop

icta

In

seto

de

colo

raçã

o ge

ral

pret

a, c

om

man

chas

am

arel

as

trans

vers

ais

no

corp

o. S

omen

te o

adu

lto a

taca

o m

ilho.

Os

adul

tos

pode

m a

taca

r e

caus

ar

prej

uízo

s à

plan

ta d

e m

ilho

por

sugá

-la

e in

jeta

r um

a to

xina

que

blo

quei

a e

impe

de a

circ

ulaç

ão d

a se

iva.

Pla

ntas

de

at

é de

z di

as

de

idad

e sã

o al

tam

ente

se

nsív

eis,

e

uma

infe

staç

ão

de

três

a qu

atro

ci

garri

nhas

/pla

nta

prov

oca

seve

ros

dano

s, c

om o

s si

ntom

as d

e at

aque

e

mor

te

da

plan

ta

send

o ve

rific

ados

do

is e

qua

tro d

ias

após

a in

fest

ação

, re

spec

tivam

ente

.

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68 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

3

Tr

ipes

Fr

ankl

inie

lla w

illia

nsi In

seto

s di

min

utos

(m

enos

de

um

m

ilím

etro

) al

ojad

os

no

inte

rior

das

folh

as a

inda

em

des

envo

lvim

ento

. O

ad

ulto

pos

sui a

sas

franj

adas

.

Sua

inci

dênc

ia

logo

ap

ós

a em

ergê

ncia

da

plân

tula

de

milh

o te

m

caus

ado

dano

s si

gnifi

cativ

os

por

prov

ocar

a

mor

te

da

plan

ta,

depe

nden

do

da

inte

nsid

ade

da

infe

staç

ão

e da

s co

ndiç

ões

ambi

enta

is.

Col

mo

Bro

ca-d

a ca

na-d

e-aç

úcar

D

iatra

ea s

acch

aral

is M

arip

osa

de c

olor

ação

am

arel

o-pa

lha,

co

m 2

0 m

m d

e en

verg

adur

a. A

laga

rta

apre

sent

a a

cabe

ça m

arro

m e

o c

orpo

es

bran

quiç

ado,

com

inú

mer

os p

onto

s es

curo

s.

Qua

ndo

atin

ge

o co

mpl

eto

dese

nvol

vim

ento

, a

laga

rta

cons

trói

uma

câm

ara,

al

arga

ndo

a pr

ópria

ga

leria

até

o c

olm

o, o

nde

corta

um

a se

ção

circ

ular

, qu

e fic

a pr

esa

com

fios

de

sed

a e

serra

gem

e t

rans

form

a-se

em

pup

a, a

té e

mer

gir o

adu

lto.

As

laga

rtas

ocas

iona

m

no

milh

o,

dano

s se

mel

hant

es

aos

vist

os

em

cana

-de-

açúc

ar, c

omo

cora

ção

mor

to,

queb

ra

de

colm

os,

decr

ésci

mo

do

dese

nvol

vim

ento

da

pl

anta

, no

mer

o de

co

lmo

e ta

man

ho

das

espi

gas.

Os

dano

s pr

ovoc

ados

pel

a la

garta

pod

em s

er t

ambé

m in

dire

tos,

qu

ando

os

or

ifíci

os

favo

rece

m

a pe

netra

ção

de

mic

rorg

anis

mos

fitop

atog

ênic

os n

o in

terio

r do

colm

o.

A p

opul

ação

da

prag

a te

m s

ido

man

tida

em

baix

o ní

vel

popu

laci

onal

qua

ndo

se u

tiliz

a o

milh

o Bt

. E

m m

ilho

não

Bt,

quan

do

a po

pula

ção

de

mar

ipos

as

é al

ta,

med

ida

atra

vés

da

capt

ura

de

mar

ipos

as

em

arm

adilh

as,

pode

m-s

e ut

iliza

r pa

rasi

toid

es

de

ovos

, co

mo

o Tr

icho

gram

ma.

