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DOENÇA DE CHAGAS ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DESENVOLVIDA NUMA ÁREA DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL (1) Eduardo Olavo da ROCHA e SILVA José MALUF Renato de R. CORRÊA ROCHA E SILVA, E. O.; MALUF, J. & CORRÊA, R. de R. — Doença de Chagas. Atividades de vigilância entomológica numa área do Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 4 :129-45, dez. 1970. RESUMO: A Divisão de Combate a Vetores, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Brasil, em trabalho anterior, apresentou os critérios que adota na passagem de áreas limpas do T. infestans, principal vetor da doença de Chagas na região, para uma fase mais adiantada do seu programa de contrôle, denominada de Fase de Vigilância Entomológica. Entre as áreas onde não se encontram mais exemplares de T. infestans, situa-se uma região de 2.007 km 2 , com população estimada em 51.000 habitantes, compreendida por 6 municípios, situados na Região 7 — Bauru (Estado de São Paulo), onde foi instalada a "Área Piloto de Vigilância Entomológica". Nessa área, entre maio de 1969 e junho de 1970, foram desenvolvidas as seguintes atividades: Instalação e funcionamento de uma rêde de Postos de Informação de focos de triatomíneos; investigação de focos de triatomíneos; avaliação da infesta- ção nas casas de barro, através das caixas-abrigo de triatomíneos (método de Gómez-Nuñez); levantamento sorológico RIF (imunofluorescência), em gôta de sangue colhida em papel de filtro, realizado entre menores de 8 anos; pes- quisa e captura de triatomíneos realizada por uma equipe especial. Os re- sultados conseguidos mostram a inexistência de achados de exemplares do T. infestans na área e, por outro lado, assinalam o encontro esporádico de exemplares isolados ou de pequenos focos de outras espécies (R. neglectus e T. sordida) não infectados pelo T. cruzi. Conclui-se que foi correta a passa- gem dessa área para a Fase de Vigilância Entomológica e que os métodos em- pregados funcionaram satisfatòriamente. A vista dos resultados alcançados, essa área apresenta condições para transferir às Unidades Sanitárias locais, parte do contrôle da transmissão da doença de Chagas. Recebido para publicação em 11-9-1970. (1) Da Divisão de Combate a Vetores da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. 1 INTRODUÇÃO FREITAS 8 (1963), ao recomendar o ex- purgo seletivo dos domicílios, assinalou a inexistência de elementos que permitem o equacionamento dos programas de com- bate aos triatomíneos, transmissores da doença de Chagas, em têrmos de erradi-

DOENÇA DE CHAGAS - scielosp.org filedoenÇa de chagas — atividades de vigilÂncia entomolÓgica desenvolvida numa Área do estado de sÃo paulo, brasil (1) eduardo olavo da rocha

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DOENÇA DE CHAGAS — ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA

ENTOMOLÓGICA DESENVOLVIDA NUMA ÁREA DO

ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL (1)

Eduardo Olavo da ROCHA e SILVAJosé MALUFRenato de R. CORRÊA

ROCHA E SILVA, E. O.; MALUF, J. & CORRÊA, R. de R. — Doença de Chagas.Atividades de vigilância entomológica numa área do Estado de São Paulo,Brasil. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 4:129-45, dez. 1970.

RESUMO: A Divisão de Combate a Vetores, da Secretaria da Saúdedo Estado de São Paulo, Brasil, em trabalho anterior, apresentou os critériosque adota na passagem de áreas limpas do T. infestans, principal vetor dadoença de Chagas na região, para uma fase mais adiantada do seu programade contrôle, denominada de Fase de Vigilância Entomológica. Entre as áreasonde não se encontram mais exemplares de T. infestans, situa-se uma regiãode 2.007 km2, com população estimada em 51.000 habitantes, compreendidapor 6 municípios, situados na Região 7 — Bauru (Estado de São Paulo), ondefoi instalada a "Área Piloto de Vigilância Entomológica". Nessa área, entremaio de 1969 e junho de 1970, foram desenvolvidas as seguintes atividades:Instalação e funcionamento de uma rêde de Postos de Informação de focosde triatomíneos; investigação de focos de triatomíneos; avaliação da infesta-ção nas casas de barro, através das caixas-abrigo de triatomíneos (método deGómez-Nuñez); levantamento sorológico RIF (imunofluorescência), em gôtade sangue colhida em papel de filtro, realizado entre menores de 8 anos; pes-quisa e captura de triatomíneos realizada por uma equipe especial. Os re-sultados conseguidos mostram a inexistência de achados de exemplares doT. infestans na área e, por outro lado, assinalam o encontro esporádico deexemplares isolados ou de pequenos focos de outras espécies (R. neglectus eT. sordida) não infectados pelo T. cruzi. Conclui-se que foi correta a passa-gem dessa área para a Fase de Vigilância Entomológica e que os métodos em-pregados funcionaram satisfatòriamente. A vista dos resultados alcançados,essa área apresenta condições para transferir às Unidades Sanitárias locais,parte do contrôle da transmissão da doença de Chagas.

