Doenças mais comuns na primeira infância

Planejamento e Desenvolvimento de Políticas Públicas em Saúde

Saúde da Criança e do Adolescente

Prefeitura Municipal de Caxias do SulSecretaria Municipal de Saúde

• Sintomas:  febre alta, sucedida (cerca de dois ou três dias depois) por pequenas vesículas com líquido que surgem na região das mãos, pés e boca, além de dor de garganta, falta de apetite, irritabilidade ou lesão bucal. As bolhas vão se rompendo à medida que a doença evolui.

• A doença é autolimitada - cerca de dez a 15 dias os sintomas desaparecem.

O vírus causador: Coxsackie  (família dos enterovírus que normalmente habitam o intestino).

MÃO-PÉ-BOCA

A doença não garante imunidade, ou

seja, a criança pode ser infectada mais de uma vez (o que, entretanto, não é comum).

• Transmissão: ocorre por via oral/fecal, através do contato direto com secreções (por tosse ou espirro) e com objetos como chupetas, brinquedos ou fezes de crianças infectadas.

• Tempos frios são mais propícios para a ocorrência de surtos da doença, já que as crianças costumam ficar mais tempo aglomeradas em um mesmo ambiente.

MÃO-PÉ-BOCA

• Transmissão fecal: mesmo após a recuperação, o paciente pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

Muita atenção na limpeza e cuidado durante a troca de fraldas e higiene da criança.

• Recomendação médica: manter a criança em casa durante a apresentação dos sintomas.

MÃO-PÉ-BOCA

RESFRIADOS• Resfriado: sintomas mais brandos e duram menos tempo, entre

dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado a febre é baixa e menos comum. O resfriado também é uma infecção viral e pode ser causa por diversos tipos de vírus.

Rinite alérgica: espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim, crônica, provocada pelo contato com agentes alérgenos, como poeira, pêlos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

• Causada pelo vírus influenza e tem como principais sintomas febre, congestão nasal, tosse, dor de garganta, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Os sintomas costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram em média uma semana.

• Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros respondem pelas formas mais graves da gripe, sendo que o vírus do tipo A é geralmente o responsável por provocar as epidemias e pandemias, como é o caso da gripe H1N1. O vírus do tipo C é o mais leve.

GRIPE

Transmissão:• O vírus influenza pode começar a ser transmitido até um dia antes do início dos sintomas, e o período de transmissão dura sete dias em adultos, e até 14 dias em crianças.

• Forma direta: entre pessoas, por meio de gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir e espirrar.

• Forma indireta: por meio das mãos que, após tocarem superfícies contaminadas por secreções de pessoas doentes, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos.

GRIPE

PREVENÇÃO

Hábitos simples de higiene

O vírus permanece vivo no ambiente por até setenta e duas horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e

torneiras por até dez horas.

DIARRÉIA• A diarréia aguda é uma doença infecciosa,

autolimitada, causada por bactérias, vírus ou parasitas, caracterizada por alteração do hábito intestinal com perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes e/ou vômitos.

• A diarréia, em geral, dura menos de sete dias.

O rotavírus é considerado um dos mais importantes agentes causadores de gastroenterites e óbitos em crianças menores de 5 cinco anos em todo o mundo.

• 1. Diarréia aguda aquosa: diarréia que pode durar até 14 dias e determina perda de grande volume de fluidos e pode causar desidratação.

• 2. Diarréia aguda com sangue (disenteria): é caracterizada pela presença de sangue nas fezes. Representa lesão na mucosa intestinal. Pode associar-se com infecção sistêmica e outras complicações, incluindo desidratação.

• 3. Diarreia persistente: quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode provocar desnutrição e desidratação. Pacientes que evoluem para diarreia persistente constituem um grupo com alto risco de complicações e elevada letalidade.

DIARRÉIA

ESTOMATITE

• A estomatite é uma doença muito contagiosa e bastante comum. Os principais sintomas são inchaço na gengiva, febre alta, salivação abundante, indisposição. As crianças não se sentem bem e param de comer imediatamente.

• Caracterizada por bolinhas cheias de líquido nos lábios que somem em cinco, sete dias.

VARICELA (CATAPORA)• É uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas

geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da primavera.

• Acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias.

• Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. Raramente, a catapora (varicela) é transmitida por meio de contato com lesões de pele.

• Tratamento: analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão.

VARICELA (CATAPORA)

Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. As unhas devem ser bem cortadas.

O uso de analgésicos e antitérmicos à base de ácido acetilsalecílico é contraindicado e pode provocar problemas graves.

ESCABIOSE (SARNA) ● Doença parasitária da pele causada por um ácaro o Sarcoptes scabiei.

● Penetra na pele deixando lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos onde deposita seus ovos.

● Os produtos metabólicos do ácaro causam uma reação alérgica: prurido intenso, intensificando-se a noite período de deposição de ovos e reprodução.

As regiões interdigitais, punhos, axilas, região periumbilical, sulco interglúteo, e os órgãos genitais masculinos, são as áreas preferidas.

Cuidados: lavar as roupas de cama, toalhas e vestimentas contaminadas com água quente diariamente. Manter a higiene pessoal e do ambiente. Fazer busca ativa de contactantes contaminados e realizar o tratamento o mais breve possível.

O indivíduo contaminado deve afastar-se do trabalho ou escola até 24 horas após o término do tratamento.

ESCABIOSE (SARNA) ● Transmissão se dá por contato direto com doentes, contato sexual e através de roupas de cama, toalhas de banho e vestimentas contaminadas.

● Período de incubação de um dia a seis semanas, sendo transmitida durante todo o período da doença.

● É a infestação dos cabelos pelo parasita Pediculus humanus.

● Os piolhos são insetos pequenos, sem asas, que se alimentam de sangue.

● A transmissão ocorre pelo contato direto ou pelo uso de bonés, chapéus, escovas de cabelo, pentes ou roupas de pessoas contaminadas.

PEDICULOSE

Sintomas:

- intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo chegar ao pescoço e tronco; também podem surgir pontos avermelhados como picadas de mosquito;

- presença do parasita (piolho) e de seus ovos (lêndeas), que aparecem como pequenos pontos esbranquiçados grudados aos fios de cabelo.

Tratamento:

● Lavagem dos cabelos com shampoos e aplicação de loções específicos para pediculose. Em alguns casos pode ser necessária a medicação oral.

● Remoção total dos piolhos e lêndeas com pente fino ou manualmente, um por um, pois os medicamentos não matam os ovos do parasita. O corte dos cabelos não é necessário! Orientar cabelo preso!

● As lêndeas são muito sensíveis ao calor e por isso as roupas de cama e de corpo devem ser lavadas com água bem quente e passadas a ferro a altas temperaturas. Chapéus, roupas e outros objetos que não possam ser tratados pelo calor, devem ser selados num saco de plástico durante quatro semanas. Todos os membros do agregado familiar devem ser tratados ao mesmo tempo para erradicar a infestação.

PEDICULOSE

• https://educacao.caxias.rs.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/apresenta%C3%A7%C3%A3o-Manual-EEI.pdf

• http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/22242

• http://www.portalms.saude.gov.br • https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/doenca-mao-

pe-boca-nao-e-motivo-de-alarme/• Sociedade Brasileira de Pediatria.

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/o-que-e-a-doenca-mao-pe-boca-comum-em-creches-e-pre-escolas/

• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiologia. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. Escabiose. -6 ed.rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Pag. 52 a 54.

REFERÊNCIAS