Part

e Aé

rea

Laga

rta-

do-

cart

ucho

Sp

odop

tera

fru

gipe

rda

A m

arip

osa

dura

nte

o di

a po

de s

er

enco

ntra

da s

ob a

folh

agem

, pró

xim

a ao

so

lo o

u en

tre a

s fo

lhas

fec

hada

s do

ca

rtuch

o do

milh

o ha

vend

o di

fere

nça

nítid

a en

tre o

mac

ho e

a f

êmea

. A

laga

rta p

ode

atin

gir

quas

e 5

cm d

e co

mpr

imen

to,

gera

lmen

te

send

o en

cont

rada

de

ntro

do

ca

rtuch

o da

pl

anta

.

As

laga

rtas

inic

iam

a

alim

enta

ção

rasp

ando

os

teci

dos

verd

es d

e um

la

do d

a fo

lha,

dei

xand

o a

epid

erm

e m

embr

anos

a do

out

ro l

ado

inta

cta.

La

garta

s m

aior

es e

m g

eral

diri

gem

-se

para

o in

terio

r do

cartu

cho

com

eçam

a

faze

r bu

raco

s na

fol

ha,

pode

ndo

dest

ruir

com

plet

amen

te

pequ

enas

pl

anta

s ou

cau

sar

seve

ros

dano

s em

plan

tas

mai

ores

.

Qua

ndo

se u

tiliz

a o

milh

o B

t (A

nexo

5)

ad

equa

do,

a po

pula

ção

de

laga

rtas

é re

duzi

da s

ubst

anci

alm

ente

. Em

m

ilho

não

Bt,

o ní

vel

de d

ano

econ

ômic

o é

atin

gido

qua

ndo

se c

aptu

ram

três

mar

ipos

as e

m

arm

adilh

a co

m

fero

môn

io

sexu

al.

O

cont

role

po

de

ser

obtid

o at

ravé

s de

libe

raçõ

es d

e Tr

icho

gram

ma

ou

atra

vés

da

aplic

ação

de

in

setic

idas

se

letiv

os.

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69Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

3

Laga

rta-

mili

tar

ou

curu

quer

ê-do

s-ca

pinz

ais

Moc

is la

tipes

A m

arip

osa

dess

a es

péci

e é

de

colo

raçã

o pa

rdo-

acin

zent

ada

med

indo

40

mm

de

enve

rgad

ura.

As

laga

rtas

são

de c

olor

ação

ver

de-e

scur

a, c

om

estri

as

long

itudi

nais

ca

stan

ho-e

scur

a,

limita

das

por

estri

as a

mar

elas

, do

tip

o "m

ede-

palm

o".

A la

garta

alim

enta

-se

inic

ialm

ente

da

epid

erm

e da

fo

lha,

da

nific

ando

a

cultu

ra d

o m

ilho

da p

erife

ria p

ara

o ce

ntro

. M

uita

s ve

zes

o in

seto

des

trói

com

plet

amen

te a

fol

ha, c

om e

xceç

ão

da

nerv

ura

cent

ral.

É in

tere

ssan

te

obse

rvar

qu

e es

se

inse

to

não

se

alim

enta

de

ntro

do

ca

rtuch

o da

pl

anta

, com

o o

faz

a S.

frug

iper

da.

Est

a pr

aga

de m

anei

ra g

eral

at

aca

o m

ilho

após

um

per

íodo

in

icia

l de

al

imen

taçã

o em

gr

amín

eas

nativ

as,

com

o m

arm

elad

a, n

as p

roxi

mid

ades

. C

omo

a po

pula

ção

da p

raga

é

com

post

a po

r la

rvas

m

ais

dese

nvol

vida

s e

em g

eral

em

al

tas

dens

idad

es,

o co

ntro

le

deve

ser

im

edia

to,

atra

vés

de

pulv

eriz

açõe

s. A

det

ecçã

o e

o co

ntro

le

do

foco

na

s pr

oxim

idad

es

são

efic

azes

e

econ

ômic

os.