Recebido para publicação em 11-9-1970.(1) Da Divisão de Combate a Vetores da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. São

Paulo, Brasil.

1 — I N T R O D U Ç Ã O

FREITAS8 (1963), ao recomendar o ex-purgo seletivo dos domicílios, assinalou ainexistência de elementos que permitem o

equacionamento dos programas de com-bate aos triatomíneos, transmissores dadoença de Chagas, em têrmos de erradi-

cação. Observou, ainda, que essa lutadeve ser equacionada sob a forma de cam-panha de longa duração.

A Organização Panamericana da Saú-de 14 (1970), publicou recentemente uminforme de um Grupo de Estudos sôbrea doença de Chagas, onde está relatadoque a aplicação adequada do inseticida,nos domicílios e anexos, ainda que nãodetermine a erradicação, permite que sechegue a resultados altamente satisfató-

ROCHA e SILVA, DIAS JÚNIOR e GUARI-TA 16 (1969), ao estudarem a longa evo-lução da luta antitriatomínica no Estadode São Paulo, esclarecem que, a partir dosegundo semestre de 1967, foi adotadopela campanha, o método seletivo. A pes-quisa de casa em casa, proporcionada pe-la aplicação dêsse método, permitiu queem 1968 fossem visitadas, à procura de

triatomíneos, 885.992 casas e 1.460.191anexos, distribuídos pelos 418 municípiostrabalhados. No ano seguinte, foram pes-quisadas 734.194 casas e 1.228.532 ane-xos, situados em 350 municípios.

Essa extensa procura de transmissoresda doença de Chagas, nas moradias e nosseus anexos, confirmou um fato que já háalgum tempo era suspeitado: o desapare-cimento do T. infestans de alguns muni-cípios antes infestados. Isso ocorreu de-vido, entre outros fatôres, ao periódico eamplo expurgo realizado nos anos anterio-res, nesses municípios.

A nova situação criada permitiu a pas-sagem de alguns dêsses municípios parauma fase mais adiantada da campanha,denominada, por DIAS 4 (1957), fase de"Vigilância permanente e eliminação dosfocos residuais".

Na Tabela 1 são apresentados os da-dos atuais referentes à presença ou não doT. infestans, nos municípios das regiõesadministrativas do Estado de São Paulo,trabalhadas pela Secção de Chagas, da Di-visão de Combate a Vetores (DCV). Aspesquisas realizadas em 1968 e 1969, per-mitiram também a delimitação da áreado Estado ainda passível de ocorrênciada transmissão natural da doença de Cha-gas (Fig. 1).

2 MATERIAL E MÉTODOS

Nos municípios onde não são mais cap-turados exemplares do T. infestans e essasituação não propiciou a sua substituiçãonas casas e anexos, por exemplares de ou-tras espécies, não subsistem razões paraque seja realizada, anualmente, a pesquisade casa em casa. No trabalho já citado,de ROCHA e SILVA et al.16 (1969), sãoapresentadas as normas adotadas no Es-tado de São Paulo, na passagem de mu-

nicípios para a fase de Vigilância, cujamelhor denominação seria Vigilância en-tomológica.

No presente trabalho, são apresentadasas atividades desenvolvidas na área pilôtode Vigilância entomológica, que foi im-plantada na Região 7 — Bauru. A áreaem questão abrange os municípios de Gua-rantã, Pongaí, Pirajuí, Urú, Balbinos ePresidente Alves, totalizando 2.007 km2,com uma população estimada em 51.000habitantes.

As informações disponíveis sôbre o de-senvolvimento da luta anti-triatomínicanesses municípios, até a data da avaliaçãoepidemiológica, indispensável a sua pas-sagem para a fase de vigilância entomo-lógica, mostraram —- mesmo consideran-do precários os dados de capturas ante-riores à adoção do método seletivo — que,desde 1960, não é assinalada a presençade exemplares de T. infestans infectadospelo T. cruzi. Verificou-se também que,nos últimos três anos, sòmente em umdos seis municípios da área (Guarantã)

continuavam sendo encontrados, em poucaslocalidades, exemplares não infectados daespécie domiciliária. A avaliação epide-miológica realizada em janeiro de 1969,esclareceu ainda que era esporádico o en-contro de exemplares de T. sordida e R.neglectus, nas moradias e anexos, nãotendo sido assinalada, até então, a presen-ça do P. megistus.

Em que pese o baixo número de exem-plares capturados, deve ser relatado queuma simples visita a algumas localidadesrurais dêsses municípios, não deixa dú-vida quanto à presença de focos domici-liares de triatomíneos, pela abundância devestígios existentes nas paredes de muitascasas e pelas informações prestadas pelosmoradores de que foi "depois que os ho-

mens da Malária passaram o inseticida"nas casas, é que se deu o desaparecimentodas "chupanças". Sem levar em conta osincompletos expurgos anteriores, verifi-cou-se que a área foi desinsetizada pelométodo arrastão (rociado total) nos anosde 1965, 1966 e 1967 e pelo método sele-tivo, em 1968.

Foi nessa área que, entre maio de 1969e junho de 1970, desenvolveram-se as se-guintes atividades:

2.1. Instalação e funcionamento de umarêde de Postos de Informação deFocos de Triatomíneos (PIFT).

A possibilidade da notificação de focos,utilizando elementos da própria comuni-dade, já fôra aventada entre nós porDIAS4 (1957) quando, ao tratar da vigi-lância, afirmou que "os moradores deverãoser muito bem prevenidos a respeito danecessidade, em seu próprio interêsse e noda coletividade, de comunicar às autori-dades a eventual persistência ou o reapa-recimento de barbeiros vivos nos domicí-lios, a fim de que neles se proceda, apósadequadas investigações, a nôvo e rigorosoexpurgo residual". FREITAS 9 (1968), ma-nifestou-se também favorável à participa-ção dos moradores na denúncia de focos,sugerindo o aproveitamento da rêde denotificantes da campanha de malária, paraêsse fim. A informação e denúncia opor-tuna de reaparecimento de triatomíneosnuma área ou setor, foi uma das formasde participação ativa da comunidade nosprogramas, recomendada pelo já citadoGrupo de Estudos14 (1970).

Na área pilôto de Vigilância, proce-deu-se a instalação e, encontra-se em ple-no funcionamento, na zona rural, umagrande rêde de Postos de Informação deFocos de Triatomíneos (PIFT), articula-da com Coletores de Informação, situadosnas áreas urbanas, de acôrdo com expe-riência anterior, realizada por ROCHA eSILVA, SCORNAIENCHI & LAVORINI 15

(1965).

Êsses PIFT foram instalados em váriospontos da zona rural, de cada um dos seismunicípios em Vigilância entomológica,de acôrdo com as condições epidemiológi-cas e as facilidades de comunicação comas localidades próximas e a sede munici-pal (Fig. 2). Instalados nas escolas ru-rais, as professôras respondem pelo seufuncionamento e os alunos são os princi-pais informantes, estando as professôrasaltamente qualificadas para exercerem es-sa função e, com facilidade e muito inte-rêsse, aprendem a distinguir os triatomí-neos dos demais reduviídeos e de outrosinsetos. Por outro lado, os escolares, maisdo que os adultos, se interessam por in-setos e, em conseqüência, encaminhamexemplares para o PIFT (Fig. 3).

Quando aparece no PIFT um exemplarsuspeito, a professôra, por meios diversos,entra em contacto com um dos coletoresde informação localizados na cidade, ge-ralmente na Unidade Sanitária local, naprincipal escola primária ou na Prefeitu-ra. O Coletor, por via telefônica, entraem comunicação com o órgão regional daDivisão de Combate a Vetores, situado emBauru, que toma as providências necessá-

rias ao rápido atendimento da denúncia.A procedência ou não da denúncia seráestabelecida pela visita ao PIFT que deuo alarma, onde se encontra o exemplartrazido pelo denunciante.

Identificado o inseto como sendo real-mente um exemplar do triatomíneo, serárealizada cuidadosa pesquisa no local ondefoi encontrado, abrangendo casas, anexose às vêzes suas adjacências, à procura defocos. Após a captura, virá a desinsetizaçãocom BHC a 30% e o seguimento do focopor alguns meses, até se ter certeza de quefoi extinto.

Para o funcionamento satisfatório detôda a rêde de notificantes e coletores, ne-cessário se faz um contacto periódico comos responsáveis e com os possíveis infor-mantes. Assim, mensalmente, são êles vi-sitados pelas Auxiliares de Divulgação daRegião 7-Bauru, que, durante essas visi-tas, motivam, orientam, abastecem e fazempropaganda da campanha. Os moradoresdas localidades rurais são também visita-dos e informados da existência dos PIFTe de sua finalidade.