Pulg

ão-d

o-m

ilho

Rho

palo

siph

um

mai

dis

Inse

tos

com

ou

sem

asa

s, v

iven

do e

m

colô

nias

, ond

e nã

o ex

iste

m m

acho

s. O

ad

ulto

é

verd

e-az

ulad

o,

med

indo

a

form

a áp

tera

1,5

mm

de

com

prim

ento

. A

form

a al

ada

é m

enor

e a

pres

enta

as

asas

hi

alin

as

trans

pare

ntes

. S

ua

repr

oduç

ão

se

proc

essa

po

r pa

rteno

gêne

se

telít

oca,

ou

se

ja,

a fê

mea

não

dep

ende

do

mac

ho p

ara

sua

repr

oduç

ão e

, alé

m d

isso

, ao

invé

s de

de

posi

tar

ovos

na

pl

anta

ho

sped

eira

, dá

or

igem

a

ninf

as

(imat

uros

).

Inse

to

suga

dor

de

seiv

a,

que

se

alim

enta

pe

la

intro

duçã

o de

se

u ap

arel

ho b

ucal

nas

folh

as n

ovas

. São

ta

mbé

m t

rans

mis

sore

s de

for

ma

não

pers

iste

nte

de d

oenç

as t

ais

com

o a

viro

se d

o m

osai

co c

omum

, ca

usad

a po

r “po

tyvi

rus”

.

Ger

alm

ente

gra

nde

dens

idad

e po

pula

cion

al

do

inse

to

é ve

rific

ada

no m

ilho

próx

imo

ao

pend

oam

ento

. S

e nã

o fo

r ve

rific

ada

a pr

esen

ça

de

para

sito

ides

ad

ulto

s,

múm

ias

para

sita

das

e/ou

pr

edad

ores

, se

rá n

eces

sária

a a

plic

ação

de

inse

ticid

as s

elet

ivos

. Em

funç

ão

do e

stág

io d

e de

senv

olvi

men

to

da

plan

ta,

mui

tas

veze

s a

efic

iênc

ia d

a ap

licaç

ão n

ão é

a

espe

rada

. Se

a i

ncid

ênci

a da

pr

aga

é co

mum

na

área

alv

o, o

m

elho

r é

entra

r co

m m

edid

as

de c

ontro

le m

ais

cedo

qua

ndo

aind

a se

pod

e m

ovim

enta

r co

m

o tra

tor n

a ár

ea.

Áca

ros

Tetra

nych

us u

rtica

e

Col

oraç

ão

esve

rdea

da,

med

indo

0,

5 m

m d

e co

mpr

imen

to e

apr

esen

tand

o do

is

pare

s de

m

anch

as

escu

ras

no

dors

o.

Form

am

gran

des

colô

nias

re

cobe

rtas

com

tei

as,

na f

ace

infe

rior

das

folh

as.

Cau

sam

de

scol

oraç

ão

e am

arel

ecim

ento

das

folh

as d

o m

ilho

Nor

mal

men

te

não

tem

si

do

nece

ssár

io o

con

trole

de

ácar

os

em m

ilho.

Em

cas

os e

spec

iais

, a

aplic

ação

de

ac

aric

idas

é

efic

ient

e.

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70 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

Con

t. A

nexo

3

Espi

ga

Laga

rta-

da-

espi

ga

Hel

icov

erpa

zea

Mar

ipos

a co

m

cerc

a de

40

m

m

de

enve

rgad

ura,

com

as

asas

ant

erio

res

de c

olor

ação

am

arel

o-pa

rda,

com

um

a fa

ixa

trans

vers

al

mai

s es

cura

, ap

rese

ntan

do

tam

bém

m

anch

as

escu

ras

disp

ersa

s so

bre

as a

sas.