2.2. Investigação de Focos

A investigação dos focos e seu posteriorseguimento são atividades que foram tam-bém recomendadas para serem executa-das nas áreas em Vigilância, no Estadode São Paulo. Não se pode pôr em dúvidao valor dessas medidas nas áreas limpasde T. infestans, onde o reaparecimento deexemplares da espécie, nos domicílios, de-verá ser esclarecido e o foco extinto. Oseu reencontro pressupõe, à primeira vis-ta, a reintrodução de exemplares por umadas várias modalidades de transporte pas-sivo, de áreas ainda infestadas ou então,uma nova colonização, a partir de um fo-co residual desapercebido ou não totalmen-te extinto, não podendo ser desprezada ahipótese da reinfestação, a partir de focossilvestres, pelo vôo ou não de exemplaresà procura de abrigo e/ou alimentação. Oconceito de reinfestação das casas pelo T.

infestans — foco residual, transporte pas-sivo e invasão (transporte ativo) — já foiemitido por SOLER, SCHENONE & REY 17

(1969).Na área piloto considerou-se necessária

a investigação das denúncias a partir deexemplares de qualquer espécie e não ape-nas do T. infestans. Assim, em tôda noti-ficação procedente, é realizada uma cui-dadosa investigação no local e adjacên-cias. Essas investigações, em alguns casos,permitiram chegar aos focos geradoresda invasão domiciliar, bem como a seventilar hipóteses sugestivas sôbre o me-canismo da invasão. Para posterior con-trôle e estudo, em tôda investigação defoco é preenchido um boletim próprio, on-de são anotados os dados referentes à es-pécie encontrada, número de exemplarescapturados, local do encontro, resultadodo exame, etc. São anotadas ainda infor-mações sôbre a história da infestação dalocalidade e justificada a classificação dofoco.

2.3. Método das caixas-abrigo de tria-tomíneos (método de GÓMEZ-NUÑEZ1965)11.

FORATTINI, JUAREZ & CORRÊA 6 (1969),testaram êsse nôvo método comparando-ocom os resultados obtidos através da cap-tura manual, na seleção de casas infesta-das pelo T. infestans. Além da equivalên-cia dos resultados, ressaltaram a uniformi-dade da pesquisa e seu baixo custo.

No caso da área pilôto, não se tratandode levantamento realizado numa localida-de, mas em várias localidades de cada vez,desde que se procurou fazer um levanta-mento de municípios inteiros, introduziu-sealgumas alterações no método. Procurou--se eliminar as visitas semanais às casas,para exame das caixas-abrigo. Foram rea-lizadas apenas duas operações: a de colo-cação e a de retirada, esta após um tempomínimo de 8 e máximo de 10 semanas.As caixas-abrigo foram colocadas sòmentenas casas com paredes de barro, sempreduas caixas em cada casa, nas paredes pró-

ximas às camas de acôrdo com a técnicapreconizada por GÓMEZ-NUÑEZ11 e FO-RATTINI et al.6. Nas casas de barro encon-tradas vazias na ocasião, as caixas foramcolocadas nas paredes de um dos possíveisdormitórios.

A não realização de visitas semanais,decorreu de problema operacional e acre-dita-se que não tenha causado maior alte-ração na sensibilidade do método, uma vezque, servindo as caixas, sobretudo, comoabrigo para os triatomíneos, a tendênciaé do hemíptero nela permanecer por algumtempo, o que facilita o aparecimento devestígios.

Quanto à escolha das casas de barropara a colocação, decorreu da impossibi-lidade material de colocar as caixas-abrigoem tôdas as casas do município, optando-seentão por aquelas que sabidamente repre-sentam o melhor ecótopo para a coloniza-ção do T. infestans. Com relação à coloca-ção das mesmas junto às camas, reporte-seàs palavras de DIAS 3 (1945): "os quar-tos de dormir são a parte da casa maisprocurada pelo inseto, mòrmente as pare-des que ficam perto dos leitos".

No final do tempo de permanência dascaixas-abrigo nas casas, a leitura foi rea-lizada, inicialmente no próprio local, quan-do eram procurados exemplares vivos oumortos, ovos ou suas cascas e exúvias. Ascaixas-abrigo, com vestígios semelhantesa fezes, foram encaminhadas ao labora-tório, para serem revistas e separadas aque-las em que o aspecto das fezes foi consi-derado suspeito. Estas foram submetidasao teste de Benzidina a 2%, em ácidoacético a 50%, proposto por FORATTINI etal.7 (1969). No caso do teste apresentarresultado positivo, ou duvidoso, foi provi-denciada uma pesquisa manual, com de-salojante (piriza).

2 .4 . Levantamento sorológico realizadoatravés da reação de imunofluores-cência ( R I F ) .

CERISOLA et al.2 (1969), entre outros,demonstraram o valor da reação de imu-

nofluorescência no diagnóstico da infec-ção chagásica, comparando-a com a reaçãode Guerreiro e Machado. O fato de existirpossibilidade de reações cruzadas com aleishmaniose não tem maior importâncianessa área, pela inexistência de casos au-tóctones.

Na área de Vigilância entomológica, foirealizado um levantamento sorológico entrecrianças de 1 a 8 anos, residentes nas lo-calidades onde existem moradias de barro,utilizando-se o método de coleta de san-gue em papel de filtro, preconizado porANDERSON, SADUM & WILLIAMS 1 (1961) eSOUZA & CAMARGO18 (1966).

A distribuição das casas de barro pelazona rural dos seis municípios em Vigi-lância entomológica, se faz em um bomnúmero de localidades (Fig. 6), de talmodo que, colhendo-se sangue dos indiví-duos residentes nessas localidades, moran-do ou não em casas dêsse tipo de acaba-mento, ter-se-ia uma idéia razoável da pre-

valência da infecção chagásica, entre osque nasceram após o início das atividadesde contrôle.

A escolha das localidades com casas debarro, para as atividades de coleta de san-gue, prende-se também à observação cor-rente de que são essas moradias que ofere-cem condições mais adequadas para a co-

lonização dos triatomíneos. (FONSECA etal.5 1952 e MIRANDA 13 1952).

2.5. Equipe de Pesquisa e de Capturade Triatomíneos

Uma pesquisa minuciosa nas casas eanexos vem sendo realizada na área em Vi-gilância entomológica, levada a efeito poruma equipe de campo especialmente ades-trada para êsse tipo de trabalho.

Quanto mais minuciosa é uma pesquisa,menor é a produção diária da equipe quea realiza e mais oneroso seu trabalho. Nocaso da área pilôto, o principal objetivodêsse trabalho de captura de casa em casaé procurar focos e comprovar resultadosapresentados pelas demais atividades.

De acôrdo com a programação estabele-cida, essa equipe deveria, anualmente, tra-balhar de 1/3 a 1/4 da área total em Vi-gilância, de tal modo que, no fim de 3ou 4 anos estaria em condições de reiniciara pesquisa no ponto inicial.

No seu trabalho, a equipe visita casase anexos, realizando cuidadosa pesquisa,com pinça e lanterna, borrifando um desa-lojante (piriza) nos locais suspeitos.

Em cada casa, a tarefa é feita pelo me-nos por dois homens trabalhando em dupla.

Quando são encontrados focos, a pró-pria equipe, após a investigação, realizao expurgo com BHC 30%.

3 — PESSOAL

O pessoal, de qualquer nível, em ativi-dade na área piloto de Vigilância entomo-lógica, foi adestrado, tendo participadode treinamentos teóricos e práticos, queversaram não sòmente sôbre as técnicasde trabalho na Vigilância, mas tambémsôbre o desenvolvimento de uma campa-nha de contrôle, educação sanitária e co-nhecimentos gerais da doença e de seustransmissores.

Além dos orientadores que, com maiorou menor freqüência, participam das ativi-dades de planejamento, treinamento ecampo, desenvolvem atividades de rotinana área pilôto, os seguintes servidores:

a) Auxiliares de Divulgação — res-ponsáveis pela instalação e funcionamentoda rêde de PIFT, divulgação da campanhajunto às autoridades, líderes e populaçãoem geral, treinamento e supervisão do pes-soal de campo, contrôle, tabulação e arqui-vamento das informações.

b) Chefe de Setor — responsável peloatendimento às denúncias, pesquisas, ex-purgos e seguimento dos focos, preenchi-mento dos modelos de investigação, trei-namento e supervisão do pessoal de cam-po e contrôle no cumprimento dos itinerá-rios das equipes.

c) Equipe de Pesquisa e Captura deTriatomíneos — formada por um chefe, ummotorista-auxiliar e 4 capturadores. Essaequipe é responsável: pela pesquisa de ca-sa em casa, de acôrdo com o itineráriotraçado, atualização dos croquis de locali-dade, divulgação dos PIFT nas localida-des trabalhadas e desinsetização dos focossob orientação do Chefe de Setor.

d) Equipe de Coleta de Sangue paraSorologia — formada por três atendentes,sendo um dêles o responsável e um moto-rista-auxiliar. Essa equipe é responsávelpela coleta de sangue da polpa digital empapel de filtro, para as reações sorológicase pela colocação, retirada e leitura no cam-po, das caixas-abrigo de Gómez-Núñez.Faz também divulgação dos PIFT.