As

asas

pos

terio

res

são

mai

s cl

aras

, co

m

uma

faix

a na

s bo

rdas

ext

erna

s.

As l

agar

tas

se a

limen

tam

do

estil

o-es

tigm

a e

dos

grão

s em

form

ação

.

Ger

alm

ente

qua

ndo

se u

tiliz

a o

milh

o B

t (A

nexo

5)

a in

cidê

ncia

da

lag

arta

é b

aixa

. N

o m

ilho

não

Bt,

o m

elho

r m

étod

o de

co

ntro

le é

atra

vés

da li

bera

ção

do

para

sito

ide

de

ovos

Tr

icho

gram

ma,

lo

go

que

se

obse

rva

os p

rimei

ros

ovos

da

prag

a no

s es

tilo-

estig

mas

.

Perc

evej

o Le

ptog

loss

us

zona

tus

Adul

to m

edin

do 2

5 m

m,

de c

olor

ação

m

arro

m.

O s

eu d

ano

se v

erifi

ca a

travé

s da

su

cção

do

gr

ão,

o qu

e oc

asio

na

redu

ção

na p

rodu

tivid

ade

da p

lant

a.

Pode

ta

mbé

m

esta

r as

soci

ado

a al

gum

as d

oenç

as

da e

spig

a, c

omo

Fusa

rium

, Pe

nici

llium

e

Cep

halo

spor

ium

.

Dem

anda

par

a o

cont

role

des

ta

espé

cie

de i

nset

o é

em á

reas

de

pr

oduç

ão

de

sem

ente

s.

Nes

te c

aso,

dev

e se

r re

aliz

ada

a pu

lver

izaç

ão.

Mos

ca-d

a-es

piga

Eu

xest

a sp

p.

Adul

to

de

cinc

o m

ilím

etro

s de

co

mpr

imen

to c

om c

olor

ação

esc

ura

e as

as i

ncol

ores

com

man

chas

esc

uras

. A

ovip

osiç

ão é

fei

ta s

obre

os

estil

os-

estig

ma.

As

la

rvas

o br

anca

s e

ápod

as.

As l

arva

s pe

netra

m p

elo

embr

ião

da

sem

ente

, al

imen

tand

o-se

tot

alm

ente

do

gr

ão,

deix

ando

ap

enas

a

mem

bran

a ex

tern

a.

Tem

sid

o pr

oble

ma

gera

lmen

te

em

área

s de

pr

oduç

ão

de

milh

o-do

ce.

A ut

iliza

ção

de

arm

adilh

a co

m

atra

ente

al

imen

tar

e in

setic

ida

é ef

icie

nte

na

redu

ção

da

popu

laçã

o da

pra

ga.

Laga

rta-

pequ

ena-

da-e

spig

a D

icho

mer

is fa

mul

ata Ad

ulto

de

colo

raçã

o pa

lha,

com

15

mm

. As

lar

vas

apre

sent

am a

car

acte

rístic

a de

“pul

ar” q

uand

o to

cada

s.

As l

arva

s se

alim

enta

m d

os g

rãos

e

form

ação

Uso

de

Tr

icho

gram

ma

é a

mel

hor

alte

rnat

iva

de c

ontro

le,

cons

ider

ando

o lo

cal d

e at

aque

da

pra

ga.

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71Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

ANEXO 4

MANEJO DE PRAGAS (Insetos Fitófagos) Monitoramento da presença de insetos fitófagos e de agentes de controle biológico natural

1. Ocorrência de Insetos Fitófagos

Local de ocorrência Nome comum dos insetos praga Sim Não Observações

Pragas Iniciais

Pragas de solo

Pragas de plântulas

Pragas da fase vegetativa

2. Avaliação de Stand e Monitoramento de plantas atacadas* Data da amostragem: Amostrador: Cultivar: Data de plantio: Área (tamanho e local): Idade da Cultura:

Avaliação em 10 metros linares

Pontos de amostragem Nível de Controle

Anexo 3

Controle/Insetici-da utilizado** 1 2 3 4 5

Número total de plantas

Número de plantas atacadas por pragas

Praga (1): Praga (2): Praga (3): Praga (4):

*da emergência até 30 dias após, fazer o monitoramento semanalmente.