Todos os elementos citados, além dastarefas executadas na área pilôto de Vigi-lância entomológica, exercem atividadesem outras áreas, especialmente as Auxilia-res de Divulgação e o Chefe de Setor.

4 — RESULTADOS E COMENTÁRIOS

4.1. Rêde de Postos de Informação deFocos de Triatomíneos:

Na Tabela 2, são apresentados os dadosreferentes a instalação e produção dosPIFT, bem como, o número de investiga-ções e expurgos realizados em decorrên-cia das denúncias.

É necessário esclarecer que a coluna"notificações recebidas", refere-se apenasàs denúncias que chegaram ao conheci-mento da DCV — Região de Bauru,após passarem pela triagem feita pelos no-tificantes e coletores que, para tanto, fo-ram convenientemente adestrados, receben-do como material do PIFT, mostruário comexemplares das espécies existentes na áreae desenhos dos vários tipos de rostro de he-mípteros. Nessa coluna, verifica-se queocorreram 24 denúncias, das quais 17 cor-responderam ao real encontro de exempla-res de triatomíneos. Verifica-se tambémque, como medida de segurança, tôdas ascasas foram desinsetizadas no caso de de-núncias procedentes.

Pela leitura da coluna "espécie captu-rada", nota-se a ausência do T. infestanse apenas o encontro de exemplares de T.sordida e sobretudo do R. neglectus. Ne-nhum dos exemplares capturados estavainfectado pelo T. cruzi.

Vale a pena citar que, nos primeirosmeses de atividade dos PIFT ,alguns Pos-tos receberam grande quantidade de exem-plares de insetos, de várias ordens, masprincipalmente hemipteros e, entre êstes,exemplares da família Coreidae. Com odecorrer dos meses, os informantes passa-ram a distinguir melhor os triatomíneos,diminuindo, em conseqüência, o númerode exemplares levados aos PIFT e tornan-do as denúncias, com maior freqüência,procedentes.

Em um PIFT, instalado no municípiode Guarantã, a receptividade, por partedo Professor responsável, foi tão grandeque o tema "Doença de Chagas", serviude base para o desenvolvimento de todo

o programa de Ciências, bem como o en-sino de gráficos foi baseado no recebimen-to mensal de exemplares de insetos, paraidentificação. Por outro lado, em tôdasas escolas com PIFT foi enriquecido o en-sino de Ciências.

4.2. Investigação de Focos:

As 17 denúncias procedentes implica-ram na realização de outras tantas inves-tigações entomológicas, que se revelaramde grande utilidade quando realizadas porum Chefe de Setor convenientemente ades-trado e permanentemente orientado.

Das 17 investigações, 15 revelaram apresença de R. neglectus adultos, sendoque apenas em 2 foram capturados maisde 1 exemplar.

Quanto ao local da captura, em 8 casasfoi encontrado na sala, uma vez na cozi-nha e três vêzes fora da casa, sendo que,em uma dessas, o exemplar foi capturadopelo morador, dentro de uma gaiola depassarinhos, que minutos antes servira de"chama" em caçada realizada em umavárzea, nas proximidades da casa. Nostrês restantes, o encontro foi realizado noquarto de dormir, sendo que em duas oca-siões os exemplares foram capturados nacama (de um casal e de uma criança).Quanto ao tipo de construção das casas,em 10 se tratava de tijolos rebocados; asrestantes eram de madeira, não havendonenhuma de barro.

Nas duas denúncias restantes, os exem-plares capturados eram de T. sordida.Numa delas, foi capturado um exemplaradulto, fêmea, numa cama de casal, emcasa de madeira. Na outra, o encontro doexemplar se deu nas paredes do banheirode uma casa de madeira, porém de finoacabamento. Nos beirais da casa e nofôrro foram destruídos inúmeros ninhosde pardal, sem que fôssem encontradosnovos exemplares. Encontrou-se apenas 4cascas de ovos já eclodidos.

Essas notificações procederam 7 de Pi-rajuí (entre estas as 2 de T. sordida) ; 5de Urú, 3 de Pongaí, uma de Presidente

Alves e uma de Balbinos, devendo-se no-tar que esta última (R. neglectus) repre-sentou o primeiro encontro de "barbeiro"no município, nos últimos anos. Guarantãencaminhou denúncias, porém nenhumaprocedente.

Em cinco investigações realizadas che-grou-se ao possível foco gerador da inva-são domiciliar, pelo encontro de colôniasde R. neglectus em palmeiras (macaubei-ras), situadas nas proximidades das ca-sas infestadas.

Os achados referentes ao R. neglectus,muito se assemelham aos encontrados porMARQUES et al.12 (1961) em outra áreado Estado de São Paulo.

4.3. Caixas-abrigo de triatomíneos:

Na Tabela 3, são apresentados dados re-ferentes ao emprêgo do método de Gó-bez-Nuñez nas casas de barro situadas naárea pilôto. Das 201 localidades levanta-das pelo reconhecimento geográfico, nessaárea, 104 foram trabalhadas, o que repre-senta mais de 50% do total existente. Suadistribuição atinge quase todos os recan-tos dos diversos municípios em Vigilânciaentomológica (Fig. 6). Quanto ao percen-tual de casas de barro existentes em cadaum dos municípios, varia de 11,3 a 3,8%.

Foram colocadas caixas-abrigo em 504das 574 casas de barro (87% do total).Nenhuma delas se apresentou infestadapor triatomíneos. Em muitas foram en-contradas baratas e em algumas caixas,pequenos coleópteros e araneideos. Dototal de caixas colocadas, 51 perderam-se(10,1%).

As 4 caixas-abrigo que, após a realiza-ção do teste da benzedina a 2% aindadeixaram dúvidas quanto à presença ounão de fezes de triatomíneos, determina-ram a realização de cuidadosa pesquisanas casas e anexos em que tinham sidocolocadas. Essa pesquisa, realizada coma utilização de pinças, lanternas e desajo-lante (piriza), foi, no entanto, negativapara triatomíneos.

GAMBOA 10 (1965) realizou prova pare-cida em dois municípios do Estado de Mi-randa (Venezuela), concluindo que o nô-vo método deve ser aplicado em áreas am-plas, onde se deseja descobrir uma baixainfestação, ou confirmar a negatividadedas áreas protegidas por inseticidas.

4.4. Levantamento sorológico:

A Tabela 4 apresenta o resultado do le-vantamento sorológico realizado na áreade Vigilância entomológica, entre crian-ças que nasceram após o início das medi-das de contrôle. Foram colhidas 2.215amostras, das quais 5 se revelaram positi-vas (0,22%) pela reação de imunofluo-rescência (RIF) em gota de sangue colhi-da em papel de filtro.

Uma rápida investigação realizada emcada um dos casos, revelou que 4 dessascrianças haviam nascido no município dePongaí, sendo 2 da zona rural e 2 da sededo município, cuja população é de 1.285habitantes, segundo levantamento do Ser-viço. Um quinto caso apresentou tôdas ascaracterísticas de ser importado de outroEstado.

Com relação à infestação das casas, nomunicípio de Pongaí, os registros dispo-níveis revelam que, em 1952, 1953, 1955 e1958, foram assinalados exemplares deT. infestans infectados pelo T. cruzi. Oúltimo encontro de T. infestans não infec-tado, no município, data de 1963.

O município de Pongaí foi totalmentecoberto por BHC 30%, nos anos de 1965,1966 e 1967, sendo trabalhado pelo mé-todo seletivo em 1968, quando não foramencontrados triatomíneos. O índice de ca-sas de barro no município é de 9,8%, decasas de madeira 34,3%, de tijolos rebo-cados 54,8% e de outros tipos 1,1%.

As denúncias de focos através da rêdede PIFT, instalada no município, revela-ram 3 casos de encontro de exemplaresisolados de R. neglectus adultos, não in-fectados, sendo que 2 foram capturadosno interior das casas.

A coleta de sangue dos familiares dos4 casos encontrados, apresentou o seguin-te resultado:

Caso A. B. C. — pai falecido, mãe au-sente e um irmão RIF negativo.

Caso C.B. — pai positivo para RIFe RFC, mãe positiva para RIF e RFC e 2irmãos RIF negativos.

Caso A.F.T. — pai positivo para RIFe RFC (ac), mãe ausente e 2 irmãos RIFnegativos.

Caso R.M. — pai RIF negativo, mãeRIF e RFC positivos e três irmãos RIFnegativos.

Esses dados e os referentes à infestação,de certo modo, sugerem a possibilidade da

ocorrência de transmissão congênita emalguns dos casos.

O levantamento sorológico desta área( 1 ) , é fruto de um convênio entre aDCV e o Departamento de Parasitologiada Faculdade de Medicina da USP.

4.5. Pesquisa e captura de triatomíneos:

O resultado do trabalho realizado pelaequipe especial de pesquisa e captura detriatomíneos, na área piloto de Vigilância,acha-se resumido na Tabela 5.

O trabalho da equipe confirma, até opresente, os resultados a que chegaram osoutros métodos de contrôle: ausência deinfestação das casas e anexos pelo T. in-festans e presença esporádica nas casas,

(*) 5 casos positivos(1) Apresentado como parte de um trabalho no VI Congresso da Sociedade Brasileira de Me-

dicina Tropical. Pôrto Alegre, 1970.

do R. neglectus e do T. sordida não in-fectados. Nos anexos, entretanto, em ca-sos isolados, foram encontrados focos comrazoável número de exemplares.