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72 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

ANEXO 4 (Cont.)

3. Monitoramento das Armadilhas com adultos machos da lagarta-do-cartucho (Nível de controle quando coletar média de três mariposas/armadilha/5 hectares)

(preenchimento facultativo) Lagarta-do-cartucho

Data de coleta1 Número de insetos coletados / armadilha Data de troca do piso Data de troca de

feromônio2

1As coletas do número de insetos adultos/armadilha de Spodoptera frugiperda devem ser feitas semanalmente a partir da emergência da planta. Informações complementares podem ser obtidas em Cruz et al. (2010ab, 2012ab), Cruz (2012).. 2O feromônio sexual sintético, Bio Spodoptera ®, deve ser trocado a cada 15 dias, ou quando a sua cor azulada ficar esbranquiçada.

4. Ocorrência de agentes de controle biológico1

Data da avaliação: Pontos de verificação

Agentes de controle biológico

1 2 3 4 5 Observações

Indivíduos em 20 metros quadrados Tesourinhas

Joaninhas Crispopídeos (bicho lixeiro) Percevejos predador Besouros calosoma Vespas ou marimbondos Insetos doentes Outros inimigos naturais (especificar)

Outros inimigos naturais (especificar)

Outros inimigos naturais (especificar)

1 Agentes de controle biológico desconhecidos podem ser colocados em recipientes contendo álcool absoluto e bem vedados e encaminhados para para identificação em locais, a da Embrapa Milho e Sorgo. Informações complementares incluindo fotos ilustrativas dos principais agentes de controle biológico dos insetos fitófagos no sistema de produção de milho podem ser encontradas em Cruz (2008ab); Cruz et al. (2009, 2011a).

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73Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

AN

EXO

5

Ev

ento

s de

milh

o ge

netic

amen

te m

odifi

cado

s qu

e ex

pres

sam

pro

teín

as i

nset

icid

as d

e B

. th

urin

gien

sis

liber

adas

par

a cu

ltivo

no

Bra

sil,

disp

onív

eis

para

com

erci

aliz

ação

na

safr

a 20

12/2

013

Even

to d

e m

ilho

Nom

e C

omer

cial

Pr

agas

-alv

o R

ecom

enda

ção

de á

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74 Sistema de Produção Integrada de Milho para Região Central de Minas Gerais

ANEXO 6

MONITORAMENTO DE PRAGAS PÓS-COLHEITA 1. Monitoramento das pragas pós-colheita

Instituição/Unidade: Data da amostragem: Amostrador: Lote (tamanho e local):

Pontos de controle

Praga observada* Controle/Inseticida utilizado Sitophilus

sp. Tribolium

sp. Rhyzopertha dominica

Oryzaephilus

surinamensis

Traças

Moegas Secado-

res

Maqui-nas pré-limpeza

Máquinas Limpeza

Eleva-dores

Túneis da moega

Túneis dos silos

Túneis dos graneleiros

Parede externa silo

Outras partes silo

Expedição Outros *Anotar o número de insetos observado, vivos ou mortos (0 mortos, 1 morto, etc. ou 1 vivo, 5 vivos, etc.). Esta planilha deverá ser preenchida semanalmente pelo responsável da unidade armazenadora e arquivada.

2. Monitoramento das condições ambientais da unidade de armazenamento Instituição/Unidade: Data da amostragem: Amostrador: Lote (tamanho e local):

Pontos de amostragem

1 2 3 4 5 6 7 Temperatura Umidade

relativa

Outros

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Sistema de Produção Integradade Milho para Região Central de Minas Gerais

Milho e Sorgo

ISSN 1518-4277Novembro, 2012 148

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