Devido ao programa de trabalho dessaequipe ser trienal ou quadrienal, não te-mos ainda a cobertura total da área. Res-salte-se, entretanto, que em 1968, a pes-quisa de casa em casa, com exceção domunicípio de Guarantã, havia sido negati-va para triatomíneos.

5 — C O N C L U S Õ E S

A avaliação realizada nas atividades enos resultados apresentados pelos traba-lhos anteriores, levados a efeito nos vá-rios municípios que compõem a área pi-lôto de Vigilância entomológica, situadana Região 7 — Bauru, e a observação, pormais de uma ano, na aplicação de novosmétodos, nessa área, permitem as seguin-tes conclusões.

1. Após uma longa campanha, levadaa efeito contra o vetor domiciliário dadoença de Chagas, conseguiu-se atingir, noEstado de São Paulo, em certos municí-pios, a denominada fase de Vigilância en-

tomológica, caracterizada pelo desapareci-mento dos exemplares do T. infestans dascasas e de seus anexos.

2. O estabelecimento de áreas de Vi-gilância Entomológica, no contrôle dos ve-tores da doença de Chagas, representa oprimeiro passo dado, no sentido de setransferir parte das atividades de contrô-le dos vetores dessa doença, para as Unida-des Sanitárias locais e, assim, propiciar aintegração das atividades de Saúde.

3. O emprêgo da notificação, comomeio de contrôle de focos de triatomíneos,mostrou-se prático e útil. O mesmo pode-sedizer da investigação de focos, a partir dasdenúncias e do método das caixas abrigode Gómez-Nuñez.

4. Os resultados alcançados, da avalia-ção à aplicação dos novos métodos, foramtão animadores que se estuda, no Estadode São Paulo, a passagem de novas áreaspara a Fase de Vigilância entomológica.Sòmente na Região 7 — Bauru, 43 muni-cípios estão prestes a serem submetidos àavaliação, primeiro passo para a concreti-zação dessa mudança de fase.

ROCHA E SILVA, E. O.; MALUF, J. & CORRÊA,R. de R. — [Chagas' disease — activitiesentomological surveillance on a certainarea of the State of São Paulo (Brazil)].Rev. Saúde públ., S. Paulo, 4:129-45,dez. 1970.SUMMARY — In a previous paper,

the Vector Control Division of the Depart-ment of Health of the State of São Paulo,Brazil, presented the adopted criteria fortransference of cleaned Triatoma infestansareas, the main vector of Chagas' diseasein the region to a more advanced phaseof its control program, called "Entomolo-gical Surveillance Phase". Among the areaswhere T. infestans was not found anylonger there is a region of 2007 km2, withan estimated population of 51000 peopleincluding six counties located in Region7 — Bauru (São Paulo. State — Brazil),where the Pilot Area of EntomologicalSurveillance was installed. In this area,between May 1969 and June 1970, thefollowing activities were performed: ins-tallation and functioning of a network ofinformation Posts for Triatominae foci; in-vestigation of Triatominae foci; estimationof the infestation in mud cottages, throughspecial boxes for Triatominae (Gomez-Nuñez method); RIF (immunofluorescencereaction) serological survey in blood dropcaught in filtering paper, carried throughless than 8 years old children; researchand capture of Triatominae bugs. As resultsthere was not found T. infestans bugs inthe area. Beside this, only few isolatedspecimens or small foci of other species(R. neglectus and T. sordida) that werenot found infected by Trypanosoma cruzi.So, it was concluded that the changing ofthis area to the Entomological SurveillancePhase was correct, and that the methodsused were satisfactory. By there this areawas considered in condition to transferingthe Chagas' disease control to the localSanitary Units.

A G R A D E C I M E N T O S

Ao pessoal da Divisão de Combate aVetores, que executou atividades na ÁreaPiloto de Vigilância Entomológica, peloempenho e interêsse com que vêm desen-volvendo, até aqui, as tarefas que lhes fo-ram confiadas. Nêsse particular, não po-deriam deixar de ser citados, nominalmen-te, as Auxiliares de Divulgação, senhori-

tas Maria Elena e Maria de Lourdes daSilva, bem como os Chefes de Setor, se-nhores Manoel da Costa Braga e Apare-cido de Souza.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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14.

Sugestões para a instalação de umarêde de Postos de Informação de Focosde Triatomíneos (PIFT). Arq. Hig., S.Paulo, (em vias de publicação).

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